quinta-feira, 15 de agosto de 2024

“Uma das grandes distorções da economia brasileira é o juro elevado há muito tempo”, diz Guido Mantega

 

Em entrevista à TV 247, o ex-ministro Guido Mantega critica a política monetária de Campos Neto e defende Gabriel Galípolo

(Foto: ABR)

O economista Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda dos governos Lula e Dilma, concedeu entrevista ao programa 30 Minutos, da TV 247, onde abordou a questão dos juros altos no Brasil e sua visão sobre a atuação do Banco Central.  Mantega destacou o impacto negativo das taxas de juros elevadas na economia brasileira. “Uma das grandes distorções da economia brasileira é o juro elevado há muito tempo”, afirmou. Ele relembrou que o governo Dilma enfrentou dificuldades quando tentou reduzir os juros. “O governo Dilma entrou em crise quando baixamos os juros para um patamar razoável”, comentou.

Durante a entrevista, Mantega também negou rumores de que seu nome havia sido cotado para assumir a presidência do Banco Central. “Nunca houve indicação do meu nome para o Banco Central. Isso foi para jogar lenha na fogueira e facilitar a especulação”, explicou. Mantega expressou apoio ao atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, como possível futuro presidente do Banco Central. “Galípolo é um ótimo quadro e tem todas as condições para ser o próximo presidente do BC. Ele entende de macroeconomia”, afirmou.

O ex-ministro fez críticas à atual gestão do Banco Central, questionando sua suposta independência. “O Banco Central que está aí não é independente. Roberto Campos Neto era ligado ao ex-presidente Bolsonaro e o ajudava. E apoia Tarcísio”, afirmou Mantega, referindo-se ao governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas. “Ele tem uma posição política antagônica ao governo Lula”, concluiu. Assista: 


Fonte: Brasil 247

Por que os diálogos vazados sobre Alexandre de Moraes não são a Vaza Jato da extrema direita

 

Casos são completamente diferentes, afirmam juristas, inclusive críticos de Moraes

Ministro do STF Alexandre de Moraes 18/06/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

The Intercept - Diálogos vazados mostraram que Alexandre de Moraes estaria pedindo informações de forma extraoficial à Justiça Eleitoral para embasar suas decisões no inquérito das fake news. Esse é o foco de uma série de reportagens da Folha de S.Paulo que caíram como uma bomba na tarde de terça-feira, 13 de agosto, gerando interpretações polarizadas sobre o significado das revelações. Seria essa a prova cabal de que o STF estaria agindo para criminalizar os inimigos políticos?

Também atraiu comparações imediatas com a Vaza Jato, uma série de revelações publicadas pelo Intercept Brasil a partir de 2019 que expôs violações flagrantes na Operação Lava Jato. 

Como o assunto é extremamente técnico e legalista, conversamos com especialistas para ajudar a entender o caso.

Logo de saída, é preciso entender a natureza das investigações e o fato de que a justiça eleitoral é um sistema diferente da justiça criminal, com algumas peculiaridades muito importantes.

Leia a íntegra no The Intercept

"Minha preocupação é que uma decisão inconsequente possa ser tomada na próxima reunião", alerta Lindbergh sobre taxa de juros

 

Deputado Federal critica a política monetária atual e alerta para o impacto de possíveis decisões na próxima reunião do Comitê de Política Monetária

(Foto: Divulgação )

O deputado federal Lindberg Farias, em entrevista ao programa Boa Noite 247, expressou preocupações sobre a possibilidade de um aumento na taxa de juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Farias destacou a incerteza quanto à condução da política monetária e teceu críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

"Do ponto de vista técnico, Roberto Campos é uma pessoa que tem suas limitações. A ata do Copom, que menciona a possibilidade de subir os juros novamente, surge em um momento que vai contra a correnteza", afirmou o deputado. Segundo ele, após uma crise nos mercados globais no início de agosto, o Federal Reserve (FED) dos Estados Unidos começou a considerar a redução da taxa de juros devido à desaceleração econômica. "A ideia de aumentar a taxa de juros começou a perder força, e a discussão se concentrou na redução", acrescentou.

Farias também apontou para o contexto inflacionário no Brasil, observando que, de janeiro a julho de 2024, a inflação acumulada foi de 2,7%, a menor para o período desde 1908, segundo dados divulgados pelo Valor Econômico. "Roberto Campos Neto teve que explicar em uma carta aberta ao ministro da Fazenda porque não atingiu a meta da inflação em 2022", disse.

Além disso, o deputado mencionou questões éticas envolvendo o presidente do Banco Central, como denúncias sobre suposta ocultação de contas no Panamá e manutenção de fundos offshore. "A ausência de resposta e o silêncio sobre o assunto sugerem que há algo a ser ocultado", ressaltou Farias, destacando a necessidade de maior transparência.

Quanto à fala de Gabriel Galípolo, diretor do Banco Central indicado pelo atual governo, sobre a possibilidade de alta de juros ainda estar na mesa, Farias interpretou a declaração como uma possível estratégia tática. "Confesso que entendo a decisão de não reduzir a taxa de juros nesta reunião. A mudança no Banco Central não foi bem recebida", disse, explicando que o comitê optou por uma postura cautelosa. Contudo, Farias afirmou acreditar que, com a expectativa de queda nas taxas de juros no mundo, o Brasil também pode ajustar sua política monetária futuramente.

Assista: 

 

Fonte: Brasil 247

"Eu vou ser o próximo líder do PT", afirma Lindbergh

 

Deputado Federal destaca seu papel na construção de um projeto coletivo dentro do Partido dos Trabalhadores e reitera defesa por investimentos públicos

(Foto: Divulgação)

O deputado federal Lindbergh Farias afirmou, em entrevista ao programa Boa Noite 247, que está trabalhando para assumir a liderança do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados. Ele destacou seu empenho na construção de um projeto coletivo dentro da legenda.

"Eu tenho feito um esforço aqui de construção. Eu vou ser o próximo líder do PT. Estou aqui fazendo esse esforço como líder, assumindo o papel de escutar. Às vezes, é melhor ser mais cauteloso em relação às suas opiniões, você não fica tão livre para falar, especialmente quando está construindo algo coletivamente", declarou.

Lindbergh também ressaltou sua posição em relação ao papel do Estado na economia, afirmando ser contra políticas de austeridade fiscal rígidas. "Claro, vocês sabem que eu tenho uma posição a favor de uma maior presença do Estado, com mais investimentos. Sou contra qualquer política de austeridade fiscal muito rígida", disse.

Ele defendeu a importância de o governo Lula manter um ritmo de avanços, sem ceder a pressões por ajustes fiscais excessivos. "Acho que precisamos lutar para avançar, porque o governo Lula tem que prosperar e vai dar certo. Mas, para isso, precisamos cuidar da velocidade. Então, sou contra uma posição social liberal. Não podemos ceder nisso", enfatizou.

Segundo o deputado, o governo precisa continuar investindo no social e na economia, como fez nos oito anos anteriores da administração Lula. "Sempre tivemos uma demarcação clara de campo. Os tucanos sempre diziam que, com ajuste fiscal, viria a confiança, e então os investidores iriam investir na economia e na produção. Para nós, nunca foi assim. Acreditamos que, em momentos como este, o Estado tem que estar presente, tem que investir. O investimento público é fundamental", afirmou Lindbergh.

O deputado ainda expressou preocupação com as limitações fiscais, mas ressaltou que é necessário encontrar soluções que não comprometam o projeto de governo de Lula. "Na questão fiscal, há muitas limitações, e a gente não pode ceder nisso. Não podemos deixar isso acontecer, especialmente porque esse é o projeto de Lula", concluiu.

Assista: 

 

Fonte: Brasil 247

Lula se emociona ao relembrar prisão política e agradece apoio do povo: "aquilo marcou a minha vida"

 

“Sou grato ao trabalho que vocês fizeram durante os 580 dias em que fiquei na Polícia Federal. Todo santo dia, durante 580 dias", disse Lula

15.08.2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva é cumprimentado pelos trabalhadores readmitidos pela ANSA, na refinaria Getúlio Vargas, em Araucária - PR (Foto: RICARDO STUCKERT/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou nesta quinta-feira (15) na reabertura da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), em Araucária, região metropolitana de Curitiba, no Paraná. Durante sua fala, Lula relembrou com emoção o período em que esteve preso na capital paranaense e expressou sua gratidão pelo apoio recebido ao longo dos 580 dias de encarceramento.

"Sou muito grato ao trabalho que vocês fizeram durante os 580 dias em que fiquei na Polícia Federal. Tem gente que consegue gravar uma música na cabeça e nunca mais esquece. Para mim, a minha música eram três bons dias: de manhã, de tarde e de noite. Todo santo dia, durante 580 dias, fazendo frio, calor ou chovendo, fosse domingo ou feriado prolongado," disse Lula, emocionado.

Lula também relatou que, antes de se entregar à Polícia Federal, foi aconselhado por amigos a buscar refúgio no exterior, mas optou por enfrentar o processo para provar sua inocência. "Alguns companheiros queriam que eu fosse para o exterior ou para uma embaixada. Mas eu pensava: 'Como ficariam meus amigos e minha família se vissem manchetes dizendo: Lula, o fugitivo?'. Tomei a decisão mais sábia. Decidi me entregar e ficar perto daquele juiz insignificante e daqueles procuradores que formavam uma quadrilha dentro do Ministério Público. Fui lá para provar minha inocência," afirmou.

O presidente também lamentou o impacto negativo na imagem da Petrobras durante aquele período, especialmente para os trabalhadores. “Muitas vezes fiquei deprimido e chorei ao saber que companheiros da Petrobras eram chamados de ladrões em bares e restaurantes. Eles conseguiram criar no imaginário de quem não gosta de nós a ideia de que todos na Petrobras eram corruptos, inclusive os trabalhadores responsáveis por sua grandiosidade," lamentou Lula.

Fonte: Brasil 247

“Tenho certeza de que Gonet denunciará Bolsonaro”, diz Eugênio Aragão

 

Ex-ministro da Justiça defende atuação de Alexandre de Moraes e acredita na denúncia de Bolsonaro pelo PGR

(Foto: Divulgação | TSE )

Em entrevista recente ao programa Bom Dia 247, o jurista e ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão abordou os ataques à atuação de Alexandre de Moraes, especialmente após a reportagem da Folha de S.Paulo que insinuou o uso de "formas não oficiais" em investigações contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2022. Segundo Aragão, a polêmica gerada pela reportagem é injustificada.

“Muito barulho por nada, ou seja, é um balão de vento na verdade. Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos contra os atos antidemocráticos e, por acaso histórico, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), levou essa eleição a ferro e fogo, e conseguiu defender a democracia. E isso é o papel do TSE, ser o garante da democracia, e ele desempenhou muito bem esse papel", disse Aragão.

O ex-ministro também rebateu as insinuações de irregularidades no acúmulo de funções de Moraes como relator no Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do TSE durante o período eleitoral: "Ele estava tanto com os processos no TSE de investigação judicial eleitoral quanto no Supremo relatando os inquéritos. Não há nada de errado nisso, há barulho por nada. Do ponto de vista jurídico, não há nada de errado. Não há informalidade."

Em defesa da Justiça Eleitoral, Aragão destacou: “Pode-se criticar a estrutura dessa justiça eleitoral brasileira, academicamente tudo é permitido, mas foi graças a essa estrutura que tivemos eleições limpas e conseguimos dar posse ao presidente Lula.”

Sobre o jornalista Glenn Greenwald, que escreveu a matéria sobre a atuação de Moraes, Aragão espera que as declarações sejam fruto de uma confusão: “Espero que Glenn Greenwald tenha feito só uma confusão e tenha sido apenas falta de informação sobre o sistema processual e a arquitetura institucional brasileira. Espero que não tenha tido a intenção de botar mais água no moinho dos bolsonaristas.”

Ao comentar sobre a possibilidade de denúncia contra Bolsonaro, Aragão se mostrou confiante no trabalho do procurador-geral da República, Paulo Gonet. “O tempo do processo não é o tempo da política”, afirmou. “Ao mesmo tempo, há uma preocupação de não politizar o processo, então evitar de confundi-lo com o tempo das eleições. Tenho certeza de que Gonet denunciará Bolsonaro.”

Quanto à imagem de Alexandre de Moraes após as acusações da Folha de S.Paulo, Aragão foi claro: “Quanto mais batem em Moraes, mais ele se fortalece. O judiciário está se blindando e se tornando mais resistente.”

Assista: 

Fonte: Brasil 247

Senado adia votação de projeto da desoneração para a próxima semana

 

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, disse que a votação do projeto de lei sobre o tema será realizada na próxima terça-feira

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Reuters - O plenário do Senado decidiu, por acordo, adiar novamente a votação do projeto que trata da retirada gradual da desoneração da folha de pagamentos de setores da economia e alguns municípios para a próxima terça-feira.

A proposta estava inicialmente pautada para votação na quarta-feira, mas os parlamentares já tinham adiado para esta quinta, também por acordo.

O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sugeriu que os senadores iniciassem nesta quinta o processo de discussão em plenário, rito anterior à votação.

"Iniciaremos a discussão na data de hoje, mas ela não terminará hoje, terminaremos na próxima sessão de terça-feira e votaremos na terça-feira esse projeto de lei", anunciou Pacheco.

"Como ainda chegam emendas, uma quantidade considerável de emendas, que o relator faça a leitura do seu parecer, possa avaliar as emendas e possamos iniciar a discussão nesta sessão... essa é uma proposta que me parece que dá o tempo necessário de maturação, a partir do conhecimento do parecer do relator, para que os Senadores e Senadoras possam fazer o seu juízo em relação ao parecer e ao tema em questão."

O presidente do Senado argumentou ainda que o parecer do relator, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), é extenso, o que demandaria tempo para sua leitura. Pacheco também demonstrou preocupação com o quórum.

Por conta do período eleitoral, o ritmo de trabalho no Congresso sofre redução, e parlamentares mobilizam-se para comparecer às votações em semanas específicas, previamente acertadas, no que é chamado de "esforço concentrado".

Senadores têm pressa para resolver a questão, já que há uma data limite para que o Congresso apresente uma solução.

Em julho, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin estabeleceu prazo até 11 de setembro.

Patrocinado por Pacheco, o projeto em discussão prevê um período de transição para a retirada gradual da desoneração. Em meio às negociações, senadores ofereceram algumas opções como fontes de compensação: a repatriação de recursos no exterior, a regularização de ativos nacionais e a atualização de valores de ativos nacionais, a renegociação de dívidas de empresas com multas em agências reguladoras, e a utilização de dinheiro "esquecido" no sistema financeiro além de recursos de depósitos judiciais sem titularidade.

A arrecadação obtida com a cobrança de imposto sobre compras internacionais de até 50 dólares -- a "taxação da blusinha" -- também é citada por senadores como outra fonte de compensação.

Fonte: Brasil 247

Lula: “Tenho obsessão pela educação, pelo crescimento da economia, pela distribuição de renda”

 

Presidente detalha avanços sociais alcançados em um ano e oito meses de gestão e aponta para um cenário de dinamismo e crescimento do país

Lula em entrevista à Rádio T (Foto: RicardoStuckert/PR)

Agência GOV - Um presidente obcecado pela melhoria da educação, pelo crescimento da economia, pela distribuição de renda e por cuidar de 203 milhões de brasileiros. Assim o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se definiu durante entrevista de 53 minutos à Rádio T, rede que congrega 34 emissoras do Paraná, na manhã desta quinta-feira, 15 de agosto. 

"As coisas estão caminhando para dar certo. Vamos melhorar a vida do povo. É preciso que a gente acredite que esse país tem jeito. Eu já provei uma vez e vou provar de novo”

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República

Na conversa com o jornalista João Barbiero, Lula fez um balanço do período de um ano e oito meses de gestão à frente do Governo Federal. Explicou que os primeiros 12 meses foram de “consertação” e de retomada de programas e políticas. Enfatizou que tem cuidado diariamente da própria saúde para manter a disposição que lhe permite trabalhar para entregar o Brasil que sonha. 

“Eu já fui presidente por oito anos. E posso dizer que estou trabalhando nesses um ano e oito meses mais do que a vida inteira. As coisas estão caminhando para dar certo. Vamos melhorar a vida do povo. É preciso que a gente acredite que esse país tem jeito. Eu já provei uma vez e vou provar de novo”, disse Lula.

INDICADORES - Para o presidente, alguns dos indicadores de que o caminho está sendo trilhado da forma correta são os dados que apontam a queda do desemprego, as taxas recordes de vagas com carteira assinada, o controle da inflação, o aumento do salário mínimo e as perspectivas de crescimento econômico. “A inflação está estável. Os salários estão crescendo, a massa salarial está crescendo, o desemprego está caindo, estamos com 6,9% de desemprego. E vai cair mais, porque tem muito investimento”, concluiu o presidente. 

INVESTIMENTOS - O presidente citou setores que vêm fazendo aportes bilionários no país, conectados a políticas federais que ajudam a incentivar a retomada da confiança. Citou como exemplos as montadoras de veículos, que anunciaram mais de R$ 130 bilhões em investimentos, a engrenagem conectada ao setor de saúde e a produção de insumos para a agricultura. A agenda do presidente no Paraná, nesta quinta, por exemplo, inclui a retomada de obras de uma fábrica de fertilizantes e a visita a uma unidade da Renault. “Não tem explicação ter fechado uma fábrica de fertilizante num país que tem um potencial agrícola gigantesco. Num estado como o Paraná, que tem produção agrícola forte. A gente não pode importar 90% dos insumos para uma agricultura que tem o potencial que temos hoje. Estamos recuperando isso. Vamos fazer investimentos pesados para gerar até 2 mil empregos”, disse o presidente, que citou ainda os aportes em infraestrutura previstos no Paraná pelo Novo PAC, que chegam a R$ 69,5 bilhões. 

INCENTIVOS - Lula apontou ainda os investimentos recordes feitos em 2023 e 2024 no Plano Safra, tanto na fatia para grandes empresários do agro quanto para a agricultura familiar. Ressaltou o programa Acredita, implementado para facilitar as condições de crédito para empreendedores e citou a importância de ter colocado as camadas mais frágeis da sociedade no orçamento.  “Na medida em que você começa a garantir que o dinheiro circule, fazendo muito crédito, microcrédito, crédito para micro e pequeno empreendedor, um programa como o Acredita, que facilita o acesso de dinheiro com juros mais barato, tudo isso cria um dinamismo na sociedade que faz as coisas andarem mais rápido”.

REFORMA TRIBUTÁRIA - Em outra vertente das ações para melhorar a economia do dia a dia, o presidente citou a tramitação da Reforma Tributária no Congresso, que prevê a isenção de impostos para os alimentos da cesta básica, outra medida para baratear custos à  população. “Nessa política, a gente está colocando claro que todos os insumos, de todos os alimentos consumidos pelas pessoas mais  pobres na cesta básica, não vão pagar mais imposto, é tudo zerado. Inclusive a carne”, lembrou. 

Fonte: Brasil 247

"Alexandre Moraes não inventou fatos. Alexandre Moraes mandou investigar os fatos", diz Lenio Streck

 

Jurista Lenio Streck critica narrativa bolsonarista e defende atuação do ministro no combate ao extremismo de direita.

(Foto: ABR | Reprodução )

Em entrevista ao programa Boa Noite 247, o jurista Lenio Streck defendeu a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em sua condução das investigações relacionadas ao extremismo de direita e aos ataques ao Estado Democrático de Direito. Streck rebateu as alegações de que Moraes teria agido de forma irregular ao conduzir as investigações, argumentando que o ministro agiu dentro dos limites previstos pela lei.

"A assessoria do ministro recebe instruções para cumprir. Não tem Ministério Público no meio. Alexandre Moraes não inventou fatos. Alexandre Moraes mandou investigar os fatos. Ele podia mandar investigar porque a lei permite", afirmou Streck, destacando que o poder de polícia do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é amplo e está previsto na Constituição. Segundo Streck, o ministro não agiu sozinho, mas conforme as prerrogativas que lhe foram concedidas.

O jurista criticou o impacto causado pela divulgação de informações pela matéria produzida pela Folha de São Paulo, que sugeria uma suposta atuação irregular de Moraes ao presidir o TSE. "Quem não é do direito, quem não conhece o direito, como o Glenn [Greenwald], o pessoal da Folha de São Paulo, corre o risco de fazer uma micagem e dar uma barriga", afirmou Streck, referindo-se aos erros de interpretação jurídica que, segundo ele, fortaleceram a narrativa bolsonarista.

Streck também chamou atenção para as funções do STF e do TSE. "O grande problema foi o seguinte: é o Alexandre de Moraes, ministro do TSE, que acabou fazendo conluio, entre aspas, com Alexandre de Moraes, do STF. Só que a Constituição diz que um ministro do STF será o presidente do TSE, nunca um outro."

Ele também apontou que o poder de investigação da Justiça Eleitoral é motivo de críticas, mas está dentro das suas atribuições. "Os advogados reclamam muito pelo excessivo poder dos juízes eleitorais, e esse é um problema que nós temos discutido no futuro", disse. "Mas isso não foi modificado ainda."

O jurista concluiu sua análise dizendo que as críticas à atuação de Moraes não têm fundamento jurídico e que o debate, na verdade, reflete questões políticas. "Tudo que está aí é um grande barrigaço político. Podemos sair da esfera jurídica, vamos pular essa parte e vamos ver quais são os objetivos políticos dos jornalistas ao fazerem isso", afirmou. Segundo Streck, as tentativas de descredibilizar a atuação de Moraes podem gerar "problemas na institucionalidade" e prejudicar a democracia, semelhante ao que ocorreu durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff.

Assista:


Fonte: Brasil 247

Lula defende Haddad de ataques nas redes sociais e avisa: governo quer tributar ricos

 

Presidente disse ainda que a inflação do Brasil está estável

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (gravata azul), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Fabio Pozzebom - Agência Brasil)

(Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quinta-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, das críticas daqueles que o consideram um "taxador", argumentando que o governo busca elevar a tributação sobre os ricos, que são, segundo ele, quem reclamam de impostos.

Em entrevista à Rádio T, durante visita ao Paraná, Lula disse ainda que a inflação do Brasil está estável, exaltando também a queda da taxa de desemprego e o crescimento da massa salarial.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Lula repudia desmonte causado pela Lava Jato e vai para cima de Moro: "insignificante"

 

Presidente discursou na reabertura da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), em Araucária, região metropolitana de Curitiba, no Paraná

15.08.2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a cerimônia de início da retomada das operações da Fábrica de Fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A. (ANSA) e anúncio de investimentos na Refinaria do Paraná (Repar), na refinaria Getúlio Vargas, em Araucária - PR. (Foto: RICARDO STUCKERT/PR)

Sem citar diretamente o ex-juiz suspeito Sergio Moro, o presidente Lula relembrou nesta quinta-feira (15) os momentos de tensão que viveu antes de sua prisão política na finada Lava Jato, e fez críticas ao atual senador, chamando-o de "juiz insignificante". 

"Como iria ficar minha reputação? E foi a decisão mais sábia que eu mandei. Vou me entregar, vou perto daqueles procuradores da República que faziam parte de uma quadrilha dentro do MP para provar minha inocência", disse Lula sobre os momentos antecedentes a sua prisão política, sem citar o ex-juiz suspeito Sergio Moro, e falando em "juiz insignificante". 

Lula discursou na reabertura da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), em Araucária, região metropolitana de Curitiba, no Paraná. A unidade, que estava hibernada desde o governo Bolsonaro, será reativada após um investimento de R$ 870 milhões da Petrobras. A Lava Jato contribuiu para os desinvestimentos dos últimos anos, e Lula prometeu recuperar o "orgulho do povo brasileiro" através de grandes obras. 

Criticando a atuação da Lava Jato, que destruiu grandes empresas indutoras do desenvolvimento nacional com métodos ilegais de investigação, Lula afirmou, sem mencionar a operação: "Se quer prender um ladrão, prenda, mas não destrua empregos, e a possibilidade desse país de ter sua engenharia e o seu petróleo". 

Fonte: Brasil 247

Alberto Fernández renuncia à presidência do partido após acusações de violência contra ex-esposa

 

Ex-presidente argentino também negou as acusações de violência contra sua ex-esposa, Fabiola Yañez, e disse enfrentar um "linchamento midiático"

Alberto Fernández (Foto: Reuters)

Alberto Fernández, ex-presidente da Argentina, renunciou à presidência do Partido Justicialista nesta quinta-feira (15), após ser formalmente acusado de ameaças e ferimentos graves contra sua ex-esposa, Fabiola Yañez, conforme informou a afiliada da CNN na Argentina, Todo Noticias (TN).

“No âmbito da denúncia por suposta violência de gênero pela qual sou investigado na Justiça Federal, venho apresentar minha renúncia inabalável ao cargo de presidente do Partido Justicialista da Ordem Nacional com o qual fui oportunamente homenageado”, teria escrito Fernández em uma carta enviada ao conselho do partido.

No documento,  Fernández também negou as acusações de violência e destacou ser um defensor da “igualdade de gênero e do respeito às diversidades” e afirmou que está enfrentando um “linchamento midiático” e que a sua renúncia tem o objetivo de evitar prejuízos aos demais membros do partido.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN da Argentina

Lula ainda não reconhece Maduro como presidente eleito da Venezuela

 

Presidente disse que Nicolás Maduro deve explicações ao mundo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (15), que ainda não reconhece o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, como vitorioso nas eleições realizadas no dia 28 de julho no país. “Ainda não. Ele [Maduro] sabe que está devendo uma explicação para a sociedade brasileira e para o mundo”, disse Lula ao ser questionado se reconhecia o resultado do pleito.

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela declarou Maduro reeleito com 51,21% dos votos. O principal candidato opositor, Edmundo González Urrutia obteve 44,2% dos votos. A oposição e várias nações questionam a legitimidade da vitória e cobram transparência no processo, incluindo o Brasil, com a divulgação das atas de cada uma das mais de 30 mil seções eleitorais.

“As urnas na Venezuela, quando você vota em uma máquina eletrônica como aqui, tem um tíquete; aquele tíquete é colocado em uma urna. Então, você tem o voto eletrônico e você tem a urna. O que nós queremos é que o Conselho Nacional que cuidou nas eleições diga publicamente quem é que ganhou nas eleições, porque até agora ninguém disse quem ganhou”, disse Lula em entrevista à Rádio T, em Curitiba, no Paraná.

Atas eleitorais em posse dos partidos que apoiam o governo da Venezuela foram entregues ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) do país. A campanha do candidato Edmundo González também publicou na internet atas eleitorais que estão em posse dos partidos que o apoiam, que indicam uma vitória de González.

“Tem que apresentar os dados, agora os dados têm que ser apresentados por algo que seja confiável. O Conselho Nacional Eleitoral, que tem gente da oposição, poderia ser, mas ele [Maduro] não mandou [as suas atas] para o conselho, ele mandou para a Justiça, para a Suprema Corte dele”, disse Lula, afirmando que não pode julgar a atuação da Suprema Corte de outro país.

O presidente brasileiro defendeu que seja estabelecido um governo de coalização no país vizinho, com participação da oposição, ou ainda, que novas eleições sejam convocadas. Maduro estará na Presidência até o dia 10 de janeiro de 2025, data marcada para que o vencedor do pleito assuma o novo mandato.

“Muita gente que está no meu governo não votou em mim e eu trouxe todo mundo para participar do governo”, disse Lula, lembrando a coalização de partidos que apoiaram a sua eleição em 2022. “Se ele [Maduro] tiver bom senso, ele poderia tentar fazer uma conclamação ao povo da Venezuela, quem sabe até convocar novas eleições, estabelecer um critério de participação de todos os candidatos, criar um comitê eleitoral suprapartidário que participe todo mundo e deixar que entrem olheiros do mundo inteiro para ver as eleições”, acrescentou.

Ontem (14), Lula e o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, conversaram sobre o impasse político na Venezuela. Os dois países tentam fazer uma mediação para tentar resolver a crise que já levou à prisão mais de 2 mil opositores de Nicolás Maduro.

“Eu não quero me comportar de forma apaixonada e precipitada, ‘[dizer] eu sou favorável a fulano ou sou contra’. Não, eu quero o resultado [factível]”, disse. “O que eu não posso é ser precipitado e tomar uma decisão. Da mesma forma que eu quero que respeitem o Brasil, eu quero respeitar a soberania dos outros países”, acrescentou o presidente.

Lula ainda não falou com Maduro após o processo eleitoral na Venezuela. Ele e o presidente Venezuelano conversaram a última vez, por telefone, em junho, e, antes, pessoalmente, durante a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Kingstown, capital de São Vicente e Granadinas.

“Eu conversei pessoalmente com o Maduro antes das eleições dizendo que a transparência do processo eleitoral dele e a legitimidade do resultado eram o que iria permitir a gente continuar brigando para que fossem suspensas as sanções contra Venezuela”, lembrou Lula.

A Venezuela enfrenta, desde agosto de 2017, um bloqueio econômico internacional que limita o acesso ao mercado de crédito global e, desde janeiro de 2019, também ao mercado de petróleo e outros minerais.

Edição: Juliana Andrade

Fonte: Agência Brasil

Com R$ 870 mi investidos, fábrica de fertilizantes é reativada no PR

 

Araucária Nitrogenados tinha sido fechada em 2020

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta quinta-feira (15), da retomada das atividades da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa), empresa subsidiária da Petrobras, que receberá R$ 870 milhões em investimento para a reabertura. A unidade foi fechada em 2020, e seus trabalhadores foram dispensados.

No início de julho, 215 ex-funcionários da fábrica reiniciaram suas atividades na fábrica e a expectativa é que, durante a intervenção para retorno operacional, sejam gerados mais de 2 mil empregos. Após o retorno da produção, previsto para o segundo semestre de 2025, devem ser mantidos cerca de 700 empregos diretos.

Já na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) da Petrobras, situada ao lado da Ansa no município de Araucária (PR), a empresa prevê investimento de R$ 3,2 bilhões até 2028, com geração de 27 mil empregos diretos e indiretos. A unidade é responsável por aproximadamente 15% do mercado nacional de derivados de petróleo, atendendo principalmente ao Paraná, Santa Catarina, sul de São Paulo e de Mato Grosso do Sul.

“A gente não está recuperando uma fábrica de fertilizante, a gente não está apenas fazendo um investimento de quase R$ 4 bilhões, a gente está cuidando de recuperar a autoestima desse país, o orgulho do povo brasileiro e o orgulho de a gente ser brasileiro, porque o trabalhador, o que vale para nós, é ter um emprego garantido, ter um salário justo e cuidar da nossa família com respeito”, disse Lula, lamentando a paralisação de investimentos em unidades da Petrobras nos últimos governos.

Mais cedo, em entrevista à Rádio T, do Paraná, Lula destacou a importância da fabricação de fertilizantes no Brasil para reduzir a dependência da importação desses insumos. “Uma fábrica de fertilizante num país que tem um potencial agrícola gigantesco e no estado como o Paraná, que tem uma produção agrícola muito forte, você parar de fazer fábrica de fertilizante para produzir nitrogenados, para produzir ureia, é uma coisa uma coisa impensável”, disse Lula.

“É irresponsabilidade a gente não ter em conta que o Brasil não pode importar 90% dos insumos que nós precisamos, para fazer com que a nossa agricultura seja o potencial que é hoje, então nós estamos recuperando isso”, acrescentou o presidente na entrevista.

Os fertilizantes nitrogenados, como ureia, são largamente usados pelo setor agrícola no país, sendo considerados essenciais para o fornecimento de um ou mais nutrientes para as plantações. A base de produção da ureia é a amônia, extraída, por sua vez, da combinação entre hidrogênio e nitrogênio. O hidrogênio vem do gás natural.

O Brasil consome 8% de toda a produção mundial de fertilizantes, estimada em 55 milhões de toneladas, mas importa 85% do insumo usado pelo agronegócio. A Ansa tem capacidade de produção de 720 mil toneladas de ureia por ano, o que corresponde a 8% do mercado local.

De acordo com a Petrobras, o Plano Estratégico 2024-2028 da companhia contempla, no total, investimentos de R$ 60 bilhões em expansão no parque de refino de petróleo do país e cerca de R$ 6 bilhões em fábricas de fertilizantes.

Lava Jato

Durante seu discurso, Lula se emocionou ao falar do orgulho que sente ao vestir a camisa da Petrobras, que usava no evento. A companhia foi o principal alvo da Operação Lava Jato, que prometia combater a corrupção no setor de petróleo e gás do país nos governos do PT. A operação, entretanto, custou caro à economia brasileira e deixou o desafio da reconstrução dos setores.

“Muitas vezes, eu ficava deprimido e chorava quando eu ficava sabendo de notícia de companheiros trabalhadores da Petrobras que entravam em restaurante para comer ou entrava em bar e, muitas vezes, era chamado de ladrão, porque eles conseguiram criar no imaginário daqueles que não gostam de nós a ideia de que todo mundo na Petrobras era ladrão, inclusive aqueles que eram responsáveis pela grandiosidade da Petrobras, que são os seus trabalhadores”, disse Lula.

Edição: Juliana Andrade

Fonte: Agência Brasil