quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Eduardo Bolsonaro apanha nas redes após citar Elon Musk e atacar Alexandre de Moraes

 

Um perfil ironizou o parlamentar, que sugeriu estar preocupado com o acesso à informação pelas crianças pobres na Amazônia

Eduardo Bolsonaro (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou a rede social X para defender o bilionário Elon Musk, de extrema-direita, e atacou o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

'Vocês preocupados com crianças pobres e miseráveis na floresta…. Até caiu uma lágrima aqui', escreveu um internauta de forma irônica. 'Esta m*** de parlamento não parar, nada vai mudar', publicou outra pessoa.

Uma internauta ironizou o posicionamento de Eduardo Bolsonaro após o deputado sugerir que Moraes pode prejudicar o fornecimento de internet na Amazônia por causa das determinações para que o bilionário e a rede social X não propaguem fake news e discursos de ódio.


Fonte: Brasil 247

Glauber Braga sobe o tom contra Arthur Lira: 'é um bandido' (vídeo)

 

O deputado lembrou que o presidente da Câmara é acusado de não declarar fazendas à Justiça Eleitoral

Glauber Braga e Arthur Lira (Foto: Câmara dos Deputados)

O deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) subiu o tom contra o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) após ser acusado de não ter declarado quase R$ 5 milhões pagos por ele, com o objetivo de comprar quatro fazendas em Pernambuco. O pagamento aconteceu entre 2004 e 2006, ano em que os bens declarados pelo deputado somavam R$ 695.901,55 (valor da época).

"Porque Lira não declarou essas fazendas a Justiça Eleitoral? Temos um bandido sim, sentado na presidência da Câmara", escreveu o pessolista em postagem na rede social X, antigo Twitter. 

Além das acusações contra Lira, outro motivo que tem feito o deputado do Psol recordar informações importantes ao comentar sobre o presidente da Câmara é o processo no Conselho de Ética contra Glauber Braga, acusado de agredir um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), de direita. A votação do parecer pela aprovação do processo foi marcada para esta quarta-feira (28), mas um pedido de vista adiou a análise. 

A não-declaração dos bens de Lira foram divulgadas no ano passado pelo Congresso em Foco. Na época, o parlamentar se pronunciou por meio de sua assessoria de imprensa. "Todo o patrimônio do deputado Arthur Lira encontra-se devidamente declarado à Receita Federal e à Justiça eleitoral, fruto do sucesso na gestão de sua atividade agropecuária".

Fonte: Brasil 247 com informações do Congresso em Foco

Empresário que atacou mulher em elevador é investigado por novas importunações sexuais

 

A juíza Cristiane Maria de Faria aceitou a denúncia e determinou que Israel apresente defesa em até 10 dias


Duas mulheres reconheceram Israel Leal Bandeira Neto, acusado de apalpar uma nutricionista em um elevador, como sendo o mesmo homem que as atacou em 2022, durante uma festa de aniversário em Fortaleza. À época, elas não registraram boletim de ocorrência, temendo que o caso não tivesse repercussão e que não voltariam a encontrar o agressor.

De acordo com apuração do UOLno depoimento, as vítimas relataram que o ataque ocorreu no elevador de um prédio residencial onde participavam de uma festa. Segundo elas, Israel apertou suas nádegas e o incidente foi tão rápido que ficaram sem reação, sentindo medo de possíveis consequências. Um segundo ataque, segundo as vítimas, ocorreu quando elas saíam do prédio.

Israel negou as acusações, afirmando que não houve incidente algum. A juíza Cristiane Maria de Faria aceitou a denúncia e determinou que Israel apresente defesa em até 10 dias.

Relembre o caso-  A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Fortaleza (CE) está investigando um caso de importunação sexual envolvendo o empresário Israel Leal Bandeira Neto, que foi flagrado pelas câmeras de segurança de um prédio comercial na capital cearense.

Segundo relatos, Israel teria passado a mão nas nádegas da nutricionista Larissa Duarte enquanto ela estava no elevador do edifício, no dia 15 de fevereiro. O incidente ganhou destaque nas redes sociais após o vídeo se tornar viral, levando Israel a apagar seus perfis online. 

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Coronel do Exército é condenado por incitar golpe militar no 8/1 nas redes sociais

 

O oficial se dirigiu diretamente ao então comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, pedindo que liderasse um golpe de Estado

José Placídio Matias dos Santos (Foto: Reprodução)

O coronel do Exército José Placídio Matias dos Santos foi condenado a quatro meses de detenção, em regime aberto, por incitar um golpe militar nas redes sociais no dia 8 de janeiro do ano passado, informa o jornalista Fausto Macedo em sua coluna no jornal O Estado de S. Paulo. Ele poderá recorrer da decisão em liberdade.

Nas publicações, feitas no antigo Twitter,  hoje X, o oficial se dirigiu diretamente ao então comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, pedindo que liderasse um golpe de Estado. “General Arruda, o Brasil e o Exército esperam que o senhor cumpra o seu dever de não se submeter às ordens do maior ladrão da história da humanidade. O senhor sempre teve e tem o meu respeito. FORÇA!!”, escreveu na ocasião. 

“Brasília está agitada com a ação dos patriotas. Excelente oportunidade para as FA entrarem no jogo, desta vez do lado certo. Onde estão os briosos coronéis com a tropa na mão?”, disse Placídio em outro post. O coronel também ameaçou o ministro Flávio Dino, que na época ocupava o Ministério da Justiça, afirmando que “sua purpurina vai acabar.”

Além da condenação militar, José Placídio também enfrenta um processo criminal, tendo sido denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), e será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Fausto Macedo no jornal O Estado de S. Paulo

Gleisi celebra recorde de empregos no 1º semestre de 2024: "Lula não precisou de nem dois anos para aquecer a economia"

 

"Diferente da direita, que sete anos atrás destruiu o mercado de trabalho e os direitos com a Reforma Trabalhista", lembrou a presidente do PT

Lula e Gleisi Hoffmann (Foto: Ricardo Stuckert)

Nos primeiros sete meses de 2024, o Brasil gerou 1,49 milhão de vagas de empregos formais, superando o saldo total de 2023, que foi de 1,48 milhão. Em julho, o saldo positivo foi de 188 mil novos postos de trabalho com carteira assinada, de acordo com os dados do Novo Caged divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O número total de pessoas empregadas formalmente atingiu 47 milhões, o maior da série histórica.

Diante do resultado, a presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), celebrou os números e lembrou que há sete anos, a reforma trabalhista de Michel Temer destruiu o mercado e precarizou o trabalho. "Desde janeiro, quase 1,5 milhão de brasileiros conseguiram emprego com carteira assinada, segundo dados do Caged. O número é maior do que o total gerado no ano passado inteiro! O Governo Lula não precisou de nem dois anos para aquecer a economia e criar oportunidades para as pessoas melhorarem de vida. Diferente da direita, que sete anos atrás destruiu o mercado de trabalho e os direitos com a Reforma Trabalhista", publicou Gleisi no X, antigo Twitter, nesta quinta-feira (29).

O setor de serviços foi o principal responsável pela geração de empregos em julho de 2024, com 79 mil vagas, seguido pela indústria (49 mil) e comércio (33 mil). O acumulado de 12 meses indica a criação de 1,7 milhão de empregos, um crescimento de 13% em relação ao mesmo período anterior. A maior parte dos novos postos de trabalho foi gerada na região Sudeste, com destaque para São Paulo, que registrou o maior saldo de contratações, com 61 mil vagas no mês.

No acumulado do ano, o setor de serviços também lidera, com 798 mil empregos criados, seguido pela indústria (292 mil) e construção civil (200 mil). O salário médio de admissão em julho foi de R$ 2.161,37, representando um aumento em relação a junho de 2024 e a julho de 2023. O mercado formal segue aquecido em todas as regiões e setores, com exceção de Alagoas, onde houve perda de vagas devido à desmobilização da cana-de-açúcar.

Fonte: Brasil 247

MP da Venezuela intima Edmundo González a prestar depoimento e ameaça prender opositor caso ele não compareça

 

Esta é a terceira vez que González é chamado a depor

Edmundo Gonzalez (Foto: Reuters)

O Ministério Público da Venezuela convocou nesta quinta-feira (29) Edmundo González, opositor do presidente Nicolás Maduro, para prestar depoimento sobre a divulgação de atas eleitorais em um site. Esta é a terceira vez que González é chamado a depor, com a audiência marcada para sexta-feira (30). Conforme relatou o site Metrópoles, caso ele não compareça, poderá ser emitido um mandado de prisão contra ele.

De acordo com a notificação judicial, a ausência de González na data marcada poderá ser interpretada como risco de fuga e obstrução da justiça, justificando a possível emissão de uma ordem de prisão. González não atendeu às duas intimações anteriores, e a lei venezuelana prevê a possibilidade de prisão para aqueles que ignoram três convocações judiciais.

O opositor está sendo investigado por diversos crimes, incluindo usurpação de funções da autoridade eleitoral e falsificação de documentos oficiais, após questionar o resultado das eleições presidenciais venezuelanas. Em uma declaração feita no último domingo (25), González afirmou que está sendo “pré-acusado de crimes que não foram cometidos”.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Moraes bloqueia contas da Starlink para garantir multas contra o X

 

Empresa de internet pertence ao bilionário Elon Musk

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio das contas bancárias da Starlink, empresa de internet via satélite do bilionário Elon Musk.

A medida foi determinada pelo ministro para garantir o pagamento de multas estipuladas pelo descumprimento de decisões sobre o bloqueio de perfis de investigados pela Corte na rede social X, que também pertence a Musk.

O bloqueio terá efeito nas contas da empresa no Brasil. A Starlink fornece serviço de internet para áreas rurais do país e tem contratos com órgãos públicos, como as Forças Armadas e tribunais eleitorais. 

A decisão veio à tona após Alexandre de Moraes determinar nesta quarta-feira (28) que Elon Musk indique, no prazo de 24 horas, novo representante legal do X no Brasil.

A intimação foi feita por meio do perfil do STF na rede social. No dia 17 de agosto, Musk anunciou o fechamento da sede da empresa no Brasil e acusou Moraes de ameaça.

O fechamento ocorreu após sucessivos descumprimentos de determinações do ministro. Entre elas, a que ordenou o bloqueio do perfil do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e de outros investigados.

Mais cedo, Musk usou sua conta no X para debochar da decisão de Moraes, que o intimou pela plataforma e publicou uma imagem gerada por inteligência artificial para comparar o ministro com vilões das séries Harry Potter e Star Wars.

Edição: Aline Leal

Fonte: Agência Brasil

Moraes nega devolução de celular apreendido com ex-assessor do TSE

 

Aparelho foi apreendido pela PF por determinação do ministro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quinta-feira (29) a devolução do celular de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro no setor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) responsável pelo monitoramento de desinformação nas redes sociais.

O celular de Tagliaferro foi apreendido pela Polícia Federal (PF) por determinação de Moraes durante depoimento prestado na semana passada no inquérito que apura o vazamento das conversas que embasaram reportagens do jornal Folha de S.Paulo.

As matérias jornalísticas acusaram o ministro de usar "formas não oficiais" para determinar a produção de informações para investigar aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2022, período em que Moraes foi presidente do TSE. Após a divulgação, o ministro disse que todos os procedimentos foram oficiais e regulares.

Na decisão, Alexandre de Moraes disse que o pedido de devolução do aparelho é "confuso, sem fundamentação e absolutamente impertinente".

Por determinação de Alexandre de Moraes, a PF investiga o vazamento de conversas entre Tagliaferro, que foi responsável pela Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) durante a gestão do ministro, e Airton Vieira, juiz auxiliar de Moraes. Tagliaferro era o responsável pela produção dos relatórios.

Em maio do ano passado, o ex-assessor foi preso por violência doméstica. Após a prisão, ele foi demitido pelo ministro. Durante o período da prisão, o aparelho ficou sob a custódia da Polícia Civil de São Paulo.

Após a apreensão do celular, a defesa de Eduardo Tagliaferro afirmou que a medida não é comum durante depoimentos. "Mais uma situação em que o abuso de autoridade e o excesso de poder salta aos olhos", declarou o advogado Eduardo Kuntz.

Edição: Juliana Andrade

Fonte: Agência Brasil

Alvo de operação da PF nesta quinta administrava grupo de WhatsApp que incitava ataques aos Três Poderes

 

Suspeita, que não teve o nome revelado, é moradora de Planaltina

(Foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil)

Uma moradora de Planaltina é alvo de busca e apreensão no âmbito da 29ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (29). A mulher, cujo nome não foi revelado, é suspeita de participar dos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023.

De acordo com a coluna Na Mira, do Metrópoles, a suspeita era administradora de um grupo de WhatsApp que incitava a participação nos ataques ao Palácio do Planalto, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Durante esses ataques, as instituições foram invadidas e depredadas, resultando em violência e destruição de bens históricos.

Além da operação em Planaltina, estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão nos estados de Santa Catarina (5), Rio de Janeiro (3), Goiás (1) e Distrito Federal (1). O STF também determinou a indisponibilidade dos bens, ativos e valores dos investigados. Estima-se que os danos causados ao patrimônio público possam chegar a R$ 40 milhões.

Os crimes investigados incluem a abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, e destruição ou deterioração de bens protegidos. 

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Na Mira, do Metrópoles

INSS prevê normalização dos serviços após fim da greve e acordo salarial

 

Presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, espera que atendimento nas agências retorne ao normal até sexta-feira, com reajustes salariais acima da inflação

Fonte: Agência Brasil

Após a assinatura de um acordo entre o governo e os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o presidente da autarquia, Alessandro Stefanutto, anunciou que os serviços nas agências devem ser normalizados até esta sexta-feira (30). A greve dos servidores, que impactou parcialmente o atendimento ao público, chegou ao fim na noite desta quarta-feira (28), após intensas negociações com o governo federal.

Em entrevista ao Metrópoles, Stefanutto afirmou que, apesar da paralisação, a queda na prestação dos serviços foi limitada, com uma redução de apenas 3% a 4% no apoio às perícias médicas. "A greve, claro, teve seus impactos, com serviços que não foram realizados, mas temos convicção de que as pessoas que ficaram sem atendimento serão atendidas agora, e voltamos à vida normal", disse o presidente.

A assinatura do acordo ocorreu no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), responsável pelas negociações com o funcionalismo. O governo tinha urgência em formalizar o acordo para garantir que os reajustes sejam incluídos no orçamento de 2025.

O acordo foi assinado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), enquanto outras entidades representativas dos servidores ainda estão em fase de consultas às suas bases. A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) também deve assinar o documento até o final desta quinta-feira (29), enquanto a Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) se mostrou cautelosa, mas reconheceu avanços nas negociações.

O acordo prevê que a carreira dos servidores do INSS será reconhecida como parte do núcleo estratégico do Estado brasileiro, o que impede a terceirização ou delegação de suas atividades. A proposta também estabelece a reestruturação da carreira e reajustes salariais que variam entre 5% e 10%.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Opositor venezuelano Edmundo González falará com ministros das Relações Exteriores da UE

 

Reunião do oposicionista Edmundo González com os ministros das Relações Exteriores dos 27 países membros da União Europeia será feita de forma remota

Edmundo Gonzalez (Foto: Reuters)

Reuters - O líder da oposição venezuelana Edmundo González falará remotamente com os ministros das Relações Exteriores dos 27 países membros da União Europeia na quinta-feira em Bruxelas, disse o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares.

González, um ex-diplomata de 74 anos, concorreu contra o atual presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em uma eleição presidencial no mês passado que não foi transparente, de acordo com a oposição, alguns países ocidentais e órgãos internacionais como um painel de especialistas das Nações Unidas.

"Edmundo González se conectará hoje para nos dar seu ponto de vista", disse Albares aos repórteres antes de uma reunião com os ministros das Relações Exteriores da UE em Bruxelas.

"É uma solicitação que me foi feita pessoalmente e que transmiti ao alto representante (Josep Borrell) e que apoiei", acrescentou Albares.

O conselho eleitoral da Venezuela e seu tribunal superior proclamaram Maduro, no poder desde 2013, como o vencedor da eleição de 28 de julho, mas não publicaram a apuração completa dos votos.

A oposição venezuelana divulgou seus próprios resultados em um site da oposição, mostrando uma vitória retumbante de González, com 67% de apoio.

Borrell pediu repetidamente a divulgação dos registros de votação, o fim da perseguição política e o diálogo entre os oponentes, o que levou Maduro a criticá-lo durante os comícios.

Fonte: Brasil 247

Marçal diz que manterá estratégia de cortes de vídeos de debates contra rivais nas redes sociais

 

"Se sentou do meu lado já vai sair em corte poderoso", disse o ex-coach e empresário de extrema direita

Pablo Marçal (Foto: Reprodução/YouTube/CNN Brasil)

O ex-coach e empresário de extrema direita Pablo Carçal, candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, afirmou que continuará utilizando sua estratégia de cortes de vídeos durante os debates eleitorais. Em entrevista ao Flow Podcast nesta quarta-feira (28), Marçal destacou a necessidade de uma “reciclagem” na Justiça para compreender melhor as redes sociais.

Na entrevista, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Marçal afirmou que utiliza técnicas de storytelling em seus embates e revelou que durante o primeiro debate promovido pela Band em 9 de agosto, já estava preparado com sua carteira de trabalho, mas sentiu que o ambiente não tinha a “energia” necessária para utilizá-la.

“Foi um investimento de uma hora para entrar no emocional dele”, disse Marçal sobre as provocações feitas ao adversário Guilherme Boulos (PSOL) no debate promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo, portal Terra e Faap em 14 de agosto. Ele mencionou, ainda, que Boulos foi sorteado para ficar ao seu lado no próximo debate, o que, segundo ele, resultará em um “corte poderoso”.

Durante a entrevista, Marçal também afirmou que no processo eleitoral é preciso “ser um idiota” e que levantará a bandeira branca após as eleições. Ele criticou a abordagem de outros candidatos, mencionando um episódio no debate da revista Veja onde, segundo ele, a falta de “baixaria” não gerou repercussão.

"No debate da Veja, a outra pessoa que veio para cima de mim só veio com baixaria de último nível. Aí eu falei, eu não vou cair neste jogo. Engraçado. Não deu um corte, não gerou nada. Não dá nada. É como se você perdesse seu tempo ali, naquele lugar", disse. 

Marçal também comentou sobre a decisão da Justiça Eleitoral que pediu a retirada do ar de seus perfis nas redes sociais no último sábado (24), por indícios de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. Ele afirmou que não publicará o direito de resposta de Boulos em suas redes sociais devido à suspensão de suas contas.

Em outra decisão, o TRE-SP restabeleceu o direito de resposta de Boulos nas redes sociais de Marçal, considerando que as expressões utilizadas por Marçal em seus vídeos eram ofensivas à honra e à imagem de Boulos, configurando propaganda eleitoral negativa.

Questionado sobre sua candidatura, Marçal revelou que começou a considerar a oportunidade no ano passado e expressou o desejo de entrar no PL, o mesmo de Jair Bolsonaro. Ele também mencionou sua candidatura à Presidência em 2022 pelo PROS, partido que permitiu sua filiação entre 30 siglas.

Marçal destacou sua admiração pelo presidente Lula (PT) por permanecer no mesmo partido por tanto tempo, e comentou sobre as dificuldades de lidar com a dinâmica interna dos partidos políticos.

O candidato também mencionou uma recente conversa com o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL-RJ), com quem “resolveu” desentendimentos. Marçal e o clã Bolsonaro trocaram ataques nas últimas semanas, mas Carlos selou a paz com o ex-coach em um post no X, na quarta-feira (28).O ex-coach também expressou seu apoio ao empresário e influenciador Renato Cariani, acusado de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro, afirmando acreditar na sua inocência.

A relação entre Marçal e Cariani tem sido utilizada por adversários políticos, como a deputada federal Tabata Amaral (PSB), que recentemente publicou um vídeo associando Marçal ao crime organizado.

Por fim, Marçal comentou sobre um vídeo em que tenta fazer uma mulher levantar da cadeira de rodas, expressando arrependimento por ter feito a oração durante o evento que já tentou ressuscitar pessoas. "Eu já fui no velório para ressuscitar pessoas. Eu acredito nisso, ainda vou ver isso. O fato de eu ser um fracassado ainda, que as orações não funcionaram, não invalida que eu vá conseguir. Eu quero ser um cristão que vê isso, porque isso para mim é um certificado", afirmou. 

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Um a cada quatro pais não consegue vacinar crianças, mesmo indo ao posto de saúde

 

Estudo aponta desigualdade racial no acesso: o percentual de pais que não conseguiram vacinar os filhos chegou a 17% entre brancos e 29% entre pretos

Pai e filho (Foto: Jon Nazca/Reuters)

Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein - Apesar de sua longa história de sucesso no programa nacional de vacinação, desde 2016 o Brasil enfrenta queda nos índices de cobertura vacinal de crianças. O quadro foi agravado após a pandemia de Covid-19, especialmente em decorrência da desinformação sobre a segurança e eficácia das vacinas. Um novo estudo brasileiro buscou entender as razões por trás da hesitação vacinal (além da desinformação) e descobriu que quase um em cada quatro pais (23%) não conseguiram vacinar seus filhos, apesar de terem ido a um posto vacinação – e isso tem impacto direto na decisão de retornar ou não. 

Além da dificuldade em efetivar a imunização, o estudo também aponta que existe desigualdade racial no acesso: o percentual de pais que não conseguiram vacinar os filhos chegou a 17% entre brancos e ultrapassou 29% entre pretos. O estudo aponta também que 7% dos responsáveis enfrentaram dificuldades para levar os pequenos ao posto de saúde por motivos que vão da falta de tempo à dificuldade de transporte – essa probabilidade foi 75% maior entre população preta comparada à branca.

O levantamento foi conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, e os resultados foram publicados no último dia 23 de agosto na revista científica Epidemiologia e Serviços de Saúde.

Mais de 37 mil entrevistas

Para conduzir a pesquisa, os estudiosos brasileiros partiram de informações do Inquérito Nacional de Cobertura Vacinal de mais de 37,8 mil nascidos vivos em 2017 e 2018. Depois, a equipe foi a campo, nas 26 capitais do Brasil, no Distrito Federal e em 12 cidades com mais de 100 mil habitantes, para visitar todas essas famílias. 

Nas residências, os pesquisadores fizeram entrevistas com as mães ou responsáveis pelas crianças e fotografaram as cadernetas de vacinação. “As informações foram digitadas e incluídas no nosso banco de dados por profissionais especializados no programa nacional de vacinação. Conseguimos uma boa qualidade dos dados porque não usamos informações autorreferidas, que poderiam ter um viés de memória”, explica o epidemiologista Antonio Fernando Boing, primeiro autor do estudo e professor da UFSC

Ao cruzar os dados, os pesquisadores descobriram, por exemplo, que 86% das crianças com até 2 anos de idade não foram vacinadas nas idades previstas no calendário nacional. Isso as deixa em uma situação de maior risco e vulnerabilidade, por ficarem expostas a agentes causadores de doenças que podem ser controladas ou evitadas com vacinação. 

Nas respostas para explicar o motivo desse atraso, as famílias citaram a distância do posto de saúde em relação à casa ou ao trabalho, falta de tempo para levar a criança até a unidade, horário inadequado de funcionamento, dificuldades de transporte para ir ao posto, não liberação do empregador e não dispor de caderneta de vacinação.

Quando foram questionadas sobre o motivo de não terem conseguido vacinar os filhos, mesmo tendo ido até o posto de vacinação, responderam que entre razões estavam: não havia imunizante disponível, a sala de vacinação estava fechada (algumas funcionam somente em dias específicos), não havia profissional de saúde para aplicar o imunizante, acabara a senha de atendimento para aquele dia ou não estavam com o documento de vacinação no momento. 

Cor e raça 

A partir desses resultados, os pesquisadores decidiram fazer um recorte por cor e raça para ver se havia alguma influência nesse sentido também. E descobriram que as crianças de mães pretas e pardas têm maior probabilidade de enfrentar essas dificuldades e de estarem com o esquema vacinal incompleto nos primeiros cinco e 12 meses de vida. 

De acordo com Boing, a associação da cor/raça para esse desfecho se manteve mesmo quando os pesquisadores fizeram ajustes e tiraram o fator socioeconômico das análises. “Mesmo considerando outros fatores, como a escolaridade da mãe, ainda assim a associação de cor/raça se manteve maior para as dificuldades entre mães pretas”, relata.  “Além das raízes sociais, econômicas e raciais que dificultam o acesso, observamos também barreiras no serviço. Vimos que as falhas do sistema de saúde impactam mais severamente a população preta, que é a mais vulnerável.”

Hesitação vacinal

Na visão do professor da UFSC, os resultados são “estarrecedores”, pois o estudo mostra que essas famílias venceram barreiras anteriores e foram até o posto de vacinação, mas encontraram novos obstáculos.

“Em muitos casos, ir até o posto de saúde implicou um esforço muito grande, de uma negociação das mães com múltiplas partes, e não se alcançou o objetivo. Isso envolve um esforço financeiro, de conseguir sair do trabalho, de viabilizar meios para ir até a unidade. Não necessariamente essa mãe vai conseguir retornar ao posto de saúde. E, se retornar, pode não ser no tempo oportuno, colocando a criança em risco. É uma perda de oportunidade de vacinação”, frisa o pesquisador. 

O infectologista pediátrico Alfredo Gilio, coordenador da Clínica de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein e professor doutor da Faculdade de Medicina da USP, também considera o resultado preocupante, especialmente devido à perda de oportunidade vacinal e ao risco de essa pessoa não voltar para atualizar a caderneta da criança.

“Vinte e três por cento desses pais saíram de suas casas e não conseguiram vacinar seus filhos. Isso pode se tornar um dificultador num momento em que estamos tentando recuperar as taxas de cobertura vacinal. Apesar dos esforços do Ministério da Saúde, ainda estamos abaixo da cobertura ideal para todas as vacinas. Qualquer coisa que atrapalhe é péssimo. Cada vez que deixam de vacinar, essas pessoas podem não voltar”, avalia Gilio.

Na avaliação do infectologista, o estudo ajuda a entender o fenômeno da queda da vacinação no Brasil. Para ele, as dificuldades dos filhos de mães pretas envolvem possivelmente a questão socioeconômica da família, o local de moradia (distante do posto de saúde, por exemplo) e o horário de trabalho. “Certamente essas crianças moram mais longe e enfrentam mais dificuldades. Precisamos tomar atitudes em cima disso”, defende.

Soluções para melhorar a cobertura

Na avaliação de Boing, por conta da Covid-19, os debates se concentraram quase exclusivamente na questão de combater informações falsas. “Isso é importante, e ações fortes para enfrentá-las precisam estar na agenda sanitária. Mas nosso estudo comprova que há outros fatores econômicos e de organização do serviço de saúde totalmente evitáveis e inaceitáveis que contribuem para esse cenário catastrófico da cobertura vacinal no Brasil”, analisa. 

Para ele, modificar esse contexto exige melhorar as condições de vida da população, qualificar os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), em especial a atenção primária, e investir em ações de monitoramento e enfrentamento de desigualdades em saúde.

Segundo Mônica Levi, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), esse resultado é preocupante e não deveria ocorrer nesse percentual tão alto. “Não se pode deixar de vacinar alguém que foi até o posto. É preciso rever os problemas estruturais do SUS, porque a perda de oportunidade é algo que não pode acontecer dentro da vacinação, ainda mais num momento de baixa cobertura vacinal”, frisa.

Para o Brasil voltar ao panorama de altas coberturas vacinais, diz Levi, é preciso construir uma demanda sustentável por vacinas e manter a confiança não só nos imunizantes, mas também no prescritor, no vacinador e no sistema de saúde. “Precisamos manter toda a estrutura que envolve a vacinação funcionando corretamente para que a hesitação seja combatida”, completa a presidente da SBIm.

Estratégias do Ministério

O Ministério da Saúde informou, em nota, que desde 2023 tem atuado com estados e municípios na implementação de uma estratégia de microplanejamento para recuperar as altas coberturas vacinais. “Dentro dessa estratégia, destacam-se ações como a ampliação dos horários de funcionamento dos postos de vacinação, campanhas locais para conscientizar a população sobre a importância e a segurança das vacinas, e a integração com o setor de educação para promover a vacinação em ambientes escolares. O combate às fake news, o monitoramento de eventos relacionados à vacinação e a melhoria dos Sistemas de Informação também são ações fundamentais", diz a nota.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, a realização de oficinas em todos os estados, seguida por monitoramento e avaliação, contribuiu para o aumento das coberturas vacinais infantis de rotina. “Comparando 2022 com 2023, apenas três das 16 vacinas do Calendário Nacional da Criança não apresentaram aumento de cobertura". 

Sobre o problema de possível falta de vacinas nos postos, o Ministério da Saúde informou que "devido à capacidade limitada da rede de frio dos postos, pode haver desabastecimento temporário de algumas vacinas, sendo recomendada a busca em outras unidades ou o retorno no dia seguinte.”

Fonte: Brasil 247

Ricardo Cappelli aponta por que Armínio Fraga não tem moral para falar de Lula, Galípolo e Banco Central

“Entregou uma Selic de 24,9% e uma inflação fora de controle. Este é o conselheiro?”, questionou

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Capelli (PSB), criticou nesta quinta-feira (29) as falas do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, sobre a indicação de Gabriel Galípolo para o comando da instituição monetária. Fraga afirmou que Galípolo ficará em uma situação “difícil” e disse que a principal dificuldade será a “falta de apoio fiscal” para a política de juros do BC.

Capelli destacou os dados negativos da gestão de Armínio Fraga à frente do banco e apontou que ele não tem moral para falar do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Armínio Fraga como presidente do BC levou o risco Brasil ao recorde negativo de 1.446 pontos, praticamente triplicou a dívida pública para 57% do PIB e entregou para Lula uma taxa Selic de 24,9% (juros reais de 13%!) e uma inflação de 12%, fora de controle. Este é o conselheiro?”, questionou.

Fonte: Brasil 247