O judoca brasileira Larissa Pimenta (quimono branco) vence a caboverdiana Djamila Silva com um ippon. Foto: AFP
A participação dos atletas brasileiros nas Olimpíadas de Paris teve mais baixos do que altos nesse segundo dia de disputa. A judoca Larissa Pimenta começou sua jornada com uma vitória convincente, derrotando Djamila Silva, de Cabo Verde, por ippon em apenas 1 minuto e 29 segundos de luta, na categoria até 52kg.
Por outro lado, William Lima também trouxe boas notícias para o judô brasileiro ao garantir sua vitória nos últimos cinco segundos do combate contra o uzbeque Sardor Nurillaev, avançando para as oitavas de final na categoria até 66kg.
No tiro esportivo feminino, Geovana Meyer não conseguiu avançar para a próxima etapa na categoria carabina 10m. Ela acumulou 623,5 pontos na prova classificatória da madrugada de domingo (horário de Brasília), terminando na 38ª posição e sendo eliminada da competição.
Mariana Pistoia, no florete individual feminino da esgrima, também foi eliminada na sua estreia após uma derrota apertada por 15 a 13 para a filipina Samantha Catantan. Mariana chegou a liderar o confronto, mas acabou sofrendo a virada.
No tênis de mesa feminino, Giulia Takahashi enfrentou a favorita chinesa Sun Yinghsa em sua estreia olímpica, mas foi derrotada por 4 a 0, com parciais de 11-3, 11-6, 11-6 e 11-5.
No hipismo CCE, o primeiro brasileiro a se apresentar foi Carlos Parro. Ele recebeu 22,40 pontos de penalidade hoje, que somados ao de ontem, deixam ele com 60,10 pontos de penalidade no total.
Assaltante apresentava CPF antes de anunciar assalto. Foto: reprodução
Um homem de 23 anos, suspeito de roubar farmácias em Colombo, região metropolitana de Curitiba, foi preso pela Polícia Civil do Paraná na última quinta-feira (25), em uma casa de apoio da igreja que ele frequentava em São José dos Pinhais. O suspeito foi identificado após colocar o próprio CPF na nota fiscal antes de anunciar o assalto.
Segundo o Uol, o homem entrava nas farmácias simulando uma compra, escolhia produtos e, no caixa, registrava o CPF na nota fiscal. Após concluir a transação, anunciava o assalto.
“Nossa equipe recebeu uma denúncia de que o homem adentrou uma farmácia em Colombo, simulou fazer algumas compras, escolheu alguns objetos da farmácia e foi até o caixa, registrou seu CPF na nota fiscal e, após fazer a transação comercial, anunciou o assalto ao estabelecimento”, relatou Igor Moura, delegado da Polícia Civil do Paraná.
O delegado explicou que o suspeito preferia farmácias onde havia funcionárias. Após ser preso em flagrante, ele foi liberado por decisão judicial. No entanto, a polícia descobriu que ele havia participado de outros dois roubos anteriores, o que levou ao seu reencaminhamento ao sistema penitenciário.
A empresária Luiza Helena Trajano, da rede de lojas Magazine Luiza, e Neca Setúbal, herdeira do banco Itaú, em artigo na Folha de S.Paulo, pediram ao governo que aprove a taxação de bilionários. Ao lado de membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (Conselhão), como Alexandre Padilha (ministro das Relações Institucionais), ambas argumentaram que “os países devem utilizar sua política fiscal como ferramenta para reduzir desigualdades e impulsionar o enfrentamento da nova realidade climática”. Confira trechos:
Nos últimos anos, testemunhamos um crescimento acelerado na concentração de riqueza global. Enquanto isso, a maioria da população mundial luta para acessar serviços básicos de saúde, educação e moradia. Tal disparidade se deve, em parte, ao fato de que os sistemas tributários reforçam assimetrias entre a tributação da renda do trabalho e do capital.
Reconhecer que a riqueza acumulada se multiplica a partir de estruturas econômicas e sociais que favorecem os mais ricos é fundamental para combater as desigualdades. No contexto brasileiro, os juros reais e a concentração do patrimônio de bilionários acabam reduzindo o potencial de canalização de recursos para atividades produtivas, o que impacta o investimento, a geração de empregos, o crescimento e a distribuição de renda. (…)
Fernando Haddad em reunião do G20. Foto: Diogo Zacarias/Ministério da FazendaA taxação dos bilionários, impulsionada pelo ministro Fernando Haddad no âmbito do G20, é um passo decisivo e um compromisso ético coletivo para romper o ciclo de desigualdade, redistribuindo recursos de maneira mais equitativa por meio de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento econômico sustentável e para adaptação e mitigação de mudanças climáticas. (…)
A redistribuição de renda tem o potencial de estimular o consumo de um grande contingente populacional e gerar crescimento econômico. Isso é especialmente relevante no caso dos bilionários, já que não consomem a maior parte de sua renda. Vale lembrar ainda que o consumo per capita desses bilionários imprime ao planeta um padrão de consumo totalmente incompatível com a atual crise climática. Além da expansão da demanda interna, é crucial considerar que sociedades mais igualitárias tendem a experimentar menores índices de criminalidade e maiores estabilidade política e sensação de bem-estar. (…)
A proposta defendida pelo ministro Haddad e apresentada pelo governo brasileiro no G20 é uma medida justa e necessária. Representa um passo crucial para a construção de um Brasil e de um mundo mais prósperos e inclusivos. Assim, essa proposta, que já foi aprovada por unanimidade na reunião de maio da Comissão de Assuntos Econômicos do Conselhão da Presidência da República, emerge como um passo crucial rumo à justiça fiscal global e ao desenvolvimento econômico-social sustentável.
Bolsonaristas durante tentativa de golpe no 8/1. Foto: reprodução
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que o bolsonarista Erlando Pinheiro Farias, acusado de instigar os atos democráticos de 8 de janeiro de 2023, fosse encaminhado para a Ala de Tratamento Psiquiátrico (ATP) do sistema penitenciário do Distrito Federal. Porém, o local não pode mais receber detentos devido a uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Preso por participar atos que resultaram na destruição das sedes dos Três Poderes em Brasília, Erlando apresenta sinais de adoecimento mental, embora não possua laudo médico confirmando a condição. Ele foi transferido para a ATP na última terça-feira (23).
A decisão de Moraes contraria a Resolução nº 487/2023 do CNJ, que estabelece a política antimanicomial no Brasil e determina o fechamento dos hospitais de custódia e tratamentos psiquiátricos em presídios.
Penitenciária Federal de Brasília, a Papuda. Foto: reprodução
Segundo a ordem, a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (VEP-DF) já concedeu desinternação a quatro dos 120 internos da ala, que será totalmente interditada em 28 de agosto deste ano.
A resolução do CNJ estabelece que presos com necessidades de tratamento em saúde mental devem ser encaminhados à Rede de Atenção Psicossocial do Distrito Federal, coordenada pela Diretoria de Serviços de Saúde Mental (Dissam), vinculada à Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF).
A ATP, localizada na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), conhecida como Colmeia, tem sido alvo de medidas para fechamento conforme a política de desinstitucionalização do CNJ.
Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF. Foto: José Cruz/Agência Brasil
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, comentou sobre a possibilidade de contaminação na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante uma entrevista à CNN Brasil, transmitida no sábado (27), e mencionou que não é possível garantir que não exista uma “contaminação” entre os funcionários remanescentes da gestão de Jair Bolsonaro (PL) em relação aos novos indicados do mandato do presidente Lula (PT).
“Eu não posso afirmar se há conluio [entre a atual gestão da Abin e a gestão passada], se não há. É uma questão que, se houver ou não, será elucidado e esclarecido no inquérito policial”, afirmou Andrei, destacando que a questão será resolvida durante as investigações.
O estranhamento de Andrei quanto à substituição da corregedora da Abin também foi um ponto central na entrevista. “Eu diria, em primeiro lugar, que a atual corregedora é uma pessoa corretíssima, que desempenha seu trabalho”, afirmou, referindo-se à oficial de inteligência Lidiane Souza dos Santos.
Andrei também mencionou que desconhece formalmente qualquer movimento para sua substituição pelo delegado da PF José Fernando Moraes Chuy, ligado ao ministro do STF Alexandre de Moraes.
As investigações sobre a existência de uma “Abin paralela” durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL) têm causado atritos entre a Polícia Federal e a Abin. A PF investiga se houve uso indevido da agência para perseguir adversários, magistrados e jornalistas. As operações autorizadas pelo STF já resultaram em buscas e apreensões na sede da Abin e na saída de Alessandro Moretti, número dois da agência.
Fachada da Abin. Foto: reprodução
Relatórios da PF sugerem que a atual gestão da Abin, comandada pelo ex-diretor-geral da PF Luiz Fernando Corrêa, tentou atrapalhar as investigações.
No entanto, integrantes do atual comando da agência negam as acusações e sugerem motivações políticas por trás delas. “O que se viu são pessoas de dentro da agência que utilizaram as ferramentas disponíveis, utilizaram a sua expertise, seu conhecimento, a estrutura da instituição para atos não afetos à instituição”, declarou Andrei.
A troca da corregedora da Abin foi outro ponto de destaque na entrevista. Andrei elogiou o trabalho de Lidiane Souza dos Santos e expressou surpresa pela notícia de sua substituição.
“Eu desconheço essa troca. Formalmente, a Polícia Federal não recebeu nenhum expediente para a cessão eventual desse servidor ou não”, afirmou o delegado. Ele também mencionou conhecer José Fernando Moraes Chuy e considerá-lo um profissional sério e dedicado.
O mandato da corregedora é de dois anos, com vencimento em agosto, podendo ser renovado a critério do comando da agência. Andrei enfatizou que Lidiane tem sido muito correta e diligente em seu trabalho, colaborando com a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU).
Andrei também abordou o caso das joias e da suspeita de falsificação de cartão de vacinação contra a Covid-19 envolvendo Jair Bolsonaro. Segundo ele, a Procuradoria-Geral da República tem elementos suficientes para denunciar o ex-presidente, dado que a PF já indiciou Bolsonaro nesses casos.
Dos 276 brasileiros inscritos na competição, só cinco nunca receberam parcelas do programa; ex-atleta diz que bolsa não supre todas despesas, mas é um apoio “significativo”
Nas próximas duas semanas, 276 atletas de 39 modalidades vão representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris.
Destes, 9 em cada 10 contaram, ao longo da preparação, com dinheiro público por meio do Bolsa Atleta – e, a depender do resultado na competição, podem voltar para casa com direito a um bônus no valor recebido.
Segundo dados do Ministério do Esporte, 241 dos 276 atletas brasileiros recebem a bolsa atualmente. Apenas cinco brasileiros que estão na delegação nunca foram beneficiados pelo programa.
Destinado a atletas de alto rendimento, o Bolsa Atleta serve como ajuda de custo para profissionais que obtêm bons resultados em competições nacionais e internacionais.
O auxílio tem como propósito possibilitar o desenvolvimento da carreira individual dos atletas. De acordo com o governo, o programa garante “condições mínimas” para que os profissionais se dediquem, com “exclusividade e tranquilidade”, ao esporte.
No entanto, em 2024, o valor do auxílio foi reajustado pela primeira vez, após 14 anos sem aumento.
Apesar do reajuste de 10,8%, especialistas avaliam que o valor ainda é insuficiente para cobrir as despesas dos profissionais e não contempla outras demandas fundamentais para quem se dedica ao esporte.
Ao todo, o governo investiu R$ 148,9 milhões no Bolsa Atleta em 2024. O programa foi criado em 2004, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e, nas últimas duas décadas, empenhou cerca de R$ 1,7 bilhão em bolsas para mais de 37 mil atletas.
Conforme a tabela atualizada, atletas olímpicos e paralímpicos recebem auxílio de R$ 3.437 por mês, e o valor varia conforme a categoria e experiência do profissional (veja os valores abaixo).
Independência financeira
Em entrevista ao portal g1, Hugo Parisi — quatro vezes atleta olímpico — avalia que a bolsa não supre todas as despesas técnicas, mas tem valor significativo se for considerada como uma ajuda de custo.
Caso o propósito seja cobrir todos os gastos necessários para o esportista, o montante deveria ser reavaliado.
Atleta desde os 7 anos, Parisi conta que só alcançou independência financeira aos 22, um ano depois de ter participado das Olimpíadas em Atenas, em 2004, a primeira das quatro da carreira.
Porém, na época, ele também precisou buscar outras fontes de renda, além do valor oferecido pelo governo.
Segundo o ex-atleta, a família sentiu alívio com o reforço financeiro. “Quem mais agradeceu foi meu pai, pela primeira vez consegui ficar no 0x0”, relata.
Assim como foi para o esportista, o programa do governo prioriza os profissionais do esporte que representam o país nos jogos olímpicos e paralímpicos.
Das 39 modalidades do campeonato, atletismo e vôlei são os esportes com mais atletas que recebem a bolsa — 38 de 41 no atletismo e 18 de 24 no vôlei.
Qual o valor da bolsa?
O Ministério do Esporte oferece seis categorias de auxílio no programa. Veja os valores atualizados após o reajuste, em 2024.
Atleta de Base e estudantil: R$ 410;
Nacional: R$ 1.025 ;
Internacional: R$ 2.05;
Olímpico/Paralímpico: R$ 3.437;
Pódio: R$ 5.543 a R$16.629.
Quem pode receber?
O programa inclui profissionais de diversas categorias, além dos que participam das Olimpíadas. Entre eles, estão atletas de base, estudantis, nacionais, internacionais e olímpicos/paralímpicos. Cada categoria tem os próprios critérios.
No caso dos olímpicos e paralímpicos, os candidatos têm que cumprir os seguintes requisitos:
Ter a partir de 14 anos;
Estar vinculado a um clube;
Ser filiado à federação (estadual) ou confederação (nacional) do esporte que pratica;
Ter integrado a delegação brasileira na qualidade de atleta (como titulares em modalidades individuais ou com seus nomes presentes nas súmulas de modalidades coletivas) na última edição dos Jogos Olímpicos ou Paralímpicos.
Além disso, nos três anos subsequentes ao dos jogos, o atleta precisa continuar participando de competições do circuito mundial relacionadas ao calendário oficial da respectiva federação internacional da modalidade.
Esses eventos precisam ser validados pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) ou pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) ou por Entidade Nacional de Administração do Desporto, conforme o caso.
Instrumento importante
André Arantes — ex-atleta de triatlo e professor de educação física, que participou da concepção do programa Bolsa Atleta enquanto ocupava o cargo de secretário nacional do esporte de alto rendimento, entre 2003 e 2007— pondera que, apesar das limitações do benefício, ele é um instrumento que “democratiza o acesso ao esporte”.
“Hoje em dia, a bolsa é a principal política do Ministério do Esporte, mas com certeza ela não vai dar conta de tudo. O esporte brasileiro precisa de muito mais do que a bolsa. Mas, no caso do esporte de alto rendimento, ela é um instrumento importante para o desenvolvimento dos atletas olímpicos e paralímpicos”, avalia.
Na visão do especialista, no entanto, esse não é o objetivo do programa.
“A bolsa não é feita para dar conta de tudo que o atleta precisa, ela é um ‘plus’, para garantir que aquele profissional que, apesar de não ser atleta olímpico e não tenha muita exposição midiática — para conseguir patrocínio privado, tenha o básico para poder se manter”, detalha.
Incentivo integrado
O reforço financeiro, porém, não é o único apoio que os profissionais da área precisam para cumprir com desenvoltura a função no esporte. Na visão de Hugo Parisi, que agora atua como juiz dos campeonatos aquáticos nas Olimpíadas de Paris, o governo poderia aprimorar sua atuação em outras áreas.
A primeira seria incluir um plano de saúde atrelado à bolsa. Em segundo lugar, ele lembra a importância dos atletas buscarem capacitação profissional além do esporte.
“Eu, como gestor, tentaria implementar uma obrigatoriedade de estar estudando [além do ensino básico], porque muitos atletas, quando chegam ao final da carreira, não têm o que fazer. Isso ajudaria no pós-carreira deles”, pontua.
Outro problema é que muitos centros de treinamento estão de portas fechadas e em estado de precariedade. “Tem várias sedes que poderiam estar sendo usadas, mas estão se deteriorando por falta de uso”, complementa.
Quando foi criado, em 2004, o programa contemplava 975 esportistas. Atualmente, a iniciativa cresceu e abrange mais de 9 mil atletas, um recorde registrado este ano.
“Muito mais do que a função de ajudar o esporte, é um programa perene, os atletas contam com isso. A grande maioria deles, se não tem o bolsa atleta, não tem como sobreviver”, destaca o juiz de esportes aquáticos.
Parisi explica que isso também se reflete na dedicação dos atletas brasileiros, que encontram na bolsa uma forma de contribuir com a renda familiar.
“É um programa que tem uma importância enorme para o Brasil, e daí você traz uma responsabilidade para o atleta, dele estar sempre bem e competindo o tempo todo, porque senão ninguém da família dele tem mais o que comer, por exemplo”, pondera.
O governo brasileiro recebeu garantias das autoridades venezuelanas de que o presidente venezuelano Nicolás Maduro reconhecerá os resultados das eleições realizadas neste domingo (28) mas, de acordo com a coluna do jornalistaJamil Chade, do UOL, a oposição venezuelana ainda não deu a mesma certeza, alegando que antes quer garantias sobre o processo de contagem dos votos e sugerindo uma possível apuração paralela.
A eleição é vista pelo Brasil como uma oportunidade para normalizar as relações da Venezuela com o mundo e diminuir a tensão, favorecendo a estabilização do fluxo migratório e de refugiados. Nos últimos dias, uma delegação brasileira enviada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), liderada pelo assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim, se reuniu com o chefe da diplomacia venezuelana e outras autoridades. Segundo a reportagem, “em todos os contatos, os representantes do governo Maduro sinalizaram que não vão questionar o que sair das urnas”.
A delegação brasileira também conversou com a equipe dos candidatos da oposição, mas não obteve a mesma certeza de reconhecimento dos resultados. A oposição afirmou que a aceitação dependerá das condições de apuração, mas garantiu que reconhecerá uma eventual vitória. Espera-se que os primeiros resultados sejam conhecidos entre 22h e 23h, horário de Caracas, neste domingo (28).
Fonte: Brasil 247 com informações do jornalista Jamil Chade, do UOL
Advogada Juliana Bierrenbach disse que recebia orientações sobre o caso pela sua ex-sócia "e que o cliente as teria recebido do Ramagem"
Alexandre Ramagem (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)
A advogada Juliana Bierrenbach, que defendia o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das rachadinhas, reafirmou em postagens nas redes sociais que sua então sócia, Luciana Pires, recebia orientações de Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), sobre como obter provas para anular a investigação da Receita Federal contra o parlamentar.
”O fato é que a outra advogada [Luciana Pires], que atuava no caso e que conduzia o caso, na época me enviou as mensagens. Foi ela quem disse que havia recebido as mensagens do cliente [Flávio Bolsonaro]. E que o cliente teria as recebido do Ramagem”, afirmou Bierrenbach no Instagram, de acordo com a coluna do jornalistaGuilherme Amado, do Metrópoles.
“Quem deve explicar essa história é ela [Pires]. O que eu posso garantir é que eu recebi as mensagens diretamente dela”, completou.
Na postagem, ainda de acordo com a reportagem, Bierrenbach destacou que Pires enviou mensagens confirmando o recebimento das orientações de Flávio Bolsonaro e que ela própria recebeu essas mensagens diretamente de Pires. Em agosto de 2020, Juliana, Luciana, Bolsonaro, Ramagem e o ex-ministro do GSI Augusto Heleno participaram de uma reunião no Palácio do Planalto, gravada secretamente por Ramagem, onde discutiram meios para provar uma suposta atuação ilegal da Receita Federal contra Flávio Bolsonaro.
Os relatórios de Ramagem, cuja autenticidade na época foi confirmada pela defesa do senador, detalhavam o funcionamento de uma suposta organização criminosa na Receita Federal, que teria acessado ilegalmente os dados fiscais de Flávio Bolsonaro. Um dos documentos da Abin mencionava a finalidade de "defender FB no caso Alerj demonstrando a nulidade processual resultante de acessos imotivados aos dados fiscais de FB". Os documentos teriam sido enviados por WhatsApp para Flávio e repassados para sua advogada Luciana Pires. Ramagem sempre negou qualquer relação com os relatórios.
Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Guilherme Amado, no Metrópoles