segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Livro sobre danos do celular a crianças e jovens vira fenômeno de venda no Brasil

 ‘A Geração Ansiosa’, de Jonathan Haidt, vende 25 mil exemplares em duas semanas

O livro “A Geração Ansiosa”, do psicólogo norte-americano Jonathan Haidt, que trata dos graves prejuízos causados pelo uso do celular a crianças e adolescentes, vem batendo recordes de venda internacionalmente –está há 19 semanas na lista dos mais vendidos do New York Times–, e já se tornou um fenômeno editorial no Brasil. Com apenas duas semanas desde o lançamento no país, foram vendidos 25 mil exemplares.


A obra já foi lançada em mais de 20 países e em pelo menos 14 idiomas. Nos EUA, foram mais de 600 mil exemplares vendidos e, no Reino Unido, mais de 100 mil.


A edição brasileira do livro é da Companhia das Letras, que antecipou em seis meses o lançamento diante da explosão da procura. Só na pré-venda, foram 5.000 exemplares, um recorde para a editora, posteriormente batido pelo livro de Felipe Neto“Como Enfrentar o Ódio”, que será lançado em setembro e já vendeu mais de 10 mil cópias.


Depois da tiragem inicial de 25 mil exemplares de “A Geração Ansiosa”, a Companhia das Letras já fez duas novas reimpressões, de 15 mil e 10 mil. Para se ter ideia do quanto esses números representam, a tiragem média dos livros no Brasil gira em torno de 3.000 exemplares. Além disso, foram também vendidas 2.000 cópias de e-books.


Diante do sucesso, a Companhia das Letras organizou um evento de lançamento no Cinesala, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, com cobrança de ingresso. As entradas se esgotaram em três dias, mesmo com o lançamento não contando com a presença do autor, que está com a agenda tomada pelo menos até o final do ano.


O evento teve palestra do pediatra Daniel Becker, influente nas redes sociais, que assinou a contracapa de “A Geração Ansiosa”. Como Haidt, ele lista pesquisas que apontam problemas de saúde mental, aprendizado e de desenvolvimento físico e socioemocional, relacionados ao uso do celular, para defender que crianças e adolescentes até 14 anos não tenham smartphones, e que as redes sociais só sejam utilizadas a partir dos 16. Ambos também militam pela proibição do uso do celular em todo o ambiente escolar, nas aulas e nos intervalos, do infantil até o ensino médio.


Lançamentos de livros com cobrança de ingresso já foram organizados pela editora, com nomes de projeção, como Fernanda Torres, Arnaldo Antunes, Camila Sosa Villada e Gregório Duvivier. É uma espécie de lançamento-show, com alguma apresentação, como a leitura, pelos autores, de trechos da obra. O de “A Geração Ansiosa” foi o primeiro nesse formato sem o autor. Havia ingressos exclusivos para a palestra de Daniel Becker (R$ 80) e o combo palestra/livro (R$ 100) –o livro custa R$ 74,90.


O evento teve apoio institucional do Movimento Desconecta, que foi criado por mães de São Paulo com os mesmos propósitos defendidos por Haidt e tem pressionado as escolas a banir o uso do celular por estudantes. Lançado há dois meses, já tem mais de 33 mil seguidores no Instagram e a adesão de 277 escolas em 19 estados.


A deputada estadual Marina Helou (Rede-SP), autora de um projeto de lei para proibir os celulares nas escolas públicas e particulares em São Paulo, esteve presente ao evento. Na Assembleia Legislativa, foi aprovado um requerimento para a votação em regime de urgência, e a expectativa é que a proposta seja votada em breve.


O projeto de lei conseguiu unir deputados de direita e esquerda. Entraram como coautores da proposta a deputada Professora Bebel, do PT, de Lula, Lucas Bove, do PL, de Bolsonaro, e Altair Moraes, do Republicano, do governador Tarcísio de Freitas.


GRUPO DE PAIS


Na plateia do lançamento de “A Geração Ansiosa”, havia, em especial, pais e professores, que, ao final da palestra, tiraram dúvidas de como tentar, na prática, reduzir a exposição de crianças e adolescentes aos celulares e às redes sociais.


Responsável pela edição brasileira do livro, Camila Berto conta que a Companhia das Letras tem sido muito procurada por grupos de pais interessados em organizar eventos para debater o livro. “Esse sucesso diz muito sobre o grau de preocupação de pais, educadores e da sociedade como um todo com esse tema”, afirma. “Isso vem numa esteira pós-pandemia, de repensarmos nossa relação e a das crianças com as telas.”


Presente ao lançamento, a advogada Letícia Abdalla, 45, que tem filhos de 7 e 12 anos, conta que soube do evento no grupo de pais da escola. “Eu vim porque quero entender melhor os malefícios do celular e esse movimento de desconexão, inclusive para levar esse debate para a escola dos meus filhos”, afirmou.


Psicóloga e pedagoga, Roberta Sanches, 45, tem filhos 9 e 13 anos e foi ao evento pois acha importante “se letrar no tema, como profissional e como mãe”, inclusive para ter repertório para ponderar sobre o celular com o mais velho, que já tem um aparelho.


Algumas crianças também acompanharam a palestra de Becker. “Eu acho essa discussão boa e ruim”, disse Violeta, de 11 anos, que foi ao evento com a mãe, Fabiana Tarantino Zurita, 40, para tentar entender por que os pais só vão presenteá-la com um celular aos 14. “É ruim porque estou bem mais longe de ganhar um celular. E é boa é porque, na palestra, eu comecei a entender por que meus pais estão proibindo o celular, prolongando o tempo para eu começar a usar”, afirmou a estudante. “É porque não é benéfico para a minha saúde, para o meu cérebro”, explicou.


A maioria da turma de Violeta na escola tem celular, assim como a de João Egreja, 11, que também não ganhou um aparelho ainda e foi assistir à palestra. Ele conta que, de vez em quando, usa o celular de sua mãe. Foi assim que conheceu Daniel Becker pelo Instagram, virou fã do pediatra, soube do lançamento do livro e quis ir ao evento.


“Eu noto que há muito consumismo por causa das redes sociais. E as meninas, principalmente, estão se adultizando”, disse, com o repertório já afiado. “Eu gostaria que os celulares fossem proibidos na minha escola porque meus amigos ficam melhor sem eles”, afirmou o garoto, que foi levado ao evento por sua avó, Cristina Egreja. “Eu acho uma pena ser da geração ansiosa, viciada em celular”, lamentou João.


Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de São Paulo

Brasil tem menor PIB per capita entre os 15 países com mais medalhas em Paris

 País tem índice semelhante a Ucrânia, Irã e Quênia e se saiu melhor na quantidade de medalhas


Líder no número de ouros e de medalhas nos Jogos de Paris, os Estados Unidos estão entre os países mais ricos do mundo e da participação olímpica, com investimento estrutural no esporte. O país tem o melhor desempenho na régua de riqueza e medalhas.


Com um PIB per capita de US$ 81,6 mil, o equivalente a R$ 450,2 mil na cotação atual, os EUA levaram para casa 126 medalhas e também ficaram em primeiro do quadro geral, que prioriza o número de ouros.


A riqueza de um país, no entanto, não é necessariamente proporcional ao resultado no esporte. Há ao menos cinco nações com PIB per capita maior do que o americano, que competiram as Olimpíadas e conquistaram poucas medalhas, segundo análise da Folha, que considerou dados da riqueza anual da população divulgados pelo Banco Mundial em 2023.


A Irlanda, com R$ 571,3 mil por pessoa ao ano, conseguiu apenas sete medalhas. A Suíça, com R$ 551 mil, levou oito, assim como a Noruega, cujo PIB per capita é de R$ 484,7 mil. Qatar (R$ 482 mil) e Singapura (R$ 467 mil) obtiveram apenas uma medalha cada.


