terça-feira, 3 de setembro de 2024

Gleisi rebate Fiesp e diz ser "vexatória" defesa dos Juros sobre Capital Próprio: "excrescência"

 

Presidente do PT diz que o governo Lula acerta ao querer “aumentar a taxação sobre essa maracutaia fiscal”

Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) e deputada federal, Gleisi Hoffmann, criticou duramente a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta terça-feira (3), após a entidade divulgar uma nota se posicionando contra a proposta do governo federal de aumentar a tributação sobre os lucros de empresas e acionistas, especialmente por meio da elevação das alíquotas da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e do imposto retido na fonte incidente sobre os Juros sobre Capital Próprio (JCP).

Em postagem na rede social BlueSky, Gleisi chamou de "vexatória" a defesa da Fiesp pelo que descreveu como uma "excrescência" chamada Juros sobre Capital Próprio, afirmando que se trata de uma "maracutaia fiscal". Segundo a deputada, o JCP é um "privilégio injusto que só existe no Brasil", beneficiando acionistas que, desde a sua criação em 1995, têm isenção de imposto de renda sobre dividendos.

O JCP foi criado em 1995, junto com a isenção dos dividendos, e desde então vem servindo para acionistas se apropriarem dos lucros sem pagar imposto de renda. JCP é um privilégio injusto que só existe no Brasil e dividendos são taxados em todo o mundo capitalista, menos aqui. Isso sim é insustentável", escreveu a presidente do PT.

Vexatória é a defesa que a Fiesp faz de uma excrescência chamada Juros sobre Capital Próprio (JCP), não a proposta do governo de aumentar a taxação sobre essa maracutaia fiscal.


A JCP foi criada em 1995, junto com a isenção dos dividendos, e desde então vem servindo para acionistas se apropriem dos lucros sem pagar imposto de renda. JCP é um privilégio injusto que só existe no Brasil e dividendos são taxados em todo o mundo capitalista, menos aqui. Isso sim é insustentável.


A nota da Fiesp, divulgada na segunda-feira (02/9), alega que o Brasil já possui uma das maiores cargas tributárias do mundo e que o aumento de impostos sobre o setor produtivo, como o proposto pelo Projeto de Lei 3.394/2024, que eleva a alíquota da CSLL em até 2 pontos percentuais e aumenta de 15% para 20% a alíquota sobre o JCP, "apenas agravaria a já insustentável carga tributária" e teria um impacto negativo sobre o investimento e o emprego.

Gleisi rebateu esses argumentos afirmando que, na verdade, o que é "insustentável" é a manutenção do JCP e a isenção de impostos sobre dividendos. Para o governo, a proposta, que busca aumentar a arrecadação em R$ 20,94 bilhões em 2025, é uma forma justa de corrigir distorções no sistema tributário brasileiro e garantir maior equidade fiscal.

Fonte: Brasil 247

Marçal perderia tanto para Boulos quanto para Nunes no 2º turno em São Paulo, indica pesquisa

 

Em um cenário entre Nunes e Boulos, o atual prefeito venceria com 45% dos votos

Pablo Marçal em entrevista à CNN Brasil exibe medalha que recebeu de Jair Bolsonaro, 26 de agosto de 2024 (Foto: Reprodução/YT)

A pesquisa do instituto Real Time Big Data divulgada pelo R7 nesta terça-feira (3) mostra que o candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, perderia nos cenários de segundo turno contra Guilherme Boulos (Psol) e Ricardo Nunes (MDB). O levantamento ouviu 1.500 eleitores da cidade de São Paulo entre os dias 31 de agosto e 2 de setembro.

Em um segundo turno entre Marçal e Boulos, o candidato do Psol teria 40% dos votos, contra 37% do ex-coach. 11% dos entrevistados responderam que votariam branco ou nulo e 12% não sabem ou não responderam. Já no cenário entre Nunes e Marçal, 39% disseram que votariam no atual prefeito, e 33% no candidato do PRTB. 14% votariam branco ou nulo e 14% não sabem ou não responderam.

O levantamento também perguntou aos paulistanos em quem eles votariam em um segundo turno entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos. O resultado mostrou que 45% escolheriam o atual prefeito, enquanto 35% votariam no deputado federal pelo Psol. 10% votariam branco ou nulo e 10% não sabem ou não responderam.

A pesquisa tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, com  um nível de confiança de 95%, e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-07377/2024. 

Fonte: Brasil 247 com informações do portal R7

Mercadante já previa crescimento superior a 3% neste ano e revisão das projeções do governo

 

O PIB brasileiro cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2024, o que aponta para um crescimento superior a 3% no ano

Aloizio Mercadante (Foto: LOG PRODUÇÕES/TV 247)

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2024 em comparação com o trimestre anterior. Em relação ao segundo trimestre de 2023, o PIB cresceu 3,3%. O resultado da economia brasileira entre abril e junho aponta para um crescimento superior a 3% no ano, conforme já previa o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante.

No dia 16 de julho, após uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), Mercadante havia dito que o Ministério da Fazenda precisaria revisar suas previsões de crescimento para 2024 devido ao desempenho robusto da economia, segundo o Valor Econômico.

“Pelo BNDES, nós vamos ter um crescimento maior do que o que está projetado até agora”, afirmou na ocasião. Ele também sublinhou que, apesar das elevadas taxas de juros, as aprovações de crédito do BNDES tiveram um aumento significativo de 79%, descrevendo-o como uma “emissão espetacular”.

Fonte: Brasil 247 com informações do Valor Econômico

Em isolamento, Marcola, líder do PCC, apresenta sinais de desorientação e confusão, relatam familiares

 

Marcola teria apresentado sinais de “oscilações na percepção da realidade” durante visita de familiares à prisão

Marcola, chefe do PCC (Foto: Adriano Machado/Reuters)

Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola e apontado como líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), está em regime de isolamento prolongado na Penitenciária Federal de Brasília (PRBra). A situação foi revelada em uma petição enviada ao juiz corregedor da prisão, que tramita em segredo de Justiça.

Segundo o documento obtido pela coluna Na Mira, do Metrópoles, familiares de Marcola expressaram preocupação com a saúde mental do detento. Durante visitas, relataram que ele tem apresentado sinais de desorientação, confusão e "oscilações na percepção da realidade". Desde março deste ano, Marcola foi colocado em isolamento total, sem qualquer contato com outros presos, uma situação que teria gerado mudanças significativas no comportamento do líder do PCC.

O advogado de Marcola, Bruno Ferullo, destacou que o preso foi transferido para a enfermaria da penitenciária há cerca de um mês, sem justificativa aparente, reforçando a manutenção do isolamento. Ferullo argumenta que a falta de interação social e o isolamento prolongado podem causar danos psicológicos graves, como ansiedade, depressão, psicose e perda de conexão com a realidade.

Diante desse quadro, a defesa solicitou que Marcola passe por uma avaliação psicológica para medir os impactos do isolamento em sua saúde mental. Além disso, foi pedido que a penitenciária justifique os motivos do isolamento prolongado.

O caso agora aguarda a decisão do juiz corregedor da prisão, que deve avaliar os pedidos da defesa e da família.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Disputa pela Prefeitura de São Paulo tem empate triplo entre Marçal, Nunes e Boulos, aponta pesquisa Real Time Big Data

 

Em um mês, Marçal saiu de 14% das intenções de voto para 21%, ficando agora numericamente à frente de Boulos e Ricardo Nunes

Ricardo Nunes, Guilherme Boulos e Pablo Marçal (Foto: Reprodução)

Uma nova pesquisa do instituto Real Time Big Data divulgada nesta terça-feira (3) pelo R7 revela um cenário de empate técnico na corrida pela Prefeitura de São Paulo. Os candidatos Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (Psol) lideram com percentuais próximos, configurando uma disputa acirrada pelo comando da maior cidade do país.

No levantamento estimulado — quando uma lista com os nomes dos candidatos é apresentada aos eleitores —, Marçal aparece com 21% das intenções de voto, seguido por Nunes, com 20%, e Boulos, também com 20%. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, o que configura um empate técnico entre os três candidatos.

Outros nomes na disputa, como Tabata Amaral (PSB) e José Luiz Datena (PSDB), aparecem com 9% e 8% das intenções de voto, respectivamente. Já Marina Helena (Novo) tem 3%, enquanto os candidatos Altino Prazeres (PSTU), Bebeto Haddad (DC), João Pimenta (PCO) e Ricardo Senese (UP) somam 1%. Os votos nulos ou brancos foram indicados por 7% dos entrevistados, e 11% declararam que não sabem ou preferiram não responder.

