sexta-feira, 30 de agosto de 2024
Marçal nomeou como representante legal empresário acusado de integrar quadrilha de megatraficante de cocaína
Bolsonaro cava a própria derrota ao sinalizar apoio a Marçal, avalia cúpula do PL
Cúpula do partido avalia como um "erro grave" os acenos que o clã Bolsonaro tem feito ao ex-coach e acredita que, com isso, Boulos poderá se eleger
Lideranças do PL estão preocupadas com a possível troca de apoio de Jair Bolsonaro (PL) na eleição municipal de São Paulo. A movimentação do ex-mandatário para apoiar o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) em detrimento do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) é vista como um “erro grave” pela cúpula do partido, informa Bela Megale, do jornal O Globo. A avaliação interna é que Nunes teria mais chances de derrotar o candidato da esquerda, Guilherme Boulos (Psol), em um eventual segundo turno.
De acordo com os membros do PL, as projeções são claras: enquanto Nunes poderia vencer Boulos, Marçal tem um cenário mais incerto. A preocupação se intensificou após a divulgação de uma pesquisa da Quaest, que aponta um empate técnico entre Boulos e Marçal no segundo turno, ambos com 38% das intenções de voto. Já no confronto entre Nunes e Boulos, o atual prefeito lidera com 46% contra 33%.
Bolsonaro, no entanto, tem dado sinais de aproximação com Marçal. Ele permitiu que o candidato participasse do ato bolsonarista de 7 de setembro na Avenida Paulista, e em um vídeo, afirmou que “qualquer outro candidato a prefeito da capital está autorizado a subir no carro de som”. O gesto foi interpretado como um aval de Bolsonaro a Marçal, aumentando as tensões internas no PL.
A mudança de postura de Bolsonaro, que incluiu instruções para que seus aliados não atacassem Marçal, ocorreu após embates públicos entre ele, seus filhos Carlos e Eduardo e o influencer. Aliados de Bolsonaro avaliam que a família perdeu a batalha nas redes sociais contra Marçal, o que motivou a decisão de adotar uma estratégia menos confrontativa.
Integrantes do PL temem que a insistência de Bolsonaro em apoiar Marçal possa enfraquecer as chances de vitória da direita em São Paulo, colocando em risco o sucesso eleitoral da legenda em um dos principais colégios eleitorais do país.
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quinta-feira, 29 de agosto de 2024
“Lira sequestra o orçamento público brasileiro e está por trás da minha cassação”, diz Glauber Braga
Deputado acusa presidente da Câmara de articular pela sua cassação
(Foto: Câmara dos Deputados)
O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) acusou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), de usar seu poder para articular pela cassação do mandato do parlamentar no Conselho de Ética da casa. Em entrevista, Glauber afirmou que Lira já o havia ameaçado anteriormente de tirá-lo da Câmara dos Deputados, e que essas ameaças se concretizaram durante as últimas movimentações no Conselho de Ética.
"Lira já tinha ameaçado já há algum tempo me tirar da Câmara dos Deputados, e fez isso nos microfones da Câmara, ainda no último ano do mandato anterior", disse Braga. Segundo ele, a estratégia de Lira era dificultar sua reeleição, o que falhou, pois o deputado foi reeleito "praticamente dobrando a votação".
Glauber relatou que, após sua reeleição, Lira tentou influenciar o seu silêncio em relação a denúncias que o parlamentar fazia sobre sua atuação: "Imaginando que a partir daquela ação, haveria da minha parte o silenciamento em relação aos pontos que eu considero fundamentais e importantes, que são de denúncias à atuação de Lira. Entre várias denúncias, a de que ele sequestra o orçamento público brasileiro."
O parlamentar também mencionou que foi o único deputado a questionar Lira sobre um conjunto de fazendas não declaradas, e que havia uma denúncia pública de que Lira estaria pressionando presidentes de comissões para desviar recursos públicos: "Na última semana antes de acontecer a votação no Conselho de Ética... questionei publicamente também a atuação de Lira na época do kit robótica."
Braga ainda acusou Lira de tentar influenciar a decisão do relator do seu processo no Conselho de Ética, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), que inicialmente teria se mostrado contrário à sua cassação, mas mudou de posição após pressão de Lira: "Recebo uma informação... de que Lira estava fazendo uma articulação, numa pressão para mudança do voto do relator, ou seja, para que o relator apresentasse admissibilidade da denúncia que foi apresentada e articulada pelo partido Novo pelo MBL."
Glauber Braga acusou o Conselho de Ética de alterar a data de julgamento do seu processo para coincidir com a decisão sobre o caso do deputado Chiquinho Brazão, que geraria grande repercussão. Segundo Glauber, "Eles sabiam que ia ter uma comoção pela condenação do deputado Chiquinho Brazão... o que eles estavam fazendo comigo, que era avançar na representação para cassação, não ganharia o foco do que estava acontecendo no Conselho." Assista:
“Retirar as redes sociais de Pablo Marçal é tirar de um bandido a arma do crime”, diz Jeferson Miola
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A presidente do Partido dos Trabalhadores também citou outros canais da comunicação dela com seus apoiadores
Com o X banido, Lula posta Bluesky como sua primeira rede social
Iniciativa do presidente Lula visa criar canais alternativos de comunicação com seus seguidores
Decisão do STF sobre suspensão do X no Brasil deve ser anunciada em algumas horas
O ministro Alexandre de Moraes deverá enviar uma notificação para a Anatel, que dá ordem às operadoras de internet para retirar o acesso dos usuários
Termina prazo para Musk indicar representante do X no Brasil
Prazo dado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes terminou às 20h07
O prazo dado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para o bilionário Elon Musk indicar novo um representante legal da rede social X (antigo Twitter) no Brasil terminou às 20h07. Musk é dono da rede social.
Com o fim do prazo, será certificado no processo o descumprimento da decisão. A próxima medida a ser tomada será a suspensão da rede social no país. Ainda não há prazo para decisão.
Ontem (28), o ministro intimou Musk a realizar a indicação no prazo de 24 horas. A intimação foi feita no perfil do STF na rede social. No dia 17 de agosto, Musk anunciou o fechamento da sede da empresa no Brasil e acusou Moraes de ameaça.
O anúncio foi feito após sucessivos descumprimentos de determinações de ministro. Entre elas, a que determinou o bloqueio do perfil do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e de outros investigados.
Mais cedo, Musk usou sua conta no X para debochar da decisão de Moraes que o intimou pela plataforma e publicou uma imagem gerada por inteligência artificial para comparar o ministro com vilões das séries Harry Potter e Star Wars.
Outro lado
Em nota, o X declarou que não vai cumprir as "decisões ilegais" do ministro. De acordo com a plataforma, as decisões têm objetivo de "censurar seus opositores políticos [de Alexandre de Moraes]".
"Quando tentamos nos defender no tribunal, o ministro ameaçou prender nossa representante legal no Brasil. Mesmo após sua renúncia, ele congelou todas as suas contas bancárias. Nossas contestações contra suas ações manifestamente ilegais foram rejeitadas ou ignoradas. Os colegas do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal estão ou impossibilitados de ou não querem enfrentá-lo", disse o X.
A rede social também afirmou que vai divulgar decisões sigilosas do ministro contra a empresa. A plataforma disse que "não cumpre ordens ilegais em segredo".
"Não estamos absolutamente insistindo que outros países tenham as mesmas leis de liberdade de expressão dos Estados Unidos. A questão fundamental em jogo aqui é que o ministro Alexandre de Moraes exige que violemos as próprias leis do Brasil. Simplesmente não faremos isso", completou a empresa.
* Matéria ampliada às 20h30.
Edição: Juliana Andrade
Fonte: Agência Brasil
PCPR prende 54 em operação contra organização criminosa de tráfico e lavagem de dinheiro
Grupo movimentou mais de R$ 17 milhões nos últimos dois anos. Mandados foram cumpridos simultaneamente em Apucarana, Ortigueira, Rio Bom, Califórnia, Marilândia do Sul, no Paraná, e em Jaguará do Sul, em Santa Catarina.
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu 54 pessoas durante megaoperação deflagrada nesta quinta-feira (29), no Paraná e em Santa Catarina. A missão era desarticular uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro responsável por movimentar mais de R$ 17 milhões nos últimos dois anos.
Os mandados foram cumpridos simultaneamente em Apucarana, Ortigueira, Rio Bom, Califórnia, Marilândia do Sul, no Paraná, e em Jaguará do Sul, em Santa Catarina. A ação contou com a participação de mais de 245 policiais civis, além de suporte aéreo de helicóptero e cães policiais da PCPR.
Os crimes investigados incluem tráfico de drogas, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro, organização criminosa e financiamento para o tráfico de drogas. O grupo também é suspeito de envolvimento em dezenas de homicídios realizados nos últimos anos. A ação tinha como objetivo prender as principais lideranças do grupo, como também membros do núcleo financeiro, operacional e pequenos fornecedores.
A investigação apontou que os criminosos movimentaram mais de R$ 17 milhões com a venda de drogas através de transações por meio de pix e máquinas de cartão de crédito. Estima-se que o valor seja duas vezes maior, tendo em vista os valores em espécie, os quais não é possível contabilizar.
A operação também buscou a descapitalização da organização criminosa. Foram decretadas 40 ordens judiciais de bloqueio de contas bancárias.
O delegado André Garcia afirma que o grupo realizou diversas transferências bancárias em nome de terceiros para impedir o rastreio dos valores. “Este núcleo financeiro realizou mais de 52 mil transações bancárias em pouco mais de dois anos, por meio de dezenas de contas, onde empregavam diversas tipologias de lavagem de dinheiro visando impedir o rastreio dos valores e a identificação das lideranças que se utilizavam das contas das esposas e companheiras para se afastarem dos valores movimentados”, explica.
Através da investigação, foi identificado que o grupo atuava de forma organizada e possuía diversos pontos de venda de drogas.
“Durante um ano de investigação, foi comprovado que a organização criminosa estruturou uma empresa criminosa com uma complexa organização dividida em núcleos. Eles atuavam de forma organizada e possuíam centenas de pontos de vendas de drogas que eram instalados em imóveis que, ora eram invadidos e seu proprietários eram expropriados, ora alugavam imóveis, realizavam a adequação para funcionar como pontos de venda de drogas”, conta o delegado Marcus Felipe da Rocha.
"Esses locais contavam com sistema de videomonitoramento que servia tanto para a fiscalização da comercialização das drogas como para monitorar a ação das forças de segurança", complementa.
O sistema de videomonitoramento também era estendido às vias públicas, onde eles possuíam dezenas de câmeras nas ruas e assim acompanhavam a aproximação da polícia a distâncias que chegavam a mais de cinco quilômetros dos pontos de venda de drogas.
Fonte: AEN
Sabatina de Galípolo, indicado por Lula para presidir BC, está prevista para ocorrer no Senado em 9 de setembro
Após ser ouvido pela Comissão de Assuntos Econômicos, ele terá que ser aprovado pelo plenário da Casa
A sabatina de Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para presidir o Banco Central (BC), está agendada para o dia 9 de setembro. Galípolo, atualmente diretor de Política Monetária do BC, foi nomeado na quarta-feira (28) para substituir Roberto Campos Neto, cujo mandato termina em dezembro.
Após a sabatina, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Galípolo terá que ser aprovado pelo plenário do Senado em uma votação secreta. A avaliação dos novos diretores do BC, no entanto, está prevista para ocorrer somente após as eleições municipais, informa Julia Duailibi, no g1.
O anúncio da indicação foi feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Palácio do Planalto. Galípolo, economista próximo de Lula, atuou na campanha do petista, na equipe de transição e no Ministério da Fazenda antes de ingressar no BC. Formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela PUC-SP, ele já substituiu Campos Neto durante as férias em julho.
A indicação de Galípolo era esperada pelo mercado financeiro. Ele voltou a Brasília antecipadamente para colaborar na definição de uma data para a sabatina. Durante seu tempo como diretor, Galípolo se esforçou para demonstrar independência em relação às visões políticas de Lula. Em junho, votou a favor da manutenção da taxa de juros em 10,50%, e recentemente afirmou que o BC deve garantir que o crescimento da demanda não desestabilize a oferta e não cause inflação.
Galípolo também comentou sobre a diferença entre o cenário econômico brasileiro e o dos Estados Unidos, destacando a importância de manter as expectativas de inflação alinhadas com as metas estabelecidas, apesar das projeções de juros mais elevados no futuro.
Fonte: Brasil 247