quarta-feira, 31 de julho de 2024

Lula defende declaração do PT sobre eleições na Venezuela e destaca nuances: "fez o que tem de fazer"

 

Presidente se alinhou ao posicionamento do partido ao afirmar que apesar da vitória declarada pelas autoridades de Maduro, a oposição não reconheceu

Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o posicionamento do Partido dos Trabalhadores emitido nesta terça-feira reconhecendo a normalidade da jornada eleitoral do último domingo, que, segundo as autoridades eleitorais venezuelanas, deu vitória ao presidente Nicolás Maduro.

Ele afirmou em entrevista à TV Centro América que o posicionamento da sigla vai além de simplesmente reconhecer a vitória de Maduro: "O Partido dos Trabalhadores reconheceu, de verdade, a nota do Partido dos Trabalhadores reconhece, elogia o povo venezuelano pelas eleições pacíficas que houve. E ao mesmo tempo reconhece que o Colégio Eleitoral, o Tribunal Eleitoral já reconheceu o Maduro como vitorioso. Mas a oposição ainda não".

Questionado se o PT teria se precipitado ao emitir a nota, Lula defendeu a autonomia do partido, e reforçou que o governo brasileiro se posicionará separadamente após a divulgação das atas de votação: "O PT fez o que tem de fazer. O PT não tem de pedir para o governo para fazer as coisas. O PT é um partido que tem autonomia, embora seja o meu partido, não precisa pedir licença para mim: 'Lula, eu posso fazer isso?'. Não. Faça o que você se sentir melhor fazendo. E o governo faz aquilo que se sente melhor fazendo. Eu, na hora em que estiveram apresentadas as atas, e for consagrado que as atas são verdadeiras, todos nós temos a obrigação de reconhecer o resultado eleitoral na Venezuela".

Nesta terça-feira (30), a Executiva Nacional do PT emitiu uma nota pedindo ao Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), que reconheceu a vitória de Maduro, respeito aos recursos apresentados pela oposição. O documento também pede a Maduro que amplie o diálogo com outras forças políticas.

"O PT saúda o povo venezuelano pelo processo eleitoral ocorrido no domingo, dia 28 de julho de 2024, em uma jornada pacífica, democrática e soberana. Temos a certeza de que o Conselho Nacional Eleitoral, que apontou a vitória do presidente Nicolas Maduro, dará tratamento respeitoso para todos os recursos que receba, nos prazos e nos termos previstos na Constituição da República Bolivariana da Venezuela. Importante que o presidente Nicolas Maduro, agora reeleito, continue o diálogo com a oposição, no sentido de superar os graves problemas da Venezuela, em grande medida causados por sanções ilegais. O PT seguirá vigilante para contribuir, na medida de suas forças, para que os problemas da América Latina e Caribe sejam tratados pelos povos da nossa região, sem nenhum tipo de violência e ingerência externa", diz o documento.

A eleição presidencial venezuelana de 28 de julho resultou na vitória de Nicolás Maduro para um terceiro mandato. O anúncio dos resultados pelo CNE levou a oposição apoiada pelos Estados Unidos a protestar na capital, Caracas, e além, com relatos de confrontos entre a polícia e os apoiadores da oposição. O governo venezuelano acusou vários países de interferência nas eleições.

Após as eleições, o governo do presidente Lula informou que aguarda a publicação, pelo CNE, dos dados desagregados por mesa de votação.

Fonte: Brasil 247

Lula diz que só voltará a concorrer se houver risco de a extrema-direita chegar ao poder

 

'Se eu tiver com saúde eu não vou deixar de tentar outro mandato', afirmou o presidente

Lula (Foto: RICARDO STUCKERT / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (30) que pode tenta reeleição em 2026 caso alguma candidatura da extrema-direita tenha chances de ser conseguir vitória no pleito.

"A reeleição é uma coisa mais complicada, porque uma pessoa pode mentir para todo mundo, mas não pode mentir para si mesmo. A única possibilidade que eu tenho dito de voltar a concorrer a uma eleição é se ficar claro que a extrema-direita pode querer voltar nesse país. E aí, sinceramente, se eu tiver com saúde eu não vou deixar", disse o chefe de Estado brasileiro à TV Centro América.

"Esse país não pode, esse país não pode voltar a ter uma experiência macabra como ele teve. O Brasil não pode ter um presidente que nega tudo. Nega tudo. Que conta mentiras, que prega o ódio, que prega a discórdia, que não gosta de mulher, que não gosta de negro, que não gosta de trabalhador, que instiga as pessoas a brigarem, a se ofenderem", acrescentou.

De acordo com o presidente o Brasil é "um país cordial, é um país generoso". "É o melhor povo do mundo. Não tem ninguém melhor do que nós. A gente gosta de contar piada contra nós mesmos. Nós somos o único que conta piada da nossa miséria. Esse país tem que ser feliz. Às vezes eu fico pensando que há um cara do agronegócio não gosta do Lula porque o Lula é amigo dos Sem Terra. Eu quero ser amigo dos Sem Terra e quero ser amigo dele, porque eu acho que o Brasil precisa dos dois. O Brasil precisa do pequeno e do grande. E eu quero ser justo", disse.

"Se tiver terras improdutivas nesse país, ela tem que ser utilizada pelo governo para fazer Reforma Agrária. E o que acontece? O governo paga, tem lei. Ninguém pega terra de graça. O governo paga. E as pessoas sabem que o governo paga bem. Então, não tem porque esse ódio, não tem porque essa bobagem. É o seguinte, se cada um cuidar da sua responsabilidade, já está de bom tamanho pro Brasil. Eu quero cuidar desse país. Vou cuidar porque é um compromisso que eu tenho com Deus, um compromisso que eu tenho com a minha fé de que eu vou provar mais uma vez que um metalúrgico é capaz de fazer o que a elite brasileira não fez".

Na entrevista, o presidente afirmou que "a elite brasileira tem complexo de vira-lata". "Ela não acredita no povo brasileiro. Ela não enxerga o pobre. Ela não enxerga os deserdados. Ela só enxerga ela mesma. Se olha no espelho e fala: 'eu me amo'. Não. É preciso enxergar o povo. Enxergar para as pessoas terem oportunidade", continuou.

"Faço com muito carinho. Eu digo para o povo o seguinte: eu não sou um presidente da república que representa vocês. Não. Eu sou vocês lá. Porque eu já vivi enchente, eu já peguei um metro e meio de água dentro da minha casa. Eu já tive que ficar espantando barata e rato boiando em volta da cama. Eu já tive que tirar lama com um palmo e meio de lama e quando a gente acaba de tirar, vem a chuva e enche através de lama. Eu já vivi tudo isso. A minha vinda à Presidência é a vinda, pela primeira vez na história desse país, do povo pobre, do povo trabalhador chegar ao poder. E aí eu não posso envergonhar. Eu tenho que trabalhar muito para fazer as coisas acontecerem. E não mentir nunca como fez o antecessor".

Fonte: Brasil 247

Para aliados, inquérito da 'Abin paralela' é mais explosivo para Bolsonaro do que o 8 de janeiro

 

A avaliação é de que o caso da "Abin paralela" envolve autoridades como vítimas diretas, o que poderia intensificar a pressão por punições severas pelo STF

Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem Rodrigues (Foto: Carolina Antunes/PR | Reprodução)

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) demonstram preocupação com o impacto potencial do inquérito da chamada "Abin paralela", considerando-o mais perigoso do que a investigação sobre os eventos de 8 de janeiro de 2023, relata Igor Gadelha, do Metrópoles. Nos bastidores, a avaliação é de que o caso da "Abin paralela" envolve autoridades como vítimas diretas, o que poderia intensificar a pressão por punições severas por parte do Supremo Tribunal Federal (STF).

A lista de pessoas monitoradas ilegalmente pelo esquema inclui parlamentares, ex-parlamentares e outros políticos com ligações estreitas com alguns ministros do STF. Esse fator é visto como um agravante significativo, uma vez que essas autoridades podem usar sua influência para garantir que os responsáveis sejam punidos de maneira exemplar. Em contraste, a investigação das invasões de 8 de janeiro, que resultaram em danos materiais e simbólicos, é percebida como menos ameaçadora. 

Além desses dois casos, Bolsonaro enfrenta pelo menos outros três inquéritos: tentativa de golpe de Estado, venda ilegal de joias e falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19. Entre esses, o inquérito sobre a falsificação de vacinas é o que menos preocupa seus apoiadores, que apostam na possibilidade de a Procuradoria-Geral da República (PGR) não prosseguir com a denúncia.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Lula diz que irá reconhecer resultado da eleição na Venezuela

 

É preciso que as autoridades apresentem as atas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (30) que irá reconhecer o resultado da eleição na Venezuela, realizada no último domingo (28). “Lógico que eu vou reconhecer, a hora que for consagrada a vitória”, disse o presidente, em entrevista à TV Centro América.

Segundo ele, é preciso que as autoridades da Venezuela apresentem as atas das eleições para resolver o impasse entre oposição e situação no país. “É normal que tenha uma briga. Como é que vai resolver essa briga? Apresenta a ata. Se a ata tiver dúvida entre a oposição e a situação, a oposição entra com recurso e vai esperar a Justiça tomar o processo. E aí vai ter uma decisão que a gente tem que acatar”.

Segundo Lula, o processo no país vizinho é considerado normal. “Eu estou convencido de que é um processo normal, tranquilo. O que precisa é que as pessoas que não concordem tenham o direito de se expressar, tenham o direito de provar que não concordam. E o governo tem direito de provar que está certo”, afirmou o presidente.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela ainda não divulgou as atas para comprovar o resultado anunciado nas eleições, que deu vitória a Maduro com 51,21% dos votos, contra 44% para Edmundo González, segundo o CNE.

Parte da oposição, alguns países e organismos como a Organização dos Estados Americanos (OEA) questionam a lisura do pleito e pedem a publicação das atas que permitem que os votos sejam auditados. O governo de Nicolás Maduro acusa parte da oposição e países de incitarem um suposto golpe de Estado no país contra o resultado eleitoral. 

Biden

Na tarde de hoje, Lula conversou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre a situação na Venezuela após as eleições presidenciais do último domingo (29). Os dois presidentes reiteraram a necessidade da publicação das atas eleitorais do pleito.

Em nota, a Casa Branca disse que Biden agradeceu ao presidente Lula por sua liderança na região diante do cenário na Venezuela e que os dois líderes concordaram com a  necessidade de divulgação imediata de dados eleitorais completos, transparentes e detalhados ao nível das assembleias de voto pelas autoridades eleitorais venezuelanas.

“Os dois líderes partilharam a perspectiva de que o resultado das eleições venezuelanas representa um momento crítico para a democracia no hemisfério e comprometeram-se a permanecer em estreita coordenação sobre a questão”.

Edição: Valéria Aguiar

Fonte: Agência Brasil

Vôlei: seleção masculina leva virada da Polônia, o 2º revés em Paris

 

Em terceiro no Grupo B, país precisa derrotar Egito na sexta-feira

A seleção brasileira masculina de vôlei lutou como nunca, mas perdeu de virada para a Polônia, no tie-break, na manhã desta quarta-feira (31), na Olimpíada de Paris. Os adversários venceram por 3 sets a 2 (parciais de 25/22, 25/19, 25/19, 25/23 e 15/12). Apesar do segundo revés seguido na fase de grupos - na estreia foi superada pela Itália (3 a 1) - o Brasil segue em condições de avançar às quartas de final.

O Brasil é o atual terceiro colocado no grupo B com um ponto e vai enfrentar o Egito na sexta-feira (2), 8h (horário de Brasília) . A depender da combinação de resultados nas outras chaves, uma vitória por 3 sets 0 classifica os brasileiros para as quartas. Pelas regras do torneio olímpico, passam para o mata-mata os dois mais bem colocados de cada grupo, além dos dois melhores terceiros colocados. Na chave do Brasil, Itália e Polônia já tem lugar garantido nas quartas de final, e se enfrentam no sábado (3) pela liderança do grupo.

