sábado, 3 de agosto de 2024

“O ódio de Bolsonaro reflete o racismo contra nordestinos”, diz Liana Cirne Lins

 

Declarações de Bolsonaro reavivam discussão sobre o preconceito histórico contra o Nordeste e a importância de políticas públicas inclusivas.

Liana Lins e Jair Bolsonaro (Foto: Guga Matos/CMR | ABR)

Jair Bolsonaro (PL) voltou a causar polêmica ao atacar a região Nordeste do Brasil durante uma entrevista à TV Pampa na última sexta-feira (26). Suas declarações rapidamente viralizaram nas redes sociais.

Na entrevista, Bolsonaro discutiu sobre o fluxo migratório interno do país, apontando o Nordeste como "a pior região do Brasil". 

"Como há o fluxo migratório do Nordeste pra cá, Sudeste e até Centro-Oeste. O Nordeste que deveria ser a melhor região do Brasil é a pior em todos os aspectos que você possa imaginar. Eu não posso entender se vem um nordestino para cá, Rio Grande do Sul, saiu de lá para vir votar em candidatos do PT, PSOL, então... isso aí. Tem que ser estudado o cidadão", afirmou.

Para a jurista e vereadora pelo Recife, Liana Cirne Lins (PT-PE), as declarações refletem um racismo histórico e estrutural contra nordestinos no Brasil.

Segundo Liana, “o racismo contra o povo nordestino existe há muito tempo" e é um racismo que "impulsionou políticas profundamente injustas e desiguais".

"Foi o racismo que fez com que o Nordeste fosse uma das regiões em que menos recursos públicos fossem investidos. E é exatamente por isso que a Constituição de 88 colocou a busca da igualdade regional como um princípio fundante da nossa República Federativa”, argumentou.

Nordeste negligenciado

Ela aponta que, historicamente, o Nordeste foi negligenciado por muitos governos, com exceção notável de Luiz Inácio Lula da Silva, que reconheceu a importância do princípio federativo e investiu na região.

“O único presidente da história do Brasil que pareceu compreender o princípio federativo foi Luiz Inácio Lula da Silva. O único que fez investimentos realmente determinantes para que o Nordeste pudesse alçar uma realidade diferente”, frisou.

A vereadora e pré-candidata à reeleição reforça que as declarações de Bolsonaro não só promovem, mas também refletem um racismo enraizado nas regiões Sul e Sudeste do Brasil contra os nordestinos.

“O ódio de Bolsonaro ao mesmo tempo promove e reflete o racismo do Sudeste, do Sul contra nordestinos. Eu quero lembrar, que sou natural do Rio Grande do Sul, mas sendo filha, neta e bisneta de nordestinos eu vivenciei na minha pele, na minha família, muitas vezes, o racismo contra nordestinos pelo fato do meu pai e da minha mãe serem nordestinos, com um sotaque muito carregado.”

A jurista ressalta a discriminação velada que muitas vezes se manifesta em discursos que minimizam a cultura e a contribuição nordestina ao Brasil, insistindo que os preconceitos sobre a inferioridade dos nordestinos são injustificáveis.

“Eu acho que Bolsonaro, ao mesmo tempo que promove esse racismo, também reflete esse racismo que já existe, que é essa cultura nojenta de que os nordestinos, por algum motivo, seriam inferiores. Quando é o contrário. Quando os maiores nomes no cinema, na música, no teatro, na literatura, na literatura jurídica, os maiores nomes sempre estão os nordestinos, sempre, numa proporção assim de arrasa-quarteirão. Nós fomos colocados num lugar da pobreza. Mas por que essa pobreza? Uma pobreza que foi fruto de políticas públicas. A pobreza do Nordeste não é uma casualidade. A pobreza foi o resultado de políticas racistas contra nós, de falta de investimentos públicos em relação a nós. E isso também reflete o ódio ao Lula também, que é um homem nordestino”.

Ciclo de discriminação

Além disso, Liana Cirne Lins acredita que as atitudes de Bolsonaro apenas perpetuam um ciclo de discriminação que precisa ser enfrentado com ações governamentais efetivas: “Esse racismo de Bolsonaro contra nós reflete e promove, retroalimenta. E nós precisamos enfrentar esse sentimento. Agora, só vamos enfrentar com políticas públicas como as do presidente Lula, que têm de fato investido nos nossos institutos federais, nas nossas universidades federais, que têm investido no PAA (Programa de Aquisição de Alimentos)", elencou.

Ela conclui contestando a visão deturpada de que o voto nordestino em partidos de esquerda é uma demonstração de ignorância.

“Dizer que o nordestino sai do Nordeste para votar no PT e no PSOL lá no Sul ou no Sudeste, falando como se isso fosse imagem da nossa falta de cultura. Quando nós somos invejáveis do ponto de vista intelectual. Os maiores intelectuais do Brasil são nordestinos. A gente é motivo de inveja, não de pena”, finalizou.

Fonte: Brasil 247

Servidores marcam para 14 de agosto ato contra PEC que aumenta autonomia do BC

 

Sindicato critica a PEC, afirmando que ela precariza o regime de contratação de pessoal, fragiliza os instrumentos regulatórios e traz outras ameaças

Sede do Banco Central, em Brasília (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Servidores do Banco Central (BC) se preparam para um novo ato de protesto no dia 14 de agosto, a partir das 9h, em frente ao Anexo II do Senado Federal. Convocado pelo Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (SINAL), o protesto visa manifestar a oposição à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 65/2023, que propõe a transformação do BC em uma empresa pública e aumenta sua autonomia financeira e orçamentária.

O SINAL, em comunicado divulgado nesta quinta-feira, 1º de agosto, convoca todos os servidores lotados em Brasília a participarem da mobilização. A entidade critica a PEC, alegando que ela precariza o regime de contratação de pessoal, fragiliza os instrumentos regulatórios e traz outras ameaças ao funcionamento do Banco Central.

O ato contará com a participação do Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central (SinTBacen), do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal (Sindsep) e da Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais (Anafe), além de lideranças de outras entidades do serviço público federal.

Em nota à imprensa, o SINAL destacou a necessidade de mais diálogos no Senado Federal, criticando a pressa dos defensores da PEC. “Um dos alertas do SINAL é que a PEC 65/2023 foi apresentada para votação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado praticamente sem discussão pública”, afirma o comunicado.

Críticas à condução de Roberto Campos Neto - A PEC 65/2023 não é o único ponto de tensão. Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, tem enfrentado críticas, desta vez vindas do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Josué Gomes. Ele acusou Campos Neto de “politizar” ao aceitar homenagens de possíveis candidatos à presidência em 2026, enquanto ainda ocupa o cargo de presidente do BC.

Posição dos Servidores e Alternativas - De acordo com o Correio Braziliense, o presidente do SINAL, Fábio Faiad, afirmou que a categoria apoia a proposta do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que sugere excluir a transformação do BC de autarquia para empresa pública. Segundo Faiad, esse é o ponto mais crítico para os servidores. "O SINAL já fez chegar aos senadores que o acordo, se realmente fechado nesses termos, pode atender às reivindicações do Sindicato", afirmou Faiad.

Fonte: Brasil 247

Washington não pode proclamar González

 

A intervenção estadunidense na Venezuela escancara as pretensões imperiais dos Estados Unidos

Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA (Foto: Reuters/Remo Casilli)

Por Manuel Domingos Neto, Roberto Amaral e José Genoino Neto - A política tem sua lógica, nem sempre clara à primeira vista, notadamente em tempo de mudanças radicais. 

Está em curso a mais espetacular virada desde a queda de Roma. A supremacia anglo-saxã, imposta paulatinamente desde as circunavegações e revoluções burguesas, busca sobrevida perante a arrancada, até há pouco implausível, de desafiantes poderosos.

Os sinais de hecatombe se anunciam com a exibição de instrumentos de destruição em massa, o cerco à Rússia, a concentração de arsenais em torno da China, o estimulado ressurgimento da capacidade militar da Alemanha e do Japão, a tentativa de naturalização do genocídio em Gaza, os massacres incontáveis e invisíveis de africanos, a ardilosa capacidade de manipulação de comportamentos de indivíduos, sociedades e Estados pelas novas mídias e pelos múltiplos estímulos à bestialidade neonazista.

Ontem à tarde, Washington avisou aos latino-americanos: percam as ilusões de autonomia, domínio da riqueza própria, desenvolvimento integrado, respeito aos direitos humanos, superação de valores racistas e patriarcais, reconhecimento de povos originários e vida social em harmonia com a natureza: nada disso nos interessa, o mundo é dos fortes e nós somos os fortes. Washington não se move por nossos interesses.

Anthony Blinken, em outras palavras, encarnou a religiosidade consagrada em 4 de julho de 1776, segundo a qual o novo país seria terra da promissão e, por mandato divino, surgira para dominar o mundo. Encarnou também o recado de Monroe, emitido em 1823, segundo o qual ninguém d’além-mar se metesse em terras americanas.

Pleno de autoridade, Blinken declarou encerradas as eleições na Venezuela e proclamou eleito Edmundo González. Santificou os baderneiros à soldo de golpistas, atribuindo-lhes a condição de cidadãos de bem. Exigiu que as forças da lei não reprimissem o quebra-quebra terrorista.

Diante de um governo venezuelano envolto em procedimentos eleitorais demorados e de líderes latino-americanos demasiado prudentes, para não dizer desavisados, Washington atribuiu-se poderes de junta eleitoral no país que abriga a maior reserva de petróleo do mundo, projeta-se sobre o Atlântico e o Pacífico e é porta de entrada para a Amazônia. 

Anthony Blinken ungiu-se da condição de porta-voz do povo venezuelano e da “comunidade internacional”. Ditou regras para “uma transição transparente” do poder na Venezuela. Com uma penada, jogou ao córner tratativas de entendimento com os maiores países latino-americanos: Brasil, México e Colômbia. Deixou três respeitáveis líderes democratas na condições de atores irrelevantes. 

Trata-se de intervenção direta, sem meneios. 

A arrogância desmesurada acaba prestando serviços aos latino-americanos: alerta os crédulos na profissão de fé democrática dos candidatos a donos do mundo. 

Não há grandes novidades no processo vivido pela Venezuela. Muitos imaginavam que a lisura das eleições seria o grande objetivo de Washington. Preferiam esquecer o longo rol de intervenções que, desde o século XIX, impossibilitaram o exercício efetivo da soberania, a estabilidade política, o desenvolvimento socioeconômico, as reformas sociais e a integração latino-americana. Depositaram fé em bons propósitos de quem se acredita credenciado por Deus a organizar a vida no Planeta.

Os democratas e reformistas sociais latino-americanos estão diante de duas opções: acatar a sina de colono submisso ou rejeitar a vontade imperialista. Não se trata de apoiar ou rejeitar Maduro ou Gonzáles. Trata-se de defender a soberania venezuelana e, por extensão, a soberania dos países latino-americanos, lembrando que nenhum deles pode se defender sozinho. 

Não se trata, ainda, de simpatizar ou não com programas governamentais que afetem a vida do povo venezuelano, eternamente saqueado pelo Império. Trata-se simplesmente do direito de cada Estado definir com autonomia suas políticas públicas e erradicar de vez a condição de Washington de xerife e tribunal do mundo. 

A carência de petróleo de Washington não pode ser resolvida através da guerra.  Aliás, a guerra amplia desmesuradamente tal carência. A ordem mundial será digna quando as práticas de pilhagem forem substituídas por negócios vantajosos para as partes interessadas. Essa proposição se choca com a experiência histórica, mas não podemos deixar de sonhar com um mundo de paz. 

Não existem perspectivas alvissareiras para a América Latina sem a formação de uma grande corrente que conjugue a luta contra o imperialismo com a luta pela democracia e por reformas sociais. A integração de esforços da América Latina não pode ser postergada.

Não vivemos numa ilha isenta das turbulências planetárias. Podemos entrar subitamente no olho do furacão provocado pela mudança da ordem mundial. As pretensões de Washington estão nos conduzindo neste sentido. É hora de nosso subcontinente tomar decididamente partido contra a presunção da unipolaridade. 

A política tem lógica e a intervenção estadunidense na Venezuela escancara as pretensões imperiais dos Estados Unidos. Washington não tem direito de proclamar González presidente da Venezuela.

Defendendo o povo e o Estado venezuelano, defenderemos os povos do mundo.

Fonte: Brasil 247

AGU deve acionar X para remover vídeo falso de Celso Amorim publicado por Eduardo Bolsonaro

 

O vídeo manipulado mostra o assessor especial da Presidência em um abraço prolongado com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro

Eduardo Bolsonaro (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

A Advocacia-Geral da União (AGU) planeja acionar a rede social X, do bilionário Elon Musk, para remover um vídeo falso postado pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL). A informação foi divulgada pela coluna de Bela Megale, no jornal O Globo, nesta sexta-feira (2).

O vídeo manipulado mostra o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, em um abraço prolongado com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rodeado por desenhos de corações e acompanhado de música romântica. Na rede social, usuários adicionaram um alerta, contextualizando que o vídeo foi gerado por inteligência artificial.

Em declaração à coluna, Amorim afirmou que o vídeo é "falso" e "totalmente manipulado". “Estive com Maduro e nos cumprimentamos como se cumprimenta um chefe de Estado. Não tive qualquer encontro assim, nem agora e nem antes”, destacou. 

O assessor enfatizou que tomaria medidas legais para remover o vídeo da plataforma. Para isso, a AGU foi acionada.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Governo quer apoio de times de futebol contra feminicídio

 

Campanha será lançada neste mês

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, anunciou, nesta sexta-feira (2), que o governo federal lançará, neste mês, a Articulação Nacional pelo Feminicídio Zero. O Agosto Lilás é marcado por atividades de conscientização pelo fim da violência contra as mulheres.

A iniciativa pretende mobilizar diversos setores da sociedade para pôr fim à violência contra as mulheres a partir de várias frentes de atuação, como a assinatura de um manifesto, realização de eventos e palestras sobre o tema, divulgação de materiais gráficos e audiovisuais da campanha, a ser lançada na próxima quarta-feira (7).

“Se a gente conseguir chegar em 31 de dezembro de 2026 com a maioria da sociedade dizendo que a violência contra as mulheres é crime, com as pessoas voltando a se indignar com isso, eu acho que a gente cumpriu um papel estratégico e fundamental [no Ministério das Mulheres]", disse a ministra, durante café da manhã com jornalistas mulheres. 

De acordo com o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o Brasil é o quinto país que mais mata mulheres no mundo. O documento aponta que a cada seis horas, uma mulher é vítima de feminicídio no país; três a cada dez brasileiras já foram vítimas de violência doméstica; a cada seis minutos, uma menina ou mulher sofre violência sexual no Brasil e a cada 24 horas, 75 casos de importunação sexual são denunciados.

A Articulação Nacional pelo Feminicídio Zero reforçará os canais gratuitos de atendimento telefônico voltados a ajudar a mulher, como o Ligue 180, a Central de Atendimento à Mulher; o Disque Direitos Humanos (Disque 100) ou em centrais de emergência, como o 190, da Polícia Militar, a ser acionado em casos de socorro rápido.

O movimento planeja o engajamento de entidades empresariais, como o Sebrae, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), a Confederação Nacional da Indústria (CNI); de empresas públicas, além de figuras públicas, movimentos sociais, instituições esportivas, culturais e religiosas.

Lideranças evangélicas

A ministra Cida Gonçalves informou que foi iniciada uma aproximação com pastoras evangélicas no combate ao feminicídio. As diretrizes serão traçadas em setembro junto com as líderes evangélicas.

“A ideia não é polarizar o feminicídio zero como uma questão partidária ou governamental. Essa é a perspectiva que a gente quer construir, que a gente vai chegando aos poucos. Até o fim do ano, eu quero visitar as igrejas, os pastores, os bispos e fazer esse movimento de trazer essas pessoas para esse debate. Nós precisamos construir material que fale a linguagem dessas pessoas”, explicou a ministra. "Vamos construir uma estratégia também para trabalhar com as mulheres evangélicas o tema e trazer as igrejas evangélicas, a aderir ao feminicídio zero", acrescentou.

Clubes de futebol

A ministra adiantou que outra ação é envolver os clubes brasileiros de futebol. Pesquisa feita pelo Fórum de Segurança Pública em parceria com o Instituto Avon, em 2022, revela que em dia de jogos de futebol, a lesão corporal dolosa contra mulheres é 23,7% maior do que em dias em que não há partidas. E quando o jogo do time ocorre na própria cidade-sede, o aumento de casos de lesão corporal estimado é de 25,9%.

Até o momento, dirigentes dos clubes Corinthians, Flamengo, Vasco e Bahia já aderiram à mobilização. “A questão que nós vamos fazer não é temporária, é permanente. Tem ações que vão ocorrer quando tem jogo, que são as ações mais midiáticas. Agora, as outras coisas vão acontecer dentro do time, como as oficinas. [...] A partir de setembro, a equipe designada pelo time deve montar o plano estratégico de atuação”, afirmou Cida Gonçalves.

Questionada sobre declaração do presidente presidente Luiz Inácio Lula da Silva a respeito da pesquisa em que condenou o aumento da violência contra mulheres após partidas de futebol, mas disse que se o "caro é corintiano, tudo bem", a ministra respondeu: “Piadinha nem do presidente da República. Não dá para aceitar piadinha de nada, nem de ninguém [...] Enquanto mulheres, temos que começar de novo a não aceitar a brincadeirinha, nem de negro, nem de gordo, nem de imigrante, nem de mulher, nem piada homofóbica. Não podemos. Não dá. A ideia de construir uma mobilização pelo feminicídio zero tem que começar, inclusive, por aí. A prevenção passa por aí", afirmou. 

Orçamento

Sobre o congelamento no orçamento da pasta de R$ 179,7 milhões, feito pelo governo federal na terça-feira (30) para cumprir a meta fiscal de déficit zero, a ministra Cida Gonçalves defendeu mais recursos próprios para realizar políticas públicas, além dos existentes com outros ministérios, como o da Saúde e da Justiça e Segurança Pública.

Proporcionalmente, a pasta teve a maior suspensão de valores da Esplanada, representando 17% do orçamento.

De acordo com a ministra, o corte será feito na área administrativa, como redução de viagens, para que sejam preservados os recursos destinados às ações para as mulheres. "Eu não entendo isso muito como desprestígio [contingenciamento]. Esse é um desafio que a gente tem que enfrentar”, explicou.

No balanço das atividades do ministério, Cida Gonçalves destacou a ampliação da capilaridade das políticas nos municípios, estados e no Distrito Federal por meio da criação, estruturação e fortalecimento de secretarias voltadas às mulheres.

Cida Gonçalves estima que o número de secretarias específicas para mulheres não chegue a 700 em todo o país. A meta do governo federal é ter, pelo menos, 2 mil secretarias municipais e estaduais.

“Temos menos de 700 secretarias e algumas são superintendências, são diretorias, assessorias, não são secretarias de mulheres. Isso dá um outro peso. Eu preciso de capilaridade. Podem botar bilhões [de reais] no Ministério das Mulheres, mas nós não temos como executar, se não tem secretaria das Mulheres no município. Para quem eu vou repassar a verba? Quem que vai coordenar? Quem vai dar a linha política?”, cobrou a ministra.

Edição: Carolina Pimentel

Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Coronel réu no STF pelo 8/1, que pediu doações, recebe contracheque de R$ 578 mil

 

Naime foi preso preventivamente em fevereiro de 2023 por suspeita de omissão antes e durante as invasões nas sedes dos três Poderes

Jorge Naime (Foto: Lula Marques - Agência Brasil)

Com as remunerações restabelecidas e fora da prisão, o coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Jorge Eduardo Naime Barreto recebeu R$ 578 mil no mês de junho, com contracheque publicado somente nesta quinta-feira (1º), no Portal da Transparência. Naime foi preso preventivamente em fevereiro de 2023 por suspeita de omissão antes e durante as invasões nas sedes dos três Poderes, em 8 de janeiro daquele ano.

De acordo com apuração do Metrópoles, após ser solto, ele solicitou à PM sua aposentadoria e viu entrar na conta a quantia de R$ 539,3 mil de licença-prêmio; salário mensal de R$ 23.430,91; e R$ 3,6 mil de benefícios. Além disso, há um adicional de R$ 11.715,45 relacionado a serviço voluntário gratificado, horas extras, 13º salário, férias e diárias, o que soma os R$ 578 mil brutos.

Naime ganhou destaque na imprensa recentemente após reformar a casa ao mesmo tempo em que recebia doações de apoiadores enquanto estava preso. Em publicação nos Stories do Instagram, a esposa de Naime, Mariana Adôrno Naime, disse que a reforma foi realizada após a soltura do coronel, com o dinheiro que ele recebeu de sua aposentadoria. "Deixo claro que o momento em que pedi apoio financeiro foi quando o Naime, ainda preso, teve suspenso seu salário, única fonte de renda que tínhamos", escreveu.

Fonte: Brasil 247

Equador se junta a Argentina e EUA e reconhece Edmundo González como vencedor das eleições na Venezuela

País acusa a Venezuela de fraude eleitoral

Daniel Noboa, presidente do Equador (Foto: Reuters)

O governo do Equador se uniu a Argentina, Estados Unidos e Peru ao reconhecer Edmundo González como o vencedor das eleições presidenciais na Venezuela, realizadas no último domingo (28). O pronunciamento oficial foi feito pela presidência da República do Equador, de direita, nesta sexta-feira (2), e tal posição contrasta com os resultados oficiais.

Segundo o pronunciamento equatoriano: "após as denúncias públicas da grave crise democrática na Venezuela e a evidente manipulação de resultados do processo eleitoral nesse país, o Governo do Equador expressa seu reconhecimento a Edmundo González como o legítimo vencedor das eleições presidenciais na Venezuela."

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou oficialmente a reeleição de Nicolás Maduro com 51% dos votos. No entanto, a oposição e os países que reconheceram González alegam fraudes e manipulações no processo eleitoral. A declaração equatoriana menciona: "A velha política tentou, com fraude e irregularidades, usurpar o resultado real do processo de escrutínio. Por isso, este reconhecimento do Equador se fundamenta no respeito à legítima vontade do povo dessa nação, expressada com contundência nas urnas e sustentada pelo povo com a mobilização nas ruas durante os últimos dias."

O governo venezuelano acusa os países que apoiam González de interferirem nas eleições e no direito do povo à autodeterminação. A posição dos Estados Unidos, Argentina, Peru e agora Equador, é vista por muitos como uma postura ideológica contra o governo de Maduro, que, de fato, foi declarado vencedor nas urnas.

Fonte: Brasil 247

Psol propõe suspensão de cortes de gastos e revisão de meta fiscal

 

A proposta, liderada pelos deputados Fernanda Melchionna, Sâmia Bomfim e Glauber Braga, visa garantir a continuidade de investimentos essenciais

Fernanda Melchionna (Foto: Agência Câmara)

Deputados do PSOL estão articulando na Câmara dos Deputados um projeto de decreto legislativo para suspender o recente congelamento de R$ 15 bilhões no orçamento de 2024, anunciado pelo governo. A proposta, liderada por Fernanda Melchionna, Sâmia Bomfim e Glauber Braga, visa garantir a continuidade de investimentos essenciais em direitos sociais, saúde e educação, áreas severamente impactadas pelo contingenciamento, destaca o jornal O Globo.

O texto foi encaminhado à Mesa Diretora da Câmara e começará a tramitar após o recesso parlamentar, que termina em 12 de agosto. Os parlamentares do PSOL comparam os efeitos do congelamento aos do antigo Teto de Gastos, substituído no governo Lula pelas regras do novo Arcabouço Fiscal. Segundo eles, a medida ameaça a valorização real do salário mínimo e os pisos constitucionais para educação e saúde, com um impacto significativo de R$ 4,4 bilhões nas áreas mais sensíveis.

Além de suspender os cortes, o projeto sugere revisar a meta de déficit zero prevista para 2024 e renegociar as metas de superávit primário até 2027. A proposta contraria o planejamento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que defende o equilíbrio das contas públicas já em 2025.

Fonte: Brasil 247

"Não podemos tomar toda a água do açude sozinho, temos que repartir", diz Lula sobre pressão de setores por mais benefícios

 

"Eu fico feliz quando vejo um discurso de um empresário otimista", disse Lula

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva 22/07/2024 REUTERS/Andressa Anholete (Foto: Andressa Anholete)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta sexta-feira (2)  a pressão de alguns setores da economia por mais benefícios do governo. A declaração foi feita em Porto do Pecém, no Ceará.

"Eu fico feliz quando vejo um discurso de um empresário otimista. Porque normalmente a gente recebe empresário, a gente discute quatro ou cinco horas. Você atende um monte de coisa. Quando termina, vai a imprensa no empresário e fala: 'E daí, tudo bem?'. 'Não, foi insuficiente, ainda falta'. Não tem um 'obrigado'", disse Lula.

O presidente também destacou o Plano Safra, no valor de R$ 475 bilhões, referindo-se a ele como "o maior dos maiores". “Aí pego lá o presidente da CNA Confederação Nacional da Agricultura: 'É insuficiente'. Essas pessoas não percebem que a gente não pode tomar toda a água do açude sozinho, temos que repartir", disse Lula.

Fonte: Brasil 247 com informações de Agência Estado de S. Paulo

Observadores russos consideram legítima a vitória de Maduro na Venezuela

 

Observadores russos que monitoraram as eleições presidenciais venezuelanas dizem que a vitória do presidente Nicolás Maduro é legítima

Na História, uma boa razão para ficar ao lado de Maduro (Foto: REUTERS/Marco Bello)

Sputnik - “Observadores russos que monitoraram as eleições presidenciais venezuelanas dizem que a vitória do presidente Nicolás Maduro é legítima e reflete a escolha do povo”, disse o presidente do parlamento russo, Vyacheslav Volodin, nesta sexta-feira (2).

“Os cidadãos votaram no presidente em exercício, Maduro. A propósito, os nossos observadores sugerem que ele venceu legitimamente, embora por uma margem estreita”, escreveu Volodin nas redes sociais.

“O governo venezuelano procurou um compromisso e diálogo com todos os envolvidos no processo eleitoral, bem como com os Estados Unidos, depois de ter prometido eliminar as sanções se os políticos da oposição apoiados pelos EUA fossem autorizados a concorrer à presidência", disse o responsável russo.

"A eleição foi realizada nestas condições, mas produziu um resultado diferente daquele esperado por Washington. O resultado é conhecido: agitação em Caracas, tentativas de desestabilizar a situação no país através da oposição patrocinada pela Casa Branca", disse Volodin. 

O Conselho Nacional Eleitoral declarou Maduro vencedor das eleições de 28 de julho com 51% dos votos. A agitação eclodiu no dia seguinte às eleições, levando a confrontos entre a polícia e os manifestantes em Caracas. O governo venezuelano disse que vários países interferiram nas eleições e no direito do povo à autodeterminação. A Rússia instou os políticos da oposição venezuelana a admitirem a derrota. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, alertou países terceiros contra tentativas de desestabilizar a América Latina.

Fonte: Brasil 247

Simone Biles rebate Trump após ouro nas Olimpíadas: "amo meu trabalho de negra"

 

Trump sugeriu que imigrantes ilegais estariam "tomando trabalhos de negros" nos EUA

Ginasta olímpica Simone Biles nos Jogos de Tóquio-2020 (Foto: Mike Blake / Reuters)

A atleta Simone Biles publicou uma indireta ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em sua conta no X nesta sexta-feira (2), após Trump sugerir que imigrantes ilegais estariam "tomando trabalhos de negros" nos EUA. "Eu amo meu trabalho como negra", disse ela.

Trump também promoveu durante a semana ataques racistas ao sugerir que a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, "se tornou uma pessoa negra" recentemente.

Fonte: Brasil 247

Após três dias internado, José Dirceu recebe alta de hospital: "Bem e recuperado"

 

"Agora é momento de repouso e recuperação, para que eu possa retornar ainda mais forte à luta!”, escreveu em rede social

José Dirceu (Foto: Lula Marques)

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) recebeu alta do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, nesta sexta-feira (2). Ele estava internado desde a última quarta-feira (31), após suspeitas de insuficiência coronária.

Em uma publicação no Instagram, Dirceu afirmou estar “bem e recuperado” e agradeceu aos profissionais de saúde que o atenderam. “Agora é momento de repouso e recuperação, para que eu possa retornar ainda mais forte à luta!”, escreveu em postagem.

Ele procurou o hospital após apresentar picos de pressão e foi submetido a um cateterismo cardíaco na quinta-feira (1). O exame não revelou obstruções significativas nas artérias coronárias.

Lula comemora ouro de Bia Souza no judô e destaca importância do Bolsa Atleta

 

Programa completa 20 anos em 2024 e já empenhou cerca de R$1,7 bilhão em bolsas

(Foto: Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou nesta sexta-feira (2) a conquista do ouro pela judoca brasileira Bia Souza nos Jogos Olímpicos de Paris, a primeira medalha dourada do país nesta edição. A fala de Lula ocorreu durante uma agenda no Ceará para a sanção de um fundo voltado para obras de infraestrutura social e a política nacional de hidrogênio de baixa emissão de carbono, além da expansão do programa Pé-de-meia.

Lula aproveitou a oportunidade para exaltar o programa Bolsa Atleta, iniciativa do governo federal criada em 2004 e que já empenhou cerca de R$1,7 bilhão em bolsas, se tornando a principal política pública de apoio ao esporte no Brasil. “Eu recebi um recado aqui: a nossa companheira Beatriz Souza, no judô, acaba de ganhar a primeira medalha de ouro do Brasil nas Olimpíadas. É importante lembrar que 80% dos atletas que estão em Paris recebem uma coisa chamada Bolsa Atleta, que nós criamos em 2004”, disse.

O presidente também explicou o funcionamento do Bolsa Atleta e a sua importância para o esporte nacional. “Você tem várias faixas salariais, mas todo mundo ganha. Uns ganham R$ 10 mil, outros ganham R$ 15 mil, outros ganham R$ 3 mil, outros ganham R$ 4 mil. E por que a gente fez isso? Porque quando o atleta fica famoso ele tem patrocínio, aí os bancos vão atrás dele, os empresários vão atrás. Mas enquanto ele não é famoso, às vezes ele não tem um tênis para andar, não tem um lugar para uma menina jogar bola, saltar, dançar. Não é bonito a gente ver aquilo na televisão? Por que a gente não garante que as nossas crianças nascidas nos lugares mais pobres tenham direito de chegar ali? Por que a gente não garante? É só a gente direcionar o dinheiro público para isso”, afirmou.

Fonte: Brasil 247

Judoca Beatriz Souza conquista o primeiro ouro brasileiro em Paris

 

Vitória foi sobre a israelense Raz Hershko na final da categoria +78kg

O esporte brasileiro conquistou a primeira medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Paris 2024, com a vitória da judoca Beatriz Souza sobre a israelense Raz Hershko na final da categoria +78kg feminino.

A vitória foi desenhada logo nos primeiros 30 segundos de luta, quando a brasileira conseguiu um wazari ao derrubar a israelense, em meio a uma tentativa de aplicar um o-soto-gari – varrida por fora da perna da adversária, empurrando-a contra o pé. Com a queda da israelense, a brasileira abriu a pontuação.

Com duas advertências por falta de iniciativa, o combate continuou com a israelense quase aplicando um golpe que poderia igualar o placar, mas Beatriz soube se desvencilhar, evitando tocar o solo com sua lateral ou as costas.

A brasileira, então, se manteve concentrada, administrando a vantagem, com a israelense já demonstrando cansaço.

A vitória colocou o Brasil na 18ª posição no quadro geral, com uma medalha de ouro, três de prata e três de bronze.

Paris 2024 Olympics - Judo - Women +78 kg Final - Champ-de-Mars Arena, Paris, France - August 02, 2024. Beatriz Souza of Brazil reacts after winning Raz Hershko of Israel. REUTERS/Arlette Bashizi
Natural de Peruíbe (SP), Beatriz Souza conquistou o primeiro ouro brasileiro nos Jogos Olímpicos de Paris - Reuters/Arlette Bashizi/Proibida reprodução

 

Atleta do Esporte Clube Pinheiros, de São Paulo, Beatriz Rodrigues de Souza tem 26 anos e ocupa a quinta posição no ranking mundial da categoria +78kg feminino. A judoca é de Peruíbe, município do litoral de São Paulo. Com 1m78 e 135 kg, ela carrega, em seu histórico, duas medalhas de prata e quatro de bronze em campeonatos mundiais.

Conquistou também prata nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, em 2023, no torneio por equipes mistas; e duas de bronze no individual, em Lima (2019) e Santiago (2023).

A campanha de Beatriz Souza até o ouro nos Jogos Olímpicos Paris 2024 inclui quatro vitórias, das quais três sobre medalhistas. Nas oitavas, venceu por ippon (harai-goshi) Izayana Marenco, da Nicarágua.

Nas quartas, obteve vitória por waza-ari (sumi-otoshi) diante de Kim Hayun, da República da Coreia. A semifinal foi contra a francesa Romane Dicko.

Matéria ampliada às 13h44.

Edição: Juliana Andrade

Fonte: Agência Brasil


Com 96% das urnas apuradas, segundo boletim do CNE dá 51,9% a Maduro

 

Opositor Edmundo González tem 43,18% e os demais candidatos, 4,86%


O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela apresentou nesta sexta-feira (2) o segundo boletim da eleição de domingo (28), com 96,87% das urnas apuradas. Segundo o boletim, o atual presidente Nicolás Maduro estava com 51,95% dos votos contra 43,18% do candidato opositor, Edmundo González. Os demais candidatos somavam 4,86% da preferência dos eleitores e 0,41% tinham votado nulo.

O poder eleitoral informou que 59,97% dos 21,3 milhões de venezuelanos aptos a votar participaram do pleito. De acordo com os dados do CNE, Maduro teve 6,4 milhões de votos e González, 5,3 milhões. O CNE não informou quando publicará as atas eleitorais desagregadas por mesa de votação, pedido que foi feito por países como Brasil, México e Colômbia.

Os dados foram anunciados pelo presidente do conselho, Elvis Amoroso, que justificou a demora na publicação dos dados em função de um ataque cibernético contra as telecomunicações da Venezuela.

“Ataques informáticos massivos de diferentes partes do mundo contra a infraestrutura tecnológica do Poder Eleitoral e das principais empresas de telecomunicações do Estado atrasaram a transmissão das atas e o processo de divulgação dos resultados. A agressão terrorista inclui o incêndio de gabinetes eleitorais regionais, centros de votação e centros de transmissão de contingências. Apesar do exposto, o poder eleitoral, até a data de hoje, conseguiu transmitir a maioria das atas”, afirmou o chefe do CNE

Elvis Amoroso não informou sobre a publicação das atas por mesa eleitoral. No boletim nº 1, divulgado na madrugada da última segunda-feira (29), com 80% das urnas apuradas, o CNE havia dado 51,21% dos votos para Maduro e 44% para Edmundo.

A oposição tem contestado esses resultados e publicado supostas atas eleitorais em um site na internet que mostrariam a vitória de Edmundo. Nesta quinta-feira (1º), o governo dos Estados Unidos reconheceu os dados apresentados pela oposição.

O presidente Nicolás Maduro entrou com um recurso no Tribunal Superior de Justiça (TSJ) do país pedindo uma investigação sobre o resultado. Uma audiência foi marcada na Corte Suprema nesta sexta-feira para iniciar as investigações do processo eleitoral.

Edição: Nádia Franco

Fonte: Agência Brasil