segunda-feira, 29 de julho de 2024

"Abin Paralela": Ex-secretário da Receita não comparece para prestar depoimento na PF

 

É a segunda tentativa da corporação de ouvir Tostes no caso que investiga um suposto esquema de monitoramento ilegal realizado pela agência

José Tostes Neto (Foto: Pedro França/Agência Senado)

 O ex-secretário da Receita Federal do Brasil durante o governo do ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL), José Barroso Tostes Neto, não compareceu nesta segunda-feira (29) à sede da Polícia Federal, em Brasília, onde deveria prestar depoimento às 15h.

Conforme relatado pela CNN, até as 16h, a Polícia Federal não havia recebido qualquer justificativa da defesa de Tostes. Como foi intimado, ele não poderia faltar ao depoimento sem apresentar uma justificativa válida.

Esta é a segunda tentativa da corporação de ouvir Tostes no caso que investiga o suposto monitoramento ilegal realizado pela chamada “Abin Paralela”. Na última semana, a defesa do ex-secretário conseguiu adiar o depoimento que estava previsto para quinta-feira (25).

Os investigadores buscam verificar se houve desdobramentos práticos de uma reunião no Planalto que envolveu advogadas de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL), o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, e o general Augusto Heleno, então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

A suspeita é que membros da “Abin Paralela”, a pedido de Jair Bolsonaro, tentaram formular estratégias para impedir a apuração de servidores da Receita Federal sobre Flávio Bolsonaro, que estava sendo investigado por um suposto esquema de rachadinha.

A corporação quer descobrir se Tostes sofreu pressão devido às investigações sobre Flávio, quem ordenou a abertura do Processo Disciplinar contra os fiscais da Receita envolvidos na apuração, assim como a razão por trás dos procedimentos internos.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN

Venezuela divulgará nas próximas horas atas das eleições, diz MP

 

Chefe do órgão acusa Maria Corina de envolvimento em ataque hacker


O chefe do Ministério Público da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou nesta segunda-feira (29) que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) deve publicar “nas próximas horas” as atas eleitorais que mostram o resultado de cada uma das mais de 30 mil mesas de votação desse domingo (28).

“O CNE informou que nas próximas horas estarão disponíveis na página web do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) os resultados mesa por mesa, tal como historicamente se tem feito graças ao sistema automatizado de votação”, disse em rede social o fiscal-geral do país, cargo similar ao procurador-geral da República no Brasil. O Ministério Público na Venezuela é responsável por monitorar o CNE>

Ataque

Também hoje, Saab acusou María Corina Machado, opositora do governo de Nicolás Maduro, de estar envolvida no suposto ataque hacker contra o sistema do CNE neste domingo. O CNE diz que um ataque atrasou a totalização dos votos e a proclamação dos resultados, feita por vota das 1h da manhã no horário de Caracas (2h de Brasília), que deu vitória a Maduro.

De acordo com Saab, o ataque teve origem na Macedônia do Norte, país do leste europeu da antiga Iugoslávia, com a intenção de manipular os dados do CNE. “Essa ação foi detida, foi evitada, mas conseguiram pausar e desacelerar, atrasaram em algumas horas a mais a leitura do boletim final dos resultados”, denunciou.

Ainda segundo a autoridade venezuelana, estariam por trás desse plano, entre outras pessoas, o opositor Leopoldo López, foragido da justiça e hoje radicado na Espanha, além da opositora María Corina Machado.

“Eles parecem ser os principais responsáveis ​​por esta ação que denuncio como procurador-geral da República. Portanto, os procuradores designados estão reunindo todos os elementos de condenação para fazer avançar esta investigação já aqui anunciada formalmente e que tentou, repito, paralisar e adulterar os resultados eleitorais”, afirmou.

Corina Machado ainda não se manifestou sobre a acusação. Ela teve a candidatura à presidência da Venezuela negada pelo CNE devido a condenação judicial e acabou indicando para o lugar o Edmundo González, que ficou com 44% dos votos, contra 51,21% de Maduro, após 80% das urnas apuradas.

Incidentes mínimos

O fiscal-geral do país ainda fez um balanço dos incidentes durante a votação desse domingo. De acordo com Saab, foram 60 incidentes, dos quais 32 foram casos de destruição de material eleitoral, com 17 pessoas presas.

“Essa é uma cifra extremamente pequena se consideramos que a eleição de ontem se desenvolveu em 15,7 mil centros eleitorais com 30,2 mil máquinas de votação”, comentou.

Tarek William Saab acrescentou ainda que o Ministério Público da Venezuela não vai tolerar manifestações violentas para desconhecer o resultado das urnas. “Nossa instituição está monitorando qualquer ato que pretenda iniciar uma escalada de violência para manchar a festa democrática que temos vivido”, completou.

Atas eleitorais

Existe a expectativa que o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela publique todas as atas com os resultados eleitorais por urna. Com isso, é possível verificar se as atas em mãos do CNE são as mesmas impressas na hora da votação e que foram distribuídas aos fiscais da oposição ou aos observadores nacionais e internacionais.

Lideranças de países ao redor do mundo se dividem entre aquelas que não reconhecem o resultado, como os presidentes do Equador, Daniel Noboa, e da Argentina, Javier Milei; aquelas que não desconhecem o resultado, mas pedem a publicação das atas, como a Colômbia, os Estados Unidos, a União Europeia; e aqueles que parabenizaram Maduro pela vitória, sem contestar a publicação das atas, como Rússia, Bolívia, China e Cuba.  

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil informou, por meio de nota, que aguarda a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela dos “dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.

O comunicado diz que o Brasil “reafirma ainda o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados”.

Questionados pela oposição pelo menos desde 2004, os resultados das eleições venezuelanas costumam ser alvo de desconfiança de parte da comunidade internacional. Nos últimos pleitos, organizações internacionais como o Centro Carter e a Missão de Observação da União Europeia não apontaram fraude no voto e denúncias de fraudes de pleitos passados não foram formalizadas no país. 

Edição: Aline Leal

Fonte: Agência Brasil


Brasil, México e Colômbia articulam mensagem conjunta sobre eleição na Venezuela

 

Maduro e Lula. Foto: Ricardo Stuckert

Um grupo formado por diplomatas do Brasil, Colômbia e México está articulando uma declaração conjunta para cobrar a Venezuela a divulgar as atas eleitorais da votação realizada no último domingo (28). O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país vizinho declarou Nicolás Maduro como vencedor da eleição, mas a oposição ainda cobra que a instituição apresente os boletins de urnas.

Segundo o Estadão, haverá uma cobrança explícita para que o CNE forneça as atas ao Centro Carter, uma das poucas ONGs de observação eleitoral permitidas pelo governo chavista a operar na Venezuela. Os termos da nota estão sendo discutidos e a previsão é que seja publicada ainda hoje.

Mais cedo, a ONG também cobrou acesso às atas para emitir seu relatório sobre a eleição. “A missão técnica do Centro Carter veio observar a eleição presidencial de 28 de julho a convite da CNE”, diz a nota do Centro Carter, fundado pelo ex-presidente estadunidense Jimmy Carter. “As informações contidas nos formulários de resultados das seções eleitorais, conforme transmitidas ao CNE, são fundamentais para nossa avaliação e importantes para todos os venezuelanos”.

Nicolás Maduro comemorando o resultado das eleições. Foto: Jesus Vargas/Getty Images

Será com base na análise das atas e na avaliação do Centro Carter que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai decidir se o Brasil reconhecerá ou não a reeleição de Maduro. Para isso, o petista conta com a avaliação do ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, e do assessor especial enviado a Caracas, Celso Amorim.

No domingo, um grupo de países latino-americanos de centro-direita e direita, que se opõem a Maduro, criticaram mais duramente seu mandato e também pediram respeito à vontade das urnas e uma contagem de votos imparcial. O grupo é formado por Argentina, Uruguai, Peru, Paraguai, Equador, Panamá e Costa Rica.

Fora do bloco, Estados Unidos, Chile, Reino Unido, Uruguai e Espanha também contestaram o resultado apresentado pelo CNE. “Não é assim! Era um segredo aberto. Eles iam ‘vencer’ independentemente dos resultados reais. O processo até o dia da eleição e a contagem estava claramente com falhas. Não se pode reconhecer um triunfo se você não pode confiar nos formulários e mecanismos usados para alcançá-lo”, afirmou o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou.

O vice-primeiro-ministro da Itália, Antonio Tajani, também fez questionamentos ao processo eleitoral na Venezuela. “Tenho muitas dúvidas sobre o desenvolvimento regular das eleições”, afirmou Tajani, que exigiu “resultados que possam ser verificados”.

Fonte: DCM

Maioria dos candidatos da oposição na Venezuela já reconhece vitória de Nicolás Maduro

 

Seis competidores já aceitaram reeleição de presidente; Maria Corina e Urrutia ficam isolados

Segundo o CNE, 21,4 milhões de venezuelanos estavam aptos a votar neste domingo (28) - Federico PARRA / AFP

Apesar da contestação do resultado eleitoral por parte da líder da direita, Maria Corina Machado e seu candidato Edmundo Urrutía, outros candidatos derrotados nas urnas reconheceram nesta segunda-feira (29) a vitória de Nicolás Maduro na votação do dia anterior. 

Os candidatos presidenciais Benjamín Rausseo, Daniel Ceballos, José Brito, Luis Ratti, Javier Bertucci e Luis Eduardo Martínez enviaram mensagens por meio de suas redes sociais defendendo o reconhecimento do resultado divulgado pelo órgão eleitoral venezuelano. Ao todo, 10 nomes se candidataram para as eleições presidenciais no país.

"O povo venezuelano falou votando. É obrigação de todos fazer respeitar essa vontade, a voz do povo", defendeu Luis Eduardo Martínez, da Ação Democrática. Deputado e reitor da Universidade Tecnológica do Centro, Martínez fez um apelo à paz e ao diálogo após as eleições. "A paz na Venezuela passa hoje pelo reconhecimento dos resultados oficiais da eleições presidencial anunciados pelo CNE que proclamam reeleito Nicolás Maduro."

"Nós temos sido coerentes, desde que apresentamos nossa candidatura e dissemos que reconheceríamos não só o resultado, mas também o chamado à paz na Venezuela", postou José Brito, representante dos partidos Primeiro Venezuela, Min-Unidade e Unidade Visão Venezuela.

"Todos que participamos dessa eleição nos submetemos às regras e ao árbitro que a regiam. O que nos corresponde agora é aceitar e acatar o veredito do árbitro, que é quem transmite a decisão do povo. Por isso respaldo o CNE e felicito quem o árbitro proclamou como ganhador. Depois que o árbitro pronuncia sua sentença, o que corresponde é passar a página da eleição e começar entre todos o novo capítulo, o da Venezuela reconciliada", disse em vídeo Benjamín Rausseo, empresário e humorisa que concorreu pela Confederação Nacional Democrática (Conde). 

"Hoje, como ex-candidato presidencial e líder político da oposição independente, gostaria de parabenizar o povo venezuelano por um dia de eleição maravilhoso e cívico, e também de reconhecer os partidos políticos, o CNE e o presidente Nicolás Maduro por seu triunfo e reeleição nestas eleições presidenciais de 2024. Também peço paz para o povo venezuelano e justiça contra os geradores de violência, desde já nos colocamos totalmente à sua disposição para garantir a governabilidade e a unidade do e para o povo venezuelano", postou Luis Ratti, que se apresenta como um candidato independente, mas está inscrito pela Direita Democrática Popular.  "Não faça o jogo de Leopoldo López e María Corina Machado, Queremos Paz!", ressaltou em outra postagem.

Apesar de declarar não ter nenhum problema com o resultado eleitoral anunciado pelo CNE, Javier Bertucci, candidato do El Cambio, deputado e pastor do movimento Evangelho Transforma pediu ao CNE que sejam auditadas todas as atas de todos os centros de votação e todas as mesas. "Não tenho nenhum problema com o resultado anunciado pelo órgão reitor, mas quero solicitar ao árbitro desta contenda que permita que sejam auditadas todas as atas de todos os centros de votação e todas as mesas, desta maneira não restará nenhuma dúvida e poderemos então sem problema algum passar a página e enfrentar o novo período presidencial em paz."

Terceiro nome na corrida eleitoral e fundador do partido Aliança Lápiz, o candidato Antonio Ecarri não se pronunciou sobre o resultado, assim como Claudio Fermín, do partido Soluções pela Venezuela.

O candidato do Centrados, Enrique Márquez, deputado e ex-vice-presidente do CNE, disse ao periódico TalCual que não reconhece o resultado das urnas. 

Fonte: Brasil de Fato

Celso Amorim cobra "verificação" da vitória de Maduro, mas também pressiona oposição: "não comprovou nada"


Assessor do presidente Lula enviado a Caracas diz que tanto a vitória de Maduro quanto as alegações da oposição venezuelana precisam ser detalhadas

Celso Amorim (Foto: Agência Brasil )

Enviado especial do presidente Lula (PT) a Caracas, Celso Amorim afirmou que nem o governo venezuelano nem a oposição comprovaram suas afirmações de vitória nas eleições presidenciais. "A gente tem que ter uma verdade verificada. É uma norma de desarmamento básica: confie e verifique", disse Amorim à Folha de S. Paulo. "O resultado só pode ser verificado quando o resultado das várias mesas [de votação] for divulgado. Não basta dar um número geral."

O Conselho Eleitoral da Venezuela (CNE) anunciou que Maduro foi reeleito para um terceiro mandato com 51,2% dos votos, contra 44,2% para o opositor Edmundo González neste domingo (28). Contudo, não foram divulgadas as atas das urnas.

Por outro lado, Amorim destacou que a oposição também não detalhou sua afirmação de que González teria sido o eleito com cerca de 70% dos votos. "A oposição também não comprovou nada. Não mostrou as atas que diz ter na mão. Por isso temos que esperar. Se não houver solução, então vemos o que fazer, e como o Brasil deve agir."

Amorim enfatizou a importância do Acordo de Barbados, firmado entre governo e opositores e do qual Brasília participa ativamente. "Precisamos não só ter a verdade — e com isso não digo necessariamente que não é verdadeiro o que diz o governo —, mas há de ter verificação para convencer os outros parceiros que fizeram o Acordo. Você só pode ter resultado com credibilidade quando tiver isso".

O ex-chanceler afirmou que mantém o presidente Lula informado sobre os desdobramentos na Venezuela. "Mas não posso falar o que o Brasil pode fazer porque o que desejamos agora é que possa haver essa comprovação".

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Glauber Braga empareda Tabata Amaral: "por que não tem a mesma contundência pra defender o povo palestino?"

 

Tabata disse haver fraude eleitoral na Venezuela e foi repreendida pelo deputado, que criticou seu silêncio sobre outras agendas da geopolítica

Glauber Braga (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) usou as redes sociais para questionar o posicionamento da também deputada federal e candidata à Prefeitura de São Paulo Tabata Amaral (PSB-SP) sobre o resultado das eleições na Venezuela. “Deputada, como está tratando de questões internacionais eu gostaria muito de saber: por que não tem a mesma contundência pra defender o povo Palestino? E quando houve um golpe na Bolívia em 2019, a sua posição foi a mesma da OEA? E o que diz dos presos políticos na Argentina?”, postou Braga no X, antigo Twitter. 

Mais cedo, Tabata havia utilizado as redes sociais para afirmar que a reeleição do presidente Nicolás Maduro, anunciada nesta segunda-feira (29) pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, era fruto de uma “fraude”. “Intimidação a opositores, manobras para dificultar o voto, observadores internacionais impedidos de atuar e o governo declarando vitória sem divulgar os boletins. Há todos os motivos para crer que o resultado não corresponde ao que o povo venezuelano manifestou nas urnas. Como deputada federal, tenho o dever de acompanhar a situação do país vizinho atentamente. Desejo que a Venezuela inicie o quanto antes a transição da atual ditadura militar a uma democracia plena”, postou a parlamentar. 

O governo brasileiro tem adotado uma posição de cautela em relação ao resultado das eleições venezuelanos. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou que aguarda a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela dos “dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”. Ainda segundo o comunicado do Itamaraty, o Brasil “reafirma ainda o princípio fundamental da soberania popular, a ser observadora por meio da verificação imparcial dos resultados”. 

Fonte: Brasil 247

"O que está acontecendo na Venezuela tem nome: fraude eleitoral", diz Tabata Amaral

 

Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou que Nicolás Maduro venceu as eleições na Venezuela; oposição contesta vitória

Tabata Amaral (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

“Intimidação a opositores, manobras para dificultar o voto, observadores internacionais impedidos de atuar e o governo declarando vitória sem divulgar os boletins. Há todos os motivos para crer que o resultado não corresponde ao que o povo venezuelano manifestou nas urnas. Como deputada federal, tenho o dever de acompanhar a situação do país vizinho atentamente. Desejo que a Venezuela inicie o quanto antes a transição da atual ditadura militar a uma democracia plena”, disse a deputada federal Tabata Amaral (PSB) em suas redes sociais nesta segunda-feira (29).

O posicionamento do governo brasileiro é de cautela. O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, o ex-chanceler Celso Amorim, afirmou nesta segunda-feira (29) que está cauteloso em relação aos resultados eleitorais na Venezuela, que apontaram Nicolás Maduro como vencedor, informa o G1. "Estamos cautelosos. Eu fui dormir com o quadro que parecia ser oposição com vitória de 65% a 30% e acordei com vitória de 51% a 45% [para Maduro]”, disse.O ex-chanceler também disse que o que mais o incomodou nas eleições venezuelanas foi a falta de transparência, e espera a divulgação das atas de votação para uma manifestação oficial do governo brasileiro.

“Eu ainda estou me informando. O problema que incomoda mais é a transparência. O governo continua acompanhando até ter os dados necessários para fazer uma coisa com base, como em toda eleição. Tem que ser transparente, não estou pondo em dúvida necessariamente o que está sendo dito, mas o governo ficou de fornecer as atas das quais esse número resulta, mas isso ainda não aconteceu”, completou ao jornal O Globo.

Já o Ministério das Relações Exteriores do Brasil disse, em nota divulgada nesta segunda-feira (29), que “acompanha com atenção o processo de apuração” das eleições venezuelanas e que “nesse contexto, a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral de dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”. o Brasil ainda não reconheceu a reeleição do presidente Nicolás Maduro, anunciada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou que Nicolás Maduro venceu as eleições na Venezuela. O órgão afirma que, com esse percentual de urnas contadas até o momento, a vitória de Maduro é considerada "irreversível".


Fonte: Brasil 247 com informações do G1 e jornal O Globo

Brasil tem capacidade para enfrentar futuras pandemias, diz ministra

Nísia Trindade e OMS defendem cooperação entre países

Nísia Trindade (Foto: Divulgação (Ministério da Saúde))

 Agência Brasil - “A próxima pandemia pode vir de qualquer lugar”. Essa é a mensagem de alerta da Cúpula Global de Preparação para Pandemias, evento internacional que uniu especialistas de várias partes do mundo no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (29). O encontro funciona como uma troca de experiências sobre enfrentamento de doenças que podem ser alastrar, como a covid-19, que deixou mais de 7 milhões de mortos no planeta.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, garantiu que o Brasil é capaz de participar da Missão 100 Dias, união de esforços para desenvolver, produzir e distribuir vacinas e tratamentos mundialmente dentro de pouco mais de três meses.

Esse prazo representa um terço do tempo que levou para ser criada uma vacina contra a covid-19 e que poderá interromper uma nova pandemia ainda no início, poupando vidas.

“Sem dúvida o Brasil tem condições de adotar esse objetivo. O Brasil é parte desse esforço e nós retomamos uma agenda que as instituições de pesquisas científicas levantaram com muita força”, disse a ministra.

Segundo ela, o Brasil, que enfrentou adversidades durante a pandemia de covid-19 e acumulou mais de 700 mil mortes, tem no atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva bases na ciência, tecnologia e esforços industriais que abrangem a área da saúde.

Nísia Trindade citou o Complexo Econômico Industrial da Saúde – conjunto de investimentos que incentivam a produção de medicamentos, insumos e vacinas, parte da Nova Indústria Brasil, política industrial do governo federal.

Para a ministra, o preparo do país para o enfrentamento de futuras pandemias deve ser visto como política de Estado, e não apenas de governo.

Nísia frisou a importância da troca de experiência e conhecimento entre países e defendeu ainda que o esforço seja com equidade, dando “acesso e desenvolvimento da produção local [de vacinas e tratamentos] não só no Brasil, mas nos países em desenvolvimento, em um esforço organizado”.

Nísia entende que é preciso protagonismo do Sul Global (conjunto de países emergentes). “Não é possível pensar em proteção de forma equitativa sem a participação dos nossos países”, afirmou.

“É hora de traduzir equidade e solidariedade em ações concretas para garantir acesso junto a produtos para o enfrentamento a pandemias e outras emergências de saúde”, disse a ministra, acrescentando que é preciso também preocupação com doenças negligenciadas, como as arboviroses. Este ano, por exemplo, o Brasil enfrentou epidemia de dengue, com mais de 6 milhões de casos e 4,8 mil mortes.

A presidente da Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi), Jane Halton, explicou que a Missão dos 100 Dias não é apenas uma questão de velocidade na resposta. Inclui também equidade na disponibilização dos recursos. “É sobre proteger todas as pessoas de novas doenças antes que tenham as vidas delas e de familiares destruídas.”

Parceria para vacinas: O encontro da Cúpula Global de Preparação para Pandemias termina na terça-feira (30). Essa é a segunda edição do evento. A primeira foi em Londres, em 2022.

No evento desta segunda-feira foi anunciada uma parceria da Cepi com a Fiocruz para a produção de vacinas que poderão ser distribuídas para países da América Latina, em caso de nova pandemia.

Segundo o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, o acordo faz parte de um esforço global para “um mundo mais equilibrado no acesso a vacinas”.

“Não há condição de apenas os países do Norte produzirem vacina para o mundo. Não deu certo na [pandemia de] covid-19. Então a ideia é também incluir país do Sul Global, onde a Fiocruz terá destaque nisso”, declarou.

Por meio de uma mensagem gravada em vídeo, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou a liderança da ministra Nísia Trindade em colocar o tema preparação para pandemia como uma das prioridades do mandato brasileiro na presidência do G20 (grupo que reúne as 19 maiores economias do país mais a União Europeia e União Africana).

Segundo a autoridade máxima da OMS, uma próxima pandemia “não é questão de se, mas de quando”. Ele manifestou o desejo de que não sejam repetidos erros cometidos na pandemia de covid-19.

“Temos ainda um longo caminho antes de poder dizer que o mundo está verdadeiramente preparado para a próxima pandemia. Mas, junto, estamos fazendo um mundo mais preparado do que antes”, definiu.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Pente-fino do governo deve verificar 800 mil benefícios do INSS até fim do ano, diz ministro da Previdência

 

De acordo com Carlos Lupi, o grande desafio hoje é evitar fraudes

Carlos Lupi (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, anunciou nesta segunda-feira (29) que a pasta pretende revisar os cadastros de cerca de 800 mil beneficiários temporários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) até o final de 2024. O objetivo é verificar se essas pessoas realmente têm direito aos auxílios que estão recebendo.

“Muitos não comunicam à Previdência [as informações atualizadas] porque querem continuar recebendo mesmo estando trabalhando", disse Lupi em entrevista a jornalistas no Rio de Janeiro. Na ocasião, ele explicou que a ação tem como foco benefícios que não foram verificados nos últimos dois anos ou mais.

"Estamos fazendo, através do Ministério da Previdência Social, através da nossa parte da perícia médica, uma verificação até o final do ano, mais ou menos, de 800 mil a 850 mil beneficiários temporários com algum tipo de doença, algum tipo de atendimento que teve, verificando se estão ainda com essa doença, se estão merecedores ainda do benefício para continuar ou não pagando", acrescentou.

Conforme relatou a Folha de S. Paulo, as declarações foram feitas após Lupi ser questionado sobre a revisão cadastral feita pelo governo federal que tem como alvo o Benefício de Prestação Continuada, pago pelo INSS a segurados a partir de 65 anos ou com deficiência em famílias vulneráveis. "Nosso grande desafio hoje é evitar fraudes”, afirmou.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

'Moro, seu silêncio é uma obra de arte. Você é uma vergonha': internautas ironizam ex-juiz suspeito, que atacou Lula e Amorim

 

O senador questionou a reeleição de Nicolás Maduro como presidente venezuelano

Sergio Moro (Foto: Geraldo Magela / Agência Senado)

Ex-juiz declarado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) atacou verbalmente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Celso Amorim. O parlamentar comentou sobre a eleição presidencial da Venezuela, onde o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou, nesta segunda-feira (29), Nicolás Maduro como presidente reeleito para o período de 2025 a 2031.

"As multidões, a boca de urna e as atas que puderam ser conhecidas apontavam vitória ampla da oposição na Venezuela até em redutos chavistas. De repente, surge um resultado inacreditável a favor de Maduro, sem transparência e explicação. E Lula e Amorim? Ficarão como cúmplices da ditadura?", escreveu o parlamentar na rede social X.

Internautas reagiram. Um deles escreveu: "as eleições venezuelanas são importantes para Sérgio Moro. Já as eleições brasileiras... bom mesmo é prender candidato às vésperas do processo e virar ministro da "justica" do candidato vencedor... sabidamente fascista. Moro, seu silêncio é uma obra de arte. Tenha alguma dignidade ou cabe fundo por alguma que ainda lhe possa restar. Você é uma vergonha".

Outra pessoa publicou: "Mas Sergio Moro, você foi cúmplice da desgraça que foi o Brasil entre 2019/2022. E ainda tentou voltar ao governo Bolsonaro. Sobre isso, nada a dizer?".

Um internauta sugeriu que o senador não tem projetos claros e úteis para ser votado no Congresso. "O Brasil cheio de problemas e o senador na internet preocupado com demandas de outro país".

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Fonte: Brasil 247

Oposição venezuelana atiça extrema-direita na América Latina e no mundo

 

Milei e Macri convocaram as forças armadas bolivarianas ao golpe

María Corina Machado (Foto: Reuters)

Vermelho No coração de Palermo, bairro nobre da capital argentina, Buenos Aires, milhares de pessoas cercaram neste domingo (28) a embaixada da Venezuela em meio as eleições presidenciais no país que deram vitória ao presidente Nicolás Maduro. A manifestação foi convocada por ministros de estado do governo de extrema-direita de Javier Milei (Liberdade Avança), enquanto centenas de cidadãos venezuelanos que habitam o país ainda votavam.

“Estamos em frente à embaixada da Venezuela aguardando o resultado das eleições junto com centenas de pessoas”, afirmou a ministra da Segurança da Casa Rosada, Patrícia Bullrich.

Não foi a primeira vez que a extrema direita da região ameaçou violar uma embaixada na América Latina. Em abril, a polícia equatoriana chefiada pelo presidente Daniel Noboa, um dos candidatos a Nayib Bukele do lado sul do hemisfério, invadiu a embaixada do México em Quito, para prender o ex-vice-presidente de Rafael Correa, André Arauz, um adversário político da atual presidência.

Diante do histórico violento e autoritário da direita latino-americana, a embaixadora venezuelana em Buenos Aires denunciou o cerco à embaixada do país em Buenos Aires. “Denuncio veementemente as ações intervencionistas irresponsáveis ​​e o cerco à nossa embaixada em Buenos Aires”, escreveu ela nas redes sociais.

“Patrícia Bullrich viola convenções internacionais e incita ao ódio e à violência. Considero-a responsável por qualquer agressão contra a nossa embaixada, o nosso pessoal diplomático e local, e os membros das mesas de voto que ainda se encontram na embaixada. Hoje tivemos um lindo dia de eleições e você pretende obscurecê-lo”, completou.

O próprio presidente Milei, na rede social X, o antigo Twitter, ao declarar a oposição venezuelana como vencedora do pleito, uma mentira que em determinado momento do domingo havia se espalhado, disse que “a Argentina não vai reconhecer mais uma fraude e espera que desta vez as Forças Armadas defendam a democracia e a vontade popular”.

Ainda noite de domingo, um dos principais cabos eleitorais da vitória da Javier Milei, o ex-presidente Mauricio Macri, também incitou em suas redes sociais o exército bolivariano a deflagrar um golpe.

“Agora as Forças Armadas Venezuelanas têm a oportunidade de ficar do lado certo da história e garantir que a vontade do povo seja respeitada. Apelamos à comunidade internacional, e especialmente aos países da região, que devem garantir o compromisso com a democracia, para não permitir que esta ditadura se perpetue ao longo do tempo”, escreveu o correligionário de Bullrich.

No Chile, o líder da extrema direita José Antonio Kast Rist, em tom quixotesco (com o perdão ao fidalgo de La Mancha) afirmou em suas redes sociais que a Venezuela “segue sequestrada pelo narco comunismo” e que “chegou a hora da América Latina reagir e exigir a liberdade da Venezuela”. O mesmo Kast, em 1988, fez campanha pela continuação da ditadura de Pinochet no plebiscito nacional que decidiu pelo fim do regime.

As séries de manifestações e comportamentos da extrema direita latino-americana revelam a tentativa deste setor político em capitalizar apoio para avançar com a sua agenda de destruição do Estado e subserviência aos interesses imperialistas dos Estados Unidos através do discurso de que a Venezuela é uma ditadura narco comunista.

A senha para o início da confusão foi dada pela principal líder do fascismo venezuelano, María Corina Machado. Ao não aceitar o resultado das eleições, Corina convocou a oposição a permanecer “centros de votação até que os votos sejam contados e as atas sejam obtidas”. “Faremos prevalecer a verdade e respeitaremos a Soberania Popular”, bradou em discurso.

Corina tem unificado a oposição dentro da Venezuela. Mas mais que isso: desde 2020 reuniu a extrema direita mundial para ameaçar o processo eleitoral do país caribenho. Naquele ano, a venezuelana e o Vox, partido herdeiro do franquismo na Espanha, organizaram o Foro de Madri.

Entre os signatários da Carta de Madri, se destacam os brasileiros Eduardo Bolsonaro e Bia Kicis, o chileno José Kast, a cubana Zoé Valdés, a italiana Girogia Meloni, o argentino Javier Milei e o português André Ventura.  

Fonte: Brasil 247 com informações do Portal Vermelho

Zema diz que dívida de Minas Gerais é "impagável"

 

O débito chega a aproximadamente R$ 160 bilhões

Romeu Zema (Foto: Agência Brasil )

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), classificou a dívida do estado como “impagável”. O débito, que chega a aproximadamente R$ 160 bilhões, teve origem há mais de 30 anos e remonta à liquidação de bancos estatais na década de 1990, informou em entrevista à CNN Brasil.

“De lá para cá, o estado pagou boa parte dessa dívida, mas a correção dela é que tem causado problema, porque ela tem uma correção hoje de inflação mais 4%”, explicou o chefe do Executivo mineiro.

Zema afirmou que essa correção seria viável apenas com um crescimento anual da economia brasileira acima de 4%, o que torna a dívida “impagável” diante do cenário atual. 

Ele também destacou que essa dívida foi herdada de administrações anteriores e defendeu a necessidade de um tratamento diferenciado para esse débito. 

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Ministra espanhola reconhece os resultados eleitorais da Venezuela: “é o que nós, democratas, fazemos”

 

Segundo o resultado divulgado pelo CNE, Maduro obteve 51,2% dos votos expressos

Nicolás Maduro (Foto: REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria)

A vice-presidente do governo espanhol, Yolanda Díaz, reconheceu nesta segunda-feira (29) os resultados eleitorais da Venezuela, pois isso é o que fazem os democratas, destacou ela, e sobre as dúvidas que podem surgir a esse respeito foi clara: "transparência, transparência, transparência", informou a agência EFE. 

Ela fez a declaração em uma coletiva de imprensa na sede de seu ministério, ao ser questionada sobre as eleições venezuelanas e sobre a suposta fraude eleitoral denunciada pela oposição, depois de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter proclamado como vencedor nas eleições da Venezuela o atual presidente, Nicolás Maduro.

O bloco de coalizão de esquerda espanhola, Sumar, pediu à oposição venezuelana que aceite a vitória de Nicolás Maduro na eleição presidencial, disse o porta-voz do partido no parlamento, Enrique Santiago, nesta segunda-feira.

"O grande polo patriótico venceu a eleição presidencial na Venezuela com 51,2%. Parabéns! O sistema de votação, previamente adotado pela oposição, com 16 mecanismos de revisão, envolve 21 partidos e 9 candidatos. A oposição deve aceitar esse resultado", escreveu Santiago no X.

As eleições venezuelanas ocorreram no último domingo. Segundo o resultado divulgado pelo CNE, Maduro obteve 51,2% dos votos expressos, enquanto o adversário Edmundo González ficou em segundo lugar com 44,2%. No entanto, González declarou-se vitorioso na eleição.

Fonte: Brasil 247