quarta-feira, 31 de julho de 2024

Refinarias privatizadas reduziram produção interna de gás de cozinha e diesel

 

Consequentemente, o Brasil mantém elevadas as compras externas desses produtos para garantir o abastecimento doméstico

Refinaria Mataripe, na Bahia (Foto: Divulgação)

As refinarias de Mataripe, na Bahia (antiga Landulpho Alves – Rlam), e da Amazônia, em Manaus (antes refinaria Isaac Sabbá - Reman), reduziram a produção interna de importantes derivados de petróleo desde que foram privatizadas, informa a Federação única dos Petroleiros (FUP). Como consequência, o Brasil mantém elevadas as compras externas desses produtos para garantir o abastecimento doméstico.

Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no primeiro trimestre de 2024, as importações já representaram, em média, 23,4% do total de gás de cozinha comercializado no país e 20,2% de óleo diesel. Ao reduzir a produção, as refinarias privadas não ajudam a diminuir a dependência do produto trazido de fora. A participação dos derivados importados no mercado brasileiro, em 2023, foi de 17% no gás de cozinha e de 25% no diesel.

De acordo com a ANP, entre 2013 e 2018, a Rlam produzia em média 17,2 mil barris de gás de cozinha por dia. Depois do teaser de venda e de efetivamente privatizada (em fevereiro de 2021), a refinaria baiana reduziu sua produção média diária, entre 2018 e junho de 2024, para 13 mil barris de gás de cozinha, ou seja, um recuo de 24,5%. No óleo diesel processado pela Rlam também houve queda importante. Entre 2013 e 2018, a produção média era de 86,4 mil barris/dia. Mas de 2019 a junho de 2024, o volume médio caiu para 76 mil barris diários, com declínio de 12%.

O mesmo comportamento é observado na refinaria de Manaus. As estatísticas da ANP mostram que a produção média diária da Reman caiu de 1,3 mil barris de gás de cozinha, entre 2013 e 2019, para apenas 340 barris/dia, entre 2020 e junho de 2024, com queda  significativa de 73%. Para o óleo diesel, a diminuição foi de 33%, com a produção da unidade passando de 11,6 mil barris, entre 2013 e 2019, para 7,7 mil barris, no período de 2020 a junho de 2024.

De acordo com o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, os números mostram a falta de comprometimento das refinarias privadas como o abastecimento nacional. “Infelizmente, com a privatização destas duas refinarias, houve redução na produção de derivados de petróleo e, consequentemente, aumento na necessidade de o país importar gás de cozinha e diesel para abastecer o mercado doméstico. Por trás dessa queda de produção está a falta de compromisso das refinarias privadas com o abastecimento nacional”, explica.

O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Cloviomar Cararine, explica que “o óleo diesel e o GLP são produtos de baixa rentabilidade. As refinarias privatizadas precisam concorrer com a Petrobrás, que produz o próprio petróleo e, por isso, tem vantagens competitivas. As unidades privadas ou compram petróleo da Petrobrás ou importam e, assim, estão presas aos preços internacionais”.

Na última sexta-feira (26), a Petrobras avançou no processo de recompra da refinaria de Mataripe, que foi vendida o fundo soberano de Abu Dhabi Mubadala por 1,65 bilhão de dólares. 

Fonte: Brasil 247

Banqueiros ganharam R$ 835 bilhões em 2023 com os “juros absurdos” do Banco Central, denuncia Pimenta

 

“Mesmo com inflação controlada e com o PIB crescendo acima das expectativas, o BC insiste em manter o Brasil com o segundo maior juro real do mundo”, disse

Paulo Pimenta (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

O ministro da Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta (PT), voltou a criticar nesta quarta-feira (31) a política de juros implementada pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Pimenta criticou os gastos do país com os juros da dívida pública, que chegaram a R$835 bilhões em 2023.

O ministro classificou os juros como “absurdos” e afirmou que o valor, que poderia ter sido investido em políticas públicas em benefício dos brasileiros, foi parar no “cofre dos banqueiros”. “Quem lucra com os juros absurdos do Brasil? 835 bilhões de reais que poderiam ter sido investidos no crescimento do país foram parar nos cofres dos banqueiros no último ano”, criticou.

