sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Renan Calheiros defende decisões de Moraes contra Elon Musk e afirma: "desacatos devem ser punidos"

 

Senador criticou empresários "inescrupulosos" e declarou apoiou às medidas do STF contra X, após bilionário Elon Musk desafiar ordens judiciais brasileiras

Renan Calheiros (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) manifestou seu apoio às decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que determinou o bloqueio das contas da rede social X no Brasil até que a empresa nomeie um representante legal no país. O dono da plataforma, Elon Musk, anunciou que não cumpriria as ordens do STF, gerando uma nova crise jurídica envolvendo o bilionário sul-africano.

Em uma postagem nas redes sociais, Renan Calheiros foi categórico ao afirmar que a postura de Moraes é legal e necessária diante do comportamento de empresários que, segundo ele, tentam operar "um estado paralelo" ao desrespeitarem as leis brasileiras. "As empresas que aqui operam - de qualquer natureza - são subordinadas às leis nacionais. Desacatos às decisões devem ser punidos", destacou o senador em uma publicação no X.

O embate entre o bilionário e o Supremo Tribunal Federal ganhou mais um capítulo nesta sexta-feira, quando o STF iniciou o julgamento de recursos apresentados pela rede social X contra as decisões de Alexandre de Moraes. As medidas judiciais visam assegurar que a plataforma respeite as normas legais do país, especialmente no que diz respeito à responsabilização por conteúdos e à necessidade de representação legal local.

Para Renan Calheiros, a atitude de empresários como Musk representa uma tentativa de subversão da ordem jurídica, algo que deve ser combatido com rigor. "São legais as decisões do ministro Alexandre sobre empresários inescrupulosos que querem estar acima da lei", reforçou o senador.

Fonte: Brasil 247

Eleitores da extrema-direita são infelizes e frustrados, diz novo estudo

 Pesquisa alemã indica que retórica de partido populista de direita funciona como espiral negativa, prejudicando o bem-estar.

Especialistas afirmam que retórica negativa da AfD pode deixar seus eleitores ainda mais infelizes – Foto: Daniel Lakomski/IMAGO

Por Zulfikar Abbany, escritor e editor da DW

Se você se sente infeliz, temeroso ou ameaçado pelas mudanças em sua vida e ao seu redor – seu bairro, trabalho, supermercado –, seu primeiro instinto seria se juntar a um partido político que reforça esses sentimentos negativos? É possível que sim, se esse mesmo partido lhe convencer que é capaz, e somente ele, de consertar as coisas para você.

Essa é a conclusão de dois pesquisadores que analisaram eleitores da legenda ultradireitista Alternativa para a Alemanha (AfD). O partido é classificado pelas autoridades como uma organização “suspeita” de extremismo de direita, acusada de utilizar um discurso propagandístico da era nazista. Mesmo assim, a sigla obteve um aumento significativo no apoio popular na última década com uma retórica anti-imigração e contra a elites.

Nas eleições gerais alemãs de 2017, a AfD se tornou o terceiro maior partido político do país, com 12,6% dos votos. Para as eleições regionais na Turíngia, Saxônia e Brandemburgo que ocorrem em setembro,as projeções em nível estadual indicam que a AfD estará mais forte do que nunca.

A ascensão do populismo de direita não é um fenômeno que ocorre apenas na Alemanha. Outros países europeus também passam por situações semelhantes. Nas eleições de 2024 no Reino Unido, após o Partido do Brexit de 2016 mudar seu nome para Reforma, a legenda aumentou de zero para cinco suas cadeiras no Parlamento, obtendo 14,3% do total de votos. Na França e na Itália, os populistas de direita também comemoram êxitos recentes.

“Espiral negativa”

Os pesquisadores Maja Adena e Steffen Huck, do Centro de Ciências de Berlim para Estudos Socias (WZB), analisaram a percepção de felicidade dos eleitores da AfD, ou aquilo que os psicólogos chamam de bem-estar subjetivo (BES), para descobrir o impacto emocional de apoiar um partido populista.

Logo da AfD – Foto: Reprodução

Suas conclusões foram bastante simples: os apoiadores da AfD estavam infelizes e se tornaram ainda mais infelizes. É como uma “espiral negativa”, observou Adena. “Há uma forte autosseleção de indivíduos infelizes ou insatisfeitos que aderem à AfD. Eles já estão infelizes. Contudo, a inovação de nosso estudo é mostrar que essa felicidade se deteriora, após serem expostos à retórica negativa da AfD”, acrescentou a pesquisadora.

Esse efeito parece ser maior em eleitores mais jovens, cujas identidades como apoiadores da AfD ainda não estariam completamente formadas. No estudo, publicado pela revista científica Plos One, Adena e Huck sugerem que “a decisão inicial de apoiar um partido extremista de direita […] tem um efeito negativo mais profundo sobre o bem-estar”.

No estudo, os pesquisadores dizem ter encontrado “provas causais” que sugerem que embora os novos apoiadores experimentem um efeito positivo por terem tomado uma posição, a retórica negativa de “culpar as elites” – um tema comum entre os partidos populistas – desgasta os indivíduos.

Há, no entanto, um lado bom. “Enquanto o bem-estar dos eleitores de longo prazo se estabiliza, aqueles que param de apoiar a AfD se recuperam parcialmente”, diz Adena. Ou seja, eles voltam a ser sentir um pouco mais felizes.

Como medir a felicidade dos eleitores

Adena e Huck colheram dados de pesquisas realizadas entre 2017 e 2021 que incluem amostras de cerca de 4.000 pessoas. Em cada um desses casos, os entrevistados foram convidados a medir suas percepções subjetivas de bem-estar pessoal e financeiro, mais especificamente, como se sentiram no ano passado e como se sentem em relação ao próximo ano.

É o que os psicólogos chamam de referências internas, na qual não há comparações com outros, apenas a percepção sobre si mesmo. Os pesquisadores afirmam que isso pode lhes fornecer dados mais precisos. Mas, segundo outros especialistas, é esse o ponto onde o estudo pode apresentar algumas vulnerabilidades.

“Essa parte do estudo é instável, para ser franco. Não acho que seja possível fazer qualquer tipo de avaliação sobre como alguém está sem fazer comparações sociais”, afirmou Fathali Moghaddam, professor de psicologia do Berkeley Center da Universidade de Georgetown, em Washington, que participou do estudo.

Em sua opinião, qualquer sensação de felicidade ou infelicidade deve ser discutida de maneira relacionada às ameaças que o indivíduo sente.

“Para entender os movimentos populistas, temos de levar em consideração o contexto mais amplo e global, a sensação de instabilidade subjetiva, o sentimento de que o mundo é instável”, diz Moghaddam. Ele diz que isso ocorre “particularmente, na Europa e nos Estados Unidos, onde os cristãos brancos sentem o mundo como instável, que eles estão sendo invadidos ou ameaçados”.

Isso, de fato, pode levar uma pessoa a aderir a movimentos populistas. Essa sensação de “tomar uma posição” pode gerar uma percepção positiva de bem-estar: “estou retomando o controle”.

Altos e baixos emocionais na política

Contudo, quem estiver verdadeiramente infeliz, ou até mesmo depressivo, pode estar menos apto a “tomar uma posição”. Essas emoções negativas combinadas com a retórica negativa populista podem ser completamente desmotivantes para alguns.

“Me surpreendi com o ângulo que esses autores adotaram, uma vez que sabemos que a felicidade não é o motor da ação política e a infelicidade ainda menos. Pessoas infelizes e deprimidas estão muito mais propensas a se afastarem da política”, afirmou Anna Kende, diretora do Departamento de Psicologia Social da Universidade Elte, em Budapeste.

Outros estudos sugerem que votar nos populistas aumenta o descontentamento. Kende, porém, alerta que descontentamento não é o mesmo que infelicidade. A observação sobre a retórica negativa, entretanto, soou bem para a especialista.

O primeiro-ministro populista húngaro, Viktor Orban, do partido ultradireitista Fidesz, está no poder há 14 anos, sem jamais abandonar a retórica negativa. “É um paradoxo, porque ele já deveria ter resolvido ‘nossos problemas’, mas isso não está entre seus interesses.”

Os populistas raramente realizam suas campanhas com base nos êxitos, mas sim, somente nas novas ameaças, avalia Kende. Isso pode afetar os eleitores e seu futuro comportamento eleitoral. “Os apoiadores verdadeiros e experientes não se importam com promessas não cumpridas. Já os mais novos, os menos convictos, podem pensar “ok, mas a AfD poderia me oferecer alguma”, diz Kende. “Para eles, esse repertório negativo pode ter um impacto mais forte; e eles estariam mais propensos a se afastarem quando fracassam por não estarem tão comprometidos [com o partido] desde o início.”

Esquerda não é diferente

Nada disso, no entanto, significa que os eleitores mais à esquerda sejam necessariamente mais felizes. Uma pesquisa de 2023 da Universidade Columbia de Nova York sugere que “americanos adultos que se identificam politicamente como liberais há muito relataram níveis mais baixos de felicidade e bem-estar psicológico do que os conservadores”.

O que causa esse efeito ainda não está claro para os pesquisadores, mas é possível que pessoas de qualquer posicionamento político se sintam infelizes caso suas visões não se reflitam nas instituições governamentais.

