sábado, 27 de julho de 2024

"Isto é a França", diz Macron, ao celebrar a abertura woke dos Jogos Olímpicos

 

Presidente francês foi alvo de intensas críticas nas redes pelo quadro que teria insultado o cristianismo

Emmanuel Macron 07/07/2024 MOHAMMED BADRA/Pool via REUTERS (Foto: MOHAMMED BADRA / POOL)

Durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris 2024, uma performance envolvendo drag queens e dançarinos, que reinterpretou a 'Última Ceia', desencadeou uma onda de críticas nas redes sociais. A apresentação foi descrita pelo Comitê Olímpico, segundo o The New York Post, como uma “interpretação do deus grego Dionísio”, visando destacar "o absurdo da violência entre humanos".

A atuação contou com 18 artistas, incluindo três drag queens do programa Drag Race France, posicionados atrás de uma mesa alongada com o Rio Sena e a Torre Eiffel ao fundo. Uma mulher no centro, ornada com uma tiara que lembrava um halo, liderava o grupo, sorrindo e formando um coração com as mãos enquanto os demais fixavam o olhar na câmera antes de iniciar uma dança coreografada. Um elemento inusitado foi a inclusão de um homem pouco vestido e coberto de tinta azul brilhante, apresentado em uma bandeja no palco.


A reação nas redes sociais incluiu diversas críticas, levando o presidente Emmanuel Macron a defender a apresentação com a declaração: "Isto é França". Clint Russel, do podcast Liberty Lockdown, criticou duramente: “Abrir o evento substituindo Jesus e os discípulos por homens em drag é uma loucura". Marion Maréchal, católica praticante, ressaltou que a paródia não representa a França, mas sim "uma minoria de esquerda pronta para provocar".

Eli David, empresário e pesquisador, expressou sua indignação, mesmo não sendo cristão, chamando a paródia de "insulto ultrajante a Jesus e ao cristianismo". Niall Boylan, radialista premiado, condenou a representação como desrespeitosa e incitadora, questionando a ausência de uma sátira similar ao Islã.

Entenda o que é a cultura woke e por que ele é tão criticada

A cultura "woke", termo derivado do inglês que significa "acordado", refere-se a uma consciência social sobre questões que envolvem justiça e igualdade racial, de gênero, e outros tipos de discriminação e injustiça social. Inicialmente, o termo "woke" era usado dentro da comunidade afro-americana para indicar uma vigilância sobre questões raciais, especialmente nos Estados Unidos, mas gradualmente se expandiu para incluir uma variedade de questões de justiça social.

O termo ganhou destaque no vocabulário popular em meio aos movimentos sociais americanos, particularmente com o Movimento Black Lives Matter, que destacou a injustiça racial e a brutalidade policial. "Stay woke" tornou-se um chamado para estar ciente das práticas institucionais e sociais que perpetuam a desigualdade e a opressão.

Com o tempo, o conceito de "woke" foi adotado e adaptado por uma variedade mais ampla de grupos ativistas, incluindo aqueles que lutam por direitos LGBTQ+, feminismo, e justiça ambiental, entre outros. O termo também tem sido usado para descrever uma abordagem mais inclusiva e consciente em negócios, entretenimento e outras esferas, enfatizando a importância da representação e do reconhecimento de diversas identidades e experiências.

Críticas ao Movimento Woke

A cultura woke, enquanto celebrada por muitos como um passo em direção a uma sociedade mais justa e igualitária, também enfrenta críticas significativas de diferentes ângulos:

Superficialidade e Performismo: Críticos argumentam que algumas manifestações do movimento woke são superficiais e mais focadas em performar virtude ou correção política do que em promover mudanças sociais reais e profundas.

Limitação ao Debate: Há preocupações de que a cultura woke às vezes pode limitar a liberdade de expressão, com a imposição de censura ou autocensura sobre quem discorda ou não segue certas normas progressistas consideradas politicamente corretas.

Polarização: A cultura woke é frequentemente vista como um fator de divisão, polarizando ainda mais as discussões políticas e sociais, especialmente em sociedades multiculturais como os Estados Unidos.

Comercialização: A adoção de slogans e simbolismos associados ao movimento woke por grandes corporações é vista por alguns como uma estratégia de marketing que dilui o verdadeiro significado e a eficácia das lutas sociais.

Acusações de Hipocrisia: Algumas figuras e instituições que promovem ideais woke são criticadas por não viverem de acordo com os padrões que promovem, resultando em acusações de hipocrisia.

A cultura woke continua a ser um tema de intensos debates, com defensores argumentando que é essencial para o progresso social e críticos alertando sobre seus potenciais excessos e efeitos colaterais. Confira a postagem de Macron e as reações:

 

 


Fonte: Brasil 247

Jornalistas negras contam como enfrentaram racismo na carreira

 

Profissionais relataram suas histórias no Festival Latinidades

Rio de Janeiro (RJ), 18/07/2024 - A jornalista da TV Brasil Luciana Barreto é uma das 10 semifinalistas da primeira edição do Prêmio Jabuti Acadêmico, com a obra "Discursos de ódio contra negros nas redes sociais" (Pallas), que é fruto de sua dissertação de mestrado em relações étnico-raciais. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Por Lucas Pordeus León - Repórter da Agência Brasil – Jornalistas profissionais negras que hoje estão em posição de destaque na mídia contaram nesta sexta-feira (26) como é enfrentar o racismo da sociedade para ocupar espaços onde são minoritárias.

A apresentadora Luciana Barreto, que já atuou nos canais Futura, GNT, BandNews e na TV Bandeirantes, e atualmente é âncora do Repórter Brasil, jornal da TV Brasil, contou como foi enfrentar a pobreza e o preconceito para se firmar na carreira.

“Eu vivi várias situações e várias barreiras para chegar até aqui. Como chegar numa maquiagem de uma emissora e não ter maquiagem para pele preta. Para conseguir vaga de apresentadora, eu ouvi de uma amiga minha, que também estava concorrendo comigo, branca, dizendo quando eu passei: ‘Nossa, que legal que agora eles querem apresentadora negra”, relatou.

Luciana contou sua experiência no debate “Mulheres Negras na Mídia: Inovação e Impacto na Comunicação Pública” no Festival Latinidades 2024, que ocorre em Brasília. De acordo com a jornalista, foi na televisão que ela entendeu o problema com sua autoestima.

“Na televisão eu fui entender o quanto nossos sonhos são podados e violados. O quanto as crianças da década de 70, 80 e 90 sofreram profundamente com a sua autoestima, quanto elas foram impedidas de sonhar por conta da televisão brasileira”, completou, lembrando da falta de pessoas negras nas emissoras.

Também participou do encontro a jornalista Joyce Ribeiro, que hoje apresenta o Jornal da Tarde na TV Cultura e já trabalhou nos principais telejornais do SBT e da TV Record. Joyce foi ainda a primeira mulher negra a apresentar um debate presidencial, em 2018.

“Essa caminhada não foi recheada de facilidades. Muito pelo contrário. Ouvi falas muito duras, muito difíceis ao longo da carreira. Uma vez uma colega me deu uma sugestão, porque era muito minha amiga, dizendo que eu precisava pedir para sair [do trabalho] porque a gente trilhou um caminho grande para estar aqui e, para me preservar, eu tinha que pedir para sair, entre tantas outras coisas”, relembrou.

A jornalista colombiana Mabel Lorena Lara também contou sua experiência na televisão do país caribenho, destacando que alisava o cabelo e tentava esconder a própria personalidade na tentativa de ser aceita em um meio majoritariamente branco.

“Depois de muito tempo e de prêmios e reconhecimentos e de sair na televisão eu disse: 'Essa mulher que vocês estão premiando como a melhor nas notícias, além disso, tem cabelo encaracolado'”, contou.

Lana acrescentou que decidiu soltar o cabelo depois que uma garota a questionou em Cartagena, na Colômbia. “Uma garota com seu cabelo natural perguntou: 'Se você é a negra das notícias por que não se parece conosco?'”, completou. 

Mabel Lorena Lara foi premiada, em 2016, como líder inspiradora pelas Nações Unidas e pelo governo da Suécia. Ela foi ainda negociadora no processo de paz com guerrilhas colombianas.

“Essas experiências de racismo e machismo são amplificadas quando estamos na televisão. As pessoas têm um olhar muito específico em relação a gente, ao nosso corpo, ao nosso cabelo e a nossa bunda”, acrescentou.

O início

As três profissionais tiveram em comum a insegurança no começo da carreira. As três imaginavam que a mídia não era um espaço para elas. Segundo Luciana Barreto, a comunicação entrou em sua vida porque ela percebeu que o meio era uma ferramenta poderosa de transformação.

“Nós éramos muito periféricos e era um bairro até sem asfalto, sem saneamento básico nessa época, quando eu decidi fazer comunicação. Eu via que o jornalismo era uma ferramenta poderosa, mas era uma ferramenta utilizada para poucos”, explicou.

Segundo a apresentadora da TV Cultura, Joyce Ribeiro, o universo da comunicação lhe atraia muito, mas pensava que era algo distante de sua realidade.

“Não fazia parte do que eu achava que poderia sonhar. Isso já me colocava um certo receio em seguir essa carreira. A gente se arrisca em todas as profissões, mas no universo da comunicação, que sempre teve tão fechada à nossa presença, não me via”, contou.

Para a colombiana Mabel Lorena Lara, foi preciso construir uma autoestima e entender que a mídia é um local onde as mulheres negras também merecem estar.

“Em vários momentos eu pensei que não era um lugar para mim. No meu país, por décadas, as mulheres afros representam a servidão, um pouco de exotismo, a utilização dos corpos das mulheres como atraentes e pouco se falava nos meios de comunicação”, destacou.

Negras na mídia

Além do debate sobre a participação de mulheres negras na mídia, o Festival Latinidades 2024 e o Instituto Commbne criaram o Prêmio Jacira da Silva, em homenagem à jornalista que foi a primeira negra a assumir a presidência do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, entre 1995 e 1998, e fundou a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira/DF).

Na categoria Jornalistas Negras, a gerente da Agência Brasil, Juliana Cézar Nunes, recebeu o prêmio ao lado de nomes como Maju Coutinho, da Rede Globo, e Basília Rodrigues, da CNN

Na categoria Mídias Negras, foram premiadas a Revista Afirmativa, a agência de notícias Alma Preta, o Instituto Cultne, o Mundo Negro e o Africanize, veículos de comunicação que priorizam e dão visibilidade às pautas ligadas à população negra brasileira.

Fonte: Brasil 247

"Nunca houve na história um presidente tão otimista quanto eu", diz Lula

 

Presidente também se disse um "cidadão pleno", com confiança total na retomada econômica

Lula em anúncio do PAC (Foto: RICARDO STUCKERT)

Nesta sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a colaboração entre o governo federal, estados e municípios para a execução de projetos do PAC Seleções, destacando que essas ações são fundamentadas nas necessidades das populações locais, independentemente de afinidades políticas. A declaração foi dada durante o anúncio de novos investimentos. Também no dia de ontem, Lula aproveitou o momento para expressar seu otimismo em relação ao futuro do Brasil. "Estamos completando 1 ano e 7 meses de governo. Acho que o Brasil nunca teve em sua história um presidente tão otimista quanto eu. Estou convencido de que vamos recuperar este país, de que o emprego vai crescer, os salários vão aumentar e a inflação vai cair. Pela primeira vez, aos 78 anos de idade, eu me considero um cidadão pleno. E penso em como seremos felizes neste país quando conseguirmos erradicar a fome e oferecer condições para todos viverem de maneira mais digna", disse ele.

O presidente também criticou a antiga prática de governantes que priorizam deixar marcas pessoais em obras, ao invés de garantir a continuidade de projetos eficazes. Lula reforçou que o PAC Seleções prioriza projetos de infraestrutura que são enviados pelos próprios estados e municípios, baseando-se na urgência de cada localidade. Ele conclamou prefeitos e governadores a contratarem mão-de-obra local, para impulsionar a economia e atenuar as dificuldades dos trabalhadores, enfatizando que as políticas de seu governo visam a um desenvolvimento social mais amplo e justo.

Fonte: Brasil 247

Analista geopolítico aponta decadência cultural francesa na abertura dos Jogos Olímpicos

 

Glenn Diesen destaca contradições da cerimônia de abertura e seu significado político

Reinterpretação da Santa Ceia em Paris (Foto: Reprodução X)

O professor e analista geopolítico Glenn Diesen, em uma postagem no X, discutiu o impacto cultural da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, caracterizando-a como uma "decadência cultural". Segundo o analista, embora a França seja conhecida por seu longo histórico de cosmopolitismo, a performance olímpica foi globalmente interpretada de maneira negativa. Diesen argumenta que "a performance tinha a intenção de demonstrar tolerância, um componente vital do liberalismo", mas acabou sendo criticada por sua falta de adequação ao evento.

