segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Galípolo prega cautela e diz que BC depende de dados para próximo Copom

 

Diretor de Política Monetária do Banco Central disse que o crescimento da demanda por bens e serviços não pode acontecer de maneira desordenada

Gabriel Galípolo (Foto: Washington Costa/MF)

(Reuters) - O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira que a autoridade monetária está em posição conservadora e de cautela diante de indicações de que a atividade econômica no Brasil está resiliente e mostrando bastante dinamismo, com “todas as alternativas na mesa” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Em evento do Tribunal de Contas do Estado do Piauí, em Teresina, Galípolo disse que o crescimento da demanda por bens e serviços não pode acontecer de maneira desordenada e com falta de sincronia em relação à oferta, o que afetaria a inflação.

"A função do Banco Central é ser mais cauteloso em função desses dados que podem estar sinalizando uma economia que me parece estar em um estágio distinto da economia norte-americana, que passou a dar sinais de moderação, enquanto aqui a gente vem assistindo um cenário de resiliência maior da atividade", disse.

"Por isso que o Banco Central assumiu uma posição mais conservadora, interrompeu o ciclo de corte e ficou dependente de dados."

Economistas têm revisado para cima as expectativas para a atividade econômica, com o boletim Focus do BC desta segunda-feira apontando para uma alta de 2,43% no PIB de 2024, ante previsão de 2,23% na semana passada. A alta na estimativa veio após o indicador de atividade do BC (IBC-Br) para junho ter indicado crescimento de 1,4% sobre maio, bem acima do esperado por economistas.

O mercado de trabalho também tem sistematicamente apresentado números positivos. Nesta segunda, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse que dados sobre o emprego formal no país a serem divulgados nesta semana serão fortes.

Na apresentação, Galípolo ainda afirmou que as expectativas para a inflação no país seguem em processo de desancoragem mesmo diante de projeções de mercado apontando para taxas de juros mais restritivas à frente.

Em sua última reunião, o Copom manteve a taxa básica de juros em 10,50% ao ano e incluiu em seu cenário a possibilidade de elevar a Selic se necessário para levar a inflação à meta de 3%.

Fonte: Brasil 247

Lula assina MP para fortalecer indústria naval e setor de petróleo e gás no Brasil

 

"Nossas estimativas são de que, apenas com essa iniciativa, a economia brasileira deve ganhar mais R$ 2,4 bilhões", disse o ministro Alexandre Silveira

26.08.2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética – CNPE, na sede do Ministério de Minas e Energia, em Brasília - DF. (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta segunda-feira (26) uma medida provisória (MP) que visa incentivar a indústria naval e o setor de petróleo e gás no Brasil. “Levando em conta o aporte de novos recursos à economia, nossas estimativas são de que, apenas com essa iniciativa, a economia brasileira deve ganhar mais R$ 2,4 bilhões, além de cerca de R$ 824 milhões de tributos indiretos gerados. Isso é mais um estímulo para a nossa economia”, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, de acordo com o jornal O Globo

A nova MP expande incentivos através da depreciação acelerada de navios tanques, com o objetivo de atrair mais investimentos em logística para a indústria de petróleo e seus derivados. O intuito é minimizar as oscilações de preço causadas pelo afretamento de embarcações.

Atualmente, os investimentos em maquinário com vida útil de 10 anos, por exemplo, são deduzidos do lucro real da empresa ao longo desse período. No entanto, com a depreciação acelerada, essa dedução pode ocorrer de forma mais rápida, desde que sejam feitas novas aquisições, funcionando, na prática, como um incentivo fiscal.

Além disso, nesta segunda-feira, o governo convocou uma reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para aprovar uma série de medidas relacionadas aos mercados de gás natural e combustíveis, bem como para criar a Política Nacional de Transição Energética (PNTE).

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Relator apresenta parecer favorável à PEC que autoriza o Congresso a barrar decisões do STF

 

No relatório, o deputado defende que a proposta promove um “controle recíproco entre os poderes”

Luiz Philippe de Orleans e Bragança (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que autoriza o Congresso a barrar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), apresentou parecer favorável à aprovação do texto, conforme relatado pela CNN nesta segunda-feira (26).

No relatório, o deputado defende que a PEC respeita a Constituição e promove um “controle recíproco entre os poderes”. A proposta prevê que decisões do STF poderão ser suspensas com a adesão de ⅔ do Parlamento. Para reverter essa suspensão, o STF precisaria de votos favoráveis de ⅘ dos ministros.

Além disso, a PEC estabelece limites para decisões monocráticas dos ministros da Corte, exigindo que os casos sejam levados ao plenário de maneira mais rápida. Orleans e Bragança ressaltou que o texto ainda pode ser ajustado pelo Congresso, mas, do ponto de vista técnico, deve ser aprovado pela CCJ.

“Examinando seu conteúdo, vemos que não há qualquer atentado à forma federativa de Estado; ao voto direto, universal e periódico; e aos direitos e garantias individuais. Também entendemos que a proposição não atenta, nem tende a abolir a separação dos poderes”, afirmou.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN

Venezuela: reitor do CNE da oposição não assistiu totalização de votos

 

Comunicado ocorre após publicação de entrevista no New York Times

Quase um mês depois da eleição presidencial da Venezuela, um dos reitores do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ligados à oposição se manifestou nesta segunda-feira (26) sobre a votação de 28 de julho.

Juan Carlos Delpino Boscán informou que não compareceu à Sala de Totalização dos votos do CNE e, por isso, não tem evidência que respalde a vitória de Nicolás Maduro. Além disso, denuncia irregularidades, falta de transparência e cita a suspensão de auditorias previstas.

“Ao não subir à sala de totalização, careço da evidência que respalda os resultados anunciados”, informou, em nota, por meio de uma rede social. Boscán justificou que tomou a decisão de não subir à sala em resposta a irregularidades que teria presenciado.

“Ante o despejo de testemunhas em não poucos centros [eleitorais], a falta de transmissão do código QR ao centro de dados dos comandos, e a falta de solução efetiva ao suposto ataque hacker, tomei a decisão de não subir a sala de totalização e de não assistir ao anúncio do primeiro boletim [que deu a vitória a Maduro com 80% das urnas apuradas]”, destacou.

O comunicado do reitor do CNE ligado à oposição ocorreu logo após publicada entrevista dele ao jornal estadunidense New York Times, onde o membro do Poder Eleitoral da Venezuela informou que não recebeu evidências da vitória de Maduro.

O CNE possuí cinco membros principais, sendo dois deles ligados à oposição. A participação de reitores não ligados ao governo fez parte dos acordos firmados entre governo e oposição para as eleições deste ano. A outra reitora ligada à oposição, Aime Nogal Méndez, ainda não se manifestou sobre as denúncias de fraude após o dia 28 de julho.

Comunicado

Em longo comunicado publicado hoje (26), Juan Carlos Delpino Boscán relembra os principais acontecimentos do dia da votação, fazendo diversas críticas e denunciando falta de transparência no processo e a suspensão de auditorias que estavam previstas.

Boscán destacou que, considerando mais de 20 anos de experiências no CNE, a jornada eleitoral deste ano aconteceu “com relativamente poucas incidências reportadas” até as 5h da tarde do dia da votação.

Os primeiros problemas foram identificados por após esse horário, segundo destacou, “quando se reportaram incidentes de despejo de testemunhas da oposição durante o fechamento das mesas”. A oposição diz que diversas testemunhas da oposição não receberam a ata de votação da urna no final do processo. Ainda assim, a oposição diz ter reunido cerca de 83% das atas.

Em seguida, o reitor notou a interrupção da transmissão de dados dos resultados para os centros de totalização do CNE, “havendo silêncio e uma demora não explicada”. O reitor do Poder Eleitoral contou que apenas às 9h da noite foi informado do suposto ataque cibernético contra o órgão eleitoral que, segundo as autoridades do país, atrasaram o trabalho do CNE.

O reitor disse ainda que não compareceu à proclamação da vitória de Maduro, já no dia 29 de julho, por estar em desacordo com a falta de transparência com que o processo ocorreu.

“Essa decisão se baseia no meu compromisso com a integridade eleitoral e minha responsabilidade de garantir que os resultados reflitam a verdadeira vontade do povo venezuelano”, afirmou.

Artigo 125 e auditorias

O reitor do CNE criticou a não publicação dos votos por mesa eleitoral, “segundo a tradição dentro das 48 horas seguintes”, e também criticou a postura de esperar o prazo de 30 dias para publicar os dados.

Segundo o artigo 125 da Lei Orgânica dos Processos Eleitorais da Venezuela, o CNE tem que publicar os resultados no Diário Oficial do país em até 30 dias após a proclamação do vencedor. Ou seja, o prazo termina no próximo dia 30 de agosto.

De acordo com Juan Delpino, a demora na publicação desses dados causou a suspensão de três auditorias previstas para depois do dia 28 de julho, “afetando a cadeia de confiança das auditorias e gerando incertezas”.

TSJ

Bóscan foi criticado na decisão do Tribunal Supremo de Justiça (STJ) da Venezuela por não comparecer à perícia que ratificou a reeleição de Maduro, “nem justificar sua ausência”. No comunicado desta segunda-feira (26), o reitor explicou sua posição.

“Não assisti ao TSJ já que considero que a resolução do conflito deve ocorrer dentro do próprio organismo eleitoral, convocando os técnicos e peritos eleitorais a analisar as atas que possuem o CNE do dia da eleição com as que têm os diferentes comandos de campanha e que as mesmas sejam auditadas por observadores internacionais e certificadas de maneira independente.”

CNE

O reitor ainda faz uma série de críticas à escolha da data da eleição; a exclusão de partidos aptos a participar da votação; a forma de registro dos candidatos; a restrição da participação dos observadores da União Europeia (que foram impedidos de observar o pleito após renovarem sanções econômicas contra a Venezuela); e também ao processo de tomada de decisões do Conselho Nacional Eleitoral.

“O CNE experimentou preocupante falta de reuniões da direção, o que impediu seu funcionamento efetivo. Manifestei minha inquietação sobre a tomada unilateral de decisões, sublinhando que o CNE é um corpo colegiado que requer a participação de todos os seus membros”, completou.

Impasse

O governo de Nicolás Maduro tem acusado parte da oposição de não respeitar o resultado emitido pelo CNE e de buscar promover um golpe de Estado no país. A oposição, por sua vez, afirma que tem as atas eleitorais que indicam a vitória de Edmundo González. O Ministério Público do país abriu uma investigação sustentando a acusação que parte dessas atas foram falsificadas. 

Edição: Maria Claudia

Fonte: Agência Brasil

Venezuela: fiscal-geral notifica novamente opositor Edmundo González

 

Ele deve prestar esclarecimentos sobre site que publicou atas

O principal candidato da oposição venezuelana na eleição de 28 de julho, Edmundo González, foi novamente notificado nesta segunda-feira (26) pelo Ministério Público (MP) do país sul-americano. O fiscal-geral do MP, Tarek William Saab, determinou que González compareça à sede do órgão nesta terça-feira (27), em Caracas.

Ele deve prestar esclarecimentos sobre a investigação contra os responsáveis pela página na internet onde a oposição publicou as supostas atas eleitorais que dão vitória à González. Na última sexta-feira (23), o candidato já havia sido notificado para comparecer ao órgão hoje.

O MP avalia que a manutenção da página mantida pela oposição com as supostas atas pode incorrer em crimes como “usurpação de funções, forjamento de documento público; instigação à desobediência das leis, delitos informáticos, associação para delinquir e conspiração”.

A investigação do MP da Venezuela aponta que a página na internet busca usurpar as competências do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), única instituição com poder para publicar os resultados das eleições na Venezuela. O chefe do MP, Tarek William Saab, afirma que os “supostos documentos” são falsificados, “causando a difusão desta informação falsa para agitar a população”.

Em uma rede social, o candidato que alega ter vencido a eleição contra Maduro comentou sobre a investigação e questionou a imparcialidade do fiscal-geral venezuelano

“O Ministério Público pretende submeter-me a entrevista sem especificar em que condições devo comparecer e pré-qualificar crimes não cometidos. O fiscal-geral da República tem-se comportado repetidamente como um acusador político. Condena antecipadamente e agora promove uma intimação sem garantias de independência e do devido processo”, afirmou o González.

Protestos

O governo de Nicolas Maduro tem acusado Edmundo e María Corina Machado de serem os responsáveis intelectuais pela violência cometida no contexto dos protestos pós eleitorais com objetivo de promover um golpe de Estado. Os atos teriam levado à morte de mais de 20 pessoas, além de 2,2 mil presos e mais de 100 feridos, incluindo dezenas de agentes das forças de segurança.

Por outro lado, a oposição acusa o governo de fraudar a votação do dia 28 de julho e de reprimir e prender aqueles que se manifestam contra a reeleição de Maduro. Organizações de direitos humanos estimam que foram realizadas 1,3 mil prisões arbitrárias pós eleição.

Edição: Denise Griesinger

Fonte: Agência Brasil

Inflação não se controla só com alta de juros, diz Luiz Marinho

 

Segundo o ministro do trabalho, a inflação também pode ser controlada "com oferta, com mais produção, mais capacidade aquisitiva da classe trabalhadora"

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e Luiz Marinho (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado | José Cruz/Agência Brasil)

Por Vitor Abdala, repórter da Agência Brasil - Em recado ao Banco Central, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou, nesta segunda-feira (26), que inflação não se controla apenas com alta da taxa de juros e restrição ao crédito. Segundo ele, há outras formas de controlar o aumento de preços, como a ampliação da produção.

“O Banco Central precisa aprender que, combater inflação, não tem só um jeito, que é o jeito de restrição de crédito e de aumento de juros. Controla-se inflação também com oferta, com mais produção, mais capacidade aquisitiva da classe trabalhadora do país. Porque há espaço para isso. Nós vimos nos governos Lula 1 e 2, que controlamos a inflação com mais produção”, afirmou Marinho, em evento na sede do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.

Segundo ele, o setor produtivo do país ainda nem atingiu a totalidade de sua capacidade instalada. “Há espaço para crescimento da produção. E, se houver ocupação de 100%, que [o setor produtivo] planeje novos investimentos. É isso que pode combater a inflação sem ter que recorrer a aumento de juros ou restrição de crédito”.

Emprego - O ministro do Trabalho afirmou ainda que os dados de julho, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregos (Caged), que serão divulgados nesta semana, trarão resultados positivos sobre a geração de empregos.

“Nos sete primeiros meses deste ano, ele tem um número maior do que os 12 meses do ano passado. Ele vem bem, no desenvolvimento da indústria. O emprego gerado na indústria nos sete primeiros meses é maior do que os empregos da indústria no ano inteiro do ano passado”, adiantou o ministro, no Rio de Janeiro.

Em relação ao Rio Grande do Sul, em julho houve uma retomada da geração de emprego, depois de dados negativos em maio e junho, que haviam sido resultado das enchentes que atingiram o estado no primeiro semestre deste ano.

Compromisso fiscal - O ministro também afirmou que a Pasta não tem orçamento para executar algumas atividades por causa do “Déficit fiscal zero”. “Eu achava que nós tínhamos que ter feito compromisso fiscal zero, sim, mas não em 12 meses. Achava que ter devia ter compromisso fiscal zero para dez anos, oito anos, e nos cobrasse, a cada ano, nossa responsabilidade de reduzir o déficit fiscal. Mas o contrato está feito e nós estamos cumprindo o déficit fiscal zero em um ano. Só que vai faltar orçamento para muitas áreas”, destacou.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Brasil

Programa Gás Para Empregar vai aumentar oferta e reduzir preço do insumo, diz Silveira

 

Governo federal busca ampliar produção de gás natural

Alexandre Silveira, lançamento da Política Nacional da Transição Energética, 26 de agosto de 2024 (Foto: Tauan Alencar/MME)

(Reuters) - O Programa Gás Para Empregar, que está sendo oficializado pelo governo brasileiro nesta segunda-feira, vai aumentar a oferta e reduzir os preços do insumo no país, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Em discurso no lançamento da Política Nacional de Transição Energética (PNTE), o ministro afirmou ainda que os preços mais competitivos do gás permitirão reaquecer a indústria intensiva nacional, sendo estimados 96 bilhões de reais em investimentos em gás natural, biometano e em plantas de fertilizantes, que são grandes consumidoras de gás.

Governo elabora decreto - O governo federal elaborou minuta de decreto que autoriza a reguladora Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a determinar, após ouvir empresas, a redução de reinjeção de gás natural em poços de petróleo, visando maior produção de gás.

O documento, divulgado pela assessoria de imprensa do Ministério de Minas e Energia, nesta segunda-feira, determina ainda o aumento da produção de gás natural para campos, inclusive os campos maduros.

Não ficou claro imediatamente se tais itens foram incluídos em decreto assinado nesta manhã pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Clã Bolsonaro muda estratégia e deixa de criticar Pablo Marçal para não perder apoio

 

Jair Bolsonaro e seus filhos ficaram surpresos com a repercussão negativa entre seus apoiadores diante da briga pública com Marçal

Jair Bolsonaro e Pablo Marçal (Foto: Reprodução)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus filhos cessaram desde sábado (24) os ataques ao candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, informa a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Entre as razões para a mudança de estratégia está a repercussão negativa que o conflito gerou entre os eleitores de direita, que criticaram duramente os filhos de Bolsonaro e seus aliados.

Ao contrário de outros adversários da direita que foram atacados pelos Bolsonaro, como Sergio Moro (União Brasil) e Joice Hasselmann (Podemos), Marçal teria crescido ao ser defendido pelos eleitores desse espectro político. Além disso, aliados analisam que o ex-coach poderia crescer ainda mais se a briga com Bolsonaro continuasse, já que ele estaria no centro dos holofotes. "Ao entrar nessa disputa, Bolsonaro dá a ele uma relevância que Marçal ainda não tem", disse um aliado do ex-presidente.

Outro fator que pesou para o fim do conflito público com Pablo Marçal foi o bloqueio das contas do candidato nas redes sociais após decisão da Justiça Eleitoral. Bolsonaro chegou a se manifestar contra o bloqueio. Na avaliação de seus aliados, se ele continuasse com as críticas, iria aparecer que o ex-presidente estava apoiado a “censura” contra Marçal. "Independente de quem tenha a rede censurada, eu não compactuo com essa prática, porque cada vez mais vai se tornando uma rotina. Daqui a pouco estamos todo mundo aí censurado", escreveu.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Nunes parte para o ataque contra Marçal: 'envolvido até o nariz com o PCC'

 

"Logicamente, a gente não pode ter um prefeito que tem esse envolvimento com o PCC", disse o prefeito e candidato à reeleição

Ricardo Nunes (à esq.) e Pablo Marçal (Foto: Reprodução)

O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), aumentou o tom contra o ex-coach e empresário de extrema direita Pablo Marçal (PRTB) nesta segunda-feira (26). Marçal, que ameaça a liderança de Nunes e Guilherme Boulos (Psol) nas pesquisas de intenção de voto, foi acusado pelo prefeito de estar envolvido "até o nariz" com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

“Não existe ataque. O que existe é você colocar as situações. Quando alguém demonstra lá, mostra que o partido dele está envolvido até o pescoço, ou melhor, até o nariz, superou tudo, com o PCC, não é ataque. A imprensa que está relatando”, disse Nunes após participar de um evento do Sindicato da Habitação (Secovi), de acordo com o Metrópoles

A declaração de Nunes faz referência a uma série de reportagens que revelam conexões de Leonardo Avalanche, presidente do PRTB, além de articuladores do partido, com o PCC. Durante o lançamento da candidatura de Marçal, no início do mês, ele estava acompanhado de Maiquel de Assis, 45 anos, condenado por sequestro.

"Sobre o PCC, isso é coisa de polícia, é uma atividade da polícia. Eu tenho orientado minha equipe: eu quero focar na cidade, discutir as coisas da cidade. Agora, logicamente, a gente não pode ter um prefeito que tem esse envolvimento com o PCC, que aparentemente, pelos os indícios, são muito fortes, porque o que a gente está fazendo é combater o PCC, não querer trazer o PCC para dentro do governo", destacou Nunes.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Macron sobre prisão do dono do Telegram na França: "não foi uma decisão política"

 

Presidente da França disse que a prisão de Pavel Durov ocorreu como parte de uma investigação judicial para garantir o respeito aos direitos fundamentais

Emmanuel Macron (Foto: Kay Nietfeld/Pool via Reuters)

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta segunda-feira (26) que a prisão do dono do Telegram, Pavel Durov, na França ocorreu como parte de uma investigação judicial, e não foi uma decisão política, com o sistema de Justiça agindo de forma independente para fazer cumprir a lei e proteger os direitos dos cidadãos franceses. 

No último sábado (24), Pavel Durov, nascido na Rússia e cidadão de vários países, incluindo a França, foi detido em um aeroporto de Paris sob acusações relacionadas ao uso criminoso do Telegram, incluindo terrorismo, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e fraude. As acusações podem levar o bilionário de 39 anos a ser condenado a até 20 anos de prisão.

Em postagem no X, Macron negou que a medida viole a liberdade de expressão e criticou "informações falsas". "Estou lendo aqui informações falsas sobre a França, após a prisão de Pavel Durov. A França está mais do que tudo ligada à liberdade de expressão e comunicação, à inovação e ao empreendedorismo. Continuará assim. Num Estado de direito, nas redes sociais como na vida real, as liberdades são exercidas dentro de um quadro estabelecido pela lei para proteger os cidadãos e respeitar os seus direitos fundamentais", disse Macron. 

Ele destacou que a decisão sobre o caso será tomada de forma independente pelo Judiciário francês. "Cabe ao sistema de justiça, com total independência, fazer cumprir a lei. A prisão do presidente do Telegram em território francês ocorreu no âmbito de uma investigação judicial em curso. Esta não é de forma alguma uma decisão política. Cabe aos juízes decidir", afirmou. 

O fundador do Telegram poderá permanecer sob custódia policial na França até o dia 28 de agosto, conforme informou o Ministério Público de Paris à agência RIA Novosti nesta segunda-feira. As acusações contra Durov incluem fraude, transações ilegais, tráfico de drogas, distribuição de pornografia, lavagem de dinheiro, fornecimento de serviços ilegais de criptografia, além de sua recusa em cooperar com as autoridades competentes. O caso foi aberto em 8 de julho, e o CEO já enfrenta 12 acusações criminais, de acordo com o Ministério Público.

Fonte: Brasil 247

Nunes e Boulos empatam e Pablo Marçal cresce na disputa pela prefeitura de São Paulo, mostra pesquisa

 

Segundo levantamento da FESPSP, Pablo Marçal saiu de 11,4% para 16,8% das intenções de voto em um mês

Ricardo Nunes, Guilherme Boulos e Pablo Marçal (Foto: Reprodução)

A mais recente pesquisa eleitoral contratada pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) e divulgada pelo UOL revela um cenário acirrado na corrida pela Prefeitura de São Paulo. O deputado federal Guilherme Boulos (Psol) e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) estão tecnicamente empatados na liderança, enquanto o empresário Pablo Marçal (PRTB) emerge como um competidor em crescimento, consolidando-se como o terceiro colocado.

De acordo com os dados, Boulos registrou 23,1% das intenções de voto, uma queda em comparação aos 25,8% obtidos na pesquisa anterior, realizada em julho. Nunes, por sua vez, oscilou de 22,2% para 21,6%, mantendo-se tecnicamente empatado com o candidato do Psol dentro da margem de erro de 2,5 pontos percentuais.

Pablo Marçal, ex-coach e candidato pelo PRTB, mostrou expressivo crescimento, saltando de 11,4% para 16,8% das intenções de voto, o que o coloca tecnicamente empatado com Nunes, mas ainda atrás de Boulos. Esse avanço significativo destaca Marçal como uma força emergente na disputa, podendo alterar o equilíbrio do pleito nas próximas semanas.

A pesquisa também mostrou um empate técnico entre o apresentador José Luiz Datena (PSDB) e a deputada federal Tabata Amaral (PSB). Datena apresentou uma ligeira queda, passando de 11,9% para 10,7%, enquanto Tabata cresceu de 4,7% para 8,6%, encurtando a diferença entre eles.

Segundo turno

No cenário de um eventual segundo turno entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos, o atual prefeito aparece em vantagem, com 41,9% das intenções de voto contra 36,2% de Boulos. Este resultado indica que Nunes teria chances de reeleição, mas o cenário continua em aberto, dado o empate técnico no primeiro turno.

A pesquisa da FESPSP entrevistou 1.500 eleitores na cidade de São Paulo entre os dias 20 e 22 de agosto. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos, com um índice de confiança de 95%. O estudo foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o código SP-02735/2024.

Fonte: Brasil 247

Lula cobra nova política de mineração e diz que o setor pode ser "passaporte" para os brasileiros, "como foi o pré-sal"

 

Para o presidente, uma nova política para o setor pode alavancar o crescimento do Brasil, além de melhorar a distribuição de renda e gerar empregos

(Foto: RICARDO STUCKERT/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu uma nova política de mineração para o Brasil visando criar condições para que o setor possa ser uma espécie de "passaporte" para o crescimento do país, a exemplo do que foi a descoberta e exploração do petróleo na camada do pré-sal.

“Temos que fazer uma outra estrutura, uma nova política de mineração, porque a nossa política de mineração está superada e nós precisamos saber a importância que ela tem, e fazer desses minerais críticos que nós temos uma força de enriquecer e criar condições de ser outro passaporte para que o povo brasileiro possa crescer, como foi o pré-sal”, disse Lula durante cerimônia de lançamento da política nacional de transição energética, realizada nesta segunda-feira (26), em Brasília. 

Em sua fala, Lula ressaltou que “se a gente for levar em conta que nós temos que tirar proveito de tudo que a gente pode fazer para distribuir e fazer com que todos tenham acesso a uma parte daquilo que nós produzimos, o mundo será menos sofrido, o brasileiro será menos pobre. E a gente não precisará definitivamente ficar criando programas de distribuição de renda para as pessoas mais pobres, porque o que dignifica as pessoas é o trabalho”.

Fonte: Brasil 247

Dados do Caged sobre emprego em julho virão fortes, diz ministro do Trabalho

 

Em junho, o país criou 201.705 vagas formais de trabalho. No segundo trimestre, a taxa de desemprego caiu de 7,9% para 6,9%, menor índice desde 2014

Lula e Luiz Marinho (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Ana Volpe/Agência Senado | REUTERS/Amanda Perobelli)

Reuters - O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse nesta segunda-feira que os dados do Caged que serão divulgados esta semana sobre o desempenho do emprego formal em julho virão "fortes".

Segundo Marinho, que falou em evento sobre mercado de trabalho e relações trabalhistas no Rio de Janeiro, os empregos formais criados de janeiro a julho superaram o saldo de todo o ano passado.

No primeiro semestre, o país criou 1,3 milhão de postos de trabalho formais, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), acima dos 1,03 milhão criados no mesmo período de 2023. Em todo o ano de 2023 foram criadas 1,484 milhão de vagas, segundo dado divulgado em janeiro.

Em junho, o país criou 201.705 vagas formais de trabalho, acima do esperado pelos economistas consultados pela Reuters. Para julho, a expectativa é de criação líquida de 190.000 vagas.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

35 cidades do Paraná têm Valor Bruto da Produção Agropecuária superior a R$ 1 bilhão

 A lista de 2022 foi reforçada com a entrada de Corbélia (R$ 1,05 bilhão), Chopinzinho (R$ 1,05 bilhão), Ortigueira (R$ 1,02 bilhão), Nova Santa Rosa (R$ 1,01 bilhão) e São Mateus do Sul (R$ 1,01 bilhão) no grupo de municípios bilionários. Após as revisões dos números preliminares, o VBP total do Paraná em 2023 ficou em R$ 198,02 bilhões, o maior valor da história.

35 municípios do Paraná têm Valor Bruto da Produção Agropecuária superior a R$ 1 bilhão

GUARAPUAVA - 08-04-2021- Colheita de soja na região de Guarapuava / Foto Jonathan Campos / AENFoto: Jonathan Campos/AEN

O Paraná tem 35 municípios com Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) acima de R$ 1 bilhão. As informações são do relatório final relativo a 2023, publicado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), no Diário Oficial. Após as revisões dos números preliminares, o VBP total do Paraná em 2023 ficou em R$ 198,02 bilhões, o maior valor da história.

A lista de 2022 foi reforçada com a entrada de Corbélia (R$ 1,05 bilhão), Chopinzinho (R$ 1,05 bilhão), Ortigueira (R$ 1,02 bilhão), Nova Santa Rosa (R$ 1,01 bilhão) e São Mateus do Sul (R$ 1,01 bilhão) no grupo de municípios bilionários.

Ela ainda inclui Toledo, Castro, Cascavel, Santa Helena, Guarapuava, Carambeí, Marechal Cândido Rondon, Dois Vizinhos, Assis Chateaubriand, Tibagi, Palotina, Francisco Beltrão, São Miguel do Iguaçu, Nova Aurora, Piraí do Sul, Palmeira, Lapa, Londrina, Arapoti, Ubiratã, Prudentópolis, Cianorte, Ponta Grossa, Cafelândia, Astorga, Missal, Pitanga, Medianeira, Pinhão e Irati. 

O grupo também teve algumas saídas. Os municípios de Candói (R$ 992,43 milhões), Pato Branco (R$ 905,38 milhões), General Carneiro (R$ 886,26 milhões) e Mangueirinha (R$ 840,89 milhões) que atingiram VBP de R$ 1 bilhão em anos anteriores, desta vez mostraram redução no faturamento, por diferentes fatores. 

Para o secretário estadual da Agricultura do Abastecimento, Natalino Avance de Souza, os dados mostram que os produtores rurais paranaenses estão aproveitando oportunidades de crescimento. “Isso representa geração de emprego e renda no campo”, diz. 

DESEMPENHO – Entre os novos bilionários, a soja e a avicultura foram os produtos determinantes para o crescimento do VBP, segundo a economista do Deral Larissa Nahirny. “Esse perfil também é observado no estado como um todo. A produção recorde de soja em 2023 proporcionou um incremento significativo no faturamento dos municípios. Na avicultura, embora os preços praticados tenham se desvalorizado no período, a expansão nos abates e na comercialização de pintinhos para recria e engorda sustentou o resultado do setor”, analisa.

Em Corbélia, na região Oeste, a produção de soja quase triplicou de 2022 para 2023, de 42 mil toneladas para 163,7 mil toneladas. Com isso, o VBP do grão passou de R$ 119,9 milhões para R$ 357,5 milhões, um crescimento de 198%. O frango de corte e o milho também têm participação expressiva no rendimento.

Em Chopinzinho, no Sudoeste, mais da metade do VBP vem da soja e do frango de corte. Essas culturas renderam, respectivamente, R$ 238,3 milhões e R$ 235,4 milhões para o município em 2023. Destaque para o aumento no volume produzido do grão, que subiu 158%, de 50,3 mil toneladas em 2022 para 129,8 mil toneladas em 2023.

Além do frango para reprodução (R$ 252,79 milhões) e da soja (R$ 247,65 milhões), que compõem metade do VBP de Ortigueira, na região dos Campos Gerais, os produtos florestais têm uma participação importante na geração de renda no campo. Em 2023, papel e celulose renderam R$ 136,76 milhões para o município, 31% a mais do que em 2022, quando o VBP desses produtos somou R$ 104, 27 milhões. 

Nova Santa Rosa, no Oeste, se beneficia principalmente da produção de suínos, que gerou VBP de R$ R$ 355,77 milhões no ano passado, seguida do frango de corte (R$ 179,16 milhões) e do pescado de água doce (R$ 95,93 milhões), que inclusive registrou aumento de 41% no rendimento comparativamente a 2022, quando rendeu R$ 68,23 milhões.

Os três principais produtos na composição do VBP de São Mateus do Sul, no Sudeste do Estado, são a soja (R$325,17 milhões), a erva-mate (R$ 192,06 milhões) e o fumo (R$ 118,79 milhões). 

PESQUISA – O levantamento do VBP paranaense é um dos mais completos do País, com cerca de 350 culturas, entre elas produtos da agricultura, pecuária, piscicultura, silvicultura, extrativismo vegetal, olericultura, fruticultura, plantas aromáticas e ornamentais.

Em termos de segmento, o relatório aponta a liderança da produção pecuária na formação do VBP pelo segundo ano consecutivo. O setor representa 49% do valor gerado nas propriedades rurais do Paraná em 2023, com R$ 96,63 bilhões. 

A agricultura de forma geral foi responsável por 46,5% do faturamento bruto, somando R$ 92,14 bilhões, contra R$ 85,1 bilhões de 2022, quando as condições climáticas foram desastrosas.

O VBP florestal, de R$ 9,25 bilhões em 2023, foi inferior aos R$ 9,6 bilhões do ano anterior, principalmente devido à desvalorização dos preços dos produtos florestais.

Veja neste link a relação completa dos municípios.


Fonte: AEN

"Quero incentivar as mães a seguirem seus sonhos": empreendedora fatura milhões vendendo brinquedos de madeira

 

Carol Moreira é fundadora do Ateliê Materno e transformou a fabricação de uma minicozinha de madeira para a filha em um negócio lucrativo

Carol Moreira, fundadora do Ateliê Materno (Foto: Ateliê Materno/Divulgação)

A maternidade é um momento de transformação na vida de uma mulher e, para muitas, a hora de repensar a carreira e buscar uma forma de conciliar a vida profissional com a criação dos filhos, resultando muitas vezes na desistência de seus sonhos. Empenhada em seguir no setor do empreendedorismo, a mineira Carol Moreira, fundadora do Ateliê Materno, encontrou sua paixão, persistiu e consolidou um negócio de sucesso.

A trajetória de Carol começou a tomar forma em 2012, quando descobriu que estava grávida durante um intercâmbio em Barcelona. Com a chegada da sua primeira filha, Sofia, Carol mergulhou na maternidade e nas tarefas domésticas, mas, como já imaginava, realizar alguns afazeres poderia ser um desafio. Com a filha interessada em fazer comidinhas, Carol percebeu que poderia ajudá-la a se distrair e preparar o almoço de uma maneira mais tranquila. Foi então que a designer fabricou o primeiro produto do que passaria a ser uma empresa milionária: uma minicozinha de madeira. 

Antes, Carol já havia criado apenas alguns brinquedos menores, mas decidiu se aventurar em um projeto maior. Como todos os outros eram de madeira, Carol quis manter o mesmo padrão de durabilidade e textura. Desenvolveu o projeto, comprou madeiras, tintas e parafusos, e reciclou uma panela em desuso. Com a ajuda da pequena Sofia, que transformou o processo de montagem em uma grande brincadeira, a minicozinha ficou pronta. O que ela não esperava é que, ao compartilhar sua criação nas redes sociais, diversos interessados começaram a aparecer e a empreendedora, logo de cara, vendeu 22 unidades dando o pontapé inicial no Ateliê Materno. 

Com o crescimento da demanda, Carol precisou adaptar-se e terceirizar a produção. Em 2017, a empresa passou a operar com uma fábrica para atender aos pedidos. A marca cresceu e expandiu seu catálogo, oferecendo não apenas minicozinhas, mas também mercadinhos, oficinas, sorveterias, carrinhos de boneca e outros brinquedos de madeira pintados com cores alegres e lúdicas. Todos os produtos são inspirados nas abordagens pedagógicas da pedagogia Waldorf e do Método Montessori, que valorizam a autonomia e a criatividade das crianças.

Hoje, a empresa, que antes era apenas uma maneira de deixar Sofia distraída, vende mais de 6 mil produtos por mês e conta com nove funcionários. Ainda assim, a jornada empreendedora de Carol não foi fácil. Durante os primeiros nove anos da empresa, ela investiu seu próprio dinheiro e, mesmo conciliando a gestão do negócio com a maternidade e os cuidados da casa, faturou R$ 3 milhões em 2023. 

Já no começo de 2024, com o intuito de buscar investidores, o Ateliê conquistou espaço em um dos maiores programas de empreendedorismo da TV brasileira. No programa, Carol apresentou o negócio e conseguiu firmar uma parceria com um dos empreendedores mais notáveis do país. Com o investimento, a marca ganhou ainda mais força para levar seus brinquedos de madeira e sua proposta de infância criativa para famílias de todo o país.

"Minha meta é, além de incentivar a criatividade, a imaginação e a autonomia das crianças por meio de brinquedos, estimular as mães a seguirem os seus sonhos. Acredito que a infância é um momento precioso, no qual as memórias são construídas e as habilidades são desenvolvidas, mas que as mães também possam continuar colocando as suas paixões em prática. E é uma honra ser uma representante desse processo", afirma Carol Moreira, fundadora do Ateliê Materno.

Além do sucesso profissional, Carol continua a equilibrar a vida de mãe e empreendedora, agora com três filhos: Sofia, Lina e Leon. Sua história inspira outras mães a persistirem, mostrando que é possível transformar a experiência pessoal em um negócio próspero e significativo. Carol acredita que a maternidade e o empreendedorismo podem caminhar juntos, desde que se tenha organização, paixão e resiliência.

Fonte: Brasil 247