Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto. Foto: Divulgação
Neste sábado (3), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro foi impedido de ter contato com Valdemar Costa Neto durante a convenção do MDB, que oficializou a candidatura de Ricardo Nunes à reeleição, realizada em São Paulo.
Ambos estão sendo investigados pela Polícia Federal por suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado. Durante a convenção, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, desceu do palco e acompanhou o discurso de Bolsonaro no meio da multidão, garantindo que ambos não dividissem o mesmo ambiente.
No palanque, Bolsonaro também evitou contato com Gilberto Kassab, presidente do PSD. Segundo aliados, o ex-presidente está mais incomodado do que nunca e deseja forçar Tarcísio de Freitas (Republicanos) a romper com Kassab antes da busca pela reeleição em 2026.
Bolsonaro atribui a Kassab a atuação de senadores do PSD em CPIs que o colocaram como alvo. No caso da CPI da Covid, ele se queixa dos senadores Otto Alencar (BA) e Omar Aziz (AM), e, na CPI do 8 de Janeiro, da senadora Eliziane Gama (MA). Em fevereiro, Bolsonaro compartilhou uma mensagem contra Kassab via WhatsApp, caracterizando o presidente do PSD como “farsante” e “ventríloquo de toda a podridão da esquerda”.
Sérvio superou o espanhol Alcaraz e levou a medalha de ouro
Novak Djokovic (Foto: Reuters)
Em um confronto disputado contra o espanhol Carlos Alcaraz na final das Olimpíadas de Paris 2024, neste domingo, o sérvio saiu vitorioso com parciais de 7/6(3) e 7/6(2) em uma partida que durou duas horas e 50 minutos. A vitória ocorreu no mesmo complexo de Roland Garros, local icônico onde Djokovic completou o "Career Super Slam" — vencer os quatro torneios de Grand Slam (Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open), as Olimpíadas, a Copa Davis e o ATP Finals. Apenas Andre Agassi havia realizado esse feito antes, em 1999.
Durante uma entrevista na quadra Phillipe-Chatrier para a NBC, Djokovic foi questionado se "isso era a peça que faltava no quebra-cabeça," e ele prontamente respondeu: "Sim, é. É."
Ele também compartilhou sobre suas lutas internas: "Eu sempre digo a mim mesmo que eu sou o suficiente. Porque posso ser muito autocrítico. Não sei. Essa é uma das maiores batalhas internas que continuo travando comigo mesmo. Sinto que não fiz o suficiente ou não fui o suficiente na minha vida dentro e fora das quadras. Então, é uma grande lição para mim. Sou muito grato pela bênção de ganhar uma medalha de ouro histórica para o meu país. De completar o golden slam. De completar todos os recordes."
Iniciativa foi adotada em resposta a ameaças identificadas durante as investigações dos atos golpistas
Lula (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
A partir deste mês, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Polícia Federal (PF) intensificarão as medidas de segurança para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante suas viagens de campanha. O objetivo é assegurar a proteção do presidente em eventos públicos e visitas, utilizando equipamentos como pastas que se transformam em escudos à prova de bala. As informações são deO Estado de S. Paulo.
Essa iniciativa foi adotada em resposta a ameaças identificadas durante as investigações dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando a PF descobriu planos de atentado contra Lula.
O aumento das medidas de segurança inclui a utilização de drones e snipers, além da cooperação entre o GSI e a Polícia Federal, que se vale de sua ampla experiência em proteção de autoridades e análise de risco. Atualmente, a segurança presidencial é composta por 310 militares do GSI e do Comando Militar do Planalto, enquanto a Polícia Federal não divulga o número de agentes envolvidos.
Após os eventos de janeiro, o modelo de segurança foi revisado, levando à criação da Secretaria de Segurança Presidencial para coordenar as ações de proteção ao presidente e sua família.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo
Lira apresenta três aliados como cotados a receber seu apoio — Elmar e os deputados Marcos Pereira (Republicanos-SP) e Antonio Brito (PSD-BA) —, mas já sinalizou que seu preferido é o parlamentar do União Brasil
Em um mar de camisetas vermelhas e brancas, cores dos candidatos do PT na Bahia, dois tons destoavam no palco da convenção do partido em Sento Sé, município de 40 mil habitantes no norte do estado. Eram o deputado federal Elmar Nascimento, do União Brasil, e seu primo Junior, deputado estadual, ambos declarando apoio à candidata petista à prefeitura, com direito a pose de mãos dadas com o governador Jerônimo Rodrigues (PT). A cena, registrada no último fim de semana, foi o capítulo mais recente da política de boa vizinhança ensaiada por Elmar com o PT, em um momento em que se afunila o processo que definirá o candidato à sucessão de Arthur Lira (PP-AL) à presidência da Câmara.
Lira, que publicamente apresenta três aliados como cotados a receber seu apoio — Elmar e os deputados Marcos Pereira (Republicanos-SP) e Antonio Brito (PSD-BA) —, já sinalizou mais de uma vez que seu preferido é o parlamentar do União Brasil.
Pesa contra a escolha o histórico de atritos entre Elmar e o PT baiano, que já custaram ao deputado uma vaga de ministro para a qual foi cotado no início do governo Lula. O presidente da Câmara já afirmou ao jornal que Lula participará da escolha de seu sucessor.
Na semana passada, ao participar do lançamento da candidatura de Giselda Carvalho (PT) em Sento Sé, Elmar argumentou que se tratava de um gesto estritamente local. A cidade é vizinha a Campo Formoso, berço eleitoral do deputado e hoje governada por seu irmão, Elmo Nascimento.
– Sou bem votado em cerca de 70 municípios da Bahia, e mais ou menos metade tem prefeitos da base do governador Jerônimo. Outros votaram em ACM Neto (do União Brasil) ao governo em 2022. Não consigo estar em todos os municípios, mas minha presença em alguns não tem a ver com eleição da Câmara – minimizou o deputado.
Elmar aproveitou a ocasião, porém, para mostrar proximidade com Jerônimo e dizer que “aprendeu a gostar” do ministro da Casa Civil — e ex-governador baiano — Rui Costa (PT), a quem chamou de “devotado ao trabalho”.
Em 2019, quando Costa havia sido reeleito para um segundo mandato, Elmar fez duras críticas ao então governador, acusando-o de “perseguir adversários”, como ele, e de tratar “prefeito de oposição a pão e água”.
Para interlocutores do governo Lula, os gestos de Elmar o ajudam a se consolidar como preferido de Lira, que tenta cultivar relação amistosa com o Planalto, mas ainda são insuficientes para atrair o apoio do PT na sucessão na Câmara.
Reservadamente, petistas lembram que Elmar, durante um comício em Campo Formoso na campanha de 2022, declarou só enxergar “condenados e ex-presidiários” ao lado de Lula, frase ainda mal digerida pelo presidente.
Neste ano, além do apoio a petistas e do afago a antigos rivais, Elmar tem se esquivado de campanhas mais delicadas. Ele não participou, por exemplo, da convenção que homologou a candidatura de Zé Ronaldo, em Feira de Santana, uma das principais apostas do União Brasil. A cidade, segundo maior colégio eleitoral da Bahia, também é tratada como prioridade pelo PT, que lançou a candidatura do deputado federal Zé Neto à prefeitura.
– Talvez seja mais confortável para ele (Elmar) não entrar em algumas divididas com a gente, mas o PT baiano não está tratando de eleição à presidência da Câmara agora. Estamos focados em recuperar espaço em cidades estratégicas, e isso passa por diálogos acima de fronteiras partidárias – afirmou um petista.
Uma das amostras da dificuldade de Elmar em conquistar a simpatia do PT aparece justamente em seu principal reduto. O irmão, Elmo, tentará a reeleição em Campo Formoso contra Denise Menezes (PSD), esposa do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Adolfo Menezes. Numa eleição considerada simbólica, dada a envergadura política de Elmar e de Adolfo e a antiga rivalidade entre ambos, Denise terá apoio do PT.
O lançamento de sua candidatura, no domingo passado, contou com o governador Jerônimo Rodrigues e com um vídeo enviado pelo ministro Rui Costa, que prometeu visitar a cidade durante a campanha. “Quero participar aí daquelas caminhadas animadas e dialogar com o povo de Campo Formoso. Para a gente ter uma prefeita alinhada com o governador Jerônimo e com o presidente Lula”, disse Costa na gravação.
Elmar tenta estreitar laços com Rui Costa desde o ano passado, quando ficou claro que sua relação com o PT baiano era um ponto fraco na disputa pela sucessão de Lira. Em setembro, segundo o portal “Bahia Notícias”, Elmar tentou levar o chefe da Casa Civil para um festival financiado pelo Ministério do Turismo em Campo Formoso. Já neste ano, Elmar convidou Costa para sua festa de aniversário, em Brasília, e posou ao lado do ministro. Na semana passada, ao portal “BNews”, disse que a presença de Costa na festa foi “um sinal de apreço”.
Fonte: Agendas do Poder
Em outro esforço para se aproximar do PT, e relacionado aos planos de sucessão na Câmara, Elmar ajudou a organizar no início deste ano um almoço no Palácio de Ondina, sede do governo da Bahia, reunindo Lira e o governador Jerônimo Rodrigues, além da bancada federal baiana.
Os esforços, por ora, não demoveram aliados de Lula na Bahia. A exemplo de Costa, o senador Otto Alencar (PSD), que acumula alianças com o PT baiano, mergulhou em candidaturas que incomodam Elmar. Além de participar da convenção do PSD em Campo Formoso, marcando posição contra o irmão do deputado do União Brasil, Alencar disse que tem trabalhado pela candidatura do correligionário Antonio Brito à presidência da Câmara.
Alencar, que vem sendo colocado como possível postulante à sucessão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no Senado, sugeriu que abriria mão de disputar o posto caso ajude a eleição de Brito, e que já comunicou a hipótese a Lula. A estratégia, segundo correligionários, visa a abrir caminho para Davi Alcolumbre (União-AP) presidir o Senado, o que também dificultaria a situação de Elmar na Câmara, já que é pouco comum o mesmo partido dirigir as duas Casas.
“Minha prioridade é o Brito, disse exatamente isso em um jantar em Ondina com o presidente Lula”, afirmou Alencar na convenção do PSD em Salvador, na semana passada.
Impacto em 2026
Além de Sento Sé, Elmar se comprometeu a apoiar outros dois candidatos petistas a prefeituras na Bahia: Zico de Baiato, em Alcobaça, e Romeu Jr. em Barra. Ambos são recém-filiados ao PT, egressos de partidos do Centrão, e têm relação antiga com Elmar. Em abril, por exemplo, Zico creditou a Elmar uma articulação para que a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) entregasse uma retroescavadeira ao município.
Nas três cidades, o partido de Elmar ou lançou candidato próprio ou estará em coligações contrárias ao PT, o que não vem impedindo o deputado de apoiar as chapas petistas. A “infiltração” de Elmar causa incômodo em aliados do PT no estado, em especial no MDB, que disputa a capital Salvador contra o União Brasil. A avaliação é que esse movimento atrapalha a transferência de votos do PT a rivais do União Brasil, além de embaralhar alianças locais.
— Acredito que isso seja um jogo de cena do PT com Elmar, mas é prejudicial. Ao deixar alguém de outro grupo entrar no seu campo, você não sabe para quem esses prefeitos vão pedir voto em 2026 — reclama o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB).
Desde o começo do terceiro mandato de Lula, a primeira-dama acumula mais buscas no Google do que o ministro mais pesquisado: Fernando Haddad
Janja é a primeira-dama do Brasil mais buscada no Google, segundo dados da própria plataforma divulgados pelo colunista Lauro Lardim, do Globo. A procura por Janja em julho deste ano, quando representou Lula nas Olimpíadas de Paris, mais do que triplicou em relação ao mês anterior: cresceu 260%. Foi o mês com maior número de buscas por Janja desde dezembro de 2023.
Quando comparados períodos iguais, Janja tem o dobro de procuras no Google que Michelle Bolsonaro e Marcela Temer. Aliás, desde o começo do terceiro mandato de Lula, a primeira-dama acumula mais buscas no Google do que o ministro mais pesquisado: Fernando Haddad (Fazenda).
Os termos mais procurados neste ano são “Janja Lula”, “filho Lula Janja”, “idade Janja”, “foto Janja”, “Janja Macron”, “Twitter Janja”, “roupa Janja” e “Janja Olimpíadas”.
Após recusa de Duda Salabert (PDT por aliança, partido se une à federação Psol-Rede para concorrer na capital mineira
O Partido dos Trabalhadores (PT) oficializou neste domingo a candidatura do deputado federal Rogério Correia à prefeitura de Belo Horizonte. A movimentação do PT representa uma divisão na esquerda da capital, já que os esforços para unir forças com a deputada Duda Salabert (PDT) não tiveram sucesso. A pedetista deve ser confirmada como candidata pelo seu partido ainda neste domingo.
A cerimônia contou com a presença de lideranças do PT e da federação Psol-Rede, que indicou a deputada estadual Bella Gonçalves como candidata a vice-prefeita. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e a ministra Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, apoiaram a chapa.
Segundo a última pesquisa Quaest divulgada na capital, Rogério Correia tem 6% das intenções de voto, estando tecnicamente empatado com outros seis candidatos. Bella Gonçalves aparece com 2%. O líder da corrida é o deputado estadual e apresentador licenciado da Record TV, Mauro Tramonte (Republicanos).
A composição com o Psol valoriza o partido que abriu mão da candidatura de Bella para apoiar Correia. Em seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa, Bella já havia atuado na Câmara Municipal de Belo Horizonte e é conhecida por defender a representatividade, sendo uma lésbica assumida.
A candidatura de Duda Salabert, que deve ser oficializada em uma chapa puro-sangue, representa outra vertente da esquerda na capital. Por meses, Rogério Correia tentou atrair Duda Salabert para sua campanha, enfatizando a necessidade de união da esquerda para enfrentar o bolsonarismo, representado pelo deputado estadual Bruno Engler (PL).
A convenção do PT foi nomeada “Convenção BH da Esperança”, em referência à federação Brasil da Esperança, que elegeu o presidente Lula (PT) em 2022. A oficialização de Correia como o candidato de Lula desagrada a campanha do prefeito Fuad Noman (PSD), que buscava o apoio do Planalto. O PSD também integra a base do governo federal, comandando três ministérios.
Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.
Bloco conhecido como Centrão surgiu na Assembleia Constituinte de 1988; historicamente formado por partidos de centro e de direita, grupo político é conhecido pela boa articulação no Congresso
Os partidos de centro, como MDB, PSD, União Brasil, Republicanos e Progressistas, têm se destacado nas pesquisas de intenção de voto para as prefeituras das capitais brasileiras, liderando em 21 das 26 capitais. Essa força do centrão ocorre em meio à polarização nacional entre PT e PL, com Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) atuando como “cabos eleitorais” nas eleições municipais.
Segundo o boletim Política Brasileira da consultoria Arko Advice, o União Brasil lidera em seis capitais: Campo Grande, Fortaleza, Porto Velho, Cuiabá, Salvador e Teresina. O PSD também lidera em seis capitais: Natal, Curitiba, Florianópolis, Rio de Janeiro, São Luís e está empatado na liderança em Goiânia. Já o MDB está em primeiro lugar em seis capitais: Rio Branco, Boa Vista, Macapá, São Paulo, Porto Alegre e Belém.
Além disso, o Republicanos é favorito em Belo Horizonte (MG) e Vitória (ES). O Progressistas lidera em João Pessoa (PB), onde o atual prefeito Cícero Lucena aparece em primeiro nas sondagens.
Cristiano Noronha, cientista político da Arko Advice, destaca que a maior presença do centrão no Congresso e nos ministérios desde o impeachment aumentou seu acesso a emendas, recursos que têm sido destinados a cidades onde candidatos do centrão têm chances de vencer. Isso tem fortalecido ainda mais o grupo em meio à polarização política nacional.
“O centrão tem tido força destacada desde o impeachment”, diz o especialista. Segundo Noronha, a maior presença no Congresso e nos ministérios aumentou o acesso do grupo a emendas — recursos que têm sido destinados a cidades em que candidatos do centrão têm chances de vencer.
O tamanho do centrão
O bloco surgiu na Assembleia Constituinte de 1988. Historicamente formado por partidos de centro e de direita, o grupo político é conhecido pela boa articulação no Congresso. A ação em bloco durante votações importantes transformou o centrão em interlocutor preferencial do Executivo ao longo dos anos.
Grupo mantém domínio político na Câmara, com mais de 200 dos 513 deputados federais. O centrão é composto por parlamentares de diversos partidos, com um viés um pouco mais conservador, mas aberto a negociações. Eles já estiveram na base do governo Bolsonaro e hoje fazem parte das alianças do governo Lula.
O partido de Bolsonaro é mais competitivo que PT em capitais. O PL aparece na liderança em Aracaju, Maceió e Belém — e é competitivo em Palmas e Rio Branco. A legenda de Lula aparece empatada na liderança só em Goiânia e com chance de ir ao 2º turno em Porto Alegre e Teresina.
Manaus, Porto Alegre e São Paulo dão esperanças à esquerda. David Almeida, do Avante (antigo PT do B), e Amom Mandel, do Cidadania (antigo PPS), estão empatados na capital do Amazonas — assim como Manuela D’Ávila, do PCdoB, e Sebastião Melo, do MDB, em Porto Alegre. Em São Paulo, apoiado por Lula, Boulos (Psol) está tecnicamente empato com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e José Luiz Datena (PSDB).
O PSB só lidera no Recife. Na capital pernambucana, o prefeito João Campos (75% dos votos) está isolado na liderança e seria reeleito no primeiro turno se a eleição fosse hoje.
– Bolsonaro ajudou o PL a eleger 99 deputados federais na última eleição. Isso possibilitou que o partido tivesse maior acesso ao fundo partidário, o que representa uma vantagem competitiva importante nas eleições municipais – Cristiano Noronha, cientista político da Arko Advice.
Tendência é que cenário se mantenha
A chance de mudança é maior nas disputas mais acirradas. É o caso de São Paulo, com o empate triplo de Nunes, Boulos e Datena em primeiro, dentro da margem de erro das pesquisas.
O caráter local destas eleições reduz a influência de “padrinhos” políticos. De acordo com Noronha, o apoio de caciques é importante como “ponto de partida” para candidatos a prefeito nas pesquisas, porém a transferência de votos tem limite e fatores como histórico, estrutura de partido, propostas e apoios têm peso importante.
Uma das paradas técnicas propostas pelo técnico Cleber Paraná na busca pela vitória do Apucarana
Na presença de bom público ontem à noite no Lagoão, a equipe do Apucarana Futsal não foi além de um empate em 2 a 2, contra a equipe do Missal. O Apucarana foi melhor no jogo todo, mas parou nas intervenções do goleiro Bugre, da equipe adversária. O confronto foi válido pela terceira rodada da segunda fase da Série Prata do Campeonato Paranaense de Futsal.
Bruno e Matheus Cabo marcaram os gols do Apucarana enquanto Grafite e Tavares fizeram para o Missal. Este foi o terceiro empate consecutivo do Dragão do Norte; antes havia empatado em Guaíra em 2 a 2 e em Terra Boa, por 4 a 4.
Com resultado o Apucarana se manteve na terceira colocação no grupo B, com três pontos.
No próximo sábado (10), o Apucarana visita Itaipulândia no Oeste do Estado, onde enfrenta a equipe local. Itaipulândia vem de vitória por 4 a 2 diante do Fazenda Futsal e ocupa a segunda posição no grupo. O jogo está marcado para às 19h30 no Ginásio Irineu Friedrich na cidade de Itaipulândia.
Resultados da rodada
Medianeira 6 x 3 Paraná Clube
Loss ABF 3 x 2 Santa Helena
Manoel Ribas 3 x 2 Palmas
Itaipulândia 4 x 2 Fazenda Futsal
Guaíra 3 x 3 Terra Boa
Apucarana 2 x 2 Missal
Classificação
Grupo "A"
Medianeira 9
Paraná Clube 6
Loss ABF 6
Manoel Ribas 6
Santa Helena 0
Palmas 0
Grupo "B"
Missal 7
Itaipulândia 6
Apucarana 3
Guaíra 3
Terra Boa 2
Fazenda Futsal 1
Próxima rodada (10/8)
Paraná Clube x Loss ABF (Grupo A)
Medianeira x Manoel Ribas (Grupo A)
Santa Helena x Palmas (Grupo A)
Fazenda Futsal x Terra Boa (Grupo B)
Itaipulândia x Apucarana (Grupo B)
Guaíra x Missal (Grupo B)
Nesta fase, as equipes jogam entre si dentro do grupo em turno e returno com as quatro melhores de cada grupo passando para a fase seguinte.
Atletas exaltam as políticas de apoio ao esporte, que resultaram em medalhas
Beatriz Souza (Foto: Reuters/Arlette Bashizi)
Agência Gov –As medalhas conquistadas pelo Brasil nos Jogos Olímpicos de 2024 têm a marca do Programa Bolsa Atleta, que financia o sonho de 9 em cada 10 competidores brasileiros que estão em Paris. Reportagem de Jéssica Gonçalves para o telejornalBrasil em Dia,Canal Gov, traz depoimentos de atletas a respeito da importância do programa lançadohá 20 anospelo Governo Federal. Lorrane Oliveira e Jade Barbosa, da equipe de ginástica que ficou com o bronze, além de Caio Bonfim, prata na marcha atlética, convergem na avaliação.
O Bolsa Atleta, para todos eles, proporciona a permanência na caminhada. O direito de comer, viver, se vestir, estudar, treinar. A capacidade de organizar sua estrutura e sua rotina, sem perder o foco e o sonho. A possibilidade de colocar necessidades e planos na balança e decidir que dá para seguir em frente. OBolsa Atleta é um diferencialnão só para um competidor, quase sempre de origem humilde, mas para sua estrutura familiar.
O “time” de políticas públicas, porém, não para por aí. Além da delegação escalada para competir, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) levou a Paris diversos futuros membros dessa delegação, quem sabe já em Los Angeles 2028. São os convidados do Programa Vivência Olímpica, como o velejador Lucas Fonseca, a pequena ginasta Ana Luísa Sales, de 11 anos, e Ryan Kainalo, que com apenas 18 anos já tem um mundial sub-18 de surfe e um bicampeonato sul-americano na categoria.
Eles estão na capital mundial do esporte, com recursos proporcionados pela Lei das Loterias, para mergulhar no ambiente de competição. Conviver com ídolos do passado e da atualidade, superar os medos, semear coragem, cultivar experiência. E investir no sonho. Como alguns anos atrás já o fizeram Rebeca Andrade, Martine Grael, Izaquias Queiroz e Bia Ferreira.
A matéria apresenta ainda o Programa Revelar Talentos, destinado a garimpar talentos, encaixá-los em suas vocações, e proporcionar formação e aperfeiçoamento para atletas até 21 anos. O objetivo é criar condições para chegarem ao patamar do alto rendimento, também com a capacitação de profissionais que compõem a rede de apoio que cada atleta precisa – como treinadores, preparadores, psicólogos. O trabalho inclui e participação em competições, e também em intercâmbios, cursos, seminário e congressos. Está organizado em 15 núcleos de atuação e tem um orçamento de R$ 9 milhões para este ano.
Ex-craque já visitou municípios na Bahia e no Maranhão em busca do local ideal para implementar seu projeto de mestrado
Raí (Foto: Reprodução)
O ex-futebolista brasileiro Raí está determinado a utilizar o esporte como ferramenta de transformação social no Brasil. Após retornar a Paris, ele obteve o diploma de mestre em Políticas Públicas pela prestigiada Universidade Sciences Po. Agora, ele pretende aplicar um projeto inovador de integração entre arte, esporte e educação em uma pequena cidade do Nordeste brasileiro, para servir como modelo de democratização do esporte.
“Quero fazer o projeto em uma cidade que tem essa vocação, não quero impor nada”,disseRaí ao Estadão. Ele já visitou municípios na Bahia e no Maranhão em busca do local ideal para implementar sua iniciativa. “Provo na minha dissertação que essas atividades lúdicas têm impacto muito grande no desenvolvimento humano, educacional, cognitivo e de integração. São atividades hoje, num mundo tão dividido, que quebram as diferenças e juntam as pessoas. Tem tudo isso dentro do projeto, que visa radicalizar a integração e universalizar o acesso a esse tipo de política pública. Essas atividades têm que ser um direito humano”.
Raí é uma figura muito respeitada na França, onde jogou pelo Paris Saint-Germain e recentemente carregou a tocha olímpica dos Jogos de Paris. Ele foi convidado pelo Comitê Olímpico Internacional para participar desse evento emblemático, sendo disputado pelas cidades de Paris e de Versailles para carregar a tocha em suas ruas. Raí optou por Versailles, com quem já tinha um compromisso anterior. “Carregar a tocha olímpica na França tem um gosto especial”, declarou o ex-craque.
Além de seu envolvimento com o esporte e a educação, Raí também se destacou como uma voz ativa contra a extrema direita. No início de julho, ele discursou em uma manifestação em Paris, sendo aplaudido pela multidão. “Viva a França, viva a República, viva a democracia”, disse Raí em francês. “Conheço bem a extrema direita. O que eles fazem de melhor é mentir. Eu os conhecia no poder. A extrema direita é o fim do mundo, é o fim dos direitos humanos, da humanidade”.