A seleção masculina de vôlei entrou em quadra pressionada para o clássico contra a Polônia, atual líder do ranking mundial. Era necessário pontuar na classificação para manter viva a esperança de avançar às quartas de final. A partida na Arena Paris teve a emoção esperada.

No primeiro set, o Brasil começou melhor que os poloneses, e chegou a ter vantagem de seis pontos. Os adversários conseguiram a virada na parcial, mas o ponteiro Leal chamou a responsabilidade e os brasileiros fecharam em 25/22.

Na segunda parcial a Polônia foi dominante, se aproveitando da queda de rendimento do time do Brasil. Os poloneses fecharam na frente por de 25/19 e empatarem o duelo.

No terceiro set, o técnico Bernardinho fez uma troca de ponteiros. Adriano entrou no lugar de Leal e o desempenho da seleção em quadra melhorou. Num saque para fora da Polônia, o Brasil fechou a parcial em 25/19, abrindo 2 a 1 no jogo.

A quarta parcial seguiu equilibrada, com as duas equipes sem conseguirem se desgarrar uma da outra no placar. Mas na reta final, os poloneses contaram com pontos de saque e bloqueio para conseguir vantagem e vencer o set por 25/23. O bom momento da Polônia continuou no quinto set. Os europeus logo abriram vantagem e seguiram assim até a parte decisiva da parcial. O Brasil tentava a recuperação, e conseguiu buscar o empate em 12 a 12. Porém, dois saques decisivos do ponteiro León desequilibraram a favor da Polônia, que fechou o set desempate em 15/12, e o jogo em 3 a 2.

Decisivo para os poloneses no final do duelo, León foi o principal pontuador da partida, com 26 pontos: 21 de ataque, 2 de bloqueio e 3 de saque. No lado do Brasil, os ponteiros Ricardo Lucarelli e Adriano fizeram 18 pontos cada.

Edição: Cláudia Soares Rodrigues

Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 30 de julho de 2024

A apoiadores, Maduro desafia Edmundo Gonzalez e diz que não sairá do Palácio Miraflores

 

Presidente classificou Edmundo Gonzalez como o 'novo Juan Guaido', após o opositor se autoproclamar presidente

Nicolás Maduro discursa em mobilização chavista (Foto: Reprodução)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, discursou a apoiadores reunidos em Caracas nesta terça-feira (30) para apoiar o resultado das eleições que deram vitória ao mandatário. Ele pediu ajuda do povo venezuelano para defender o pleito e desafiou o opositor Edmundo Gonzalez, que se autoproclamou presidente, a lhe enfrentar no Palácio Miraflores. 

“Gonzalez Urrutia, o novo Guaidó, senhor covarde, venha aqui, aqui te espero em Miraflores. Venha por mim, covarde", disse Maduro, afirmando que não irá se retirar da sede presidencial. "Gonzalez, dê a cara, senhor covarde, novo Guaidó. Você está escondido". 

Fonte: Brasil 247

Parlamento da Venezuela aprova acordo que reconhece vitória de Maduro

 

Acordo aprovado também inclui uma rejeição explícita a qualquer ato de violência

Deputados na Assembleia Nacional da Venezuelam celebram acordo que reconhece a vitória de Maduro (Foto: Telesur)

A Assembleia Nacional da Venezuela aprovou nesta terça-feira (30) por maioria qualificada um acordo que reconhece oficialmente a vitória de Nicolás Maduro nas recentes eleições presidenciais de 28 de julho, informou a Telesur.

Durante uma sessão ordinária realizada nesta terça-feira, os deputados apoiaram o resultado eleitoral emitido pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). A deputada Grecia Colmenares, do bloco da Pátria, apresentou o documento e destacou a importância do processo democrático.

"Como povo, como juventude, continuamos apoiando com muita força todo esse processo democrático e toda a vontade do povo venezuelano, que foi contundente neste 28 de julho", declarou Colmenares diante da Assembleia.

O acordo aprovado também inclui uma rejeição explícita a qualquer ato de violência que busque desestabilizar ou desconhecer os resultados oficiais. Esta medida sublinha a posição da Assembleia Nacional em defesa da integridade do processo eleitoral e da vontade popular expressa nas urnas.

Por sua vez, o deputado Herman Escarrá destacou que neste momento no país deve prevalecer a ideia de paz, convivência e respeito ao povo da Venezuela.

"Senhores da oposição, entendam este povo glorioso, aqui não há dúvidas, o povo expressou sua vontade para reeleger Nicolás Maduro pela soberania do país, a integridade da nação, a ética no serviço público, pelo chamado à paz", sentenciou Escarrá.

Fonte: Brasil 247 com informações da Telesur

Maduro compara contenção de manifestantes com filme "O Exorcista" e chama oposição de "diabo"

 

Para o presidente da Venezuela, os manifestantes são "os últimos representantes do demônio"

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Foto: REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria/File Phot)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reeleito no último domingo (28), fez uma analogia com o filme de terror "O Exorcista" ao falar nesta terça-feira (30) sobre a contenção de protestos opositores à vitória dele. Para Maduro, os manifestantes são "os últimos representantes do demônio", relatou a reportagem do site Metrópoles.

“Nos cabe controlar essa agitação e esses ataques. Hoje, terça-feira, as cidades começam a dar os primeiros passos para a normalização. E quando digo isso, os demônios tratam como se fossem o exorcista e começa a girar a cabeça das pessoas”, disse em reunião com o Conselho de Estado. “Parece o filme “O Exorcista”, quando o padre mostra o crucifixo, convencendo o diabo, enquanto a menina tem a cabeça ali girando e tenta convencer de que o demônio precisava agir. (…) O padre é a cura e, nesse momento, ele [demônio] sai em disparada, pula da janela e cai. E isso é bastante simbólico para a Venezuela atual: a saída do diabo, caindo…”.

Segundo o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, até esta terça-feira, pelo menos 749 pessoas foram presas em manifestações contra a reeleição de Maduro. Além disso, ONGs venezuelanas relataram quatro mortes durante os protestos.

Fonte: Brasil 247 com Metrópoles

Chavistas vão às ruas defender eleição de Maduro; oposição também convoca ato e mantém narrativa de fraude (vídeo)

 

Desde a noite de segunda-feira (29), manifestantes fazem vigília diante do Palácio Miraflores, sede do governo

Ato chavista em Caracas (Foto: Reprodução/YT)

Brasil de Fato Dois dias após as eleições, com protestos violentos da direita mobilizados pela acusação de fraude da líder opositora María Corina Machado e seu candidato Edmundo Urrutía, o movimento chavista organizou duas marchas em direção ao Palácio de Miraflores, sede do governo, para defender a reeleição de Nicolás Maduro.

"Os chavistas começaram a se organizar para fazer marchas em defesa da Revolução. Hoje temos duas marchas, que vão se dirigir para o Palácio Miraflores, onde desde a noite de segunda-feira (29), os chavistas fazem uma vigília para defender o governo Maduro", relata o enviado especial do Brasil de Fato à Caracas, José Eduardo Bernardes, que acompanha a movimentação na capital venezuelana. 

"Aqueles que gritam fraude devem demonstrá-lo. Não à violência, queremos paz. Viva a Venezuela e o presidente Nicolás Maduro. O povo chavista se mantém na rua, defendendo nossa vitória e a legalidade", defendeu  Alejandro Tortosa, do movimento Somos Venezuela

"A ideia de sair às ruas é voltar a ter a paz que tínhamos", diz a manifestante Biriguinea Rido.

Oposição

A oposição mantém a narrativa de que as eleições foram fraudadas pelo governo e também convocou um novo ato para esta terça-feira, em frente ao escritório das Nações Unidas em Caracas. Na manifestação ocorrida no dia anterior, episódios de violência deixaram um saldo de 749 detidos, segundo o procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab. 

Os confrontos teriam deixado dezenas de manifestantes e militares feridos. O governo dos EUA - país que impôs unilarteralmente sanções contra a Venezuela - diz considerar 'inaceitável' a repressão de manifestantes e opositores.

Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato

Sobe para 11 o número de mortos em protestos contra reeleição de Maduro, diz ONG

 

Outras 44 pessoas ficaram feridas, segundo os relatos

Manifestantes anti-Maduro em Caracas, Venezuela 30/07/2024 REUTERS/Alexandre Meneghini (Foto: REUTERS/Alexandre Meneghini)

O número de mortos durante as manifestações que tomaram as ruas de diversas cidades da Venezuela subiu nesta terça-feira (30) para 11, conforme informou a ONG Foro Penal. Além disso, outras 44 pessoas ficaram feridas em meios aos protestos.

Os manifestantes vão às ruas para protestar contra a vitória do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, na eleição realizada no domingo (28). Tanto a oposição quanto a comunidade internacional exigem a divulgação completa das contagens de votos.

De acordo com o Conselho Eleitoral Nacional (CNE), Maduro venceu a eleição com 51,2% dos votos, derrotando o candidato da oposição, Edmundo González, que obteve 44%. No entanto, a direita venezuelana contesta os resultados, alegando que González venceu com 70% dos votos.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou que, até esta terça-feira, pelo menos 749 pessoas foram presas no país durante as manifestações contra a reeleição de Maduro. 

Fonte: Brasil 247

Lula diz a Biden que desistência das eleições nos EUA foi decisão “magnânima”

Vice de Joe Biden, Kamala Harris aumentou as chances de o Partido Democrata vencer mais uma eleição presidencial nos EUA, mostraram pesquisas recentes

Presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Joe Biden (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumprimentou Joe Biden (Partido Democrata) pela “magnânima” decisão de não disputar a reeleição nos Estados Unidos. A palavra citada pelo chefe de Estado brasileiro é referente à qualidades como generosidade, espírito coletivo. As duas lideranças conversaram por telefone.

O atual chefe da Casa Branca estava com dificuldades para alavancar nas pesquisas, contra o ex-presidente Donald Trump (Partido Republicano). Vice de Biden, Kamala Harris (Partido Democrata) vai concorrer no lugar dele.

Uma nova pesquisa da CNN, realizada pela SSRS, indica um empate técnico entre a vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump nas intenções de voto para as eleições presidenciais de 2024. Outro levantamento, divulgado pela Reuters/Ipsos, mostrou Kamala na frente do político da extrema-direita.

Fonte: Brasil 247

 

Kamala mantém vantagem de 1 ponto sobre Trump em nova pesquisa Reuters/Ipsos

 

A vice-presidente Kamala Harris tem apoio de 43% dos eleitores registrados. O ex-presidente Trump apareceu com 42%

Kamala Harris e Donald Trump (Foto: Reuters)

WASHINGTON (Reuters) - A candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, manteve uma vantagem marginal de um ponto percentual sobre o republicano Donald Trump em uma nova pesquisa Reuters/Ipsos, fechando a lacuna aberta durante as últimas semanas da campanha do presidente Joe Biden à reeleição. 

A pesquisa realizada durante três dias e finalizada no domingo mostrou que a vice-presidente Kamala Harris tem apoio de 43% dos eleitores registrados. O ex-presidente Trump apareceu com 42%, dentro da margem de erro de 3,5 pontos percentuais da pesquisa. 

Uma pesquisa Reuters/Ipsos na semana passada mostrou Kamala com vantagem de 44% a 42%. 

Kamala consolidou sua posição como candidata democrata nos últimos dez dias, após Biden, de 81 anos, sucumbir à pressão cada vez maior dentro do seu partido e abandonar a disputa. Desde então, ela recebeu uma enxurrada de doações e apoios. 

No geral, os eleitores passaram a ter uma visão mais favorável de Kamala ao longo do último mês. De acordo com a pesquisa, 46% dos eleitores têm uma opinião favorável dela, contra 51% que têm uma visão desfavorável. Isso se compara a 40% de favoráveis e 57% de desfavoráveis em uma pesquisa Reuters/Ipsos finalizada em 2 de julho. 

Esse mesmo quesito de Trump mudou pouco nesse período, com 41% dos eleitores registrados com uma opinião favorável sobre ele e 56% com uma visão desfavorável na pesquisa mais recente. 

A pesquisa mostrou que eleitores registrados preferem a abordagem de Trump sobre economia, imigração e crime e consideram que Kamala tem um plano melhor para a saúde. 

A pesquisa com 1.025 norte-americanos adultos, incluindo 876 eleitores registrados, foi conduzida online, em inglês, entre 26 e 28 de julho. 

Pesquisas nacionais medem o apoio dos eleitores norte-americanos a políticos, mas a presidência é geralmente decidida em estados cruciais, como Arizona, Michigan e Pensilvânia, que alteram o equilíbrio do Colégio Eleitoral dos EUA. 

BUSCA POR VICE - Kamala e sua campanha continuam verificando a portas fechadas possíveis candidatos à vice-presidência e uma decisão pode ser tomada em breve. Ela está se preparando para fazer campanha ao lado do indicado em estados cruciais na próxima semana. 

Os candidatos para a posição ainda não construíram um perfil nacional substancial, segundo a pesquisa. 

O senador e ex-astronauta Mark Kelly, do Arizona, teve a maior taxa de opiniões favoráveis entre este grupo, com 32%, seguido pelos governadores Josh Shapiro, da Pensilvânia, com 27%; Andy Beshear, do Kentucky, com 20%, J.B. Pritzker, de Illinois, com 14%, e Tim Waltz, de Minnesota, com 11%. 

Cerca de metade dos eleitores registrados que responderam à pesquisa disseram que não ouviram falar de Kelly e estavam ainda menos familiarizados com os outros. 

O secretário dos Transportes, Pete Buttigieg, não foi incluído na mais recente pesquisa, mas 37% dos eleitores registrados que responderam ao levantamento da semana passada tinham uma opinião favorável sobre ele. 

Fonte: Brasil 247

Sabotagem eleitoral da PRF em 2022 causou 'discrepante abstenção' no Nordeste, conclui PF

 

Investigadores encontraram um relatório do TRE de um estado da região cujos dados apontaram impacto no comparecimento aos locais de votação no 2º turno

Silvinei Vasques (Foto: Carolina Antunes/PR)

A sabotagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para impedir eleitores do Nordeste de votar causou impacto no segundo turno da eleição de 2022 entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), concluiu a Polícia Federal.

De acordo com reportagem da jornalista Débora Bergamasco, da CNN, os investigadores encontraram um relatório do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de um estado do Nordeste que apontou "discrepante abstenção" nas regiões onde as blitze irregulares da PRF foram realizadas.

Este é considerado um documento importante para apurar se a intenção das operações da PRF era impedir eleitores do então candidato Lula de se deslocarem para os locais de votação, a fim de favorecer o então presidente, Bolsonaro. Ao todo, no dia do segundo turno, foram mais de 500 operações de 'vistoria' a caravanas de eleitores, a maior parte delas em estados do Nordeste, região onde Lula tem mais votos.

Ainda de acordo com a CNN, tal conclusão da PF "vai embasar o indiciamento do então diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques". O ex-diretor bolsonarista está preso preventivamente há aproximadamente um ano.

Fonte: Brasil 247

Lula conversa meia hora com Biden sobre impasse eleitoral da Venezuela, mas teor da conversa ainda não foi divulgado

 Presidente norte-americano queria ouvir de Lula a posição do governo brasileiro sobre a crise política venezuelana

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone por cerca de meia hora nesta terça-feira (30) com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre o impasse eleitoral na Venezuela. A conversa foi marcada a pedido do governo norte-americano, pois Biden queria ouvir de Lula a posição do governo brasileiro sobre a crise política venezuelana.


O Palácio do Planalto e a Casa Branca ainda não se manifestaram oficialmente sobre o teor da conversa entre os dois presidentes. A eleição presidencial na Venezuela foi realizada neste domingo (28) e o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, órgão eleitoral ligado ao governo, apontou a vitória do atual presidente, Nicolás Maduro, com 51,2% dos votos. O oposicionista Edmundo Gonzalez teria ficado em segundo lugar.


A oposição, no entanto, alega que a eleição foi fraudada e que Edmundo foi o verdadeiro vencedor. Maduro está no poder desde 2013 e já ganhou duas eleições, ambas acusadas pela oposição e por organismos internacionais de não respeitarem regras de transparência e princípios democráticos. A falta de divulgação das atas eleitorais, boletins que registram os votos em cada urna, tem sido um dos principais pontos de desconfiança em relação ao resultado das eleições.


O Brasil já pediu à Venezuela que apresente as atas. Esse impasse afeta o Brasil não só porque a Venezuela faz fronteira com o país ao norte, mas também porque Lula, no início do seu mandato, tentou reintegrar Maduro à política do continente e buscou influenciar o presidente venezuelano a realizar eleições democráticas na Venezuela.


Nas últimas semanas, Maduro radicalizou o discurso, e o próprio Lula se disse “assustado”. Agora, o governo brasileiro tem que decidir que ações tomará. Por enquanto, de forma cautelosa, o Brasil está cobrando pela divulgação das atas. Outros vizinhos e parceiros, como o Uruguai, o Chile e a Argentina, já contestaram o resultado eleitoral na Venezuela.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

“Estou convencido que é um processo normal, tranquilo”, diz Lula sobre eleições na Venezuela

 “Eu vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a Terceira Guerra Mundial, mas não tem nada de anormal”, disse o presidente


O presidente Lula afirmou estar convencido de que as eleições na Venezuela, que vêm despertando críticas na comunidade internacional, ocorreu normalmente. No entanto, cobrou que as autoridades do país vizinho apresentem as atas de votação para “resolver a briga”;


A oposição a Nicolás Maduro, alega que o pleito foi fraudado. Manifestações eclodiram pelo país desde domingo (28) e mais de 700 pessoas foram presos e pelo menos quatro morreram.

Lula deu essas declarações à TV Centro América, afiliada da TV Globo no Mato Grosso.


“É normal que tenha uma briga. Como resolve essa briga? Apresenta a ata. Se a ata tiver dúvida entre a oposição e a situação, a oposição entra com um recurso e vai esperar na Justiça o processo. E vai ter uma decisão, que a gente tem que acatar “, disse o presidente.


Maduro foi anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela vencedor do pleito e apto a exercer seu terceiro mandato, no período de 2025 a 2030. Ele foi proclamado vitorioso, segundo o CNE, com 51,21% dos votos contra 44% de Edmundo González, o segundo colocado. Mas a oposição alega que teve 70% dos votos e cobra a divulgação das atas de votação.


O Brasil e outros países ainda não reconheceram o resultado. Lula chamou as eleições no país de “processo normal”:


“Eu estou convencido que é um processo normal, tranquilo, o que precisa é que as pessoas que não concordam tenham o direito de provar que não concordam e o governo tem o direito de provar que está certo”.


“O Tribunal Eleitoral reconheceu o Maduro como vitorioso, e a oposição ainda não. Então, tem um processo. Eu vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a Terceira Guerra Mundial, mas não tem nada de anormal” disse Lula. “Não tem nada de grave, não tem nada de assustador. Tem uma eleição, tem uma pessoa que disse que teve 41%, teve outra pessoa que disse que teve 50%, entra na Justiça e a Justiça faz.”


Lula disse que é “obrigação” reconhecer o resultado das eleições após a divulgação das atas.


“Na hora que forem apresentadas as atas e for consagrado que as atas são verdadeiras, todos nós temos a obrigação de reconhecer o resultado eleitoral na Venezuela. Maduro sabe perfeitamente bem que quanto mais transparência houver, mais chance de tranquilidade para governar a Venezuela ele terá”, disse.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo