quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Moraes nega devolução de celular apreendido com ex-assessor do TSE

 

Aparelho foi apreendido pela PF por determinação do ministro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quinta-feira (29) a devolução do celular de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro no setor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) responsável pelo monitoramento de desinformação nas redes sociais.

O celular de Tagliaferro foi apreendido pela Polícia Federal (PF) por determinação de Moraes durante depoimento prestado na semana passada no inquérito que apura o vazamento das conversas que embasaram reportagens do jornal Folha de S.Paulo.

As matérias jornalísticas acusaram o ministro de usar "formas não oficiais" para determinar a produção de informações para investigar aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2022, período em que Moraes foi presidente do TSE. Após a divulgação, o ministro disse que todos os procedimentos foram oficiais e regulares.

Na decisão, Alexandre de Moraes disse que o pedido de devolução do aparelho é "confuso, sem fundamentação e absolutamente impertinente".

Por determinação de Alexandre de Moraes, a PF investiga o vazamento de conversas entre Tagliaferro, que foi responsável pela Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) durante a gestão do ministro, e Airton Vieira, juiz auxiliar de Moraes. Tagliaferro era o responsável pela produção dos relatórios.

Em maio do ano passado, o ex-assessor foi preso por violência doméstica. Após a prisão, ele foi demitido pelo ministro. Durante o período da prisão, o aparelho ficou sob a custódia da Polícia Civil de São Paulo.

Após a apreensão do celular, a defesa de Eduardo Tagliaferro afirmou que a medida não é comum durante depoimentos. "Mais uma situação em que o abuso de autoridade e o excesso de poder salta aos olhos", declarou o advogado Eduardo Kuntz.

Edição: Juliana Andrade

Fonte: Agência Brasil

Alvo de operação da PF nesta quinta administrava grupo de WhatsApp que incitava ataques aos Três Poderes

 

Suspeita, que não teve o nome revelado, é moradora de Planaltina

(Foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil)

Uma moradora de Planaltina é alvo de busca e apreensão no âmbito da 29ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (29). A mulher, cujo nome não foi revelado, é suspeita de participar dos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023.

De acordo com a coluna Na Mira, do Metrópoles, a suspeita era administradora de um grupo de WhatsApp que incitava a participação nos ataques ao Palácio do Planalto, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Durante esses ataques, as instituições foram invadidas e depredadas, resultando em violência e destruição de bens históricos.

Além da operação em Planaltina, estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão nos estados de Santa Catarina (5), Rio de Janeiro (3), Goiás (1) e Distrito Federal (1). O STF também determinou a indisponibilidade dos bens, ativos e valores dos investigados. Estima-se que os danos causados ao patrimônio público possam chegar a R$ 40 milhões.

Os crimes investigados incluem a abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, e destruição ou deterioração de bens protegidos. 

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Na Mira, do Metrópoles

INSS prevê normalização dos serviços após fim da greve e acordo salarial

 

Presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, espera que atendimento nas agências retorne ao normal até sexta-feira, com reajustes salariais acima da inflação

Fonte: Agência Brasil

Após a assinatura de um acordo entre o governo e os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o presidente da autarquia, Alessandro Stefanutto, anunciou que os serviços nas agências devem ser normalizados até esta sexta-feira (30). A greve dos servidores, que impactou parcialmente o atendimento ao público, chegou ao fim na noite desta quarta-feira (28), após intensas negociações com o governo federal.

Em entrevista ao Metrópoles, Stefanutto afirmou que, apesar da paralisação, a queda na prestação dos serviços foi limitada, com uma redução de apenas 3% a 4% no apoio às perícias médicas. "A greve, claro, teve seus impactos, com serviços que não foram realizados, mas temos convicção de que as pessoas que ficaram sem atendimento serão atendidas agora, e voltamos à vida normal", disse o presidente.

A assinatura do acordo ocorreu no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), responsável pelas negociações com o funcionalismo. O governo tinha urgência em formalizar o acordo para garantir que os reajustes sejam incluídos no orçamento de 2025.

O acordo foi assinado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), enquanto outras entidades representativas dos servidores ainda estão em fase de consultas às suas bases. A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) também deve assinar o documento até o final desta quinta-feira (29), enquanto a Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) se mostrou cautelosa, mas reconheceu avanços nas negociações.

O acordo prevê que a carreira dos servidores do INSS será reconhecida como parte do núcleo estratégico do Estado brasileiro, o que impede a terceirização ou delegação de suas atividades. A proposta também estabelece a reestruturação da carreira e reajustes salariais que variam entre 5% e 10%.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Opositor venezuelano Edmundo González falará com ministros das Relações Exteriores da UE

 

Reunião do oposicionista Edmundo González com os ministros das Relações Exteriores dos 27 países membros da União Europeia será feita de forma remota

Edmundo Gonzalez (Foto: Reuters)

Reuters - O líder da oposição venezuelana Edmundo González falará remotamente com os ministros das Relações Exteriores dos 27 países membros da União Europeia na quinta-feira em Bruxelas, disse o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares.

González, um ex-diplomata de 74 anos, concorreu contra o atual presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em uma eleição presidencial no mês passado que não foi transparente, de acordo com a oposição, alguns países ocidentais e órgãos internacionais como um painel de especialistas das Nações Unidas.

"Edmundo González se conectará hoje para nos dar seu ponto de vista", disse Albares aos repórteres antes de uma reunião com os ministros das Relações Exteriores da UE em Bruxelas.

"É uma solicitação que me foi feita pessoalmente e que transmiti ao alto representante (Josep Borrell) e que apoiei", acrescentou Albares.

O conselho eleitoral da Venezuela e seu tribunal superior proclamaram Maduro, no poder desde 2013, como o vencedor da eleição de 28 de julho, mas não publicaram a apuração completa dos votos.

A oposição venezuelana divulgou seus próprios resultados em um site da oposição, mostrando uma vitória retumbante de González, com 67% de apoio.

Borrell pediu repetidamente a divulgação dos registros de votação, o fim da perseguição política e o diálogo entre os oponentes, o que levou Maduro a criticá-lo durante os comícios.

Fonte: Brasil 247

Marçal diz que manterá estratégia de cortes de vídeos de debates contra rivais nas redes sociais

 

"Se sentou do meu lado já vai sair em corte poderoso", disse o ex-coach e empresário de extrema direita

Pablo Marçal (Foto: Reprodução/YouTube/CNN Brasil)

O ex-coach e empresário de extrema direita Pablo Carçal, candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, afirmou que continuará utilizando sua estratégia de cortes de vídeos durante os debates eleitorais. Em entrevista ao Flow Podcast nesta quarta-feira (28), Marçal destacou a necessidade de uma “reciclagem” na Justiça para compreender melhor as redes sociais.

Na entrevista, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Marçal afirmou que utiliza técnicas de storytelling em seus embates e revelou que durante o primeiro debate promovido pela Band em 9 de agosto, já estava preparado com sua carteira de trabalho, mas sentiu que o ambiente não tinha a “energia” necessária para utilizá-la.

“Foi um investimento de uma hora para entrar no emocional dele”, disse Marçal sobre as provocações feitas ao adversário Guilherme Boulos (PSOL) no debate promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo, portal Terra e Faap em 14 de agosto. Ele mencionou, ainda, que Boulos foi sorteado para ficar ao seu lado no próximo debate, o que, segundo ele, resultará em um “corte poderoso”.

Durante a entrevista, Marçal também afirmou que no processo eleitoral é preciso “ser um idiota” e que levantará a bandeira branca após as eleições. Ele criticou a abordagem de outros candidatos, mencionando um episódio no debate da revista Veja onde, segundo ele, a falta de “baixaria” não gerou repercussão.

"No debate da Veja, a outra pessoa que veio para cima de mim só veio com baixaria de último nível. Aí eu falei, eu não vou cair neste jogo. Engraçado. Não deu um corte, não gerou nada. Não dá nada. É como se você perdesse seu tempo ali, naquele lugar", disse. 

Marçal também comentou sobre a decisão da Justiça Eleitoral que pediu a retirada do ar de seus perfis nas redes sociais no último sábado (24), por indícios de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. Ele afirmou que não publicará o direito de resposta de Boulos em suas redes sociais devido à suspensão de suas contas.

Em outra decisão, o TRE-SP restabeleceu o direito de resposta de Boulos nas redes sociais de Marçal, considerando que as expressões utilizadas por Marçal em seus vídeos eram ofensivas à honra e à imagem de Boulos, configurando propaganda eleitoral negativa.

Questionado sobre sua candidatura, Marçal revelou que começou a considerar a oportunidade no ano passado e expressou o desejo de entrar no PL, o mesmo de Jair Bolsonaro. Ele também mencionou sua candidatura à Presidência em 2022 pelo PROS, partido que permitiu sua filiação entre 30 siglas.

Marçal destacou sua admiração pelo presidente Lula (PT) por permanecer no mesmo partido por tanto tempo, e comentou sobre as dificuldades de lidar com a dinâmica interna dos partidos políticos.

O candidato também mencionou uma recente conversa com o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL-RJ), com quem “resolveu” desentendimentos. Marçal e o clã Bolsonaro trocaram ataques nas últimas semanas, mas Carlos selou a paz com o ex-coach em um post no X, na quarta-feira (28).O ex-coach também expressou seu apoio ao empresário e influenciador Renato Cariani, acusado de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro, afirmando acreditar na sua inocência.

A relação entre Marçal e Cariani tem sido utilizada por adversários políticos, como a deputada federal Tabata Amaral (PSB), que recentemente publicou um vídeo associando Marçal ao crime organizado.

Por fim, Marçal comentou sobre um vídeo em que tenta fazer uma mulher levantar da cadeira de rodas, expressando arrependimento por ter feito a oração durante o evento que já tentou ressuscitar pessoas. "Eu já fui no velório para ressuscitar pessoas. Eu acredito nisso, ainda vou ver isso. O fato de eu ser um fracassado ainda, que as orações não funcionaram, não invalida que eu vá conseguir. Eu quero ser um cristão que vê isso, porque isso para mim é um certificado", afirmou. 

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Um a cada quatro pais não consegue vacinar crianças, mesmo indo ao posto de saúde

 

Estudo aponta desigualdade racial no acesso: o percentual de pais que não conseguiram vacinar os filhos chegou a 17% entre brancos e 29% entre pretos

Pai e filho (Foto: Jon Nazca/Reuters)

Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein - Apesar de sua longa história de sucesso no programa nacional de vacinação, desde 2016 o Brasil enfrenta queda nos índices de cobertura vacinal de crianças. O quadro foi agravado após a pandemia de Covid-19, especialmente em decorrência da desinformação sobre a segurança e eficácia das vacinas. Um novo estudo brasileiro buscou entender as razões por trás da hesitação vacinal (além da desinformação) e descobriu que quase um em cada quatro pais (23%) não conseguiram vacinar seus filhos, apesar de terem ido a um posto vacinação – e isso tem impacto direto na decisão de retornar ou não. 

Além da dificuldade em efetivar a imunização, o estudo também aponta que existe desigualdade racial no acesso: o percentual de pais que não conseguiram vacinar os filhos chegou a 17% entre brancos e ultrapassou 29% entre pretos. O estudo aponta também que 7% dos responsáveis enfrentaram dificuldades para levar os pequenos ao posto de saúde por motivos que vão da falta de tempo à dificuldade de transporte – essa probabilidade foi 75% maior entre população preta comparada à branca.

O levantamento foi conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, e os resultados foram publicados no último dia 23 de agosto na revista científica Epidemiologia e Serviços de Saúde.

Mais de 37 mil entrevistas

Para conduzir a pesquisa, os estudiosos brasileiros partiram de informações do Inquérito Nacional de Cobertura Vacinal de mais de 37,8 mil nascidos vivos em 2017 e 2018. Depois, a equipe foi a campo, nas 26 capitais do Brasil, no Distrito Federal e em 12 cidades com mais de 100 mil habitantes, para visitar todas essas famílias. 

Nas residências, os pesquisadores fizeram entrevistas com as mães ou responsáveis pelas crianças e fotografaram as cadernetas de vacinação. “As informações foram digitadas e incluídas no nosso banco de dados por profissionais especializados no programa nacional de vacinação. Conseguimos uma boa qualidade dos dados porque não usamos informações autorreferidas, que poderiam ter um viés de memória”, explica o epidemiologista Antonio Fernando Boing, primeiro autor do estudo e professor da UFSC

Ao cruzar os dados, os pesquisadores descobriram, por exemplo, que 86% das crianças com até 2 anos de idade não foram vacinadas nas idades previstas no calendário nacional. Isso as deixa em uma situação de maior risco e vulnerabilidade, por ficarem expostas a agentes causadores de doenças que podem ser controladas ou evitadas com vacinação. 

Nas respostas para explicar o motivo desse atraso, as famílias citaram a distância do posto de saúde em relação à casa ou ao trabalho, falta de tempo para levar a criança até a unidade, horário inadequado de funcionamento, dificuldades de transporte para ir ao posto, não liberação do empregador e não dispor de caderneta de vacinação.

Quando foram questionadas sobre o motivo de não terem conseguido vacinar os filhos, mesmo tendo ido até o posto de vacinação, responderam que entre razões estavam: não havia imunizante disponível, a sala de vacinação estava fechada (algumas funcionam somente em dias específicos), não havia profissional de saúde para aplicar o imunizante, acabara a senha de atendimento para aquele dia ou não estavam com o documento de vacinação no momento. 

Cor e raça 

A partir desses resultados, os pesquisadores decidiram fazer um recorte por cor e raça para ver se havia alguma influência nesse sentido também. E descobriram que as crianças de mães pretas e pardas têm maior probabilidade de enfrentar essas dificuldades e de estarem com o esquema vacinal incompleto nos primeiros cinco e 12 meses de vida. 

De acordo com Boing, a associação da cor/raça para esse desfecho se manteve mesmo quando os pesquisadores fizeram ajustes e tiraram o fator socioeconômico das análises. “Mesmo considerando outros fatores, como a escolaridade da mãe, ainda assim a associação de cor/raça se manteve maior para as dificuldades entre mães pretas”, relata.  “Além das raízes sociais, econômicas e raciais que dificultam o acesso, observamos também barreiras no serviço. Vimos que as falhas do sistema de saúde impactam mais severamente a população preta, que é a mais vulnerável.”

Hesitação vacinal

Na visão do professor da UFSC, os resultados são “estarrecedores”, pois o estudo mostra que essas famílias venceram barreiras anteriores e foram até o posto de vacinação, mas encontraram novos obstáculos.

“Em muitos casos, ir até o posto de saúde implicou um esforço muito grande, de uma negociação das mães com múltiplas partes, e não se alcançou o objetivo. Isso envolve um esforço financeiro, de conseguir sair do trabalho, de viabilizar meios para ir até a unidade. Não necessariamente essa mãe vai conseguir retornar ao posto de saúde. E, se retornar, pode não ser no tempo oportuno, colocando a criança em risco. É uma perda de oportunidade de vacinação”, frisa o pesquisador. 

O infectologista pediátrico Alfredo Gilio, coordenador da Clínica de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein e professor doutor da Faculdade de Medicina da USP, também considera o resultado preocupante, especialmente devido à perda de oportunidade vacinal e ao risco de essa pessoa não voltar para atualizar a caderneta da criança.

“Vinte e três por cento desses pais saíram de suas casas e não conseguiram vacinar seus filhos. Isso pode se tornar um dificultador num momento em que estamos tentando recuperar as taxas de cobertura vacinal. Apesar dos esforços do Ministério da Saúde, ainda estamos abaixo da cobertura ideal para todas as vacinas. Qualquer coisa que atrapalhe é péssimo. Cada vez que deixam de vacinar, essas pessoas podem não voltar”, avalia Gilio.

Na avaliação do infectologista, o estudo ajuda a entender o fenômeno da queda da vacinação no Brasil. Para ele, as dificuldades dos filhos de mães pretas envolvem possivelmente a questão socioeconômica da família, o local de moradia (distante do posto de saúde, por exemplo) e o horário de trabalho. “Certamente essas crianças moram mais longe e enfrentam mais dificuldades. Precisamos tomar atitudes em cima disso”, defende.

Soluções para melhorar a cobertura

Na avaliação de Boing, por conta da Covid-19, os debates se concentraram quase exclusivamente na questão de combater informações falsas. “Isso é importante, e ações fortes para enfrentá-las precisam estar na agenda sanitária. Mas nosso estudo comprova que há outros fatores econômicos e de organização do serviço de saúde totalmente evitáveis e inaceitáveis que contribuem para esse cenário catastrófico da cobertura vacinal no Brasil”, analisa. 

Para ele, modificar esse contexto exige melhorar as condições de vida da população, qualificar os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), em especial a atenção primária, e investir em ações de monitoramento e enfrentamento de desigualdades em saúde.

Segundo Mônica Levi, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), esse resultado é preocupante e não deveria ocorrer nesse percentual tão alto. “Não se pode deixar de vacinar alguém que foi até o posto. É preciso rever os problemas estruturais do SUS, porque a perda de oportunidade é algo que não pode acontecer dentro da vacinação, ainda mais num momento de baixa cobertura vacinal”, frisa.

Para o Brasil voltar ao panorama de altas coberturas vacinais, diz Levi, é preciso construir uma demanda sustentável por vacinas e manter a confiança não só nos imunizantes, mas também no prescritor, no vacinador e no sistema de saúde. “Precisamos manter toda a estrutura que envolve a vacinação funcionando corretamente para que a hesitação seja combatida”, completa a presidente da SBIm.

Estratégias do Ministério

O Ministério da Saúde informou, em nota, que desde 2023 tem atuado com estados e municípios na implementação de uma estratégia de microplanejamento para recuperar as altas coberturas vacinais. “Dentro dessa estratégia, destacam-se ações como a ampliação dos horários de funcionamento dos postos de vacinação, campanhas locais para conscientizar a população sobre a importância e a segurança das vacinas, e a integração com o setor de educação para promover a vacinação em ambientes escolares. O combate às fake news, o monitoramento de eventos relacionados à vacinação e a melhoria dos Sistemas de Informação também são ações fundamentais", diz a nota.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, a realização de oficinas em todos os estados, seguida por monitoramento e avaliação, contribuiu para o aumento das coberturas vacinais infantis de rotina. “Comparando 2022 com 2023, apenas três das 16 vacinas do Calendário Nacional da Criança não apresentaram aumento de cobertura". 

Sobre o problema de possível falta de vacinas nos postos, o Ministério da Saúde informou que "devido à capacidade limitada da rede de frio dos postos, pode haver desabastecimento temporário de algumas vacinas, sendo recomendada a busca em outras unidades ou o retorno no dia seguinte.”

Fonte: Brasil 247

Ricardo Cappelli aponta por que Armínio Fraga não tem moral para falar de Lula, Galípolo e Banco Central

“Entregou uma Selic de 24,9% e uma inflação fora de controle. Este é o conselheiro?”, questionou

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Capelli (PSB), criticou nesta quinta-feira (29) as falas do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, sobre a indicação de Gabriel Galípolo para o comando da instituição monetária. Fraga afirmou que Galípolo ficará em uma situação “difícil” e disse que a principal dificuldade será a “falta de apoio fiscal” para a política de juros do BC.

Capelli destacou os dados negativos da gestão de Armínio Fraga à frente do banco e apontou que ele não tem moral para falar do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Armínio Fraga como presidente do BC levou o risco Brasil ao recorde negativo de 1.446 pontos, praticamente triplicou a dívida pública para 57% do PIB e entregou para Lula uma taxa Selic de 24,9% (juros reais de 13%!) e uma inflação de 12%, fora de controle. Este é o conselheiro?”, questionou.

Fonte: Brasil 247

Pesquisa aponta Kamala Harris com 45% das intenções de voto contra 41% de Trump; vantagem da democrata entre mulheres e latinos aumentou

 Trump liderou entre eleitores brancos e homens


Um pesquisa da agência de notícias Reuters e do Instituto Ipsos divulgada nesta quinta-feira (29) aponta que a candidata democrata à presidência dos EUA, Kamala Harris, lidera as intenções de voto e aumentou a diferença com Donald Trump no eleitorado feminino e latino-americano.


Segundo a pesquisa, Harris tem 45% das intenções de voto, e Trump, candidato republicano, 41%. Foram ouvidos apenas eleitores registrados — ou seja, os que se cadastraram em seus estados para o voto, que não é obrigatório no país.


A vantagem da democrata sobre o republicano aumentou: Harris teve quatro pontos percentuais a mais, entre os eleitores registrados, que Trump. No fim de julho, ela tinha um ponto percentual a mais, segundo levantamento da Reuters/Ipsos na ocasião.


A nova pesquisa, que foi conduzida nos oito dias até quarta-feira (28), teve uma margem de erro de dois pontos percentuais.


O levantamento mostrou também Harris com mais apoio entre mulheres e latino-americanos. Entre os latino-americanos, também chamados de hispânicos nos EUA, Harris liderou Trump por 49% a 36% — ou 13 pontos percentuais. Nas quatro pesquisas da Reuters/Ipsos conduzidas em julho, ela também teve uma vantagem de nove pontos entre as mulheres e uma vantagem de 6 pontos entre os hispânicos.


Trump liderou entre eleitores brancos e homens, ambos por margens semelhantes às de julho, embora sua liderança entre eleitores sem diploma universitário tenha diminuído para 7 pontos na última pesquisa, abaixo dos 14 pontos em julho.


As descobertas ilustram como a corrida presidencial dos EUA foi abalada durante o verão. O presidente Joe Biden, 81, encerrou sua campanha fracassada em 21 de julho após um desempenho desastroso no debate contra Trump, o que gerou apelos generalizados de seus colegas democratas para abandonar sua candidatura à reeleição.


Desde então, Harris ganhou terreno contra Trump em pesquisas nacionais e em estados decisivos. Embora pesquisas nacionais, incluindo Reuters/Ipsos, dêem sinais importantes sobre as opiniões do eleitorado, os resultados estado por estado do Colégio Eleitoral determinam o vencedor, com um punhado de estados de batalha provavelmente decisivos.


Nos sete estados onde a eleição de 2020 foi mais acirrada — Wisconsin, Pensilvânia, Geórgia, Arizona, Carolina do Norte, Michigan e Nevada — Trump teve uma vantagem de 45% a 43% sobre Harris entre os eleitores registrados na pesquisa.


“É óbvio que concorrer contra Harris é mais desafiador para Trump, dada a mudança nesses números, mas certamente não é intransponível”, disse Matt Wolking, um estrategista de campanha republicano que trabalhou na campanha de Trump em 2020.


Ele disse que Trump precisa permanecer o mais focado possível em sua campanha “para não assustar” os eleitores que estavam se inclinando para ele porque não gostavam de Biden.


Desde que aceitou formalmente a nomeação democrata na semana passada, Harris embarcou em uma turnê por estados indecisos, incluindo a Geórgia, onde Biden estava perdendo apoio antes de encerrar sua campanha.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Dallagnol irá participar do ato bolsonarista contra Moraes em SP

 

Ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR). Foto: Pedro de Oliveira/ALEP

O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR) participará do ato bolsonarista na Avenida Paulista, em São Paulo, no dia 7 de setembro. A manifestação, convocada pelo pastor Silas Malafaia e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tem como objetivo pressionar o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Com informações do colunista Lauro Jardim, do Globo.

O ex-procurador da Lava-Jato intensificou suas críticas a Moraes após a Folha de S.Paulo alegar que o gabinete do ministro no STF solicitou de forma não oficial a produção de relatórios pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para embasar decisões contra aliados de Bolsonaro no inquérito das fake news.

O ex-parlamentar, que teve sua atuação na Lava-Jato contestada após o vazamento de mensagens cuja legitimidade ele sempre questionou, agora defende o impeachment de Moraes.

Dallagnol tem ganhado visibilidade nas redes sociais com as reiteradas críticas ao ministro. O ex-parlamentar duplicou seu alcance no Instagram (de 3 para 6 milhões de contas alcançadas) e ganhou mais de 250 mil seguidores no Youtube.

Fonte: DCM com informações da coluna do jornalista Lauro Jardim, no jornal O Globo

Fundador do Telegram é libertado na França após pagar R$ 31 milhões de fiança

 

Pavel Durov, fundador e atual CEO do Telegram – Foto: Reprodução

Na quarta-feira (27), o fundador e atual CEO do Telegram, Pavel Durov, foi libertado sob fiança após decisão da Justiça francesa. Durov, que estava preso desde sábado (23), foi liberado mediante o pagamento de 5 milhões de euros (cerca de R$ 30.854.205) e sob a condição de se apresentar à polícia duas vezes por semana e não deixar a França. Segundo o Ministério Público de Paris, ele enfrenta acusações que incluem envolvimento com crime organizado e omissão na moderação de conteúdos ilegais na plataforma, como pornografia infantil e tráfico de drogas.

Além das acusações relacionadas ao Telegram, Durov também é investigado por suspeitas de “atos graves de violência” contra um de seus filhos enquanto estava em Paris com uma ex-parceira. O bilionário franco-russo foi preso no aeroporto de Le Bourget ao chegar do Azerbaijão, como parte de uma investigação iniciada em julho sobre crimes cibernéticos cometidos através da rede de mensagens do Telegram.

O advogado de Durov, David-Olivier Kaminski, defendeu o fundador do Telegram em tribunal, chamando as acusações de “totalmente absurdas”. Ele afirmou que a plataforma está em conformidade com as normas europeias e segue as mesmas regras de moderação que outras redes sociais. O caso continua em investigação, e Durov deve comparecer regularmente às autoridades francesas enquanto a situação não é resolvida.

Fonte: DCM

Glauber Braga denuncia coação de Lira contra presidente de comissão por indicação de R$ 320 milhões

 

"O sequestro do orçamento público tocado por Lira é escândalo de grandes proporções", afirma o deputado

Glauber Braga e Arthur Lira (Foto: Câmara dos Deputados)

O deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) publicou no X, antigo Twitter, nesta quinta-feira (29), uma denúncia contra o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Segundo Glauber, Lira teria coagido o presidente da Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional, o deputado José Rocha (União-BA), a repassar R$ 320 bilhões a um destino indicado por ele, Lira. "Com uma ligação, e sob supervisão de uma encarregada sua, Arthur Lira coagiu o presidente da Comissão de Integração a mandar 320 milhões para destino indicado por ele. O sequestro do orçamento público tocado por Lira é escândalo de grandes proporções. Não dá 'pra' banalizar isso!", publicou o parlamentar. 

Fonte: Brasil 247

PF deflagra a 29ª fase da Operação Lesa Pátria, contra envolvidos no 8 de janeiro

 

Agentes da PF cumprem dez mandados de busca e apreensão em Santa Catarina, Rio de Janeiro, Goiás e Distrito Federal

(Foto: Joedson Alves/Agência Brasil)

Nota da Polícia Federal - A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 29/8, a vigésima nona fase da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de identificar pessoas que participaram e incitaram os fatos ocorridos em 8/01/2023, em Brasília/DF, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas Instituições.

Ao todo, estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal, nos Estados de Santa Catarina (5), Rio de Janeiro (3), Goiás (1) e DF (1). Foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. Apura-se que os valores dos danos causados ao patrimônio público possam chegar à cifra de R$ 40 milhões.

Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais cumpridos e pessoas capturadas.

Fonte: Brasil 247 com Nota emitida pela Polícia Federal

Apoiadores de Maduro reafirmam vitória e celebram um mês das eleições com atos ao redor da Venezuela

 

A oposição também convocou protestos e prometeu derrubar Maduro

(Foto: PSUV)

Movimentos sociais e organizações venezuelanas realizaram nesta quarta-feira (28) uma marcha em várias partes do país para comemorar o primeiro mês da vitória eleitoral do presidente Nicolás Maduro, ocorrida em 28 de julho e validada pelo Supremo Tribunal do país. Em Caracas, a manifestação teve início na sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), na Plaza Venezuela. 

A manifestação foi marcada por discursos de altos dirigentes que enfatizaram a importância da paz e da unidade nacional, em um momento em que o país continua a enfrentar desafios internos e externos. 

A oposição também convocou protestos ao redor do país e do mundo. A líder oposicionista María Corina Machado disse à Reuters na terça-feira que protestos de rua pacíficos e a pressão internacional tinham o potencial de tirar Maduro do poder.

Fonte: Brasil 247

Boulos conta com horário eleitoral para reduzir sua rejeição

 

Candidato do Psol lidera na pesquisa Quaest, com 22% das intenções de voto

Guilherme Boulos no Roda Viva (Foto: Reprodução Youtube)

Durante uma sabatina na GloboNews nesta quarta-feira (28), o candidato do Psol à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, declarou que pretende utilizar o horário eleitoral gratuito para diminuir sua rejeição entre os eleitores e aumentar o apoio nas camadas mais pobres da cidade. Segundo reportagem do Valor, Boulos mencionou que a rejeição a seu nome está associada a uma caricatura que não corresponde à realidade. De acordo com uma pesquisa da Quaest divulgada na mesma data, ele lidera com 22% das intenções de voto, seguido por Pablo Marçal (PRTB) e o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), ambos com 19%.

A rejeição a Boulos subiu de 40% em julho para 45% na última pesquisa. Em contraste, Nunes tem 39% de rejeição e Marçal, 35%. No debate, Boulos também comentou sobre a influência da televisão e das redes sociais nas eleições, destacando que muitos eleitores só começam a se envolver no processo eleitoral quando a campanha ganha espaço na mídia tradicional.

Além disso, Boulos abordou temas como a adoção da linguagem neutra nas escolas municipais, afirmando que não vê possibilidade para tal mudança e que é importante respeitar, mas também dialogar com a sensibilidade da sociedade em geral. Ele criticou uma ação de sua campanha onde o Hino Nacional foi cantado em linguagem neutra, informando que rompeu o contrato com a produtora responsável pelo evento. Boulos também elogiou os ex-prefeitos Prestes Maia e Faria Lima por suas contribuições ao desenvolvimento de São Paulo, e afirmou que a prefeitura possui recursos suficientes para realizar projetos ambiciosos. Sobre a fiscalização financeira, ele disse que espera aumentar a arrecadação da cidade por meio de uma cobrança mais eficiente das dívidas.

Fonte: Brasil 247