sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Bodas de ouro: há 50 anos, Brasil e China desafiam o Ocidente no quesito produção

 

Atualmente, o comércio entre os dois países ultrapassa os US$ 150 bilhões

Lula e Xi Jinping em Pequim - 14/04/2023 (Foto: Ricardo Stuckert/Distribuição via REUTERS)

Sputnik - Nesta quinta-feira (15), o Brasil e a China completam 50 anos de uma relação marcada por muitas mudanças e parcerias comerciais, culturais, econômicas e sociais.

Para entender mais um pouco sobre como essa relação funciona, o podcast Mundioka, da Sputnik Brasil, convidou especialistas para detalharem um pouco como se deu a relação Brasil e China.

Brasil e China na linha do tempo: momentos de uma relação duradoura - O professor Renato Ungaretti, doutorando em estudos estratégicos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS), destacou marcos cruciais e as complexidades dessa parceria estratégica.

"São 50 anos de relações que passaram por diferentes estágios. […] O restabelecimento das relações ocorreu em 1974, durante o governo [Ernesto] Geisel, um momento crucial em que o Brasil buscava afirmar sua autonomia no cenário internacional, mesmo em meio à ditadura militar", observou o professor.

Naquele período, a China enfrentava um isolamento internacional, e a reaproximação com os Estados Unidos no início dos anos 1970 ajudou a abrir portas para novas relações diplomáticas. O analista explicou que "a China estava tentando superar seu isolamento e, ao mesmo tempo, o Brasil via a China como um parceiro importante para assegurar sua autonomia e enfrentar desafios como o choque do petróleo".

O professor destacou que, apesar das diferenças ideológicas, "o pragmatismo responsável" do governo brasileiro facilitou o restabelecimento das relações. A partir de então, a parceria se consolidou, especialmente com a criação da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban) e a assinatura de planos de ação conjunta.

A entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2001, marcou um ponto de inflexão significativo.

"Com a ascensão econômica da China e a demanda crescente por commodities, o Brasil se tornou um fornecedor crucial", explicou Ungaretti.

Mas as relações comerciais entre os dois países explodiu mesmo a partir de 2004, conforme indica Marina Moreno, bacharel em relações internacionais, mestranda em economia política internacional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e especialista residente no think tank Observa China.

"Entre 2004 e 2014 as relações acabaram atingindo um novo patamar. São os governos do PT, principalmente o governo Lula, que transformam a relação com a China expandindo de maneira sem precedentes o comércio e os investimentos bilaterais."

Além disso, a especialista reafirma que não somente as relações comerciais expandiram nesse período, mas houve uma aproximação mais estratégica, "uma sinergia mais política", descreve, citando como exemplo da consolidação de uma parceria estratégica a criação de mecanismos como a Cosban, a cooperação em vários fóruns internacionais, inclusive o G20 e a criação do BRICS.

Foi justamente nesse período, mais precisamente em 2008, durante a crise financeira global, que China e Brasil tiveram um momento de aproximação mais forte, recorda Moreno.

"Essa crise acaba não atingindo muito a China, e é nesse momento que o país vai desenvolver uma relação comercial e de investimento diferenciada", ou seja, ao contrário das outras economias, a China "estava em um processo de crescimento liderado pelo investimento, demandando cada vez mais insumos e mais commodities. Ela [a China] não só continua a importar como aumenta as importações e seus investimentos externos, e o Brasil vai surfar nessa onda. [O Brasil] é um desses países que se torna um dos principais parceiros comerciais da China naquela época, ainda que a posição de parceiro número um tenha se consolidado depois."

Atualmente, o comércio entre os dois países ultrapassa os US$ 150 bilhões (R$ 821,89 milhões), com produtos como soja, petróleo e minério de ferro dominando as exportações brasileiras para a China. No entanto, Ungaretti alertou para a necessidade de diversificar as exportações brasileiras, a fim de evitar a dependência excessiva de poucos produtos.

Quanto à adesão do Brasil à Iniciativa Cinturão e Rota, conhecida também como Nova Rota da Seda, o analista relembrou que, até agora, o país não assinou o memorando de entendimento. "O Brasil ainda avalia os custos e benefícios dessa adesão. Embora haja vantagens potenciais, como investimentos em infraestrutura, também existem riscos associados à percepção geopolítica e à eficácia dos compromissos", comentou.

Ele também abordou a questão da influência cultural chinesa no Brasil. "A distância geográfica e cultural, além do idioma, limita a penetração do soft power chinês no Brasil", afirmou. No entanto, reconheceu que a crescente interação entre os dois países pode fortalecer esses laços culturais no futuro.

Por fim, Ungaretti refletiu sobre os primeiros contatos entre Brasil e China antes do restabelecimento formal das relações. "Nos anos 60, houve trocas e diálogos, mas a relação foi limitada pelo isolamento da China e pelas políticas anticomunistas da Guerra Fria. Foi apenas nos anos 70, com um contexto internacional mais favorável, que a relação começou a se consolidar."

O Brasil depende hoje mais da China do que o contrário? - Para Moreno, o Brasil depende, sim, muito mais da China do que vice-versa.

"A gente está falando aí de uma aproximação comercial muito grande que, claro, a gente pode falar em superávit em termos de valores, mas a China está muito mais bem posicionada nas cadeias globais de valor. A China tem um poder de paridade de compra maior do que os Estados Unidos, se a gente for falar de BRICS, por exemplo. A China figura como muito mais importante, maior e mais profunda economicamente em termos de investimento do que o Brasil", explica.

A especialista destaca que a importância do Brasil para a China reflete, entre outras coisas, a preferência dos produtos que eles importam.

"O Brasil é importante porque a China talvez tivesse que importar de outro país com quem ela tem uma relação que é um pouco mais belicosa, por exemplo, os Estados Unidos", enfatiza.

Moreno ainda destaca que a tendência é que essa dependência brasileira continue, sobretudo se o país seguir caminhando para um processo de "reprimarização da pauta exportadora", em vez de fazer transferência de tecnologia e avanços técnicos.

Qual será a agenda entre os países para os próximos 50 anos? - Como novidade na relação entre os países, Moreno aposta que a agenda de sustentabilidade, sobretudo relacionada à transição energética justa, restauração de biodiversidade e países mais ricos que mais poluem, pagarem a conta pela poluição, deve ganhar força nos próximos anos. Segundo a especialista, a China já está agindo nesses temas.

"A China está criando um processo de desenvolvimento verde muito grande. Inclusive existe a parte da Rota da Seda, que é a Rota da Seda verde. O Brasil também está nessa fronteira […] e, principalmente, na verdade, dentro do G20. É uma pauta superimportante que permeia todas as discussões do G20, discussões da governança global."

Nas relações comerciais, a especialista entende que as exportações de commodities e produtos do setor primário para a China devem continuar a figurar com destaque. Por outro lado, espera-se que setores mais tecnológicos e de maior valor agregado sejam importados do gigante asiático para ajudar em temas como o da transição energética.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

Saga da Lava Jato contra Gilmar Mendes foi de tentativas de impeachment a monitoramento de falas

 

Para os procuradores, Gilmar Mendes era onipresente, onisciente e onipotente: tudo o que acontecia contra a Lava Jato teria o dedo do ministro

Gilmar Mendes (Foto: Antonio Augusto/SCO/STF)

Conjur A fixação dos procuradores da finada “lava jato” com o ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal, foi desde tentativas de impulsionar, às escuras, seu impeachment — ou o afastamento de processos — até o monitoramento de falas em palestras.

É o que mostram diálogos aos quais a revista eletrônica Consultor Jurídico teve acesso. A compulsão durou todo o período em que há mensagens hackeadas e envolve o uso de associações para soltar notas defendendo a “lava jato” contra falas de Gilmar; a elaboração de comunicados assinados pela assessoria do Ministério Público Federal; e a passagem de lista para processar o ministro por declarações dadas no Plenário do Supremo.

Uma fala de uma procuradora identificada apenas como “Monique” exemplifica a obsessão: “Já está cada vez mais claro que a batalha da Lava Jato passa pela batalha contra GM”, disse ela em 26 de maio de 2017 — os diálogos são reproduzidos nesta reportagem em sua grafia original.

‘Precisamos acompanhar e responder tudo’

Na descrição dos procuradores, Gilmar era onipresente, onisciente e onipotente: para eles, tudo o que acontecia em Brasília e fosse visto como ameaça à “lava jato” tinha o dedo do ministro. Até o silêncio de Gilmar era monitorado, às vezes com apreensão.

“Estou muito desconfiado desse silêncio. Acho que isso indica uma articulação”, disse em 23 de maio de 2017 um procurador identificado como “Danilo” no chat “Winter is Coming”. “Com certeza está aprontando na surdina”, disse “Janice”. “Não há dúvida que está aprontando. Algo no STF”, responde “Luiza”.