Comparação com a pesquisa anterior

Em relação ao levantamento anterior, realizado em 2 de julho, houve uma mudança significativa no cenário eleitoral. Naquela ocasião, Nunes e Boulos lideravam com 29% das intenções de voto cada, enquanto Marçal aparecia em terceiro, com 14%. Datena tinha 9%, e Tabata, 8%. Desde então, Marçal conseguiu subir para a liderança, enquanto Nunes e Boulos perderam terreno.

Projeções de segundo turno

A pesquisa também apresentou três cenários de segundo turno. No primeiro, entre Boulos e Marçal, o candidato do Psol aparece à frente com 40% das intenções de voto, contra 37% de Marçal. Em um possível confronto entre Nunes e Marçal, o atual prefeito teria 39%, enquanto o adversário alcançaria 33%. Já em um duelo entre Nunes e Boulos, o candidato do MDB se destaca com 45%, e o representante do Psol registra 35%.

O levantamento ouviu 1.500 eleitores da cidade de São Paulo entre os dias 31 de agosto e 2 de setembro. Com uma margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, o estudo tem um nível de confiança de 95% e foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-07377/2024.

Fonte: Brasil 247 com informações do portal R7

Boate Kiss: ex-sócio, último condenado em liberdade, tem habeas corpus negado e é preso

 

Decisão do Ministro Dias Toffoli, do STF, restaura validade do júri e ordena prisão dos quatro condenados

(Foto: Edison Vara/Reuters)

O último réu condenado pelo incêndio na Boate Kiss, ocorrido em 2013 em Santa Maria (RS), foi preso após ter o habeas corpus negado pela 3ª Câmara Criminal. A decisão baseou-se na ordem emitida pelo Ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que restaurou a validade do júri que condenou os quatro réus pelo incêndio. As informações são do G1.

Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda que se apresentava na boate na noite da tragédia, foi o primeiro a ser preso. Ele cumpre pena de 18 anos por homicídio simples com dolo eventual no presídio de São Vicente do Sul. Elissandro Callegaro Spohr, sócio da boate, apresentou-se em uma delegacia de Porto Alegre e aguarda transferência para um presídio, onde cumprirá a pena de 22 anos e seis meses.

Luciano Bonilha Leão, auxiliar da banda, e Mauro Londero Hoffmann, também sócio da boate, foram presos em Santa Maria e Canoas, respectivamente. Luciano foi condenado a 18 anos, e Mauro a 19 anos e seis meses, ambos por homicídio simples com dolo eventual.

As defesas dos condenados criticaram a decisão de Toffoli, alegando surpresa e falta de transparência no processo. Mesmo assim, afirmaram que cumprirão a decisão e avaliarão os próximos passos jurídicos.

A tragédia na Boate Kiss resultou na morte de 242 pessoas e deixou mais de 600 feridos, sendo considerada uma das maiores catástrofes em casas noturnas no Brasil. A decisão do STF de manter as condenações encerra um longo processo judicial marcado por controvérsias e recursos.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Nassif denuncia indícios de uma ‘armação geral para o 7 de setembro’

 

Segundo o jornalista, uma série de acontecimentos recentes potencializam o discurso golpista no Brasil

Jornalista Luis Nassif (Foto: Editora 247)

Em um texto publicado no GGN nesta terça-feira (3), o jornalista Luís Nassif denuncia um conjunto de indícios de uma armação geral para o 7 de setembro, nas vésperas das eleições municipais. Segundo ele, a ofensiva da Folha de S. Paulo contra o ministro Alexandre de Moraes, o ataque do bilionário Elon Musk às instituições brasileiras e a insatisfação dos militares com a interrupção dos serviços da Starlink potencializam o discurso golpista no Brasil.

Na sequência, Nassif aponta para a relação entre as grandes empresas de tecnologia, especialmente as redes sociais, e a extrema-direita global. “Musk é essencialmente um empresário que depende dos estados nacionais. A Starlink é bancada pelo Departamento de Estado. O apoio de Musk a Milei tem como meta o controle das minas de lítio na Argentina”, escreveu.

Leia na íntegra no GGN.

Nordeste amplia participação feminina na política, mas representação segue baixa

 

Dos 4.638 candidatos às prefeituras do país, 18,5% são mulheres

urna eleitoral (Foto: Cristiano Lima)

Brasil de Fato - A Justiça Eleitoral ainda tem até 16 de setembro para analisar todos os pedidos de registro de candidaturas e publicar as decisões de cada caso, mas os números divulgados até agora pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram um aumento no número de registro de candidaturas de mulheres na região Nordeste.

Dos 4.638 candidatos às prefeituras do país, 18,5% são mulheres, o maior percentual de candidatas em comparação com as demais regiões brasileiras. Em números absolutos, o Nordeste também possui o maior número de candidaturas femininas. De modo geral, os dados revelam que são mulheres brancas, casadas, e têm 45 e 49 anos de idade.

A participação das mulheres na política tem sido um tema central nas discussões sobre igualdade de gênero e democracia ao longo das últimas décadas. Mas embora tenha havido avanços significativos em várias partes do mundo, ainda há um caminho a percorrer para alcançar a paridade de gênero nas posições de poder.

Fortaleza é precursora no tema. Em 1985, Maria Luiza Fontenele (PT) foi a primeira prefeita da cidade, que ainda teve Luizianne Lins, outra mulher filiada ao PT, comandando o Paço Municipal (2005/2012). O estado do Ceará não fica atrás, e lá em 1958, o povo de Quixeramobim elegeu Aldamira Guedes para ser prefeita do município, a primeira do Ceará.

Para além dos fatos históricos, os dados estatísticos também costuram uma realidade feminina na cidade. Fortaleza, quarta maior capital do país, é a cidade em que a população feminina é maior em comparação com a masculina, com 86,6 homens para cada 100 mulheres. Nas eleições municipais deste ano, das nove chapas que disputam a prefeitura de Fortaleza, 7 possuem mulheres, mas nenhuma delas encabeça a disputa majoritária.

Grávida da sua segunda filha, a deputada estadual Gabriella Aguiar (PSD) topou o desafio de disputar a prefeitura de Fortaleza ao lado do candidato Evandro Leitão, pela chapa do Partido dos Trabalhadores. A parlamentar atua ao lado de outras 8 mulheres na Assembleia Legislativa do Ceará, que conta com 46 parlamentares.

"Eu quero ser essa figura feminina que inspira mais mulheres a entrarem na política. Estou nesta campanha de vice-prefeita grávida de uma menina e isso me estimula ainda mais a lutar por uma sociedade que dê mais oportunidades para as mulheres em todas as áreas, e estamos provando no dia a dia que somos boas demais para sermos ignoradas", afirmou a candidata ao BdF.

Também candidata pelo campo progressista, a sindicalista Malu Costa compõe a chapa do PSTU ao lado do candidato José Batista. Na luta do movimento desde a década de 90, Malu já viveu diversos embates com patrões, policiais e guardas municipais e defende a ampla participação da mulher em todos os espaços do sistema e a defesa de todos os seus direitos.

"Estamos todos os dias aprendendo e lutando contra essa ideologia que permeia a realidade, mas que precisa ser extirpada, pois é um mal que nada acrescenta para a humanidade. Na minha vida, desde cedo aprendi a lutar contra opressão machista. Sou mãe de três filhas e tento ser um exemplo para elas dessa luta", destacou a candidata.

Os dados sobre violência política no Brasil entre janeiro e março de 2023 mostram um aumento preocupante. Segundo um estudo do Observatório de Violência Política e Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, foram registrados 114 casos nesse período. Esses episódios incluem ameaças, agressões físicas e até homicídios, sendo que mais da metade dos casos foram ameaças (63 casos), seguidas por agressões (17 casos) e homicídios (13 casos). Esses números superam os registrados nos mesmos meses de anos anteriores, mesmo em períodos eleitorais, indicando que o clima político de violência persiste mesmo após a posse de um novo governo.

Apesar dos dados, há quem refute a ideia. A candidata Silvana Bezerra, vice na chapa de Eduardo Girão (Novo) acredita que a mulher ainda não conseguiu enxergar a responsabilidade política que ela tem. "Acredito que o espaço da política para a mulher não seja um espaço tão violento. A partir do momento que você vai quebrando esse paradigma de que a mulher na política é mais difícil, você vai se fortalecer. O que precisa dela é a capacidade dela enxergar que ela também pode ocupar esse espaço", defendeu a candidata.

O debate sobre a participação das mulheres na política alça voos que perpassam os campos da direita e da esquerda em todo o país. A candidata Edilene Pessoa, vice na chapa de Capitão Wagner (União), disputa uma campanha majoritária pela primeira vez. Conselheira Tutelar e nutricionista, ela acredita que seu nome foi escolhido pelo trabalho desempenhado como profissional e não por uma questão de gênero. "A nossa presença nesse campo político amplia a diversidade e a pluralidade de pensamentos com esse olhar feminino que é só nosso. Mas a minha escolha para vice foi muito mais pela minha experiência com saúde, como nutricionista, com crianças e adolescentes, por ser do Conselho Tutelar de Fortaleza, do que algo somente vinculado ao gênero", disse.

Fonte: BdF Ceará

Funcionários do X Brasil são demitidos de forma inesperada e ficam sem receber parte das verbas rescisórias

 

Bloqueio de recursos da Starlink afetou pagamento da multa do FGTS, deixando ex-funcionários sem previsão de recebimento

Rede social X (Foto: Dado Ruvic / Reuters)

O inesperado fechamento do escritório da rede social X no Brasil, em 17 de agosto, pegou de surpresa seus 35 funcionários, que se viram repentinamente desempregados e com direitos trabalhistas pendentes. Segundo relatos de um ex-funcionário ao G1, a decisão da empresa foi comunicada em uma reunião online, conduzida por Linda Yaccarino, diretora-executiva da big tech.

“Foi totalmente inesperado. Por mais que eu soubesse do aumento das tensões do X no Brasil, os resultados da equipe estavam ótimos, e não achei que isso ia acontecer”, afirmou o ex-funcionário, que preferiu não se identificar. Ele mencionou que, dois dias antes, em 15 de agosto, a equipe havia participado de outra reunião em que foram discutidas preocupações sobre a operação no Brasil, mas sem qualquer menção ao fechamento.

O encerramento das atividades trouxe complicações adicionais para os funcionários. Apesar de terem recebido as verbas rescisórias, a multa do FGTS, direito assegurado pela CLT, não foi paga. O responsável por essa pendência foi uma empresa terceirizada, encarregada de gerenciar o RH do X Brasil. De acordo com o ex-funcionário, essa empresa informou que a falta de pagamento ocorreu devido ao bloqueio das contas da Starlink, também pertencente a Elon Musk, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

Esse bloqueio foi determinado no dia 29 de agosto como uma medida para assegurar o pagamento de multas judiciais aplicadas ao X. A decisão complicou ainda mais a situação dos ex-funcionários, que agora aguardam uma resolução para o depósito das verbas rescisórias completas.

“Menos de uma hora depois da reunião, meus acessos ao sistema da empresa já tinham sido bloqueados. De maneira geral, foi muito frustrante, principalmente porque o trabalho da equipe estava indo muito bem e tínhamos planos pela frente”, desabafou o ex-funcionário.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Em áudios, Marçal falou com líder de quadrilha e levou bronca do pai, diz site

 

Empresário foi apontado como participante de grupo que teria desviado dinheiro de bancos em meados de 2005

Pablo Marçal (Foto: Reprodução/YouTube/Band Jornalismo)

Por Fábio Matos, Infomoney O candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo (SP0, Pablo Marçal, vem tendo de responder, frequentemente, durante a campanha eleitoral deste ano, a questionamentos sobre sua prisão e condenação, em 2005, por suposta participação em um esquema de fraudes bancárias em Goiás.

No último fim de semana, o UOL publicou trechos de conversas obtidas por meio de grampos telefônicos feitos pela Polícia Federal (PF), no âmbito dessa investigação.

Em 2010, o empresário foi apontado como suposto participante do grupo que teria desviado dinheiro de bancos em meados de 2005 – na época, ele tinha 18 anos.

O grupo criava sites falsos de instituições financeiras, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, e mandava e-mails acusando pessoas, falsamente, de inadimplência. Os criminosos roubavam dados e informações das vítimas e, ainda, “infectavam” computadores e dispositivos digitais com programas conhecidos como “cavalos de Troia”.

Marçal reconheceu que chegou a colaborar com o grupo, mas sempre garantiu não ter conhecimento de qualquer ilegalidade praticada. Ele foi condenado, mas teve a pena extinta em 2018, por prescrição retroativa.

As gravações

Nas gravações, o empresário e influenciador, que hoje disputa a prefeitura da maior cidade do país, conversa com Danilo Oliveira, que era pastor de uma igreja frequentada por Marçal e é apontado pela polícia como o líder da quadrilha.

No áudio, Marçal diz a Danilo que está capturando os e-mails: “O negócio está bom hoje”. Ele também ouve críticas ao seu trabalho: “Muito ruim, tem que prestar atenção nisso aí”. Na conversa, Marçal é repreendido por usar o apelido “Delegado Federal” em conversas via MSN Messenger.

Em outro trecho do diálogo, segundo o UOL, Marçal pede dinheiro a Danilo: “Uns quarenta ‘conto’”.

As conversas foram inicialmente publicadas pelo jornal O Globo, no dia 21 de agosto, mas sem os áudios, agora obtidos pelo UOL.

Bronca do pai

Ainda de acordo com a reportagem do UOL, Pablo Marçal recebe uma bronca de seu pai, em uma das conversas grampeadas, por ter se envolvido com o grupo de hackers.

“Já saí daquilo”, afirma Marçal. “Já saiu?” Eu não quero nunca que você mexa com aquele troço. Honra teu pai e tua mãe”, diz o pai do hoje candidato.

Transcrição dos áudios

De acordo com os áudios obtidos pelo UOL, no dia 3 de agosto de 2005, Danilo Oliveira ligou para a casa de Pablo Marçal:

Priscila: Alô.

Danilo: Quem fala?

Priscila: É a Priscila.

Danilo: Cadê o Pablo?

Priscila: O Pablo tá trabalhando lá no Danilo. Quem é?

Danilo: Danilo (risos).

Priscila: Ah, é você? Ah, ele não tá aqui, não.

Danilo: Ele tá com outro celular lá, não?

Priscila: Ele deixou o celular aqui ontem para carregar.

Danilo: Sei. Então tá bom. Ele tá sem celular, né?

Priscila: Tá.

Danilo: Tá bom, obrigado.

No dia 16 de agosto, Marçal pede dinheiro a Danilo:

Danilo: Alô?

Marçal: Fala, pastor!

Danilo: E aí, garoto?

Marçal: Bom? Tá longe?

Danilo: Não, tô chegando em casa pra almoçar.

Marçal: Posso passar aí?

Danilo: Tô até meio sem dinheiro, do que você precisa?

Marçal: Ah, de uns 40 conto tá bom.

Danilo: Oi?

Marçal: Uns 40 conto tá bom.

Danilo: Só uns 40? 40 é muito… Tem que ser só uns 20…

Marçal: Então só arruma 30 e aí nós fica feliz.

Danilo: Chega aí pra nós ver o que que faz.

Marçal: Falou, então.

Já no dia 19 de agosto, Danilo chama Marçal para “trabalhar” em sua casa:

Danilo: Garoto, preciso de você urgente.

Marçal: Pó falar.

Danilo: Não, trabalhar, ué. Cê tá onde?

Marçal: Tô em casa.

Danilo: Então desce aqui para minha casa urgente.

Marçal: Então falou.

Danilo: Para nós organizar uns trem ali. Porque eu vou viajar domingo e preciso organizar uns trem e conversar com você.

Em 20 de agosto, Marçal diz à namorada que estava “brincando” com um revólver:

Marçal: Eu estava brincando agorinha de atirar com revólver.

Namorada: Ah, é? Que brincadeira sem graça.

Marçal: Ele colocou o revólver em mim, e eu com colete. Aí ele tava fingindo um assalto. E eu fui tirar minha carteira, e ele pensou que eu estava dando uma de bobo. E eu arrumei a mão no revólver. Ele meteu bala. Ele pegou lá dentro da igreja. Aí eu fui atirar nele. Ele pensou que era esperto demais, né? Na hora que ele deu qualquer movimento, eu meti um tiro na barriga dele. Aí ele caiu para trás, porque é pesado levar um tiro no colete. Foi massa. Os meninos ficou doidinho.

Em 21 de agosto de 2005, há um novo diálogo entre Marçal e Danilo:

Marçal: Tô capturando aqui, chefe. Negócio tá bom. Negócio aqui em casa tá bom. Capturei hoje o dia inteiro.

Danilo: Mas tem que prestar atenção nas listas. Você vê, aquela lista que você fez, com o JC (software) aqui em casa, muito ruim. A minha que eu fiz, muito boa, tudo bom, quase tudo bom, entendeu? Tem que prestar atenção nisso aí, ver como que tá fazendo. O que é e tal. O segredo é olhar os webmail direitinho.

Ainda no dia 21, Marçal é cobrado pela qualidade dos e-mails que estaria “capturando”:

Danilo: Quero ver a produção de email capturado. Aquele email que você capturou no primeiro dia não tava bom, não.

Marçal: Da primeira vez?

Danilo: É.

Marçal: Os que eu tô pegando não tem como eu enviar de lá, não?

Danilo: É mais para capturar, filho.

Marçal: Então tá.

No dia 24 de agosto, há uma nova conversa entre Danilo e Pablo Marçal:

Marçal: Faz o seguinte, eu coloco os que eu for enviar pra depois você entrar e enviar depois… Você fez dois emails, não fez? Eu entro no seu email, com a senha daquele ‘primocorreria’, mando dele pro meu, só que fica salvo dentro do seu. Aí esse ‘primocorreria’ é o que eu vou mandar. Agora os que eu for mandar pro ‘primocorreria2’ é pra você enviar. Entendeu?

Danilo: Beleza. Então se for mandar hoje já manda pro ‘primocorreria2’.

Marçal: Eu vou mandar agora pro ‘primocorreria2’.

Em 24 de agosto, o chefe do esquema repreende Marçal pelo uso do nickname “Delegado Federal” no MSN Messenger:

Marçal: Tô mandando seu trem aqui agora. Zipado, aqui. (…) Os capturados. (…)

Danilo: Tira essa porra de ‘Delegado Federal’ aí, pô.

Marçal: Ué, por causa de quê?

Danilo: Cê é doido.

Marçal: Vou tirar aqui, só por sua causa, então.

Danilo: Eu chego aqui e vejo essa porra de ‘Delegado Federal’ no meu MSN, rapaz.

No dia 26 de agosto, dias antes de ser preso, Marçal conversa com seu pai:

Marçal: Já saí daquilo.

Pai de Marçal: Já saiu?

Marçal: Já

Pai de Marçal: Graças a Deus. Eu não quero nunca que você mexe com aquele troço. Mesmo que você trabalhe de servente, honra teu pai e tua mãe. O nome vale mais que ouro fino, prata fina, liga a televisão pra você ver.

Preso por 2 dias

Pablo Marçal foi preso no dia 31 de agosto de 2005, em casa, e liberado depois de 2 dias. Em depoimento à PF, ele detalhou o funcionamento do esquema criminoso e entregou os comparsas.

Marçal foi condenado, em primeira instância, a 4 anos e 5 meses de prisão por furto qualificado, em abril de 2010, mas não cumpriu a sentença. Em 2018, a pena foi prescrita.

O que diz Marçal

Procurada pela reportagem do InfoMoney, a assessoria da campanha de Pablo Marçal ainda não se manifestou sobre a reportagem do UOL. O espaço segue aberto ao candidato.

Em diversas declarações recentes, quando questionado por jornalistas em entrevistas coletivas sobre o caso, o candidato do PRTB tem afirmado que “não teve lucro” com a participação no esquema.

“Ano que vem, que é 2025, vai fazer 20 anos disso. Eu ganhava R$ 350 trabalhando para esse cara. Ele me colocava para consertar computador e pedia algumas coisas. Lá na sentença está escrito que eu não auferi lucro nenhum”, disse. Marçal.

“[Marçal] era unicamente encarregado de promover a manutenção dos computadores de Danilo e arrecadar listas de endereços eletrônicos, trabalhando, assim, como prestador de serviços”, explica a defesa de Marçal, no processo.

Em sabatina na GloboNews, na semana passada, Marçal voltou a minimizar o episódio.

“Queria ser uma pessoa que nunca foi processada, um menino que nem ‘peida’. Mas não foi assim. Infelizmente, fui injustiçado. Muitas coisas na minha vida foi bobeira mesmo que eu fiz, todo mundo erra. A gente tem um presidente que fez a maior quadrilha e vocês estão pegando em coisa que eu peguei R$ 350 para ajudar na minha casa?”, indagou o candidato.

Fonte: Brasil 247

PIB do Brasil surpreende de novo e cresce 1,4% no 2º trimestre de 2024

 

Na comparação com o segundo trimestre de 2023, o PIB cresceu 3,3%. Soma dos bens e serviços produzidos no Brasil chegou a R$ 2,9 trilhões

Da esq. para a dir.: Geraldo Alckmin, Lula e Fernando Haddad (Foto: RICARDO STUCKERT / PR)

Por Roberto de Lira, Infomoney O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2024 ante o trimestre anterior, mostrando aceleração ante o 1,0% de crescimento (revisado para cima) observado no primeiro trimestre.

O PIB, que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no Brasil, chegou a R$ 2,9 trilhões em valores correntes, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (3).

Na comparação com o segundo trimestre de 2023, o PIB cresceu 3,3%.

O desempenho ficou bem acima da estimativa do consenso LSEG de analistas, que previa alta de 0,9% na comparação com o primeiro trimestre de 2,7% ante o mesmo trimestre de 2023.

As altas nos Serviços (1,0%) e na Indústria (1,8%) contribuíram para a taxa positiva no trimestre, embora a Agropecuária tenha recuado 2,3% no período.

Pela ótica da demanda, na mesma comparação, houve altas nos três componentes: o consumo das famílias e o consumo do governo cresceram à mesma taxa (1,3%, ambos) e a Formação Bruta de Capital Fixo, uma medida dos investimentos, subiu 2,1%.

Segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, “com o fim do protagonismo da Agropecuária, a Indústria se destacou nesse trimestre, em especial na Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e na Construção”.

Em nota, ela comentou que na análise do PIB pela ótica da demanda interna, os três componentes cresceram nas três comparações, incentivados pelas condições do mercado de trabalho, pelos juros mais baixos e pelo crédito disponível, entre outros fatores.

Segundo Rebeca, também contribuíram para a performance dos componentes da demanda, “a alta dos investimentos, beneficiados pelo crescimento da importação e a produção nacional de bens de capital, o desempenho da construção e, também, o desenvolvimento de software.

Além disso, ao contrário do ano passado, o setor externo tem contribuído negativamente para o crescimento da economia”.

Comparação anualizada

Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o PIB cresceu 3,3% e foi acompanhado pelos Serviços (3,5%) e pela Indústria (3,9%), enquanto a Agropecuária mostrou recuo de 2,9%.

Todos os setores dos Serviços tiveram taxas positivas nessa comparação, com destaque para Informação e comunicação (6,1%), Outras atividades de serviços (4,5%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (4,0%), Comércio (4,0%) e Atividades imobiliárias (3,7%).

A alta de 3,9% na Indústria foi impulsionada pelo setor de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, que subiu 8,5% ante o mesmo trimestre de 2023.

Rebeca detalhou que “o maior consumo de eletricidade, principalmente nas residências, e a manutenção da bandeira tarifária verde ajudaram o setor. Além disso, a Construção cresceu 4,4%, as Indústrias de Transformação tiveram sua segunda alta consecutiva (3,6%) e as Indústrias Extrativas cresceram 1,0%”.

Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, as condições climáticas adversas ocasionaram um recuo na produção esperada de soja e milho, apesar do bom desemprenho da pecuária e de outras culturas importantes, como o café e o algodão. Isso fez com que a Agropecuária recuasse nas comparações com e sem ajuste sazonal, e acumulasse variação nula (0,0%) nos últimos 12 meses.

Taxa de investimento

A taxa de investimento no segundo trimestre de 2024 foi de 16,8% do PIB, acima dos 16,4% registrados no segundo trimestre de 2023. Já a taxa de poupança recuou 16,0%, abaixo dos 16,8% do mesmo trimestre de 2023.

Segundo Rebeca, “a taxa de investimento foi beneficiada principalmente pelo crescimento superior, em volume, da Formação Bruta de Capital Fixo em relação ao PIB”.

Acumulado em quatro trimestres

O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2024, comparado ao mesmo período de 2023, cresceu 2,5%. Nessa comparação, houve altas na Indústria (2,6%) e nos Serviços (2,6%) e estabilidade na Agropecuária (0%).

Mais uma vez, todas as atividades do setor de Serviços mostraram taxas positivas nessa comparação, enquanto as altas mais destacadas na indústria foram de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (7,3%) e das Indústrias Extrativas (6,2%).

Pela ótica da demanda interna, a Despesa de Consumo das Famílias (3,7%) e na Despesa de Consumo do Governo (2,4%) mostraram taxas positivas. Já a Formação Bruta de Capital Fixo (-0,9%) recuou nessa comparação pelo quarto trimestre consecutivo

Fonte: Brasil 247 com Infomoney