segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Venezuela: reitor do CNE da oposição não assistiu totalização de votos

 

Comunicado ocorre após publicação de entrevista no New York Times

Quase um mês depois da eleição presidencial da Venezuela, um dos reitores do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ligados à oposição se manifestou nesta segunda-feira (26) sobre a votação de 28 de julho.

Juan Carlos Delpino Boscán informou que não compareceu à Sala de Totalização dos votos do CNE e, por isso, não tem evidência que respalde a vitória de Nicolás Maduro. Além disso, denuncia irregularidades, falta de transparência e cita a suspensão de auditorias previstas.

“Ao não subir à sala de totalização, careço da evidência que respalda os resultados anunciados”, informou, em nota, por meio de uma rede social. Boscán justificou que tomou a decisão de não subir à sala em resposta a irregularidades que teria presenciado.

“Ante o despejo de testemunhas em não poucos centros [eleitorais], a falta de transmissão do código QR ao centro de dados dos comandos, e a falta de solução efetiva ao suposto ataque hacker, tomei a decisão de não subir a sala de totalização e de não assistir ao anúncio do primeiro boletim [que deu a vitória a Maduro com 80% das urnas apuradas]”, destacou.

O comunicado do reitor do CNE ligado à oposição ocorreu logo após publicada entrevista dele ao jornal estadunidense New York Times, onde o membro do Poder Eleitoral da Venezuela informou que não recebeu evidências da vitória de Maduro.

O CNE possuí cinco membros principais, sendo dois deles ligados à oposição. A participação de reitores não ligados ao governo fez parte dos acordos firmados entre governo e oposição para as eleições deste ano. A outra reitora ligada à oposição, Aime Nogal Méndez, ainda não se manifestou sobre as denúncias de fraude após o dia 28 de julho.

Comunicado

Em longo comunicado publicado hoje (26), Juan Carlos Delpino Boscán relembra os principais acontecimentos do dia da votação, fazendo diversas críticas e denunciando falta de transparência no processo e a suspensão de auditorias que estavam previstas.

Boscán destacou que, considerando mais de 20 anos de experiências no CNE, a jornada eleitoral deste ano aconteceu “com relativamente poucas incidências reportadas” até as 5h da tarde do dia da votação.

Os primeiros problemas foram identificados por após esse horário, segundo destacou, “quando se reportaram incidentes de despejo de testemunhas da oposição durante o fechamento das mesas”. A oposição diz que diversas testemunhas da oposição não receberam a ata de votação da urna no final do processo. Ainda assim, a oposição diz ter reunido cerca de 83% das atas.

Em seguida, o reitor notou a interrupção da transmissão de dados dos resultados para os centros de totalização do CNE, “havendo silêncio e uma demora não explicada”. O reitor do Poder Eleitoral contou que apenas às 9h da noite foi informado do suposto ataque cibernético contra o órgão eleitoral que, segundo as autoridades do país, atrasaram o trabalho do CNE.

O reitor disse ainda que não compareceu à proclamação da vitória de Maduro, já no dia 29 de julho, por estar em desacordo com a falta de transparência com que o processo ocorreu.

“Essa decisão se baseia no meu compromisso com a integridade eleitoral e minha responsabilidade de garantir que os resultados reflitam a verdadeira vontade do povo venezuelano”, afirmou.

Artigo 125 e auditorias

O reitor do CNE criticou a não publicação dos votos por mesa eleitoral, “segundo a tradição dentro das 48 horas seguintes”, e também criticou a postura de esperar o prazo de 30 dias para publicar os dados.

Segundo o artigo 125 da Lei Orgânica dos Processos Eleitorais da Venezuela, o CNE tem que publicar os resultados no Diário Oficial do país em até 30 dias após a proclamação do vencedor. Ou seja, o prazo termina no próximo dia 30 de agosto.

De acordo com Juan Delpino, a demora na publicação desses dados causou a suspensão de três auditorias previstas para depois do dia 28 de julho, “afetando a cadeia de confiança das auditorias e gerando incertezas”.

TSJ

Bóscan foi criticado na decisão do Tribunal Supremo de Justiça (STJ) da Venezuela por não comparecer à perícia que ratificou a reeleição de Maduro, “nem justificar sua ausência”. No comunicado desta segunda-feira (26), o reitor explicou sua posição.

“Não assisti ao TSJ já que considero que a resolução do conflito deve ocorrer dentro do próprio organismo eleitoral, convocando os técnicos e peritos eleitorais a analisar as atas que possuem o CNE do dia da eleição com as que têm os diferentes comandos de campanha e que as mesmas sejam auditadas por observadores internacionais e certificadas de maneira independente.”

CNE

O reitor ainda faz uma série de críticas à escolha da data da eleição; a exclusão de partidos aptos a participar da votação; a forma de registro dos candidatos; a restrição da participação dos observadores da União Europeia (que foram impedidos de observar o pleito após renovarem sanções econômicas contra a Venezuela); e também ao processo de tomada de decisões do Conselho Nacional Eleitoral.

“O CNE experimentou preocupante falta de reuniões da direção, o que impediu seu funcionamento efetivo. Manifestei minha inquietação sobre a tomada unilateral de decisões, sublinhando que o CNE é um corpo colegiado que requer a participação de todos os seus membros”, completou.

Impasse

O governo de Nicolás Maduro tem acusado parte da oposição de não respeitar o resultado emitido pelo CNE e de buscar promover um golpe de Estado no país. A oposição, por sua vez, afirma que tem as atas eleitorais que indicam a vitória de Edmundo González. O Ministério Público do país abriu uma investigação sustentando a acusação que parte dessas atas foram falsificadas. 

Edição: Maria Claudia

Fonte: Agência Brasil

Venezuela: fiscal-geral notifica novamente opositor Edmundo González

 

Ele deve prestar esclarecimentos sobre site que publicou atas

O principal candidato da oposição venezuelana na eleição de 28 de julho, Edmundo González, foi novamente notificado nesta segunda-feira (26) pelo Ministério Público (MP) do país sul-americano. O fiscal-geral do MP, Tarek William Saab, determinou que González compareça à sede do órgão nesta terça-feira (27), em Caracas.

Ele deve prestar esclarecimentos sobre a investigação contra os responsáveis pela página na internet onde a oposição publicou as supostas atas eleitorais que dão vitória à González. Na última sexta-feira (23), o candidato já havia sido notificado para comparecer ao órgão hoje.

O MP avalia que a manutenção da página mantida pela oposição com as supostas atas pode incorrer em crimes como “usurpação de funções, forjamento de documento público; instigação à desobediência das leis, delitos informáticos, associação para delinquir e conspiração”.

A investigação do MP da Venezuela aponta que a página na internet busca usurpar as competências do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), única instituição com poder para publicar os resultados das eleições na Venezuela. O chefe do MP, Tarek William Saab, afirma que os “supostos documentos” são falsificados, “causando a difusão desta informação falsa para agitar a população”.

Em uma rede social, o candidato que alega ter vencido a eleição contra Maduro comentou sobre a investigação e questionou a imparcialidade do fiscal-geral venezuelano

“O Ministério Público pretende submeter-me a entrevista sem especificar em que condições devo comparecer e pré-qualificar crimes não cometidos. O fiscal-geral da República tem-se comportado repetidamente como um acusador político. Condena antecipadamente e agora promove uma intimação sem garantias de independência e do devido processo”, afirmou o González.

Protestos

O governo de Nicolas Maduro tem acusado Edmundo e María Corina Machado de serem os responsáveis intelectuais pela violência cometida no contexto dos protestos pós eleitorais com objetivo de promover um golpe de Estado. Os atos teriam levado à morte de mais de 20 pessoas, além de 2,2 mil presos e mais de 100 feridos, incluindo dezenas de agentes das forças de segurança.

Por outro lado, a oposição acusa o governo de fraudar a votação do dia 28 de julho e de reprimir e prender aqueles que se manifestam contra a reeleição de Maduro. Organizações de direitos humanos estimam que foram realizadas 1,3 mil prisões arbitrárias pós eleição.

Edição: Denise Griesinger

Fonte: Agência Brasil

Inflação não se controla só com alta de juros, diz Luiz Marinho

 

Segundo o ministro do trabalho, a inflação também pode ser controlada "com oferta, com mais produção, mais capacidade aquisitiva da classe trabalhadora"

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e Luiz Marinho (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado | José Cruz/Agência Brasil)

Por Vitor Abdala, repórter da Agência Brasil - Em recado ao Banco Central, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou, nesta segunda-feira (26), que inflação não se controla apenas com alta da taxa de juros e restrição ao crédito. Segundo ele, há outras formas de controlar o aumento de preços, como a ampliação da produção.

“O Banco Central precisa aprender que, combater inflação, não tem só um jeito, que é o jeito de restrição de crédito e de aumento de juros. Controla-se inflação também com oferta, com mais produção, mais capacidade aquisitiva da classe trabalhadora do país. Porque há espaço para isso. Nós vimos nos governos Lula 1 e 2, que controlamos a inflação com mais produção”, afirmou Marinho, em evento na sede do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.

Segundo ele, o setor produtivo do país ainda nem atingiu a totalidade de sua capacidade instalada. “Há espaço para crescimento da produção. E, se houver ocupação de 100%, que [o setor produtivo] planeje novos investimentos. É isso que pode combater a inflação sem ter que recorrer a aumento de juros ou restrição de crédito”.

Emprego - O ministro do Trabalho afirmou ainda que os dados de julho, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregos (Caged), que serão divulgados nesta semana, trarão resultados positivos sobre a geração de empregos.

“Nos sete primeiros meses deste ano, ele tem um número maior do que os 12 meses do ano passado. Ele vem bem, no desenvolvimento da indústria. O emprego gerado na indústria nos sete primeiros meses é maior do que os empregos da indústria no ano inteiro do ano passado”, adiantou o ministro, no Rio de Janeiro.

Em relação ao Rio Grande do Sul, em julho houve uma retomada da geração de emprego, depois de dados negativos em maio e junho, que haviam sido resultado das enchentes que atingiram o estado no primeiro semestre deste ano.

Compromisso fiscal - O ministro também afirmou que a Pasta não tem orçamento para executar algumas atividades por causa do “Déficit fiscal zero”. “Eu achava que nós tínhamos que ter feito compromisso fiscal zero, sim, mas não em 12 meses. Achava que ter devia ter compromisso fiscal zero para dez anos, oito anos, e nos cobrasse, a cada ano, nossa responsabilidade de reduzir o déficit fiscal. Mas o contrato está feito e nós estamos cumprindo o déficit fiscal zero em um ano. Só que vai faltar orçamento para muitas áreas”, destacou.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Brasil

Programa Gás Para Empregar vai aumentar oferta e reduzir preço do insumo, diz Silveira

 

Governo federal busca ampliar produção de gás natural

Alexandre Silveira, lançamento da Política Nacional da Transição Energética, 26 de agosto de 2024 (Foto: Tauan Alencar/MME)

(Reuters) - O Programa Gás Para Empregar, que está sendo oficializado pelo governo brasileiro nesta segunda-feira, vai aumentar a oferta e reduzir os preços do insumo no país, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Em discurso no lançamento da Política Nacional de Transição Energética (PNTE), o ministro afirmou ainda que os preços mais competitivos do gás permitirão reaquecer a indústria intensiva nacional, sendo estimados 96 bilhões de reais em investimentos em gás natural, biometano e em plantas de fertilizantes, que são grandes consumidoras de gás.

Governo elabora decreto - O governo federal elaborou minuta de decreto que autoriza a reguladora Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a determinar, após ouvir empresas, a redução de reinjeção de gás natural em poços de petróleo, visando maior produção de gás.

O documento, divulgado pela assessoria de imprensa do Ministério de Minas e Energia, nesta segunda-feira, determina ainda o aumento da produção de gás natural para campos, inclusive os campos maduros.

Não ficou claro imediatamente se tais itens foram incluídos em decreto assinado nesta manhã pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Clã Bolsonaro muda estratégia e deixa de criticar Pablo Marçal para não perder apoio

 

Jair Bolsonaro e seus filhos ficaram surpresos com a repercussão negativa entre seus apoiadores diante da briga pública com Marçal

Jair Bolsonaro e Pablo Marçal (Foto: Reprodução)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus filhos cessaram desde sábado (24) os ataques ao candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, informa a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Entre as razões para a mudança de estratégia está a repercussão negativa que o conflito gerou entre os eleitores de direita, que criticaram duramente os filhos de Bolsonaro e seus aliados.

Ao contrário de outros adversários da direita que foram atacados pelos Bolsonaro, como Sergio Moro (União Brasil) e Joice Hasselmann (Podemos), Marçal teria crescido ao ser defendido pelos eleitores desse espectro político. Além disso, aliados analisam que o ex-coach poderia crescer ainda mais se a briga com Bolsonaro continuasse, já que ele estaria no centro dos holofotes. "Ao entrar nessa disputa, Bolsonaro dá a ele uma relevância que Marçal ainda não tem", disse um aliado do ex-presidente.

Outro fator que pesou para o fim do conflito público com Pablo Marçal foi o bloqueio das contas do candidato nas redes sociais após decisão da Justiça Eleitoral. Bolsonaro chegou a se manifestar contra o bloqueio. Na avaliação de seus aliados, se ele continuasse com as críticas, iria aparecer que o ex-presidente estava apoiado a “censura” contra Marçal. "Independente de quem tenha a rede censurada, eu não compactuo com essa prática, porque cada vez mais vai se tornando uma rotina. Daqui a pouco estamos todo mundo aí censurado", escreveu.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Nunes parte para o ataque contra Marçal: 'envolvido até o nariz com o PCC'

 

"Logicamente, a gente não pode ter um prefeito que tem esse envolvimento com o PCC", disse o prefeito e candidato à reeleição

Ricardo Nunes (à esq.) e Pablo Marçal (Foto: Reprodução)

O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), aumentou o tom contra o ex-coach e empresário de extrema direita Pablo Marçal (PRTB) nesta segunda-feira (26). Marçal, que ameaça a liderança de Nunes e Guilherme Boulos (Psol) nas pesquisas de intenção de voto, foi acusado pelo prefeito de estar envolvido "até o nariz" com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

“Não existe ataque. O que existe é você colocar as situações. Quando alguém demonstra lá, mostra que o partido dele está envolvido até o pescoço, ou melhor, até o nariz, superou tudo, com o PCC, não é ataque. A imprensa que está relatando”, disse Nunes após participar de um evento do Sindicato da Habitação (Secovi), de acordo com o Metrópoles

A declaração de Nunes faz referência a uma série de reportagens que revelam conexões de Leonardo Avalanche, presidente do PRTB, além de articuladores do partido, com o PCC. Durante o lançamento da candidatura de Marçal, no início do mês, ele estava acompanhado de Maiquel de Assis, 45 anos, condenado por sequestro.

"Sobre o PCC, isso é coisa de polícia, é uma atividade da polícia. Eu tenho orientado minha equipe: eu quero focar na cidade, discutir as coisas da cidade. Agora, logicamente, a gente não pode ter um prefeito que tem esse envolvimento com o PCC, que aparentemente, pelos os indícios, são muito fortes, porque o que a gente está fazendo é combater o PCC, não querer trazer o PCC para dentro do governo", destacou Nunes.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Macron sobre prisão do dono do Telegram na França: "não foi uma decisão política"

 

Presidente da França disse que a prisão de Pavel Durov ocorreu como parte de uma investigação judicial para garantir o respeito aos direitos fundamentais

Emmanuel Macron (Foto: Kay Nietfeld/Pool via Reuters)

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta segunda-feira (26) que a prisão do dono do Telegram, Pavel Durov, na França ocorreu como parte de uma investigação judicial, e não foi uma decisão política, com o sistema de Justiça agindo de forma independente para fazer cumprir a lei e proteger os direitos dos cidadãos franceses. 

No último sábado (24), Pavel Durov, nascido na Rússia e cidadão de vários países, incluindo a França, foi detido em um aeroporto de Paris sob acusações relacionadas ao uso criminoso do Telegram, incluindo terrorismo, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e fraude. As acusações podem levar o bilionário de 39 anos a ser condenado a até 20 anos de prisão.

Em postagem no X, Macron negou que a medida viole a liberdade de expressão e criticou "informações falsas". "Estou lendo aqui informações falsas sobre a França, após a prisão de Pavel Durov. A França está mais do que tudo ligada à liberdade de expressão e comunicação, à inovação e ao empreendedorismo. Continuará assim. Num Estado de direito, nas redes sociais como na vida real, as liberdades são exercidas dentro de um quadro estabelecido pela lei para proteger os cidadãos e respeitar os seus direitos fundamentais", disse Macron. 

Ele destacou que a decisão sobre o caso será tomada de forma independente pelo Judiciário francês. "Cabe ao sistema de justiça, com total independência, fazer cumprir a lei. A prisão do presidente do Telegram em território francês ocorreu no âmbito de uma investigação judicial em curso. Esta não é de forma alguma uma decisão política. Cabe aos juízes decidir", afirmou. 

O fundador do Telegram poderá permanecer sob custódia policial na França até o dia 28 de agosto, conforme informou o Ministério Público de Paris à agência RIA Novosti nesta segunda-feira. As acusações contra Durov incluem fraude, transações ilegais, tráfico de drogas, distribuição de pornografia, lavagem de dinheiro, fornecimento de serviços ilegais de criptografia, além de sua recusa em cooperar com as autoridades competentes. O caso foi aberto em 8 de julho, e o CEO já enfrenta 12 acusações criminais, de acordo com o Ministério Público.

Fonte: Brasil 247

Nunes e Boulos empatam e Pablo Marçal cresce na disputa pela prefeitura de São Paulo, mostra pesquisa

 

Segundo levantamento da FESPSP, Pablo Marçal saiu de 11,4% para 16,8% das intenções de voto em um mês

Ricardo Nunes, Guilherme Boulos e Pablo Marçal (Foto: Reprodução)

A mais recente pesquisa eleitoral contratada pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) e divulgada pelo UOL revela um cenário acirrado na corrida pela Prefeitura de São Paulo. O deputado federal Guilherme Boulos (Psol) e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) estão tecnicamente empatados na liderança, enquanto o empresário Pablo Marçal (PRTB) emerge como um competidor em crescimento, consolidando-se como o terceiro colocado.

De acordo com os dados, Boulos registrou 23,1% das intenções de voto, uma queda em comparação aos 25,8% obtidos na pesquisa anterior, realizada em julho. Nunes, por sua vez, oscilou de 22,2% para 21,6%, mantendo-se tecnicamente empatado com o candidato do Psol dentro da margem de erro de 2,5 pontos percentuais.

Pablo Marçal, ex-coach e candidato pelo PRTB, mostrou expressivo crescimento, saltando de 11,4% para 16,8% das intenções de voto, o que o coloca tecnicamente empatado com Nunes, mas ainda atrás de Boulos. Esse avanço significativo destaca Marçal como uma força emergente na disputa, podendo alterar o equilíbrio do pleito nas próximas semanas.

A pesquisa também mostrou um empate técnico entre o apresentador José Luiz Datena (PSDB) e a deputada federal Tabata Amaral (PSB). Datena apresentou uma ligeira queda, passando de 11,9% para 10,7%, enquanto Tabata cresceu de 4,7% para 8,6%, encurtando a diferença entre eles.

Segundo turno

No cenário de um eventual segundo turno entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos, o atual prefeito aparece em vantagem, com 41,9% das intenções de voto contra 36,2% de Boulos. Este resultado indica que Nunes teria chances de reeleição, mas o cenário continua em aberto, dado o empate técnico no primeiro turno.

A pesquisa da FESPSP entrevistou 1.500 eleitores na cidade de São Paulo entre os dias 20 e 22 de agosto. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos, com um índice de confiança de 95%. O estudo foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o código SP-02735/2024.

Fonte: Brasil 247

Lula cobra nova política de mineração e diz que o setor pode ser "passaporte" para os brasileiros, "como foi o pré-sal"

 

Para o presidente, uma nova política para o setor pode alavancar o crescimento do Brasil, além de melhorar a distribuição de renda e gerar empregos

(Foto: RICARDO STUCKERT/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu uma nova política de mineração para o Brasil visando criar condições para que o setor possa ser uma espécie de "passaporte" para o crescimento do país, a exemplo do que foi a descoberta e exploração do petróleo na camada do pré-sal.

“Temos que fazer uma outra estrutura, uma nova política de mineração, porque a nossa política de mineração está superada e nós precisamos saber a importância que ela tem, e fazer desses minerais críticos que nós temos uma força de enriquecer e criar condições de ser outro passaporte para que o povo brasileiro possa crescer, como foi o pré-sal”, disse Lula durante cerimônia de lançamento da política nacional de transição energética, realizada nesta segunda-feira (26), em Brasília. 

Em sua fala, Lula ressaltou que “se a gente for levar em conta que nós temos que tirar proveito de tudo que a gente pode fazer para distribuir e fazer com que todos tenham acesso a uma parte daquilo que nós produzimos, o mundo será menos sofrido, o brasileiro será menos pobre. E a gente não precisará definitivamente ficar criando programas de distribuição de renda para as pessoas mais pobres, porque o que dignifica as pessoas é o trabalho”.

Fonte: Brasil 247

Dados do Caged sobre emprego em julho virão fortes, diz ministro do Trabalho

 

Em junho, o país criou 201.705 vagas formais de trabalho. No segundo trimestre, a taxa de desemprego caiu de 7,9% para 6,9%, menor índice desde 2014

Lula e Luiz Marinho (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Ana Volpe/Agência Senado | REUTERS/Amanda Perobelli)

Reuters - O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse nesta segunda-feira que os dados do Caged que serão divulgados esta semana sobre o desempenho do emprego formal em julho virão "fortes".

Segundo Marinho, que falou em evento sobre mercado de trabalho e relações trabalhistas no Rio de Janeiro, os empregos formais criados de janeiro a julho superaram o saldo de todo o ano passado.

No primeiro semestre, o país criou 1,3 milhão de postos de trabalho formais, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), acima dos 1,03 milhão criados no mesmo período de 2023. Em todo o ano de 2023 foram criadas 1,484 milhão de vagas, segundo dado divulgado em janeiro.

Em junho, o país criou 201.705 vagas formais de trabalho, acima do esperado pelos economistas consultados pela Reuters. Para julho, a expectativa é de criação líquida de 190.000 vagas.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

35 cidades do Paraná têm Valor Bruto da Produção Agropecuária superior a R$ 1 bilhão

 A lista de 2022 foi reforçada com a entrada de Corbélia (R$ 1,05 bilhão), Chopinzinho (R$ 1,05 bilhão), Ortigueira (R$ 1,02 bilhão), Nova Santa Rosa (R$ 1,01 bilhão) e São Mateus do Sul (R$ 1,01 bilhão) no grupo de municípios bilionários. Após as revisões dos números preliminares, o VBP total do Paraná em 2023 ficou em R$ 198,02 bilhões, o maior valor da história.

35 municípios do Paraná têm Valor Bruto da Produção Agropecuária superior a R$ 1 bilhão

GUARAPUAVA - 08-04-2021- Colheita de soja na região de Guarapuava / Foto Jonathan Campos / AENFoto: Jonathan Campos/AEN

O Paraná tem 35 municípios com Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) acima de R$ 1 bilhão. As informações são do relatório final relativo a 2023, publicado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), no Diário Oficial. Após as revisões dos números preliminares, o VBP total do Paraná em 2023 ficou em R$ 198,02 bilhões, o maior valor da história.

A lista de 2022 foi reforçada com a entrada de Corbélia (R$ 1,05 bilhão), Chopinzinho (R$ 1,05 bilhão), Ortigueira (R$ 1,02 bilhão), Nova Santa Rosa (R$ 1,01 bilhão) e São Mateus do Sul (R$ 1,01 bilhão) no grupo de municípios bilionários.

Ela ainda inclui Toledo, Castro, Cascavel, Santa Helena, Guarapuava, Carambeí, Marechal Cândido Rondon, Dois Vizinhos, Assis Chateaubriand, Tibagi, Palotina, Francisco Beltrão, São Miguel do Iguaçu, Nova Aurora, Piraí do Sul, Palmeira, Lapa, Londrina, Arapoti, Ubiratã, Prudentópolis, Cianorte, Ponta Grossa, Cafelândia, Astorga, Missal, Pitanga, Medianeira, Pinhão e Irati. 

O grupo também teve algumas saídas. Os municípios de Candói (R$ 992,43 milhões), Pato Branco (R$ 905,38 milhões), General Carneiro (R$ 886,26 milhões) e Mangueirinha (R$ 840,89 milhões) que atingiram VBP de R$ 1 bilhão em anos anteriores, desta vez mostraram redução no faturamento, por diferentes fatores. 

Para o secretário estadual da Agricultura do Abastecimento, Natalino Avance de Souza, os dados mostram que os produtores rurais paranaenses estão aproveitando oportunidades de crescimento. “Isso representa geração de emprego e renda no campo”, diz. 

DESEMPENHO – Entre os novos bilionários, a soja e a avicultura foram os produtos determinantes para o crescimento do VBP, segundo a economista do Deral Larissa Nahirny. “Esse perfil também é observado no estado como um todo. A produção recorde de soja em 2023 proporcionou um incremento significativo no faturamento dos municípios. Na avicultura, embora os preços praticados tenham se desvalorizado no período, a expansão nos abates e na comercialização de pintinhos para recria e engorda sustentou o resultado do setor”, analisa.

Em Corbélia, na região Oeste, a produção de soja quase triplicou de 2022 para 2023, de 42 mil toneladas para 163,7 mil toneladas. Com isso, o VBP do grão passou de R$ 119,9 milhões para R$ 357,5 milhões, um crescimento de 198%. O frango de corte e o milho também têm participação expressiva no rendimento.

Em Chopinzinho, no Sudoeste, mais da metade do VBP vem da soja e do frango de corte. Essas culturas renderam, respectivamente, R$ 238,3 milhões e R$ 235,4 milhões para o município em 2023. Destaque para o aumento no volume produzido do grão, que subiu 158%, de 50,3 mil toneladas em 2022 para 129,8 mil toneladas em 2023.

Além do frango para reprodução (R$ 252,79 milhões) e da soja (R$ 247,65 milhões), que compõem metade do VBP de Ortigueira, na região dos Campos Gerais, os produtos florestais têm uma participação importante na geração de renda no campo. Em 2023, papel e celulose renderam R$ 136,76 milhões para o município, 31% a mais do que em 2022, quando o VBP desses produtos somou R$ 104, 27 milhões. 

Nova Santa Rosa, no Oeste, se beneficia principalmente da produção de suínos, que gerou VBP de R$ R$ 355,77 milhões no ano passado, seguida do frango de corte (R$ 179,16 milhões) e do pescado de água doce (R$ 95,93 milhões), que inclusive registrou aumento de 41% no rendimento comparativamente a 2022, quando rendeu R$ 68,23 milhões.

Os três principais produtos na composição do VBP de São Mateus do Sul, no Sudeste do Estado, são a soja (R$325,17 milhões), a erva-mate (R$ 192,06 milhões) e o fumo (R$ 118,79 milhões). 

PESQUISA – O levantamento do VBP paranaense é um dos mais completos do País, com cerca de 350 culturas, entre elas produtos da agricultura, pecuária, piscicultura, silvicultura, extrativismo vegetal, olericultura, fruticultura, plantas aromáticas e ornamentais.

Em termos de segmento, o relatório aponta a liderança da produção pecuária na formação do VBP pelo segundo ano consecutivo. O setor representa 49% do valor gerado nas propriedades rurais do Paraná em 2023, com R$ 96,63 bilhões. 

A agricultura de forma geral foi responsável por 46,5% do faturamento bruto, somando R$ 92,14 bilhões, contra R$ 85,1 bilhões de 2022, quando as condições climáticas foram desastrosas.

O VBP florestal, de R$ 9,25 bilhões em 2023, foi inferior aos R$ 9,6 bilhões do ano anterior, principalmente devido à desvalorização dos preços dos produtos florestais.

Veja neste link a relação completa dos municípios.


Fonte: AEN

"Quero incentivar as mães a seguirem seus sonhos": empreendedora fatura milhões vendendo brinquedos de madeira

 

Carol Moreira é fundadora do Ateliê Materno e transformou a fabricação de uma minicozinha de madeira para a filha em um negócio lucrativo

Carol Moreira, fundadora do Ateliê Materno (Foto: Ateliê Materno/Divulgação)

A maternidade é um momento de transformação na vida de uma mulher e, para muitas, a hora de repensar a carreira e buscar uma forma de conciliar a vida profissional com a criação dos filhos, resultando muitas vezes na desistência de seus sonhos. Empenhada em seguir no setor do empreendedorismo, a mineira Carol Moreira, fundadora do Ateliê Materno, encontrou sua paixão, persistiu e consolidou um negócio de sucesso.

A trajetória de Carol começou a tomar forma em 2012, quando descobriu que estava grávida durante um intercâmbio em Barcelona. Com a chegada da sua primeira filha, Sofia, Carol mergulhou na maternidade e nas tarefas domésticas, mas, como já imaginava, realizar alguns afazeres poderia ser um desafio. Com a filha interessada em fazer comidinhas, Carol percebeu que poderia ajudá-la a se distrair e preparar o almoço de uma maneira mais tranquila. Foi então que a designer fabricou o primeiro produto do que passaria a ser uma empresa milionária: uma minicozinha de madeira. 

Antes, Carol já havia criado apenas alguns brinquedos menores, mas decidiu se aventurar em um projeto maior. Como todos os outros eram de madeira, Carol quis manter o mesmo padrão de durabilidade e textura. Desenvolveu o projeto, comprou madeiras, tintas e parafusos, e reciclou uma panela em desuso. Com a ajuda da pequena Sofia, que transformou o processo de montagem em uma grande brincadeira, a minicozinha ficou pronta. O que ela não esperava é que, ao compartilhar sua criação nas redes sociais, diversos interessados começaram a aparecer e a empreendedora, logo de cara, vendeu 22 unidades dando o pontapé inicial no Ateliê Materno. 

Com o crescimento da demanda, Carol precisou adaptar-se e terceirizar a produção. Em 2017, a empresa passou a operar com uma fábrica para atender aos pedidos. A marca cresceu e expandiu seu catálogo, oferecendo não apenas minicozinhas, mas também mercadinhos, oficinas, sorveterias, carrinhos de boneca e outros brinquedos de madeira pintados com cores alegres e lúdicas. Todos os produtos são inspirados nas abordagens pedagógicas da pedagogia Waldorf e do Método Montessori, que valorizam a autonomia e a criatividade das crianças.

Hoje, a empresa, que antes era apenas uma maneira de deixar Sofia distraída, vende mais de 6 mil produtos por mês e conta com nove funcionários. Ainda assim, a jornada empreendedora de Carol não foi fácil. Durante os primeiros nove anos da empresa, ela investiu seu próprio dinheiro e, mesmo conciliando a gestão do negócio com a maternidade e os cuidados da casa, faturou R$ 3 milhões em 2023. 

Já no começo de 2024, com o intuito de buscar investidores, o Ateliê conquistou espaço em um dos maiores programas de empreendedorismo da TV brasileira. No programa, Carol apresentou o negócio e conseguiu firmar uma parceria com um dos empreendedores mais notáveis do país. Com o investimento, a marca ganhou ainda mais força para levar seus brinquedos de madeira e sua proposta de infância criativa para famílias de todo o país.

"Minha meta é, além de incentivar a criatividade, a imaginação e a autonomia das crianças por meio de brinquedos, estimular as mães a seguirem os seus sonhos. Acredito que a infância é um momento precioso, no qual as memórias são construídas e as habilidades são desenvolvidas, mas que as mães também possam continuar colocando as suas paixões em prática. E é uma honra ser uma representante desse processo", afirma Carol Moreira, fundadora do Ateliê Materno.

Além do sucesso profissional, Carol continua a equilibrar a vida de mãe e empreendedora, agora com três filhos: Sofia, Lina e Leon. Sua história inspira outras mães a persistirem, mostrando que é possível transformar a experiência pessoal em um negócio próspero e significativo. Carol acredita que a maternidade e o empreendedorismo podem caminhar juntos, desde que se tenha organização, paixão e resiliência.

Fonte: Brasil 247

Lula participa de reunião do Conselho Nacional de Política Energética

 

Após o encontro, Lula e Alexandre Silveira lançam a política nacional de transição energética

Lula e Alexandre Silveira (Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa na manhã desta segunda-feira (26) da reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), em Brasília, informa o G1. O CNPE é um órgão de assessoramento do presidente presidido pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), e reúne representantes do governo federal, sociedade civil e instituições de ensino para discutir políticas públicas na área energética. Após o encontro, Lula e Silveira lançam a política nacional de transição energética.

No ano passado, Lula acompanhou uma reunião do CNPE que criou um grupo de trabalho para discutir o Programa Gás Para Empregar, que tem o objetivo de incentivar o aproveitamento de gás natural produzido no país. O presidente deve assinar nesta segunda-feira um ato para implementar a iniciativa.

O programa visa aumentar a oferta de gás natural da União no mercado doméstico e melhorar o aproveitamento e o retorno social e econômico da produção nacional de gás natural. Além disso, a iniciativa busca aumentar a disponibilidade de gás natural para a produção nacional de fertilizantes, produtos petroquímicos e outros setores produtivos, reduzir a dependência externa e integrar o gás natural à estratégia nacional de transição energética.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Ex-assessor solicita impedimento de Alexandre de Moraes em inquérito que apura vazamento de mensagens

 

No documento enviado à presidência do STF, Eduardo Tagliaferro e seus advogados afirmam que "o ministro é diretamente interessado no feito"

Ministro do STF Alexandre de Moraes 18/06/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, solicitou ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, o afastamento do ministro Alexandre de Moraes como relator no inquérito que investiga o vazamento de mensagens trocadas por assessores do magistrado no STF e no TSE, alegando “nítido interesse na causa”.

A solicitação, segundo o Metrópoles, foi feita após Tagliaferro ter sido intimado pela Polícia Federal (PF) no âmbito das investigações. As conversas entre o ministro e seus assessores foram reveladas em uma reportagem da Folha de S.Paulo, no dia 13 de agosto, apontando uma possível atuação de Moraes fora dos procedimentos formais em ações envolvendo Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. .

Na quarta-feira (21), Moraes instaurou um inquérito para apurar o vazamento das conversas. No documento assinado por Tagliaferro e seus advogados, é afirmado que "o ministro é diretamente interessado no feito" e, por isso, estaria impedido de atuar no processo devido à "inadmissível ausência de imparcialidade". Neste domingo (25), porém, o magistrado solicitou à secretaria judiciária que reautuasse o inquérito, reduzindo-o a uma investigação preliminar.

Tagliaferro, que foi auxiliar de Moraes, destacou na solicitação que o ministro se autoproclamou relator do inquérito e tomou medidas relevantes antes mesmo de o caso ser distribuído formalmente. Ele argumenta que "tal inquérito não poderia existir" e deveria ter sido encaminhado às autoridades competentes de forma imparcial.

Fonte: Brasil 247

"Não dá para jogar mole com a extrema-direita violenta", diz Glauber Braga

 

Deputado afirmou que, em meio ao aumento da radicalidade no reacionarismo brasileiro, o campo progressista "tem que estar disposto a ir pro embate"

Glauber Braga (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Glauber Braga analisou, nesta segunda-feira (26), que a atual conjuntura brasileira exige um endurecimento na postura do campo progressista, em meio ao aumento do radicalismo da extrema direita.

"Com a extrema-direita violenta não dá pra jogar mole. A esquerda tem que manter firme o seu conteúdo e na forma tem que estar disposta a ir pro embate. Não é tempo de fofura a qualquer custo", escreveu Braga.


O comentário do parlamentar surge em meio a cobranças de internautas para que nomes como Guilherme Boulos (PSOL) subam o tom contra Pablo Marçal (PRTB), candidato da extrema direita nas eleições para a prefeitura de São Paulo. Marçal tem tido postura agressiva nos debates e em suas peças de campanha, o que tem feito sua popularidade subir entre o eleitorado reacionário.

Um dos casos de maior repercussão foi quando o extremista associou Boulos ao uso de cocaína em um debate e em um vídeo publicado nas redes sociais. O deputado psolista rebateu com uma postagem de um trocadilho entre 'Boulos' e 'bolo', afirmando que 'quanto mais se bate na massa de Boulos, mais ela cresce'.

Enquanto isso, outros candidatos, como Tábata Amaral (PSB), têm apostado em estratégias mais incisivas contra Marçal. Em vídeo duro publicado nas redes sociais, a candidata conectou o extremista ao PCC.

Fonte: Brasil 247

Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle Franco, irá depor pela primeira vez no STF

 

Ronnie Lessa – Foto: Reprodução

Ronnie Lessa, ex-sargento da Polícia Militar e assassino confesso da vereadora Marielle Franco, prestará seu depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (27). Esse será o primeiro depoimento de Lessa desde a homologação de sua delação premiada.

A expectativa é que o ex-PM traga novas informações sobre o caso, ocorrido há seis anos. Na ocasião, Marielle e seu motorista, Anderson Gomes, foram mortos, a tiros, no Rio de Janeiro.

Após o depoimento de Lessa, o STF ouvirá Élcio de Queiroz, também ex-policial militar e cúmplice de Lessa no crime – Élcio era o motorista do veículo usado no ataque contra a vereadora. A delação de Lessa já indicou o envolvimento de figuras de alto escalão, como o deputado federal Chiquinho Brazão, que possui foro privilegiado, o que levou o caso ao STF.

O depoimento de Ronnie Lessa será acompanhado pela Procuradoria-Geral da República, assistentes de acusação das vítimas, e pelos advogados de defesa dos outros réus. Entre os acusados estão os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, o ex-chefe de Polícia Civil Rivaldo Barbosa, Robson Calixto Fonseca, conhecido como Peixe, e o major Ronald Paulo Alves Pereira – todos são apontados pela Polícia Federal como envolvidos no planejamento do crime.

Marielle Franco e Anderson Gomes – Foto: Reprodução

As sessões de audiência de instrução e julgamento têm sido intensas. Nos últimos 10 dias, nove testemunhas de defesa já foram ouvidas, incluindo ex-colaboradores de Marielle e agentes da Polícia Federal. Esses depoimentos têm sido fundamentais para esclarecer os detalhes do caso e confrontar as investigações iniciais.

Durante as audiências, surgiram momentos de tensão, como o depoimento do agente federal Felipe José, cuja imparcialidade foi questionada pela defesa de Chiquinho Brazão. No entanto, o desembargador Airton Vieira, que preside as sessões, manteve o foco na busca por esclarecimentos sobre o caso, garantindo que as discussões não desviem do objetivo principal.

A delação premiada de Lessa trouxe à tona nomes importantes e implicações graves, levando a novos rumos na investigação. A expectativa agora é que o depoimento de Lessa no STF traga ainda mais clareza sobre o envolvimento de outros suspeitos e o possível papel de mandantes no crime.

Marcelo Ferreira, advogado de Rivaldo Barbosa, expressou ceticismo em relação ao depoimento de Lessa, sugerindo que ele pode tentar manipular as informações para manter os benefícios de sua colaboração. Ele disse: “Nossa expectativa é que ele mantenha a narrativa mentirosa, talvez agora com algum acréscimo decorrente das informações às quais teve acesso ao longo da instrução.”

Fonte: DCM