“Infelizmente, estamos longe de sermos precisos sobre esse mecanismo: se a deterioração observada do bem-estar se deve à retórica negativa da AfD ou ao sentimento de ser marginalizado e não pertencente à corrente dominante. Na verdade, apontamos as duas possibilidades, diz Adena.

Originalmente publicado em DW



'Postura de Elon Musk é uma violência contra a soberania nacional', diz Roberto Bertholdo

 

"Deste modo deve ser: se leis existem, todos devem submeter-se a elas, gostem ou não gostem delas. De outra forma, seria o absoluto caos", disse o advogado

Elon Musk (Foto: Leon Neal/Pool via Reuters)

O advogado Roberto Bertholdo usou sua conta no X, antigo Twitter, para afirmar que a postura do bilionário Elon Musk, dono da rede social, “vai muito além do desrespeito” às decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, representando “uma afronta à soberania nacional”. 

“Sair para o enfrentamento como o Musk está fazendo, não é apenas uma afronta ao poder judiciário brasileiro, é uma violência contra a soberania nacional, uma vez que, repito, vem de um indivíduo estrangeiro e que está fora do país”, escreveu Bertholdo. E deste modo deve ser: se leis existem, todos devem submeter-se a elas, gostem ou não gostem delas. De outra forma, seria o absoluto caos”, completou. 

Leia a íntegra da postagem.

“A postura do Elon Musk vai muito além do desrespeito à decisão de um juiz da suprema

Uma vez que ele faz graves acusações e difamações ao ministro Alexandre de Moraes, à distância e fora do território brasileiro, isto representa uma afronta à soberania nacional.

A gente até pode discordar de decisões judiciais, mas o caminho correto de insurgir contra as mesmas,  são os recursos legais e regimentais.

Acredito que o STF deveria se posicionar em defesa do ministro, pois se hoje é o Alexandre de Moraes, amanhã poderá ser qualquer um dos outros 10 ministros.

Tem ministros que eu discordo, um ou outro que, na posição de advogado, eu até não gosto, mas respeito a todos eles, não ouso sair falando mal ou acusando-os.

Juiz só pode ser contestado através dos meios recursais. Cadê a AJUFE para defender Moraes.

Sair para o enfrentamento como o Musk está fazendo, não é apenas uma afronta ao poder judiciário brasileiro, é uma violência contra a soberania nacional, uma vez que, repito, vem de um indivíduo estrangeiro e que está fora do país.

Correta está a França quando, através do seu sistema legal, prendeu o proprietário do TELEGRAM. Descumpriu a lei, se a lei assim prever, vai preso.

E deste modo deve ser: se leis existem, todos devem submeter-se à elas, gostem ou não gostem delas.

De outra forma, seria o absoluto Caos. 

Pior de tudo é ver representantes do parlamento brasileiro defendendo este criminoso/canalha, numa postura que não é somente contrária ao ministro Moraes, mas um gesto de enfrentamento às leis do Brasil.

Será que é tão difícil de entender isso?

Assim, na minha opinião, não há espaço para debate sobre isso, este é um diálogo desnecessário.

Nós brasileiros devemos conceder todo o apoio ao Ministro Alexandre de Moraes, o nosso Xandão, e em especial ao STF.

Se não defendermos as nossas instituições democráticas, quem o fará?

Abaixo, mais um charge malcriada que o Elon Musk reproduziu no X, mostrando o quão canalha ele é.

Ele não passa de um Allan dos Santos que nasceu milionário e ganhou muito mais dinheiro apoiado por dinheiro público.”apoiado por dinheiro público." 


Fonte: Brasil 247

Propaganda eleitoral no rádio e na TV começa nesta sexta

 

Propaganda eleitoral vai até 3 de outubro e, em caso de segundo turno, se estende até 25 de outubro

Propaganda eleitoral começa nesta sexta-feira (Foto: Reprodução /TSE)

A propaganda eleitoral no rádio e na televisão para as Eleições 2024 começa nesta sexta-feira (30) e vai até 3 de outubro. Em caso de segundo turno, as transmissões ocorrerão entre os dias 11 e 25 de outubro, enquanto a votação está marcada para o dia 27 do mesmo mês. As informações são do G1.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os candidatos estão autorizados a utilizar o nome de empresas em suas campanhas. A ministra do TSE ressaltou que o horário eleitoral gratuito é uma ferramenta essencial para o processo democrático, permitindo que os eleitores conheçam as propostas e os candidatos.

O horário eleitoral gratuito será dividido em blocos de 10 minutos, de segunda a sábado, com foco nas candidaturas para prefeito. No rádio, os programas serão transmitidos das 7h às 7h10 e das 12h às 12h10. Na televisão, o horário será das 13h às 13h10 e das 20h30 às 20h40.

