segunda-feira, 26 de agosto de 2024

STF marca para sexta-feira julgamento de recursos da rede social X sobre bloqueio de perfis de investigados

 

Perfis foram bloqueados por postagens que promoviam atos golpistas, discursos de ódio e ataques às instituições democráticas

Elon Musk e Alexandre de Moraes (Foto: REUTERS/Adrees Latif | Rosinei Coutinho/SCO/STF)

O Supremo Tribunal Federal (STF) dará início nesta sexta-feira (30) ao julgamento de recursos relacionados ao bloqueio de perfis de investigados na rede social X, antigo Twitter. Esses perfis foram bloqueados por postagens que promoviam atos golpistas, discursos de ódio e ataques às instituições democráticas. Os recursos foram apresentados pela empresa contra decisões do ministro Alexandre de Moraes, responsável por inquéritos sobre a disseminação de fake news e ataques às instituições.

Segundo o g1, a Primeira Turma do STF julgará os recursos em plenário virtual, com os cinco ministros podendo inserir seus votos no sistema entre os dias 30 de agosto e 6 de setembro. Um dos pontos em discussão é se o bloqueio deve ser aplicado a contas inteiras ou apenas a postagens específicas.

Após descumprir novas ordens judiciais de bloqueio e ser multada, a rede social X anunciou recentemente, por meio de uma postagem, que iria "encerrar as operações" no Brasil, embora o serviço continue disponível para os usuários. A empresa alega que a decisão foi tomada em resposta a determinações judiciais do ministro Moraes, que chegou a ameaçar multar e prender a responsável pelo escritório da plataforma no país, Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição.

O bilionário Elon Musk, proprietário da rede social, já havia criticado Moraes em abril e ameaçou reativar contas anteriormente bloqueadas. O empresário agora também é alvo de uma investigação no STF.

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

Homem preso em Goiás por queimar fazendas diz que motivação foi política e entrega nome de suposto mandante

 

A Polícia Militar calcula que cerca de 700 hectares foram queimados

Lucas Vieira, preso em Goiás por queimar fazendas (Foto: Reprodução/Metrópoles)

O homem preso no último sábado (24) em Goiás, acusado de provocar incêndios em fazendas da região, afirmou em depoimento à polícia que o crime foi motivado por questões políticas, conforme relatado pelo Metrópoles nesta segunda-feira (26). A Polícia Militar calcula que cerca de 700 hectares foram queimados.

O suspeito, identificado como Lucas Vieira, declarou ter recebido R$ 300 para incendiar a fazenda de um desafeto político, mas não forneceu mais detalhes sobre o crime.

“Que a motivação foi política, mas o interrogado não sabe detalhes sobre os fatos. Que o mandante do crime não disse o nome do proprietário da terra, afirmou apenas que era um desafeto político”, afirma documento do interrogatório.

Lucas foi preso em flagrante por uma patrulha do Batalhão Rural da Polícia Militar, enquanto tentava atear fogo em um pasto às margens da BR-158, entre Piranhas (GO) e Bom Jardim (GO). O suspeito confessou o crime e entregou um suposto mandante, Rogério Silva, um pedreiro de 33 anos. 

Silva, por sua vez, negou qualquer envolvimento. “Eu nem atuo no meio político. Eu faço trabalho braçal, eu sei o que o pessoal passa com queimada. Não tenho nada a ver com isso, Deus me livre”, declarou.

O delegado responsável pelo caso, Fábio Marques, informou que tanto a suposta motivação política quanto o suposto mandante foram noticiados às autoridades de maneira informal.

“O que se tem até agora é o dolo de provocar dano”, disse o delegado ao Metrópoles. Ainda não foi confirmado se a fazenda pertence a algum político.

Lucas foi liberado após audiência de custódia no domingo (25), com a condição de não participar de atividades políticas e de se apresentar quinzenalmente a uma unidade do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) para tratamento psiquiátrico. O suspeito alegou ter diagnóstico de esquizofrenia.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Cármen Lúcia destrava processo que pode implodir candidatura de Pablo Marçal em São Paulo

 

Ação movida por Aldineia Fidelix, viúva de Levy Fidelix, pode desencadear um “efeito dominó” no PRTB e anular as decisões que validaram a candidatura

Pablo Marçal (Foto: Reprodução/YouTube/Band Jornalismo)

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, desbloqueou uma ação que pode desencadear um “efeito dominó” no PRTB e comprometer a candidatura de Pablo Marçal à prefeitura de São Paulo, diz a jornalista Malu Gaspar em sua coluna no jornal O Globo. O processo estava parado há 20 dias no gabinete da ministra.

A ação foi movida por Aldineia Fidelix, viúva de Levy Fidelix, e assinada por três ex-ministros do TSE: Sérgio Banhos, Carlos Eduardo Caputo Bastos e Carlos Horbach. Levy Fidelix, falecido em 2021, foi um político conhecido por suas duas candidaturas à presidência da República e pela defesa do projeto do aerotrem, além de declarações polêmicas de cunho homofóbico.

Aldineia alega que Leonardo Avalanche, atual presidente nacional do PRTB, violou um acordo firmado em fevereiro deste ano que visava pacificar o partido, concedendo a Aldineia a vice-presidência nacional, seis cargos na comissão executiva nacional, 20 cargos no diretório nacional e o comando político dos diretórios de  São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Roraima e Rio Grande do Norte.

Devido à intensa disputa interna no PRTB, com trocas de acusações e disputas de poder, o então presidente do TSE, Alexandre de Moraes, nomeou um interventor para o partido. O interventor foi responsável por convocar novas eleições para definir a presidência, o diretório nacional, a comissão executiva e os delegados do partido. Luciano Fuck, ex-secretário-geral do TSE e próximo do ministro do STF Gilmar Mendes, foi designado para organizar o processo.

Embora não mencionado diretamente na ação, Pablo Marçal será afetado caso Aldineia vença o processo. A candidatura de Marçal foi aprovada por uma comissão provisória do PRTB em São Paulo, alinhada a Avalanche, em agosto deste ano. Aldineia argumenta que, segundo o acordo, ela deveria ter comandado o diretório do partido em São Paulo durante esse período.

A suposta violação deste acordo por Avalanche levou ao pedido de anulação das decisões que validaram a candidatura de Marçal. A candidatura de Marçal já enfrenta outros desafios, incluindo impugnações que alegam não cumprimento do estatuto partidário, além de ações por abuso de poder econômico.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Lula: redes sociais “mostram o lado podre do ser humano”

 

Presidente criticou o vício das pessoas na tecnologia e alertou para os perigos das redes sociais

Presidente Lula no lançamento da Política Nacional da Transição Energética, 26 de agosto de 2024 (Foto: Tauan Alencar/MME)

O presidente Lula criticou nesta segunda-feira (26) o vício e dependência "total e absoluta" até de crianças em redes sociais, e afirmou que as plataformas criam ambientes de propagação de menitras desumanas. 

"Não tem nada de social. Tem muita coisa ruim, muita mentira e grosseria, que mostra o lado podre do ser humano", afirmou Lula em discurso após reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética, em Brasília-DF. 

Fonte: Brasil 247

Trump ameaça desistir de debate com Kamala

 

Donald Trump ameaçou não participar do debate da rede ABC e insinuou que a emissora seria tendenciosa

Donald Trump e Kamala Harris (Foto: Reuters)

Reuters - As equipes de campanha de Donald Trump e Kamala Harris entraram em conflito nesta segunda-feira sobre o debate presidencial do próximo mês nos EUA, com a equipe da vice-presidente buscando um retorno aos microfones abertos, enquanto seu rival republicano ameaçou deixar o debate, sugerindo que a rede ABC previamente acordada seria tendenciosa.

"Por que eu faria o debate contra Kamala Harris nessa rede?" escreveu Trump, que está fazendo sua terceira tentativa de concorrer à Casa Branca, em uma postagem em rede social na noite de domingo que também acusou a rede de parcialidade. "Fiquem ligados!!!"

O porta-voz de Kamala, Brian Fallon, disse nesta segunda-feira que a campanha da vice-presidente queria que a emissora mantivesse os microfones dos candidatos ligados durante todo o evento, e não silenciados quando o oponente estivesse falando, como no último debate presidencial. Os chamados "microfones quentes" podem ajudar ou prejudicar os candidatos, capturando comentários improvisados que, às vezes, não tinham por objetivo ir ao público.