Na opinião de Pimenta, a manutenção dos juros em um patamar elevado vai na contramão dos indicadores econômicos, que mostram a inflação controlada e o crescimento da economia. “Mesmo com a inflação controlada e com o PIB crescendo acima das expectativas, o BC insiste em manter o Brasil com o segundo maior juro real do mundo. O orçamento público pertence ao povo e é inaceitável que o dinheiro de hospitais e escolas vá parar nas mãos dos especuladores”, disse. 

 


Fonte: Brasil 247

Marcos Mion culpa Lula por derrotas na Olimpíada e é massacrado nas redes: "foi Bolsonaro que enterrou o esporte"

 

Mion embarcou em uma fake news que ganhou força nas redes sociais nos últimos dias de que atletas em Paris viveriam de 2.000 reais mensais de Bolsa Atleta

(Foto: Marcos Correa- PR)

O apresentador Marcos Mion, que já tirou fotos ao lado de Jair Bolsonaro e elogiou a gestão passada , decidiu culpar o governo de Luiz Inácio Lula pelo desempenho abaixo do esperado no quadro de medalhas das olimpíadas, mas foi desmascarado nas redes sociais. 

De acordo com Notícias da TV, o apresentador se baseou em informações de um site não confiável para falar sobre a bolsa dos atletas brasileiros. "A média de salário de um atleta no Brasil em 2024 é de R$ 2.000 por mês, no site salario.com. Mesmo assim, a gente vê em todas as Olimpíadas nossos atletas disputando e ganhando medalhas. Isso, pra mim, é surreal, mostra o tamanho do coração do povo brasileiro. Mostra que a gente tem muita garra", disparou.

Mion embarcou em uma fake news que ganhou força nas redes sociais nos últimos dias de que atletas em Paris viveriam de 2.000 reais mensais, o que não é verdade. 

Rayssa Leal, por exemplo, a Fadinha, a é beneficiária do programa na categoria Bolsa Pódio, cujos valores podem chegar a R$ 16.629,00. Os recursos são provenientes do Ministério do Esporte, ministério esse que foi extinto na gestão de Jair Bolsonaro, além do corte nas bolsas. 

De acordo com o Ministério do Esporte, o Governo Federal repassou mais de R$ 24,69 bilhões para a pasta até julho de 2024. “O empresário não tem obrigação de olhar para um atleta que não tem medalha de ouro”, disse Lula recentemente.

Veja a repercussão:

 

 

Fonte: Brasil 247

Investimento no programa Brasil sorridente cresce 84% no governo Lula

 

Programa criado no primeiro mandato do presidente Lula completa 20 anos em 2024

Programa Brasil Sorridente (Foto: Samuel Malta/MS)

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) investiu, por meio do Programa Brasil Sorridente, R$ 154,8 milhões em 31.549 equipes de saúde bucal em todo o país em maio de 2024. O valor é 84,7% superior aos R$ 84,1 milhões repassados em dezembro de 2022, quando 28.253 equipes compunham o efetivo do programa. Já o investimento em Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) aumentou 136%, indo de  R$ 19,3 milhões em 2022, para R$ 45,7 milhões em 2024.

O Brasil sorridente oferece serviços odontológicos de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O programa completa 20 anos em 2024, e foi criado durante o primeiro mandato de Lula para oferecer saúde bucal de forma gratuita e combater a dificuldade de acesso da população mais vulnerável e em regiões de vazios assistenciais. Em 2023, o presidente sancionou a Lei 14.572/23, que incorporou a Política Nacional de Saúde Bucal, o Brasil Sorridente, à Lei Orgânica da Saúde.

A mudança permitiu que o programa fosse ampliado,  com o credenciamento de mais equipes e a implantação e modernização de CEOs. Na ocasião, Lula reforçou a necessidade da iniciativa. “O Brasil Sorridente é uma coisa extraordinária, porque não recupera só o sorriso, recupera a dignidade do ser humano”, disse. 

Fonte: Brasil 247

Vínculo com Lula faz intenções de votos em Boulos crescerem, diz Quaest


Guilherme Boulos e Lula. Foto: reprodução

 Os dados da pesquisa Genial/Quaest, divulgada na última terça-feira (30), apontam que o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) precisa reforçar sua conexão com o presidente Lula (PT) para aumentar suas chances na disputa pela prefeitura de São Paulo.

Boulos, que está empatado tecnicamente na liderança com Ricardo Nunes (MDB) e José Luiz Datena (PSDB), registra 23% das intenções de voto em um dos cenários analisados pela pesquisa. O percentual, no entanto, sobe para 28% quando Boulos é apresentado como o candidato apoiado por Lula.

Nunes ao lado de Bolsonaro e Boulos ao lado de Lula. Foto: reprodução

Por outro lado, Nunes aparece com 26% das intenções de voto, mas cai para 25% quando Boulos é associado a Lula e Nunes é apresentado como o candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A relação entre Boulos e Lula é mais reconhecida pelos eleitores paulistanos do que a aliança de Nunes com Bolsonaro ou com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Entretanto, 50% dos eleitores ainda não sabem dizer quem é o candidato apoiado por Lula.

O mandatário garantiu o apoio do PT a Boulos nas eleições de 2022, quando o deputado desistiu de concorrer ao governo de São Paulo para apoiar Fernando Haddad (PT). O acordo resultou na indicação da ex-prefeita Marta Suplicy como vice na chapa de Boulos.

A falta de conhecimento sobre esse acordo entre os eleitores beneficia as candidaturas de Datena e Nunes, conforme a Quaest. Entre os eleitores que votaram em Lula na última eleição presidencial, 22% agora apoiam Datena e 12% estão com Nunes.

Vale destacar que a cidade de São Paulo tem um histórico mais progressista do que o resto do estado, tendo dado a Lula quase 500 mil votos a mais que Bolsonaro no segundo turno da última eleição presidencial.

Segundo a pesquisa, 28% dos eleitores paulistanos querem que o próximo prefeito seja um “aliado de Lula”. Contudo, mesmo entre esses eleitores, Boulos não é unanimidade: 42% dizem que votarão no deputado, enquanto 24% preferem Datena e 10% escolhem Nunes.

Fonte: DCM

PM amigo de Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz quintuplicou seus bens em 8 anos

 Chagas Bola é candidato a vereador pelo PL no Rio de Janeiro; PM é amigo de Flávio Bolsonaro e ex-assessor Fabrício Queiro, investigados por “rachadinha”


O policial militar Luiz Carlos Chagas, apelidado de Chagas Bola, amigo do senador Flávio Bolsonaro e do ex-assessor Fabrício Queiroz, quintuplicou seu patrimônio nos últimos oito anos, informa o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles. O candidato a vereador do Rio de Janeiro pelo PL de Jair Bolsonaro declarou à Justiça Eleitoral R$ 6,2 milhões em bens.


Em 2016, Chagas Bola informou ter R$ 1,3 milhão em bens; em 2018, R$ 1,5 milhão; e em 2020, R$ 3,1 milhões. Esta é a quarta eleição disputada pelo bolsonarista, que nunca foi eleito.


Chagas Bola já fez campanhas ao lado de Flávio Bolsonaro no Rio de Janeiro, tendo como sombra Queiroz, ex-chefe de gabinete de Flávio que foi investigado no caso das rachadinhas. O PM também deu auxílio financeiro a Felipe, filho de Queiroz.


Dos R$ 6,2 milhões declarados à Justiça Eleitoral, R$ 350 mil são por meio da Lewis, empresa de segurança privada cujo cartão de visita foi apreendido com Queiroz quando foi preso, em 2020.


Fonte: Agenda do Poder com informações do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles

Zé Dirceu defende vitória de Maduro e diz que voto eletrônico impresso, como ocorre na Venezuela, é “inviolável”

 Ele comparou a oposição venezuelana a Jair Bolsonaro e Donald Trump

O ex-ministro José Dirceu defendeu a vitória de Nicolás Maduro nas eleições do último domingo na Venezuela, informa a colunista Raquel Landim, do portal UOL. Ele comparou a oposição venezuelana a Jair Bolsonaro e Donald Trump, e também afirmou que o sistema de votação venezuelano, baseado no voto impresso, é “seguro” e “inviolável”.


“O presidente Nicolás Maduro foi proclamado vitorioso nas eleições venezuelanas e cumprirá seu novo mandato. O discurso de desconfiança foi imediato, mas já vimos esse filme antes”, disse Dirceu em nota enviada à reportagem.


“Com Jair Bolsonaro foi assim, e antes dele Aécio Neves. Em comum, a ideia de colocar o órgão eleitoral em suspeição e a própria urna eletrônica. Até Donald Trump apelou para a fraude”, completou.


O ex-ministro faz uma defesa do sistema de votação na Venezuela, em que o voto é eletrônico e imediatamente impresso — ou seja, as urnas são auditadas no próprio processo eleitoral.


“O sistema é seguro e inviolável”, afirma Dirceu.


Uma das figuras mais influentes dentro do PT, o ex-ministro também critica a mídia brasileira, que, na sua avaliação, “parte do princípio de que Maduro não pode vencer, e se venceu é porque houve fraude”.


Para Dirceu, a oposição venezuelana tem setores golpistas e “articulados com interesses norte-americanos, que apoiaram as sanções e o sequestro das reservas da Venezuela”.


Ele defende que não dá para apontar fraude sem a conferência das atas e diz que Brasil, México e Colômbia “se posicionaram corretamente a despeito de toda a grita da oposição venezuelana e do entusiasmo da mídia com a tese da fraude”.


Nesta segunda-feira (29), o PT publicou uma nota defendendo as eleições na Venezuela como “soberanas” e “democráticas”. A nota provocou discordâncias dentro do partido, com lideranças classificando o tom como “precipitado” e reclamando de “falta de debate”.


Fonte: Agenda do Poder com informações da coluna da jornalista Raquel Landim, no UOL

Carlos Bolsonaro registra candidatura a vereador e declaração ao TRE mostra que se desfez de apartamentos no Rio

 Vereador pelo Rio de Janeiro tenta novamente a reeleição na cidade


Começam a chegar à Justiça Eleitoral os primeiros registros de candidaturas para vereador, nos mais diversos municípios do país. Pois este já é o caso de Carlos Bolsonaro, que tentará mais uma vez manter a sua cadeira na Câmara de Vereadores do Rio.


Pois chamou atenção uma mudança na declaração de bens do candidato. Ao que parece, Carluxo, filho 02 de Jair Bolsonaro, desistiu de investir em imóveis, algo comum na família.


Em 2020, o atual vereador pelo PL declarou ter três imóveis no Rio de Janeiro. Eram apartamentos em três bairros distintos: um em Copacabana, avaliado em R$ 85 mil, outro na Tijuca, este custando R$ 205 mil, e o último no Centro, orçado em R$ 180 mil.


Agora em 2024, porém, nenhum dos imóveis aparece na lista de bens de Carlos. Seu patrimônio, aliás, passou de R$ 591.659,46, em 2020, para R$ 687.036,68, este ano, alta de 16% no período.


Fonte: Agenda do Poder com informações da coluna de Ancelmo Gois no Globo

Governo divulga áreas atingidas pelo congelamento de R$ 15 bilhões em gastos públicos para conseguir zerar o déficit

 Técnicos da equipe econômica disseram que devido à cifra a ser bloqueada, todos os ministérios seriam afetados de forma geral, inclusive áreas prioritárias, como saúde e obras do PAC


O governo federal divulgou, no fim da noite desta terça-feira (30), o decreto do presidente Lula que detalha as áreas afetadas pelo congelamento de R$ 15 bilhões em gastos públicos, anunciado na semana passada. O objetivo é fazer convergir as contas públicas para a meta de déficit zero estabelecida para 2024.


No total, o governo segurou:


  • R$ 4,5 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC);
  • R$ 1,095 bilhão em emendas de comissão;
  • R$ 153 milhões de emendas de bancada. As emendas individuais foram poupadas;
  • Também foram congelados R$ 9,2 bilhões em despesas discricionárias do Poder Executivo.

Somando esses valores, chega-se ao congelamento de R$ 15 bilhões.


O PAC é uma das principais vitrines do governo Lula e é comandado pelo chefe da Cassa Civil, Rui Costa, com quem o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acumula divergências dentro do governo.


Saúde

Dentro do universo de R$ 15 bilhões, há a divisão considerando emendas e o PAC e também a divisão entre os ministros.


Considerando os ministérios, a Saúde foi o mais afetado, com R$ 4,4 bilhões. A lista segue com o Ministério das Cidades (R$ 2,1 bilhões), dos Transportes (R$ 1,5 bilhão) e da Educação (R$ 1,2 bilhão). Os demais órgãos tiveram bloqueios abaixo de R$ 1 bilhão.


A contenção de gastos é o maior já feito no terceiro mandato do presidente Lula.


Bloqueios e contigenciamento


No total, R$ 15 bilhões foram congelados do Orçamento. Desse total, foram bloqueados R$ 11,2 bilhões por conta da alta de gastos com os benefícios. Além disso, o governo também contingenciou R$ 3,8 bilhões visando cumprir a meta fiscal deste ano diante da frustração com a arrecadação.


As estimativas de gastos com aposentadorias e com o Benefício de Prestação Continuara (BPC) subiram R$ 11,3 bilhões e são o principal motivo por trás do bloqueio de despesas no Orçamento.


O decreto que detalhou os cortes por áreas foi discutido com integrantes da Junta de Execução Orçamentária (JEO) e o presidente Lula no fim da tarde desta terça-feira. A JEO é composta pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, da Gestão, Esther Dweck, e pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. Com os titulares das pastas em férias e em viagem, caso de Costa, substitutos participaram das discussões finais do decreto.


Segundo integrantes do governo, o tamanho do congelamento orçamentário de R$ 15 bilhões foi um dos pontos que dificultou os ajustes finais do decreto, prometido para essa terça-feira em edição extra do Diário Oficial da União.


Técnicos da equipe econômica se anteciparam e disseram que devido à cifra a ser bloqueada, todos os ministérios seriam afetados de forma geral, inclusive áreas prioritárias como saúde e obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).


Déficit


O relatório de estimativa de gastos e receitas aponta para um déficit de R$ 28,8 bilhões neste ano, no limite do permitido no arcabouço fiscal.


A meta é de um déficit zero. Ou seja, receitas iguais às despesas. Mas há um limite de tolerância de déficit de 0,25% do PIB, ou R$ 28,8 bilhões. Sem o contingenciamento, o déficit ficaria em R$ 32,6 bilhões. No último relatório, divulgado em maio, a previsão deficitária era de R$ 14,5 bilhões.


No caso do BPC, o Ministério do Planejamento explicou que a variação decorre principalmente do aumento nos quantitativos de benefícios por conta da redução da fila, bem como do aumento da quantidade de requerimentos novos e analisados.


Já em relação aos benefícios previdenciários, a pasta justifica o aumento devido principalmente ao fato de as despesas dos últimos dois meses terem sido executadas acima do previsto inicialmente em decorrência de mudanças de fluxos internos e comportamentos inesperados de entrada de pedidos.


Como essas despesas subiram e elas são obrigatórias, o governo precisou bloquear gastos de outras áreas para cumprir as regras fiscais.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.

Copom anuncia hoje decisão sobre taxa básica de juros, com mercado de olho no comunicado e sinais para o futuro

 É esperada uma nova decisão por unanimidade

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) do Banco Central (BC) deve manter a taxa Selic nos atuais 10,50% ao ano na reunião que começou ontem, terça (30/7), e que termina nesta quarta-feira.


Agentes do mercado financeiro preveem uma decisão por unanimidade, entre todos os diretores da instituição.


Economistas também esperam um comunicado mais “duro” do Comitê, por conta do comportamento da inflação.


Na última reunião, em 19 de junho, o Copom decidiu por unanimidade interromper o ciclo de cortes da taxa básica de juros — mesmo diante de críticas do presidente Lula ao presidente do BC, Roberto Campos Neto.


O centro da meta oficial para o IPCA é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Economistas consultados pelo Banco Central, por outro lado, voltaram a prever inflação maior, com a expectativa para o IPCA passando de 4% para 4,05% neste ano, segundo último boletim Focus.


Em relatório, o Goldman Sachs apontou que as previsões de inflação para o final de 2024-25 devem aumentar ainda mais acima da meta, dado um real mais fraco frente ao dólar, deterioração adicional das expectativas de inflação, mercado de trabalho aquecido e atividade mais firme do que o inicialmente esperado.


Sérgio Goldenstein, estrategista-chefe Warren Investimentos, avalia que início do ciclo de corte de juros pelo Fed, muito provavelmente em setembro, tende a reverter de forma relevante o movimento de desvalorização do real, assim como a dissipação dos fatores conjunturais. Além disso, ele considera que as novidades recentes da política fiscal, com o anúncio recente de bloqueio e contingenciamento de despesa,s devem contribuir para a redução do prêmio de risco, ao indicar a intenção do governo de cumprir a meta fiscal e não a de alterá-la, apesar de permanecerem incertezas com relação à execução.


“Assim, julgamos que seria importante o Copom apontar que não se guia por movimentações de curto prazo da taxa de câmbio. Em suma, a política monetária tem que se submeter aos preceitos de cautela e serenidade e não à volatilidade de curto prazo dos preços de mercado”, afirma.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo