terça-feira, 20 de agosto de 2024

Boulos só deve ir a mais dois debates até o primeiro turno das eleições

 

O candidato do Psol só deve comparecer aos debates organizados pela Record e pela Globo, ambos na última semana do primeiro turno

Guilherme Boulos (Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados)

Candidato a prefeito de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (Psol) não compareceu ao debate promovido pela revista Veja nesta segunda-feira (19) e, segundo Lauro Jardim, do jornal O Globo, manterá essa postura em relação a outros debates programados para as próximas semanas. Boulos pretende participar apenas dos debates organizados pela Record e pela Globo, ambos agendados para a última semana do primeiro turno.

A decisão de Boulos de ignorar sete dos nove debates previstos gerou questionamentos, mas um integrante de sua equipe justificou a escolha: "Não faz sentido participar de 11 debates em quatro semanas. Isso prejudica muito a campanha".

Essa estratégia, no entanto, poderá ser revista caso surjam novos fatos que obriguem o candidato a reconsiderar, como uma possível queda nas pesquisas eleitorais.

A presença do candidato Pablo Marçal (PRTB) nos debates também tem pesado para que o atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), e José Luiz Datena (PSDB) reavaliem a presença nos próximos encontros.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

“PCC Futebol Clube”: agentes de jogadores de grandes clubes estariam envolvidos em lavagem de dinheiro da facção, aponta delação

 

Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, que fez a delação, foi acusado pelo PCC de desfalque de R$ 100 milhões em bitcoins e é jurado de morte pela facção

(Foto: Pixabay)

O empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, em depoimento concedido ao Ministério Público de São Paulo, acusou dirigentes de empresas que cuidam da carreira de jogadores de futebol de estarem envolvidos na lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior organização criminosa de narcotráfico do Brasil. A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S.Paulo em reportagem assinada pelos jornalistas Marcelo Godoy e Ricardo Magatti.

Gritzbach, que foi acusado pelo PCC de desviar R$ 100 milhões em bitcoins das finanças da facção, é alvo de uma sentença de morte e teria sofrido um atentado em 2023, na sacada do apartamento onde reside, no bairro de Anália Franco.

Um dos anexos da delação, homologada pela Justiça em abril de 2024, é denominado "PCC Futebol Clube". O Ministério Público possui mensagens e contratos que demonstram essa conexão. A reportagem ressalta que, no momento, os crimes investigados não se estendem a atletas, dirigentes ou clubes de futebol. No entanto, o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP investiga se a origem dos recursos utilizados na negociação de atletas está vinculada ao tráfico de drogas.

Gritzbach detalhou em sua delação a atuação do empresário de futebol Danilo Lima de Oliveira, conhecido como Tripa, da Lion Soccer Sports. Além disso, ele entregou ao Ministério Público cópias de conversas de WhatsApp entre o empresário Felipe D’Emílio Paiva, sócio da FFP Agency Ltda, e Rafael Maeda Pires, encontrado morto na garagem de um prédio em São Paulo.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Republicanos anti-Trump declaram apoio a Kamala Harris em Convenção Democrata

 

Nomes do Partido Republicano irão discursar no evento que ocorre ao longo desta semana

Vice-presidente e candidata democrata à Presidência dos EUA, Kamala Harris, em Glendale, Arizona 09/08/2024 (Foto: Julia Nikhinson/Pool via REUTERS)

Políticos filiados ao Partido Republicano dos Estados Unidos que são contrários ao ex-presidente Donald Trump vão declarar apoio à candidata democrata à Casa Branca, Kamala Harris, informa a CNN. O prefeito de Mesa, no Arizona, John Giles, e o ex-vice-governador da Geórgia, Geoff Duncan, estão entre os republicanos que irão discursar na Convenção Nacional Democrata, que ocorre em Chicago.

“Fui republicano durante toda a minha vida. Mas, desde que Donald Trump se recusou a aceitar os resultados da eleição de 2020, o Partido Republicano tem se transformado cada vez mais em uma espiral de extremismo político”, disse Giles. Duncan deve discursar na noite da quarta-feira (21) com comentários direcionados aos republicanos que estão cansados de dar desculpas para Donald Trump”. Além deles, estarão presentes Olivia Troye, ex-funcionária de segurança nacional da Casa Branca do governo Trump, e Adam Kinzinger, de Illinois. 

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN

Após X fechar escritório no Brasil, STF espera julgar em setembro regulamentação das redes sociais


Objetivo é concluir a análise das ações sobre o tema antes das eleições de outubro

Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) (Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF)

O Supremo Tribunal Federal (STF) prevê para setembro o julgamento das duas ações sobre a regulamentação das redes sociais, após o anúncio do encerramento das operações da plataforma X, antigo Twitter, no Brasil. O objetivo, segundo a CNN Brasil, é concluir a análise antes das eleições de outubro.

No ano passado, o tema chegou a ser pautado em maio, mas o julgamento foi adiado. Naquela ocasião, os ministros da Corte  consideraram necessário aguardar o avanço do projeto de lei sobre o assunto no Congresso Nacional. No momento, a percepção é de que o processo legislativo não avançou conforme o esperado. Além disso, as recentes ameaças da plataforma X de descumprir decisões judiciais aumentam a urgência de retornar o tema à agenda do STF.

Para evitar um novo atrito com o Legislativo, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, pretende deixar a crise envolvendo a execução das emendas parlamentares se acalmar antes de pautar o julgamento, previsto para meados de setembro.

As duas ações, sob a relatoria dos ministros Dias Toffoli e Luiz Fux, abordam o Marco Civil da Internet e serão julgadas em conjunto no plenário. O principal ponto de debate é o Artigo 19 do Marco Civil, que estabelece que as plataformas só podem ser responsabilizadas por publicações de terceiros se não cumprirem uma ordem judicial de remoção de conteúdo.

No STF, há o entendimento de que as “big techs” precisam adotar uma postura mais ativa no combate à desinformação, à ameaça à democracia e à disseminação de discursos de ódio. Alguns ministros, sensibilizados especialmente pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, defendem que a inércia dessas empresas pode levar à responsabilização criminal de seus dirigentes.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Gleisi critica campanha da imprensa contra Lula: "primeiro turno de 2026 ou terceiro turno de 2022?"

 

Reportagem publicada pelo UOL afirma que o governo Lula teria beneficiado cidades de aliados com repasses de verba

Gleisi Hoffmann e Lula (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), reagiu nesta terça-feira (20) a uma reportagem publicada pelo UOL que acusa o governo Lula (PT) de ter beneficiado seis cidades governadas por aliados com repasses que totalizam de R$ 1,4 bilhão.

"As cidades de Mauá, Araraquara, Diadema e Hortolândia, comandadas pelo PT em SP, e Cabo Frio e Belford Roxo, governadas por aliados no RJ, receberam mais verbas do que outras maiores ou com menor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal", diz a matéria, afirmando que a ordem dos repasses teria partido do gabinete presidencial.

Gleisi, assim como, a assessoria do Palácio do Planalto, lembrou que os repasses são feitos pelos ministérios e devidamente documentados. Para ela, a reportagem faz parte de uma campanha contra o governo. "Quer dizer então que um município não pode receber verbas federais porque o prefeito é do PT? Mesmo sendo tudo justificado, necessário e dentro da lei? Essa campanha contra Lula, na base de criminalizar qualquer ato de governo, ja é o primeiro turno de 2026 ou ainda é o terceiro turno de 2022?", questionou.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Morre Margarita Sansone, primeira-dama de Curitiba

 

Ela travava uma batalha contra o câncer

Rafael Greca e Margarita Sansone (Foto: Reprodução/YouTube/TV Assembleia do Paraná)

A primeira-dama de Curitiba, Margarita Sansone, faleceu nesta terça-feira (20) após uma batalha contra o câncer, segundo o Massa News. Ela estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Marcelino Champagnat, onde seu estado de saúde se agravou nos últimos dias.

Na sexta-feira (16), o prefeito Rafael Greca, esposo de Margarita, compartilhou em suas redes sociais uma foto ao lado da companheira, expressando a gravidade da situação. "De coração apertado, rogo aos anjos mais escolhidos que mitiguem nosso sofrimento", escreveu o prefeito.


Fonte: Brasil 247 com informações do Massa News

STF tem 13 investigações sobre suspeitas de irregularidades no uso de emendas parlamentares

 Apurações são preliminares e foram protocoladas pela Procuradoria-Geral da República no último mês

A PGR (Procuradoria-Geral da República) protocolou, em procedimentos sigilosos, 13 investigações preliminares no STF (Supremo Tribunal Federal) que tratam de suspeitas relacionadas a irregularidades no uso de emendas parlamentares.


Elas começaram a tramitar no Supremo no dia 22 de julho, quando o ministro Flávio Dino já havia marcado uma audiência de conciliação para discutir a necessidade de regras de transparência e rastreamento de emendas.


Desde então, a crise entre o STF e o Congresso sobre o tema se aprofundou após os ministros decidirem, na última semana, pela suspensão das emendas parlamentares impositivas.


Os procedimentos da PGR são oriundos de uma investigação inicial que estava sob a responsabilidade da ministra Cármen Lúcia e que acabou sendo dividida em 13 apurações distintas.


Essas apurações são sobre 13 fatos distintos em que há suspeitas de irregularidades, e não sobre 13 parlamentares.


Elas foram distribuídas para as relatorias de outros integrantes da corte. Agora, além de Cármen, as investigações preliminares têm como relatores os ministros Luiz Fux, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Gilmar Mendes e Kassio Nunes Marques.


A depender do entendimento do próprio Ministério Público Federal e do eventual aval dos ministros, essas apurações podem se transformar em inquéritos criminais sobre os episódios investigados.


Enquanto essas investigações tramitam, o Supremo tem tentado reagir ao clima de tensão entre a corte e o Congresso.


O presidente da corte, Luís Roberto Barroso, convidou os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respectivamente, para um almoço nesta terça-feira (20) na sede do STF. Os demais integrantes do Supremo também devem participar do almoço.


Também foram convidado o procurador-geral da República, Paulo Gonet, além de integrantes do governo Lula (PT), como o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa.


O encontro é uma tentativa de construir uma solução conjunta para a crise. Os ministros do governo não devem levar ao almoço uma proposta pronta para ser apresentada, mas apostam no diálogo para que seja costurada uma solução.


Na última sexta-feira (16), o STF decidiu, de forma unânime, manter a determinação de Flávio Dino que suspendeu a execução de emendas parlamentares impositivas até que deputados e senadores deem mais transparência aos repasses.


Como reação, Lira deu encaminhamento a duas PECs (propostas de emenda à Constituição) que miram a atuação da corte.


Uma delas limita as decisões individuais de ministros do STF —texto já aprovado no Senado e que estava parado na Câmara.

A outra PEC permite que as decisões do Supremo possam ser derrubadas pelo Congresso Nacional.


As emendas são uma forma pela qual deputados e senadores conseguem enviar dinheiro para obras e projetos em suas bases eleitorais e, com isso, ampliar seu capital político. A prioridade do Congresso, porém, é atender seus redutos eleitorais, e não as localidades de maior demanda no país.


As emendas impositivas são as de bancadas, individuais com finalidade definida e as de transferência especial, conhecidas como emendas Pix.


Dino votou para que a suspensão das emendas durem até que o Congresso edite novas regras de liberação dos recursos de forma transparente e rastreável. A decisão ressalva apenas recursos destinados a obras já iniciadas e em andamento, ou ações para atendimento de calamidade pública.


Em seu voto, o ministro ressaltou que o tema é alvo de negociações. “Realço que estão ocorrendo reuniões técnicas entre os órgãos interessados”, disse o membro da corte em sua manifestação.


Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S. Paulo.

Homem usa R$ 17 mil em moedas para comprar carro em SC: “Nunca vi isso”


Homem comprou carro com R$ 17 mil em moedas – Foto: Reprodução

Um homem surpreendeu os vendedores de uma loja de carros em São José, na Grande Florianópolis (SC), ao pagar R$ 17 mil em moedas para comprar um veículo. Ele levou 13 galões de água cheios de moedas para adquirir um Honda City 2015, que custava R$ 65 mil. O restante do valor foi completado via PIX, e todas as moedas foram contadas pela equipe da loja. “Nunca vimos ou pegamos casos assim”, disse Aliatan Gomes, responsável pela venda.

O comprador, que preferiu não revelar sua identidade, contou que já é a segunda vez que usa moedas para uma compra desse tipo, após anos guardando o dinheiro. “Eu sempre guardo assim, vou começar de novo, só que agora só com [moedas] de um real, têm muito volume aquelas moedas”, explicou ele. As moedas utilizadas para o pagamento variavam entre 5 centavos e 1 real.

O proprietário da loja disse que em 14 anos de negócio nunca havia presenciado algo semelhante. “Nos apavoramos quando vimos as moedas”, comentou.

Fonte: DCM

Suspeitas e ameaças: entenda o que pode tirar Pablo Marçal da eleição em SP


Pablo Marçal (PRTB) ao chegar para debate de Veja e ESPM. Foto: reprodução

 A candidatura de Pablo Marçal (PRTB) à Prefeitura de São Paulo enfrenta desafios não apenas do Ministério Público Eleitoral, mas também de três impugnações adicionais na Justiça Eleitoral, conforme informações da colunista Malu Gaspar, do Globo.

As ações apontam que Marçal violou o estatuto do PRTB, que exige ao menos seis meses de filiação partidária para que um candidato possa ser validado em convenção. Ele se filiou ao PRTB em 5 de abril deste ano e teve sua candidatura confirmada na convenção realizada em 4 de agosto, apenas quatro meses após sua filiação.

O registro foi contestado pelo PSB, partido da candidata Tabata Amaral, além de dois membros do próprio PRTB: Marcos André de Andrade, secretário-geral do partido, e Lilian Costa Farias, empresária de Bragança Paulista, evidenciando divisões internas no PRTB.

De acordo com a Lei das Eleições, para concorrer a cargos políticos, um candidato deve estar filiado a um partido no mínimo seis meses antes do pleito, o que teoricamente beneficiaria Marçal, já que o primeiro turno está marcado para 6 de outubro, exatamente seis meses após sua filiação ao PRTB.

Entretanto, a Lei dos Partidos Políticos permite que os partidos imponham prazos de filiação mais rigorosos, como é o caso do PRTB, que considera a data da convenção partidária como referência.

Além de questionar o prazo de filiação, o PSB, partido de Tabata Amaral, também apresentou uma representação contra Marçal, acusando-o de comprar seguidores para promover vídeos favoráveis a ele. Essa denúncia resultou em uma ação do Ministério Público Eleitoral contra Marçal.

Após acusações infundadas de Marçal, candidatos desistem de debate em SP – Política – CartaCapitalMarçal durante debate na Band. Foto: reprodução

O estatuto do PRTB exige que, para convenções realizadas por diretório ou comissão provisória, o filiado tenha no mínimo seis meses de filiação para ter direito a voto ou a ser votado. O PSB argumenta que, com base em todas as regras e circunstâncias, Marçal não poderia ter sido escolhido em convenção, o que justifica o indeferimento de sua candidatura.

Marcos André de Andrade, secretário-geral do PRTB, também contesta a validade da convenção que confirmou Marçal, alegando que ela ocorreu sem o aval do diretório nacional e foi promovida apenas pelo presidente do partido, Leonardo Avalanche.

Andrade ainda aponta que houve irregularidades no processo, como a publicação do edital no dia do evento, apenas no site do partido, e não com cinco dias de antecedência em veículo de imprensa local, conforme exigido pelo estatuto.

Vale destacar que, além dos rivais de Marçal, o Ministério Público Eleitoral entrou, no sábado (17), com uma ação pedindo a suspensão do registro de candidatura de Marçal e a abertura de uma investigação por abuso de poder econômico.

A iniciativa foi tomada após uma representação do PSB, partido de Tabata, que acusa Marçal de utilizar uma “estratégia de cooptação de colaboradores para disseminação de seus conteúdos em redes sociais e serviços de streaming que, com os olhos voltados para as eleições, se reveste de caráter ilícito e abusivo”.

Fonte: DCM

Vídeos de Marçal que infringem lei eleitoral foram vistos mais de 825 milhões de vezes

 

O candidato à Prefeitura de SP, Pablo Marçal, durante debate na Band – Foto: Reprodução

Por Amanda Audi

Cortes de vídeos do guru motivacional e candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB), que violam a lei eleitoral, segundo o Ministério Público Eleitoral, já foram vistos mais de 825 milhões de vezes no YouTube e TikTok até o último domingo (18). As contas que divulgam os vídeos somam mais de 8,1 milhões de seguidores apenas nas duas redes sociais.

A maior parte dos cortes se concentra no TikTok: a rede social registrou mais de 500 milhões de visualizações em 6,5 mil vídeos de Marçal. No YouTube, foram 315 milhões de visualizações em 7 mil vídeos. Em média, cada vídeo foi visto mais de 10 milhões de vezes.

Os vídeos motivaram o Ministério Público Eleitoral a pedir a suspensão do registro de candidatura de Marçal e a abrir uma investigação por suspeita de abuso de poder econômico.

O levantamento do alcance dos vídeos foi feito de forma independente por João Pedro Procópio, especialista em Comunicação e Marketing, que compartilhou os dados com exclusividade com a Agência Pública. Ele acredita que o volume de vídeos deve ser bem maior, uma vez que a busca não contemplou outras redes sociais, como Facebook e Kwai, que também recebem os cortes.

No Instagram, Procópio encontrou ao menos 23 páginas dedicadas aos cortes, que já publicaram centenas de vídeos. “Fiz [a pesquisa] por enxergar um abuso de poder econômico na construção desse ecossistema para disseminar conteúdo do candidato”, disse.

Marçal turbina a sua campanha com promessa de dinheiro fácil a pessoas que façam cortes de vídeos dele e postem nas redes. Ele já falou sobre isso em entrevistas e lives – que também viraram cortes de vídeos, que abastecem as redes sociais. Em um dos mais populares, ele diz que “têm garotos de 18 anos ganhando R$ 400 mil com meus cortes”.

Um canal do Discord chamado “Cortes do Marçal” promove competições diárias que premiam os usuários com mais visualizações. O vencedor leva R$ 200. O segundo e terceiro lugares, R$ 100 e R$ 50, respectivamente. Também há “campeonatos”, com duração de alguns dias, que distribuem prêmios de R$ 300 a até R$ 5 mil, dependendo do grau de viralização.

Tecnicamente, o campeonato atual é para promover cortes de Marcos Paulo, um palestrante e sócio de Marçal. No entanto, quase todos os cortes são de Marçal – é possível verificar pelos vídeos postados pelos próprios usuários no canal para fins de contabilidade para os prêmios.

O canal do Discord é gerido por dois administradores que, no LinkedIn, se apresentam como funcionários da PLX Digital, empresa de marketing de Marçal e Marcos Paulo. A conexão do canal com a empresa de Marçal não é mencionada de forma clara aos usuários em nenhum momento.

Além disso, vários canais populares publicam vídeos ensinando como usar inteligência artificial para fazer cortes. Os títulos são autoexplicativos: “Como criar 200 cortes do Pablo Marçal com 1 clique para monetizar”, “Como entrar no Discord do Pablo Marçal”, “Ganhando R$ 250 por dia com cortes do Pablo Marçal”, entre outros.

Pablo Marçal – Foto: Reprodução

O próprio Marçal vende por R$ 12 um curso online chamado “Fique rico com cortes”. “Tenha acesso a todo material e instrução para fazer pelo menos 10 mil reais por mês com cortes do Pablo Marçal”, diz a descrição do curso, oferecido pela empresa Marçal Produtos Digitais.

Fernando Neisser, especialista em Direito Eleitoral, diz que os vídeos infringem “frontalmente” uma série de leis eleitorais. “Há desde 2009 a proibição de pagar para que façam divulgação eleitoral de um candidato na internet, que é o que o Pablo Marçal tem feito”, afirma.

“Usando inteligência artificial isso se torna ainda mais grave, porque uma resolução atualizada este ano exige que todo uso de IA seja informado. A lei também impede propaganda em páginas anônimas, o que também é o caso”, continua.

Para ele, Marçal poderia argumentar que parte das postagens foi feita antes do início da campanha, mas “isso não se sustenta a partir do momento em que ele anunciou que seria candidato”. “São postagens que favorecem a campanha, então pouco importa o momento.”

A assessoria do candidato disse que “não há financiamento nenhum por trás disso, nem na pré-campanha, nem na campanha.” A Pública perguntou sobre os administradores do canal serem funcionários de uma empresa do Marçal, mas ainda não recebeu resposta.

De acordo com o MP Eleitoral, que foi provocado a pedir a suspensão da candidatura por uma representação do MDB, “ao estimular o eleitorado a propagar as mensagens eleitorais pela internet, o candidato, sem declarar a forma de pagamento e computar os fatos financeiramente em prestação de contas ou documentações transparentes e hábeis à demonstração da lisura de contas, aponta para uma quantidade financeira não declarada, não documentada e sem condições de relacionamento dos limites econômicos utilizados para o ‘fomento eleitoral’ de tais comportamentos, desequilibrando o pleito eleitoral.”

Fonte: DCM

Prisão: Malafaia fará ataque inédito a Moraes no ato do 7 de Setembro



Alexandre de Moraes e Silas Malafaia. Foto: reprodução

 O pastor bolsonarista Silas Malafaia, organizador da manifestação contra Alexandre de Moraes, programada para o 7 de Setembro em São Paulo, está planejando uma ofensiva ainda mais intensa contra o ministro do STF. Nesta ocasião, ele fará sua estreia em discursos públicos defendendo abertamente a prisão de Moraes.

“Não sei o que as outras pessoas que vão discursar vão dizer. Mas eu direi com todas as letras, na manifestação do 7 de Setembro, o que tem que acontecer com o Moraes. Ele tem que ser preso, porque tem sangue nas mãos. O que ele fez com o Clezão [Clériston da Cunha], que morreu na Papuda, foi criminoso”, disse Malafaia.

Além disso, Malafaia afirmou que os discursos mais agressivos virão dele, do senador Magno Malta, e do deputado Nikolas Ferreira. Bolsonaro, no entanto, ainda modula o tom do discurso que fará, conforme informações do colunista Paulo Capelli, do Metrópoles.

Fonte: DCM com informações do Metrópoles

Pela terceira vez, Justiça ordena que Marçal exclua das redes vídeos contra Boulos

 

Montagem de fotos de Pablo Marçal e Guilherme Boulos, candidatos à Prefeitura de São Paulo
Pablo Marçal e Guilherme Boulos, candidatos à Prefeitura de São Paulo – Felipe Marques/Zimel Press/Agência O Globo e Edilson Dantas/Agência O Globo

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) ordenou nesta segunda-feira (19) que Pablo Marçal, candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, remova novas postagens de suas redes sociais em até 24 horas. As publicações, que fazem acusações contra o também candidato Guilherme Boulos (PSol), foram consideradas difamatórias pela Justiça.

Nos vídeos, Marçal associava Boulos, que também é deputado federal, ao uso de drogas. O juiz Murillo D’Avila Vianna Cotrim, responsável pela decisão, afirmou que o conteúdo não possui relevância político-eleitoral, sendo exclusivamente difamatório.

A determinação inclui a remoção de dois vídeos postados no Instagram, um no X (antigo Twitter) e um no TikTok. Esta é a terceira vez que a Justiça Eleitoral exige que o político do PRTB apague vídeos que relacionam o oponente ao uso de drogas em suas redes sociais.

Fonte: DCM

Maduro culpa Bolsonaro pelo 8/1 e diz que o STF salvou a democracia no Brasil


Nicolás Maduro falando e apontando pra frente, com bandeira da Venezuela ao fundo, sério, sem olhar para a câmeraNicolás Maduro, presidente da Venezuela – Reprodução

 Nicolás Maduro, chefe do governo da Venezuela, em nova entrevista à televisão local, citou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de comandar os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 enquanto estava nos Estados Unidos. O venezuelano também afirmou que, se no Brasil os supremos tribunais garantiram o funcionamento da democracia, em seu país deve acontecer o mesmo.

“No Brasil, houve eleições, ganhou o presidente Lula e o presidente em exercício, Jair Bolsonaro, seguindo o roteiro extremista de direita, se negou a reconhecer a vitória e tentou sabotar o processo, impugnou o processo. O processo foi levado à mais alta corte de justiça do Brasil e ela proferiu a sentença e confirmou a vitória do presidente Lula. Pronto, respeito as instituições do Brasil”, iniciou.

Maduro seguiu: “Depois, todos sabem que Bolsonaro foi para Miami. E, de Miami, dirigiu o 8 de janeiro. Dirigiu um golpe de Estado, um assalto. Levaram gente organizada, pessoas treinadas. Teve a cumplicidade de facções do poder militar-policial, lá na cidade de Brasília. E em 8 de janeiro eles atacaram todos os edifícios do governo do Brasil, incluindo o Palácio do Planalto, que é o palácio presidencial”.

“Eles quebraram, destruíram, atacaram… E, por trás disso, Bolsonaro. Nós condenamos essa tentativa de assalto ao poder. Então, é realmente necessário celebrar os tribunais superiores, os tribunais supremos e a institucionalidade de grandes países, como México e Brasil”, pontuou.

Por fim, o presidente venezuelano argumentou: “Eles garantiram o funcionamento da democracia. É assim que deve ser. E, se é assim por lá, que também seja por aqui. Constituição, lei, ordem e justiça”.

Nas últimas semanas, a relação de Maduro e Lula estremeceu por conta das eleições presidenciais que aconteceram no fim de julho na Venezuela. De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país, o atual chefe do governo levou a melhor nas urnas. A oposição, porém, contesta esse resultado e pede as atas eleitorais.

O petista, assim como outros líderes políticos, disse que ainda não reconhece a vitória do atual presidente e que o líder venezuelano “sabe que está devendo uma explicação para a sociedade brasileira e para o mundo”.

Fonte: DCM