quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Pochmann alerta para a vulgarização de dados em ambientes digitais

 

Presidente do IBGE defende o fortalecimento do instituto

Marcio Pochmann (Foto: Pedro França/Agência Senado)

Agência Brasil - O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, defendeu nesta quarta-feira (21) o fortalecimento do instituto e enfatizou o seu papel diante de uma “vulgarização” dos dados, sobretudo em ambientes digitais. Pochmann discursou na cerimônia de reabertura da Casa Brasil IBGE, no Palácio da Fazenda, no centro do Rio de Janeiro.

O IBGE é o principal provedor de dados e informações do país, responsável pela produção de cerca de 60% dos dados nacionais. Entre as principais pesquisas estão o Censo Demográfico e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil.

Pochmann ressaltou que os cadastros e os registros administrativos “são importantes como instrumentos de organização, condução e monitoramento de política pública”. No entanto, segundo ele, pela internet os dados são constantemente descredibilizados.

“Pela internet há uma vulgarização de dados. O IBGE levanta os níveis de preço do Brasil, o custo de vida do Brasil e a inflação. E é muito comum que alguém que usa a rede social diga ‘Olha, o IBGE divulgou a inflação, fui no supermercado e o preço do feijão, por hipótese, subiu não sei quantos por cento. Logo, o dado da inflação não está correto'. Há um processo, portanto, de vulgarização dessas estatísticas que são algo profundamente sério e que não pode ser banalizado”, exemplifica. 

A inflação citada no exemplo é calculada pela variação média dos preços dos produtos em determinado período. Como se trata de uma média, alguns produtos podem ter variações maiores ou menores do que outros, o que não significa que o índice esteja incorreto, explicou.

Segundo o presidente do IBGE, essa “vulgarização de dados” está relacionada ao fato de o Brasil não ser um grande produtor e exportador de bens e serviços digitais, e também a ausência de um letramento digital, que permita que as pessoas tenham uma maior consciência crítica do que são ou não notícias falsas. Além disso, de acordo com Pochmann, o “domínio externo das informações de uso nacional são cada vez mais evidentes”, avalia.

Para o presidente do IBGE, diante desse contexto, o próprio instituto tem a capacidade de avançar, inclusive utilizando informações e dados que são próprias da internet. Mas para isso, segundo Pochmann, é preciso que haja a valorização do IBGE, revendo, entre outros aspectos, as condições de trabalho dos funcionários.

“Os diálogos internos e externos podem apresentar, até janeiro de 2025, um novo plano de trabalho do IBGE, considerando não apenas a conexão com os dados já existentes, como também os novos dados que resultam da era digital, como uma série de informações que não são públicas, informações que dizem respeito à internet. Por exemplo, atividades vinculadas a empreendimentos e a concessões do Estado. Tudo isso é possível de constituir, portanto, com grande soma de informações próprias da área digital”, explica.  

“Mas o IBGE, para avançar nesse sentido, precisa construir um novo estatuto e repensar a sua estrutura organizacional, o regime de trabalho, as condições de trabalho no conjunto da cadeia produtiva, de produção e difusão dos dados. Isso é importante dizer para reafirmar o IBGE, para permitir continuar cumprindo a sua missão estratégica institucional de retratar a realidade nacional e avançar também na cooperação internacional”, defende.

Nesta quarta-feira, ocorreu a cerimônia de reabertura da Casa Brasil IBGE, um espaço de memória e tecnologia, reunindo em um mesmo lugar as diferentes áreas do instituto e suas atuações, para que o visitante, seja de maneira presencial ou virtual, possa visualizar tanto a história de quase 90 anos do IBGE, quanto os caminhos e perspectivas do instituto para as próximas décadas. 

O espaço foi oficialmente inaugurado em maio deste ano.

Fonte: Brasil 247

Aluno invade escola e faz professora refém com faca no DF

 

Adolescente de 15 anos entrou armado na Escola Classe 16 da Estância, em Planaltina, no DF; professora sofreu ferimento leve e foi hospitalizada

(Foto: Leonardo Lucena)

Um adolescente de 15 anos invadiu, na tarde desta quarta-feira (21), a Escola Classe 16 da Estância, em Planaltina, no Distrito Federal, e fez uma professora refém sob ameaça de uma faca. O jovem entrou armado na instituição por volta das 14h, gerando pânico entre alunos e funcionários, destaca reportagem do Metrópoles.

O Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acionado imediatamente e deu início à Operação Gerente, com o objetivo de negociar a rendição do adolescente e garantir a segurança da vítima. A professora, que teve o pescoço ameaçado pela arma branca, sofreu um corte superficial durante o incidente e foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), sendo encaminhada para um hospital da região.

Após intensas negociações, o adolescente foi convencido a se entregar e foi levado à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), onde foi acompanhado pelas autoridades competentes. O caso segue em investigação pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Ministério da Justiça anuncia restrições a imigrantes sem visto em meio a denúncias de tráfico de pessoas

 

Grande parte dos imigrantes, em sua maioria vindos do Sul da Ásia e de países africanos, têm o objetivo de atravessar ilegalmente para os EUA e Canadá

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 O Ministério da Justiça comunicou que, a partir da próxima segunda-feira (26), será restringida a entrada de imigrantes que não possuem visto de entrada no Brasil. A decisão surge após denúncias de que o país tem sido utilizado por organizações criminosas como rota para o tráfico de pessoas. Segundo o g1, a nova determinação é embasada em um relatório da Polícia Federal que revela que grande parte dos imigrantes que solicitam refúgio no Brasil não possui motivos que justifiquem o reconhecimento como refugiados.

Esses imigrantes, em sua maioria vindos do Sul da Ásia e de países africanos, têm o objetivo de atravessar ilegalmente para os Estados Unidos e Canadá. O Ministério da Justiça destaca que refugiados são pessoas que deixam seus países devido ao temor de perseguição por raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas, ou por graves violações de direitos humanos.

Jean Uema, secretário nacional de Justiça, informou que, a partir de segunda-feira, aqueles que solicitarem refúgio no Brasil precisarão comprovar que estão sendo perseguidos em seus países de origem para que possam entrar no território brasileiro. 

"O que vamos fazer: identificando viajantes que não possuem visto de entrada no território brasileiro e estão em trânsito para outros países, mas não há risco real de perseguição, essas pessoas serão inadmitidas para entrada no território brasileiro", disse Uema, de acordo com a reportagem. Ainda segundo ele,  essa inadmissão está prevista na lei de imigração do Brasil, sem ferir as garantias internacionais de proteção aos refugiados.

Segundo a PF, cidadãos de diversas nacionalidades compram passagens para países sul-americanos com conexão no Brasil, mas não seguem para o destino final, permanecendo no país e solicitando refúgio – prática informalmente conhecida como "lavagem de passaporte". O relatório aponta que a maioria desses imigrantes busca permissão para entrar no Brasil, de onde seguem para o Acre, cruzam a fronteira com o Peru, e depois continuam pela América Central até os EUA e o Canadá. Aproximadamente 70% dos pedidos de refúgio são de cidadãos do Nepal, Vietnã e Índia.

Entre janeiro de 2023 e junho deste ano, mais de 8 mil imigrantes solicitaram refúgio no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Contudo, apenas 117 pedidos permanecem ativos no Sistema de Registro Nacional Migratório, ou seja, 1,41%. A maioria já deixou o Brasil ou permanece no país de forma irregular.

"O Brasil está se transformando numa rota de contrabando de imigrantes e tráfico de pessoas operado por organizações criminosas. Então o nosso compromisso é interromper essas rotas de tráfico", destacou Uema. A Defensoria Pública da União (DPU) aponta que a ausência de exigência de visto de trânsito facilita o uso do Brasil como rota por criminosos.