O analista critica o liberalismo por suas contradições internas, especialmente a tensão entre "tolerância e a suposição de universalismo", que leva a uma falta de tolerância para com as divergências sobre progressismo e universalismo. Ele sugere que tais contradições são evidentes quando "formam-se consensos culturais através de intolerância e intimidação".

Diesen também observa uma disparidade na representação cultural, apontando que, enquanto "uma ampla gama de orientações sexuais é exibida com tolerância", a proibição de hijabs para atletas muçulmanas revela uma "tolerância para mim, mas não para ti". Essa abordagem contraditória reflete um debate mais amplo sobre os valores aceitos na sociedade contemporânea e suas manifestações públicas durante eventos de grande visibilidade como os Jogos Olímpicos. 

Confira sua postagem:


Fonte: Brasil 247

Venezuela confirma restrições nas fronteiras durante as eleições

 

No entanto, algumas operações aéreas decorrem normalmente no momento

Venezuela (Foto: Reuters)

Autoridades da Venezuela confirmaram nesta sexta-feira (26) que, apesar das operações aéreas estarem normais, as fronteiras terrestres, aéreas e marítimas estarão restritas até segunda-feira (29) devido às eleições presidenciais. Em mensagem no X, o Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC) da Venezuela esclareceu que as operações aéreas estão sendo realizadas normalmente.

"A Autoridade Aeronáutica Venezuelana confirma que as operações aéreas estão sendo realizadas normalmente. Atualmente, o Flight Radar mostra todos os três voos da Copa Airlines operando no espaço aéreo da Venezuela", disse o INAC.

No entanto, na semana passada, a Venezuela emitiu um decreto ordenando o fechamento das fronteiras para pessoas e veículos, a partir da meia-noite desta sexta até as 8h de segunda-feira (29), devido à eleição presidencial de 28 de julho de 2024.

O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, havia informado mais cedo nesta sexta-feira que um avião indo para a Venezuela foi impedido de decolar com ex-presidentes de Panamá, Colômbia, México, Costa Rica e Bolívia a bordo.

Segundo a Telesur, em 18 de julho, os Ministérios da Defesa, Assuntos Internos, Justiça e Paz emitiram uma resolução conjunta para fechar as fronteiras e proteger a segurança da Venezuela durante as eleições de domingo (28).

Embora as operações aéreas estejam normais, o bloqueio das fronteiras permanece conforme o decreto, o que significa que as restrições temporárias ainda estão em vigor até segunda-feira (29).

Fonte: Brasil 247

Trump mantém pequena vantagem sobre Kamala, mostram pesquisas

 

Pesquisa do Wall Street Journal contou com 1.000 eleitores registrados

Kamala Harris e Donald Trump (Foto: Reuters)

O republicano Donald Trump tem uma vantagem de 2 pontos percentuais sobre a vice-presidente democrata dos EUA, Kamala Harris, de acordo com uma pesquisa do Wall Street Journal publicada nesta sexta-feira, mais estreita do que a vantagem de 6 pontos em uma pesquisa no início deste mês sobre o presidente norte-americano, Joe Biden, que depois se retirou da disputa presidencial.

Trump tem 49% contra 47% de Kamala, de acordo com a pesquisa com 1.000 eleitores registrados, que teve uma margem de erro de mais ou menos 3,1 pontos percentuais.

Trump também está numericamente à frente da vice-presidente democrata por 48% a 46%, mostrou uma pesquisa New York Times/Siena College com eleitores registrados realizada de 22 a 24 de julho e publicada nesta quinta-feira.

A pesquisa com 1.142 eleitores registrados em todo o país teve uma margem de erro de 3,3 pontos percentuais. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Reuters

Celso Amorim chega à Venezuela para acompanhar eleições presidenciais

 

Assessor especial do presidente Lula discutiu a organização do processo eleitoral com o chanceler venezuelano, Yvan Gil

Celso Amorim e Yvan Gil (Foto: Reprodução/X)

O assessor especial de assuntos internacionais do presidente Lula, Celso Amorim, desembarcou em Caracas na noite de sexta-feira (26). Enviado pelo governo para acompanhar o proceso eleitoral na Venezuela, Amorim se reuniu com o chanceler venezuelano, Yvan Gil. 