Para os cargos de vereador, a propaganda será veiculada por meio de inserções ao longo da programação diária, com 70 minutos diários de divulgação, sendo 40% do tempo destinado aos candidatos às Câmaras Municipais e 60% aos candidatos a prefeito. As inserções ocorrerão entre 5h e meia-noite.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Desemprego cai a 6,8% no trimestre terminado em julho, no melhor resultado desde 2012

 

A população desocupada caiu para 7,4 milhões, menor número de pessoas procurando por uma ocupação no país desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015

Presidente Lula em entrevista à TV Centro América (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Reuters - A taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,8 por cento nos três meses até julho, em linha com o esperado por economistas e marcando o menor nível para o período desde o início da série do governo, em 2012, evidenciando a força do mercado de trabalho no país em um momento em que o Banco Central tem reiterado surpresa com a força da atividade econômica.

A taxa recuou 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre imediatamente anterior, de fevereiro a abril, e caiu 1,1 ponto sobre o mesmo período de 2023, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

A população desocupada caiu para 7,4 milhões, menor número de pessoas procurando por uma ocupação no país desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.

A mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa de julho ficaria exatamente em 6,8 por cento por cento no período.

No trimestre, o rendimento médio real das pessoas ocupadas ficou estável frente ao período anterior, em 3.206 reais, com alta de 4,8% na comparação anual.

O BC tem reforçado em sua comunicação que o mercado de trabalho tem apresentado dinamismo maior do que o esperado. Nesta semana, o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, apontou que já há sinais "ainda incipientes, mas mais claros" de que o aperto no emprego possa estar sendo transmitido para os preços de serviços "de uma forma mais prolongada".

O BC se reunirá em meados de setembro para deliberar sobre os juros e a aposta do mercado é de alta da taxa Selic, atualmente em 10,5% ao ano.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

"Se toda empresa e todo cidadão respeita a legislação, por que Elon Musk não deveria?", questiona pesquisador

 

Para Robson Carvalho, o desrespeito de Elon Musk às leis brasileiras parece fazer parte de "uma trama, articulada à extrema direita internacional"

Elon Musk (Foto: Gonzalo Fuentes / Reuters I Reuters)

O bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), tem enfrentado uma nova batalha no Brasil. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), intimou Musk a apresentar, em 24 horas, um novo representante legal da plataforma no país. Caso a determinação não seja cumprida, as atividades do X poderão ser suspensas no território brasileiro, até que todas as ordens judiciais sejam cumpridas e as multas diárias quitadas.

A decisão ocorre em meio a um embate crescente entre Musk e o Judiciário. Segundo disse o pesquisador Robson Carvalho, do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), ao Correio Braziliense, as chances de a suspensão do X ocorrer "são proporcionais a como se comportará Elon Musk, que já vem batendo de frente, ele 'chamou pro ringue' o ministro Alexandre de Moraes, o que é descabido e um desrespeito ao judiciário do país. A decisão do ministro se deu pelo fato do empresário ter tentado burlar a decisão judicial, tentando escapar ao alcance da legislação brasileira".

Para Carvalho, a postura de Musk revela uma atitude desafiadora e coloca em xeque o respeito às leis brasileiras. "Se toda empresa privada, toda empresa de comunicação e todo cidadão brasileiro respeita a legislação, por que Elon Musk não deveria respeitar? É mais uma forma de ataque à democracia, ao Estado Democrático de Direito", pondera.

Com as eleições municipais marcadas para outubro, o debate sobre a responsabilidade das plataformas digitais ganha ainda mais relevância. Carvalho alerta para os riscos associados ao comportamento das big-techs, especialmente em contextos eleitorais. "Nós estamos em pleno processo eleitoral. Elon Musk tem interesses políticos e empresariais claros e sua intervenção ao não querer respeitar a legislação, assim como outras big-techs, fere a soberania nacional. Tudo isso, ao que nos parece, faz parte de uma trama, articulada à extrema direita internacional", avalia.

Fonte: Brasil 247 com informações do Correio Braziliense

Musk oferece internet grátis no Brasil durante bloqueio de contas bancárias por decisão do STF

 

Bloqueio de contas da Starlink foi determinado visando assegurar o pagamento de multas aplicadas à rede social X, outra empresa controlada por Elon Musk

Elon Musk, dono da rede X, antes conhecida como Twitter (Foto: REUTERS/Gonzalo Fuentes)

O bilionário Elon Musk, dono do serviço de internet Starlink, afirmou que fornecerá sinal de internet de forma gratuita aos seus usuários no Brasil durante o bloqueio de suas contas bancárias, determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi tomada para garantir o pagamento de multas aplicadas à rede social X, outra empresa controlada por Musk.

