terça-feira, 30 de julho de 2024

Gustavo Bala Loka põe Brasil na final do ciclismo BMX na Olimpíada

 

Paulista de Carapicuíba vai brigar pelo pódio às 9h44 de quarta-feira

Primeiro brasileiro a representar o Brasil no ciclismo BMX free style em Jogos Olímpicos, o paulista Gustavo Batista de Oliveira, mais conhecido pelo apelido de Bala Loka, estreou com tudo em Paris. Natural de Carapicuiíba, região metropolitana de São Paulo, o atleta de 21 anos vai disputar a final da modalidade, que estreou na edição de Tóquio 2020, sem brasileiros.

Bala Loka cravou a oitava melhor pontuação (85.79) entre 12 competidores. Apenas os nove melhores avançaram à decisão por medalhas, programada para ocorrer às 9h44 (horário de Brasília) de quarta-feira (31). O brasileiro será o segundo a se apresentar na final.

“Estou trabalhando muito, treinando para estar na final dos Jogos Olímpicos. Já tinha feito outras finais importantes de Mundial, de Copa do Mundo, mas Jogos Olímpicos é incrível. Está 35, 40 graus, muito calor. Sem querer andamos todo de preto, pega um pouco mais. Ainda mais com todos os equipamentos de proteção. Dá uma interferida, mas para ir para final a gente faz de tudo”, revelou Gustavo, em depoimento ao Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Na fase classificatória, Bala Loka obteve 5.51 na primeira volta e 86.07 na segunda, totalizando 85.79 na Arena La Concorde 2, localizada dentro de um parque urbano na capital francesa. O líder da fase classificatória foi o britânico Kieran Reilly (91.21 pontos), único que cravou acima de 90 pontos em cada volta.

A pontuação é um somatório de avaliações que leva em conta a dificuldade das manobras e a altura dos saltos, além da criatividade e estilos das apresentações. A bicicleta usada por Bala Loka também chamou a atenção do público.

"É a fauna brasileira, tem papagaio, tucano, onça. Um adesivo que um amigo meu fez. Tanto que meu capacete é modificado com o escudo brasileiro e meu nome. É um momento especial pra mim e tudo tem que ser especial", detalhou o ciclista.

Estreante em Olimpíadas, o jovem Bala Loka vem colecionando títulos no ciclismo BMX free style. Aos 15 anos, faturou uma etapa da Copa do Mundo na China 2017, em 2017. Foi bronze em 2022 nos Jogos Sul-Americanos e, no ano passado, levou bronze inédito para o Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile).

Edição: Cláudia Soares Rodrigues

Fonte: Agência Brasil

VÍDEO – Rebeca Andrade repete “Baile de Favela” e brilha na ginástica em Paris



Rebeca Andrade nas Olimpíadas. Foto: Hannah Mckay/Reuters

 A brasileira Rebeca Andrade brilhou mais uma vez nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Durante a final da competição por equipes, a ginasta se apresentou ao som de um “mix” de Anitta, Beyoncé e “Baile de Favela” para conquistar uma nota de 14.200 nesta terça-feira (30).

Em 2021, nas Olimpíadas de Tóquio-2020, Rebeca também usou “Baile de Favela”, mas misturando com outras músicas, para conquistar o ouro. A apresentação de Andrade pode contribuir para o time feminino ganhar uma medalha inédita na competição coletiva.

Na quinta-feira (1°), Rebeca volta ao ginásio de Paris para disputar a final geral individual ao lado de Flávia Saraiva, quando as atletas somam notas de todos os aparelhos.

Já no sábado (3), ela disputará uma medalha no salto, e entrará em duas brigas por pódio na segunda-feira (5): trave, ao lado de Júlia Soares, e solo, sua especialidade, podendo apresentar um novo número e uma música diferente para encantar os jurados.

Fonte: DCM


Brasileiras fazem história nas Olimpíadas e conquistam 1ª medalha por equipes na ginástica


Brasileiras comemorando o bronze em Paris. Foto: reprodução

O Brasil conquistou uma medalha inédita na ginástica artística nesta terça-feira (30). Em uma competição emocionante, o time feminino ficou com o bronze na final por equipes nas Olimpíadas de Paris-2024 e, pela primeira vez, um time brasileiro subirá ao pódio olímpico na categoria.

Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Júlia Soares, Jade Barbosa e Lorrane Oliveira somaram 164.497 pontos e ficaram a menos de um atrás da Itália, que alcançou 165.494 para ficar a prata. A equipe estadunidense, favorita na competição, somou 171.296 para assegurar mais um ouro olímpico com apresentações marcantes de Simone Biles.

Com notas abaixo do esperado nos primeiros aparelhos, como as barras paralelas e trave, o Brasil precisou se recuperar nos equipamentos mais tradicionais: solo e salto, garantindo o pódio apenas na última apresentação, um salto de 15.100 de Rebeca para ultrapassar o time da Grã-Bretanha.

As brasileiras também tiveram um susto antes da competição. Ainda no aquecimento, Flavinha caiu das barras paralelas, sofreu um corte no supercílio precisou disputar a final com um curativo acima do olho e hematomas no rosto.

O Brasil ainda tem chance de ganhar mais cinco medalhas na ginástica artística feminina. Rebeca voltará ao ginásio de Paris para disputar a final geral individual ao lado de Flávia Saraiva na quinta-feira (1°), quando as atletas somam notas de todos os aparelhos.

Já no sábado (3), ela disputará uma medalha no salto, e entrará em duas brigas por pódio na segunda-feira (5): trave, ao lado de Júlia Soares, e solo, sua especialidade, podendo apresentar um novo número e uma música diferente para encantar os jurados.

Fonte: DCM


Lava Jato tramou vazamento para insuflar golpe na Venezuela após sugestão de Moro

 

Dallagnol e Moro

“A vergonhosa nota de apoio do PT ao tirano de Caracas e à fraude eleitoral contra o povo da Venezuela confirma os piores receios de que o partido de Lula oferece riscos à democracia”, escreveu Sergio Moro no X nesta terça (30).

Em 2019, o Intercept publicou uma matéria da série da Vaza Jato mostrando a ingerência na Venezuela para tentar insuflar um golpe de estado contra Maduro.

Procuradores da operação coordenaram um esforço para vazar informações confidenciais da delação da Odebrecht envolvendo a Venezuela para a oposição do país, após uma sugestão de Sergio Moro, então juiz. Em conversas via Telegram em agosto de 2017, fica evidente que o principal motivo para o vazamento era político.

“Talvez seja o caso de tornar pública a delação da Odebrecht sobre propinas na Venezuela. Isso está aqui ou na PGR?”, questionou Moro a Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa em Curitiba, no dia 5 de agosto às 14h35.

Deltan respondeu que não era possível tornar público diretamente devido a acordos, mas sugeriu o envio de informações à Venezuela, o que poderia resultar em publicação indireta. Ele já havia mencionado a Moro que, apesar de críticas e riscos, valeria a pena para apoiar os venezuelanos.

Alegando atuar como coordenador de fato da força-tarefa, uma prática ilegal, Moro influenciava frequentemente as decisões dos procuradores. A revelação dessas informações secretas ocorria num momento delicado, logo após ameaças dos EUA de sanções e ação militar contra Maduro, e antes do Brasil reconhecer o governo paralelo de Juan Guaidó.

A divulgação não autorizada poderia ser considerada crime, conforme o artigo 325 do Código Penal. Com poucos contatos em Caracas, os procuradores recorreram à ex-procuradora-geral Luísa Ortega Díaz, destituída por ser vista como ameaça a Maduro. Moro sugeriu a abertura das informações da Odebrecht no mesmo dia em que a Assembleia Constituinte venezuelana destituiu Ortega.

Após se exilar no Brasil, Ortega cooperou com a Lava Jato, sem mais ter atribuições oficiais. Durante uma reunião em Brasília, o então procurador-geral Rodrigo Janot destacou o “estupro institucional” sofrido pelo Ministério Público venezuelano.

A força-tarefa discutia as implicações de suas ações na Venezuela, reconhecendo os riscos de intensificar a crise no país. Dias após a reunião com Moro, Deltan afirmou que cabia aos venezuelanos avaliar os riscos de guerra civil.

Deltan tentou amenizar o temor dos colegas. “PG [o procurador Paulo Galvão], quanto ao risco, é algo que cabe aos cidadãos venezuelanos ponderarem. Eles têm o direito de se insurgir.”

Ortega publicou vídeos em seu site mostrando depoimentos de Euzenando Azevedo, ex-diretor da Odebrecht na Venezuela, admitindo repasses milionários tanto para Maduro quanto para o opositor Henrique Capriles, embora apenas a parte sobre Maduro tenha sido amplamente divulgada.

A divulgação veio à tona dias antes das eleições estaduais na Venezuela, impactando a percepção pública sobre a corrupção no governo Maduro. A Odebrecht acusou a Procuradoria-Geral da República de vazar os vídeos, que deveriam estar sob custódia exclusiva da PGR.

A Transparência Internacional, após discussão com Fernando Henrique Cardoso, defendeu a abertura de processos contra autoridades venezuelanas, e Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, decidiu que o caso não deveria ser tratado em Curitiba por não se relacionar com a Petrobras.

Fonte: Diário do Centro do Mundo

Janja vai trabalhar politicamente em colégios eleitorais e capitais onde o PT terá candidatas às prefeituras

 Primeira-dama tem estratégia para reverter fracasso de 2020, quando não ganhou nenhuma das principais cidades do país

Considerada pelo PT um ativo eleitoral na disputa por prefeituras, a primeira-dama Janja da Silva vai concentrar a atuação em cinco capitais Aonde o partido lançará candidatas mulheres e nos três maiores colégios eleitorais do país. A participação faz parte da estratégia do partido de reverter o cenário do pleito de 2020, quando saiu as urnas sem comandar nenhuma capital.


A legenda será representada por candidaturas femininas em Porto Alegre, Goiânia, Campo Grande, Natal e Aracaju. Na lista das cidades com mais eleitores, a sigla vai apoiar o deputado Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo e o prefeito Eduardo Paes (PSD) no Rio, além de lançar o deputado Rogério Correia (PT) em Belo Horizonte.


Janja levará para os palanques municipais temas também abordados pelo presidente Lula no plano nacional, como o combate à fome e às desigualdades. Também estará no discurso da primeira-dama a importância do aumento da participação feminina na política e o enfrentamento à violência de gênero. Dentro do PT, há preocupação também com ataques sofridos por Janja nas redes sociais e como isso terá reflexos na campanha:


— Não é uma situação confortável, mas a escolha será dela, ir aonde se sentir bem. Ninguém se acostuma com isso (ataques) e precisamos enfrentar, denunciar e ser solidárias — afirma a secretária nacional de Mulheres do PT, Anne Moura.


Ao longo da disputa, Janja encontrará cenários adversos ao subir nos palanques. Em Porto Alegre, embora enfrente desgastes com as consequências da enchente histórica de maio deste ano, o prefeito Sebastião Melo (MDB) construiu uma ampla aliança de partidos e segue sendo visto como um candidato competitivo. A candidata do PT é a deputada Maria do Rosário, nome que o partido enxerga com potencial de ir ao segundo turno.


Em Goiânia, a deputada Adriana Accorsi (PT-GO) tenta ser a primeira mulher a ir para o segundo turno na cidade — para isso, aposta no discurso da segurança, já que é delegada da Polícia Civil, e em colar a imagem à de Janja. O candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro na cidade é o ex-deputado estadual Fred Rodrigues (PL), que assumiu o posto após a desistência do deputado Gustavo Gayer.


O PT lançou a deputada Camila Jara em Campo Grande e vê dificuldades para superar o candidato do PSDB, Beto Pereira, que tem apoio de Bolsonaro e do governador Eduardo Riedel; e a atual prefeita, Adriane Lopes (PP), que tenta reeleição com apoio da ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina. Há ainda dois outros nomes: a deputada Natália Bonavides (PT-RN) é a aposta em Natal, enquanto Candisse Carvalho é o nome da sigla em Aracaju.


Fotos e viagens


As candidatas já começaram a fazer fotos e vídeos ao lado primeira-dama. A ideia é que Janja viaje para essas cidades e reforce a presença junto a elas. Na eleição de 2022, Janja foi uma das novidades da campanha de Lula e ganhou destaque participando ativamente do núcleo de decisões do grupo petista. Em eventos públicos, subia em palcos, discursava e cantava jingle do petista.


Inicialmente focada apenas em capitais com candidatas mulheres do PT, a estratégia de uso de Janja na eleição também se ampliou para o Sudeste. São Paulo é a prioridade de Lula na eleição municipal, onde o presidente tem se empenhado pessoalmente para tentar eleger Boulos (PSOL-SP). Na capital paulista, Janja deverá fazer agendas em conjunto com a vice-petista, Marta Suplicy.


No Rio, o governo avalia que Paes tem boas chances de derrotar o candidato de Bolsonaro, o deputado Alexandre Ramagem, e quer tirar proveito político do resultado. Já em Belo Horizonte, a tentativa é de ampliar influência após derrota de Lula para Bolsonaro na capital mineira em 2022.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

“Confiamos no trabalho do órgão eleitoral”, diz Gleisi sobre eleições na Venezuela

 

Presidente do PT diz que não é função do partido cobrar do país a divulgação das atas eleitorais

Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta terça-feira (30) à jornalista Andréia Sadi, do G1, que confia no trabalho do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano. O órgão eleitoral declarou a vitória do presidente Nicolás Maduro nas eleições do último domingo (28). Gleisi também classificou a nota emitida pelo PT sobre o resultado das eleições da Venezuela como “moderada” e “nada efusiva”.

A deputada também declarou que o partido não irá se omitir sobre o resultado, mas que não é função de um partido político cobrar de um país a divulgação das atas eleitorais. “Não somos Estados nem justiça eleitoral”, disse. Gleisi Hoffmann também informou que não conversou com o presidente Lula (PT) sobre a nota.

Segundo o CNE, Maduro teve 51,2% dos votos, superando o candidato da oposição, Edmundo González, que teve 44%. Os resultados eleitorais estão sendo questionados pela direita venezuelana, que afirma ter vencido a disputa com mais de 70% dos votos. A nota divulgada pelo PT reconhece a reeleição de Maduro e destaca a importância do diálogo para superar a crise na Venezuela. "Importante que o presidente Nicolás Maduro, agora reeleito, continue o diálogo com a oposição, no sentido de superar os graves problemas da Venezuela, em grande medida causados por sanções ilegais", diz a nota do PT.

Fonte: Brasil 247 com informações da jornalista Andréia Sadi, do G1

OEA rejeita resultado das eleições venezuelanas

 

Relatório dos observadores que acompanharam o pleito aponta indícios de que o governo Maduro teria distorcido o resultado

Presidente da Venezuela Nicolás Maduro celebra após vitória na eleição 29/7/2024 (Foto: REUTERS/Fausto Torrealba)

A Organização dos Estados Americanos (OEA) anunciou nesta terça-feira (30) que não reconhece o resultado das eleições divulgadas pela Justiça eleitoral da Venezuela, que indicaram a vitória do presidente Nicolás Maduro. Segundo o g1, o relatório dos observadores que acompanharam o pleito realizado no domingo (28) aponta indícios de que o governo Maduro teria distorcido o resultado. 

Um dos principais pontos levantados foi a demora na divulgação da apuração, mesmo com o uso de urnas eletrônicas no país. Ainda conforme a reportagem, o documento também menciona relatos de "ilegalidades, vícios e más práticas".

O relatório concluiu que o Centro Nacional Eleitoral (CNE), principal autoridade eleitoral da Venezuela e comandada por um aliado do governo, proclamou Maduro como vencedor sem apresentar os dados para comprovar o resultado, e afirmou que os únicos números divulgados em canais oficiais revelam "erros aritméticos".

"Mais de seis horas após o encerramento da votação, o CNE fez um anúncio (...) declarando vencedor o candidato oficial, sem fornecer detalhes das tabelas processadas, sem publicar a ata e fornecendo apenas as porcentagens agregadas de votos que as principais forças políticas teriam recebido", destaca um trecho do documento.

O relatório da OEA também afirma que o regime venezuelano aplicou "seu esquema repressivo" para "distorcer completamente o resultado eleitoral". "Ao longo de todo este processo eleitoral assistimos à aplicação por parte do regime venezuelano do seu esquema repressivo complementado por ações destinadas a distorcer completamente o resultado eleitoral, colocando esse resultado à disposição das mais aberrantes manipulações", diz o texto. 

A oposição venezuelana contestou o resultado e acusou o CNE de fraude. Nesta terça, Brasil, México e Colômbia devem divulgar uma declaração conjunta cobrando a divulgação das atas eleitorais por parte do governo.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

IGP-M desacelera alta a 0,61% em julho com destaque para alimentos, mas fica acima do esperado

 

Com o resultado do mês, o índice passou a acumular em 12 meses alta de 3,82%

(Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Reuters - A alta do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou a 0,61% em julho, de 0,81% no mês anterior, mas ainda assim ficou acima do esperado, mostraram dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.

A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 0,46%. Com o resultado do mês, o índice passou a acumular em 12 meses alta de 3,82%.

"Os três índices componentes do IGP-M apresentaram desaceleração de junho para julho. No índice ao produtor e ao consumidor, apesar da influência da desvalorização cambial e dos reajustes de preços administrados, como gasolina e energia, os índices subiram menos nesta edição", disse André Braz, coordenador dos índices de preços.

"Destaca-se a queda expressiva nos preços dos alimentos in natura, tanto no índice ao produtor quanto ao consumidor", completou.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, subiu 0,68% em julho, depois de alta de 0,89% no mês anterior.

Entre os bens finais, os preços do subgrupo de alimentos in natura passou a cair 4,43% no período, de uma alta de 3,00% em junho.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, teve alta de 0,30% no período, depois de ter avançado 0,46% em junho.

O maior impacto foi exercido pelo grupo Alimentação, que apresentou queda de 0,84% em julho depois de alta de 0,96% no mês anterior.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou a subir no período 0,69%, de uma alta de 0,93% em junho.

O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

Fonte: Brasil 247

Nova lei pretende estimular a produção de alimentos nas cidades

 

Segundo especialistas, política depende de articulação entre governos

Por Paulo Victor Chagas, repórter da Agência Brasil - O aumento da produção de alimentos locais, a agilidade no transporte, a capacidade de geração de emprego e o fornecimento de itens alimentícios a famílias de baixa renda são alguns dos possíveis benefícios da Política Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana, cuja legislação foi sancionada na última sexta-feira (26) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com especialistas no assunto, o potencial da nova política é grande, mas dependerá de incentivos públicos e da articulação entre os governos federal, estaduais e municipais para que seja concretizado.

A Lei Nº 14.935 define a Agricultura Urbana e Periurbana (AUP) como atividade agrícola e pecuária desenvolvida nas áreas urbanas e ao redor do perímetro das cidades. Dentre os objetivos da AUP estão ampliar a segurança alimentar e nutricional das populações urbanas vulneráveis; gerar alternativa de renda e de atividade ocupacional à população urbana e periurbana; estimular o trabalho familiar, de cooperativas, de associações e de organizações da economia popular e solidária, dentre outros. A articulação com programas de abastecimento e de compras públicas destinadas a escolas, creches, hospitais e outros estabelecimentos públicos também está entre as finalidades da nova política.

A diretora de Pesquisa do Instituto Escolhas, Jaqueline Ferreira, detalha o potencial estimado de crescimento do setor. "Estamos falando de uma agricultura que já acontece nas cidades, mas é invisibilizada. Todas as grandes metrópoles e capitais brasileiras já possuem iniciativas do tipo. No entanto, como a agricultura como atividade econômica historicamente está associada ao meio rural, esses produtores não conseguem acessar políticas públicas pelo fato de muitos deles não serem reconhecidos como estabelecimentos agropecuários", disse. Segundo ela, entre as dificuldades estão o acesso ao crédito e a regularização dos empreendimentos pelos produtores.

Potencial

Diante da realidade de ausência de atenção nas últimas décadas, o setor apresenta grande capacidade de expansão. De acordo com pesquisas do Instituto Escolhas, se apenas 5% dos espaços mapeados como possíveis áreas de expansão da Agricultura Urbana fossem concretizados em três cidades brasileiras (Curitiba, Recife e Rio de Janeiro), cerca de 300 mil pessoas poderiam ser abastecidas, por ano, com os alimentos produzidos.

Na capital paranaense, esse dado significa que 96% do total de pessoas em situação de pobreza poderiam ser beneficiadas com a implantação de novas unidades produtivas. Para isso, seriam necessários investimentos e incentivos.

Estudos feitos pela instituição mostram que, em Belém, a prática tem potencial para abastecer 1,7 milhão de pessoas com legumes e verduras - número maior do que a população local, de 1,5 milhão.

A diretora do instituto cita, entre os principais benefícios da legislação, a geração de emprego e renda, o aumento da segurança alimentar de áreas periféricas mais vulneráveis, a redução do desperdício de alimentos e do custo de produção, uma vez que o transporte de alimentos ocorrerá para localidades próximas.

Somente na Região Metropolitana de São Paulo, a agricultura orgânica nas áreas periurbanas poderia gerar 180 mil empregos - simulação realizada nas atuais áreas de pastagem, sem necessidade de avanço para regiões de preservação e conservação ambiental.

Avanço

O pesquisador Leonardo de Freitas Gonçalves, doutorando em Geografia e Meio Ambiente na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), avalia a legislação como um avanço significativo e necessário, especialmente pelo crescimento da agricultura urbana no mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Ele cita também como avanço o decreto 11.700/2023, que instituiu no ano passado o Programa Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana.

"A política é uma iniciativa muito importante não só para incentivar a agricultura urbana e periurbana, mas também para dar visibilidade a essa gente que se dedica à produção de alimentos nas cidades e nem sequer é percebida pelos moradores, tampouco pelas prefeituras", observa.

Durante sua pesquisa de doutorado, Leonardo Gonçalves acompanhou uma horta comunitária no subúrbio do Rio de Janeiro criada por iniciativa de moradores de um conjunto habitacional que passavam por dificuldades financeiras e de segurança alimentar durante a pandemia de Covid-19. "Foi um dos locais que mais me impressionou na garantia da função social da propriedade de uma área anteriormente ociosa e até degradada. Ainda há muito o que progredir e os avanços legislativos podem contribuir para a expansão de iniciativas semelhantes", defende.

Cooperação

Segundo Jaqueline Ferreira, os atores das diferentes unidades da Federação deverão trabalhar em conjunto, em especial o governo federal e as prefeituras, para que essa perspectiva se torne realidade. "Se o governo federal não fizer um esforço, com um programa robusto de fomento, fica muito difícil para os entes locais terem força para, sozinhos, desenvolverem experiências de agricultura urbana e operações locais", analisa. Já os governos municipais precisam atuar na articulação com empresas e grupos interessados no setor, facilitando o acesso aos terrenos e realizando parcerias.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), desde a instituição do decreto, em 2023, R$ 7 milhões já foram investidos no apoio a iniciativas de produção de alimentos saudáveis nas cidades e no estímulo a hortas comunitárias em diversos estados.

Ainda segundo o MDA, a nova legislação incentiva a criação e o funcionamento de feiras livres e outras formas de comercialização direta, e linhas especiais de crédito deverão ser estabelecidas para os agricultores urbanos e periurbanos, facilitando o acesso a recursos financeiros "essenciais para o investimento na produção, processamento e comercialização".

Fonte: Agência Brasil

Olimpíadas: Beatriz Dizotti vai à final dos 1.500m livre

 

A nadadora ficou na terceira posição na sua bateria e no 7º lugar na classificação geral das oito classificadas



A brasileira Beatriz Dizotti conseguiu a classificação para a final dos 1.500m livre nos Jogos Olímpicos de Paris nesta terça-feira (30). A estadunidense Katie Ledecky foi quem ficou com a primeira posição geral (17m47s43), a Simona Quadarella, da Itália, com 15m51s19, ficou na segunda, e Kirpichnikova, da França, em terceiro, com 15m52s46. 

Com 16m05s4o, a nadadora ficou na terceira posição na sua bateria e no 7º lugar na classificação geral das oito classificadas. A final será disputada às 16h13 desta quarta-feira (31).

Fonte: Brasil 247

Protestos contra reeleição de Maduro deixam ao menos sete mortos na Venezuela

 

Outras 46 pessoas foram detidas em manifestações por todo o país, segundo o grupo de direitos humanos Foro Penal

Protesto em Caracas após a vitória de Nicolás Maduro (Foto: Reuters)

Sete pessoas morreram durante os protestos na Venezuela contra a reeleição do presidente Nicolás Maduro, diz a RTP, citando que as mortes foram confirmadas por fontes independentes ouvidas pelo jornal espanhol El Mundo. O grupo de direitos humanos Foro Penal relatou que 46 pessoas foram detidas em manifestações por todo o país. Manifestantes também derrubaram estátuas de Hugo Chávez, enquanto a oposição apresentou supostas provas de fraude eleitoral, alegando que Edmundo González Urrutia é o verdadeiro vencedor. 

As forças de segurança usaram gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os manifestantes, que gritavam frases como "Liberdade" e "este Governo vai cair". Protestos ocorreram até em áreas pobres de Caracas, que tradicionalmente apoiam o governo de Maduro. Em algumas regiões, houve relatos de tiros. 

Em uma transmissão ao vivo, Maduro afirmou que as forças de segurança estavam agindo contra “manifestantes violentos”. As Forças Armadas continuam apoiando Maduro, sem sinais de ruptura com o governo. "Temos acompanhado todos os atos de violência promovidos pela extrema-direita. Posso dizer ao povo da Venezuela que estamos agindo", declarou. "Nós já sabemos como eles operam".

O Observatório Venezuelano de Conflitos registrou 187 protestos em 20 estados até às 18h de segunda-feira (29), relatando atos de repressão e violência por coletivos paramilitares e forças de segurança.

As manifestações se intensificaram após a proclamação de Maduro pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para um terceiro mandato de seis anos. Maduro ignorou as críticas internacionais e da oposição sobre a contagem dos votos, alegando um “golpe de Estado” de natureza “fascista e contrarrevolucionária”.

Após o anúncio, a líder da oposição, Maria Corina Machado, afirmou que a análise dos registros de votação mostrava que o próximo presidente "será Edmundo González Urrutia", com uma vantagem "matematicamente irreversível" de 6,27 milhões de votos contra 2,75 milhões para Maduro. O CNE informou anteriormente que Maduro obteve 51,2% dos votos, enquanto González Urrutia conquistou 44,2%.

Fonte: Brasil 247 com a RTP