quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Malafaia proíbe Pablo Marçal de ir a ato contra Moraes

 

Jair Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia. Foto: reprodução

O pastor Silas Malafaia, o principal organizador da manifestação marcada para o dia 7 de Setembro contra o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), na Avenida Paulista, em São Paulo, declarou que o ato “não é lugar” para o influenciador e candidato à Prefeitura da capital, Pablo Marçal (PRTB).

Segundo Malafaia, o coach deveria participar de um evento de apoiadores de Moraes, e não do protesto bolsonarista que ocorrerá na avenida Paulista. Embora continue crescendo entre os eleitores bolsonaristas, Marçal está sendo isolado pelo núcleo próximo a Jair Bolsonaro (PL). Nesta quinta-feira (22), o ex-presidente se dirigiu ao influencer como se ele não fizesse parte de um “nós”.

“Ele tentou desqualificar as denúncias gravíssimas e verdadeiras da Folha, então lá não é o lugar para ele. Não estou inventando, não estou caluniando, tanto é que esse foi o motivo da minha única manifestação nessa campanha eleitoral, até então eu estava calado em relação ao pleito”, afirmou Malafaia em vídeo publicado nas redes sociais.

Jair Bolsonaro e Pablo Marçal. Foto: reprodução

O pastor se referia a uma publicação de Marçal nas redes sociais em que o candidato sugeriu, sem apresentar evidências, que o desgaste de Alexandre de Moraes teria como objetivo abrir espaço para que o presidente Lula (PT) substituísse o ministro indicado por Michel Temer (MDB) por um nome de sua escolha.

A declaração do candidato do PRTB gerou irritação entre os bolsonaristas, que consideraram a posição do influenciador uma tentativa de desviar o foco das matérias feitas pela Folha. “Ele tentou jogar uma cortina de fumaça em cima das denúncias, dizendo que desconfia quando todo mundo está contra alguém. Lá [na manifestação] não é o lugar para ele, ele tem que arrumar um palanque de quem defende Alexandre Moraes”, completou Malafaia.

O pastor também esclareceu que não convida ninguém para os atos, mas que são as pessoas que pedem para participar, com as autoridades sendo devidamente notificadas. Porém, o religioso bolsonarista afirmou que, se tivesse que convidar, não chamaria Marçal, visto que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já escolheu seu candidato na disputa municipal, o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Nunes, por sua vez, ainda não confirmou sua presença na manifestação, mas indicou que poderá ser representado pelo coronel Mello Araújo (PL), seu vice na chapa.

A relação entre Marçal e o clã Bolsonaro, que já foi de aproximação e elogios, deteriorou-se nos últimos dias. Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), passaram a criticar publicamente o influenciador e reforçaram o apoio a Ricardo Nunes.

Em um vídeo postado nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro pediu que seus apoiadores “tomem cuidado” com Marçal, mencionando suspeitas que ligam a sigla do candidato à facção criminosa PCC e associando a conduta de Marçal a uma tentativa de “lacração”.

Fonte: DCM

Ex de Nicole Bahls diz que foi hackeado e pede desculpas a governador acusado de abuso

 

Gladson Cameli e Marcelo Bimbi – Foto: Reprodução

O influenciador Marcelo Bimbi desmentiu as acusações feitas contra o governador Gladson Cameli, alegando que sua conta do Instagram foi hackeada. As denúncias, publicadas anteriormente, envolviam alegações de violência sexual e ameaças por parte do político do Acre.

Bimbi divulgou uma nota afirmando ser amigo pessoal de Cameli e expressou sua solidariedade ao governador. “Fui alvo de um ataque hacker por alguém que desconheço e contra quem estou prestando queixa”, declarou o influenciador.

O modelo também elogiou Cameli, destacando a ajuda recebida do governador em momentos difíceis. A Polícia Civil do Acre ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

Fonte: DCM

Marçal reage após ser desprezado por Bolsonaro: “Devolva meus R$ 100 mil”


Marçal recebendo a medalha “Imorrível, Imbrochével e incomível” de Bolsonaro. Foto: reprodução

O coach Pablo Marçal (PRTB) demonstrou sua frustração com Jair Bolsonaro (PL) após ser menosprezado em uma troca de mensagens com o ex-presidente. Ele revelou ter doado R$ 100 mil à campanha do então candidato à presidência em 2022 e cobrou a devolução do valor após uma resposta irônica de Bolsonaro em um comentário no Instagram.

A interação começou quando Marçal respondeu a uma postagem do ex-presidente sobre investimentos no setor ferroviário durante seu governo, mencionando uma frase icônica dele: “Para cima deles, capitão. Como você disse: eles vão sentir saudades de nós”. No entanto, Bolsonaro respondeu de forma curta e irônica: “Nós? Um abraço”. Essa resposta gerou a reação de Marçal, que se sentiu excluído do “nós” mencionado.

Captura de tela de comentário em que Bolsonaro rebate Marçal – Foto: Reprodução

“Coloquei R$ 100 mil na sua campanha para presidente, te ajudei nas estratégias digitais, fiz você gravar mais de 800 vídeos no Planalto. Entrei para a lista de investigados da Polícia Federal por te ajudar. Se não existe o ‘nós’, seja mais claro”, escreveu Marçal, demonstrando insatisfação por ter sido excluído do que considera ser um esforço coletivo.

O candidato da extrema-direita continuou sua réplica, afirmando que, apesar dos conflitos anteriores, ele e Bolsonaro já haviam se reconciliado. “Todos os nossos desentendimentos foram resolvidos, almoçamos esses dias, você me deu a medalha e eu continuo te respeitando. Só não nos curvaremos a comunistas na eleição de São Paulo”, declarou, mencionando à “honra” bolsonarista de “imorrível, imbrochável e incomível”.


Pablo Marçal ainda sugeriu que, se Bolsonaro não estivesse disposto a ajudá-lo em sua campanha, devolvesse os R$ 100 mil que ele havia doado em 2022.

A troca de farpas não passou despercebida pelos apoiadores de Bolsonaro. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) também comentou a situação, criticando Marçal por sua mudança de postura em relação ao ex-presidente. “Estranho. Em 2022 você disse que a diferença entre Lula e Bolsonaro é que um deles tinha um dedo a menos. Só acordou agora? Tá parecendo até o Mourão”, alfinetou.

Apoiadores de Bolsonaro também atacaram Marçal, acusando-o de tentar se beneficiar da popularidade do ex-presidente para impulsionar sua candidatura em São Paulo. “Surfando na onda de Bolsonaro”, escreveu uma seguidora, enquanto outro afirmou que Marçal precisaria “comer muito feijão para chegar aos pés de Jair Messias Bolsonaro”.

Eduardo e seguidores de Bolsonaro detonam Marçal

Apesar das críticas, Marçal recebeu apoio de alguns seguidores, que lembraram sua dedicação à campanha de Bolsonaro em 2022. “Pablo Marçal fez campanha para Bolsonaro. Eu vi em suas redes sociais pedindo voto pra Bolsonaro até em posto de gasolina”, defendeu uma apoiadora.

Antes das convenções partidárias que oficializaram as candidaturas à Prefeitura de São Paulo, Marçal havia buscado o apoio de Bolsonaro, que recusou, mas indicou que apoiaria Marçal caso ele chegasse ao segundo turno contra Guilherme Boulos, principal adversário da direita nas eleições.

Fonte: Brasil 247

AGU defende ao STF anulação da restrição às "saidinhas" de presos

 

“Se a reintegração social do condenado é um dos objetivos do cumprimento da pena, deve-se garantir uma progressividade nesse cumprimento”, disse o órgão

Advogado-geral da União, Jorge Messias (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

A Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu na quarta-feira (21) a anulação da medida que restringe as saídas temporárias de presos em regime semiaberto. Conforme relatou a CartaCapital, o parecer foi apresentado durante uma ação no Supremo Tribunal Federal que discute a constitucionalidade da restrição, aprovada pelo Congresso Nacional.

No documento, o advogado-geral da União, Jorge Messias, defende que as “saidinhas” fazem parte da individualização da pena, um princípio previsto na Constituição. “Se a reintegração social do condenado é um dos objetivos do cumprimento da pena, deve-se garantir uma progressividade nesse cumprimento, de acordo com os méritos de cada um, ou seja, de forma individualizada”, escreveu.

Apesar de o Congresso ter aprovado a lei alegando combate à criminalidade, a AGU rebate com dados do Conselho Nacional de Justiça que mostram que apenas 4% dos presos não retornam às penitenciárias após as saídas temporárias, sem efeito significativo na segurança pública.

fonte: Brasil 247 com informações da Carta Capital

FPM: informações sobre o segundo repasse de agosto são divulgadas com atraso por conta de greve de servidores; confira os valores




 As prefeituras receberam na terça-feira, 20 de agosto, o segundo repasse deste mês do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O montante a ser partilhado é de R$ 1,4 bilhão, já descontada a retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O atraso da confirmação dos valores que estão na nota produzida pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) ocorreu por conta da greve dos servidores da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). 

O repasse do segundo decêndio é influenciado pela arrecadação do início do mês, sendo em torno de 20% do valor esperado para o mês inteiro. Na comparação com a segunda transferência do ano anterior, a tendência é de crescimento de 14,85% em termos nominais. O acumulado do mês, em relação ao mesmo período de 2023, também indica aumento de 24,38%. Isso é justificado em razão do aumento na arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). 

Orientações
A nota do FPM produzida pela CNM também destaca um anexo em que mostra a lista de 739 Municípios que perderam quotas e estão sujeitos à redução nos repasses. Se o Município não estiver no Anexo I do documento, o gestor deve realizar consulta considerando o valor 0 na coluna “Perda de quotas sem a LC 198/2023”. 

Caso o Município esteja no Anexo I, deve ser considerada a interpretação da respectiva tabela estadual a sua quantidade de perda de quotas e não somente o seu coeficiente original. O quadro foi elaborado considerando a parcela regular dos repasses e a parcela que depende dos créditos ou débitos da referida Lei Complementar. Os valores completos e outras orientações estão na nota da CNM. Acesse aqui o documento

Fonte: Agência CNN de Notícias

 

Consórcio Nordeste assina primeiro contrato comercial de hidrogênio verde no Brasil

 

Governadora Fátima Bezerra destaca avanço histórico do Nordeste na produção de energia limpa, impulsionando a reindustrialização sustentável

Cerimônia de assinatura do primeir contrato comercial de hidrogênio verde do Brasil (Foto: Governo/RN)

O Brasil deu um passo crucial na transição energética com a assinatura do primeiro contrato de hidrogênio verde no país. O acordo, firmado entre a CPFL Energia e a Mizu Cimentos com o apoio do Governo do Rio Grande do Norte, foi oficializado em Natal nesta quinta-feira (22). Este marco posiciona o Nordeste como protagonista na produção de energia renovável, consolidando a região como referência global na busca por uma economia de baixo carbono.

O projeto envolve a implantação de uma planta-piloto para a produção de hidrogênio verde, utilizando energia renovável para alimentar fornos na produção de cimento. A estimativa é que a planta comece a operar em 2027, com expectativa de reduzir até 12,5 toneladas de CO₂ por ano. O investimento inicial gira em torno de R$ 40 milhões, e o desenvolvimento tecnológico será monitorado para avaliar o impacto no setor industrial.

Para a governadora Fátima Bezerra, presidente do Consórcio Nordeste, este momento representa uma virada histórica para o estado e o país: "Este contrato vai muito além de um simples acordo comercial. Estamos assinando a primeira nota fiscal de hidrogênio verde do Brasil, consolidando nosso compromisso com a transição energética e reafirmando o papel do Nordeste como líder nesse processo."

Com o apoio da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o projeto de hidrogênio verde no Rio Grande do Norte integra a estratégia do governo estadual e do Consórcio Nordeste para ampliar o uso de fontes renováveis e impulsionar o desenvolvimento sustentável na indústria. A meta é que, até 2030, o hidrogênio verde se torne uma peça-chave no processo de descarbonização e reindustrialização do Brasil.

O protagonismo do Nordeste nesse movimento se destaca ainda mais com dados recentes que mostram o potencial da região para a produção de hidrogênio verde. Os estados nordestinos possuem projetos que somam 72,8 GW de capacidade de eletrólise, com destaque para o Piauí, Bahia e Ceará. O Rio Grande do Norte, com 5,2 GW em desenvolvimento, reforça sua posição como um dos principais polos de energia limpa do país.

Além disso, o memorando assinado na semana passada entre o Consórcio Nordeste e a Associação Brasileira da Indústria de Hidrogênio Verde (ABIHV) impulsionou o desenvolvimento de uma cadeia de valor para o hidrogênio verde no Brasil. Fernanda, representante da ABIHV, ressaltou a importância da regulação do setor sancionada pelo presidente Lula: "Estamos atraindo investimentos internacionais, graças à segurança jurídica e ao potencial único do Nordeste para liderar a produção de energia renovável."

Com o apoio de empresas multinacionais e parcerias estratégicas, a expectativa é que o Nordeste se torne um hub global de hidrogênio verde, gerando empregos, atraindo indústrias e consolidando sua posição no mercado internacional. A assinatura do contrato em Natal é vista como o pontapé inicial para um ciclo de desenvolvimento que promete transformar a economia regional e nacional, sempre com foco na sustentabilidade e na inovação tecnológica.

Fonte: Brasil 247

Lula conversa sobre guerra entre Rússia e Ucrânia e genocídio em Gaza com presidente da Finlândia

 

Alexander Stubb expressou visões semelhantes com as do Brasil sobre a reforma das instituições de governança global

Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta quinta-feira (22) um telefonema do presidente da Finlândia, Alexander Stubb. A conversa teve como temas a guerra entre Rússia e Ucrânia e o genocídio cometido por Israel na Faixa de Gaza, além da reforma das instituições de governança global.

Stubb expressou visões semelhantes com as do Brasil a respeito da importância de contar com mais representantes da América Latina, África e Ásia no Conselho de Segurança da ONU. Lula também convidou a Finlândia para participar da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, principal projeto do Brasil na presidência do G20.

O presidente brasileiro cumprimentou Alexander Stubb pela vitória nas eleições em fevereiro deste ano. O finlandês recordou que era ministro das Relações Exteriores quando Lula visitou a Finlândia em setembro de 2007, a primeira visita de um presidente brasileiro ao país.

Fonte: Brasil 247

Polícia tenta identificar palmeirense que mostrou a genitália para torcedora do Botafogo

 

O incidente ocorreu após o empate entre os times em partida válida pelas oitavas de final da Libertadores, realizada na última quarta-feira

Polícia tenta identificar palmeirense que mostrou a genitália para uma torcedora do Botafogo (Foto: Reprodução)

O Palmeiras e a Delegacia de Repressão aos Delitos Esportivos (Drade) estão investigando a identidade de um torcedor que fez gestos obscenos e expôs a genitália para uma torcedora do Botafogo após o empate por 2 a 2, em partida válida pelas oitavas de final da Conmebol Libertadores, realizada na quarta-feira (21), no Allianz Parque. Na ocasião, o clube alviverde foi eliminado do campeonato.

De acordo com a reportagem do ge, torcedora registrou um boletim de ocorrência na delegacia durante a madrugada. 

Em comunicado oficial, o Palmeiras informou que está colaborando com as investigações. Caso o torcedor seja identificado como membro do programa de sócios Avanti, ele deve ser expulso e proibido de comprar ingressos para jogos no Allianz Parque.

As imagens das câmeras de segurança da arena estão sendo analisadas, e a polícia pretende responsabilizar criminalmente o torcedor pelo ocorrido.

Fonte: Brasil 247 com reportagem do GE

Comandante do Exército pede soldados "comprometidos com as leis e defensores da nossa Constituição”

 

Na Cerimônia do Dia do Soldado, Tomás Paiva também criticou as restrições orçamentárias

22.08.2024 - Cerimônia do Dia do Soldado (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O comandante do Exército, general Tomás Paiva, destacou o respeito à democracia e criticou a escassez de recursos destinados às Forças Armadas pelo governo federal, durante um evento nesta quinta-feira (22) que contou com a presença do presidente Lula e outras autoridades federais.

Paiva criticou as "restrições orçamentárias", mas afirmou que os soldados continuarão se dedicando à carreira de forma "perseverante" à preservação da ordem constitucional. “Esse espírito perseverante e de doação integral à carreira é mantido incólume, mesmo sob os escritos das restrições orçamentárias que atingem a todos. Apesar disso, não nos descuidamos da imperiosa necessidade de mais helicópteros, de mais blindados e mais mísseis”, afirmou Paiva ao discursar na cerimônia do Dia do Soldado, nesta quinta-feira (22), no Quartel-General do Exército, em Brasília-DF. O presidente Lula não discursou. 

“Esses são os soldados que o país quer: cidadãos brasileiros comprometidos com as leis e defensores da nossa Constituição”. Afirmou que o serviço militar inicial contará, “em breve”, com maior “presença feminina”. E também destacou feitos recentes, como proteger “os nossos irmãos Yanomamis”, combater os incêndios no Pantanal e auxiliar o povo no Rio Grande do Sul, após as enchentes no estado. 

Fonte: Brasil 247

Pesquisa revela ineficiência da Justiça em casos de massacre no campo

 

Apenas 11% dos mandantes dos 50 casos avaliados foram condenados

Ocupação do MST no Pará (Foto: Divulgação/MST)

Por Fabíola Sinimbú, repórter da Agência Brasil - Cerca de 60% dos suspeitos em casos de massacre no campo, ocorridos entre 1985 e 2019, foram levados ao Tribunal do Júri, responsável pelo julgamento de crimes dolosos contra a vida. Desses, pouco mais de 11% foram condenados.

Os dados foram apresentados no estudo Massacre no Campo, divulgado nesta quinta-feira (22) em Brasília, que reúne de forma inédita informações sobre a atuação do sistema de Justiça na apuração da responsabilidade criminal de mandantes e executores, em um período de 34 anos.

Ao todo, foram analisados 50 casos de assassinatos coletivos, que resultaram em 386 suspeitos de participação como mandantes ou executores. A metodologia do estudo classifica como massacre os "casos nos quais um número igual ou superior a três pessoas são mortas na mesma data e em uma mesma localidade, portanto, numa mesma ocorrência de conflitos pela terra". 

Do total de suspeitos, 30 não foram indiciados nos relatórios da Polícia Civil ou Militar. Dos suspeitos restantes (356), outros 10 não foram denunciados pelo Ministério Público e 345 tornaram-se réus.

Desse total, 238 foram levados ao Tribunal do Júri. Nesta etapa do processo, 43 foram condenados, 188 foram absolvidos e 7 não foram julgados por não terem sido localizados, ou por terem morrido antes do julgamento.

A partir das análises desses casos, a equipe formada por mais de 30 pesquisadores do Instituto de Pesquisa, Direitos e Movimentos Sociais (IPDMS), Comissão Pastoral da Terra (CPT) e da Universidade de Brasília (UnB) e outras universidades públicas chegou a conclusões diversas sobre a impunidade desses crimes.

Para os estudiosos, a impunidade nos casos de massacres no campo está relacionada a fatores que se somam ao longo de todo o processo judicial, como na etapa de instrução, quando são apresentadas as provas, colhidos os depoimentos e analisadas as evidências.

“Infelizmente, o Poder Judiciário e o Ministério Público ainda produzem muito pouca prova nova em relação àquilo que é produzido no inquérito policial. Então, a etapa de instrução acaba sendo só um momento de reproduzir as provas que já foram produzidas na fase do inquérito. Logo, se o inquérito foi mal instruído, a impunidade está praticamente garantida nas fases seguintes”, explica o pesquisador do IPDMS e um dos coordenadores do estudo, Diego Duel.

Segundo os estudiosos, também foram identificadas falhas na localização dos réus e na utilização de recursos judiciais, o que resulta em uma tramitação lenta de processos. Os pesquisadores concluíram que a ineficiência do sistema judicial está relacionada à fragilidade dos inquéritos e à não produção de novas provas durante a fase judicial.

“O Brasil não aderiu até hoje ao Protocolo de Minnesota, das Nações Unidas, que é um protocolo relacionado à proteção da cena do crime e a procedimentos que devem ser adotados pelo Estado para poder apurar responsabilidades e coletar provas."

O estudo conclui que falta preparo do sistema judiciário brasileiro: "Enquanto o Brasil não se preparar e [preparar] o seu sistema de Justiça, suas autoridades, para uma ágil produção de provas, o que a gente vai ter são inquéritos e processos baseados em provas frágeis, produção de nulidades, o que acaba favorecendo os acusados”, diz Dihel.

Para ele, embora o sistema brasileiro tenha se modernizado, ainda há pouco interesse em apurar a real responsabilidade de mandantes e executores.

“Existe um processo de apagamento dos fatos, tal como eles realmente aconteceram. A gente vê avanços na questão de federalização da apuração de certos casos. Então, por exemplo, o caso do massacre de Pau d'Arco, a gente teve a entrada da Polícia Federal o que mudou completamente a qualidade da apuração dos responsáveis do massacre. Mas, ainda assim, a gente sabe que a maior parte dos casos não são federalizados”, conclui.

Fonte: Brasil 247

Comandante do Exército se queixa de restrição orçamentária e pede mais helicópteros, blindados e mísseis

 

Cobrança foi feita durante discurso pela comemoração do Dia do Soldado. Presidente Lula participou da cerimônia

Ricardo Stuckert / PR

O comandante do Exército, general Tomás Paiva, criticou as "restrições orçamentárias que atingem a todos" durante seu discurso no evento do Dia do Soldado, nesta quinta-feira (22), no Quartel-General do Exército, em Brasília. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve presente na cerimônia. Apesar da crítica, Paiva ressaltou a perseverança dos militares e ressaltou a necessidade de mais equipamentos para a força terrestre.

"Esse espírito perseverante e de doação integral à carreira é mantido incólume, mesmo sob os escritos das restrições orçamentárias que atingem a todos. Apesar disso, não nos descuidamos da imperiosa necessidade de mais helicópteros, de mais blindados e mais mísseis", disse o general, de acordo com o Metrópoles.

Lula compareceu ao evento acompanhado pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, além dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Como nas celebrações do Dia do Exército, o presidente optou por não discursar, mantendo o foco nas Forças Armadas. Lula busca melhorar as relações com os militares, grupo que historicamente apoiou Jair Bolsonaro (PL).

Em sua fala, Paiva também ressaltou o compromisso das Forças Armadas com a democracia. “Esses são os soldados que o país quer: cidadãos brasileiros comprometidos com as leis e defensores da nossa Constituição.” Ele também destacou que o serviço militar inicial incluirá “em breve” uma maior “presença feminina”.

O Dia do Soldado é oficialmente celebrado em 25 de agosto, mas as comemorações foram antecipadas este ano. A data homenageia o nascimento de Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, Patrono do Exército.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Ex-assessor de Moraes nega à PF ter vazado mensagens e diz ter entregue celular desbloqueado para terceiros

 

A investigação busca esclarecer quem vazou as informações e se houve atentado contra a democracia

Alexandre de Moraes (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

O ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Eduardo Tagliaferro, afirmou em depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (22) que não foi responsável pelo vazamento das mensagens que embasaram a reportagem da Folha de S. Paulo. A matéria em questão abordava o uso informal do setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo gabinete de Moraes.

Conforme relatou a CNN, Tagliaferro disse ao delegado que nunca negociou material com ninguém em troca de dinheiro. A investigação busca esclarecer quem vazou as informações e se houve atentado contra a democracia. 

No depoimento, o ex-assessor afirmou que entregou seu celular desbloqueado às autoridades durante a investigação de um processo que responde por violência doméstica. De acordo com Tagliaferro, o aparelho foi apreendido em Franco da Rocha e devolvido seis dias depois, sem lacre.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN

Nunes diz que 'possivelmente' irá a ato bolsonarista contra Alexandre de Moraes em 7 de setembro

 

Tendência é a de que, caso compareça ao evento, Nunes apenas “marque presença” para ganhar pontos com os bolsonaristas, mas não faça discurso

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (Foto: GOVSP)

Fábio Matos, Infomoney - O prefeito de São Paulo (SP), Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, afirmou, nesta quinta-feira (22), que pretende comparecer à manifestação convocada pelo pastor Silas Malafaia e outros aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o dia 7 de setembro, na Avenida Paulista, contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ato foi planejado após as reportagens publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo, na semana passada, dando conta de supostas irregularidades na atuação de Moraes à frente dos inquéritos envolvendo bolsonaristas no STF.

As reportagens revelam que Moraes teria usado métodos “informais” para obter provas que incriminassem Bolsonaro e aliados. O jornal teve acesso a mais de 6 gigabytes de arquivos e diálogos por mensagens, trocadas de forma não oficial, que revelariam um fluxo fora do rito tradicional envolvendo o STF e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para abastecer o chamado inquérito das “fake news”.

O próprio Bolsonaro também já confirmou presença na manifestação. Em sabatina promovida pela TV Record, nesta quinta, Ricardo Nunes indicou que deve comparecer ao ato.

“Muito possivelmente, sim. A única coisa é que eu preciso ver a questão do horário, porque o 7 de setembro é um dia que tem festividades oficiais da prefeitura de São Paulo. Então, eu tenho que cumprir agenda como prefeito nos eventos oficiais”, disse Nunes.

“No horário que eu conseguir adequar para estar lá na Paulista, eu estarei. Lembrando que a minha prioridade, como prefeito, é cuidar das atividades oficiais da prefeitura de São Paulo”, completou o candidato à reeleição.

A indicação de Nunes de que deve participar do protesto contra Moraes é mais uma tentativa de aproximação com o núcleo bolsonarista, em meio à crise enfrentada pela campanha do prefeito. Pesquisas recentes indicam que o candidato do PRTB, Pablo Marçal, vem avançando sobre o eleitorado conservador na maior cidade do Brasil, tirando votos de Nunes, que já contava com o apoio oficial de Bolsonaro e do PL, partido do ex-presidente.

Aliados de Nunes, no entanto, veem a possível participação do prefeito na manifestação com ressalvas – justamente por se tratar de um ato que pedirá o impeachment de um ministro do STF. No entendimento desses interlocutores, a Nunes, que tem o peso institucional do cargo de prefeito de São Paulo, não interessa atrelar sua imagem ao grupo que se indispõe com Moraes e o Supremo.

A tendência é a de que, caso compareça ao evento, Nunes seja discreto e apenas “marque presença” para ganhar pontos com os bolsonaristas, mas não faça discurso.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Maria Corina Machado e Edmundo Gonzalez não reconhecem vitória de Maduro após decisão do Supremo

 

Boletins eleitorais são respaldados pelas atas de escrutínio, confirmando a vitória de Maduro, decidiu o TSJ da Venezuela nesta quinta-feira

Maria Corina Machado e Edmundo Gonzalez 29/07/2024 (Foto: REUTERS/Maxwell Briceno)

Após o Tribunal Superior de Justiça (TSJ) da Venezuela validar a reeleição do presidente Nicolás Maduro, a líder da oposição, Maria Corina Machado, voltou a contestar os resultados do pleito de 28 de julho. O candidato opositor Edmundo Gonzalez, que se autoproclamou vencedor, também questionou o anúncio da Sala Eleitoral da Corte.

Em uma postagem no X, Corina Machado citou um relatório do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que aponta a falta de "independência e imparcialidade" tanto no TSJ quanto no Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que havia confirmado a vitória de Maduro anteriormente. Ela classificou a decisão como uma "manobra" e reafirmou sua reivindicação de vitória. "Não há manobra que possa conferir um pingo de legitimidade a Nicolás Maduro, face ao Golpe de Estado contra a Constituição que pretendem perpetrar. O povo falou", declarou.

Gonzalez, também em uma postagem no X, compartilhou uma imagem de uma decisão judicial declarada "nula" e reiterou sua reivindicação de vitória: "A soberania reside de forma intransferível no povo. Os órgãos do Estado emanam da soberania popular e a ela estão sujeitos."

Nesta quinta-feira (22), a juíza Caryslia Beatriz Rodríguez Rodríguez leu a sentença, afirmando que os boletins do CNE são respaldados pelas atas de escrutínio das máquinas de votação utilizadas no processo. Segundo a juíza, as máquinas coincidem com os centros de totalização.

Fonte: Brasil 247

Atletas olímpicos brasileiros são condecorados com medalha do Exército

 

Militares que atuaram no socorro ao RS também foram homenageados

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condecorou a judoca Beatriz Souza, campeã dos Jogos Olímpicos de Paris, com a Medalha Exército Brasileiro. Em cerimônia alusiva ao Dia do Soldado, nesta quinta-feira (22), em Brasília, Lula também entregou a homenagem ao judoca Guilherme Schmidt e à jogadora de vôlei de quadra Natália Araújo, que ganharam medalhas de bronze na competição, realizada em julho e agosto.

“É uma honra ser militar, é mais que um incentivo nas nossas vidas e nos ajuda a focar, simplesmente, no esporte”, disse Beatriz após o evento. Ela, Guilherme e Natália fazem parte do Programa Atletas de Alto Rendimento, que é uma iniciativa de incentivo ao esporte nacional do Ministério da Defesa.

A seleção para integrar o programa é feita por editais de convocação, levando em consideração os resultados em competições nacionais e internacionais. Eles também passam por testes físicos e de saúde e devem estar aptos para cumprir as atividades militares.

Após a aprovação, os atletas passam a ser militares temporários por um período de até oito anos e a ter benefícios como apoio médico, fisioterapia, psicologia esportiva, nutricionista e acesso as instalações esportivas do Exército para treinamento. Apenas no Exército, 165 atletas de diversas modalidades recebem apoio, incluindo boxe, natação, judô, pentatlo moderno, esgrima, tiro e atletismo.

A Medalha Exército Brasileiro é destinada a distinguir cidadãos que tenham praticado ações de destaque ou serviços relevantes em prol da Força. Outras autoridades e organizações civis e militares, nacionais e estrangeiras, também foram condecoradas hoje.

Em publicação na rede social X (antigo Twitter), o presidente Lula disse que tem "orgulho dos nossos atletas que lutaram com garra para trazer medalhas para o Brasil".

O evento ainda homenageou os cerca de 34 mil militares envolvidos no resgate de mais de 71 mil pessoas e 10 mil animais no Rio Grande do Sul, após as enchentes que devastaram o estado nos meses de abril e maio. O 2° Batalhão de Aviação do Exército recebeu a insígnia de bandeira da Medalha do Pacificador, em reconhecimento aos esforços de resgate e transporte na região. Esta condecoração é concedida a militares e civis brasileiros que, em tempo de paz, no exercício de suas funções ou no cumprimento de missões de caráter militar, tenham se distinguido por atos pessoais de abnegação, coragem e bravura, com risco de vida.

Brasília (DF), 22/08/2024 - O comandante do exército, General Tomás Paiva, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a solenidade comemorativa ao Dia do Soldado, no Quartel-General do Exército, em Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O comandante do Exército, general Tomás Paiva, e o presidente Lula na solenidade comemorativa ao Dia do Soldado - Marcelo Camargo/Agência Brasil

Além do presidente Lula, estavam presentes os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG, e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o ministro da Defesa, José Múcio, outros ministros de Estado e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), entre outras autoridades civis e militares.

O Dia do Soldado homenageia o nascimento do marechal Luís Alves de Lima e Silva, em 25 de agosto de 1803, o Duque de Caxias, patrono do Exército.

Edição: Juliana Andrade

Fonte: Agência Brasil