quinta-feira, 15 de agosto de 2024

EDUCAÇÃO BÁSICA: Apucarana obtém a maior nota do IDEB no PR

 O município também foi o melhor entre os estados da região sul e se qualificou em terceiro lugar no ranking nacional


O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), órgão ligado ao Ministério da Educação, divulgou ontem (14/8) o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), edição de 2023. Apucarana conquistou a nota 7,6 nos anos iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º Ano) e segue em primeiro lugar no ranking dos municípios de médio e grande porte do Paraná.

A educação básica de Apucarana também obteve a melhor nota entre todos os municípios de médio e grande porte do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. E, além disso, Apucarana alcançou ainda a terceira melhor nota em âmbito nacional, ficando atrás apenas de Sobral (Ceará) e Rio Verde (Goiás).    

O cálculo do IDEB leva em consideração a taxa de aprovação e o rendimento dos estudantes na prova SAEB – Sistema de Avaliação da Educação Básica -, nas áreas de Matemática e Língua Portuguesa. “Esta é a quarta edição consecutiva do IDEB em que Apucarana figura como o município paranaense que oferece a melhor formação básica às suas crianças, entre os municípios de médio e grande porte (acima de 100 mil habitantes). Parabéns aos diretores, coordenadores, professores e demais servidores da Autarquia Municipal de Educação pelo brilhante trabalho que vocês vêm realizando nos nossos CMEIs e Escolas,” enaltece o prefeito Junior da Femac.  

A secretária Marli Fernandes acredita que os excelentes resultados que o município vem alcançando nas últimas edições do IDEB estão diretamente relacionados aos investimentos feitos pela administração na pasta da educação. “Além da língua portuguesa, os nossos estudantes têm aulas de inglês, espanhol e libras. O município também desenvolve projetos de educação ambiental, educação financeira e cidadania para o trânsito, entre outros, nos CMEIS e Escolas. E, desde 2022, nossos professores e estudantes dispõem de um dos melhores sistemas de ensino do país, o Maxi, para dar suporte ao processo de ensino e aprendizagem,”pontua a secretária.

Entre os municípios paranaenses com mais de 100 mil habitantes, Apucarana alcançou a nota 7,6 nesta edição do IDEB, seguida por Foz do Iguaçu (7,4), Maringá (7,2), Arapongas (7,2), Londrina (6,9), Campo Largo (6,9), Cascavel (6,8), Toledo (6,8), Cambé (6,7), Ponta Grossa (6,5) e Curitiba (6,3).


O prefeito Junior da Femac destaca que a qualidade da educação municipal de Apucarana vem sendo aferida por diversos órgãos conceituados e especialistas. “Em 2024, Apucarana já recebeu certificação da Associação Internacional de Cidades Educadoras (AICE) pela implantação do ensino de Libras nas suas escolas; foi laureada pelo Prêmio Band Cidades Evolução, por ter sido um dos três municípios paranaenses que mais evoluíram no quesito educação nos últimos três anos; e alcançou ainda o primeiro lugar no Paraná, entre os municípios de médio e grande porte, na Pesquisa Alfabetiza Brasil, do INEP, por conseguir alfabetizar 82,1% dos seus estudantes até o final do 2º Ano do Ensino Fundamental. Agora, o resultado do IDEB, confirma que estamos no caminho certo, investindo o máximo possível na formação das nossas crianças”, assinala o prefeito.

Viviane Pereira da Silva, mãe da Gabriela e do Gabriel, alunos da Escola Municipal Braga Cortes, faz questão de destacar a qualidade do ensino e a estrutura ofertada aos seus filhos. “Eu tinha algum receio em relação ao ensino em tempo integral, mas observei que meus filhos estavam contentes e que o aprendizado era satisfatório. Eles têm boas notas nas provas, participam de atividades extras, como expressão corporal, além das aulas de inglês e espanhol. A escola ganhou, recentemente, uma estrutura renovada e tudo isso contribui para um bom aprendizado das crianças”, avalia Viviane.





Senado vai enterrar pedido bolsonarista por impeachment de Moraes após farsa da Folha

 

Acusações infundadas acabaram sendo considerada uma farsa por muitos senadores

Alexandre de Moraes (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

O Senado Federal decidiu que não avançará com pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, mesmo após tentativas de líderes bolsonaristas. O movimento foi alimentado por uma reportagem falaciosa da Folha de S.Paulo, que acusava Moraes de usar relatórios do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de maneira irregular durante as investigações sobre fake news. Apesar da pressão, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, não pretende abrir espaço para essas ações, reforça reportagem do portal Terra nesta quinta-feira (15).

Lideranças como Damares Alves tentam usar as alegações da reportagem para fundamentar o pedido de impeachment, alegando que Moraes comprometeu a imparcialidade do processo eleitoral. No entanto, o gabinete de Moraes esclareceu que todas as ações foram legais e documentadas, com envolvimento da Procuradoria-Geral da República e que os relatórios simplesmente subsidiaram a Polícia Federal nos inquéritos.

A ofensiva bolsonarista, no entanto, não encontrou eco suficiente no Senado. Rodrigo Pacheco, que preside a Casa, parece determinado a não permitir que o pedido prospere, o que praticamente enterra a tentativa de impeachment. A estratégia de usar a matéria da Folha e de personagens como Glenn Greenwald, que alimentam uma campanha de desinformação, acabou sendo considerada uma farsa por muitos senadores.

Fonte: Brasil 247

Boulos não deve dar importância a “um cidadão daquele tipo”, diz Lula sobre ataques de Pablo Marçal

 

O próprio presidente Lula foi ofendido por Pablo Marçal (PRTB) em debate, na quarta-feira (14)

Guilherme Boulos e Pablo Marçal (Foto: Reprodução / Redes sociais)

InfoMoney - A disputa pela prefeitura de São Paulo (SP), eleição na qual apoia o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, também foi tema da entrevista concedida, nesta quinta-feira (15), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Rádio T, de Curitiba (PR).

O petista faz visita ao Paraná, onde tem uma série de compromissos ao longo do dia. À emissora, Lula também falou sobre economia e tratou da crise política na Venezuela.

Questionado sobre o comportamento do candidato do PRTB à prefeitura da capital paulista, o empresário e influenciador digital Pablo Marçal, que escolheu Boulos como seu alvo principal e vem atacando o deputado federal nos debates, Lula afirmou que a política brasileira foi contaminada pelo uso nocivo das redes sociais. Marçal tem mais de 12 milhões de seguidores apenas no Instagram.

O próprio Lula foi ofendido por Marçal no debate promovido pelo portal Terra, em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo, na quarta-feira (14). A certa altura, quando respondia a Boulos, o candidato do PRTB chamou o presidente de “quadrilheiro”.

“Nós chegamos à era do fim do argumento. As pessoas não dão mais importância ao argumento, mas às bobagens que se fala em uma rede social que, de social, não tem nada. É uma rede digital onde predominam a mentira, a fake news e a maldade”, criticou Lula.

“É isso o que acontece com esses candidatos. Esses caras não têm 2 minutos de argumento para discutir um problema social, não têm 3 minutos para discutir um problema econômico”, prosseguiu o presidente.

Lula, então, aproveitou para dar um conselho a Guilherme Boulos para os próximos debates.

“O trabalho que o Boulos tem de fazer é não dar importância para um cidadão daquele tipo. Não tem que fazer pergunta para ele nem responder pergunta. Deixa ele falar o que quiser”, afirmou.

“O que aconteceu é que a mentira, o ódio e as ofensas ganharam corpo no Brasil. Estamos vivendo este momento muito delicado e, por isso, estou tão preocupado em fortalecer a democracia”, concluiu Lula.

O duelo Marçal x Boulos

Assim como ocorreu no encontro promovido pela TV Bandeirantes na semana passada, Marçal assumiu, no debate do Terra/Estadão, a postura de “franco-atirador” e protagonizou os embates mais acalorados com alguns dos principais adversários na disputa − sobretudo contra os nomes posicionados mais à esquerda do espectro ideológico.

Foi com Boulos que os ânimos mais se exaltaram, quando os dois candidatos trocaram ofensas e, depois de deixarem o palco, precisaram de intervenção externa para se acalmarem.

O deputado federal mencionou investigações das quais o empresário foi alvo, inclusive com uma condenação. “Você não deveria nem estar aqui. No último debate, você diria que deixaria sua candidatura se eu mostrasse sua condenação como ladrão de banco. Eu mostrei, está na rede social, mas você mostrou mais uma vez que não tem palavra”, disparou Boulos.

Em 2010, Marçal foi apontado como suposto participante de um grupo que teria desviado dinheiro de bancos em meados de 2005 – na época, ele tinha 18 anos. Marçal reconheceu que chegou a colaborar com o grupo, mas sempre garantiu não ter conhecimento de qualquer ilegalidade praticada. Ele foi condenado, mas teve a pena extinta em 2018, por prescrição retroativa.

“Você está me confundindo com o quadrilheiro chamado Luiz Inácio Lula da Silva e as pessoas que você tanto apoia, como José Genoino, José Dirceu… Você é o PT Kids na prefeitura de São Paulo”, rebateu Marçal.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Congresso deve apresentar recurso ao STF contra decisão de Flávio Dino sobre emendas

 

A determinação do ministro suspendeu todas as emendas impositivas do Congresso Nacional

Rodrigo Pacheco e Arthur Lira (Foto: Agência Senado)

Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devem apresentar nesta quinta-feira (15) um recurso contra uma liminar do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), divulgada na quarta-feira (14).

A decisão do ministro suspendeu todas as emendas impositivas apresentadas pelo Congresso Nacional, bloqueando a liberação de recursos até que sejam estabelecidas novas regras que garantam a transparência e a rastreabilidade das emendas.

Segundo a Folha de S. Paulo, Lira e Pacheco planejam encaminhar o recurso ao presidente do STF, Luís Roberto Barroso, com o apoio de líderes de partidos políticos. A expectativa é que os parlamentares protocolarão agravos nas ADIs (Ação Direta de Inconstitucionalidade) de Dino sobre as emendas.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Efeito Lula: desemprego cai a 6,9% e é o menor em dez anos

 

A taxa de desemprego caiu de 7,9% para 6,9%. É a menor taxa desde 2014, há 10 anos

Presidente Lula em entrevista à TV Centro América (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Brasil de Fato - A taxa de desemprego recuou em 15 das 27 unidades da federação no segundo trimestre deste ano em relação ao primeiro trimestre. Nos demais locais, a taxa ficou estável. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad-C), divulgada nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A maior queda foi observada na Bahia (-2,9 pontos percentuais), já que o estado passou de uma taxa de desocupação de 14% no primeiro trimestre para 11,1% no segundo trimestre. Apesar disso, o mercado de trabalho baiano apresenta o segundo maior índice do país, ficando atrás apenas de Pernambuco (11,5%).

A média da taxa de desemprego no país caiu 1 ponto percentual, passando de 7,9% para 6,9% no período, conforme divulgado no fim de julho.

Além da Bahia, outros nove estados tiveram queda acima da média nacional: Piauí (-2,4 pontos percentuais, ao passar de 10% para 7,6%), Amazonas (-1,9 ponto percentual, ao passar de 9,8% para 7,9%), Alagoas (-1,8 ponto percentual, ao passar de 9,9% para 8,1%), Tocantins (-1,7 ponto percentual, ao passar de 6% para 4,3%), Acre (-1,7 ponto percentual, ao passar de 8,9% para 7,2%), Espírito Santo (-1,4 ponto percentual, ao passar de 5,9% para 4,5%), Maranhão (-1,1 ponto percentual, ao passar de 8,4% para 7,3%), Ceará (-1,1 ponto percentual, ao passar de 8,6% para 7,5%) e Pará (-1,1 ponto percentual, ao passar de 8,5% para 7,4%).

Minas Gerais e São Paulo tiveram a mesma queda da média nacional, sendo que o primeiro recuou de 6,3% para 5,3% e o segundo, de 7,4% para 6,4%.

Com quedas menos intensas do que a média nacional, aparecem Goiás (-0,9 ponto percentual, ao passar de 6,1% para 5,2%), Rio de Janeiro (-0,7 ponto percentual, ao passar de 10,3% para 9,6%) e Santa Catarina (-0,6 ponto percentual, ao passar de 3,8% para 3,2%). Este último estado apresentou a taxa mais baixa entre todas as unidades da federação.

Mato Grosso e Rondônia mantiveram-se estáveis e com taxas semelhantes a Santa Catarina (3,3%). Ainda na casa dos 3 pontos, aparece Mato Grosso do Sul, com 3,8%.

Além desses, apresentaram estabilidade na taxa de desocupação, Paraná (4,4%), Rio Grande do Sul (5,9%), Roraima (7,1%), Paraíba (8,6%), Amapá (9%), Sergipe (9,1%), Rio Grande do Norte (9,1%), Distrito Federal (9,7%) e Pernambuco (11,5%).

Rendimento

Apenas quatro estados tiveram aumento de rendimento médio real mensal habitual do primeiro para o segundo trimestre deste ano: Rondônia (8,7%), Pernambuco (8,5%), Ceará (7,2%) e Rio Grande do Sul (5%). As demais unidades da federação mantiveram os valores estáveis.

Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, no entanto, o rendimento cresceu em dez estados: Rio Grande do Norte (19,8%), Bahia (15,9%), Rondônia (13,3%), Maranhão (9,2%), Rio Grande do Sul (8,9%), Minas Gerais (7,5%), Paraná (6,7%), Mato Grosso (6,3%), São Paulo (6%) e Santa Catarina (5,5%).

O Distrito Federal continua com o maior rendimento médio (R$ 5.154), enquanto o Maranhão segue com o menor valor (R$ 2.088).

Fonte: Brasil 247 com informações do Brasil de Fato

Barroso antecipa julgamento sobre suspensão de emendas impositivas

 

O ministro marcou para esta sexta-feira (16) o julgamento sobre a suspensão na execução das emendas parlamentares impositivas ao Orçamento da União

Agência Brasil - O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para esta sexta-feira (16) o julgamento sobre a suspensão na execução das emendas parlamentares impositivas ao Orçamento da União. O caso será analisado no plenário virtual, em sessão de 24 horas.

Ontem (14), o ministro do STF Flávio Dino ordenou a suspensão das emendas, concedendo uma liminar (decisão provisória) que havia sido pedida pelo PSOL. Ele submeteu a decisão a referendo do plenário do Supremo. 

A questão já havia sido incluída na pauta da sessão virtual marcada para 30 de agosto, com duração de uma semana, mas a pedido de Dino o julgamento foi antecipado por Barroso para esta sexta-feira (16). 

O movimento ocorre após reação de congressistas, que na noite da própria quarta (15) decidiram rejeitar, em votação na Comissão Mista de Orçamento (CMO), uma medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que abria crédito extraordinário de R$ 1,3 bilhão para o Poder Judiciário e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

“Não se trata de nenhuma afronta, mas sim da independência do Poder Legislativo como determina a nossa Constituição”, disse o relator da matéria, deputado Caio Gilberto Silva (PL-PB), que negou a ideia de retaliação ao Supremo. 

Na própria quarta, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PL-AL), criticou que decisões monocráticas (individuais) de Dino estejam suspendendo a execução das emendas parlamentares. O deputado disse, por exemplo, que o funcionamento de muitas Santas Casas e hospitais filantrópicos dependem desses repasses feitos por parlamentares. 

"Não podem mudar isso num ato monocrático, quaisquer que sejam os argumentos e as razões, por mais que eles pareçam razoáveis”, disse Lira, que deu a declaração ao comentar as chamadas emendas Pix, que foram suspensas por Dino em 1º de agosto. 

Entenda

Dino é relator de diferentes ações que questionam a dinâmica de direcionamento e transferência de recursos por meio de emendas parlamentares ao orçamento. As regras questionadas dizem respeito, principalmente, a mudanças feitas por emendas constitucionais aprovadas entre 2019 e 2022. 

Desde o início do mês, Dino proferiu ao menos três decisões liminares para suspender a execução de emendas ao Orçamento, atendendo a pedidos da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do PSOL.

Foram suspensas, por exemplo, as emendas de comissão e as chamadas emendas Pix, um tipo de indicação individual feita por parlamentares que permite repasse direto a estados e municípios, mas sem a indicação de destinação específica a projeto, programa ou convênio. Nesse caso, as liminares já foram confirmadas em plenário.

Na quarta (15), a mais recente dessas decisões suspendeu a execução de todas as emendas impositivas, ou seja, com execução obrigatória pelo Executivo, o que inclui emendas individuais e emendas de bancada. 

Em todos os casos, o ministro entendeu que a suspensão é necessária para evitar danos irreparáveis aos cofres públicos e deve durar até que as emendas parlamentares atendam a critérios constitucionais de transparência, rastreabilidade e eficiência. 

Pelas decisões, somente emendas destinadas a obras que estão em andamento e para atendimento de situação de calamidade pública poderão ser pagas. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Câmara 

"A esquerda tem que resgatar sua dimensão esclarecedora e revolucionária", diz José Genoino

 

Ex-presidente do PT defende uma agenda de direitos e alerta para a importância estratégica das eleições municipais de 2024

(Foto: ABR)

Em entrevista ao programa Conversa de Política, José Genoino, ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), destacou a relevância das eleições municipais de 2024 como parte de uma estratégia mais ampla para as eleições presidenciais de 2026. Segundo Genoino, “a eleição de 2026 vai ter três turnos, o primeiro turno é em 2024, o segundo é o primeiro turno de 2026 e depois o terceiro turno. A eleição de 2024 tem repercussão geral no país”.

Ele ressaltou que é necessário que a esquerda apresente uma pauta clara, voltada para as políticas públicas e a participação popular. “Temos que ter uma pauta para discutir o modelo de políticas públicas, para discutir o modelo de participação popular no âmbito municipal. A agenda das cidades tem uma repercussão geral.”

Para Genoino, um dos principais desafios da próxima eleição será enfrentar o discurso da direita, que tenta legitimar suas ideias. “Tem um segundo problema, nós vamos para uma eleição onde a direita vem tentando legitimar seu discurso. Então nós temos que ir para uma eleição onde teremos que falar dos temas imediatos, mas também teremos que falar do futuro. Temos que falar qual a saída, qual o sonho, qual a utopia, para mobilizar parte da sociedade.”

Ele também defendeu que temas como feminicídio, racismo e preconceito devem fazer parte das campanhas eleitorais, destacando que essa não é uma agenda meramente identitária, mas sim de direitos fundamentais. “É uma eleição onde vamos discutir temas como feminicídio, racismo, preconceito, e isso não é agenda identitária, isso é uma agenda de direitos. A grande plataforma eleitoral tem que ser a plataforma dos direitos. Do direito à saúde, ao meio ambiente, ao transporte, à educação, ao lazer, à cultura. São direitos inseparáveis da condição humana.”

Genoino alertou que a esquerda precisa reverter o discurso da violência e do caos que vem sendo difundido. “É por aí que temos que fazer o contraponto do discurso do caos, da violência, do medo da destruição, do negacionismo e etc.”

Para ele, a campanha eleitoral deve ser baseada na militância de rua, mas também integrada com as novas tecnologias. “A gente só faz uma campanha assim se fizer uma campanha de militância, de ir para rua. Temos que trabalhar com duas mãos, ir para rua e uma mão na internet. Combinar essas duas coisas, rua e internet.”

Genoino enfatizou ainda a importância de retomar os valores progressistas que, segundo ele, estão sendo esquecidos pela esquerda. “Temos que fazer um discurso progressista. A esquerda está se desfigurando. Temos valores que não podemos colocar na lata do lixo. A esquerda tem que resgatar sua dimensão esclarecedora e revolucionária.”

Finalizando, o ex-presidente do PT reforçou que a campanha eleitoral de 2024 representa uma oportunidade crucial para a esquerda reafirmar seus projetos e ideais. “Essa campanha é uma grande oportunidade para a gente afirmar valores, projetos. Temos que ser a alternativa do capitalismo neoliberal.”

Assista: 

 

Fonte: Brasil 247

“Delfim sempre reconheceu os méritos do governo Lula”, diz Mantega

 

O ex-ministro Guido Mantega refletiu sobre a trajetória de Delfim Netto e sua relação com os governos do presidente Lula

(Foto: ABR)

O economista Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda dos governos Lula e Dilma, participou de uma entrevista ao programa 30 Minutos, TV 247, onde discutiu a trajetória e o legado de Delfim Netto, economista e ex-ministro do regime militar, que faleceu recentemente.

Mantega destacou o papel de Delfim como um grande defensor do desenvolvimento econômico do país, mencionando seu impacto durante o chamado "milagre econômico". “Delfim Netto foi um grande desenvolvimentista. No período do milagre econômico, o Brasil cresceu mais do que qualquer economia no mundo e a indústria se consolidou”, afirmou.

No entanto, Mantega também ressaltou as limitações do modelo econômico adotado por Delfim durante o regime militar. “Mas era um desenvolvimentismo autoritário. Havia crescimento da riqueza, mas para poucos. Havia muita concentração da riqueza e arrocho salarial”, disse.

O ex-ministro compartilhou suas lembranças de Delfim durante seus anos de formação acadêmica na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP. “Eu me formei em 1971, na FEA, onde Delfim era professor. Tive aula com os Delfim Boys. Delfim controlava a economia mesmo. Era o czar da economia”, comentou.

Mantega também abordou a evolução política de Delfim ao longo dos anos, destacando sua transição para uma postura mais democrática e sua colaboração com os governos de Lula. “Nós da esquerda criticamos muito o Delfim, mas com o passar do tempo ele foi mudando e dialogando. Aprendeu a ser um democrata e se aproximou do governo Lula”, disse. Ele acrescentou: “Delfim sempre reconheceu os méritos do governo Lula. Lula fazia o bolo crescer e distribuía a renda de forma concomitante. Até porque ninguém quer dividir a sua riqueza.”

Mantega conclui refletindo sobre a contribuição intelectual de Delfim. “É um erudito, leu tudo. Eu, Belluzzo e Walter Appel nos encontrávamos às sextas-feiras, depois que saí do governo”, recordou. "Eram sempre conversas muito agradáveis", relembra. Assista: 

Fonte: Brasil 247

O que Zema não faz, Pacheco e Lula fazem: A dívida de Minas tem uma solução

 


A dívida do estado cresceu 45% durante a gestão de Zema, e foi necessário recorrer ao Senado para encontrar uma solução viável para o problema

Romeu Zema (à esq.) e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Divulgação I Ricardo Stuckert / PR)

O povo mineiro acreditou que o moço do interior, com sotaque carregado e espírito empreendedor, seria a solução para a gestão de Minas Gerais. No entanto, a realidade mostrou um cenário diferente: a dívida do estado cresceu 45% durante a gestão de Zema, e foi necessário recorrer ao Senado para encontrar uma solução viável para o problema. Zema foi incapaz de resolver a questão, aumentou seu próprio salário em 300%, concedeu benefícios fiscais bilionários a amigos empresários e impediu o aumento salarial dos servidores do estado, enquanto outras partes do Brasil já haviam implementado ajustes. O governador se revela como mais um exemplo de que o empreendedorismo nem sempre vem acompanhado de competência administrativa. 

A crise financeira gerada pela gestão do partido Novo é profunda, e não há sinais de arrependimento. O problema começou com um benefício concedido ainda no governo de Pimentel, que adiou o pagamento das parcelas da dívida do estado através de uma liminar. Apesar disso, Zema conseguiu aumentar a dívida em 45%. 

Vamos aos fatos: No seu primeiro mandato, Zema foi até a última instância para evitar pagar o mínimo exigido por lei aos professores. Em 2024, o Piso Salarial Nacional é de R$4.580,57, enquanto o valor básico pago pelo governo de Minas para professores em início de carreira é de apenas R$2.652,29, uma defasagem de 57,90%, ou seja, R$1.928,28 a menos do que deveria ser pago. 

Zema recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para não cumprir esses valores, alegando incapacidade financeira do estado, e ofereceu um aumento de apenas 3,62%. Como contraste, em 2023, ele aprovou um aumento de 300% para seu próprio salário. Isso reflete suas prioridades; firmeza com os servidores e generosidade com seu próprio bolso. 

Mas não para por aí. Apesar de sempre afirmar que o estado está em dificuldades financeiras, Zema concedeu isenções fiscais para locadoras de veículos, beneficiando diretamente Salim Mattar, conselheiro de campanha e dono da Localiza. As renúncias fiscais de ICMS e IPVA podem chegar a R$147 bilhões até 2028, enquanto a dívida atual de Minas é de R$166 bilhões. Esses benefícios fiscais significam menos receita para o estado, o que poderia ter sido investido em educação, saúde, cultura e infraestrutura. 

Você pode estar se perguntando: o que Zema propôs em relação à dívida? Após cinco anos à frente de Minas, ele finalmente defendeu o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), um modelo aprovado pelo governo Temer que basicamente congela investimentos essenciais para refinanciar as dívidas. O resultado seria uma dívida de R$210 bilhões, sem que Zema pagasse um centavo adicional, como já ocorreu até agora. 

Essa proposta significaria a deterioração dos serviços públicos, como saúde, educação e segurança, e a falta de investimentos em diversas áreas. Será que essa é realmente a solução? 

Solução - Neste cenário, entram o senador Rodrigo Pacheco e o presidente Lula com uma alternativa viável para Minas Gerais. No dia 14 de agosto, o Senado aprovou o projeto de lei que cria o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). Este programa permitirá que estados e o Distrito Federal renegociem suas dívidas com a União e as paguem em até 30 anos, com redução de juros. 

A proposta é abrangente e prevê que os estados transfiram ativos para a União como parte do pagamento. Em troca, serão realizados investimentos em áreas essenciais como educação, saneamento, habitação, adaptação às mudanças climáticas, transporte e segurança pública.

Além disso, o projeto cria o Fundo de Equalização Federal, que utilizará recursos economizados com o desconto de juros para investimentos nos estados. Uma parte dos recursos poderá ser investida diretamente no estado em vez de ser destinada ao pagamento de juros da dívida. Pelo menos 60% desses investimentos deverão ser aplicados em educação profissional e técnica. 

Devemos acompanhar e pressionar para que esse projeto seja aprovado o mais rápido possível na Câmara dos Deputados. O futuro de Minas Gerais depende da renegociação dessa dívida e da percepção de que a escolha por Zema foi um erro. Precisamos buscar líderes comprometidos com o verdadeiro progresso do estado.

Fonte: Brasil 247

“Uma das grandes distorções da economia brasileira é o juro elevado há muito tempo”, diz Guido Mantega

 

Em entrevista à TV 247, o ex-ministro Guido Mantega critica a política monetária de Campos Neto e defende Gabriel Galípolo

(Foto: ABR)

O economista Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda dos governos Lula e Dilma, concedeu entrevista ao programa 30 Minutos, da TV 247, onde abordou a questão dos juros altos no Brasil e sua visão sobre a atuação do Banco Central.  Mantega destacou o impacto negativo das taxas de juros elevadas na economia brasileira. “Uma das grandes distorções da economia brasileira é o juro elevado há muito tempo”, afirmou. Ele relembrou que o governo Dilma enfrentou dificuldades quando tentou reduzir os juros. “O governo Dilma entrou em crise quando baixamos os juros para um patamar razoável”, comentou.

Durante a entrevista, Mantega também negou rumores de que seu nome havia sido cotado para assumir a presidência do Banco Central. “Nunca houve indicação do meu nome para o Banco Central. Isso foi para jogar lenha na fogueira e facilitar a especulação”, explicou. Mantega expressou apoio ao atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, como possível futuro presidente do Banco Central. “Galípolo é um ótimo quadro e tem todas as condições para ser o próximo presidente do BC. Ele entende de macroeconomia”, afirmou.

O ex-ministro fez críticas à atual gestão do Banco Central, questionando sua suposta independência. “O Banco Central que está aí não é independente. Roberto Campos Neto era ligado ao ex-presidente Bolsonaro e o ajudava. E apoia Tarcísio”, afirmou Mantega, referindo-se ao governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas. “Ele tem uma posição política antagônica ao governo Lula”, concluiu. Assista: 


Fonte: Brasil 247

Por que os diálogos vazados sobre Alexandre de Moraes não são a Vaza Jato da extrema direita

 

Casos são completamente diferentes, afirmam juristas, inclusive críticos de Moraes

Ministro do STF Alexandre de Moraes 18/06/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

The Intercept - Diálogos vazados mostraram que Alexandre de Moraes estaria pedindo informações de forma extraoficial à Justiça Eleitoral para embasar suas decisões no inquérito das fake news. Esse é o foco de uma série de reportagens da Folha de S.Paulo que caíram como uma bomba na tarde de terça-feira, 13 de agosto, gerando interpretações polarizadas sobre o significado das revelações. Seria essa a prova cabal de que o STF estaria agindo para criminalizar os inimigos políticos?

Também atraiu comparações imediatas com a Vaza Jato, uma série de revelações publicadas pelo Intercept Brasil a partir de 2019 que expôs violações flagrantes na Operação Lava Jato. 

Como o assunto é extremamente técnico e legalista, conversamos com especialistas para ajudar a entender o caso.

Logo de saída, é preciso entender a natureza das investigações e o fato de que a justiça eleitoral é um sistema diferente da justiça criminal, com algumas peculiaridades muito importantes.

Leia a íntegra no The Intercept

"Minha preocupação é que uma decisão inconsequente possa ser tomada na próxima reunião", alerta Lindbergh sobre taxa de juros

 

Deputado Federal critica a política monetária atual e alerta para o impacto de possíveis decisões na próxima reunião do Comitê de Política Monetária

(Foto: Divulgação )

O deputado federal Lindberg Farias, em entrevista ao programa Boa Noite 247, expressou preocupações sobre a possibilidade de um aumento na taxa de juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Farias destacou a incerteza quanto à condução da política monetária e teceu críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

"Do ponto de vista técnico, Roberto Campos é uma pessoa que tem suas limitações. A ata do Copom, que menciona a possibilidade de subir os juros novamente, surge em um momento que vai contra a correnteza", afirmou o deputado. Segundo ele, após uma crise nos mercados globais no início de agosto, o Federal Reserve (FED) dos Estados Unidos começou a considerar a redução da taxa de juros devido à desaceleração econômica. "A ideia de aumentar a taxa de juros começou a perder força, e a discussão se concentrou na redução", acrescentou.

Farias também apontou para o contexto inflacionário no Brasil, observando que, de janeiro a julho de 2024, a inflação acumulada foi de 2,7%, a menor para o período desde 1908, segundo dados divulgados pelo Valor Econômico. "Roberto Campos Neto teve que explicar em uma carta aberta ao ministro da Fazenda porque não atingiu a meta da inflação em 2022", disse.

Além disso, o deputado mencionou questões éticas envolvendo o presidente do Banco Central, como denúncias sobre suposta ocultação de contas no Panamá e manutenção de fundos offshore. "A ausência de resposta e o silêncio sobre o assunto sugerem que há algo a ser ocultado", ressaltou Farias, destacando a necessidade de maior transparência.

Quanto à fala de Gabriel Galípolo, diretor do Banco Central indicado pelo atual governo, sobre a possibilidade de alta de juros ainda estar na mesa, Farias interpretou a declaração como uma possível estratégia tática. "Confesso que entendo a decisão de não reduzir a taxa de juros nesta reunião. A mudança no Banco Central não foi bem recebida", disse, explicando que o comitê optou por uma postura cautelosa. Contudo, Farias afirmou acreditar que, com a expectativa de queda nas taxas de juros no mundo, o Brasil também pode ajustar sua política monetária futuramente.

Assista: 

 

Fonte: Brasil 247

"Eu vou ser o próximo líder do PT", afirma Lindbergh

 

Deputado Federal destaca seu papel na construção de um projeto coletivo dentro do Partido dos Trabalhadores e reitera defesa por investimentos públicos

(Foto: Divulgação)

O deputado federal Lindbergh Farias afirmou, em entrevista ao programa Boa Noite 247, que está trabalhando para assumir a liderança do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados. Ele destacou seu empenho na construção de um projeto coletivo dentro da legenda.

"Eu tenho feito um esforço aqui de construção. Eu vou ser o próximo líder do PT. Estou aqui fazendo esse esforço como líder, assumindo o papel de escutar. Às vezes, é melhor ser mais cauteloso em relação às suas opiniões, você não fica tão livre para falar, especialmente quando está construindo algo coletivamente", declarou.

Lindbergh também ressaltou sua posição em relação ao papel do Estado na economia, afirmando ser contra políticas de austeridade fiscal rígidas. "Claro, vocês sabem que eu tenho uma posição a favor de uma maior presença do Estado, com mais investimentos. Sou contra qualquer política de austeridade fiscal muito rígida", disse.

Ele defendeu a importância de o governo Lula manter um ritmo de avanços, sem ceder a pressões por ajustes fiscais excessivos. "Acho que precisamos lutar para avançar, porque o governo Lula tem que prosperar e vai dar certo. Mas, para isso, precisamos cuidar da velocidade. Então, sou contra uma posição social liberal. Não podemos ceder nisso", enfatizou.

Segundo o deputado, o governo precisa continuar investindo no social e na economia, como fez nos oito anos anteriores da administração Lula. "Sempre tivemos uma demarcação clara de campo. Os tucanos sempre diziam que, com ajuste fiscal, viria a confiança, e então os investidores iriam investir na economia e na produção. Para nós, nunca foi assim. Acreditamos que, em momentos como este, o Estado tem que estar presente, tem que investir. O investimento público é fundamental", afirmou Lindbergh.

O deputado ainda expressou preocupação com as limitações fiscais, mas ressaltou que é necessário encontrar soluções que não comprometam o projeto de governo de Lula. "Na questão fiscal, há muitas limitações, e a gente não pode ceder nisso. Não podemos deixar isso acontecer, especialmente porque esse é o projeto de Lula", concluiu.

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Fonte: Brasil 247

Lula se emociona ao relembrar prisão política e agradece apoio do povo: "aquilo marcou a minha vida"

 

“Sou grato ao trabalho que vocês fizeram durante os 580 dias em que fiquei na Polícia Federal. Todo santo dia, durante 580 dias", disse Lula

15.08.2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva é cumprimentado pelos trabalhadores readmitidos pela ANSA, na refinaria Getúlio Vargas, em Araucária - PR (Foto: RICARDO STUCKERT/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou nesta quinta-feira (15) na reabertura da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), em Araucária, região metropolitana de Curitiba, no Paraná. Durante sua fala, Lula relembrou com emoção o período em que esteve preso na capital paranaense e expressou sua gratidão pelo apoio recebido ao longo dos 580 dias de encarceramento.

"Sou muito grato ao trabalho que vocês fizeram durante os 580 dias em que fiquei na Polícia Federal. Tem gente que consegue gravar uma música na cabeça e nunca mais esquece. Para mim, a minha música eram três bons dias: de manhã, de tarde e de noite. Todo santo dia, durante 580 dias, fazendo frio, calor ou chovendo, fosse domingo ou feriado prolongado," disse Lula, emocionado.

Lula também relatou que, antes de se entregar à Polícia Federal, foi aconselhado por amigos a buscar refúgio no exterior, mas optou por enfrentar o processo para provar sua inocência. "Alguns companheiros queriam que eu fosse para o exterior ou para uma embaixada. Mas eu pensava: 'Como ficariam meus amigos e minha família se vissem manchetes dizendo: Lula, o fugitivo?'. Tomei a decisão mais sábia. Decidi me entregar e ficar perto daquele juiz insignificante e daqueles procuradores que formavam uma quadrilha dentro do Ministério Público. Fui lá para provar minha inocência," afirmou.

O presidente também lamentou o impacto negativo na imagem da Petrobras durante aquele período, especialmente para os trabalhadores. “Muitas vezes fiquei deprimido e chorei ao saber que companheiros da Petrobras eram chamados de ladrões em bares e restaurantes. Eles conseguiram criar no imaginário de quem não gosta de nós a ideia de que todos na Petrobras eram corruptos, inclusive os trabalhadores responsáveis por sua grandiosidade," lamentou Lula.

Fonte: Brasil 247