quarta-feira, 31 de julho de 2024

Vini Jr é alvo de centenas de comentários racistas em postagem de TV argentina

 

Com mais de 110 mil curtidas, o conteúdo contém inúmeros comentários racistas

(Foto: Reprodução)

Após um grupo de torcedores da argentina cantar uma música racista contra os jogadores da França e uma criança viralizar chamando um macaco de Vinicius Junior, o atleta que trava uma batalha contra o racismo foi alvo mais uma vez em uma publicação do canal argentino TyC Sports. Na conta oficial do veículo no Instagram, uma postagem com a foto de Vini pergunta quem é a pessoa em destaque e propõe um desafio: “apenas respostas incorretas”.

Com mais de 110 mil curtidas, o conteúdo contém inúmeros comentários racistas.

“Um copo de Fernet com espuma”, diz uma das respostas. (Fernet é uma bebida escura que tem espuma branca)

“Como nos velhos tempos das correntes”, ataca outro racista se referindo à escravidão.

“Não faço ideia, mas ele gosta de banana”, escreveu outra pessoa.

Com a camisa da Seleção Argentina, um homem pergunta: “Liberaram os macacos do zoológico?”.

Muitos brasileiros também comentaram na postagem, rebatendo os ataques racistas. 

A publicação ainda está no ar. 

Maduro diz estar pronto para apresentar contagens de votos e pede a Tribunal que todos os partidos o façam

 

Presidente venezuelano foi declarado vencedor das eleições pelo Conselho Nacional Eleitoral, mas atas das votações ainda não foram mostradas ao público

Nicolás Maduro (Foto: Telesur)

CARACAS (Reuters) - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta quarta-feira que seu partido socialista está pronto para apresentar todas as contagens de votos da eleição de domingo, e afirmou ter pedido ao Tribunal Superior do país para garantir que todos os partidos façam o mesmo.

Fonte: Brasil 247 com informações da Reuters


Tênis de mesa: Calderano bate francês Lebrun e vai às quartas em Paris

 

Próximo jogo do brasileiro será contra o sul-coreano Jang na quinta

Um dos grandes nomes da delegação brasileira em Paris, Hugo Calderano fez valer o favoritismo diante do anfitrião francês Alexis Lebrun. Número 6 do mundo, o carioca  de 28 anos avançou às quartas de final, após derrotar Lebrun (16º no ranking) por por 4 sets a 1 (parciais de 3/11, 11/5, 11/6, 11/3, 11/8). O brasileiro volta a jogar na quinta-feira (1º), em horário que ainda será definido, em busca de uma inédita vaga na semifinal olímpica. O adversário será o sul-coreano Woojin Jang.

Nem o apoio maciço da torcida na arena Paris Sul foi suficiente para impedir a vitória do carioca nas oitavas. O duelo não começou bem para o brasileiro. No primeiro set, o francês esteve melhor e venceu com tranquilidade por 11/3. Hugo devolveu na segunda parcial, vencendo por 11/5. O terceiro set começou com Lebrun na frente. Mas logo Calderano empatou e abriu vantagem, fechando em 11/6 e virando o jogo. A parcial seguinte foi ainda mais tranquila para o brasileiro, que se aproveitou dos erros do oponente para vencer por 11/3.

O quinto set começou de maneira parecida com o anterior, com o carioca saindo na frente. Hugo chegou a abrir 8 a 4, mas o adversário se recuperou e encostou no placar fazendo três pontos consecutivos. O brasileiro então pediu tempo e se acalmou. No retorno, conseguiu fechar a parcial em 11/8 e venceu a partida por 4 sets a 1, de virada.

Com a classificação, Calderano já igualou seu melhor resultado em Jogos em sua terceira participação. Na edição de Tóquio, ele chegou até as quartas de final, quando foi derrotado pelo alemão Dimitrij Ovtcharov. Por coincidência do esporte, Ovtcharov foi eliminado hoje nas oitavas em Paris após perder para o francês Felix Lebrun, irmão mais velho de Alexis Lebrun.

Paris 2024 Olympics - Table Tennis - Men's Singles Round of 32 - South Paris Arena 4, Paris, France - July 31, 2024. Truls Moregard of Sweden and Chuqin Wang of China at the end of their round of 32 match. REUTERS/Isabel Infantes
Número 1 do mundo, Chuqin Wang (China) é eliminado na disputa de simples ao perder por 4 sets a 1 para o o sueco o sueco Truls Moregard (26º no ranking) - Reuters/Isabel Infantes/Direitos Reservados

Número 1 do mundo é eliminado

Mais cedo, a competição do tênis de mesa teve uma zebra histórica. Pela segunda rodada, o sueco Truls Moregard derrotou o chinês Wang Chuqin por 4 sets a 1 e avançou para as oitavas de final. A vitória seria normal se o atleta eliminado não fosse o número 1 do mundo, e principal favorito à medalha de ouro em Paris.

Moregard ocupa apenas a 26ª posição na lista dos melhores do esporte. Wang estava no mesmo lado da chave de Hugo Calderano, e seria um possível adversário caso os dois avançassem para a semifinal. Na terça-feira (30), Wang Chuqin foi campeão olímpico nas duplas mistas ao lado da compatriota Sun Yingsha.

A China ainda conta na competição masculina com outro atleta, Fan Zhendong, vice-líder no ranking.mundial. Os chineses tradicionalmente dominam as competições olímpicas de tênis de mesa. Desde a inclusão da modalidade na edição de Seul, em 1988, foram 32 ouros e 60 medalhas nas disputas.

Edição: Cláudia Soares Rodrigues

Fonte: Agência Brasil

Gustavo “Bala Loka” fica em sexto na final do ciclismo BMX freestyle

 

Paulista é o primeiro brasileiro a competir na final da modalidade

Primeiro brasileiro a competir no Ciclismo BMX freestyle, Gustavo Batista de Oliveira, o “Bala Loka”, conquistou a sexta colocação na final da modalidade nestes Jogos Olímpicos de Paris, França.

O brasileiro fez várias manobras, levantou o público e obteve 90,20 pontos na primeira das duas voltas da final disputada nesta quarta-feira (31) no parque La Concorde, localizado na região central da capital francesa. Na segunda volta, sua nota foi 88,88.

O desempenho nos Jogos Olímpicos foi comemorado pelo brasileiro. Ao final da competição, ele reiterou o orgulho de representar o país na modalidade e afirmou que ter chegado às Olimpíadas já representava a realização de um sonho.

“O objetivo era estar aqui, mas a próxima meta [para os próximos Jogos Olímpicos, em Los Angeles (EUA)], será a de ganhar uma medalha”, disse o atleta brasileiro após o resultado da competição.

Disputa pelo pódio

A medalha de ouro foi para a Argentina, com o ciclista Jose Torres Gil, o “malígno”, conhecido pela execução de manobras a grandes alturas. O ciclista marcou 94,82 pontos, também na primeira das duas voltas.

A prata ficou com o atleta da Grã-Bretanha Kieran Reilly, que obteve 93,91 pontos na segunda tentativa. Atual campeão do mundo, foi dele a maior pontuação na fase classificatória (91,21 pontos).

Paris 2024 Olympics - BMX Freestyle - Men's Park Final - La Concorde 2, Paris, France - July 31, 2024.
Anthony Jeanjean of France in action during run two. REUTERS/Esa Alexander
Anthony Jeanjean teve uma primeira volta frustrante, mas se recuperou na segunda tentativa e conquistou o bronze Foto - REUTERS/Esa Alexander/Proibida reprodução

Já a medalha de bronze ficou com o atleta da casa. O francês Anthony Jeanjean sofreu uma queda já na primeira manobra da primeira tentativa, quando somou apenas 3,22 pontos. A segunda tentativa do francês, no entanto, foi melhor. Ele superou a frustração inicial e cravou as manobras, obtendo 93,76 pontos.

Diferente da fase classificatória, quando a nota final é uma média das duas voltas de 60 segundos, na fase final apenas a nota mais alta é considerada.

À frente do brasileiro figuraram, ainda, o norte-americano Marcus Christopher (93,11 pontos); e o japonês Rimu Nakamura (90,89 pontos).

Bala Loka

Natural de Carapicuíba, interior de São Paulo, Bala Loka chegou às Olimpíadas de Paris trazendo consigo conquistas relevantes, como a medalha de bronze nos Jogos Sul-americanos de Assunção, em 2022; e bronze no Jogos Pan-americanos de Santiago, em 2023. Ele foi quarto lugar na etapa de Budapeste do pré-olímpico.

Edição: Marcelo Brandão

Fonte: Agência Brasil

Judô: Rafael Macedo vence 3 lutas, mas deixa escapar o bronze em Paris

 

Brasileiro foi superado pelo francês Hambou ao levar terceira punição

O paulista Rafael Macedo foi único representante do Brasil no judô nesta quarta-feira (31) e chegou muito próximo de conquistar a medalha de bronze na Arena Campo de Marte (Champ de Mars), em Paris. Ele começou bem o dia, estreando com vitória por ippon nas oitavas de final, ao imobilizar o braço do adversário romeno Alex Cret. Na luta seguinte, pelas quartas, Rafael foi superado espanhol Tristani Mosakhlishvili, e caiu para a repescagem. No combate seguinte, Rafael derrotou o sul-coreano Juyeop Han com dois golpesl - um waza-ari e um ippon -  e ganhou o direito de disputar a medalha de bronze.

2024.07.31 - Jogos Olímpicos Paris 2024 - Judô masculino. O atleta brasileiro Rafael Macedo (de branco) em duelo contra o francês Maxime-Gaël Ngayap Hambou na disputa da medalha de bronze pela categoria até 90kg. Foto: Luiza Moraes/COB
"Eu não entendi direito a punição, mas acredito que os árbitros têm muitas câmeras, são muitos ali, e vão sempre avaliar da melhor forma. Então respeito a decisão deles e saio tranquilo, porque sei que dei o meu melhor", disse o judoca brasileiro Rafael Macedo após perder a luta pelo bronze- Luiza Moraes/COB/Direitos Reservados

A luta pelo bronze foi contra o francês Maxine-Gael Ngayap Hambou, que contou com o apoio da maioria do público nas arquibancadas. O combate foi equilibrado, com os dois judocas zerados na pontuação, e se encaminhava para o golden score, o tempo extra no judô. Mas, a poucos segundos do fim, após uma tentativa de golpe do brasileiro, a arbitragem puniu o brasileiro com um terceiro shido - advertência por infração na regra do esporte. Rafael puxou Hambou pela parte de dentro da manga do quimono do adversário, o que é proibido. No mesmo movimento, o brasileiro fez uma espécie de tesoura com as pernas no pescoço do oponente, o que também é passível de punição. Como o paulista já acumulava outros dois shidos, a terceira advertência provocou a desclassificação automática de Rafael.

“Eu não entendi direito a punição, mas acredito que os árbitros têm muitas câmeras, são muitos ali, e vão sempre avaliar da melhor forma. Então respeito a decisão deles e saio tranquilo, porque sei que dei o meu melhor. Fiz tudo o que sei, o que consegui, e faz parte”, disse o judoca paulista, em depoimento à Confederação Brasileira de Judô (CBJ).

Rafael Macedo tem 29 anos e treina no tradicional clube Sogipa, de Porto Alegre. Os Jogos Olímpicos de Paris foram a segunda edição na carreira do atleta de São José dos Campos. Ele estreou em Olimpíadas na edição de Tóquio 2020, mas foi eliminado na luta de estreia. Rafael volta a representar o Brasil no pròximo sábado (3), na disputa por equipes masculinas.

As competições do judô em Paris seguem até o próximo sábado (3).

Próximas estreias do judô brasileiro 

Na quinta-feira (1º) é dia de estreia de Leonardo Gonçalves (categoria até 100 kg masculino) e de Mayra Aguiar (78 quilos feminino). Mayra vai em busca da quarta medalha olímpica da carreira. Ela tem três bronzes, das edições de Londres (2012), Rio de Janeiro (2016) e Tóquio (2021). Na sexta-feira (2) será a vez dos judocas Rafael Silva, o Baby, na categoria acima de 100 kg, e Beatriz Sousa (78 kg feminino). No sábado (3), último dia de competições do judô, será reservado à disputa por equipes.

Edição: Cláudia Soares Rodrigues

Fonte: Agência Brasil

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Com apoio de Bolsonaro, primo de Ustra será candidato a vereador pelo PL em Porto Alegre

 

Marcelo se filiou nesta semana ao partido de Jair Bolsonaro

(Foto: Reprodução)

Primo do militar condenado por tortura durante a ditadura Carlos Alberto Brilhante Ustra, Marcelo Ustra da Silva Soares será candidato a vereador pelo PL em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. De acordo com apuração da CNN, Marcelo se filiou nesta semana ao partido de Jair Bolsonaro e conta com o apoio do extremista, que é grande fã e entusiasta do torturador falecido em 2015.

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia dispensado Marcelo de um cargo que ocupava desde julho de 2020, nomeado por Jair Bolsonaro (PL). Ele é Tenente-coronel do Exército por formação.

Quem foi Ustra- Ustra foi chefe do DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna) do II Exército, em São Paulo, entre 1970 e 1974. Esse órgão foi um dos principais responsáveis por reprimir opositores ao regime militar e é conhecido por ter cometido diversas violações dos direitos humanos, incluindo tortura e assassinato de presos políticos. Ustra é frequentemente lembrado por seu envolvimento nesses atos de repressão.

Após a redemocratização do Brasil, Ustra foi alvo de diversas acusações e processos relacionados a violações dos direitos humanos, mas nunca de fato pagou pelos seus crimes.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN

Transparência Eleitoral Brasil questiona legitimidade das eleições na Venezuela

 

Abusos institucionais e falta de transparência marcam o processo eleitoral, afirma organização

Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, reúne-se com o Conselho de Estado e o Conselho de Defesa, em Caracas 30/07/2024 Palácio de Miraflores/via REUTERS (Foto: Miraflores Palace)

As recentes eleições na Venezuela têm gerado ceticismo e críticas tanto da comunidade internacional quanto de organizações da sociedade civil. Entre as vozes críticas está a Transparência Eleitoral Brasil, que integra a Rede de Observação e Integridade Eleitoral, uma coalizão de 17 instituições latino-americanas que acompanhou de perto a disputa. Segundo Ana Claudia Santano, fundadora e diretora-executiva da Transparência Eleitoral, o processo eleitoral venezuelano foi marcado por graves abusos institucionais que comprometeram os princípios democráticos.

"Percebemos um processo eleitoral que não contou com todas as garantias de competição e igualdade. Observamos muitas inabilitações de competidores, perseguição a atos políticos da oposição e assim por diante", relatou Santano. Ela destacou ainda a cooptação do CNE por pessoas nomeadas pelo governo de Nicolás Maduro, comprometendo a independência necessária para uma autoridade eleitoral.

A publicação das atas de apuração por parte do CNE, segundo Santano, poderia ser um gesto de boa-fé que ajudaria a restaurar a credibilidade do processo eleitoral. "Um ato como esse, nós poderíamos entender como uma atitude de independência", ponderou a diretora, doutora e mestre em Direito pela Universidade de Salamanca, na Espanha em entrevista ao Congresso em Foco.

A Rede de Observação e Integridade Eleitoral publicou um manifesto exigindo a divulgação das atas de mesa pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) como condição para reconhecer os resultados das eleições. Essa demanda também foi apoiada pelos governos do Brasil, México e Colômbia, que ofereceram suporte técnico ao CNE. Contudo, a demora na divulgação das atas, sem um prazo definido pelo conselho, é vista como um dos abusos cometidos durante o processo eleitoral.

Fonte: Brasil 247 com informações do site Congresso em Foco

Manifestantes atacam comércios e prédios públicos; Maduro questiona se protestos são pacíficos

 

"Isto é protesto legítimo? Isto é democracia, ou é fascismo criminoso?", questionou o presidente reeleito da Venezuela

Uma manifestante reage quando coquetéis molotov atingem o chão em frente às forças de segurança durante os protestos contra os resultados das eleições, após o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e seu rival da oposição, Edmundo Gonzalez, reivindicarem a vitória na eleição presidencial de domingo, em Puerto La Cruz, Venezuela (Foto: REUTERS/Samir Aponte)

Por Lucas Pordeus León, repórter da Agência Brasil - Os distúrbios registrados na Venezuela nos últimos dias incluem queima de estabelecimentos comerciais, de prédios públicos destinados a serviços como saúde e educação e de locais ligados ao partido do governo (PSUV). Há ainda relatos de intimidações e ataques a simpatizantes do governo e líderes comunitários ligados ao chavismo.

Vídeos que registram os ataques e atos de violência têm sido divulgados nos meios de comunicação estatais venezuelanos e nas redes sociais. Desde o anúncio da vitória de Maduro na eleição do último domingo (28), a oposição denuncia fraude e convoca manifestações de protesto. 

Ao comentar a violência nas ruas e mostrar vídeos de ataques a prédios públicos e comerciais, o presidente Nicolás Maduro questionou se os atos são pacíficos e provocou o alto comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU), Volker Türk, que acusou o governo de fazer uso desproporcional da força contra manifestações pacíficas.

“Este é um protesto, Volker Türk? Isto é protesto legítimo? Isto é democracia, ou é fascismo criminoso? Os Estados Unidos [EUA], seus aliados, a União Europeia e Volker Turull vão dizer que estes são presos políticos”, disse, após mostrar vídeos de atos violentos registrados no país.

O governo tem recebido críticas de meios de comunicação, líderes de outros países e organizações não governamentais por causa das prisões em massa e da violência nas ruas do país.

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, candidata à Casa Branca em novembro, comentou a situação em uma rede social. “A violência, o assédio e as ameaças contra manifestantes pacíficos e intervenientes políticos são inaceitáveis”, disse.

O governo Maduro, por sua vez, sustenta que (os responsáveis) são grupos organizados para cometer violência e que foram registrados casos de assédio e intimidação contra lideranças ligadas ao governo.

“Um dos métodos desses grupos criminosos é intimidar os líderes do CLAP [programa social de alimentação do governo], os líderes de rua, os líderes comunitários, os líderes porta-vozes dos conselhos comunais, que os enfrentaram com dignidade”, afirmou.

Autoridades venezuelanas afirmam que alguns dos cerca de 750 presos nos distúrbios foram pagos para cometer os atos violentos. Vídeos com relatos de supostos manifestantes presos admitindo que receberam dinheiro para atacar alguns locais estão sendo transmitidos nos meios de comunicação oficiais.  

Maduro responsabilizou Edmundo González, seu principal adversário na eleição de domingo, e a opositora María Corina Machado pela violência. “Quem lhes deu a ordem? Que objetivos eles tinham para atacar e queimar a Polícia Nacional, atacar os transeuntes, atacar qualquer um que se pareça com um chavista?”, perguntou.

O presidente da Venezuela prometeu criar um fundo para ressarcir as pessoas que tiveram prejuízos materiais devido aos distúrbios e tomar medidas de proteção às lideranças chavistas ameaçadas.

Oposição - Apesar dos atos violentos, também foram registradas manifestações pacíficas no país, como o ato realizado por Edmundo González e María Corina Machado na terça-feira (30), em Caracas.

Em uma rede social, González manifestou solidariedade “ao povo ante sua justificada indignação. O candidato lamentou as informações sobre mortes, feridos e presos durante os distúrbios e pediu que as forças armadas e de segurança “detenham a repressão de manifestações pacíficas. Vocês sabem o que houve no domingo. Cumpram com seu juramento.”

Fonte: Brasil 247

Comunicado do Centro Carter sobre eleição na Venezuela é "relevante", avalia governo brasileiro

 

No momento, orientação da diplomacia brasileira é manter a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro para que as atas eleitorais sejam divulgadas

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, celebra resultado da eleição, em Caracas 29/07/2024 (Foto: REUTERS/Fausto Torrealba)

O Centro Carter, uma organização pró-democracia fundada pelo ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, emitiu, na noite de terça-feira (30), uma nota afirmando que as eleições na Venezuela não podem ser consideradas democráticas. Após a publicação do comunicado, o texto foi compartilhado por interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), repercutindo no governo brasileiro.

Conforme relatou a CNN nesta quarta-feira (31), fontes do Itamaraty consideram a posição do Centro Carter como "relevante" e "contundente", embora descartem qualquer mudança na postura do Brasil. Por enquanto, a orientação da diplomacia brasileira é continuar pressionando o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro para que as atas eleitorais sejam divulgadas.

As atas são documentos detalhados sobre o número de votos e os resultados em cada urna.

Ainda na terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou pela primeira vez sobre o impasse envolvendo a eleição presidencial na Venezuela. Em uma declaração feita em entrevista exclusiva, no Palácio da Alvorada, à TV Centro América, o chefe do Executivo afirmou que é necessário apresentar as atas de votação para “resolver a briga” política no país vizinho.

"É normal que tenha uma briga. Como resolve essa briga? Apresenta a ata. Se a ata tiver dúvida entre a oposição e a situação, a oposição entra com um recurso e vai esperar na Justiça o processo. E vai ter uma decisão, que a gente tem que acatar. Eu estou convencido que é um processo normal, tranquilo", afirmou Lula.

No domingo (28), o Conselho Eleitoral Nacional (CNE) declarou a vitória de Maduro nas eleições, com 51,2% dos votos, superando o candidato da oposição, Edmundo González, que obteve 44%. Os resultados, porém, estão sendo contestados pela direita venezuelana.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN

Maduro desafia Elon Musk para luta e o bilionário aceita

 

“Não tenho medo de você, Elon Musk. Vamos lutar, onde você quiser”, disse o presidente reeleito da Venezuela. "Eu aceito", respondeu o bilionário

Nicolás Maduro (Foto: Presidência da Venezuela )

O presidente reeleito da Venezuela, Nicolás Maduro, desafiou o bilionário Elon Musk para uma luta após o dono da rede social X, antigo Twitter, chamar a eleição presidencial do país de “farsa”, acusando-a de ser fraudulenta, segundo a agência de notícias estatal turca Anadolu Agency. "Eu aceito", disse Musk na plataforma. "Ele vai se acovardar", ressaltou o bilionário em outra postagem.

“Grande fraude eleitoral por parte de Maduro”, postou Musk na rede social. A postagem, publicada na segunda-feira (29) era acompanhada de uma imagem mostrando as supostas percentagens obtidas por Maduro e pelo oposicionista Edmundo González Urrutia, em uma tentativa de demonstrar a existência de uma suposta fraude por parte do governo venezuelano.

Em uma outra publicação sobre o assunto, Musk citou uma notícia que citava o presidente argentino de extrema direita, Javier Milei, que disse que a Argentina não “reconheceria outra fraude” e esperava que as Forças Armadas “defendessem a democracia e a vontade popular”.

“Maduro, vá embora! Os venezuelanos estão tentando acabar com a ditadura comunista de Nicolás Maduro. Os dados anunciam uma vitória esmagadora da oposição, e o mundo espera que reconheçam a derrota depois de anos de socialismo, miséria, decadência e morte”, escreveu o bilionário.

Após as postagens de Musk, Maduro respondeu em rede nacional, desafiando-o para uma luta.

“A mídia social cria uma realidade virtual e quem controla a realidade virtual? Nosso novo arquiinimigo, o famoso Elon Musk", iniciou seu discurso. "Você quer lutar? Vamos fazê-lo. Elon Musk, estou pronto”, disse Maduro de acordo com a agência noticiosa. “Não tenho medo de você, Elon Musk. Vamos lutar, onde você quiser”, completou. Maduro também acusou Musk de querer utilizar os foguetes da SpaceX, de sua propriedade, e um exército para invadir a Venezuela.

Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, realizadas no domingo (28),

Maduro, de 61 anos, obteve 51% dos votos contra 44% do líder da oposição Edmundo Gonzalez. Os resultados, no entanto, foram contestados pela oposição e muitos países não reconheceram o resultado do pleito.

Fonte: Brasil 247 com informações da agência estatal turca Anadolu Agency

Manifestantes atacam comércios e prédios públicos; Maduro questiona se protestos são pacíficos

 

"Isto é protesto legítimo? Isto é democracia, ou é fascismo criminoso?", questionou o presidente reeleito da Venezuela

Uma manifestante reage quando coquetéis molotov atingem o chão em frente às forças de segurança durante os protestos contra os resultados das eleições, após o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e seu rival da oposição, Edmundo Gonzalez, reivindicarem a vitória na eleição presidencial de domingo, em Puerto La Cruz, Venezuela (Foto: REUTERS/Samir Aponte)

Por Lucas Pordeus León, repórter da Agência Brasil - Os distúrbios registrados na Venezuela nos últimos dias incluem queima de estabelecimentos comerciais, de prédios públicos destinados a serviços como saúde e educação e de locais ligados ao partido do governo (PSUV). Há ainda relatos de intimidações e ataques a simpatizantes do governo e líderes comunitários ligados ao chavismo.

Vídeos que registram os ataques e atos de violência têm sido divulgados nos meios de comunicação estatais venezuelanos e nas redes sociais. Desde o anúncio da vitória de Maduro na eleição do último domingo (28), a oposição denuncia fraude e convoca manifestações de protesto. 

Ao comentar a violência nas ruas e mostrar vídeos de ataques a prédios públicos e comerciais, o presidente Nicolás Maduro questionou se os atos são pacíficos e provocou o alto comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU), Volker Türk, que acusou o governo de fazer uso desproporcional da força contra manifestações pacíficas.

“Este é um protesto, Volker Türk? Isto é protesto legítimo? Isto é democracia, ou é fascismo criminoso? Os Estados Unidos [EUA], seus aliados, a União Europeia e Volker Turull vão dizer que estes são presos políticos”, disse, após mostrar vídeos de atos violentos registrados no país.

O governo tem recebido críticas de meios de comunicação, líderes de outros países e organizações não governamentais por causa das prisões em massa e da violência nas ruas do país.

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, candidata à Casa Branca em novembro, comentou a situação em uma rede social. “A violência, o assédio e as ameaças contra manifestantes pacíficos e intervenientes políticos são inaceitáveis”, disse.

O governo Maduro, por sua vez, sustenta que (os responsáveis) são grupos organizados para cometer violência e que foram registrados casos de assédio e intimidação contra lideranças ligadas ao governo.

“Um dos métodos desses grupos criminosos é intimidar os líderes do CLAP [programa social de alimentação do governo], os líderes de rua, os líderes comunitários, os líderes porta-vozes dos conselhos comunais, que os enfrentaram com dignidade”, afirmou.

Autoridades venezuelanas afirmam que alguns dos cerca de 750 presos nos distúrbios foram pagos para cometer os atos violentos. Vídeos com relatos de supostos manifestantes presos admitindo que receberam dinheiro para atacar alguns locais estão sendo transmitidos nos meios de comunicação oficiais.  

Maduro responsabilizou Edmundo González, seu principal adversário na eleição de domingo, e a opositora María Corina Machado pela violência. “Quem lhes deu a ordem? Que objetivos eles tinham para atacar e queimar a Polícia Nacional, atacar os transeuntes, atacar qualquer um que se pareça com um chavista?”, perguntou.

O presidente da Venezuela prometeu criar um fundo para ressarcir as pessoas que tiveram prejuízos materiais devido aos distúrbios e tomar medidas de proteção às lideranças chavistas ameaçadas.

Oposição - Apesar dos atos violentos, também foram registradas manifestações pacíficas no país, como o ato realizado por Edmundo González e María Corina Machado na terça-feira (30), em Caracas.

Em uma rede social, González manifestou solidariedade “ao povo ante sua justificada indignação. O candidato lamentou as informações sobre mortes, feridos e presos durante os distúrbios e pediu que as forças armadas e de segurança “detenham a repressão de manifestações pacíficas. Vocês sabem o que houve no domingo. Cumpram com seu juramento.”

Fonte: Brasil 247

Itamaraty repudia assassinato de líder do Hamas no Irã: 'não contribui para a paz no Oriente Médio'

 

Governo critica violação à soberania iraniana - "flagrante desrespeito à integridade territorial" - e apela por cessar-fogo imediato

(Foto: Onur Conan/Anadolu/Reuters)

O Itamaraty expressou, nesta quarta-feira (31), sua veemente condenação ao assassinato de Ismail Haniyeh, líder do Hamas, em Teerã. Em uma nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro criticou o ato como uma grave violação à soberania e integridade territorial do Irã. “Flagrante desrespeito à soberania e à integridade territorial do Irã, em clara violação aos princípios da Carta das Nações Unidas”, diz nota do Itamaraty publicada pelo G1

Ismail Haniyeh, figura central do Escritório Político do Hamas, foi morto na capital iraniana, conforme anunciaram o próprio grupo e a Guarda Revolucionária do Irã. A resposta brasileira sublinhou que tais “atos de violência, sob qualquer motivação, não contribuem para a busca por estabilidade e paz duradouras no Oriente Médio", mas, ao contrário, agravam ainda mais as tensões na região.

A nota do governo brasileiro também ressaltou o impacto negativo do assassinato nas conversações de cessar-fogo em Gaza, complicando ainda mais as possibilidades de uma solução política para o conflito e a libertação de reféns. Em um apelo aos envolvidos no conflito, o Itamaraty pediu "máxima contenção" para evitar a escalada da violência.

O comunicado conclui com um chamado à comunidade internacional para promover o diálogo e conter o agravamento das hostilidades. "O governo brasileiro reitera que, para interromper a grave escalada de tensões no Oriente Médio, é essencial implementar cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, em cumprimento à Resolução 2735 do Conselho de Segurança das Nações Unidas".

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Governo congela R$ 5,7 bi de Saúde e Educação e corta R$ 4,5 bi do PAC; veja decreto

 

Movimento foi confirmado durante divulgação do relatório bimestral de acompanhamento de receitas e despesas primárias

Fernando Haddad (Foto: Washington Costa/MF)

Por Marcos Mortari, InfoMoney - Uma semana após a confirmação do congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) editou, nesta terça-feira (30), decreto detalhando as áreas do governo em que ocorrerão os bloqueios (R$ 11,17 bilhões) e contingenciamento (R$ 3,84 bilhões) de recursos.

O texto, publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), mostra contenção sobre diversos órgãos do governo federal − além de congelamento sobre recursos destinados a emendas parlamentares de comissão (RP 8) e de bancada (RP 7).

Do lado dos recursos bloqueados, R$ 7,078 bilhões são despesas discricionárias do Poder Executivo e R$ 3,277 bilhões de recursos discricionários da nova edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os R$ 816,4 milhões restantes são das emendas de comissões do Congresso Nacional.

Já pelo contingenciamento, são R$ 2,179 bilhões de despesas discricionárias do Poder Executivo que não serão empenhadas, R$ 1,223 bilhão do PAC. Neste caso, as emendas parlamentares de comissão sofrerão um congelamento de R$ 278,9 bilhões e as de bancada, R$ 153,6 milhões. Clique aqui para acessar a íntegra do decreto.

Os principais alvos das contenções foram os ministérios da Saúde (R$ 4,419 bilhões), Cidades (R$ 2,133 bilhões), Transportes (R$ 1,512 bilhão), Educação (R$ 1,284 bilhão) e Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (R$ 924 milhões). Juntas, as 5 pastas respondem por 68% do congelamento de recursos.

Apesar dos cortes significativos em áreas sensíveis, a equipe econômica do governo sustentou, em nota, que a distribuição por órgão “teve como diretrizes a preservação das regras de aplicação de recursos na Saúde e na Educação (mínimos constitucionais), a continuidade das políticas públicas de atendimento à população e o compromisso do governo federal com a meta de resultado fiscal estabelecida para o ano de 2024.”

Os órgãos sujeitos aos cortes de despesas terão até dia 6 de agosto para adotar medidas de ajustes e realizar o procedimento de indicação das programações e ações a serem bloqueadas. De acordo com o governo, as despesas bloqueadas podem ser substituídas pelos órgãos a qualquer tempo, salvo se estiverem sendo utilizadas para fins de abertura de crédito no momento de solicitação do órgão.

No caso das emendas de bancada, haverá um ajuste proporcional para divisão igualitária das representações no parlamento. As emendas individuais dos congressistas, por outro lado, ficaram de fora do contingenciamento.

O texto é assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelos secretários-executivos do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, e do Ministério do Planejamento e Orçamento, Gustavo Guimarães. Os dois exercem interinamente o comando das respectivas pastas durante as férias dos ministros Fernando Haddad (PT) e Simone Tebet (MDB).

O que está em jogo?

O bloqueio visa respeitar a regra de limite de despesas públicas para 2024. Conforme estabelece o novo marco fiscal, os gastos de um exercício devem apresentar um crescimento real entre 0,6% e 2,5% em relação às despesas do ano anterior (com o fator exato definido a partir do comportamento das receitas naquele período). Mas como a evolução de despesas obrigatórias superou as projeções feitas na Lei Orçamentária Anual (LOA), o bloqueio de despesas discricionárias se faz necessário como forma de compensação para respeitar o “teto”.

Já o contingenciamento tem como objetivo atender a meta de resultado primário − que neste ano é de déficit zero, com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB), o que na prática permite um desequilíbrio de até R$ 28,756 bilhões nas contas públicas.

Na avaliação de especialistas em contas públicas, os movimentos vieram na direção de um ajuste necessário, mas não são suficientes para garantir o cumprimento das metas. Conforme apontaram integrantes da equipe econômica, o contingenciamento ocorreu apenas no montante que excedia a banda inferior do objetivo estabelecido. Isso indica necessidade de um esforço ainda muito maior para a busca do centro da meta − o que pode ser reforçado em caso de frustrações de receitas ou despesas acima do projetado.

No último Relatório de Acompanhamento de Receitas e Despesas Primárias (RARDP), referente ao terceiro bimestre, divulgado na semana passada, a equipe econômica do governo revisou estimativa para o resultado primário de um déficit de R$ 14,49 bilhões para um desequilíbrio de R$ 32,60 bilhões. Foi por isso que se fez necessário o anúncio de contingenciamento de R$ 3,84 bilhões, empurrando a projeção do resultado para o limite de R$ 28,756 bilhões.

Apesar de insuficientes, as medidas confirmadas nesta terça-feira devem provocar insatisfações em Brasília. Em tese, os bloqueios e contingenciamento podem ser desfeitos se houver um volume de despesas abaixo do esperado nos meses subsequentes (no primeiro caso) e/ou ganhos de arrecadação (no segundo caso). Por isso, a equipe econômica considera difícil ao menos que bloqueios sejam desfeitos ao longo do ano.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney