terça-feira, 13 de agosto de 2024

Deputado Arilson vota contra a privatização da Ferroeste

 

O deputado Arilson Chiorato (PT) votou contra o projeto de lei nº 512/2024 que autoriza a privatização da Ferroeste (Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A.), nesta segunda-feira (12/08) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Paraná. Apesar do voto contrário, a proposição foi aprovada e segue em discussão na Casa em regime de urgência.

“O voto contrário ocorre diante da falta de informações essenciais e da ausência de autorização governamental federal para a transferência de titularidade dos ativos ou imóveis da União Federal”, argumentou o parlamentar, que é vice-líder da Bancada de Oposição.

Na avaliação do deputado Arilson, o debate é prejudicado pela ausência de informações. “Como a desestatização envolve ativos federais e áreas de interesse da União, solicitamos informações centrais para a Secretaria do Patrimônio da União no Paraná, para a Ferroeste e para a Secretaria de Estado do Planejamento”, ressaltou.

Após a CCJ, o projeto de lei seguiu para a Comissão de Finanças e Tributação, onde recebeu um pedido de vista da deputada Ana Júlia (PT). Com isso, a matéria retorna à pauta da Comissão de Finanças amanhã.
“Mais uma vez, vemos o Governo Ratinho entregando o patrimônio do Paraná nas mãos da iniciativa privada. É a política de desmonte em ação aliada com a incompetência de gestão, pois as empresas públicas só são boas quando entregues ao mercado”, critica.

Ferroeste

A Ferroeste foi construída para atender o escoamento de grãos da região Oeste e, ao mesmo tempo, levar insumos para o plantio. As obras foram executadas pelo governo paranaense, durante a gestão do governador Roberto Requião, em parceria com o Exército Brasileiro, entre 1991 e 1994, e custou US$ 360 milhões, pagos integralmente com recursos do Estado. O primeiro trecho implantado foi o de Guarapuava a Cascavel, com 248,6 quilômetros.

Pelos trens da Ferroeste, segundo o próprio site da estatal, são escoados, anualmente, cerca de 1,5 milhão de toneladas, principalmente grãos (soja, milho e trigo), farelos e contêineres, com destino ao Porto de Paranaguá, no Litoral do Estado.

Fonte: Reverbero

Lula visita o Paraná para reabertura da FAFEN e anúncio de investimentos

 Foto: Guilherme Bittar

O presidente Lula visitará o Paraná nesta quinta-feira (15) para participar da cerimônia de retomada das operações da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) em Araucária. Ele também deve anunciar novos investimentos na Refinaria Getúlio Vargas (Repar) e visitar as instalações da fábrica da Renault em São José dos Pinhais.

A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), que acompanhará a comitiva presidencial, destacou a importância da reativação da fábrica e dos investimentos da Petrobras no Paraná, com R$ 1,4 bilhão destinados à Repar e R$ 900 milhões à Fafen.

“Acompanhei de perto a luta dos petroleiros e petroquímicos para reabertura da Fafen e graças ao presidente Lula, que sempre defendeu os trabalhadores e a soberania do país, conseguimos essa vitória. Os investimentos que a Petrobras fará no estado reafirmam ainda mais o compromisso do governo Lula com o desenvolvimento sustentável e integrado do Paraná”, destacou Gleisi.

A Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados, que já recebeu seus primeiros trabalhadores recontratados no início de julho, tem a expectativa de gerar mais de 2 mil empregos diretos até o final deste semestre com a retomada das operações.

A Fafen-PR tem capacidade instalada para a produção de 720 mil toneladas/ano de ureia e 475 mil toneladas/ano de amônia, além de 450 mil m³/ano do Agente Redutor Líquido Automotivo (ARLA 32), produto utilizado em veículos a diesel para reduzir as emissões de poluentes.

Fonte: Reverbero com assessorias 


Moraes revoga prisão de subtenente do Exército investigado por atuação na 'Abin paralela' do governo Bolsonaro

 

Ministro impôs o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de contato com outros investigados e a restrição ao uso de redes sociais

Ministro do STF Alexandre de Moraes (Foto: STF)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou a prisão preventiva de Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército, investigado por suposta espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão de Alexandre Ramagem, diz o jornalista Aguirre Talento em sua coluna no UOL.

Giancarlo havia sido detido em julho em uma operação da Polícia Federal que prendeu outros quatro suspeitos. A investigação apura o uso da Abin para monitorar autoridades e críticos do goerno jair Bolsoanro (PL), além de criar dossiês falsos para promover ataques nas redes sociais.

Ao ordenar a soltura, Moraes afirmou que a prisão preventiva já não era necessária para o prosseguimento das investigações. Como medidas cautelares, o ministro impôs o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de contato com outros investigados e a restrição ao uso de redes sociais.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornalista Aguirre Talento, no UOL

Bolsonaro diz que não se encontrou com Valdemar na convenção de Ricardo Nunes

 

Decisão do STF determinou que Bolsonaro não poderia ter contato com presidente do PL

Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | REUTERS/Adriano Machado)

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) negou que o ex-presidente tenha descumprido a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e mantido contato com o presidente do PL,  Valdemar da Costa Neto, durante a convenção de Ricardo Nunes (MDB), em São Paulo, informa o G1. Segundo os advogados, embora os dois estivessem presentes no evento, eles não se encontraram.

“No caso específico, o peticionário teve, em obediência à medida cautelar, o cuidado de comparecer ao evento em horário diferente e posterior à saída do Sr. Valdemar da Costa Neto, de sorte que malgrado ambos tenham estado presentes no mesmo local, o estiveram em horários distintos, não se encontrando em nenhum momento”, afirmou a defesa. 

Jair Bolsonaro e Valdemar são investigados no processo que apura a tentativa de golpe após a derrota para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022. Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que Bolsonaro explicasse eventual descumprimento da determinação. 

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Violência matou mais de 15 mil jovens no Brasil nos últimos 3 anos

 

Maioria das vítimas era negra, homem e tinha de 15 a 19 anos

Nos últimos três anos, mais de 15 mil crianças e adolescentes até 19 anos foram mortos no Brasil de forma violenta. Nesse período, cresceu a proporção de mortes causadas por intervenção policial. As constatações fazem parte da segunda edição do relatório Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil, divulgado nesta terça-feira (13) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Foram registradas 4.803 mortes violentas intencionais de crianças e adolescentes em 2021, 5.354 em 2022 e 4.944 em 2023.

"É um cenário estarrecedor. É realmente um absurdo que a gente perca 15 mil vidas de crianças e adolescentes em três anos", define a oficial de Proteção contra Violências do Unicef, Ana Carolina Fonseca.

No entanto, o total real de mortes no país tende a ser maior, uma vez que o estado da Bahia não forneceu dados relativos a 2021.

O levantamento traz dados de registros criminais como homicídio doloso (quando há intenção de matar), feminicídio, latrocínio (roubo seguido de morte), lesão corporal seguida de morte e mortes decorrente de intervenção policial - esteja ou não o agente em serviço. Também são coletadas informações referentes à violência sexual.

Para os pesquisadores, esse conjunto de dados é um indicador mais completo para tratar de violência letal a partir dos parâmetros da segurança pública. O FBSP é uma organização não governamental formada por profissionais da área de segurança, acadêmicos e representantes da sociedade civil.

Ana Carolina Fonseca explicou à Agência Brasil que, apesar de o estudo estar na segunda edição – a primeira inclui dados de 2016 a 2020 –, não há comparação direta entre eles. "A gente não fez essa comparação por haver muitas diferenças na forma como os dados são disponibilizados pelos estados", justifica.

Assim como outros tipos de violência que afetam a população brasileira independentemente de idade, a morte violenta de crianças e adolescentes atinge principalmente a população negra, composta por pretos e pardos.

Nos últimos três anos, 91,6% dos casos de mortes por violência letal de crianças e adolescentes englobaram pessoas de 15 a 19 anos; 82,9% eram pretos e pardos; e 90%, homens.

Brasília (DF), 13.08.2024 - Arte de gráfico para a matéria da Unicef. Arte/Agência Brasil

 

Fator cor

De acordo com o levantamento, a taxa de mortes violentas para cada grupo de 100 mil negros até 19 anos é de 18,2, enquanto entre brancos a taxa é de 4,1. Isso equivale dizer que o risco de um adolescente negro, do sexo masculino, ser assassinado no Brasil é 4,4 vezes superior ao de um adolescente branco.

A oficial de Proteção contra Violências do Unicef aponta o racismo como “ponto importante” por trás desses dados.

“A gente está falando de uma população que é não é protegida como a branca. Existe uma ideia de que essa vida vale menos que outras”, critica Ana Carolina.

“O desafio que se coloca é realmente de enfrentar o racismo, que está presente também na ação das forças policiais, na forma como serviços se estruturam para responder a essas mortes, tanto do ponto de vista da prevenção, quanto de investimento de apuração, responsabilizar por essas mortes”, complementa a representante do Unicef.

Violência policial

Ao longo dos três anos abrangidos pelo relatório, fica constatado aumento na parcela de mortes de jovens causada por intervenção policial. As intervenções respondiam por 14% dos casos em 2021, proporção que subiu para 17,1% em 2022 e 18,6% em 2023. Isso representa quase uma em cada cinco mortes violentas.

Enquanto a taxa de letalidade provocada pelas polícias entre habitantes com idade superior a 19 anos é de 2,8 mortes por 100 mil, no grupo etário de 15 a 19 anos chega a 6 mortes por 100 mil habitantes, mais que o dobro (113,9%) da taxa verificada entre adultos.

“Infelizmente, as vidas jovens negras estão ainda na mira da ação policial”, lamenta Ana Carolina.

Para os pesquisadores, uma política de redução de homicídios com foco em crianças e adolescentes precisa, em vários estados, necessariamente considerar “o controle do uso da força das polícias”, de acordo com o relatório.

A oficial do Unicef ressalta que 18 unidades da Federação têm taxa de mortes de pessoas até 19 anos por ação da polícia inferior à média nacional (1,7 por 100 mil). Os maiores índices estão com Amapá (10,9), Bahia (7,4), Sergipe (3,7), Rio de Janeiro (3,1), Mato Grosso (2,9), Pará (2,5), Rio Grande do Norte (2,3) e Espírito Santo (1,9). Goiás não forneceu dados de mortes causadas por intervenção da polícia.

“A gente precisa olhar para o Brasil, entendendo as diferenças e buscar, justamente, esses locais onde esse uso da força está sendo feito de forma excessivamente letal, que destoa do restante do país”, sugere Ana Carolina.

Violência urbana

O relatório indica que, entre os jovens com mais de 15 anos, as mortes totais no país são atreladas a características que sugerem envolvimento com violência armada urbana: mais da metade (62,3%) dos casos acontecem em via pública e por pessoas que a vítima não conhecia (81,5%).

Ao se comparar dados de vítimas dos sexos masculino e feminino, no universo de pessoas entre 10 e 19 anos, percebe-se que as meninas são mais vítimas de armas brancas e agressões do que meninos. Nos últimos três anos, em torno de 20% das vítimas do sexo feminino morreram por arma branca e 5%, em média, por agressão. Em relação aos indivíduos do sexo masculino, as armas brancas ficaram no patamar de 8% dos casos, e as agressões não chegam a 2%.

Já em relação ao autor do crime, entre as meninas, 69,8% eram conhecidos das vítimas. Quando se observam os dados das vítimas do sexo masculino, apenas 13,2% foram cometidos por conhecidos.

Violência infantil

Em outro recorte, de crianças até 9 anos, o perfil da violência letal é mais associado a contexto de maus-tratos e de violência doméstica, praticada contra essas crianças pelas pessoas mais próximas a elas, segundo a análise do Unicef. Em 2023, quase metade (44,6%) acontece em casa e 82,1% são cometidos por pessoas conhecidas da criança.

Os analistas do Unicef e do FNSP fazem recomendações de políticas de segurança que podem ajudar o país a combater a violência contra a criança e o adolescente. Entre as orientações estão o controle do uso da força pelas polícias, controle do uso de armamento bélico por civis, enfrentamento do racismo estrutural e melhoria nos sistemas de monitoramento e registros de casos de violência.

“A importância de estudos como esse é conseguir entender a dinâmica da violência contra cada grupo e entender que cada vida importa. A gente precisa ser capaz de construir uma resposta efetiva que enxergue cada menino e cada menina”, avalia a representante do Unicef.

Edição: Juliana Andrade

Fonte: Agência Brasil

Lula e governador de Buenos Aires conversam sobre cooperação

 

Ex-ministro da Economia, Axel Kicillof esteve no Palácio Planalto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta terça-feira (13), o governador da província argentina de Buenos Aires, Axel Kicillof. Na reunião, no Palácio do Planalto, os dois conversaram sobre as possibilidades de cooperação e investimento entre a província (que corresponde aos estados no Brasil) e o governo e as empresas brasileiras.

“Nós trouxemos propostas de investimento. Vocês sabem que as empresas brasileiras que atuam no território argentino o fazem, proporcionalmente, em maior grau, na província de Buenos Aires. A província de Buenos Aires representa cerca de 40% da produção total da Argentina, mas também representa 50% do produto industrial da Argentina”, disse Kicillof após a reunião com Lula.

Participaram do encontro o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim. Mais cedo, Kicillof também se reuniu com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço, Geraldo Alckmin.

O governador da província de Buenos Aires é um dos principais opositores políticos locais do presidente da Argentina, Javier Milei. Kicillof foi ministro da Economia do governo da presidente Cristina Kirchner e se reelegeu para o cargo de governador no ano passado em primeiro turno.

“Durante meu mandato anterior visitei São Paulo, acompanhamos empresas argentinas, então falamos sobre essa experiência, vemos muitas oportunidades e cremos fortemente que a chave, então, para cada um dos nossos países, ou uma das chaves mais importantes, está na integração regional”, disse, reforçando o interesse de estreitar vínculos com os setores produtivos do Brasil.

“Viemos reforçar e assegurar essa porta para a articulação, para a colaboração, para a cooperação e para os resultados que vamos ver com o passar do tempo”, acrescentou Kicillof, que tem grande interesse em cooperação nas áreas de energia e petróleo e nas possibilidades de investimento na indústria de gás da província.

Brasília (DF), 13/08/2024 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe o governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, no Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Lula recebe o governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, no Palácio do Planalto – Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governador disse, ainda, ser favorável à entrada e permanência da Argentina no Brics, grupo de nações emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e que, em janeiro de 2024, passou a contar com Egito, Etiópia, Arábia Saudita, Irã e Emirados Árabes Unidos.

A Argentina também foi aceita para integrar o bloco, mas, antes mesmo do acordo entrar em vigor, Javier Milei anunciou a desistência da adesão.

“Lula tem um papel regional e dentro dos Brics muito importante, um papel internacional muito importante, e me parece que, nesse sentido, nos ilumina e nos dá uma perspectiva com relação às possibilidades, que não são simplesmente alianças vinculadas a posicionamentos políticos e ideológicos, mas ao que mais convém para o país”, disse.

Kicillof falou também sobre a situação da Argentina sob o governo de Javier Milei e se queixou sobre interrupção de repasse de recursos para as províncias, previstos em lei, corte de investimentos em programas de governo, interrupção de obras públicas e redução de aposentadorias.

Edição: Denise Griesinger

Fonte: Agência Brasil

Polícia combate lavagem de dinheiro de máfia italiana no Brasil

 

Valor dos ativos investidos pode superar R$ 3 bilhões.

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF), com apoio do Ministério Público e da Guardia di Finanza de Palermo, na Itália, deflagraram nesta terça-feira (13) a Operação Arancia.

Em nota, a PF informou que as investigações começaram em 2022 e têm como alvo uma organização criminosa suspeita de lavar dinheiro para a máfia italiana no Rio Grande do Norte, onde a corporação acredita que os mafiosos atuem há quase uma década.

“As evidências coletadas até o momento indicam que a máfia italiana utilizou empresas fantasmas e laranjas para facilitar a movimentação e a ocultação de fundos ilícitos, provenientes de atividades criminosas internacionais,” disse a Polícia Federal.

“Estima-se que o esquema tenha investido não menos que R$ 300 milhões (cerca de € 55 milhões) no Brasil, utilizando esses recursos para adquirir propriedades e infiltrar-se no mercado imobiliário e financeiro brasileiro”, completou a PF.

Entretanto, de acordo com autoridades italianas, o valor total dos ativos investidos pode superar € 500 milhões em valores atuais – mais de R$ 3 bilhões.

Ainda segundo a corporação, a operação resultou em um mandado de prisão preventiva “de um mafioso” e cinco mandados de busca e apreensão em três estados: Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Piauí.

Ação conjunta

“Simultaneamente, a Direção Distrital Antimáfia de Palermo, na Itália, coordenou 21 buscas em várias regiões da Itália e na Suíça. Mais de 100 agentes financeiros italianos foram mobilizados, alguns dos quais encontram-se no Brasil, auxiliando o cumprimento dos mandados em Natal,” informou a PF.

Os crimes investigados incluem associação mafiosa, extorsão, lavagem de dinheiro e transferência fraudulenta de valores, com agravante de apoio a famílias mafiosas.

De acordo com a Polícia Federal, como parte das medidas para desarticular o esquema e recuperar ativos financeiros, a Justiça Federal autorizou o sequestro de imóveis e o bloqueio de contas bancárias associadas aos suspeitos e às empresas fantasmas envolvidas.

“Essas ações visam a garantir a reparação dos danos causados pelas atividades ilícitas e impedir a continuação das operações criminosas”, concluiu a PF.

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: Agência Brasil

Campos Neto vê setor financeiro mais otimista do que o produtivo

 

Presidente do BC participou de audiência na Câmara dos Deputados

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que, ao contrário do que pensa o senso comum, o setor financeiro é mais otimista do que o não financeiro com relação às expectativas inflacionárias do país.

A declaração, feita nesta terça-feira (13) durante audiência pública na Câmara dos Deputados, tem por base as conclusões iniciais da pesquisa Firmus divulgada esta semana pelo BC após consulta a 92 empresários de setores não financeiros. Segundo a autoridade monetária, o levantamento ainda se encontra em sua fase piloto

O setor não financeiro compreende basicamente empresas e atividades econômicas que não estão diretamente ligadas à prestação de serviços financeiros e têm foco principalmente na produção de bens e serviços. É o caso, por exemplo, dos setores industrial, de comércio, serviços e agricultura.

Campos Neto disse que o levantamento feito pelo BC responde a críticas contra as outras pesquisas, como o Boletim Focus, nas quais são consultadas 120 empresas financeiras que, supostamente, lucrariam com a alta dos juros, medida adotada sob a justificativa de evitar alta da inflação.

“A gente vê [a crítica de que] essa expectativa de inflação que é feita nas pesquisas é uma expectativa de mercado financeiro; que são pessoas no mercado financeiro que têm interesse de ter juros altos. Diante disso, a gente realizou a Pesquisa Firmus, que não é feita com o mercado financeiro, mas com firmas [empresas do setor não financeiro]”, explicou Campos Neto.

“O que a gente vê, quando a gente compara a pesquisa do setor real com a pesquisa do setor financeiro, é o contrário do que a gente escuta. As firmas acham, em termos de [projeção da] inflação, que ela é mais alta do que [projeta] o sistema financeiro”, acrescentou.

Durante sua apresentação na audiência conjunta das comissões de Desenvolvimento Econômico e de Finanças e Tributação, o presidente do BC comparou os resultados obtidos na pesquisa Firmes com o boletim Focus.

Em maio de 2024, a expectativa predominante de inflação para o ano era de 4%, segundo a Firmus, e de 3,89%, segundo o boletim Focus – que sonda expectativas de agentes de mercado. Para 2025, a expectativa das duas pesquisas estava em 4% e 3,77%, respectivamente.

“A gente vê que é exatamente o contrário do que a gente lê por aí. Na verdade, as firmas têm sido mais pessimistas em relação à inflação do que o mercado financeiro”, complementou Campos Neto.

Críticas

Alguns parlamentares aproveitaram a audiência com Campos Neto para criticar a forma como ele vem conduzindo a política monetária do BC. Uma delas, relativa ao não uso das reservas cambiais para desestimular a valorização do dólar e, consequentemente, a alta dos juros, uma vez que, valorizada, a moeda norte-americana tende a gerar aumento de preços (inflação) no Brasil.

Em resposta, Campos Neto disse que o BC faz esse tipo de intervenção no câmbio apenas em momentos de estresse no mercado, e que, se não o fez, é por entender que não havia disfuncionalidade que justificasse esse tipo de ação

O presidente do BC se recusou a responder perguntas sobre supostas empresas offshore (localizadas no exterior) que seriam ligadas a ele e teriam lucrado com a alta de juros no Brasil.

“Vou fazer uma pergunta direta: quanto o senhor tinha em offshores antes e quanto tem agora, após ser presidente do BC?”, perguntou o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). Campos Neto disse que não responderia questionamentos do ponto de vista pessoal e que já prestou contas ao Comitê de Ética do Banco Central.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: Agência Brasil

Web pede “Do Val na Papuda” após Moraes bloquear R$ 50 milhões do senador

 

O senador Marcos do Val (Podemos-ES). Foto: reprodução

Após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ordenar o bloqueio de R$ 50 milhões das contas pessoais do senador Marcos do Val (Podemos-ES), internautas estão pedindo a prisão do parlamentar. A tag “Do Val na Papuda” ganhou destaque nas redes sociais.

O senador alegou que a quantia bloqueada “nunca existiu” e afirmou que o saldo atual em sua conta é de “apenas mil reais”. Ele ressaltou a importância de recursos para cobrir despesas essenciais, como o plano de saúde de sua mãe, que está em tratamento contra o câncer.

A decisão de Moraes pode ser interpretada como uma tentativa de reforçar o cumprimento das normas e garantir a responsabilidade financeira dos parlamentares. Além disso, Do Val teve suas redes sociais bloqueadas, uma medida que Moraes considera necessária para evitar a propagação de informações que possam comprometer a ordem pública.

Confira a repercussão:


Fonte: DCM


Moraes manda bloquear R$ 50 milhões de Marcos do Val e suspende senador do Instagram


Alexandre de Moraes determinou o bloqueio de 50 milhões de Marcos do Val. Fotomontagem

 Na última quinta-feira, 8, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ordenou o bloqueio de R$ 50 milhões das contas pessoais do senador Marcos do Val (Podemos-ES).  Em resposta, o senador manifestou sua insatisfação nas redes sociais, alegando que a quantia bloqueada “nunca existiu” em suas contas bancárias.

Marcos do Val afirmou que o saldo atual em sua conta é de “apenas mil reais” e destacou a importância de recursos para cobrir despesas essenciais, como o plano de saúde de sua mãe, que está em tratamento contra o câncer.

O senador criticou a decisão, alegando que a medida foi tomada sem a devida comunicação ao Senado Federal e ao seu presidente, Rodrigo Pacheco. Ele ressaltou as dificuldades que enfrentará para desempenhar suas funções, como locomoção para Brasília e pagamentos relacionados ao seu trabalho parlamentar.

No entanto, a medida do ministro Moraes pode ser vista como uma tentativa de reforçar o cumprimento das normas e assegurar a responsabilidade financeira dos parlamentares. Marcos do Val também teve suas redes sociais bloqueadas, um passo que Moraes considera necessário para evitar a propagação de informações que possam comprometer a ordem pública.

Enquanto o perfil de Marcos do Val no Twitter/X permanece ativo, sua página no Instagram está fora do ar. O senador argumenta que essas ações violam sua imunidade parlamentar e censuram sua atuação. Ele solicita a intervenção do Senado Federal e do Congresso Nacional para reverter a situação.

Perfil de Marcos do Val bloqueado no Instagram. Reprodução

Fonte: DCM

As chances de prisão de Bolsonaro após Moraes soltar seus aliados, segundo ministros do STF

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução

A decisão de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), de ordenar a soltura de dois aliados de Jair Bolsonaro (PL) na semana passada, não foi interpretada pelos outros ministros da corte como um sinal de leniência em relação ao ex-presidente, tampouco sugere que uma eventual prisão esteja descartada.

Alguns magistrados avaliam que a revogação das prisões do ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, e do ex-assessor da Presidência, Filipe Martins, ocorreu porque as detenções preventivas já não se justificavam ou não tinham mais fundamento.

Os ministros do STF destacam que a ação de Moraes não deve ser entendida como um gesto amigável em direção a Bolsonaro. Eles acreditam que a situação do ex-capitão continua a mesma desde que ele começou a responder a processos criminais no STF, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

Bolsonaro será preso? Especialistas analisamBolsonaro. Foto: reprodução

Em outras palavras, a possibilidade de Bolsonaro ser preso ainda é significativa, mas isso só aconteceria após uma condenação definitiva, quando todos os recursos judiciais tiverem sido esgotados.

Vale destacar que o processo considerado mais “perigoso” para o ex-mandatário é o que investiga a tentativa de golpe de Estado. A Polícia Federal (PF) está prevista para apresentar o relatório final com o indiciamento de Bolsonaro no próximo mês.

Além disso, o ex-chefe do Executivo já foi indiciado em outras investigações, como a falsificação do cartão de vacina contra a Covid-19 e o recebimento de joias ilegais da ditadura da Arábia Saudita.

Fonte: DCM