Evolução do Ideb do Paraná
Últimos anos do Ensino Fundamental
Ensino médio
O Banco Central (BC) informou, nesta quinta-feira (15), em Brasília, vazamento de dados pessoais vinculados a 8.032 chaves Pix de clientes do Banco BTG Pactual, em razão de falhas pontuais em sistemas da instituição. As informações foram expostas entre os dias 23 de julho e 5 de agosto deste ano.
Segundo o BC, não foram expostos dados sensíveis como senhas, informações de movimentações, saldos financeiros ou outras informações sob sigilo bancário. As informações vazadas são de natureza cadastral, como nome do usuário, CPF com máscara (com alguns números ocultos), instituição de relacionamento, agência, número e tipo da conta.
As pessoas que tiveram seus dados cadastrais vazados serão notificadas por meio do aplicativo ou pela internet banking da instituição. Segundo o BC, não serão usados outros meios de comunicação aos usuários afetados, como aplicativos de mensagens, chamadas telefônicas, SMS ou e-mail.
O BC informou que foram adotadas as ações necessárias para a apuração detalhada do caso e serão aplicadas as medidas previstas na regulação vigente.
Só neste ano, foram registrados oito episódios de vazamento de dados de instituições financeiras. O BC mantém uma página específica em seu site para registrar incidentes de segurança desse tipo.
Em nota, o BTG Pactual informou "que identificou consultas pontuais, a partir da utilização de números de CPFs obtidos fora do sistema do banco, que permitiram a visualização unicamente dos dados de agência e conta corrente vinculados a esses respectivos CPFs".
O banco afirmou ainda que restringiu o acesso a essas informações imediatamente.
"O BTG Pactual reforça que não houve nenhuma invasão a nenhum sistema do banco, e que não foram expostos dados sensíveis, como dados cadastrais, senhas e outros dados sigilosos. O BTG Pactual reforça, ainda, que a segurança das informações é prioridade e está disponível em caso de dúvidas em seus canais de atendimento", diz a nota.
* Texto atualizado às 22h30 para inclusão da nota do BTG.
Edição: Kleber Sampaio
Fonte: Agência Brasil
A partir desta sexta-feira (16) começa oficialmente a campanha paras as eleições municipais de outubro, sendo liberadas as propagandas e os pedidos de votos, na internet e nas ruas. A campanha ocorre até a véspera da votação, marcada para 6 de outubro.
São permitidos, por exemplo, a distribuição de santinhos, as caminhadas, carreatas, os comícios, o uso de equipamentos de som e outros tipos de manifestação política, bem como a transmissão desses eventos pelas redes sociais.
Pelas regras, os candidatos podem lançar seus sites e pedir votos em perfis de rede social e aplicativos de mensagem, embora seja proibida a contratação de disparos em massa.
Também está proibido pagar para que personalidades e influenciadores veiculem propagandas de candidatos em seus perfis na internet, ainda que essas pessoas possam manifestar voluntariamente o apoio a candidatos e fazer a veiculação gratuita de material de campanha.
O impulsionamento de propagandas na internet - isto é, o pagamento por maior alcance de pessoas - está permitido sob uma série de condicionantes, entre elas a de que a plataforma a oferecer o serviço mantenha um canal de atendimento ao eleitor, por exemplo. Essas exigências fizeram empresas como o Google deixar de participar desse mercado. A big tech anunciou que neste ano não vai permitir propagandas eleitorais em suas plataformas no Brasil.
As propagandas eleitorais que começam hoje (16) não devem ser confundidas com o horário eleitoral gratuito em rádio e TV, que será transmitido de 30 de agosto a 3 de outubro. O uso desses meios de comunicação de massa é mais restrito, sendo proibida a contratação de espaço publicitário além do tempo estipulado pela Justiça Eleitoral para cada partido.
Esse deve ser ainda o primeiro pleito no Brasil diretamente impactado por novas tecnologias de Inteligência Artificial (IA), aquelas capazes de produzir imagens e sons sintéticos muito próximos do real.
Diante da ausência de leis sobre IA no país, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu se adiantar e aprovar regras para regular a utilização desse tipo de tecnologia nas propagandas eleitorais. Pelas regras aprovadas, o uso de “conteúdo sintético multimídia” gerado por IA deve sempre vir acompanhado de um alerta sobre sua utilização, seja em qualquer modalidade de propaganda eleitoral.
Nas peças no rádio, por exemplo, se houver sons criados por IA isso deve ser alertado ao ouvinte antes de a propaganda ir ao ar. Imagens estáticas exigem marca d’água, enquanto material audiovisual deve fazer alerta prévio e estampar a marca d’água. Em material impresso, o aviso deve constar em cada página que contenha imagens geradas por meio de IA.
Em caso de descumprimento, qualquer propaganda pode ser tirada de circulação, seja por ordem judicial ou mesmo por iniciativa dos próprios provedores de serviços de comunicação, prevê a resolução eleitoral que trata do tema.
Além da vedação à desinformação em geral, um dos artigos dessa resolução traz a vedação explícita ao deep fake, proibindo “o uso, para prejudicar ou para favorecer candidatura, de conteúdo sintético em formato de áudio, vídeo ou combinação de ambos, que tenha sido gerado ou manipulado digitalmente, ainda que mediante autorização, para criar, substituir ou alterar imagem ou voz de pessoa viva, falecida ou fictícia”.
Nesse caso, as consequências em caso de descumprimento são mais graves, podendo acarretar a cassação do registro de candidatura ou mesmo do eventual mandato. Há ainda a abertura de investigação por crime eleitoral. Quem divulgar fatos que saiba ser inverídicos sobre partidos ou candidatos, e que sejam capazes de exercer influência sobre o eleitorado, pode estar sujeito a pena de dois meses a um ano de detenção.
Ao se tratar de desinformação, a Justiça Eleitoral tem poder de polícia, isto é, pode determinar de ofício, sem ser provocada, a remoção de material. A ordem de remoção pode ter prazo inferior a 24 horas, se o caso for grave.
Essas ordens podem ser direcionadas a plataformas de redes sociais, por exemplo, que são obrigadas a cumpri-las por meio de acesso identificado aos sistemas, que deve ser comunicado à Justiça Eleitoral.
Todos os detalhes sobre a propaganda eleitoral podem ser encontrados em resolução publicada no portal do TSE.
São aplicadas às propagandas feitas com IA as mesmas regras que valem para os demais tipos de material - tudo deve sempre vir acompanhado da legenda partidária e ser produzido em português.
Uma regra já antiga é que nenhuma propaganda eleitoral pode “empregar meios publicitários destinados a criar, artificialmente, na opinião pública, estados mentais, emocionais ou passionais”. É vedado ainda o anonimato.
Além de divulgar desinformação, também é proibido: veicular preconceitos de origem, etnia, raça, sexo, cor, idade, religiosidade, orientação sexual e identidade de gênero, bem como qualquer forma de discriminação; depreciar a condição de mulher ou estimular sua discriminação; veicular conteúdo ofensivo que constitua calúnia, difamação ou injúria; entre outras.
No caso da campanha na rua, é vedado “perturbar o sossego público”, diz a norma sobre o assunto, seja “com algazarra ou abuso de instrumentos sonoros ou sinais acústicos, inclusive aqueles provocados por fogos de artifício”.
Assim como em pleitos anteriores, continuam proibidos os outdoors, o telemarketing e os showmícios, bem como a utilização de artefato que se assemelhe à urna eletrônica como veículo de propaganda eleitoral.
As caminhadas, passeatas e carreatas estão liberadas, desde que ocorram entre as 8h e as 22h e até a véspera da eleição. Esses eventos podem utilizar carro de som ou minitrio elétrico, assim como em reuniões e comícios. Não há necessidade de autorização pela polícia, mas as autoridades de segurança precisam ser avisadas com, no mínimo, 24 horas de antecedência ao ato de campanha.
As normas eleitorais detalham ainda a potência máxima que deve ter cada um desses equipamentos sonoros - 10.000W para carros de som, 20.000W para ministros e acima disso para trios elétricos, permitidos somente em comícios. Ainda assim, tais ferramentas só podem ser utilizadas no contexto de algum evento eleitoral, nunca de forma isolada.
Outra proibição antiga é a confecção ou distribuição diretamente ao eleitor de brindes como chaveiros, bonés ou canetas. Estão liberados, contudo, os adesivos e broches. As camisetas podem ser entregues somente aos cabos eleitorais.
Essas e outras autorizações e proibições sobre propaganda eleitoral podem ser vistas numa cartilha produzida pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE).
Qualquer pessoa que flagrar alguma irregularidade pode denunciá-la à Justiça Eleitoral por meio do aplicativo Pardal, disponível para celulares com sistema operacional Android ou iOS.
O TSE disponibiliza também o Sistema de Alertas de Desinformação Eleitoral (Siade), que pode ser acionado em casos de desinformação, ameaças e incitação à violência, perturbação ou ameaça ao Estado Democrático de Direito, irregularidades no uso de IA, comportamentos ou discursos de ódio e recebimento de mensagens irregulares.
Edição: Graça Adjuto
Fonte: Agência Brasil
De acordo com os dados mais recentes da PNAD Contínua divulgados pelo IBGE, o ganho mensal médio das pessoas empregadas no Estado passou de R$ 3.239 no 2º trimestre de 2023 para R$ 3.457 no 2º trimestre de 2024. Com isso, os trabalhadores do Paraná passaram a ter o 7ª maior rendimento médio do Brasil.
A renda média dos trabalhadores no Paraná aumentou 6,7% em um ano – entre o 2º trimestre de 2023 e o 2º trimestre de 2024. O percentual representa a variação dos ganhos mensais das pessoas com 14 anos ou mais ocupadas no Estado, cujos dados mais recentes integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgados nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outro avanço ocorreu na equidade de gênero, com as mulheres diminuindo a diferença de remuneração para os homens no Estado.
No intervalo entre os dois trimestres analisados, que compreendem o período entre abril e junho dos dois anos mais recentes, o rendimento médio dos trabalhadores passou de R$ 3.239 para R$ 3.457 ao mês no Paraná. Essa melhoria representou o 7º maior aumento proporcional entre os 26 estados e o Distrito Federal para o período, em que apenas 10 unidades da Federação registraram ampliação no rendimento médio das pessoas empregadas.
Em nível nacional, o rendimento médio dos trabalhadores brasileiros cresceu cerca de 5,8% no intervalo de um ano, subindo de R$ 3.037 no 2º trimestre de 2023 para R$ 3.214 no mesmo período deste ano.
O 2º trimestre de 2024 também marca o 6º trimestre seguido de aumento na remuneração média das pessoas que trabalham no Paraná. O desempenho fez com que o Estado ultrapassasse o Mato Grosso do Sul na remuneração média dos trabalhadores nos 12 últimos meses analisados. Com isso, o Estado tem agora os empregados com o 7º maior rendimento médio mensal do Brasil.
Segundo o presidente do Ipardes, Jorge Callado, o aumento real dos salários no Paraná, acima dos índices de inflação, é consequência de um mercado de trabalho aquecido. “O Estado vem registrando seguidos decréscimos nas taxas de desocupação, o que ajuda a impulsionar o salário médio dos trabalhadores”, comentou.
PARIDADE DE GÊNERO – Além do crescimento geral da renda dos trabalhadores, o mercado de trabalho paranaense também demonstra uma evolução na redução das desigualdades de gênero. Apesar disso, o levantamento do IBGE demonstra que ainda há espaço para mais avanços.
Enquanto o rendimento médio das mulheres ocupadas cresceu quase 9%, passou de R$ 2.667 para R$ 2.906, a remuneração dos homens variou 5,6%, subindo de R$ 3.659 para R$ 3.865. Com isso, a diferença nos ganhos por gênero caiu de R$ 992 para R$ 959 ao mês.
ATIVIDADES – A PNAD Contínua também apresenta dados de rendimento dos trabalhadores segmentados conforme a ocupação para diferentes setores econômicos no Paraná.
Com uma renda mensal média de R$ 4.837, os empregados da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais aparecem no topo da lista. Depois, estão os trabalhadores das áreas de informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativos, com ganho médio de R$ 4.318 ao mês.
A lista inclui ainda os trabalhadores relacionados às atividades de transporte, armazenagem e correios, com renda média de R$ 3.722; os ligados ao comércio e reparação de veículos (R$ 3.100); indústria de transformação (R$ 3.042); construção civil (R$ 2.812); agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (R$ 2.731); e alojamento e alimentação (R$ 2.506).
Na avaliação do secretário estadual do Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes, a melhoria da condição financeira dos trabalhadores é reflexo do dinamismo da economia do Paraná. “O Estado tem uma economia sólida e que vem atraindo novos investimentos, o que faz com que tenhamos uma das menores taxas de desocupação do País, de apenas 4,4%, e favorece a oferta de vagas mais atrativas aos trabalhadores”, afirmou
MASSA DE RENDIMENTO – Outro indicador contido na PNAD Contínua do IBGE é a chamada Massa de Rendimento. Ela refere-se à multiplicação do número total de pessoas ocupadas pelo rendimento médio, o que ajuda a retratar o impacto financeiro gerado pelos trabalhadores na economia.
No caso do Paraná, a massa de rendimento de todos os trabalhadores totalizou R$ 20,543 bilhões no 2º trimestre de 2024, contra R$ 18,779 bilhões no mesmo período do ano passado, um aumento de 9,39% em um ano. A variação deste indicador acima da referente ao rendimento pode ser explicada pelo crescimento no número geral de postos de trabalho no Estado, com a consequente redução na taxa de desocupação estadual.
Os dados completos sobre a PNAD Contínua relacionados ao Paraná, incluindo informações sobre o rendimento dos trabalhadores, podem ser consultados no sistema Sidra do IBGE.
Fonte: AEN
Dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023 foram divulgados nesta quarta-feira (14) pelo Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em Brasília.
Paraná tem a melhor educação do Brasil no ranking geral do Ideb (Foto: Jaelson Lucas/Arquivo AEN)
O Paraná tem a melhor educação do Brasil tanto no ensino médio quanto no ensino fundamental (anos iniciais e finais). É o que apontam os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023 divulgados nesta quarta-feira (14) pelo Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em Brasília.
Entre 2021 e 2023, o Paraná aumentou de 4,8 para 4,9 a sua nota no Ideb no ensino médio, o que inclui as escolas públicas, sob gestão do Governo do Estado, e as escolas privadas e institutos federais. Com isso, o Estado manteve a liderança nacional alcançada em 2021, permanecendo à frente de Goiás e do Espírito Santo, ambos com nota 4,8. A média nacional é de 4,3.
Apenas na rede estadual a nota do Ensino Médio do Paraná é de 4,7, muito próxima de Goiás, com 4,8. Houve uma evolução de 0,1 em relação ao ranking de 2021.
Nos últimos anos do ensino fundamental, que engloba estudantes do 6º ao 9º ano, o Ideb do Paraná passou de 5,4 para 5,5. A alta fez com que o Estado, que era 3º colocado na avaliação de 2021, assumisse a liderança também neste recorte, empatado com os estados do Ceará e Goiás, que também obtiveram índice 5,5. A média nacional ficou em 5.
O Paraná também lidera a classificação de rede pública nessa faixa etária, com 5,4, acima de Ceará e Goiás.
Durante a divulgação dos dados, o Paraná foi citado pelo MEC como exemplo por ter adotado uma estratégia de forte estadualização das escolas responsáveis pelos últimos anos do ensino fundamental. A medida segue tendência contrária à boa parte do restante do País, em que a gestão da maioria das unidades é feita pelos municípios.
“Novamente o desempenho dos estudantes paranaenses colocou o Estado como melhor do País no ranking geral, reflexo da competência e dedicação dos diretores, professores, pedagogos e funcionários das escolas, principalmente das estaduais”, afirmou Ratinho Junior.
“Mesmo entre os líderes em todos os segmentos, queremos continuar melhorando os nossos índices no Ideb para que o Paraná seja uma referência de ensino público na América Latina”, acrescentou.
Nos anos iniciais do ensino fundamental, cuja gestão é feita pelos municípios, o Paraná também aparece na liderança do Ideb com nota 6,7, acima do Ceará, que teve um índice de 6,6, e de São Paulo, com 6,5. O resultado é reflexo do programa Educa Juntos, no qual a Secretaria de Estado da Educação orienta as gestões municipais com materiais didáticos, formação de professores e seminários.
Segundo o Ministério da Educação, os dados estratificados do Ideb e os dados individuais de cada escola devem ser divulgados ao longo desta quarta-feira (14).
ÍNDICE – Criado em 2007 pelo MEC, o Ideb é o principal indicador de qualidade da Educação do Brasil, sendo divulgado a cada dois anos pelo Inep. A avaliação considera o índice de rendimento escolar (aprovação) e as médias de desempenho nos exames do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), conjunto de avaliações aplicadas pelo Inep em larga escala que permite traçar diagnósticos sobre a educação brasileira. O índice é calculado a partir da multiplicação entre os indicadores de desempenho e rendimento, no intervalo de 0 a 10.
Em 2021, o Inep estabeleceu novas diretrizes para o Saeb que previam aplicação digital da avaliação, ampliação das séries abrangidas a partir do 2º ano do ensino fundamental e avaliação das quatro áreas do conhecimento da Base Nacional Comum Curricular: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas. Até a edição mais recente do Saeb, no entanto, apenas as áreas de conhecimento avaliadas foram alteradas.
Confira os resultados do Ideb Paraná (todas as redes, estadual, municipal, federal e privada):
Ensino Médio – 4,9
Últimos anos do Ensino Fundamental – 5,5
Primeiros anos do Ensino Fundamental – 6,7
Ranking nacional dos estados:
Ensino Médio