Olhando para as 15 delegações com mais medalhas, o Brasil apresenta o PIB per capita mais baixo da lista, de R$ 55,3 mil.


Os países com o indicador mais próximo do Brasil são República Dominicana e Granada, que terminaram com três e duas medalhas, respectivamente. No quesito conquista de pódios, considerando ouro, prata e bronze, o Brasil foi mais eficiente.


Dentre os países mais pobres e com mais de dez medalhas estão Uzbequistão, Ucrânia, Irã e Quênia.


Em relação à classificação geral, o primeiro teve mais que o dobro de ouros do Brasil, portanto conquistou melhor posição. O Uzbequistão levou para casa oito medalhas de ouro, sendo cinco delas no boxe masculino, ficando, assim, em 13º, sete posições à frente.


Com 12 medalhas, a Ucrânia obteve três ouros. Em guerra com a Rússia desde 2022, a delegação do país foi a menor de todos os Jogos dos quais participou. Mesmo assim, o país registrou o melhor desempenho na esgrima por equipe feminina, no salto em altura feminino e no boxe masculino categoria 80 kg. No quadro geral, conseguiu o 12º.


O Irã teve performance parecida à da Ucrânia, também com 12 medalhas, mas à frente na classificação final porque o número de medalhas de prata é maior. Ficou uma posição atrás do Brasil.


Já os quenianos se saíram melhor do que o Brasil na classificação final. Embora tenha menos medalhas (11), o país africano conseguiu quatro ouros. Por isso, está na 17ª posição.


Os ouros vieram do atletismo: venceram as provas de 800 m masculino, com Emmanuel Wanyonyi, 1.500 m feminino, com Faith Kipyegon, 5.000 m feminino, com Beatrice Chebet, e 10.000 m feminino, também com Chebet.


As Olimpíadas de Paris chegaram ao fim neste domingo (11) com dois países a menos na lista de medalhistas. Em Tóquio-2020, 93 países conseguiram levar medalhas para casa. Nesta edição, foram 91.


Por quantidade de medalhas, a ordem é: Estados Unidos (126), China (91) e Grã-Bretanha (65).


Na edição anterior, os americanos levaram 113, seguidos de China (89) e do Comitê Olímpico Russo (71).


Já no quadro geral, que prioriza ouro, o ranking é encabeçado por EUA, China, Japão, Austrália, França, Países Baixos e Grã-Bretanha.


O número de delegações medalhistas cresce de forma gradativa desde o início da história olímpica, em 1896 (quando só 11 países levaram a honraria para casa). O crescimento se acentua depois do fim da Segunda Guerra, com um boom do fim dos anos 1980 até hoje.


Nos últimos 20 anos, o aumento de países medalhistas foi de 23%.


Considerando a população, entre os 20 primeiros colocados no quadro geral desta edição, o menor país é a Nova Zelândia. Com 5,2 milhões de habitantes— menor que da cidade do Rio de Janeiro (6,2 milhões)—, o país conquistou o mesmo número de medalhas que o Brasil (20), mas ficou à frente no quadro geral porque teve 10 ouros, enquanto o Brasil teve três.


Em Paris, dois países caribenhos com menos de 200 mil habitantes ganharam medalhas pela primeira vez em sua história. Thea LaFond-Gadson, de Dominica, ficou com a medalha de ouro no salto triplo feminino, e Julien Alfred, de Santa Lúcia, ganhou a medalha de ouro nos 100 m rasos femininos.


Fonte: Agenda do Poder

Viúva de piloto da Voepass diz que golpistas estão pedindo dinheiro na internet em nome da família: ‘Roubando nosso luto’

 Thalita Machado acredita que ele tenha desviado o avião para não atingir nenhuma casa.

Danilo Romano, piloto responsável por comandar a aeronave da Voepass Linhas Aéreas que caiu em Vinhedo (SP), na sexta-feira (9), é uma das 62 vítimas do acidente aéreo que marcou o Brasil nesta semana. O comandante tinha 35 anos e começou a sua carreira em Jundiaí (SP).


Fantástico deste domingo conversou com Thalita Machado, esposa de Danilo, que conta como era a vida do piloto em família e faz um alerta sobre golpistas que estão se passando por parentes para pedir dinheiro na internet.


“Tem pessoas criando perfis fakes no Instagram para pedir dinheiro. E nós da família não estamos pedindo nenhum tipo de ajuda nesse sentido. Tem pessoas aproveitando desse momento, dessa comoção e até roubando nosso luto porque a gente não consegue passar por essa situação em paz”, desabafa.

 

Planos interrompidos


O casal Thalita e Danilo se formou em março de 2020. Dois meses depois eles foram morar juntos.


“Ele era uma pessoa muito querida, que me ajudou em inúmeros momentos, de inúmeros formas, me ajudou a me desenvolver enquanto pessoa. Eu só queria poder falar com ele. Me despedir dele”, conta.

 

A última mensagem trocada foi quando Danilo estava saindo de casa, indo para o aeroporto.


“Ele estava de sobreaviso e foi acionado com antecedência. Inclusive, nos dias anteriores, ele estava de folga. Estava descansado”, fala.


O sorriso largo era a marca registrada de Danilo. Palmeirense fanático, assim como o pai, seu Pietro, os dois se falavam todos os dias. O final de cada conversa, não podia faltar um “eu te amo, pai”.


Casados há dois anos, Danilo e Thalita tinham planos de aumentar a família.


“Nós tínhamos muitos planos juntos. Nós já morávamos juntos há bastante tempo, mas o nosso maior sonho e uma coisa que a gente esperava que muito em breve acontecesse era ter filhos, então eu sinto muita dor disso não ter acontecido com ele em vida. Eu não consigo acreditar até agora, ainda não caiu a minha ficha. Eu tentei ligar várias vezes para ele, mandei mensagem. Mesmo hoje eu já mandei mensagem para ele de novo”, diz.

 

E mesmo diante de tanta tristeza, ela tenta encontrar forças para seguir.


“Eu fico muito feliz por ele ter conseguido, imagino que tenha conseguido desviar das casas para não atingir outras pessoas também. Para mim ele é um herói”, diz.

 

assista a reportagem completa no link abaixo:


https://globoplay.globo.com/v/12815804


Fonte: Agenda do Poder


Ministério descobre nova fraude em importações e prejuízo já chega a R$ 100 milhões

 Chapas de alumínio que entravam no Brasil como vindas de Taiwan eram produzidas na China


Comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços descobriu uma nova fraude em importações que burlavam medidas antidumping aplicadas pelo Brasil. De acordo com investigação da pasta encerrada nesta sexta-feira, 9, chapas de alumínio para impressão off-set que entravam no País com registro de Taiwan eram, na verdade, produzidas na China.


Essas falsas declarações de origem de produtos importados já causaram um prejuízo de R$ 100 milhões ao Brasil desde 2021, afirma o governo Lula.


O antidumping é uma medida de defesa comercial aplicada contra mercadorias que entram no País com preços desleais, prejudicando a indústria nacional. Descoberta a fraude, o MDIC é responsável por interromper o esquema, e a Receita Federal pode cobrar a diferença dos valores não recolhidos.


No caso das chapas de alumínio, a fraude se deu porque as sobretaxas aplicadas para China e Taiwan são diferentes: de US$ 2,09 a US$ 2,35 o quilo importado no primeiro caso, e de apenas US$ 0,19 no segundo caso. Ou seja, ao fraudar a origem do produto, o exportador pagava menos de 10% do valor devido em sobretaxas.


Só neste ano, o MDIC interrompeu seis operações irregulares. A primeira delas foi de importação de ácido cítrico do Camboja. Também foram identificadas fraudes na importação de laminados a frio do Vietnã e Turquia; de objetos de louça da Malásia; e de pneus agrícolas de Hong Kong.


“Temos um trabalho permanente contra fraudes e desvios envolvendo importações”, afirmou à Coluna do Estadão a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres.


Fonte: Agenda do Poder 

STF aprova orçamento de R$ 953 milhões para 2025

 Proposta será encaminhada até a próxima terça-feira (13) ao Ministério do Planejamento

Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou, por unanimidade, a proposta para o seu orçamento de 2025. O valor de R$ 953.887.705 foi apresentado pelo presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, em plenário virtual. Na proposta aprovada pelo colegiado, R$ 894.716.882 serão para despesas de custeio e investimentos, e R$ 59.170.823, para contribuição patronal previdenciária.


A votação foi finalizada na sexta-feira (9) e a proposta será encaminhada até a próxima terça-feira (13) à Secretaria de Orçamento e Finanças do Ministério do Planejamento e Orçamento, para ser enviada ao Congresso Nacional, dentro da proposta do orçamento da União. Caso o valor seja aprovado, o STF terá autonomia para utilizar os recursos de acordo com suas necessidades.


Redução


Os valores para 2025 são menores que os montantes anuais definidos para o período entre 2007 e 2019 – com exceção de 2016. Barroso destacou o aumento da produtividade do tribunal e a redução significativa no número de processos, apesar da redução orçamentária, e disse que o valor representa 68,93% do montante atualizado do orçamento aprovado em 2009.


No entanto, as despesas com segurança e tecnologia aumentaram, por causa das hostilidades ao Supremo, e, portanto, há necessidade de novos investimentos para garantir a integridade do tribunal.


Fonte: Agenda do Poder com informações do STF

Empresa responsável por avião que caiu em Vinhedo aciona seguro para indenizar parentes das vítimas da tragédia

 VoePass deve pagar indenização por danos patrimoniais e morais, além de seguro obrigatório

A VoePass, empresa responsável pelo avião que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, na sexta-feira (9/8), matando 62 pessoas, já acionou sua seguradora para dar suporte aos familiares das vítimas, que estão concentradas na capital paulista aguardando a identificação e liberação dos corpos para poder sepultar seus entes.


Todos os corpos foram retirados dos destroços até a tarde de sábado (10/8) e encaminhados para o Instituto Médico-Legal (IML) central de São Paulo, na capital. Os peritos fizeram uma série de entrevistas com os parentes para colher informações sobre características físicas que pudessem acelerar o processo de identificação, como próteses e tatuagens – 12 corpos já haviam sido liberados até a noite desse domingo (11/8).


O acionamento do seguro pela VoePass, antiga Passaredo, foi informado pela Defensoria Pública do Paraná, que está acompanhando o caso em parceria com a Defensoria Pública de São Paulo. O avião partiu de Cascavel (PR) e tinha como destino o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.


Por meio de nota, o órgão paranaense afirmou que a corretora Alper e a seguradora Starr “estão trabalhando para dar suporte à companhia aérea para atender as famílias dos 58 passageiros e quatro tripulantes”.


A VoePass, contudo, se negou a dar mais informações ao ser questionada pela reportagem. “Estas informações não serão disponibilizadas”, disse. A reportagem não conseguiu contato com a corretora e a seguradora durante o fim de semana.


No começo da noite desse domingo, membros das duas Defensorias Públicas já participaram de uma primeira reunião com representantes da empresa, de parentes de vítimas, do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e da Polícia Federal (PF) para tratar das providências a serem adotadas após a liberação dos corpos para sepultamento.


Responsabilidades da VoePass


A legislação brasileira prevê que a VoePass tem obrigação de manter uma apólice de seguro chamada Responsabilidade do Explorador ou Transportador Aéreo (Reta). Ela deve cobrir danos a passageiros ou parentes, e tem um valor de até R$ 103 mil por vítima.


Porém, esse seguro cobre os custos básicos decorrentes da tragédia, e a legislação permite que os parentes das vítimas tenham direito a indenizações tanto por danos morais como por danos patrimoniais. “As ações de indenização poderão ser ajuizadas perante a Justiça Estadual, do lugar do ato ou fato que deu ensejo à reparação ou no local onde a vítima tenha seu domicílio”, informa a Defensoria.


Acordo de indenização


A última tragédia aérea de proporções parecidas de responsabilidade de uma empresa brasileira havia sido o acidente da TAM (atual Latam) no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em 2007, que matou 199 pessoas.


Para indenizar as vítimas da TAM, os advogados, a Defensoria Pública, o MPSP, a Fundação Procon e o Ministério da Justiça se juntaram em uma câmara de mediação e criaram um sistema até então inédito para a celebração de um acordo extrajudicial de indenização que foi aceito por 90% dos familiares – os demais parentes optaram por não fazer o acordo e há casos que até hoje tramitam na Justiça.


Nos acordos, para a indenização por danos morais, filhos e cônjuges de vítimas tiveram direito a um pagamento de 500 salários mínimos. Pais de passageiros que ainda morassem com eles, a 600 salários mínimos. Os irmãos tiveram direito de 100 a 200 salários mínimos e os familiares das quatro vítimas que nunca foram identificadas tiveram direito a 700 salários mínimos.


Já para a indenização por danos patrimoniais, a câmara de mediação estabeleceu uma tabela que considerava a idade da vítima e o quanto ela tinha de expectativa média de vida. O valor da indenização seria equivalente a dois terços do salário líquido da vítima pelo período em que ela ainda iria trabalhar.


“A gente precisava de uma régua para balizar as indenizações. Então, houve uma série de reuniões e estudos para se chegar a uma média do que era pago a partir das indenizações determinadas pelo STJ em casos de morte”, disse o advogado Claudio Castello de Campos Pereira, que participou do processo.


Acordo versus punições


O advogado ressalta que a legislação do Brasil prevê a obrigação de indenização aos familiares das vítimas por parte da empresa independentemente se as investigações sobre as causas do acidente apontem que a companhia aérea teve responsabilidade ou não pela tragédia.


No caso da TAM, houve casos de parentes que recusaram inicialmente o acordo por entender que, assim, poderiam livrar eventuais responsáveis pelo acidente de punição – e eles queriam justiça.


A identificação dos responsáveis e o estabelecimento de punição ocorre em outro tipo de processo, na esfera criminal, que não tem relação com as indenizações.


A Polícia Federal e a Polícia Civil de São Paulo acompanham o caso, e vão aguardar os laudos periciais e o relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), para determinar eventuais indiciamentos.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles.

Membros do PL culpam Bolsonaro por perdas de aliados para o PT nas eleições municipais

 O foco da irritação é a ordem no partido que vetou coligações com legendas de esquerda

A irritação entre correligionários do PL com Jair Bolsonaro aumentou nos últimos dias, informa a colunista Bela Megale, do jornal O GLOBO. O foco da irritação é a ordem no partido que vetou coligações com legendas de esquerda.


Com isso, aumentou a pressão sobre o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, para que convença o ex-presidente a liberar alianças com siglas como PDT e PSB e manter o veto apenas às federações envolvendo PT e PSOL. O problema é que Valdemar segue proibido de ter contato com Bolsonaro por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) e não tem meios de abordar o assunto com o capitão reformado.


Nas críticas de lideranças de PL, eles afirmam que “Bolsonaro não entende de política” e “faz o movimento errado” que atrapalha a legenda e seus candidatos regionalmente. O maior temor no PL é que membros do PSB e PDT aliados ao partido do ex-presidente em cidades do interior passem a apoiar o PT, se forem rifadas das coligações.


Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo