domingo, 28 de julho de 2024

Maioria dos atletas da delegação brasileira recebem bolsa do governo; especialistas veem valor ainda baixo

 Dos 276 brasileiros inscritos na competição, só cinco nunca receberam parcelas do programa; ex-atleta diz que bolsa não supre todas despesas, mas é um apoio “significativo”


Nas próximas duas semanas, 276 atletas de 39 modalidades vão representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris.


Destes, 9 em cada 10 contaram, ao longo da preparação, com dinheiro público por meio do Bolsa Atleta – e, a depender do resultado na competição, podem voltar para casa com direito a um bônus no valor recebido.


Segundo dados do Ministério do Esporte, 241 dos 276 atletas brasileiros recebem a bolsa atualmente. Apenas cinco brasileiros que estão na delegação nunca foram beneficiados pelo programa.


Destinado a atletas de alto rendimento, o Bolsa Atleta serve como ajuda de custo para profissionais que obtêm bons resultados em competições nacionais e internacionais.


O auxílio tem como propósito possibilitar o desenvolvimento da carreira individual dos atletas. De acordo com o governo, o programa garante “condições mínimas” para que os profissionais se dediquem, com “exclusividade e tranquilidade”, ao esporte.


No entanto, em 2024, o valor do auxílio foi reajustado pela primeira vez, após 14 anos sem aumento.


Apesar do reajuste de 10,8%, especialistas avaliam que o valor ainda é insuficiente para cobrir as despesas dos profissionais e não contempla outras demandas fundamentais para quem se dedica ao esporte.


Ao todo, o governo investiu R$ 148,9 milhões no Bolsa Atleta em 2024. O programa foi criado em 2004, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e, nas últimas duas décadas, empenhou cerca de R$ 1,7 bilhão em bolsas para mais de 37 mil atletas.


Conforme a tabela atualizada, atletas olímpicos e paralímpicos recebem auxílio de R$ 3.437 por mês, e o valor varia conforme a categoria e experiência do profissional (veja os valores abaixo).


Independência financeira


Em entrevista ao portal g1, Hugo Parisi — quatro vezes atleta olímpico — avalia que a bolsa não supre todas as despesas técnicas, mas tem valor significativo se for considerada como uma ajuda de custo.


Caso o propósito seja cobrir todos os gastos necessários para o esportista, o montante deveria ser reavaliado.


Atleta desde os 7 anos, Parisi conta que só alcançou independência financeira aos 22, um ano depois de ter participado das Olimpíadas em Atenas, em 2004, a primeira das quatro da carreira.


Porém, na época, ele também precisou buscar outras fontes de renda, além do valor oferecido pelo governo.


Segundo o ex-atleta, a família sentiu alívio com o reforço financeiro. “Quem mais agradeceu foi meu pai, pela primeira vez consegui ficar no 0x0”, relata.


Assim como foi para o esportista, o programa do governo prioriza os profissionais do esporte que representam o país nos jogos olímpicos e paralímpicos.


Das 39 modalidades do campeonato, atletismo e vôlei são os esportes com mais atletas que recebem a bolsa — 38 de 41 no atletismo e 18 de 24 no vôlei.


Qual o valor da bolsa?


O Ministério do Esporte oferece seis categorias de auxílio no programa. Veja os valores atualizados após o reajuste, em 2024.


  • Atleta de Base e estudantil: R$ 410;
  • Nacional: R$ 1.025 ;
  • Internacional: R$ 2.05;
  • Olímpico/Paralímpico: R$ 3.437;
  • Pódio: R$ 5.543 a R$16.629.

Quem pode receber?


O programa inclui profissionais de diversas categorias, além dos que participam das Olimpíadas. Entre eles, estão atletas de base, estudantis, nacionais, internacionais e olímpicos/paralímpicos. Cada categoria tem os próprios critérios.


No caso dos olímpicos e paralímpicos, os candidatos têm que cumprir os seguintes requisitos:


  • Ter a partir de 14 anos;
  • Estar vinculado a um clube;
  • Ser filiado à federação (estadual) ou confederação (nacional) do esporte que pratica;
  • Ter integrado a delegação brasileira na qualidade de atleta (como titulares em modalidades individuais ou com seus nomes presentes nas súmulas de modalidades coletivas) na última edição dos Jogos Olímpicos ou Paralímpicos.

Além disso, nos três anos subsequentes ao dos jogos, o atleta precisa continuar participando de competições do circuito mundial relacionadas ao calendário oficial da respectiva federação internacional da modalidade.


Esses eventos precisam ser validados pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) ou pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) ou por Entidade Nacional de Administração do Desporto, conforme o caso.


Instrumento importante


André Arantes — ex-atleta de triatlo e professor de educação física, que participou da concepção do programa Bolsa Atleta enquanto ocupava o cargo de secretário nacional do esporte de alto rendimento, entre 2003 e 2007— pondera que, apesar das limitações do benefício, ele é um instrumento que “democratiza o acesso ao esporte”.


“Hoje em dia, a bolsa é a principal política do Ministério do Esporte, mas com certeza ela não vai dar conta de tudo. O esporte brasileiro precisa de muito mais do que a bolsa. Mas, no caso do esporte de alto rendimento, ela é um instrumento importante para o desenvolvimento dos atletas olímpicos e paralímpicos”, avalia.


Na visão do especialista, no entanto, esse não é o objetivo do programa.


“A bolsa não é feita para dar conta de tudo que o atleta precisa, ela é um ‘plus’, para garantir que aquele profissional que, apesar de não ser atleta olímpico e não tenha muita exposição midiática — para conseguir patrocínio privado, tenha o básico para poder se manter”, detalha.


Incentivo integrado


O reforço financeiro, porém, não é o único apoio que os profissionais da área precisam para cumprir com desenvoltura a função no esporte. Na visão de Hugo Parisi, que agora atua como juiz dos campeonatos aquáticos nas Olimpíadas de Paris, o governo poderia aprimorar sua atuação em outras áreas.


A primeira seria incluir um plano de saúde atrelado à bolsa. Em segundo lugar, ele lembra a importância dos atletas buscarem capacitação profissional além do esporte.


“Eu, como gestor, tentaria implementar uma obrigatoriedade de estar estudando [além do ensino básico], porque muitos atletas, quando chegam ao final da carreira, não têm o que fazer. Isso ajudaria no pós-carreira deles”, pontua.


Outro problema é que muitos centros de treinamento estão de portas fechadas e em estado de precariedade. “Tem várias sedes que poderiam estar sendo usadas, mas estão se deteriorando por falta de uso”, complementa.


Quando foi criado, em 2004, o programa contemplava 975 esportistas. Atualmente, a iniciativa cresceu e abrange mais de 9 mil atletas, um recorde registrado este ano.


“Muito mais do que a função de ajudar o esporte, é um programa perene, os atletas contam com isso. A grande maioria deles, se não tem o bolsa atleta, não tem como sobreviver”, destaca o juiz de esportes aquáticos.


Parisi explica que isso também se reflete na dedicação dos atletas brasileiros, que encontram na bolsa uma forma de contribuir com a renda familiar.


“É um programa que tem uma importância enorme para o Brasil, e daí você traz uma responsabilidade para o atleta, dele estar sempre bem e competindo o tempo todo, porque senão ninguém da família dele tem mais o que comer, por exemplo”, pondera.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Maduro garante ao Brasil que irá acatar resultado das eleições; oposição não confirma

 

Oposição venezuelana quer garantias sobre o processo de contagem dos votos, sugerindo uma possível apuração paralela

Nicolás Maduro (Foto: Reuters/Leonardo Fernandez Viloria)

O governo brasileiro recebeu garantias das autoridades venezuelanas de que o presidente venezuelano Nicolás Maduro reconhecerá os resultados das eleições realizadas neste domingo (28) mas, de acordo com a coluna do jornalista Jamil Chade, do UOL, a oposição venezuelana ainda não deu a mesma certeza, alegando que antes quer garantias sobre o processo de contagem dos votos e sugerindo uma possível apuração paralela.

A eleição é vista pelo Brasil como uma oportunidade para normalizar as relações da Venezuela com o mundo e diminuir a tensão, favorecendo a estabilização do fluxo migratório e de refugiados. Nos últimos dias, uma delegação brasileira enviada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), liderada pelo assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim, se reuniu com o chefe da diplomacia venezuelana e outras autoridades. Segundo a reportagem, “em todos os contatos, os representantes do governo Maduro sinalizaram que não vão questionar o que sair das urnas”. 

A delegação brasileira também conversou com a equipe dos candidatos da oposição, mas não obteve a mesma certeza de reconhecimento dos resultados. A oposição afirmou que a aceitação dependerá das condições de apuração, mas garantiu que reconhecerá uma eventual vitória. Espera-se que os primeiros resultados sejam conhecidos entre 22h e 23h, horário de Caracas, neste domingo (28).

Fonte: Brasil 247 com informações do jornalista Jamil Chade, do UOL

Ramagem é novamente citado por advogada de Flávio Bolsonaro no caso das 'rachadinhas'

 

Advogada Juliana Bierrenbach disse que recebia orientações sobre o caso pela sua ex-sócia "e que o cliente as teria recebido do Ramagem"

Alexandre Ramagem (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

A advogada Juliana Bierrenbach, que defendia o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das rachadinhas, reafirmou em postagens nas redes sociais que sua então sócia, Luciana Pires, recebia orientações de Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), sobre como obter provas para anular a investigação da Receita Federal contra o parlamentar. 

”O fato é que a outra advogada [Luciana Pires], que atuava no caso e que conduzia o caso, na época me enviou as mensagens. Foi ela quem disse que havia recebido as mensagens do cliente [Flávio Bolsonaro]. E que o cliente teria as recebido do Ramagem”, afirmou Bierrenbach no Instagram, de acordo com a coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.

“Quem deve explicar essa história é ela [Pires]. O que eu posso garantir é que eu recebi as mensagens diretamente dela”, completou.

Na postagem, ainda de acordo com a reportagem,  Bierrenbach destacou que Pires enviou mensagens confirmando o recebimento das orientações de Flávio Bolsonaro e que ela própria recebeu essas mensagens diretamente de Pires. Em agosto de 2020, Juliana, Luciana, Bolsonaro, Ramagem e o ex-ministro do GSI Augusto Heleno participaram de uma reunião no Palácio do Planalto, gravada secretamente por Ramagem, onde discutiram meios para provar uma suposta atuação ilegal da Receita Federal contra Flávio Bolsonaro.

Os relatórios de Ramagem, cuja autenticidade na época foi confirmada pela defesa do senador, detalhavam o funcionamento de uma suposta organização criminosa na Receita Federal, que teria acessado ilegalmente os dados fiscais de Flávio Bolsonaro. Um dos documentos da Abin mencionava a finalidade de "defender FB no caso Alerj demonstrando a nulidade processual resultante de acessos imotivados aos dados fiscais de FB". Os documentos teriam sido enviados por WhatsApp para Flávio e repassados para sua advogada Luciana Pires. Ramagem sempre negou qualquer relação com os relatórios.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Guilherme Amado, no Metrópoles

Governo brasileiro condena bombardeio de escola em Gaza que deixou 30 mortos e ataque em Golã

 

Em nota oficial divulgada pelo Itamaraty, o Brasil manifestou seu "absoluto repúdio ao emprego de força militar contra a população civil"

Faixa de Gaza (Foto: Reprodução (Fepal/X))

Sputnik - O governo brasileiro expressou neste sábado (27) a condenação ao bombardeio realizado pelo exército israelense a uma escola em Deir Al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, que abrigava deslocados internos do conflito.

O ataque, ocorrido hoje, resultou na morte de aproximadamente 30 pessoas, incluindo mulheres e crianças, além de deixar dezenas de feridos.

Em nota oficial divulgada pelo Itamaraty, o Brasil manifestou seu "absoluto repúdio ao emprego de força militar contra a população civil" e reforçou a necessidade de respeito aos direitos humanos e ao direito internacional humanitário.

O comunicado ressalta a urgência na implementação da Resolução 2735 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que busca medidas para a proteção dos civis em conflitos armados.

O governo brasileiro também conclamou todas as partes envolvidas no conflito a exercerem a máxima contenção e a se engajarem em negociações que possibilitem um cessar-fogo imediato e duradouro.

"Reiteramos nosso apelo para que todos os atores do conflito em Gaza busquem, por meio do diálogo, uma solução pacífica que evite mais sofrimento à população civil", destacou a nota.

Ataque em GolãNa manhã deste sábado, um ataque aéreo foi lançado contra a localidade de Majdal Shams, nas Colinas de Golã, atingindo um campo de futebol e causando a morte de pelo menos 12 crianças e adolescentes.

Sobre o ataque nas colinas de Golã, o Itamaraty expressou seu "absoluto repúdio a ataques contra a população civil" e manifestou preocupação com a escalada do conflito na região.

"O Governo brasileiro condena o ataque com foguete, realizado hoje, dia 27, a um campo de futebol em Majdal Shams — localizada nas Colinas de Golã, ocupadas por Israel desde 1967 —, o qual resultou em mais de uma dezena de mortos e mais de 30 feridos, entre os quais crianças e adolescentes", denota o comunicado.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

Residência de luxo para generais em Brasília custa R$ 3,6 milhões ao Exército

 

Residência possui 659 metros quadrados, sete quartos e quatro suítes. Contrato foi assinado em dezembro de 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro

Militares (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Exército Brasileiro direcionou R$ 3,6 milhões para a construção de uma residência de alto padrão para um general no Setor Militar Urbano, em Brasília. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a casa faz parte da Quadra Residencial de Generais, um condomínio exclusivo para o Alto Comando. A área é cercada e protegida, oferecendo comodidades como academia, churrasqueiras, parque infantil, piscinas e quadras esportivas.

O Exército explicou que a residência, com 659 metros quadrados, sete quartos e quatro suítes, é destinada a generais que servem na capital federal. “Trata-se de um Próprio Nacional Residencial (PNR) da União, de uso exclusivo funcional, sendo pago em decorrência da ocupação do imóvel. Há oito outros PNR, funcionais para oficial-general de Exército, em Brasília, no mesmo formato”, disse o Exército por meio de nota. O Ministério da Defesa não se manifestou sobre o assunto. 

O condomínio, conhecido entre os militares como “fazendinha” devido às casas espaçosas e à área arborizada, destina-se a oficiais de quatro estrelas. A residência de número 1 é reservada ao comandante do Exército. A construção de uma nova casa foi divulgada pela revista Sociedade Militar e confirmada pelo Estadão.

No total, são nove casas para o posto mais elevado da hierarquia militar, com imóveis menores para assistentes diretos. Em 2021, foi aberto um processo licitatório para construir a casa número 9, devido à “alta demanda” por imóveis funcionais em Brasília. O contrato foi assinado em dezembro de 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), estipulando que a obra deveria ser concluída até abril de 2024. A casa já foi finalizada e ocupada por um oficial-general.

Um oficial, sob condição de anonimato, justificou a construção alegando a necessidade desde a criação do Comando Militar do Norte, em 2013. A falta de uma residência gerava um efeito cascata de ocupações de imóveis entre os generais. Imóveis funcionais não são exclusividade dos militares; agentes públicos civis também têm acesso a esses benefícios. Em Brasília, generais têm à disposição apartamentos e algumas casas.

A taxa de uso das residências funcionais varia conforme o imóvel. Para apartamentos, é de 3,5% do soldo, e para casas, 5%. Um general de Exército com soldo de R$ 13,4 mil paga R$ 673,55 por mês na Quadra Residencial dos Generais. Com gratificações, o salário pode chegar a R$ 37 mil.

Em abril, o ministro da Defesa, José Múcio, e comandantes das Forças Armadas participaram de uma audiência na Câmara, onde reclamaram dos cortes no orçamento, afirmando que os valores para munição e combustível estavam aquém do necessário.

Fonte: Brasil 247

Folha já defende nova reforma da previdência em editorial

 

Jornal diz que uma das razões para discutir o tema se deve ao fato do governo Lula corrigir o salário mínimo pela inflação e o crescimento do PIB

Dinheiro e fachada da Previdência Social (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil | Pedro França/Agência Senado)

A Folha de S. Paulo defendeu, em seu editorial deste domingo 28) a necessidade de uma nova reforma da Previdência em cima da parcela mais pobre da população para manter o equilíbrio fiscal que, segundo o jornal paulista, se deve “a decisão de Lula de corrigir o salário mínimo pela inflação e o crescimento do PIB”. O editorial sobre uma nova reforma da Previdência foi publicado uma semana após o periódico publicar uma reportagem, sem citar fontes, em que diz que membros da cúpula do Congresso já estariam afirmando ser “inevitável” debater o tema em 2025.

“Mesmo que eventuais mudanças não sejam aprovadas na atual legislatura, é fundamental começar a discussão o quanto antes, pois demandará tempo para a sociedade assimilar sua indispensabilidade”, destaca o editorial.

“Lamentavelmente, o Congresso não deverá contar nesta empreitada com o apoio do presidente Lula (PT), refratário a reformas impopulares, mas imprescindíveis. Será mais um erro deste governo, que colherá déficits crescentes, a provável violação de suas metas fiscais e uma trajetória explosiva da dívida pública —que pressionará o dólar, a inflação e os juros”, diz o texto.

No editorial, o jornal defende a desvinculação dos benefícios previdenciários e sociais do critério de correção vinculados ao salário mínimo e que eles sejam ajustados “só pela inflação, como era antes”. O editorial também defende mudanças na Previdência dos militares, na aposentadoria rural e a equiparação de idade entre homens e mulheres para requerer o benefício.

Fonte: Brasil 247 

'Nosso objetivo é de legalidade', diz presidente do INSS sobre revisão do BPC

 

"O que existe é: quem tem direito de receber o benefício vai continuar recebendo, como tem que ser e como a lei manda", disse Alessandro Stefanutto

Brasília (DF), 04/01/2024, Alessandro Stefanutto, presidente do INSS, durante entrevista no programa Brasil em Dia, nos estúdios da EBC. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Desde 2023, o Governo Federal tem implementado medidas para assegurar que o Benefício de Prestação Continuada (BPC) alcance as pessoas que mais precisam. No entanto, muitos beneficiários ainda não estão no Cadastro Único ou estão com informações desatualizadas há mais de quatro anos. Em entrevista para A Voz do Brasil na sexta-feira (26), Alessandro Stefanutto, presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), explicou as novas regras anunciadas e afirmou que o intuito não é suspender benefícios, mas sim garantir que aqueles que têm direito continuem a recebê-los. "Nosso objetivo é de legalidade", afirmou o presidente do INSS, destacando que aqueles identificados em situação irregular terão direito a recorrer, e casos de recebimento indevido serão investigados.

O Ministério de Desenvolvimento Social (MDS) divulgou duas portarias. A primeira exige que requerimentos do BPC que apresentem inconsistências durante a análise sejam submetidos a uma verificação detalhada das novas informações fornecidas. A segunda portaria estabelece que beneficiários do BPC da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) sem atualização cadastral há mais de 48 meses sejam convocados a regularizar seus dados no Centro de Referência e Assistência Social (Cras) local.

Confira os principais pontos da entrevista de Alessandro Stefanutto à Voz do Brasil.

Como vai funcionar a atualização de cadastros para quem está sem ou não atualiza há mais de quatro anos?

Identificou-se que, na época da covid, onde se dispensou o cadastro do CadÚnico, essas pessoas se mantêm recebendo o benefício sem que tenham o cadastro. Fizemos levantamento e verificamos que também há um conjunto de recebedores do BPC Loas (Lei Orgânica da Assistência Social) que estão com cadastro sem atualizar há mais de quatro anos.

Daí, encaminhamos um Plano de Ação para que as pessoas possam, num primeiro momento, cadastrar novamente, cadastrar pela primeira vez para aqueles que não cadastraram, sem que isso implique um corte do benefício.

As pessoas vão ser avisadas, as pessoas vão ter um tempo para conferir junto aos Cras (Centro de Referência de Assistência Social) para poder atualizar o benefício. Se tiverem dúvidas vão poder ligar tanto no canal do MDS, quanto no nosso canal (INSS).

Não há nenhum movimento para pegar as pessoas, cortar benefícios, isso não existe. O que existe é: quem tem direito de receber o benefício vai continuar recebendo, como tem que ser e como a lei manda. Quem não tem condições, o cadastro não conseguir atualizar porque já está com emprego (ou em outra situação que dispense a necessidade do benefício), essa pessoa tem que entender que não pode receber um benefício se não tem os requisitos.

Qual o objetivo dessas medidas?

É cumprir a lei. Na lei há uma obrigação de você fazer uma reavaliação a cada dois anos. Nós não conseguimos fazer isso nos anos anteriores, nos governos anteriores porque não havia perícia, não havia condições técnicas de fazer. Depois de arrumar a casa, vamos agora para os próximos passos.

O primeiro passo é fazer uma revisão de batimento, porque a lei manda, a lei fala para se fazer revisão, seja de cadastro, seja de benefício. Não há nenhuma meta de cortar benefício de ninguém. As pessoas que não têm direito ao benefício vão ter todo o direito de recorrer. Nosso objetivo é de legalidade.

Existe o risco de alguém perder o benefício sem que seja feita qualquer tipo de averiguação?

Não existe o mínimo risco. Nós não vamos cortar benefícios. Primeiro: avisar a pessoa, pedir que a pessoa vá até o Cras e atualize seu cadastro. Só precisa ir, isso é muito bom falar, aqueles que estão há 48 meses, quatro anos, sem atualizar. E também aqueles que estão sem cadastro, mas recebendo o BPC Loas, que serão avisados pela rede bancária, vão mandar carta, aviso por SMS, fazer uma tempestade de notificação para que todo mundo saiba o que está acontecendo.

Nós vamos ter também um site que vai ter como se identificar se você está nesse grupo de dependentes do BPC Loas. Viu isso, vai lá, agenda no Cras, vai ter tempo de fazer, sua vida vai seguir normal. Aqueles que não conseguirem fazer o cadastramento, não porque não tem opção, agendamento, mas porque já voltou a trabalhar, já não está mais em situação de vulnerabilidade, não é justo que essas pessoas recebam um benefício, porque aí falta dinheiro para quem tem direito, para quem precisa. Quem não tem direito não deve receber, e quem tem direito vai continuar recebendo.

Está prevista também a realização de biometria para novos cadastros a partir de setembro. Explica pra gente como vai funcionar.

O INSS, todos os meses, recebe mais de 1 milhão de requerimentos. Nós, na verdade, queremos aperfeiçoar o requerimento, identificar se é a própria pessoa que está pedindo, identificar se não está ninguém se passando por alguém ou tentando fraudar.

Obviamente, a gente não pode exigir para todos os benefícios de uma vez, então nós fizemos um recorte de menos requerimentos para o BPC Loas, são 170 mil por mês, a partir de setembro. E não como uma exigência para o benefício, mas uma exigência para dar entrada no requerimento.

Isso é uma medica de proteção ao segurado, porque não é incomum, quando não há biometria, que alguém tente se passar pela pessoa. A partir de setembro nós faremos, se precisar fazer algum ajuste, dar mais prazo, nós vamos fazer isso.

Mas é muito importante, num país como o nosso, de dimensões continentais, que as pessoas possam ter mais segurança ao se relacionar com a administração pública. Então, ter a biometria é fundamental, mas nós vamos fazer com parcimônia, ninguém vai ser prejudicado.

Fonte: Brasil 247

Imagem de Jorginho Mello com a "mão boba" em Michelle Bolsonaro repercute nas redes (vídeo)

 

Michelle participou da convenção do PSD em Florianópolis

(Foto: Reprodução)

As redes sociais repercutiram uma imagem que mostra o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), com a mão nas nádegas da ex-primeira-dama e esposa de Jair Bolsonaro.

Michelle participou da convenção do PSD em Florianópolis, que oficializou o apoio entre o bolsonarismo e o prefeito Topázio Neto (PSD).

Em vídeos, a imagem foi interrompida justamente no momento em que o governador movimenta o braço, deixando dúvidas sobre se a imagem foi propositalmente interrompida antes que o movimento fosse concluído, sem caracterizar a importunação sexual.

Embora a veracidade das fotos ainda não tenha sido confirmada, a repercussão foi imediata nas redes sociais.


Fonte: Brasil 247

Trump compartilha vídeo de procissão católica de 2023 como se fosse de hoje e acusa a mídia de ocultação

 

O fato já viralizou em outras fake news nas redes sociais e foi publicado por bolsonaristas como se fosse uma marcha em apoio a Israel.

(Foto: REUTERS/Andrew Kelly)

Neste sábado (27), o ex-presidente e candidato a presidente dos EUA, Donald Trump (Republicanos), postou em sua página no X (antigo Twitter), que "mais de 5.000 católicos caminharam pelas ruas da cidade de Nova Iorque rezando e cantando pela paz".

"Você apoia isso? A grande mídia não quer que você COMPARTILHE isso!", completa a postagem de Trump, acusando a mídia de esconder o fato.

Apesar da postagem dar a entender que o fato aconteceu neste sábado, o evento ocorreu em 10 de outubro de 2023 e já viralizou em outras fake news nas redes sociais, principalmente no TikTok, como se fosse uma marcha em apoio a Israel.

A procissão do vídeo, organizada pelo Instituto Napa, de fato reuniu cerca de 5 mil pessoas. O evento começou com uma missa na Catedral de Saint Patrick, após a qual os participantes seguiram em procissão pela famosa avenida de Nova York.

Durante a missa que precedeu a procissão, houve uma homilia em que orações foram feitas pelo bem-estar e pela paz.

O mesmo vídeo já foi utilizado pela deputada bolsonarista Bia Kicis (PL-DF), dia 23 de outubro de 2023, em seu perfil no Instagram. Na legenda, ela fez a seguinte afirmação: “5.000 católicos acabaram de oferecer missa por Israel e depois lideraram uma enorme procissão eucarística que se estendeu por blocos no coração da cidade de Nova York. Deixando os espectadores em prantos no meio da Times Square. Deus está agindo”.
Kicis postagem católicos


Fonte: Brasil 247

Venezuela desmonta ataque terrorista contra estação de energia às vésperas da eleição

 

De acordo com autoridades, o ataque contra transformadores deixaria sete estados sem energia

(Foto: Reprodução)

Pelo menos seis pessoas foram detidas por tentativa de atentado contra o Sistema Elétrico Nacional da Venezuela.

Foram presos quatro venezuelanos e dois colombianos, além da apreensão de materiais e ferramentas que seriam utilizados para explodir a subestação elétrica de Ureña, que poderia afetar quatro estados do país.

O governador de Táchira, Freddy Bernal, informou que a quadrilha foi presa em flagrante na subestação elétrica, quando criavam condições para explodir os transformadores e deixar sem energia elétrica os estados de Táchira, Mérida, Trujillo, Barinas, Apure, Zulia e Yaracuy.

A prisão ocorre menos de 24 horas antes do início das eleições presidenciais na Venezuela.

Foram apreendidos um veículo da marca Ford Explorer, um veículo Chevrolet Aveo, quatro celulares e um guindaste de três toneladas (máquina para elevação de motores de combustão interna, entre outras funções).

Fonte: Brasil 247

Paris 2024: rio Sena volta a ficar poluído e treinos de triatlo são cancelados

 

Nível de bactérias E.Coli, indicador de material fecal, e enterococos encontrados não foram especificados pelas autoridades

Teste técnico para cerimônia de abertura da Olimpíada de Paris no rio Sena 17/07/2023 REUTERS/Gonzalo Fuentes (Foto: Gonzalo Fuentes)

RFI - As chuvas que caíram na sexta (26) e no sábado (27) em Paris não estragaram apenas a abertura dos Jogos Olímpicos: aumentaram também a poluição do rio Sena, que voltou a ficar impróprio para o banho neste domingo (28). Os organizadores cancelaram o treino de triatlo marcado para esta manhã no rio, mas continuam "confiantes" de que as provas poderão acontecer na terça (30) e quarta-feiras (31).

Dez dias depois do banho da prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que prometeu aos parisienses que poderiam nadar no rio no próximo verão, os triatletas não poderão testar o Sena antes da competição oficial. O triatlo é a primeira prova olímpica a ser realizada no Sena, antes da natação em águas abertas, na segunda semana da Olimpíada de Paris.

Durante a noite de sábado para domingo, a comissão organizadora dos Jogos Olímpicos, a Federação Internacional de Triatlo e as autoridades sanitárias locais tomaram a “decisão comum de cancelar a parte de natação da familiarização do triatlo”, marcada para domingo, porque o “os níveis da água não apresentam garantias suficientes”, afirmaram, num comunicado de imprensa.

Na tarde de sábado, os organizadores já tinham avisado que a chuva da véspera, de cerca de 16 milímetros, poderia piorar a qualidade da água.

Prioridade é saúde dos atletas - O nível de bactérias E.Coli e enterococos encontrados não foram especificados pelos três órgãos, que destacaram que “a prioridade é a saúde dos atletas”. Antes de nadar na terça e quarta-feiras, os triatletas têm a possibilidade de se “familiarizar” com o rio, ou então continuar a treinar na piscina, como na lendária George Vallerey, no leste de Paris – onde já nadaram os atletas dos Jogos Olímpicos de 1924, os últimos realizados na capital francesa.

Devido às fortes chuvas no outono e começo do verão, a água do Sena ficou imprópria para o banho durante grande parte de junho, impossibilitando a natação. Por outro lado, de 17 a 23 de julho, as análises da qualidade da água estiveram dentro dos padrões sanitários.

“Dada a previsão do tempo para as próximas 48 horas, Paris 2024 e o Mundial de Triatlo estão confiantes de que a qualidade da água retornará abaixo dos limites antes do início das competições de triatlo em 30 de julho”, garantiram, em comunicado conjunto.

O sol voltou à capital francesa neste domingo. No sábado, um dirigente da equipe americana de triatlo expressou confiança. “Com um monitoramento atento e observando como o sistema (implantado de coleta de água da chuva) responde às chuvas, temos realmente uma boa chance de fazer o triatlo completo”, disse o gerente de alto desempenho da equipe americana, Scott Schnitzspahn.

O Estado e a região de Ile-de-France, onde fica a capital, injetaram € 1,4 mil milhões desde 2016 para despoluir o Sena e o seu principal afluente, o Marne, graças à modernização das estações de tratamento de águas, ligação dos barcos ancorados à rede de esgotos e melhoria no recolhimento de resíduos, entre outras medidas.

O plano resultou em cinco grandes obras, incluindo uma bacia de retenção de águas pluviais e residuais perto da estação d'Austerlitz, no centro de Paris.

Fonte: Brasil 247 com RFI

21 milhões de venezuelanos vão às urnas neste domingo para escolher o presidente do país

 

Pesquisas apontam tanto para a possível reeleição de Nicolás Maduro quanto para uma vantagem do principal opositor Edmundo González Urrutia

(Foto: Reuters)

A Venezuela decide neste domingo (28) quem será o presidente para os próximos seis anos em uma eleição de resultado imprevisível. Pesquisas apontam tanto para a possível reeleição de Nicolás Maduro quanto para uma vantagem do principal opositor, o diplomata aposentado Edmundo González Urrutia. A votação ocorrerá das 7h às 19h, e o resultado é esperado entre o final da noite de domingo e as primeiras horas da segunda-feira.

O registro dos candidatos foi concluído em abril. Candidatos de maioria dos partidos políticos, incluindo um movimento de oposição de direita, estarão nas cédulas. Vale recordar que a Constituição venezuelana não impõe um limite de reeleições para o chefe de Estado. Além disso, o pleito tem apenas um turno e ganha quem tiver maior número de votos. A Venezuela possui 21 milhões de eleitores.

Fonte: Brasil 247