De acordo com Musk, a empresa não pode receber pagamentos, mas o serviço não será interrompido. "SpaceX vai fornecer internet gratuitamente para seus usuários no Brasil até que essa questão seja resolvida, já que não podemos receber pagamentos, mas não vamos cortar o acesso de ninguém", escreveu ele no X, de acordo com o jornal O Globo.

Musk também destacou que controla 40% da SpaceX, a empresa que fornece o sinal da Starlink, e afirmou que outros acionistas também estão sendo prejudicados pela decisão do STF.

Na quarta-feira, a Starlink classificou a decisão como "infundada" e anunciou que iria recorrer. Além disso, a empresa também disse que a decisão do ministro do STF e"inconstitucionais" as punições aplicadas ao X, devido à não retirada de perfis específicos da plataforma.

No mesmo dia, Moraes intimou a empresa a nomear, em 24 horas, um novo representante legal no Brasil, sob o risco de ter suas atividades suspensas no país. O prazo se encerrou na noite de quinta-feira, e a rede social já admitiu a possibilidade de ter seu acesso bloqueado.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Lula elogia Galípolo, indicado para a presidência do BC, e critica Campos Neto: “age como político”

 

Presidente questionou a conduta de Campos Neto, que “fica mais em Miami do que aqui”, e reforçou que o BC deve ter compromisso com o crescimento do país

Roberto Campos Neto e Lula (Foto: Isac Nóbrega/PR | Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central em entrevista à rádio MaisPB, da Paraíba, nesta sexta-feira (30). Lula criticou o atual presidente da instituição monetária, Roberto Campos Neto, e disse que ele defende interesses políticos.

“O atual presidente do Banco Central age no Banco Central como político, não como economista. Ele se oferece em muitas reuniões políticas, coisa que não deveria acontecer. A taxa de juros no Brasil hoje não tem explicação. E eu vou me comportar no Banco Central… Eu já estive oito anos na Presidência da República. É importante lembrar que o Fernando Henrique Cardoso trocou quatro [presidentes do Banco Central]. Eu não troquei nenhum. O Henrique Meirelles entrou e ficou, e ele não era do meu partido. Ele era do PSDB [...] . Então eu sei lidar com o Banco Central. O problema é que no imaginário do mercado, o Banco Central tem que ser um representante do sistema financeiro, e eu não acho que tenha que ser”, criticou.

Lula defendeu que o presidente do Banco Central defenda a soberania nacional, e elogiou as características de Gabriel Galípolo. “Tem que ser uma pessoa que goste desse país, que pense na soberania nacional e que tome as atitudes corretas. Se um dia o Galípolo chegar para mim e falar ‘olha, tem que aumentar os juros’. Ótimo. Ele tem o perfil de uma pessoa competentíssima e de um brasileiro que gosta do Brasil. É um jovem extremamente competente. Ele vai trabalhar com a autonomia que teve o Meirelles”, disse.

Para o presidente, o BC não pode se esquecer que deve trabalhar também pelo crescimento econômico do país.“Você não precisa trocar o presidente do Banco Central se ele estiver fazendo as coisas corretas. Se tiver que baixar os juros, baixa. Se tiver que aumentar, aumenta. Mas tem que ter uma explicação. O papel do Banco Central não é só juros não. Ele tem que ter meta de crescimento também, se não a gente não vai a lugar nenhum. Se a gente não tiver combinada uma meta de crescimento, uma meta de inflação e de crescimento da população, do ponto de vista da melhoria de vida, esse país continuará estagnado”, explicou.

Em nova crítica a Campos Neto, Lula voltou a dizer que o presidente do Banco Central não pode pensar apenas nos interesses do mercado. “Esse país agora tem o Banco Central independente e com mandato. Se eu tivesse voto, eu seria contra. Mas se está aí, vai ficar. Eu, sinceramente, acho que o presidente da República tem o direito de indicar o presidente do Banco Central e de tirar se não gostar. Eu coloco o Galípolo com mandato. E se ele fizer uma coisa muito errada? O que eu faço? Não sei quem criou a ideia de que o cara [Campos Neto] é intocável, é um ser superior a tudo. O presidente do Banco Central, que fica mais em Miami do que aqui no Brasil, não quer ser criticado? Ele tem que pensar na indústria, no comércio. Ele não pode pensar só nos interesses do mercado. Então o Galípolo é uma indicação extraordinária, nós vamos indicar mais gente esse ano e até o ano que vem vai ter uma nova equipe. E como eu sou um cara de sorte, eu quero continuar tendo sorte, para que o Banco Central ajude esse país a se desenvolver, a crescer, gerar empregos e a distribuir riqueza nesse país”, afirmou.

Fonte: Brasil 247

Caminhões e ônibus elétricos avançam lentamente no Brasil. Sistema de fomento é chave para destravar ampliação

 

Aliados do meio ambiente, ônibus e caminhões elétricos representam apenas 0,6% do total da frota licenciada em 2024

Modelo D11B de ônibus da BYD (Foto: BYD)

Enquanto veículos leves e comerciais com motores elétricos já têm sido vistos com mais frequência nas ruas do país, ônibus e caminhões elétricos ainda avançam timidamente, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Se os veículos leves e comerciais elétricos, híbridos e híbridos plugin já representam 7,2% do total de veículos licenciados da categoria em 2024, ônibus e caminhões ainda são apenas 0,6%. No entanto, a tendência é de alta.
Em 2021, a participação de ônibus e caminhões elétricos no licenciamento total de veículos deste tipo era de apenas 0,2%. Em 2022, avançou para 0,5%, recuou para 0,4% em 2023 e, até julho de 2024, representa 0,6%.
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Fonte: Anfavea(Photo: Reprodução)Reprodução

Eletrificação e meio ambiente

Os veículos elétricos (VEs) desempenham um papel crucial na preservação do meio ambiente e sua adoção crescente é vista como um passo importante para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e reduzir a poluição do ar. 

Veículos elétricos, ao contrário dos movidos a combustíveis fósseis (como gasolina e diesel), não emitem dióxido de carbono (CO₂) - um dos principais gases responsáveis pelo aquecimento global - diretamente durante o uso. Veículos a combustão também emitem poluentes como óxidos de nitrogênio (NOₓ), monóxido de carbono (CO), partículas (PM₁₀, PM₂.₅) e hidrocarbonetos, que contribuem para problemas respiratórios e cardiovasculares, além de formarem smog - forma de poluição do ar que combina fumaça ("smoke") e neblina ("fog"). Já veículos elétricos, por não terem escapamento, não emitem esses poluentes, melhorando a qualidade do ar, especialmente em áreas urbanas densamente povoadas.

Mesmo quando a eletricidade usada para carregar os veículos elétricos é gerada a partir de fontes não renováveis, as emissões totais ainda tendem a ser menores do que as de veículos a combustão. 

Motores elétricos ainda são muito mais eficientes que motores a combustão. Enquanto a eficiência de um motor de combustão interna é geralmente em torno de 20-30%, motores elétricos podem ter eficiência superior a 90%. Isso significa que uma maior proporção da energia utilizada para alimentar o veículo é convertida em movimento, resultando em menor desperdício de energia.

A transição para veículos elétricos promove a diversificação da matriz energética, reduzindo a dependência de petróleo e outros combustíveis fósseis, cuja extração e uso têm impactos ambientais significativos. A diminuição da dependência de combustíveis fósseis também pode ajudar a estabilizar a economia, reduzindo a exposição a flutuações nos preços globais do petróleo e contribuindo para a segurança energética.

Embora a fabricação de veículos elétricos, especialmente das baterias, tenha um impacto ambiental significativo devido à extração de materiais como lítio e cobalto, o ciclo de vida completo de um veículo elétrico (desde a produção até o descarte) tende a ser menos prejudicial ao meio ambiente do que o de veículos a combustão, especialmente à medida que a tecnologia de reciclagem de baterias avança.

Incentivo à eletrificação

No Brasil, o transporte rodoviário é responsável pelo deslocamento de 65% das cargas e de 95% dos passageiros, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT). Em linha com o esforço global de combate às mudanças climáticas e diante da importância da malha rodoviária no Brasil, bancos de fomento do Brasil têm ofertado incentivos à adesão aos veículos elétricos. 

O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), por exemplo, oferece desde junho uma nova linha de crédito para financiar a aquisição de máquinas e equipamentos relacionados à redução de emissões de gases de efeito estufa e à adaptação às mudanças do clima. Empresas de médio e grande porte de Minas Gerais têm acesso a crédito com taxas anuais que variam entre 9,78% e 12,24%, com prazo de até 12 anos para pagamento. Os recursos da nova linha de crédito, denominada Finame Fundo Clima, são provenientes de recursos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

O apoio do BNDES à eletrificação é mais amplo e está inserido no Novo PAC, Programa de Aceleração do Crescimento do governo Lula (PT). Em maio deste ano, o BNDES anunciou que financiaria a renovação da frota de ônibus em municípios brasileiros, investindo R$ 10,5 bilhões para a aquisição de 2.529 ônibus elétricos.

“O Novo PAC Seleções é fundamental para a indústria brasileira porque cria uma demanda importante para a instalação e a ampliação de fábricas de elétricos no país, gerando empregos qualificados e renda. Além disso, é fundamental o investimento em transporte público sustentável para que o país avance na transição energética”, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, à época.

A transição para uma mobilidade mais sustentável envolve desafios significativos, como altos custos iniciais, falta de infraestrutura adequada e a necessidade de inovação tecnológica. Nesse contexto, os bancos de fomento se tornam atores importantes para superar esses obstáculos, porque, primeiro, têm a capacidade de oferecer linhas de crédito com condições mais favoráveis do que as oferecidas pelo mercado tradicional. Isso é particularmente importante para a aquisição de veículos elétricos, que, apesar de proporcionarem economia a longo prazo em termos de manutenção e combustíveis, ainda possuem um custo inicial elevado em comparação com os veículos a combustão. 

Além disso, os bancos de fomento podem atuar como catalisadores para a criação e expansão da infraestrutura necessária para a operação de veículos elétricos, como estações de recarga. 

Os bancos de fomento também têm um papel importante na mitigação de riscos associados a novas tecnologias. Ao financiar projetos-piloto e programas de pesquisa e desenvolvimento, eles ajudam a reduzir a incerteza que pode frear o investimento privado. 

Fonte: Brasil 247

Lula confronta Elon Musk e diz que o bilionário não está acima da soberania do Brasil: "pensa que é o quê?'

 

"Esse cara tem que aceitar as regras desse país. Se vale para mim, vale para ele", afirmou o presidente

(Foto: Reuters)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o bilionário Elon Musk deve respeitar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) ao exigir a indicação de representantes legais da rede social X no Brasil. Caso contrário, a plataforma corre o risco de ser suspensa nesta sexta-feira, após o prazo para o cumprimento da ordem judicial do ministro Alexandre de Moraes, do STF, expirar.

“Todo e qualquer cidadão, de qualquer parte do mundo, que tem investimento no Brasil está subordinado à Constituição brasileira e às leis brasileiras. Portanto, se a Suprema Corte tomou uma decisão para o cidadão cumprir determinadas coisas, ou ele cumpre ou vai ter que tomar outra atitude. Não é porque o cara tem muito dinheiro que o cara pode desrespeitar. Esse cidadão é um cidadão americano, não é um cidadão do mundo. Ele não pode ficar ofendendo os presidentes, ofendendo os deputados, o Senado, a Câmara, a Suprema Corte… Ele pensa que é o quê?”, disse Lula em entrevista Rádio MaisPB nesta sexta-feira (30).

“Então é o seguinte: ele tem que respeitar a decisão da Suprema Corte brasileira. Se quiser, bem. Se não quiser, paciência. Se não for assim, esse país nunca será soberano. Esse país não é um país que tem uma sociedade que tem complexo de vira-lata, que porque o cara é americano a gente fica com medo. Não. Esse cara tem que aceitar as regras desse país. E se esse país tomou uma decisão através da Suprema Corte, ele tem que acatar. Se vale para mim, vale para ele”, completou.

Nesta quinta-feira (29), expirou o prazo dado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes para que o X nomeasse um representante legal no país sob risco de ter suas operações suspensas em caso de descumprimento. Moraes também determinou o bloqueio das contas da Starlink - empresa que também pertence a Elon Musk, visando assegurar o pagamento de multas aplicadas ao X pela não remoção de contas e perfis que atuam na disseminação de fake news, ataques às instituições e conteúdo golpista.

Em resposta, Musk disse que não irá cumprir a determinação para remover os perfis investigados e tentou intimidar Moraes, chamando o magistrado de "ditador malvado", "criminoso vestido de toga como uma fantasia de Halloween". O X, na noite desta quinta-feira (29), também sinalizou que não irá cooperar, afirmando que espera ser alvo de bloqueio em breve.

Fonte: Brasil 247

"Eu não aceito nem a vitória do Maduro e nem a da oposição", diz Lula sobre impasse na Venezuela

 

Presidente cobrou provas sobre o resultado eleitoral no país e também comentou o caso da Nicarágua, que expulsou o embaixador brasileiro

Presidentes Lula e Maduro durante encontro da Unasul em Brasília 29/05/2023 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O presidente Lula (PT) concedeu nesta sexta-feira (30) uma entrevista à Rádio MaisPB, da Paraíba, e voltou a dizer que o Brasil aguarda as atas eleitorais e provas para reconhecer a vitória, ou de Nicolás Maduro ou da oposição, nas eleições venezuelanas. Para Lula, os dois lados alegam ter vencido o pleito mas não conseguem provar o resultado. 

"Eu tomei cuidado, muito cuidado, de reunir o México e a Colômbia para a gente tomar uma decisão conjunta. O presidente do México resolveu não assinar porque ele está a apenas 15 dias de deixar a Presidência. Então ficamos eu e [Gustavo] Petro [presidente da Colômbia]. O que nós estamos exigindo? A Venezuela tem um Comitê Nacional Eleitoral, que tinha três pessoas do governo e duas da oposição. Era esse colégio que tinha que dar um parecer sobre as atas. Acontece que o presidente Maduro não ouviu esse colégio e passou direto para a Suprema Corte. Eu não estou questionando a Suprema Corte. Eu apenas acho que deveria passar pelo colégio eleitoral, que foi criado para este fim. Então eu não aceito nem a vitória dele [Maduro] e nem a da oposição. A oposição fala que ganhou, ele fala que ganhou, mas você não tem prova. Então o que nós estamos exigindo é a prova", disse Lula.

O presidente, que tem sido alvo de críticas de Maduro por não reconhecer sua reeleição, afirmou que o venezuelano "tem o direito de não gostar" da posição brasileira. "O Maduro cuide de lá, arque com as consequências do gesto dele, e eu arco com as consequências dos meus gestos. Agora, eu tenho consciência política de que eu tentei ajudar muito".

Nicarágua

Sobre a Nicarágua, que recentemente expulsou o embaixador brasileiro do país e teve como resposta a expulsão de sua embaixadora do Brasil, Lula comentou: "o Daniel Ortega enveredou por um caminho já há muito tempo. Eu fui a Roma, o papa pediu para eu conversar com o Daniel Ortega para liberar o bispo que estava preso. Eu liguei para o Ortega e ele inventou mil desculpas para não me atender. Então eu parei de ligar. Quando foi agora, o nosso embaixador lá não participou do evento da comemoração do dia 19 de julho, que é o dia da Revolução Sandinista - que eu fui participar em 1980. O embaixador não foi. Ele [Ortega] então pediu para o nosso embaixador sair de lá. Então o que eu fiz? Mandei a embaixadora dele embora também. Agora, no 7 de setembro, a gente convida todos os embaixadores. Você acha que se o embaixador não for eu vou mandar o embaixador embora do Brasil? Ele não é obrigado a ir. Ele vai se ele quiser, se tiver vontade de ir. Então esse comportamento eu não aceito. Esse país é muito grande, o Brasil não tem contencioso com ninguém, não quer contencioso com ninguém e quem quiser contencioso com o Brasil não vai ter, porque eu quero cuidar do Brasil".

Fonte: Brasil 247

Felipe Nunes, da Quaest, vê em Marçal elementos de Collor e Bolsonaro

 

Dono do instituto de pesquisas diz que coach mistura política e entretenimento

Felipe Nunes (Foto: Reprodução/ CNN Brasil)

O cientista político e estatístico Felipe Nunes, em entrevista ao jornal Valor, analisa que o candidato do PRTB a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal, combina características dos ex-presidentes Fernando Collor e Jair Bolsonaro. Marçal, influenciador digital, tem conquistado rapidamente o eleitorado radicalizado de direita, composto predominantemente por homens, de renda média e em grande parte evangélicos, conforme aponta Nunes, sócio-fundador da empresa de pesquisas Quaest. Essa análise é parte de uma rodada de levantamento de intenções de voto realizada pela Quaest em todas as capitais brasileiras, que foi concluída nesta semana.

De acordo com Nunes, Marçal transcende as expectativas ao incorporar um formato que mistura política e entretenimento, empregando estratégias de comunicação através de vídeos curtos nas redes sociais. Essa abordagem faz lembrar Collor por sua imagem de jovem bem-sucedido e "outsider" na política, enquanto de Bolsonaro ele emula a combatividade no trato com adversários, transmitindo uma sensação de autenticidade. Porém, a forma de comunicação de Marçal tem se mostrado mais relevante que o conteúdo de suas mensagens.

Nunes destaca que nas últimas semanas, Marçal ampliou sua presença em segmentos do eleitorado onde antes tinha pouca expressão, como entre adultos de 34 a 59 anos. Contudo, suas vulnerabilidades residem no eleitorado feminino e nos votantes de baixa renda. A estratégia de Marçal enfrentará novos desafios com o início do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão, do qual ele está excluído devido à posição de seu partido, que não superou a cláusula de barreira em 2022.

Esta eleição municipal em São Paulo servirá como um teste definitivo sobre a influência da presença televisiva em campanhas políticas, segundo Nunes. Ele também aponta que a polarização observada nas eleições presidenciais entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro se reflete nas disputas municipais deste ano, indicando uma continuação dessa dinâmica nas preferências eleitorais.

Fonte: Brasil 247 com entrevista do jornal Valor