O defensor João Chaves pondera que há necessidade de uma política brasileira voltada para combater o crime, mas que também proteja as vítimas, que são imigrantes. "Segundo a ONU, o contrabando de imigrantes é um assunto sério, mas deve ser combatido a partir dos Direitos Humanos. Ou seja, garantindo o direito da pessoa imigrante e tentar enfrentar o fenômeno pela repressão aos agentes que organizam o contrabando, os coiotes. Esse fenômeno de refúgios no Brasil é crescente, e vai exigir ao longo dos anos uma preparação do nosso país. Principalmente nos aeroportos", observou Chaves.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Lula pede união e respeito entre os três poderes após crise entre STF e Congresso por emendas

 

Declaração vem após a resolução de um impasse entre os poderes sobre as emendas Pix

Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a importância do respeito mútuo e da preservação da autonomia entre os três poderes, ao expressar sua satisfação por ter reunido representantes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal na cerimônia de assinatura do Pacto pela Transformação Ecológica, nesta quarta-feira (21).

Lula se disse satisfeito por juntar os três poderes, "demonstrando com muita clareza que o Brasil voltou à normalidade civilizatória, e os poderes, com autonomia, saberão se respeitar e cada um cumprir seu deveres". 

"A união dos três poderes em torno de um propósito comum é testemunho da força da nossa democracia", disse ainda o presidente, após a resolução de um impasse entre os poderes sobre as emendas Pix na véspera. 

Fonte: Brasil 247

Bancos se arrependem de empréstimo bilionário para compra do Twitter por Musk

 

Financiamento da aquisição é visto como um dos piores negócios bancários em anos

Elon Musk (Foto: REUTERS/Adrees Latif)

 O bilionário de extrema-direita Elon Musk obteve um empréstimo de US$ 13 bilhões para adquirir o Twitter, atualmente chamado de X, mas o acordo se transformou em um grande peso para os bancos que financiaram a compra. Segundo o Wall Street Journal, instituições como Morgan Stanley e Bank of America, que inicialmente cederam o crédito com base na imensa fortuna de Musk, agora estão enfrentando dificuldades para se livrar dessa dívida. O desempenho fraco da rede social impediu que os bancos vendessem os empréstimos, um cenário incomum e comparável aos tempos da crise financeira de 2008.

Desde a conclusão do negócio, os bancos mantiveram essa dívida em seus balanços por quase dois anos, o período mais longo desde a crise financeira global, o que resultou em uma perda considerável para as instituições. Executivos viram seus bônus reduzidos drasticamente em 2023, refletindo o impacto negativo do acordo. Fontes afirmam que, embora Musk seja um dos homens mais ricos do mundo, a decisão de financiar a compra agora se revela um erro estratégico para os bancos.

Apesar da esperança de que a plataforma X possa eventualmente pagar o principal dos empréstimos, os bancos já contabilizam possíveis perdas de até US$ 2 bilhões. A receita da rede social caiu significativamente, agravando o peso financeiro do acordo. Com esse cenário, o financiamento da aquisição de Musk é visto como um dos piores negócios bancários em anos.

Fonte: Brasil 247

Pauta climática pode gerar emprego e renda com investimentos públicos, diz Lula sobre pacto ecológico


Presidente também defendeu o papel dos investimentos públicos em áreas como biocombustíveis

Lula e floresta amazônica (Foto: REUTERS/Thaier Al Sudani | REUTERS/Ueslei Marcelino)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta quarta-feira (21) que o Pacto pela Transformação Ecológica, assinado durante uma cerimônia que reuniu representantes dos três poderes, representa uma política inovadora que visa estabelecer um "novo modelo" de desenvolvimento econômico para o Brasil.

Lula enfatizou que o pacto vai além da transição energética, instituindo uma "política de Estado, perene e inclusiva" em defesa do meio ambiente. "Estamos dizendo ao mundo que o Brasil está preparado para assumir o protagonismo global no enfrentamento à crise climática", afirmou o presidente, destacando a importância de considerar tanto as árvores quanto as pessoas que vivem ao seu redor.

Além disso, Lula ressaltou as oportunidades econômicas que a pauta climática pode trazer e o papel fundamental dos investimentos públicos nesse processo. "A pauta climática não é custo, ela gera oportunidades de emprego e renda", disse ele, mencionando a relevância dos investimentos em setores como o de biocombustíveis.

SAIBA MAIS - O Pacto pela Transformação Ecológica surge como uma resposta coordenada dos Três Poderes para enfrentar os desafios ambientais, climáticos e sociais do Brasil, ao mesmo tempo que busca posicionar o país como um protagonista global em segurança ambiental, climática e alimentar. A iniciativa visa integrar a biodiversidade rica e os recursos naturais abundantes do Brasil em um novo paradigma de desenvolvimento sustentável.

A transformação ecológica proposta pelo pacto representa uma mudança nos paradigmas econômicos, tecnológicos e culturais do Brasil. Essa mudança busca promover o desenvolvimento sustentável através de uma relação harmoniosa com a natureza e seus biomas, garantindo que a geração de riqueza ocorra de forma justa e que os benefícios sejam amplamente distribuídos. Além disso, o pacto visa assegurar a melhoria da qualidade de vida tanto das gerações presentes quanto das futuras.

O Pacto pela Transformação Ecológica se estrutura em torno de três grandes eixos: ordenamento territorial e fundiário, transição energética, e desenvolvimento sustentável com justiça social, ambiental e climática. Dentro destes eixos, foram estabelecidas 26 medidas específicas, que serão acompanhadas por um comitê gestor conjunto dos Três Poderes.

Os objetivos centrais do pacto incluem:

  • Sustentabilidade ecológica: Proteção dos biomas, combate ao desmatamento ilegal, regeneração da biodiversidade e promoção de cidades sustentáveis.
  • Desenvolvimento econômico sustentável: Fomento à inovação tecnológica, economia circular, bioeconomia e uso de energias renováveis.
  • Justiça social, ambiental e climática: Redução das desigualdades, medidas de adaptação às mudanças climáticas e defesa das comunidades vulneráveis.
  • Direitos das crianças e gerações futuras: Integração dos interesses das futuras gerações em todas as políticas públicas.
  • Resiliência a eventos climáticos extremos: Implementação de estratégias para prevenção e mitigação de riscos climáticos.

Entre as principais ações do pacto, destacam-se:

  • Ampliação do financiamento e redução do custo de crédito para práticas sustentáveis pelo Executivo.
  • Priorização de projetos de lei no Legislativo, como o marco legal do mercado de carbono e a produção de energia eólica no mar.
  • Agilização das demandas judiciais relacionadas a questões ambientais e climáticas pelo Judiciário.
  • Integração de bancos de dados imobiliários e ambientais entre Executivo e Judiciário para garantir segurança jurídica sobre terras.
  • Adoção de medidas de gestão sustentável pelos Três Poderes para reduzir impactos ambientais diretos.

Fonte: Brasil 247

Dino diz que acordo sobre emendas parlamentares possui "boas balizas", mas liminares continuam valendo

 

O ministro fez as declarações ao chegar para um evento no Planalto, onde foi assinado um pacto entre os três Poderes pela transformação ecológica

Ministro Flávio Dino na sessão plenária do STF (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

 O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino afirmou nesta quarta-feira (21) que o acordo sobre emendas parlamentares, negociado entre o Supremo, o Executivo e o Legislativo, estabelece "boas balizas". No entanto, segundo ele, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Congresso Nacional ainda precisam discutir questões relacionadas às emendas de comissão e aos "impedimentos técnicos" que barrariam a execução das emendas impositivas.

Dino fez as declarações ao chegar para um evento no Palácio do Planalto, onde foi assinado um pacto entre os três Poderes pela transformação ecológica. Conforme relatado pelo Valor Econômico, ele ressaltou que o prazo para discutir esses pontos é de dez dias.

O ministro destacou que houve um avanço significativo em limitar o crescimento das emendas, mas observou que o acordo firmado na terça-feira (20) entre magistrados do STF, o chefe da Casa Civil e os presidentes da Câmara e do Senado ainda não é definitivo. A formalização das mudanças dependerá da aprovação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC).

Dino também comentou que, embora o acordo entre os Poderes deva ser respeitado, as liminares que suspenderam a execução das emendas impositivas permanecerão em vigor até que haja maior transparência.

Fonte: Brasil 247 com Valor Econômico

Folha reforça campanha contra Alexandre de Moraes

 

Após as denúncias vazias contra o ministro do STF, o jornal agora estimula o impeachment do magistrado

Alexandre de Moraes (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

 Em uma série de reportagens que têm alimentado as redes sociais, o jornal Folha de S.Paulo parece ter intensificado uma campanha contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Nos últimos dias, o jornal publicou informações que acusam o gabinete do ministro de ordenar, de forma não oficial, a produção de relatórios pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para embasar suas decisões contra políticos de direita. Essas acusações, carentes de robustez factual, têm alimentado uma onda de pedidos de impeachment contra Moraes.

Desde o vazamento dessas alegações, as menções a um possível impeachment do ministro atingiram um pico sem precedentes, conforme reportagem da própria Folha nesta quarta-feira. De acordo com levantamentos realizados pelo Datafolha e pela empresa Codecs, somente entre os dias 13 e 19 de agosto, foram registradas 341 mil postagens tratando do tema – um número superior a todas as menções feitas desde o início do ano até agora.

Este aumento significativo ocorre em um contexto em que Moraes tem sido um pilar central na defesa da democracia brasileira, enfrentando a disseminação de discursos antidemocráticos e golpistas, especialmente nos eventos de 8 de janeiro, em que Jair Bolsonaro e seus apoiadores tentaram promover um golpe de estado.

No entanto, a publicação das supostas ações extraoficiais do ministro por parte da Folha provocou um surto de reações nas redes sociais, com um volume expressivo de mensagens pedindo seu impeachment. Essa narrativa tem sido inflamada por figuras políticas de direita e por incidentes como o anúncio do fechamento do escritório da X no Brasil, após a empresa, sob direção de Elon Musk, resistir a bloquear contas envolvidas com discursos golpistas. O que o caso demonstra é que a Folha, cada vez mais, se coloca a serviço da extrema-direita.

Fonte: Brasil 247

Dias Toffoli defende maior diálogo entre as instituições e celebra acordo sobre emendas parlamentares

 

"Se cada um se achar melhor do que o outro dentro dessas caixinhas, nós vamos ficar pra trás e o mundo vai nos atropelar”, disse

Dias Toffoli (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

 O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu um maior diálogo entre as instituições como caminho para resolver os problemas do país. A declaração foi feita nesta quarta-feira (21), durante o Fórum Saúde 2024, em Brasília, um dia após o acordo alcançado entre os Três Poderes sobre as emendas parlamentares.

“Um exemplo importantíssimo do diálogo foi a reunião de quatro horas entre os Três Poderes […] É dialogando que nós vamos resolver o problema do Brasil. Se nós ficamos trabalhando em caixinhas, se cada um se achar melhor do que o outro dentro dessas caixinhas, nós vamos ficar pra trás e o mundo vai nos atropelar”, disse Toffoli.

“As instituições de Estado se acham um Estado dentro do Estado e elas não se conversam […] Sem esse diálogo, não há como avançarmos e depois as pessoas não entendem por que vai parar tudo no Judiciário”, complementou.

No evento, o magistrado ainda ressaltou que é necessário acabar com a visão de que a colaboração entre Estado e sociedade representa um conluio, destacando que ambos precisam atuar juntos para o desenvolvimento social.

Fonte: Brasil 247

Alcolumbre quer revisão de parte do acordo firmado entre os Poderes sobre emendas parlamentares

 

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado defendeu que as emendas de comissão sejam voltadas exclusivamente a "projetos estruturantes"

Davi Alcolumbre (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), está buscando a revisão de parte do acordo firmado entre os Três Poderes sobre as emendas parlamentares.

Na terça-feira (20), foi estabelecido um acordo entre magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF), o chefe da Casa Civil, o advogado-geral da União, e os presidentes da Câmara e do Senado em relação às emendas parlamentares. A decisão tomada pelos Poderes ocorreu após a Corte suspender o pagamento de emendas impositivas devido à falta de transparência e rastreabilidade.

Conforme relatou o Metrópoles, Alcolumbre defendeu que as emendas de comissão sejam voltadas exclusivamente a "projetos estruturantes", com o objetivo de garantir que municípios menores não sejam excluídos dos repasses. Segundo ele, obras essenciais precisam considerar o impacto tanto as grandes regiões metropolitanas quanto as cidades menores.

O prazo estabelecido para ajustar as regras de repasse das emendas é de 10 dias. Nesse período, Executivo e Legislativo deverão formular um novo documento com critérios mais claros para a alocação das emendas individuais, de bancada e de comissão.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

EUA preparam lista de sanções a 60 venezuelanos após eleições

 

Governo Biden não reconhece a vitória de Nicolás Maduro

(Foto: Reuters)

Reuters – O governo dos Estados Unidos elaborou uma lista preliminar com cerca de 60 nomes de oficiais do governo venezuelano e seus familiares, que poderão ser alvo de sanções. Essas medidas seriam as primeiras após a controversa eleição presidencial na Venezuela em julho, conforme informações de duas fontes próximas ao assunto.

Os indivíduos na lista são principalmente de três órgãos: o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), a Suprema Corte e a polícia de contrainteligência da Venezuela. A lista foi enviada recentemente pelo Departamento do Tesouro dos EUA para o Departamento de Estado, e o número de sancionados pode mudar. As sanções propostas incluem proibições de viagem e restrições comerciais com entidades dos EUA.

O CNE declarou o presidente em exercício, Nicolás Maduro, como vencedor das eleições de 28 de julho, sem divulgar a totalidade dos votos. A Suprema Corte da Venezuela iniciou uma auditoria dos votos, mas especialistas e observadores eleitorais consideram improvável que esta conteste os resultados oficiais.

Enquanto Maduro reivindica a vitória, o candidato da oposição, Edmundo Gonzalez, também se declarou vencedor, com aproximadamente 67% dos votos, segundo mais de 80% das apurações divulgadas pela oposição. Washington, junto a outros governos internacionais, desafiou a legitimidade da vitória de Maduro.

O Departamento de Estado dos EUA não comentou o caso, enquanto o Departamento do Tesouro e o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela não responderam aos pedidos de comentário. Brian Nichols, Secretário Assistente dos EUA para Assuntos do Hemisfério Ocidental, expressou nas redes sociais que Washington responsabilizará aqueles que facilitam a fraude eleitoral e a repressão.

Yvan Gil, ministro das Relações Exteriores da Venezuela, acusou recentemente os Estados Unidos de organizarem "um golpe" contra Maduro. As opções de Washington para impor novas sanções são limitadas, dado que medidas severas já foram implementadas nos últimos cinco anos, especialmente no setor petrolífero.

Fonte: Brasil 247

Netanyahu prefere o massacre dos palestinos do que aceitar um cessar-fogo em Gaza, diz Gleisi

 

"Netanyahu continua com os massacres por questões políticas próprias, tentando salvar seu governo de extrema-direita", disse a presidente do PT

Gleisi Hoffmann (Foto: Lula Marques/ABr)

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prefere continuar com os massacres contra a população palestina na Faixa de Gaza do que ouvir os apelos de familiares dos reféns sequestrados pelo Hamas por um cessar-fogo na região.
“Os corpos de mais seis pessoas sequestradas foram encontrados na Faixa de Gaza. O grupo que representa a maior parte das famílias dos reféns, segue protestando para que Israel aceite o cessar-fogo o mais rápido possível e finalize o acordo que levará de volta para casa os que estão mantidos em cativeiro. Mas o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prefere o banho de sangue e continua com os massacres por questões políticas próprias, tentando salvar seu governo de extrema-direita. Essa ação inconsequente e insana causa dor para todos os lados", escreveu Gleisi no X, antigo Twitter. 

Nesta terça-feira (20), militares israelenses recuperaram os corpos de seis reféns da área de Khan Younis, no sul de Gaza, que haviam sido sequestrados pelo Hamas em outubro do ano passado. Com a recuperação dos seis corpos, acredita-se que 109 reféns ainda estejam em Gaza, cerca de um terço dos quais está morto, e o destino dos outros é desconhecido.

Em retaliação ao ataque de outubro, Israel desencadeou uma operação militar que já deixou mais de 40,1 mil palestinos mortos, além de mais de 92 mil feridos, e que expulsou quase todos os 2,3 milhões de habitantes da faixa de Gaza de suas casas.

Fonte: Brasil 247

Em reunião com Lula, indústria de papel e celulose anuncia investimentos e geração de mais de 40 mil empregos

 

O pacote de investimentos será implementado até 2028 e inclui a construção de novas fábricas, a ampliação de plantas industriais e obras de infraestrutura

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Nesta quarta-feira (21), o presidente Lula (PT) se reúne com representantes da indústria de papel e celulose para discutir planos ambiciosos de expansão do setor no Brasil. O encontro contará com a presença de importantes figuras do governo e do setor, incluindo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), e o presidente da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), Paulo Hartung.

O objetivo da reunião é a apresentação de um pacote de investimentos significativo para o período até 2028, que inclui a construção de novas fábricas, a ampliação de plantas industriais já existentes e a realização de obras de infraestrutura logística para melhorar o escoamento da produção. Segundo a IBÁ, entidade que representa 47 empresas e 10 associações estaduais ligadas ao setor, esses investimentos deverão gerar cerca de 36 mil empregos durante a fase de obras, além de 7,3 mil postos de trabalho diretos e indiretos uma vez que as novas unidades estejam em operação.

O Brasil ocupa posição de destaque no cenário global da indústria de papel e celulose. Com quase 10 milhões de hectares de florestas plantadas, o país é o segundo maior produtor mundial de celulose e o maior exportador do produto. Já na produção de papel, o Brasil se posiciona como o nono maior produtor mundial, reforçando sua relevância no mercado internacional.

Em termos econômicos, o setor é uma importante fonte de divisas para o Brasil. Em 2023, as exportações de papel e celulose geraram US$ 10,3 bilhões, resultando em um superávit comercial de US$ 9,2 bilhões. Além do impacto financeiro, a indústria brasileira se destaca também por suas práticas sustentáveis. De acordo com o último relatório anual da IBÁ, 90% da energia utilizada nos processos produtivos da indústria de papel e celulose no Brasil é proveniente de fontes renováveis, evidenciando o compromisso do setor com a sustentabilidade ambiental.

Além disso, em 2022, o setor foi responsável por 2,6 milhões de empregos diretos e indiretos, demonstrando sua importância não apenas econômica, mas também social para o país. Com os novos investimentos, a expectativa é que o Brasil continue a consolidar sua posição como líder mundial nesse segmento, alinhando crescimento econômico com práticas sustentáveis.

Fonte: Brasil 247

Coldplay aceita convite de Lula e confirma show na COP 30, em Belém, diz jornal

 

O convite oficial foi feito em março de 2023, quando o vocalista da banda, Chris Martin, se encontrou com Lula no Rio de Janeiro

Músico Chris Martin, presidente Lula e primeira-dama Janja (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A banda britânica Coldplay aceitou o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e fará show na 30ª Conferência das Nações Unidas (COP 30), que será realizada em novembro de 2025 em Belém, no Pará. O convite oficial foi feito em março de 2023, quando o vocalista da banda, Chris Martin, se encontrou com Lula no Rio de Janeiro.

Segundo informações do jornal O Liberal, divulgadas pelo Globo, o anúncio oficial será feito pelo governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), juntamente com integrantes da banda durante viagem à Nova York. O governo do estado estaria em negociações com o Coldplay desde o ano passado. O show será no estádio Mangueirão e deve ocorrer dias antes do início da COP 30, que acontece entre os dias 10 e 21 de novembro. 

Caso seja confirmado, o show será o primeiro de uma grande banda internacional para abrir uma COP. O evento ocorre desde o primeiro acordo climático da ONU, em 1992. A escolha de Belém como sede foi uma decisão de Lula com forma de valorizar a Amazônia perante o mundo. 

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

AtlasIntel: Boulos e Nunes sofrem desgaste, enquanto Pablo Marçal avança na disputa pela Prefeitura de São Paulo

 

Boulos perdeu quatro pontos percentuais e Nunes três, enquanto Marçal subiu cinco pontos. A margem de erro é de dois pontos

Ricardo Nunes, Pablo Marçal, Tabata Amaral, Datena e Guilherme Boulos (Foto: Reprodução/YouTube/Band Jornalismo)

Por Fábio Matos, Infomoney A pouco mais de 1 mês e meio do primeiro turno das eleições municipais, que ocorre no dia 6 de outubro, a disputa pela prefeitura de São Paulo (SP) ganhou contornos de dramaticidade, com três candidatos no pelotão de frente, brigando por duas vagas no segundo turno.

De acordo com a mais recente pesquisa Atlas/Intel, divulgada nesta quarta-feira (21), o candidato do PSOL à prefeitura da capital paulista, o deputado federal Guilherme Boulos, segue na liderança das intenções de voto, mas em trajetória de queda nos últimos levantamentos.

Segundo a pesquisa, Boulos aparece com 28,5%, perdendo 4,5 pontos percentuais em relação ao último levantamento, em 8 de agosto (quando tinha 33%).

Em segundo lugar, aparece o prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, com 21,8%. O emedebista também recuou, na comparação com a pesquisa anterior, quando marcava 25%.

A grande novidade da pesquisa divulgada nesta quarta é o crescimento do empresário e influenciador digital Pablo Marçal (PRTB), que subiu de 11% para 16,3% (uma alta de 5,3 pontos percentuais), se isolando no terceiro lugar. Esta foi a primeira pesquisa feita após os debates iniciais entre os candidatos nesta campanha eleitoral.

A deputada federal Tabata Amaral, candidata do PSB, aparece em seguida, com 12% (tinha 11% na última pesquisa). O jornalista José Luiz Datena (PSDB), oscilou de 9% para 9,5%. A economista Marina Helena (Novo) aparece com 4,3%.

Segundo turno

A pesquisa Atlas/Intel também fez algumas simulações de segundo turno entre os principais candidatos à prefeitura de São Paulo.

Em um cenário de disputa entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos, o atual prefeito venceria o deputado do PSOL por 40,9% a 36,8%. Haveria 18% de votos nulos ou em branco, e 4,4% dos entrevistados não souberam responder.

Contra o tucano José Luiz Datena, Ricardo Nunes venceria por 40,8% contra 28,7% dos votos, com 27,2% de nulos/brancos e 3,3% que não souberam.

Já diante de Tabata Amaral, Nunes seria derrotado pela deputada, que teria 38,8% contra 38,5% do prefeito (um cenário de empate técnico). Seriam 20,6% os que votariam nulo ou em branco, e 2% os que não souberam responder.

O instituto também fez outras três simulações envolvendo o candidato Guilherme Boulos, do PSOL. Contra Pablo Marçal, Boulos venceria por pequena margem (38,4% a 35,4%), com 24,2% de nulos/brancos e 2% que não souberam responder.

Contra Datena, Boulos venceria por 35,6% a 27,5% (34,4% votariam nulo ou em branco, e 2,5% não souberam responder).

Por fim, contra Tabata, Boulos aparece ligeiramente à frente, com 29,8% a 29,1%. Seriam 38,3% os votos nulos/brancos, e 2,7% os que não responderam.

Aprovação de Nunes, Tarcisio e Lula

O Atlas/Intel também quis saber dos eleitores paulistanos o que eles achavam das administrações municipal, estadual e federal.

O desempenho do prefeito Ricardo Nunes, que busca a reeleição, é considerado bom ou ótimo por apenas 18% dos entrevistados, enquanto 40% o consideram regular, e 42%, ruim ou péssimo.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é aprovado por 36%, reprovado por 31% e considerado regular por 33% dos eleitores na capital.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem uma atuação boa ou ótima para 30% dos entrevistados. O petista é reprovado por 42%, enquanto 28% consideram seu desempenho regular.

A pesquisa

O levantamento da Atlas/Intel foi feito com 1.803 eleitores da cidade de São Paulo, entre os dias 15 e 20 de agosto de 2024. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e a margem de confiança é de 95%.

A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-02504/2024.

 

 


Fonte: Brasil 247 com Infomoney