segunda-feira, 29 de julho de 2024

Brasil recupera patamar de dez anos atrás em atração de investimentos privados

 

Empresas brasileiras receberam quase US$ 4 bilhões por meio do programa Nova Indústria Brasil

(Foto: Vinicius Magalhaes/Agência Brasil)

A Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap) informou que os fundos de investimento enviaram US$ 3,7 bilhões a empresas brasileiras no ano passado. O volume foi de US$ 300 milhões em 2022. A marca atual se aproxima do valor atingido em 2014 (US$ 3,8 bilhões), o maior valor contabilizado nos últimos dez anos. Os números foram publicados nesta segunda-feira (29) pela coluna Painel

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) tenta aumentar a participação das empresas nacionais no recebimento de dinheiro por meio do programa Nova Indústria Brasil. Lançado em março, o NIB destina cerca de R$ 300 bilhões em financiamentos em 4 anos, sendo R$ 75 bilhões por ano, marcando um compromisso significativo com o crescimento e a modernização da indústria nacional. 

A iniciativa é do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial que envolve instituições como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e o Sebrae.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo

Bia Haddad estreia com vitória nas duplas ao lado de Luisa Stefani

 

Beatriz é eliminada do torneio olímpico de simples de tênis

Bia Haddad Maia (Foto: Reprodução Instagram/Beatriz Haddad Maia)

Agência Brasil - O torneio olímpico do tênis reservou emoções diferentes para a paulista Beatriz Haddad Maia nesta segunda-feira (29). Na segunda rodada do torneio de simples feminino, Bia enfrentou Anna Karolina Schmiedlova, da Eslováquia. A brasileira foi superada por 2 sets a 0 (6-4 e 6-4) em 1 hora e 53 minutos de partida e foi eliminada.

Mais tarde Bia Haddad retornou à quadra do complexo de Roland Garros ao lado de Luisa Stefani para a estreia no torneio de duplas femininas. As adversárias foram as chinesas Yue Yuan e Shuai Zhang. Desta vez o resultado foi diferente, com as brasileiras fechando o placar em 2 sets a 0 (6-4 e 6-4).

Vitórias nas duplas masculinas: Também deu Brasil na primeira rodada das duplas masculinas. A parceria de Thiago Monteiro e Thiago Wild derrotou Alexander Bublik e Aleksandr Nedovyesov, do Cazaquistão, por 2 sets a 0 (6-4 e 6-4). Na segunda rodada Monteiro e Wild enfrentarão os norte-americanos Austin Krajicek e Rajeev Ram. O jogo será disputado a partir das 8h30 (horário de Brasília) da próxima terça-feira (30).

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

EUA não pretendem revogar licenças de petroleiras que atuam na Venezuela após vitória de Maduro

 

O governo americano exigiu a divulgação de detalhes da votação para verificar a transparência do processo eleitoral

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, celebra resultado da eleição, em Caracas 29/07/2024 (Foto: REUTERS/Fausto Torrealba)

Os Estados Unidos não planejam revogar as licenças de atuação das empresas petrolíferas que operam na Venezuela, apesar dos questionamentos levantados pelo governo norte-americano quanto aos resultados da eleição presidencial no país, realizada no domingo (28). Nesta segunda-feira (29), o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela declarou a vitória do presidente Nicolás Maduro.

O governo americano está monitorando a situação na Venezuela e exigiu a divulgação de detalhes da votação para verificar a transparência do processo eleitoral. A administração dos Estados Unidos acredita que as sanções aplicadas foram eficazes, permitindo a participação de um candidato de oposição competitivo nas eleições. Porém, a situação atual demanda cautela na abordagem dos EUA.

Um membro do governo dos EUA revelou à “S&P Global” que Washington não considera revogar, neste momento, as licenças das empresas de petróleo que operam no país. Por outro lado, a Casa Branca sinaliza que novas sanções poderão ser implementadas dependendo da resposta do governo de Caracas aos pedidos de divulgação dos detalhes da votação realizada no domingo, conforme reportado pela “Bloomberg”. 

Fonte: Brasil 247 com informações de Valor Econômico

Extrema-direita se arma com paus e coquetéis Molotov em Caracas. Tiros são ouvidos

 

Nos distritos centrais de Caracas, há centenas de pessoas armadas com paus e algumas com coquetéis Molotov

Protestos contra Maduro em Caracas (Foto: Reuters)

Tiros foram ouvidos nas ruas de Caracas durante os protestos nesta segunda-feira (29), relatou um correspondente da agência Sputnik no local.

As eleições presidenciais foram realizadas na Venezuela no domingo (28), e o atual chefe de Estado, Nicolas Maduro, venceu.

Vários tiros foram ouvidos, fazendo com que muitas pessoas fugissem das áreas abertas nas ruas.

Confrontos entre a polícia e manifestantes estão ocorrendo no centro histórico de Caracas, e os acessos ao palácio presidencial de Miraflores estão bloqueados, relatou o correspondente..

Nos distritos centrais de Caracas, há centenas de pessoas armadas com paus e algumas com coquetéis Molotov. A maioria está coberta com lenços e bandanas. Os manifestantes estão jogando e queimando detritos de construção no meio da estrada.

Em algumas ruas, a polícia está usando gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. Veículos blindados estão de prontidão perto do palácio presidencial.

O som de panelas e frigideiras batendo é ouvido por toda parte — uma forma comum de protesto na América Latina.

Fonte: Brasil 247

Manifestantes derrubam estátua de Hugo Chávez na Venezuela (vídeo)

 

A extrema-direita denuncia fraudes nas eleições. O governo de Nicolás Maduro diz que há tentativa de golpe em andamento

Estátua de Hugo Chávez (Foto: Reprodução)

Manifestantes derrubaram a estátua do ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez (1954-2013), que governou o país de 1999 ao ano de sua morte, sobrevivendo a uma tentativa de golpe. O monumento foi erguido no estado de Falcón, Noroeste venezuelano. 

A extrema-direita denuncia fraudes nas eleições. Manifestantes foram às ruas em várias partes da Venezuela e protestaram contra o atual governo de Nicolás Maduro, que denunciou tentativas de golpe.

Sucessor de Chávez, Maduro foi declarado reeleito pelo Conselho Nacional Eleitoral, com 51% dos votos, contra 44% do opositor Edmundo González. 

O Ministério Público da Venezuela informou que vai divulgar as atas eleitorais nas próximas horas. O Brasil aguardará a publicação do resultado pela Justiça eleitoral venezuelana para se posicionar sobre a eleição. 
nicolas-maduro-hugo-chavez
Apoiadores do atual presidente venezuelano, Nicolás Maduro, carregam a imagem do antecessor Hugo Chávez. Foto: Ulises Rodriguez / Reuters I Reuters


 

 

Fonte: Brasil 247

Oposição venezuelana promove ataque a observadores internacionais após vitória de Maduro

 

Dezenas de encapuzados hostilizaram ônibus que transportava representantes estrangeiros até aeroporto; Guarda Nacional Bolivariana também foi agredida

Protestos na Venezuela após vitória de Maduro nas eleições (Foto: Reuters)

Opera Mundi - Um grupo de 27 observadores internacionais foi encurralado nesta segunda-feira (29/07) por manifestantes da oposição que se recusam a aceitar o resultado das eleições presidenciais que reelegeram Nicolás Maduro na noite anterior.

Os convidados que saíram de Caracas se dirigiam para La Guaira, cidade onde está localizado o aeroporto internacional, de onde regressariam  aos seus respectivos países.

Os opositores chegaram a montar barricadas e a apedrejar soldados e veículos da Guarda Nacional Bolivariana presente na parada El Limón.

A Opera Mundi, a observadora mexicana Veka García, que testemunhou o momento, repudiou os ataques dos manifestantes, destacando que esse tipo de atitude não pode se repetir. Assim como dezenasa de outros representantes estrangeiros, ela acabou perdendo o seu voo. 

“Vimos que um grupo de pessoas começou a bloquear a estrada. Ateou fogo, começou a jogar lixo, pneus de carro. A intenção era só impedir a passagem. Devido à violência que tentam gerar no país, não conseguimos voar. Este grupo de pessoas veio acompanhar as eleições como observadores, e veio em paz. Isto não pode se repetir, temos de apelar para que tenham responsabilidade, para que promovam a paz neste país. Não se pode deixar a vida das pessoas sob risco”.

As agressões partiram de um grupo composto por cerca de 30 homens encapuzados. Eles bloquearam a estrada de Caracas a La Guaira e cercaram o ônibus que transportava os observadores internacionais, atacando as janelas do veículo, que acabou paralisado entre os manifestantes e o trânsito.

Alguns dos observadores e jornalistas presentes no local só conseguiram regressar ilesos à cidade venezuelana graças a um carro providenciado pelo próprio Ministério das Relações Exteriores do país.

Oposição se recusa a aceitar derrota

Após a divulgação do resultado eleitoral, na madrugada de segunda-feira (29/07), a Plataforma Unitária, coalizão oposicionista que representa a extrema direita da Venezuela, se recusou a reconhecer a vitória de Nicolás Maduro, do Grande Polo Patriótico, reeleito para seu terceiro mandato.

Segundo María Corina Machado, líder da oposição e que está inabilitada por 15 anos pela Justiça venezuelana, Edmundo González Urrutia foi quem venceu o pleito. Sua declaração contraria os informes apresentados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), máxima autoridade eleitoral da Venezuela.

O CNE – órgão que é independente do Executivo, Legislativo e Judiciário locais – divulgou os resultados com um cenário de mais de 80% das urnas apuradas, quando os números já eram irreversíveis, segundo o presidente da entidade, Elvis Amoroso. O parecer mostrou que Maduro impôs uma vantagem de cerca de 700 mil votos sobre o segundo colocado

Proclamação dos resultados

Para os opositores, Urrutia é o verdadeiro vencedor, mas sua denúncia é baseada no contraste dos resultados oficiais com pesquisas internas realizadas por seu grupo político. “Espero que todos se mantenham firmes, orgulhosos do que fizemos, porque nos próximos dias vamos anunciar ações para defender a verdade”, disse Corina Machado.

Na tarde desta segunda-feira, durante uma cerimônia realizada na sede do CNE, o presidente Maduro foi proclamado oficialmente como vencedor das eleições presidenciais do país. O evento oficializou os resultados divulgados na madrugada.

Durante seu discurso, Maduro descreveu seu triunfo neste domingo dizendo que “a batalha definitiva contra o fascismo foi travada nesta terra (Venezuela) e nós vencemos”.

Fonte: Brasil 247 com Opera Mundi

Tentativa de golpe está em curso na Venezuela com protestos violentos de grupos de direita (vídeo)

 

Manifestantes anti-Maduro se aproximam do Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano, segundo relatos

Protesto em Caracas após a vitória de Nicolás Maduro (Foto: Reuters)

Red. - Uma tentativa de golpe está em andamento na Venezuela, à medida que eclodem protestos de grupos de direita que buscam paralisar as cidades e anular os resultados das eleições presidenciais.

Poucas horas antes, o tribunal eleitoral declarou formalmente o presidente Nicolás Maduro como vencedor, pouco depois de grupos terem invadido a capital para tentar chegar ao palácio presidencial, mas fomos forçados a recuar pelas forças de segurança.

Alguns grupos chegaram ao aeroporto internacional da capital, mas até agora não há sinais de violação.

Os apoiadores da oposição também estão divulgando vídeos dos protestos de 2017 e 2019, numa tentativa de exagerar a dimensão das actuais mobilizações.

Embora o Departamento de Estado dos EUA e os governos de direita da região tenham questionado os resultados, os relatórios dos observadores internacionais ainda não publicaram as suas conclusões, não tendo sido comunicadas quaisquer irregularidades significativas no dia da votação.


Fonte: Brasil 247

Elon Musk incita protestos na Venezuela e Maduro adverte: 'vamos brigar, não temos medo de você'

 

Bilionário divulgou uma série de ataques no X e incitou protestos violentos contra a vitória de Maduro

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, celebra resultado da eleição, em Caracas 29/07/2024 (Foto: REUTERS/Fausto Torrealba)

RT - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, enviou nesta segunda-feira um aviso ao bilionário sul-africano e empresário de tecnologia residente nos EUA, Elon Musk, a quem acusou de estar por trás da interferência e dos planos conspiratórios gestados do exterior contra a estabilidade democrática do país sul-americano.

Após ser proclamado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) como presidente eleito para o período presidencial 2025-2031, Maduro comentou que o magnata, dono da rede social X, da Tesla e da SpaceX, agora se tornou o "novo arqui-inimigo" da Venezuela, ao tentar desacreditar com informações falsas os resultados das eleições presidenciais que ele venceu no domingo.

"Há uma coisa chamada redes sociais, que cria uma realidade virtual, e quem controla essa realidade virtual é nosso novo arqui-inimigo, o célebre Elon Musk, que desesperado dá as caras, já querendo vir com seus foguetes e com um Exército para invadir a Venezuela", expressou Maduro, que qualificou o bilionário como "padrinho da extrema direita", por promover a campanha de suposta "fraude" eleitoral.

"Sabíamos que você estava por trás de tudo, Elon Musk, com seu dinheiro, com seus satélites, tentando controlar o mundo, já controla a Argentina (...) vai pelo lítio de vocês, povo argentino, já controla o Equador, é a representação da ideologia fascista no mundo, o poder econômico apoiando a ideologia fascista de extrema direita, antinatura, antissociedade, e agora o temos como arqui-inimigo da paz da Venezuela", afirmou o presidente venezuelano.

Maduro comentou que Musk publicou no X uma mensagem que "dá vergonha", para atacar o processo eleitoral venezuelano, ao divulgar um vídeo de pessoas que retiram aparelhos de ar-condicionado de um local para mostrar como suposta prova de que haviam roubado caixas de votação do CNE e manipular a coletividade com informações falsas, como fazem outros governos regionais que "caem no ridículo" ao tentar desconhecer e impor os resultados que desejam e não os que foram expressos pelos venezuelanos.

"Você está desesperado, se descontrolou Elon Musk, se controle, pois vai fracassar, assim como essa direita levou ao fracasso todos os políticos americanos (...) quem se mete com a Venezuela seca, Elon Musk, quer briga vamos brigar (...) estou pronto (...) não tenho medo de você", expressou Maduro, que adiantou que seu país não aceita "intervenções de ninguém" e muito menos de "um padrinho, o padrinho da extrema direita latino-americana" que trabalha para o Pentágono.

Fonte: Brasil 247 com RT

Nicolás Maduro decide expulsar da Venezuela o corpo diplomático de sete países

 

Segundo o governo venezuelano, representantes de outras nações exigiram de forma não diplomática a divulgação de atas eleitorais

Nicolás Maduro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, expulsou todo o corpo diplomático das embaixadas de Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai. Representantes dos seis países exigiram divulgação das atas eleitorais pelo Ministério Público venezuelano, uma cobrança que aconteceu de forma hostil, não diplomática, segundo o governo de Nicolás Maduro, reeleito presidente. 

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) afirmou nesta segunda-feira (29) que o presidente venezuelano conseguiu se reeleger, com 51,2% dos votos, para um novo mandato, de seis anos (2025-2031). O opositor Edmundo González teve 44%, mas seus aliados disseram que 70% dos eleitores votaram nele.

Se o atual presidente terminar o seu novo mandato, ele terá ficado por 17 anos na Presidência da Venezuela. O número é superior ao tempo em que seu antecessor Hugo Chávez ficou no poder (14 anos).

O Ministério Público da Venezuela afirmou nesta segunda (29) que o CNE deve publicar “nas próximas horas” as atas eleitorais com o resultado de cada uma das mais de 30 mil mesas de votação desse domingo (28).

Fonte: Brasil 247

"Abin Paralela": Ex-secretário da Receita não comparece para prestar depoimento na PF

 

É a segunda tentativa da corporação de ouvir Tostes no caso que investiga um suposto esquema de monitoramento ilegal realizado pela agência

José Tostes Neto (Foto: Pedro França/Agência Senado)

 O ex-secretário da Receita Federal do Brasil durante o governo do ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL), José Barroso Tostes Neto, não compareceu nesta segunda-feira (29) à sede da Polícia Federal, em Brasília, onde deveria prestar depoimento às 15h.

Conforme relatado pela CNN, até as 16h, a Polícia Federal não havia recebido qualquer justificativa da defesa de Tostes. Como foi intimado, ele não poderia faltar ao depoimento sem apresentar uma justificativa válida.

Esta é a segunda tentativa da corporação de ouvir Tostes no caso que investiga o suposto monitoramento ilegal realizado pela chamada “Abin Paralela”. Na última semana, a defesa do ex-secretário conseguiu adiar o depoimento que estava previsto para quinta-feira (25).

Os investigadores buscam verificar se houve desdobramentos práticos de uma reunião no Planalto que envolveu advogadas de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL), o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, e o general Augusto Heleno, então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

A suspeita é que membros da “Abin Paralela”, a pedido de Jair Bolsonaro, tentaram formular estratégias para impedir a apuração de servidores da Receita Federal sobre Flávio Bolsonaro, que estava sendo investigado por um suposto esquema de rachadinha.

A corporação quer descobrir se Tostes sofreu pressão devido às investigações sobre Flávio, quem ordenou a abertura do Processo Disciplinar contra os fiscais da Receita envolvidos na apuração, assim como a razão por trás dos procedimentos internos.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN

Venezuela divulgará nas próximas horas atas das eleições, diz MP

 

Chefe do órgão acusa Maria Corina de envolvimento em ataque hacker


O chefe do Ministério Público da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou nesta segunda-feira (29) que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) deve publicar “nas próximas horas” as atas eleitorais que mostram o resultado de cada uma das mais de 30 mil mesas de votação desse domingo (28).

“O CNE informou que nas próximas horas estarão disponíveis na página web do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) os resultados mesa por mesa, tal como historicamente se tem feito graças ao sistema automatizado de votação”, disse em rede social o fiscal-geral do país, cargo similar ao procurador-geral da República no Brasil. O Ministério Público na Venezuela é responsável por monitorar o CNE>

Ataque

Também hoje, Saab acusou María Corina Machado, opositora do governo de Nicolás Maduro, de estar envolvida no suposto ataque hacker contra o sistema do CNE neste domingo. O CNE diz que um ataque atrasou a totalização dos votos e a proclamação dos resultados, feita por vota das 1h da manhã no horário de Caracas (2h de Brasília), que deu vitória a Maduro.

De acordo com Saab, o ataque teve origem na Macedônia do Norte, país do leste europeu da antiga Iugoslávia, com a intenção de manipular os dados do CNE. “Essa ação foi detida, foi evitada, mas conseguiram pausar e desacelerar, atrasaram em algumas horas a mais a leitura do boletim final dos resultados”, denunciou.

Ainda segundo a autoridade venezuelana, estariam por trás desse plano, entre outras pessoas, o opositor Leopoldo López, foragido da justiça e hoje radicado na Espanha, além da opositora María Corina Machado.

“Eles parecem ser os principais responsáveis ​​por esta ação que denuncio como procurador-geral da República. Portanto, os procuradores designados estão reunindo todos os elementos de condenação para fazer avançar esta investigação já aqui anunciada formalmente e que tentou, repito, paralisar e adulterar os resultados eleitorais”, afirmou.

Corina Machado ainda não se manifestou sobre a acusação. Ela teve a candidatura à presidência da Venezuela negada pelo CNE devido a condenação judicial e acabou indicando para o lugar o Edmundo González, que ficou com 44% dos votos, contra 51,21% de Maduro, após 80% das urnas apuradas.

Incidentes mínimos

O fiscal-geral do país ainda fez um balanço dos incidentes durante a votação desse domingo. De acordo com Saab, foram 60 incidentes, dos quais 32 foram casos de destruição de material eleitoral, com 17 pessoas presas.

“Essa é uma cifra extremamente pequena se consideramos que a eleição de ontem se desenvolveu em 15,7 mil centros eleitorais com 30,2 mil máquinas de votação”, comentou.

Tarek William Saab acrescentou ainda que o Ministério Público da Venezuela não vai tolerar manifestações violentas para desconhecer o resultado das urnas. “Nossa instituição está monitorando qualquer ato que pretenda iniciar uma escalada de violência para manchar a festa democrática que temos vivido”, completou.

Atas eleitorais

Existe a expectativa que o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela publique todas as atas com os resultados eleitorais por urna. Com isso, é possível verificar se as atas em mãos do CNE são as mesmas impressas na hora da votação e que foram distribuídas aos fiscais da oposição ou aos observadores nacionais e internacionais.

Lideranças de países ao redor do mundo se dividem entre aquelas que não reconhecem o resultado, como os presidentes do Equador, Daniel Noboa, e da Argentina, Javier Milei; aquelas que não desconhecem o resultado, mas pedem a publicação das atas, como a Colômbia, os Estados Unidos, a União Europeia; e aqueles que parabenizaram Maduro pela vitória, sem contestar a publicação das atas, como Rússia, Bolívia, China e Cuba.  

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil informou, por meio de nota, que aguarda a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela dos “dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.

O comunicado diz que o Brasil “reafirma ainda o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados”.

Questionados pela oposição pelo menos desde 2004, os resultados das eleições venezuelanas costumam ser alvo de desconfiança de parte da comunidade internacional. Nos últimos pleitos, organizações internacionais como o Centro Carter e a Missão de Observação da União Europeia não apontaram fraude no voto e denúncias de fraudes de pleitos passados não foram formalizadas no país. 

Edição: Aline Leal

Fonte: Agência Brasil


Brasil, México e Colômbia articulam mensagem conjunta sobre eleição na Venezuela

 

Maduro e Lula. Foto: Ricardo Stuckert

Um grupo formado por diplomatas do Brasil, Colômbia e México está articulando uma declaração conjunta para cobrar a Venezuela a divulgar as atas eleitorais da votação realizada no último domingo (28). O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país vizinho declarou Nicolás Maduro como vencedor da eleição, mas a oposição ainda cobra que a instituição apresente os boletins de urnas.

Segundo o Estadão, haverá uma cobrança explícita para que o CNE forneça as atas ao Centro Carter, uma das poucas ONGs de observação eleitoral permitidas pelo governo chavista a operar na Venezuela. Os termos da nota estão sendo discutidos e a previsão é que seja publicada ainda hoje.

Mais cedo, a ONG também cobrou acesso às atas para emitir seu relatório sobre a eleição. “A missão técnica do Centro Carter veio observar a eleição presidencial de 28 de julho a convite da CNE”, diz a nota do Centro Carter, fundado pelo ex-presidente estadunidense Jimmy Carter. “As informações contidas nos formulários de resultados das seções eleitorais, conforme transmitidas ao CNE, são fundamentais para nossa avaliação e importantes para todos os venezuelanos”.

Nicolás Maduro comemorando o resultado das eleições. Foto: Jesus Vargas/Getty Images

Será com base na análise das atas e na avaliação do Centro Carter que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai decidir se o Brasil reconhecerá ou não a reeleição de Maduro. Para isso, o petista conta com a avaliação do ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, e do assessor especial enviado a Caracas, Celso Amorim.

No domingo, um grupo de países latino-americanos de centro-direita e direita, que se opõem a Maduro, criticaram mais duramente seu mandato e também pediram respeito à vontade das urnas e uma contagem de votos imparcial. O grupo é formado por Argentina, Uruguai, Peru, Paraguai, Equador, Panamá e Costa Rica.

Fora do bloco, Estados Unidos, Chile, Reino Unido, Uruguai e Espanha também contestaram o resultado apresentado pelo CNE. “Não é assim! Era um segredo aberto. Eles iam ‘vencer’ independentemente dos resultados reais. O processo até o dia da eleição e a contagem estava claramente com falhas. Não se pode reconhecer um triunfo se você não pode confiar nos formulários e mecanismos usados para alcançá-lo”, afirmou o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou.

O vice-primeiro-ministro da Itália, Antonio Tajani, também fez questionamentos ao processo eleitoral na Venezuela. “Tenho muitas dúvidas sobre o desenvolvimento regular das eleições”, afirmou Tajani, que exigiu “resultados que possam ser verificados”.

Fonte: DCM

Maioria dos candidatos da oposição na Venezuela já reconhece vitória de Nicolás Maduro

 

Seis competidores já aceitaram reeleição de presidente; Maria Corina e Urrutia ficam isolados

Segundo o CNE, 21,4 milhões de venezuelanos estavam aptos a votar neste domingo (28) - Federico PARRA / AFP

Apesar da contestação do resultado eleitoral por parte da líder da direita, Maria Corina Machado e seu candidato Edmundo Urrutía, outros candidatos derrotados nas urnas reconheceram nesta segunda-feira (29) a vitória de Nicolás Maduro na votação do dia anterior. 

Os candidatos presidenciais Benjamín Rausseo, Daniel Ceballos, José Brito, Luis Ratti, Javier Bertucci e Luis Eduardo Martínez enviaram mensagens por meio de suas redes sociais defendendo o reconhecimento do resultado divulgado pelo órgão eleitoral venezuelano. Ao todo, 10 nomes se candidataram para as eleições presidenciais no país.

"O povo venezuelano falou votando. É obrigação de todos fazer respeitar essa vontade, a voz do povo", defendeu Luis Eduardo Martínez, da Ação Democrática. Deputado e reitor da Universidade Tecnológica do Centro, Martínez fez um apelo à paz e ao diálogo após as eleições. "A paz na Venezuela passa hoje pelo reconhecimento dos resultados oficiais da eleições presidencial anunciados pelo CNE que proclamam reeleito Nicolás Maduro."

"Nós temos sido coerentes, desde que apresentamos nossa candidatura e dissemos que reconheceríamos não só o resultado, mas também o chamado à paz na Venezuela", postou José Brito, representante dos partidos Primeiro Venezuela, Min-Unidade e Unidade Visão Venezuela.

"Todos que participamos dessa eleição nos submetemos às regras e ao árbitro que a regiam. O que nos corresponde agora é aceitar e acatar o veredito do árbitro, que é quem transmite a decisão do povo. Por isso respaldo o CNE e felicito quem o árbitro proclamou como ganhador. Depois que o árbitro pronuncia sua sentença, o que corresponde é passar a página da eleição e começar entre todos o novo capítulo, o da Venezuela reconciliada", disse em vídeo Benjamín Rausseo, empresário e humorisa que concorreu pela Confederação Nacional Democrática (Conde). 

"Hoje, como ex-candidato presidencial e líder político da oposição independente, gostaria de parabenizar o povo venezuelano por um dia de eleição maravilhoso e cívico, e também de reconhecer os partidos políticos, o CNE e o presidente Nicolás Maduro por seu triunfo e reeleição nestas eleições presidenciais de 2024. Também peço paz para o povo venezuelano e justiça contra os geradores de violência, desde já nos colocamos totalmente à sua disposição para garantir a governabilidade e a unidade do e para o povo venezuelano", postou Luis Ratti, que se apresenta como um candidato independente, mas está inscrito pela Direita Democrática Popular.  "Não faça o jogo de Leopoldo López e María Corina Machado, Queremos Paz!", ressaltou em outra postagem.

Apesar de declarar não ter nenhum problema com o resultado eleitoral anunciado pelo CNE, Javier Bertucci, candidato do El Cambio, deputado e pastor do movimento Evangelho Transforma pediu ao CNE que sejam auditadas todas as atas de todos os centros de votação e todas as mesas. "Não tenho nenhum problema com o resultado anunciado pelo órgão reitor, mas quero solicitar ao árbitro desta contenda que permita que sejam auditadas todas as atas de todos os centros de votação e todas as mesas, desta maneira não restará nenhuma dúvida e poderemos então sem problema algum passar a página e enfrentar o novo período presidencial em paz."

Terceiro nome na corrida eleitoral e fundador do partido Aliança Lápiz, o candidato Antonio Ecarri não se pronunciou sobre o resultado, assim como Claudio Fermín, do partido Soluções pela Venezuela.

O candidato do Centrados, Enrique Márquez, deputado e ex-vice-presidente do CNE, disse ao periódico TalCual que não reconhece o resultado das urnas. 

Fonte: Brasil de Fato