"A vice-presidente está pronta para lidar com as constantes mentiras e interrupções de Trump em tempo real. Trump deve parar de se esconder atrás do microfone mudo", disse Fallon em um comunicado.

O assessor sênior da campanha de Trump Jason Miller disse em um comunicado que eles já haviam concordado com os mesmos termos do debate de junho da CNN, que teve microfones silenciados, acrescentando: "Não falamos em nenhuma mudança nas regras acordadas".

Mas Trump disse mais tarde aos repórteres que preferia que seu microfone fosse mantido ligado, acrescentando que não gostou de tê-lo silenciado da última vez e que não estava se preparando muito para o confronto com sua nova rival.

"Não importa para mim. Provavelmente, eu preferiria que ele estivesse ligado. Mas o acordo foi que seria o mesmo da última vez", disse Trump.

"Não estou gastando muito tempo com isso. Acho que durante toda a minha vida estive me preparando para um debate", acrescentou Trump. "Não dá para enfiar conhecimento na cabeça, pois, sabe, 30 anos de conhecimento em uma semana. Então, há um pouco de preparação para o debate, mas eu sempre fiz mais ou menos da mesma maneira."

Os representantes da ABC não responderam imediatamente a um pedido de comentário.

Kamala garantiu a indicação democrata depois que o presidente norte-americano, Joe Biden, se afastou no mês passado e disse que faria o debate de 10 de setembro organizado pela ABC News, previamente acordado por Biden e Trump.

Biden havia insistido em debates anteriores, na esperança de impulsionar sua campanha e lançar uma luz mais clara sobre Trump. Mas seu próprio desempenho ruim no confronto de 27 de junho disparou o alarme dentro de seu partido, fazendo com que ele encerrasse sua candidatura à reeleição semanas depois.

Os candidatos a vice-presidente, o senador republicano JD Vance e o governador democrata de Minnesota, Tim Walz, estão programados para debater em 1º de outubro na CBS News.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Galípolo prega cautela e diz que BC depende de dados para próximo Copom

 

Diretor de Política Monetária do Banco Central disse que o crescimento da demanda por bens e serviços não pode acontecer de maneira desordenada

Gabriel Galípolo (Foto: Washington Costa/MF)

(Reuters) - O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira que a autoridade monetária está em posição conservadora e de cautela diante de indicações de que a atividade econômica no Brasil está resiliente e mostrando bastante dinamismo, com “todas as alternativas na mesa” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Em evento do Tribunal de Contas do Estado do Piauí, em Teresina, Galípolo disse que o crescimento da demanda por bens e serviços não pode acontecer de maneira desordenada e com falta de sincronia em relação à oferta, o que afetaria a inflação.

"A função do Banco Central é ser mais cauteloso em função desses dados que podem estar sinalizando uma economia que me parece estar em um estágio distinto da economia norte-americana, que passou a dar sinais de moderação, enquanto aqui a gente vem assistindo um cenário de resiliência maior da atividade", disse.

"Por isso que o Banco Central assumiu uma posição mais conservadora, interrompeu o ciclo de corte e ficou dependente de dados."

Economistas têm revisado para cima as expectativas para a atividade econômica, com o boletim Focus do BC desta segunda-feira apontando para uma alta de 2,43% no PIB de 2024, ante previsão de 2,23% na semana passada. A alta na estimativa veio após o indicador de atividade do BC (IBC-Br) para junho ter indicado crescimento de 1,4% sobre maio, bem acima do esperado por economistas.

O mercado de trabalho também tem sistematicamente apresentado números positivos. Nesta segunda, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse que dados sobre o emprego formal no país a serem divulgados nesta semana serão fortes.

Na apresentação, Galípolo ainda afirmou que as expectativas para a inflação no país seguem em processo de desancoragem mesmo diante de projeções de mercado apontando para taxas de juros mais restritivas à frente.

Em sua última reunião, o Copom manteve a taxa básica de juros em 10,50% ao ano e incluiu em seu cenário a possibilidade de elevar a Selic se necessário para levar a inflação à meta de 3%.