Naquele dia, a Polícia Federal prendeu os ex-governadores do Distrito Federal José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz. As acusações contra os políticos envolviam delações de diretores da Odebrecht.

Um ano antes, em agosto de 2016, os procuradores já estavam descontentes com declarações do ministro. Em uma conversa no chat “Parceiros/MPF — 10 medidas”, uma promotora identificada como “Luciana” disse que era preciso “acompanhar” as falas do ministro e responder tudo.

“Gilmar resolveu ser, escancaradamente, o porta-voz da estratégia que acabou com as mãos limpas, aniquilando a imagem do MP perante a sociedade. Respostas precisam ser dadas. A sociedade entende que quem cala consente”, afirmou ela.

“A veja me pediu uma entrevista sobre as 10 medidas. A Ascom deu ok. Vocês acham que devo falar algo em relação ao ministro Gilmar”, pergunta “Thamea” aos colegas no mesmo dia. As respostas dizem que não, e que é melhor usar a reação de associações e notas ou manifestações das “entidades da sociedade civil” que apoiam a “lava jato”.

“O que vocês sugerem fazer? Nota da ANPR (Associação Nacional de Procuradores da República)? Abaixo assinado de todos?”, questiona “Thamea”. Ela mesmo responde a indagação momentos depois. “ANPR tem que se manifestar então. Manifestações da sociedade civil acho que também conseguiremos.”

O modus operandi de soltar notas via ANPR para se defender sem se expor era prática comum. Em um diálogo de abril de 2018, o procurador Diogo Castor sugeriu uma manifestação da associação em sua própria defesa. Na ocasião, Gilmar criticou o potencial conflito de interesses na atuação de Diogo.

“Prezados, sobre a fala do Gilmar Mendes em relação a mim, duas opções: 1) emitir nota da ANPR. 2) ignorar. O que acham melhor? Gilmar sempre bate e ninguém faz nada. Por isso ele continua”, diz Diogo. Em seguida, ele afirma que redigiu uma nota para a ANPR.

“Tem que responder. A ausência de resposta pode ser mal interpretada, como se ele, Gilmar, possa ter alguma razão”, disse outro procurador. Januário Paludo concorda: “Acho que vale nota nossa e da ANPR em relação ao que nos toca”.

Os procuradores fofocavam entre si até antes de o ministro alguma qualquer coisa. “Gente, preparem-se, porque eu o vi entrando em um evento no Royal Tulip, sobre perícia”, disse um procurador. “Imagina se ele não vai vociferar…”, respondeu a procuradora “Janice”.

Bretas, o ‘evangélico ponta firme’

As decisões do ministro irritavam os procuradores ainda mais do que as declarações. Em 17 de agosto de 2017, Gilmar derrubou uma decisão do juiz Marcelo Bretas — da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, atualmente afastado do cargo — contra os empresários Jacob Barata Filho e Lélis Teixeira, donos de empresas de ônibus no Rio. Deltan Dallagnol, coordenador da “lava jato”, reagiu prontamente.

“Caros, a decisão do Gilmar é absurda. Acho que vale a pena o MUDE repercutir e se posicionar. E mais, a decisão do GM é contra o Bretas, evangélico ponta firme (pelo que se fala)”, diz Dallagnol.

A insatisfação durou alguns dias. Em 19 de agosto, os procuradores começaram a planejar modos de afastar Gilmar do caso. Uma das maneiras propostas foi pressionar a ministra Cármen Lúcia para que Gilmar fosse declarado impedido.

“Pessoal, a única solução para o Gilmar será a turma aceitar seu impedimento”, disse “Luiza”. O procurador José Robalinho mostra pessimismo: “infelizmente não vai rolar”. Uma pessoa identificada como “Eduardo” diz que a pressão “tem que ser em cima de Cármen Lúcia”.

Outro colega sugere a edição de notas apócrifas. “Essa postura do ministro não merece uma resposta da ANPR, ou já nos acostumamos aos decretos e devaneios do Gilmar?. Acho que é uma boa hora de a ANPR dar uma cutucada no STF, para ajudar a isolar Gilmar”, diz “Hélio”.

Para “cutucar” Gilmar, valia se aliar a qualquer um. Em 25 de agosto, os procuradores comemoraram declarações do então deputado Onyx Lorenzoni contra o ministro.

Onyx, que anos depois admitiria ter feito caixa dois, foi tratado como “paladino”. “Virei fã. Nosso paladino. Toma Gilmar”, disse uma pessoa não identificada na conversa.

‘Precisamos de um estopim’

Os procuradores não ficaram só na tentativa de afastar Gilmar de casos da “lava jato”. Em 12 de abril de 2018, Dallagnol disse que eles deveriam atuar por um pedido de impeachment no Senado. Segundo o chefe da autoapelidada força-tarefa, no entanto, a solicitação deveria ficar em suspenso até que houvesse algum “estopim”.

“Esse Gilmar já passou da linha de limite há muito tempo. É de se pensar se não vamos além e representamos em algum momento ao Senado pelo impeachment. Precisamos, contudo, de um estopim.”

Em 16 de setembro do mesmo ano, o assunto ressurgiu. Na ocasião, os procuradores estavam incomodados com uma decisão de Gilmar mandando soltar Beto Richa, ex-governador do Paraná. A soltura ocorreu dois dias antes do diálogo.

“Dá pra deixar algo pronto. E talvez fazer antes”, disse Dallagnol. “A chance de impeachment do Gilmar é abaixo de zero. A questão é se fazemos a operação ou não. Se fizermos, seremos criticados e o GM vai descer a lenha em nós. Se não fizermos, seremos tachados de omissos”. Na ocasião, eles conversavam sobre uma operação contra o irmão de Richa, que acabaria por ocorrer no final do mês, depois da decisão de Gilmar que soltou o ex-governador.

Lista para processar Gilmar

Em 15 de março de 2019, os procuradores cogitaram processar Gilmar e chegaram a começar uma lista de interessados no processo. Na ocasião, eles estavam irritados com falas do ministro sobre a “lava jato”.

“Na sessão de ontem o ministro Gilmar Mendes ultrapassou todos os limites nas críticas, ofendeu de maneira contundente e por diversas vezes, ao proferir seu voto, os colegas da Lava Jato, o Ministério Público e as tratativas que resultaram na previsão da criação da fundação”, diz Roberson Pozzobon.

Gilmar havia criticado a tentativa de criar um fundo privado de “combate à corrupção” com dinheiro da Petrobras. A própria Procuradoria-Geral da República, em um pedido enviado ao Supremo, conseguiu barrar a criação do fundo.

“Pessoal, precisamos decidir se vamos pra cima do Gilmar com ação cível e criminal”, diz Dallagnol, que puxa o coro pelo processo. Ele sugere de novo uma tentativa de impeachment. O motivo? “Adjetivações” contra a “lava jato”.

“Se queremos o impeachment do GM, é algo que a meu ver contribui nessa direção. Será um repositório de todas as adjetivações que já usou contra nós”, fala Dallagnol.

Em seguida, “Welter” puxa a lista dos que já toparam processar o ministro: “QUEM VAI PROCESSAR O GILMAR MENDES: 1) Januário; 2) Deltan). Vamos resolver essa questão do processo”.

Fonte: Brasil 247 com informações do Conjur

Ratinho vai responder na Justiça pela acusação de incitação à homofobia em seu programa

 

Ratinho vai responder na Justiça Federal pela acusação de crime de incitação à homofobia em seu programa no SBT

Apresentador Ratinho (Foto: Isac Nobrega - PR)

Ratinho vai responder na Justiça Federal pela acusação de crime de incitação à homofobia em seu programa no SBT. O caso ocorreu em 26 de junho de 2023. Ele comentava a Parada Gay, que acontece tradicionalmente na Avenida Paulista, em São Paulo. Carlos Massa, seu nome verdadeiro, se mostrou contrário à realização da celebração naquele local. O jornal Folha de S.Paulo teve acesso aos autos do processo.

"Deixa a Avenida Paulista para a família, para ir lá brincar com as crianças. Deixa a Avenida Paulista para as famílias. Faz a Parada Gay lá no diabo do sambódromo. Lá pode, porque na minha opinião, a Parada Gay é um outro carnaval dos infernos. Parada gay é um carnaval dos viados e das sapatão, é minha opinião", afirmou.

Racismo - Em 30 de abril de 2024, a bailarina Cintia Mello, conhecida por sua participação no programa do Ratinho, do SBT, expôs os efeitos devastadores de uma "piada" racista feita pelo apresentador durante uma transmissão. Em entrevista à revista Quem, Cintia Mello revelou que sua reação inicial foi de incredulidade diante do ocorrido. A dançarina descreveu o episódio como um momento em que uma brincadeira, encerrada inocentemente, se transformou em humilhação pública.

“Eu já estava em um dia atípico , porque enquanto eu estava trabalhando, minha filha não estava no hospital, então eu não estava muito bem. Quando o meu cabelo foi relacionado ao ‘piolho’, eu não soube mais como reagir. A partir dali, fiquei realmente no automático por ter ficado constrangida”, lembra Cíntia ao citar a fala de Ratinho sobre o seu cabelo. 

Fonte: Brasil 247

Congresso prepara retaliação a Lula e STF por bloqueio de emendas

 

Dino suspendeu a execução de emendas impositivas apresentadas por parlamentares ao Orçamento

Arthur Lira e Lula (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)

Por Felipe Moreira, Infomoney Líderes do Congresso acreditam que houve interferência direta de representantes do governo Lula nas decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, que levaram à paralisação das emendas parlamentares. Com isso, preparam um pacote retaliações aos Poderes Executivo e Judiciário. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Dino suspendeu a execução de emendas impositivas apresentadas por parlamentares ao Orçamento, condicionando a validade da medida até que o Congresso crie novos procedimentos para garantir a transparência da liberação dos recursos.

Nas últimas semanas, o ministro do STF também suspendeu a execução das chamadas “emendas Pix”, as emendas individuais dos parlamentares, além de determinar regras de transparência para as emendas de comissão.

Nesta sexta-feira (16), o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, rejeitou o recurso do Congresso para reverter as decisões liminares de Dino.

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, e outros líderes preparam uma PEC para restringir quem pode apresentar ADIs (ações diretas de inconstitucionalidade, que muitas vezes questionam decisões legislativas).

Outra medida é determinar que cada ministro do governo tenha a obrigatoriedade de apresentar bimestralmente na Comissão Mista de Orçamento (CMO) uma prestação de contas da execução orçamentária de cada pasta, o que seria uma forma de cobrar mais transparência do Executivo.

Além disso, a oposição pressiona para que Lira dê início à tramitação da PEC que limita as decisões individuais de ministros do STF. A matéria foi aprovada em novembro pelo Senado e, desde então, está parada na Câmara.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Barroso rejeita pedido do Congresso para derrubar suspensão de pagamentos de emendas impositivas

 

Presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, defende solução consensual entre os Três Poderes para a questão das emendas parlamentares

Ministro Luis Roberto Barroso, do STF (Foto: Carlos Alves Moura/SCO/STF)

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, negou na madrugada desta sexta-feira (16) o pedido do Congresso Nacional para anular a decisão do ministro Flávio Dino, que suspendeu o pagamento de emendas impositivas.

Segundo a CNN Brasil, Barroso justificou que a intervenção da presidência do STF deve ocorrer apenas em situações excepcionais, destacando que a decisão de Dino "sinaliza a possibilidade de construir uma solução consensual para a questão, em reunião institucional com representantes dos Três Poderes".

O pedido, encaminhado diretamente ao presidente do STF, foi assinado pelas mesas diretoras do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, com apoio de partidos como PL, União Brasil, PP, PSD, PSB, Republicanos, Solidariedade, PSDB, MDB, PDT e PT.

Nesta sexta, o STF também iniciou o julgamento sobre as restrições ao pagamento das “emendas PIX” e a suspensão das emendas impositivas. Os ministros têm 24 horas para avaliar as decisões monocráticas do ministro Flávio Dino, que exigiu que as emendas sigam critérios de publicidade, transparência e rastreabilidade.

Até o momento, os votos computados são dos ministros Flávio Dino, André Mendonça e Edson Fachin. Ambos votaram a favor da manutenção da suspensão das emendas parlamentares impositivas até que o Congresso estabeleça novos critérios de transparência.

No seu voto, o ministro Flávio Dino, relator da ação, mencionou que reuniões estão em andamento para se alcançar uma solução consensual que melhore a transparência na execução das emendas. Mendonça, por sua vez, também destacou o esforço para se chegar a um consenso entre os Poderes sobre as emendas impositivas.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Cenipa atualiza relatório sobre queda de avião da Voepass

 

Acidente de voo que seguia para Guarulhos matou 62 pessoas na última sexta-feira (9)

Destroços de avião da Voepass após queda da aeronave em Vinhedo (SP) (Foto: REUTERS/Carla Carniel)

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) atualizou o relatório referente à investigação da queda do avião da Voepass em Vinhedo, no interior de São Paulo, que resultou na morte de 62 pessoas na última sexta-feira (9). A nova atualização aponta que a tripulação perdeu o controle da aeronave durante o voo. Em uma publicação anterior, o órgão havia informado que “a aeronave perdeu altitude subitamente e colidiu contra o solo”.

“Durante o voo em rota, a tripulação perdeu o controle da aeronave”, diz o documento atualizado na tarde desta quinta-feira (15), de acordo com Metrópoles.

Saiba mais -Um avião da Voepass sofreu uma pane elétrica em pleno voo na noite desta quinta-feira (15) e a tripulação optou por fazer um pouso no aeroporto de Uberlândia, em Minas. De acordo com o jornal O Globo, a aeronave saiu de Rio Verde, em Goiás, e após uma hora de voo pediu prioridade para o pouso. A empresa confirmou o desvio da rota e disse que houve "uma questão técnica" com a aeronave. O destino final seria Guarulhos, o mesmo que o avião acidentado na última sexta-feira seguia.

Pane elétrica é um incidente grave e o avião fica totalmente no escuro. A falha pode causar perda de instrumentos e sistemas críticos, impacto nos sistemas de comunicação e falhas nos sistemas de iluminação e instrumentação.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Ministros do STF já suspeitam de quem vazou as mensagens de Alexandre de Moraes

 

Homem é peça-chave na troca de mensagens

Alexandre de Moraes (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

Ministros do Supremo suspeitam que o ex-assessor Eduardo Tagliaferro foi quem vazou as mensagens do gabinete de Alexandre de Moraes, revela o jornalista Guilherme Amado em sua coluna no Metrópoles

“Tagliaferro é peça-chave na troca de mensagens. Ele foi preso por violência doméstica e disparo de arma de fogo em maio de 2023, em Caieiras, na região metropolitana de São Paulo, quando ele teve o celular apreendido”, indica o jornalista.

Saiba mais -  Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi preso em 9 de maio de 2023 por violência doméstica e disparo de arma de fogo. O incidente ocorreu em Caieiras, na região metropolitana de São Paulo, quando Tagliaferro, segundo o boletim de ocorrência, chegou em casa "alterado" e atirou contra a vítima. No mesmo dia, ele foi exonerado do cargo.

Tagliaferro trabalhava desde agosto de 2022 como chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE. Ele está no centro de uma recente reportagem da Folha de S.Paulo, que aponta um suposto uso indevido da estrutura do Tribunal Superior Eleitoral para perseguir aliados de Jair Bolsonaro no inquérito das fake news, do qual Moraes é o relator no Supremo Tribunal Federal (STF).

A reportagem gerou reações entre os apoiadores de Bolsonaro, que pediram o afastamento de Moraes e protocolaram um pedido de impeachment do ministro no Senado. Contudo, segundo o Metrópoles, senadores acreditam que Moraes atuou dentro dos limites legais, e o pedido não deve prosperar.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Bolsonaro dobra a aposta e confirma presença em ato pelo impeachment de Alexandre de Moraes

 

Jair Bolsonaro é alvo de inquéritos relatados pelo ministro do STF

(Foto: ABr)

Jair Bolsonaro (PL) confirmou sua participação na manifestação pró-impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que será realizada na Avenida Paulista, em São Paulo, no próximo dia 7 de setembro. A informação foi dada por Bolsonaro ao jornalista Igor Gadelha, do portal Metrópoles.

A manifestação está sendo organizada pelo pastor-empresário Silas Malafaia e terá como pauta oficial a suposta defesa do "Estado Democrático de Direito". Contudo, Malafaia e outros aliados de Bolsonaro, como o senador Magno Malta (PL-ES) e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), prometem fazer discursos contundentes contra Moraes durante o evento.

Malafaia já havia antecipado que esperava a presença de Bolsonaro na manifestação, mas acredita que ele não fará um discurso direcionado ao ministro do STF. Isso se deve ao fato de Bolsonaro ser alvo de inquéritos relatados por Moraes, o que pode gerar complicações jurídicas.

De acordo com o pastor, a reserva da Avenida Paulista junto à Prefeitura de São Paulo foi feita há cerca de 10 dias, antes da publicação da reportagem da Folha de S. Paulo que apontou equivocadamente um suposto uso extraoficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por Moraes. Para Malafaia, após essa matéria, a manifestação deve ganhar ainda mais força.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Voepass: avião tem pane elétrica em voo para Guarulhos e faz pouso em Uberlândia

 

O destino final seria Guarulhos, o mesmo que o do avião acidentado na última sexta-feira seguia

(Foto: Divulgação)

Um avião da Voepass sofreu uma pane elétrica em pleno voo na noite desta quinta-feira (15) e a tripulação optou por fazer um pouso no aeroporto de Uberlândia, em Minas. De acordo com o jornal O Globo, a aeronave saiu de Rio Verde, em Goiás, e após uma hora de voo pediu prioridade para o pouso. A empresa confirmou o desvio da rota e disse que houve "uma questão técnica" com a aeronave. O destino final seria Guarulhos, o mesmo que o avião acidentado na última sexta-feira seguia.

Pane elétrica é um incidente grave e o avião fica totalmente no escuro. A falha pode causar perda de instrumentos e sistemas críticos, impacto nos sistemas de comunicação e falhas nos sistemas de iluminação e instrumentação.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Mega-Sena não tem ganhadores e prêmio acumula em R$ 55 milhões

 

Números sorteados foram: 01 - 17 - 30 - 40 - 48 - 50

Mega-Sena (Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil)

Agência Brasil - Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 2.762 da Mega-Sena, sorteadas nesta quinta-feira (15) no Espaço da Sorte, em São Paulo. Com isso, o prêmio da faixa principal acumulou e está estimado em R$ 55 milhões para o próximo sorteio, no sábado (17).

Os números sorteados foram: 01 - 17 - 30 - 40 - 48 - 50
A quina teve 43 apostas ganhadoras e cada uma vai receber R$ 74.103,86. Já a quadra registrou 3.574 ganhadores, com prêmio de R$ 1.273,66 para cada. 

As apostas para o próximo concurso podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa em todo o país, ou pela internet. No caso das lotéricas, os estabelecimentos podem fechar antes das 19h. O jogo simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 5.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Pagamentos do Bolsa Família de agosto começam na segunda-feira (19)

 

Os pagamentos são definidos de acordo com o Número de Identificação Social (NIS)

(Foto: Roberta Aline/MDS)

A Caixa Econômica Federal inicia no dia 19 de agosto de 2024 o calendário de pagamentos do Bolsa Família, informa o jornal O Globo. Os primeiros a receber são os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) final 1. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), os pagamentos são realizados nos últimos 10 dias úteis de cada mês, com exceção de dezembro, quando o calendário é antecipado.

Beneficiários que residem em municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública, reconhecidos pelo governo federal, terão o pagamento antecipado. No Rio Grande do Sul, 658 mil famílias terão o benefício creditado de forma unificada no primeiro dia de repasse, independentemente do número final do NIS.

Calendário de agosto:

  • 19 de agosto de 2024: NIS final 1
  • 20 de agosto de 2024: NIS final 2
  • 21 de agosto de 2024: NIS final 3
  • 22 de agosto de 2024: NIS final 4
  • 23 de agosto de 2024: NIS final 5
  • 26 de agosto de 2024: NIS final 6
  • 27 de agosto de 2024: NIS final 7
  • 28 de agosto de 2024: NIS final 8
  • 29 de agosto de 2024: NIS final 9
  • 30 de agosto de 2024: NIS final 0
O Bolsa Família garante um pagamento mínimo de R$ 600 por família, com adicionais de R$ 150 por criança de até 6 anos, R$ 50 por gestantes e crianças e adolescentes de 7 a 17 anos, e R$ 50 por bebê de até seis meses. Para se qualificar, a renda mensal familiar per capita deve ser de até R$ 218.

Além de atender ao critério de renda, os beneficiários precisam cumprir contrapartidas como manter crianças e adolescentes na escola, realizar acompanhamento pré-natal no caso de gestantes e manter as carteiras de vacinação atualizadas.

Para consultar o valor do benefício e as datas de pagamento, os beneficiários podem acessar os canais oficiais da Caixa Econômica Federal e do MDS.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Pablo Marçal avança entre eleitores bolsonaristas em SP

 

Crescimento de Marçal preocupa ala da campanha alinhada a Bolsonaro, que cobra respostas mais firmes de Nunes

Pablo Marçal no debate da Band (Foto: Reprodução Band)

Pesquisas internas da campanha de Ricardo Nunes (MDB) indicam um crescimento do coach de extrema-direita Pablo Marçal entre o eleitorado bolsonarista. Esse avanço ocorre após sua postura agressiva nos debates, que vêm conquistando apoiadores de Bolsonaro.

Segundo a jornalista Bela Megale, em sua coluna no jornal O Globo, "os dados trouxeram preocupação e pessimismo para a ala da equipe que está alinhada a Bolsonaro. O grupo passou a cobrar de Nunes gestos diretos ao ex-presidente e maior exposição de nomes ligados ao capitão reformado."

A jornalista também aponta que "a avaliação desse segmento é que Nunes tem mantido o vice, coronel Mello Araújo, em segundo plano, mesmo após a indicação ter sido feita sob pressão e ameaça de Bolsonaro de retirar seu apoio à candidatura do prefeito."

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

"Não quero que a inflação volte", diz Lula, ao falar sobre o futuro Banco Central

 

Presidente também afirmou que não haverá "loucura" na condução da política monetária

Lula em entrevista à Rádio T (Foto: RicardoStuckert/PR)

Em entrevista concedida nesta quinta-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou que o Brasil enfrenta uma pressão significativa devido ao valor do dólar e à inflação americana. Segundo o presidente, a redução da taxa básica de juros no Brasil se tornaria mais viável caso os Estados Unidos optem por diminuir suas próprias taxas em setembro. "Estamos hoje um pouco pressionados pela inflação americana e pelo valor do dólar. Se os americanos começarem a baixar a taxa de juros deles agora em setembro, isso vai facilitar a redução da [taxa Selic] aqui no Brasil", explicou Lula.

O presidente também fez referência à futura substituição de Roberto Campos Neto no comando do Banco Central, cuja posição deverá ser assumida pelo economista Gabriel Galípolo. "Estou trocando o presidente do BC, vou ter que indicar agora porque será substituído no fim do ano. As coisas vão mudando. Não pode fazer nenhuma loucura. Economia não tem loucura, tem bom senso. Se eu fizer uma loucura e perder o controle, a gente vai levar o povo ao desastre. Não quero que a inflação volte", alertou.

O presidente classificou a discussão sobre a redução dos juros como uma "briga eterna" e destacou a importância da circulação de dinheiro na economia. "Baixar o juro é uma briga eterna nesse país. Mas, mesmo se o juro for zero, se o cara não tiver dinheiro, ele não vai consumir. O importante é a circulação do dinheiro", ressaltou.

Além disso, Lula reconheceu que há divergências dentro de seu governo sobre a alocação de recursos, mas enfatizou a importância dos investimentos para o futuro do país. "Sempre provoco o pessoal a discutir o seguinte: custa fazer tal coisa? Vamos nos perguntar quanto custa não fazer? Quanto não custou ao Brasil não fazer as coisas na década de 50?", questionou o presidente, ressaltando a necessidade de uma visão estratégica para o desenvolvimento econômico.

Fonte: Brasil 247 

Maduro rejeita que os EUA sejam a autoridade eleitoral da Venezuela

 

O presidente venezuelano criticou os comentários intervencionistas de Washington sobre as eleições presidenciais

(Foto: Reuters)

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, rejeitou nesta quinta-feira (15) as pretensões do governo norte-americano de “tornar-se a autoridade eleitoral da Venezuela”, após as declarações feitas por alguns responsáveis, incluindo o presidente Joe Biden, sobre as últimas eleições de 28 de julho.

“Rejeito completa e absolutamente que o governo dos EUA pretenda tornar-se a autoridade eleitoral da Venezuela ou de qualquer lugar do mundo”, disse o presidente quando questionado pela imprensa sobre o assunto. 

Além de qualificar a diplomacia desenvolvida por Washington como “imperial e “intervencionista”, questionou o exercício do poder naquele país, uma vez que um porta-voz negou Biden, que tinha dito à imprensa que concordaria com a repetição do processo eleitoral que deu a Maduro um terceiro mandato. 

“O presidente Biden declarou, de forma intervencionista, sobre os assuntos internos da Venezuela [...], deu um parecer e em meia hora alguns porta-vozes do Departamento de Estado negaram. 

O chefe de Estado da Venezuela disse que as autoridades norte-americanas deveriam “revisar o tremendo problema que têm” internamente. Eles têm muitos problemas. Deixe-os ficar com os seus problemas, porque na Venezuela, aqui na nossa pátria, quem manda são os venezuelanos", concluiu. 

O Governo venezuelano denuncia que o objetivo da oposição radical é depor Maduro através de meios insurrecionais, com o apoio dos Estados Unidos e ignorando as instituições venezuelanas, especialmente o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Fonte: Brasil 247