sexta-feira, 30 de agosto de 2024
Em vídeo de campanha, Lula exalta trajetória de Boulos e promete parceria que "revolucionará" SP
STF firmou pacto de combate à desinformação com plataformas e X, de Musk, foi a única a ficar de fora do acordo
Elon Musk segue ignorando as leis brasileiras e trata o país com desprezo
Casal bolsonarista, acompanhado de criança, vandaliza sede do PT em Santa Catarina
Itapoá é governada por Marlon Neuber, do Partido Liberal (PL), que foi preso em julho de 2023
Dilma alerta para o endividamento dos países em desenvolvimento
“Para os países em desenvolvimento, a dívida é um fardo excessivo”, apontou a presidente do Banco dos BRICS
SESSÃO DE ABERTURA
Primeiramente, gostaria de estender minhas cordiais saudações a:
Sua Excelência Paul Mashatile, Vice-Presidente da África do Sul
Gostaria de cumprimentar todos os ministros
Sua Excelência Enoch Godongwana, Ministro das Finanças (África do Sul)
Sua Excelência Mohamed Bin Hadi Al Hussaini, Ministro das Finanças (Emirados Árabes Unidos)
Minha querida amiga Sua Excelência Rania Al Mashat, Ministra da Cooperação Internacional (Egito)
Sua Excelência Ivan Chebeskov, Vice-Ministro das Finanças (Rússia)
Sua Excelência Liao Min, Vice-Ministro das Finanças (China)
Sua Excelência Guilherme Mello, Vice-Ministro das Finanças (Brasil)
Sua Excelência Manisha Sinha, Secretária do Departamento de Assuntos Econômicos (Índia)
Sua Excelência Shahriar Kader Siddiky, Secretário de Relações Econômicas (Bangladesh)
Em nome do Novo Banco de Desenvolvimento, gostaria de agradecer calorosamente ao Vice-Presidente Paul Mashatile e ao Governo da África do Sul por nos receber na bela cidade de Cabo.
Também gostaria de cumprimentar todas as autoridades, representantes dos nossos países-membros, organizações internacionais, bancos multilaterais de desenvolvimento e líderes empresariais presentes nesta sessão de abertura da 9ª Reunião Anual do NDB.
O tema central desta reunião — “Investindo em um Futuro Sustentável” — está no cerne das atividades do Banco e é uma das prioridades mais importantes para a comunidade internacional.
Isso está baseado na ideia de que o crescimento econômico, a inclusão social e a proteção ambiental estão interconectados e devem ser perseguidos simultaneamente. Esse é o significado do desenvolvimento sustentável. Essa visão foi cristalizada nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas de 2015, que fornecem um quadro abrangente para enfrentar esse desafio global.
Para nossos países, o desenvolvimento econômico sustentável também exige uma base industrial e capacidade em ciência, tecnologia e inovação que contribua para a expansão da produtividade e a criação de melhores empregos. Também requer colaboração entre governos, empresas e indivíduos para criar sistemas que sejam economicamente viáveis e ambientalmente amigáveis. Por outro lado, mudanças sistêmicas, especialmente na arquitetura financeira internacional, são urgentemente necessárias.
Como sabemos, mercados emergentes e países em desenvolvimento enfrentam desafios significativos para alcançar o desenvolvimento sustentável, como desigualdade, pobreza extrema, infraestrutura inadequada e acesso insuficiente à educação, saúde e habitação. Para nós, a transição justa exige um enorme volume de recursos e financiamento de longo prazo.
No entanto, parece improvável mobilizar mais investimentos para o desenvolvimento sustentável sem enfrentar a questão da dívida. De acordo com estimativas do Banco Mundial, as dez economias desenvolvidas do planeta têm uma dívida combinada de cerca de US$ 87 trilhões. Financiar tais dívidas públicas elevadas consome uma parte significativa da enorme liquidez disponível nos mercados internacionais. Essa liquidez poderia, de outra forma, ser canalizada para financiar a dívida de países em desenvolvimento e, assegurar os investimentos necessários para um desenvolvimento sustentado.
Para os países em desenvolvimento, a dívida torna-se um fardo excessivo. Como sabemos, o espaço fiscal é essencial para garantir que os governos possam investir simultaneamente em ações de desenvolvimento, combater as mudanças climáticas e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). No entanto, a dívida dos países em desenvolvimento está crescendo muito e muito rápido.
Por exemplo, os pagamentos de juros nos países em desenvolvimento aumentaram mais rapidamente do que os gastos públicos com infraestrutura, saúde, educação e habitação na última década. Choques externos, como o aumento das taxas de juros nos mercados internacionais e as desvalorizações excessivas de suas moedas, acabam alimentando um ciclo vicioso de endividamento. O desajuste entre a dívida em moeda forte e a receita gerada pelos projetos cria uma barreira para o investimento soberano e não soberano nas economias em desenvolvimento.
Para isso, precisamos implementar duas ações:
em primeiro lugar, é necessário canalizar a liquidez internacional para os países em desenvolvimento e reduzir o peso das altas taxas de juros;
em segundo lugar, desenvolver alternativas como o financiamento em moeda local para ampliar o espaço fiscal para investir.
Portanto, novas soluções financeiras são necessárias para mercados emergentes e países em desenvolvimento. Diversificar as fontes de financiamento e usar uma cesta de moedas mais ampla melhora a resiliência econômica contra choques associados às decisões de política monetária. Isso pode fortalecer a situação fiscal, possibilitando o financiamento de logística, infraestrutura social e digital, habitação, água e saneamento, educação e saúde.
O uso de moeda local é, portanto, uma opção estratégica. A disponibilidade de crédito em moeda local e/ou swaps de moeda ajuda a enfrentar a exposição aos riscos cambiais e de taxa de juros. O fato é que a moeda hegemônica tem dois papéis: um internacional e um doméstico.
Quando os EUA enfrentam inflação, a política monetária é usada para aumentar as taxas de juros, criando muitos problemas para os mercados emergentes e países em desenvolvimento. Se a economia dos EUA precisar, eles podem usar um dólar forte, o que pode provocar um aumento da dívida nos países em desenvolvimento. A volatilidade é a regra, não a exceção.
Ao promover transações em moedas locais, também facilitamos o crescimento do investimento, ajudando governos e o setor privado a superar o desajuste de fluxo de caixa entre projetos e financiamento. Essa abordagem proporciona maior previsibilidade e reduz os altos custos associados às necessidades de hedge.
Essa é a razão pela qual expandir o uso de moedas locais é um dos principais objetivos estratégicos do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) para o período de 2022-2026. O banco está implementando plataformas orientadas para o desenvolvimento sustentável em moeda local e reconhece a urgência de tornar o financiamento verde disponível para os países membros. Portanto, busca fornecer 30% do financiamento total em moedas locais dos membros tomadores.
Nesta reunião anual, os desafios da transição justa e do financiamento para o desenvolvimento estão em destaque. Discussões e apresentações sobre sistemas financeiros inovadores para o desenvolvimento sustentável, perspectivas para investimentos sustentáveis e estratégias de financiamento em moeda local ocorrerão, bem como painéis de discussão instigantes e discursos de figuras proeminentes.
Teremos a oportunidade de discutir e examinar iniciativas cooperativas que abordam questões sociais e ambientais urgentes e promovem as melhores práticas para cultivar novos motores de crescimento sustentável.
Estou confiante de que teremos discussões particularmente frutíferas sobre esses temas e avançaremos tanto na compreensão quanto na prática do financiamento para o desenvolvimento sustentável.
Gostaria de agradecer a todos novamente por estarem aqui com a equipe do NDB em nosso nono ano de existência. Tenho certeza de que o evento será um sucesso.
Muito obrigada.
Fonte: Brasil 247
Deputados bolsonaristas voltam a pressionar Lira pela instalação de CPI contra o STF
Solicitação para a criação da CPI foi protocolada em novembro de 2023 e permanece parada na mesa de Lira
Marçal nomeou como representante legal empresário acusado de integrar quadrilha de megatraficante de cocaína
Segundo as investigações, Florindo Miranda Ciorlin colaborava com traficantes na aquisição e ocultação de aeronaves usadas para o transporte de drogas
O candidato a prefeito de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) está envolvido em mais uma polêmica, desta vez por ter nomeado um empresário acusado de integrar uma organização criminosa liderada por um megatraficante para representá-lo junto a órgãos do governo federal. Florindo Miranda Ciorlin, empresário e piloto, foi designado por Marçal para atuar como procurador em processos relacionados à sua empresa de aviação, relata Tácio Lorran, do Metrópoles. Ciorlin é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de colaborar com traficantes na aquisição e ocultação de aeronaves usadas para o transporte de drogas.
Marçal assinou a procuração que deu poderes a Florindo em outubro de 2021, quando o empresário já havia sido preso pela Polícia Federal (PF) e denunciado pelo MPF por sua participação na organização criminosa. Uma pesquisa simples na internet revelaria o histórico criminal do piloto, que já era réu na Justiça Federal de Mato Grosso.
Embora Marçal não seja citado nas investigações da PF, a assinatura da procuração demonstra uma ligação direta do candidato com o empresário.
Além de Marçal, Marcos Paulo de Oliveira, sócio do candidato na Aviation Participações LTDA, também assinou o documento. A procuração nomeia a empresa Preflight Serviços Aeronáuticos LTDA, de propriedade de Florindo e seu irmão, Ewerton Miranda Ciorlin, para representar a Aviation Participações junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A procuração concede a Florindo poderes amplos, permitindo-lhe realizar todas as ações necessárias para a obtenção de documentos referentes à aeronave de prefixo PR-FAC, um jatinho de propriedade de Marçal avaliado em R$ 9,13 milhões. O avião foi usado pelo candidato durante sua campanha presidencial de 2022, quando tentou concorrer à Presidência da República antes de ter sua candidatura retirada.
Operação Grão Branco
Florindo e seu irmão foram alvos da Operação Grão Branco, deflagrada pela PF em abril de 2021, que desmantelou uma quadrilha de tráfico de drogas liderada por Ary Flávio Swenson Hernandes. Florindo é acusado de atuar na compra e regularização de aeronaves para o transporte de cocaína. Segundo a PF, ele usava documentos falsos e “laranjas” para ocultar os verdadeiros proprietários dos aviões.
O relatório da PF revela que Florindo tinha plena consciência de que as aeronaves que ajudava a adquirir eram usadas para o tráfico de drogas. Ele também manifestou interesse em conhecer pessoalmente o líder da organização criminosa. Apesar das graves acusações, Florindo e sua empresa continuam em operação.
O que diz a defesa
Os advogados de Florindo afirmam que o empresário estava apenas cumprindo sua função profissional e que as acusações do MPF se baseiam em “achismos e convicções” infundadas. A defesa alega que todas as transações foram feitas de acordo com padrões legais e que as interceptações telefônicas usadas pela PF foram irregulares.
Pablo Marçal e sua equipe não se manifestaram sobre as acusações de vínculo com o empresário.
Bolsonaro cava a própria derrota ao sinalizar apoio a Marçal, avalia cúpula do PL
Cúpula do partido avalia como um "erro grave" os acenos que o clã Bolsonaro tem feito ao ex-coach e acredita que, com isso, Boulos poderá se eleger
Lideranças do PL estão preocupadas com a possível troca de apoio de Jair Bolsonaro (PL) na eleição municipal de São Paulo. A movimentação do ex-mandatário para apoiar o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) em detrimento do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) é vista como um “erro grave” pela cúpula do partido, informa Bela Megale, do jornal O Globo. A avaliação interna é que Nunes teria mais chances de derrotar o candidato da esquerda, Guilherme Boulos (Psol), em um eventual segundo turno.
De acordo com os membros do PL, as projeções são claras: enquanto Nunes poderia vencer Boulos, Marçal tem um cenário mais incerto. A preocupação se intensificou após a divulgação de uma pesquisa da Quaest, que aponta um empate técnico entre Boulos e Marçal no segundo turno, ambos com 38% das intenções de voto. Já no confronto entre Nunes e Boulos, o atual prefeito lidera com 46% contra 33%.
Bolsonaro, no entanto, tem dado sinais de aproximação com Marçal. Ele permitiu que o candidato participasse do ato bolsonarista de 7 de setembro na Avenida Paulista, e em um vídeo, afirmou que “qualquer outro candidato a prefeito da capital está autorizado a subir no carro de som”. O gesto foi interpretado como um aval de Bolsonaro a Marçal, aumentando as tensões internas no PL.
A mudança de postura de Bolsonaro, que incluiu instruções para que seus aliados não atacassem Marçal, ocorreu após embates públicos entre ele, seus filhos Carlos e Eduardo e o influencer. Aliados de Bolsonaro avaliam que a família perdeu a batalha nas redes sociais contra Marçal, o que motivou a decisão de adotar uma estratégia menos confrontativa.
Integrantes do PL temem que a insistência de Bolsonaro em apoiar Marçal possa enfraquecer as chances de vitória da direita em São Paulo, colocando em risco o sucesso eleitoral da legenda em um dos principais colégios eleitorais do país.
Companheira só é herdeira se união estável existiu até a morte do parceiro, decide STJ
3ª Turma do STJ negou provimento ao recurso especial ajuizado por uma mulher com o objetivo de ser reconhecida como herdeira do ex-companheiro falecido
STF julga recursos de plataformas digitais contra bloqueio de contas de investigados por ataques golpistas
Julgamento teve início da madrugada desta sexta-feira e os ministros podem votar até o dia 6 de setembro
Juiz multa Pablo Marçal em R$ 30 mil por fake news contra Guilherme Boulos
De acordo com a decisão judicial, o candidato do PRTB à Prefeitura de SP 'continua veiculando desinformação e/ou informação negativa e inverídica'
quinta-feira, 29 de agosto de 2024
“Lira sequestra o orçamento público brasileiro e está por trás da minha cassação”, diz Glauber Braga
Deputado acusa presidente da Câmara de articular pela sua cassação
(Foto: Câmara dos Deputados)
O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) acusou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), de usar seu poder para articular pela cassação do mandato do parlamentar no Conselho de Ética da casa. Em entrevista, Glauber afirmou que Lira já o havia ameaçado anteriormente de tirá-lo da Câmara dos Deputados, e que essas ameaças se concretizaram durante as últimas movimentações no Conselho de Ética.
"Lira já tinha ameaçado já há algum tempo me tirar da Câmara dos Deputados, e fez isso nos microfones da Câmara, ainda no último ano do mandato anterior", disse Braga. Segundo ele, a estratégia de Lira era dificultar sua reeleição, o que falhou, pois o deputado foi reeleito "praticamente dobrando a votação".
Glauber relatou que, após sua reeleição, Lira tentou influenciar o seu silêncio em relação a denúncias que o parlamentar fazia sobre sua atuação: "Imaginando que a partir daquela ação, haveria da minha parte o silenciamento em relação aos pontos que eu considero fundamentais e importantes, que são de denúncias à atuação de Lira. Entre várias denúncias, a de que ele sequestra o orçamento público brasileiro."
O parlamentar também mencionou que foi o único deputado a questionar Lira sobre um conjunto de fazendas não declaradas, e que havia uma denúncia pública de que Lira estaria pressionando presidentes de comissões para desviar recursos públicos: "Na última semana antes de acontecer a votação no Conselho de Ética... questionei publicamente também a atuação de Lira na época do kit robótica."
Braga ainda acusou Lira de tentar influenciar a decisão do relator do seu processo no Conselho de Ética, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), que inicialmente teria se mostrado contrário à sua cassação, mas mudou de posição após pressão de Lira: "Recebo uma informação... de que Lira estava fazendo uma articulação, numa pressão para mudança do voto do relator, ou seja, para que o relator apresentasse admissibilidade da denúncia que foi apresentada e articulada pelo partido Novo pelo MBL."
Glauber Braga acusou o Conselho de Ética de alterar a data de julgamento do seu processo para coincidir com a decisão sobre o caso do deputado Chiquinho Brazão, que geraria grande repercussão. Segundo Glauber, "Eles sabiam que ia ter uma comoção pela condenação do deputado Chiquinho Brazão... o que eles estavam fazendo comigo, que era avançar na representação para cassação, não ganharia o foco do que estava acontecendo no Conselho." Assista:
“Retirar as redes sociais de Pablo Marçal é tirar de um bandido a arma do crime”, diz Jeferson Miola
Articulista afirma que a suspensão dos perfis do ex-coach não se trata de censura, mas de ação para impedir crimes e proteger a integridade das eleições
"Pablo Marçal é produto do descrédito na política fomentado pela imprensa brasileira", afirma Marcos Coimbra