Fonte: Brasil 247

Lula assina MP para fortalecer indústria naval e setor de petróleo e gás no Brasil

 

"Nossas estimativas são de que, apenas com essa iniciativa, a economia brasileira deve ganhar mais R$ 2,4 bilhões", disse o ministro Alexandre Silveira

26.08.2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética – CNPE, na sede do Ministério de Minas e Energia, em Brasília - DF. (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta segunda-feira (26) uma medida provisória (MP) que visa incentivar a indústria naval e o setor de petróleo e gás no Brasil. “Levando em conta o aporte de novos recursos à economia, nossas estimativas são de que, apenas com essa iniciativa, a economia brasileira deve ganhar mais R$ 2,4 bilhões, além de cerca de R$ 824 milhões de tributos indiretos gerados. Isso é mais um estímulo para a nossa economia”, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, de acordo com o jornal O Globo

A nova MP expande incentivos através da depreciação acelerada de navios tanques, com o objetivo de atrair mais investimentos em logística para a indústria de petróleo e seus derivados. O intuito é minimizar as oscilações de preço causadas pelo afretamento de embarcações.

Atualmente, os investimentos em maquinário com vida útil de 10 anos, por exemplo, são deduzidos do lucro real da empresa ao longo desse período. No entanto, com a depreciação acelerada, essa dedução pode ocorrer de forma mais rápida, desde que sejam feitas novas aquisições, funcionando, na prática, como um incentivo fiscal.

Além disso, nesta segunda-feira, o governo convocou uma reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para aprovar uma série de medidas relacionadas aos mercados de gás natural e combustíveis, bem como para criar a Política Nacional de Transição Energética (PNTE).

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Relator apresenta parecer favorável à PEC que autoriza o Congresso a barrar decisões do STF

 

No relatório, o deputado defende que a proposta promove um “controle recíproco entre os poderes”

Luiz Philippe de Orleans e Bragança (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que autoriza o Congresso a barrar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), apresentou parecer favorável à aprovação do texto, conforme relatado pela CNN nesta segunda-feira (26).

No relatório, o deputado defende que a PEC respeita a Constituição e promove um “controle recíproco entre os poderes”. A proposta prevê que decisões do STF poderão ser suspensas com a adesão de ⅔ do Parlamento. Para reverter essa suspensão, o STF precisaria de votos favoráveis de ⅘ dos ministros.

Além disso, a PEC estabelece limites para decisões monocráticas dos ministros da Corte, exigindo que os casos sejam levados ao plenário de maneira mais rápida. Orleans e Bragança ressaltou que o texto ainda pode ser ajustado pelo Congresso, mas, do ponto de vista técnico, deve ser aprovado pela CCJ.

“Examinando seu conteúdo, vemos que não há qualquer atentado à forma federativa de Estado; ao voto direto, universal e periódico; e aos direitos e garantias individuais. Também entendemos que a proposição não atenta, nem tende a abolir a separação dos poderes”, afirmou.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN

Venezuela: reitor do CNE da oposição não assistiu totalização de votos

 

Comunicado ocorre após publicação de entrevista no New York Times

Quase um mês depois da eleição presidencial da Venezuela, um dos reitores do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ligados à oposição se manifestou nesta segunda-feira (26) sobre a votação de 28 de julho.

Juan Carlos Delpino Boscán informou que não compareceu à Sala de Totalização dos votos do CNE e, por isso, não tem evidência que respalde a vitória de Nicolás Maduro. Além disso, denuncia irregularidades, falta de transparência e cita a suspensão de auditorias previstas.

“Ao não subir à sala de totalização, careço da evidência que respalda os resultados anunciados”, informou, em nota, por meio de uma rede social. Boscán justificou que tomou a decisão de não subir à sala em resposta a irregularidades que teria presenciado.

“Ante o despejo de testemunhas em não poucos centros [eleitorais], a falta de transmissão do código QR ao centro de dados dos comandos, e a falta de solução efetiva ao suposto ataque hacker, tomei a decisão de não subir a sala de totalização e de não assistir ao anúncio do primeiro boletim [que deu a vitória a Maduro com 80% das urnas apuradas]”, destacou.

O comunicado do reitor do CNE ligado à oposição ocorreu logo após publicada entrevista dele ao jornal estadunidense New York Times, onde o membro do Poder Eleitoral da Venezuela informou que não recebeu evidências da vitória de Maduro.

O CNE possuí cinco membros principais, sendo dois deles ligados à oposição. A participação de reitores não ligados ao governo fez parte dos acordos firmados entre governo e oposição para as eleições deste ano. A outra reitora ligada à oposição, Aime Nogal Méndez, ainda não se manifestou sobre as denúncias de fraude após o dia 28 de julho.

Comunicado

Em longo comunicado publicado hoje (26), Juan Carlos Delpino Boscán relembra os principais acontecimentos do dia da votação, fazendo diversas críticas e denunciando falta de transparência no processo e a suspensão de auditorias que estavam previstas.

Boscán destacou que, considerando mais de 20 anos de experiências no CNE, a jornada eleitoral deste ano aconteceu “com relativamente poucas incidências reportadas” até as 5h da tarde do dia da votação.

Os primeiros problemas foram identificados por após esse horário, segundo destacou, “quando se reportaram incidentes de despejo de testemunhas da oposição durante o fechamento das mesas”. A oposição diz que diversas testemunhas da oposição não receberam a ata de votação da urna no final do processo. Ainda assim, a oposição diz ter reunido cerca de 83% das atas.

Em seguida, o reitor notou a interrupção da transmissão de dados dos resultados para os centros de totalização do CNE, “havendo silêncio e uma demora não explicada”. O reitor do Poder Eleitoral contou que apenas às 9h da noite foi informado do suposto ataque cibernético contra o órgão eleitoral que, segundo as autoridades do país, atrasaram o trabalho do CNE.

O reitor disse ainda que não compareceu à proclamação da vitória de Maduro, já no dia 29 de julho, por estar em desacordo com a falta de transparência com que o processo ocorreu.

“Essa decisão se baseia no meu compromisso com a integridade eleitoral e minha responsabilidade de garantir que os resultados reflitam a verdadeira vontade do povo venezuelano”, afirmou.

Artigo 125 e auditorias

O reitor do CNE criticou a não publicação dos votos por mesa eleitoral, “segundo a tradição dentro das 48 horas seguintes”, e também criticou a postura de esperar o prazo de 30 dias para publicar os dados.

Segundo o artigo 125 da Lei Orgânica dos Processos Eleitorais da Venezuela, o CNE tem que publicar os resultados no Diário Oficial do país em até 30 dias após a proclamação do vencedor. Ou seja, o prazo termina no próximo dia 30 de agosto.

De acordo com Juan Delpino, a demora na publicação desses dados causou a suspensão de três auditorias previstas para depois do dia 28 de julho, “afetando a cadeia de confiança das auditorias e gerando incertezas”.

TSJ

Bóscan foi criticado na decisão do Tribunal Supremo de Justiça (STJ) da Venezuela por não comparecer à perícia que ratificou a reeleição de Maduro, “nem justificar sua ausência”. No comunicado desta segunda-feira (26), o reitor explicou sua posição.

“Não assisti ao TSJ já que considero que a resolução do conflito deve ocorrer dentro do próprio organismo eleitoral, convocando os técnicos e peritos eleitorais a analisar as atas que possuem o CNE do dia da eleição com as que têm os diferentes comandos de campanha e que as mesmas sejam auditadas por observadores internacionais e certificadas de maneira independente.”

CNE

O reitor ainda faz uma série de críticas à escolha da data da eleição; a exclusão de partidos aptos a participar da votação; a forma de registro dos candidatos; a restrição da participação dos observadores da União Europeia (que foram impedidos de observar o pleito após renovarem sanções econômicas contra a Venezuela); e também ao processo de tomada de decisões do Conselho Nacional Eleitoral.

“O CNE experimentou preocupante falta de reuniões da direção, o que impediu seu funcionamento efetivo. Manifestei minha inquietação sobre a tomada unilateral de decisões, sublinhando que o CNE é um corpo colegiado que requer a participação de todos os seus membros”, completou.

Impasse

O governo de Nicolás Maduro tem acusado parte da oposição de não respeitar o resultado emitido pelo CNE e de buscar promover um golpe de Estado no país. A oposição, por sua vez, afirma que tem as atas eleitorais que indicam a vitória de Edmundo González. O Ministério Público do país abriu uma investigação sustentando a acusação que parte dessas atas foram falsificadas. 

Edição: Maria Claudia

Fonte: Agência Brasil

Venezuela: fiscal-geral notifica novamente opositor Edmundo González

 

Ele deve prestar esclarecimentos sobre site que publicou atas

O principal candidato da oposição venezuelana na eleição de 28 de julho, Edmundo González, foi novamente notificado nesta segunda-feira (26) pelo Ministério Público (MP) do país sul-americano. O fiscal-geral do MP, Tarek William Saab, determinou que González compareça à sede do órgão nesta terça-feira (27), em Caracas.

Ele deve prestar esclarecimentos sobre a investigação contra os responsáveis pela página na internet onde a oposição publicou as supostas atas eleitorais que dão vitória à González. Na última sexta-feira (23), o candidato já havia sido notificado para comparecer ao órgão hoje.

O MP avalia que a manutenção da página mantida pela oposição com as supostas atas pode incorrer em crimes como “usurpação de funções, forjamento de documento público; instigação à desobediência das leis, delitos informáticos, associação para delinquir e conspiração”.

A investigação do MP da Venezuela aponta que a página na internet busca usurpar as competências do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), única instituição com poder para publicar os resultados das eleições na Venezuela. O chefe do MP, Tarek William Saab, afirma que os “supostos documentos” são falsificados, “causando a difusão desta informação falsa para agitar a população”.

Em uma rede social, o candidato que alega ter vencido a eleição contra Maduro comentou sobre a investigação e questionou a imparcialidade do fiscal-geral venezuelano

“O Ministério Público pretende submeter-me a entrevista sem especificar em que condições devo comparecer e pré-qualificar crimes não cometidos. O fiscal-geral da República tem-se comportado repetidamente como um acusador político. Condena antecipadamente e agora promove uma intimação sem garantias de independência e do devido processo”, afirmou o González.

Protestos

O governo de Nicolas Maduro tem acusado Edmundo e María Corina Machado de serem os responsáveis intelectuais pela violência cometida no contexto dos protestos pós eleitorais com objetivo de promover um golpe de Estado. Os atos teriam levado à morte de mais de 20 pessoas, além de 2,2 mil presos e mais de 100 feridos, incluindo dezenas de agentes das forças de segurança.

Por outro lado, a oposição acusa o governo de fraudar a votação do dia 28 de julho e de reprimir e prender aqueles que se manifestam contra a reeleição de Maduro. Organizações de direitos humanos estimam que foram realizadas 1,3 mil prisões arbitrárias pós eleição.

Edição: Denise Griesinger

Fonte: Agência Brasil

Inflação não se controla só com alta de juros, diz Luiz Marinho

 

Segundo o ministro do trabalho, a inflação também pode ser controlada "com oferta, com mais produção, mais capacidade aquisitiva da classe trabalhadora"

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e Luiz Marinho (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado | José Cruz/Agência Brasil)

Por Vitor Abdala, repórter da Agência Brasil - Em recado ao Banco Central, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou, nesta segunda-feira (26), que inflação não se controla apenas com alta da taxa de juros e restrição ao crédito. Segundo ele, há outras formas de controlar o aumento de preços, como a ampliação da produção.

“O Banco Central precisa aprender que, combater inflação, não tem só um jeito, que é o jeito de restrição de crédito e de aumento de juros. Controla-se inflação também com oferta, com mais produção, mais capacidade aquisitiva da classe trabalhadora do país. Porque há espaço para isso. Nós vimos nos governos Lula 1 e 2, que controlamos a inflação com mais produção”, afirmou Marinho, em evento na sede do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.

Segundo ele, o setor produtivo do país ainda nem atingiu a totalidade de sua capacidade instalada. “Há espaço para crescimento da produção. E, se houver ocupação de 100%, que [o setor produtivo] planeje novos investimentos. É isso que pode combater a inflação sem ter que recorrer a aumento de juros ou restrição de crédito”.

Emprego - O ministro do Trabalho afirmou ainda que os dados de julho, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregos (Caged), que serão divulgados nesta semana, trarão resultados positivos sobre a geração de empregos.

“Nos sete primeiros meses deste ano, ele tem um número maior do que os 12 meses do ano passado. Ele vem bem, no desenvolvimento da indústria. O emprego gerado na indústria nos sete primeiros meses é maior do que os empregos da indústria no ano inteiro do ano passado”, adiantou o ministro, no Rio de Janeiro.

Em relação ao Rio Grande do Sul, em julho houve uma retomada da geração de emprego, depois de dados negativos em maio e junho, que haviam sido resultado das enchentes que atingiram o estado no primeiro semestre deste ano.

Compromisso fiscal - O ministro também afirmou que a Pasta não tem orçamento para executar algumas atividades por causa do “Déficit fiscal zero”. “Eu achava que nós tínhamos que ter feito compromisso fiscal zero, sim, mas não em 12 meses. Achava que ter devia ter compromisso fiscal zero para dez anos, oito anos, e nos cobrasse, a cada ano, nossa responsabilidade de reduzir o déficit fiscal. Mas o contrato está feito e nós estamos cumprindo o déficit fiscal zero em um ano. Só que vai faltar orçamento para muitas áreas”, destacou.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Brasil

Programa Gás Para Empregar vai aumentar oferta e reduzir preço do insumo, diz Silveira

 

Governo federal busca ampliar produção de gás natural

Alexandre Silveira, lançamento da Política Nacional da Transição Energética, 26 de agosto de 2024 (Foto: Tauan Alencar/MME)

(Reuters) - O Programa Gás Para Empregar, que está sendo oficializado pelo governo brasileiro nesta segunda-feira, vai aumentar a oferta e reduzir os preços do insumo no país, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Em discurso no lançamento da Política Nacional de Transição Energética (PNTE), o ministro afirmou ainda que os preços mais competitivos do gás permitirão reaquecer a indústria intensiva nacional, sendo estimados 96 bilhões de reais em investimentos em gás natural, biometano e em plantas de fertilizantes, que são grandes consumidoras de gás.

Governo elabora decreto - O governo federal elaborou minuta de decreto que autoriza a reguladora Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a determinar, após ouvir empresas, a redução de reinjeção de gás natural em poços de petróleo, visando maior produção de gás.

O documento, divulgado pela assessoria de imprensa do Ministério de Minas e Energia, nesta segunda-feira, determina ainda o aumento da produção de gás natural para campos, inclusive os campos maduros.

Não ficou claro imediatamente se tais itens foram incluídos em decreto assinado nesta manhã pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Clã Bolsonaro muda estratégia e deixa de criticar Pablo Marçal para não perder apoio

 

Jair Bolsonaro e seus filhos ficaram surpresos com a repercussão negativa entre seus apoiadores diante da briga pública com Marçal

Jair Bolsonaro e Pablo Marçal (Foto: Reprodução)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus filhos cessaram desde sábado (24) os ataques ao candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, informa a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Entre as razões para a mudança de estratégia está a repercussão negativa que o conflito gerou entre os eleitores de direita, que criticaram duramente os filhos de Bolsonaro e seus aliados.

Ao contrário de outros adversários da direita que foram atacados pelos Bolsonaro, como Sergio Moro (União Brasil) e Joice Hasselmann (Podemos), Marçal teria crescido ao ser defendido pelos eleitores desse espectro político. Além disso, aliados analisam que o ex-coach poderia crescer ainda mais se a briga com Bolsonaro continuasse, já que ele estaria no centro dos holofotes. "Ao entrar nessa disputa, Bolsonaro dá a ele uma relevância que Marçal ainda não tem", disse um aliado do ex-presidente.

Outro fator que pesou para o fim do conflito público com Pablo Marçal foi o bloqueio das contas do candidato nas redes sociais após decisão da Justiça Eleitoral. Bolsonaro chegou a se manifestar contra o bloqueio. Na avaliação de seus aliados, se ele continuasse com as críticas, iria aparecer que o ex-presidente estava apoiado a “censura” contra Marçal. "Independente de quem tenha a rede censurada, eu não compactuo com essa prática, porque cada vez mais vai se tornando uma rotina. Daqui a pouco estamos todo mundo aí censurado", escreveu.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Nunes parte para o ataque contra Marçal: 'envolvido até o nariz com o PCC'

 

"Logicamente, a gente não pode ter um prefeito que tem esse envolvimento com o PCC", disse o prefeito e candidato à reeleição

Ricardo Nunes (à esq.) e Pablo Marçal (Foto: Reprodução)

O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), aumentou o tom contra o ex-coach e empresário de extrema direita Pablo Marçal (PRTB) nesta segunda-feira (26). Marçal, que ameaça a liderança de Nunes e Guilherme Boulos (Psol) nas pesquisas de intenção de voto, foi acusado pelo prefeito de estar envolvido "até o nariz" com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

“Não existe ataque. O que existe é você colocar as situações. Quando alguém demonstra lá, mostra que o partido dele está envolvido até o pescoço, ou melhor, até o nariz, superou tudo, com o PCC, não é ataque. A imprensa que está relatando”, disse Nunes após participar de um evento do Sindicato da Habitação (Secovi), de acordo com o Metrópoles

A declaração de Nunes faz referência a uma série de reportagens que revelam conexões de Leonardo Avalanche, presidente do PRTB, além de articuladores do partido, com o PCC. Durante o lançamento da candidatura de Marçal, no início do mês, ele estava acompanhado de Maiquel de Assis, 45 anos, condenado por sequestro.

"Sobre o PCC, isso é coisa de polícia, é uma atividade da polícia. Eu tenho orientado minha equipe: eu quero focar na cidade, discutir as coisas da cidade. Agora, logicamente, a gente não pode ter um prefeito que tem esse envolvimento com o PCC, que aparentemente, pelos os indícios, são muito fortes, porque o que a gente está fazendo é combater o PCC, não querer trazer o PCC para dentro do governo", destacou Nunes.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Macron sobre prisão do dono do Telegram na França: "não foi uma decisão política"

 

Presidente da França disse que a prisão de Pavel Durov ocorreu como parte de uma investigação judicial para garantir o respeito aos direitos fundamentais

Emmanuel Macron (Foto: Kay Nietfeld/Pool via Reuters)

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta segunda-feira (26) que a prisão do dono do Telegram, Pavel Durov, na França ocorreu como parte de uma investigação judicial, e não foi uma decisão política, com o sistema de Justiça agindo de forma independente para fazer cumprir a lei e proteger os direitos dos cidadãos franceses. 

No último sábado (24), Pavel Durov, nascido na Rússia e cidadão de vários países, incluindo a França, foi detido em um aeroporto de Paris sob acusações relacionadas ao uso criminoso do Telegram, incluindo terrorismo, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e fraude. As acusações podem levar o bilionário de 39 anos a ser condenado a até 20 anos de prisão.

Em postagem no X, Macron negou que a medida viole a liberdade de expressão e criticou "informações falsas". "Estou lendo aqui informações falsas sobre a França, após a prisão de Pavel Durov. A França está mais do que tudo ligada à liberdade de expressão e comunicação, à inovação e ao empreendedorismo. Continuará assim. Num Estado de direito, nas redes sociais como na vida real, as liberdades são exercidas dentro de um quadro estabelecido pela lei para proteger os cidadãos e respeitar os seus direitos fundamentais", disse Macron. 

Ele destacou que a decisão sobre o caso será tomada de forma independente pelo Judiciário francês. "Cabe ao sistema de justiça, com total independência, fazer cumprir a lei. A prisão do presidente do Telegram em território francês ocorreu no âmbito de uma investigação judicial em curso. Esta não é de forma alguma uma decisão política. Cabe aos juízes decidir", afirmou. 

O fundador do Telegram poderá permanecer sob custódia policial na França até o dia 28 de agosto, conforme informou o Ministério Público de Paris à agência RIA Novosti nesta segunda-feira. As acusações contra Durov incluem fraude, transações ilegais, tráfico de drogas, distribuição de pornografia, lavagem de dinheiro, fornecimento de serviços ilegais de criptografia, além de sua recusa em cooperar com as autoridades competentes. O caso foi aberto em 8 de julho, e o CEO já enfrenta 12 acusações criminais, de acordo com o Ministério Público.

Fonte: Brasil 247