Gil relatou a Amorim a organização do processo eleitoral e enfatizou o respeito do governo venezuelano à legislação do país. "Recebemos Celso Amorin, assessor de Assuntos Internacionais do Brasil, que chegou ao país para acompanhar o processo eleitoral de #28Jul. Durante um encontro cordial, discutimos a relevância destas eleições e o clima de paz que existe na Venezuela, a impecável organização do processo por parte do nosso Poder Eleitoral; um dos mais transparentes e seguros do mundo. Aproveitamos a oportunidade para discutir os grandes desafios de transmitir informações verdadeiras baseadas no respeito absoluto à legislação venezuelana", escreveu. 

Também nesta sexta-feira, o ex-presidente de Honduras Manuel Zelaya foi recebido pelo chanceler venezuelano. 

Anteriormente, o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, tornou público que o avião que se dirigia para a Venezuela com a ex-presidente panamenha Mireya Moscoso e da Colômbia Marta Lucía Ramírez, assim como os ex-representantes do México Vicente Fox, da Costa Rica Miguel Ángel Rodríguez e da Bolívia Jorge Tuto Quiroga, foi detido no aeroporto de Tocumen, no Panamá. Segundo as autoridades, o grupo não contou com o convite formal do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela

Entre os observadores brasileiros cadastrados para as eleições venezuelanas há membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou nesta quarta-feira (24) que desistiu de enviar dois representantes para acompanhar as eleições, após o presidente Nicolás Maduro criticar o sistema de votação brasieiro em meio a tensões com o presidente Lula, que expressou alarme com declarações recentes de Maduro, refletindo preocupações com as prisões de opositores às vésperas da votação.

Na Venezuela, Amorim terá o papel principal de reunir-se com observadores internacionais. Seus relatos irão auxiliar o Palácio do Planalto a se posicionar após a divulgação do resultado.

Os venezuelanos irão às urnas no domingo (28) para eleger um novo presidente. O registro dos candidatos foi concluído em abril. Candidatos de maioria dos partidos políticos, incluindo um movimento de oposição de direita, estarão nas cédulas. Maduro também participará, buscando seu terceiro mandato.

Fonte: Brasil 247

"Show de horrores": 'Última Ceia' drag queen divide opiniões na abertura dos Jogos Olímpicos (vídeo)

 

A iniciativa fez alusão a um quadro de Leonardo da Vinci, que representou o encontro de Jesus Cristo com seus apóstolos

Drag queens se apresentam durante a Cerimônia de Abertura das Olimpíadas de Paris, 26 de julho de 2024 (Foto: @OlympicsParis/X))

Uma paródia drag queen da 'Última Ceia' feita em homenagem foi criada para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris e dividiu opiniões nas redes sociais.

A iniciativa foi em alusão ao quadro “A Última Ceia”, de Leonardo da Vinci (1452-1519). A obra do pintor representou o encontro de Jesus Cristo com seus apóstolos antes de ser crucificado e morto na cruz.

O termo drag queen é referente a uma pessoa sexo masculino que usa roupas e acessórios com o objetivo de imitar mulheres em atividades de entretenimento e de produção artística. A expressão em inglês também é usada em associação às pessoas transgênero e transexuais.

Integrante do Parlamento europeu, Marion Maréchal destacou na rede social que os cristãos podem ter se sentido "insultados por esta paródia drag queen da Última Ceia".

Outros internautas se mostraram indignados com o que descreveram como "show de horrores". No entanto, alguns outros celebraram o espírito de diversidade.

Veja mais reações:

Fonte: Brasil 247

Fabiana Murer aposta em medalhas para o atletismo brasileiro em Paris

 

Atleta espera ver muitos recordes sendo batidos nas provas deste ano

Fabiana Murer sabe bem o que é representar o Brasil em uma Olimpíada. Atleta do salto com vara, ela foi campeã mundial e panamericana e disputou três Olimpíadas. Na tarde desta sexta-feira (26) ela passou pela fanfest do Parque Villa-Lobos, em São Paulo, para conversar e tirar fotos com o público. E fez suas apostas sobre o atletismo em Paris.

“A gente está indo com uma delegação bem grande para Paris, mas sempre é muito difícil. Buscar medalha é sempre muito competitivo, mas nós temos sim, duas grandes chances de medalha”, falou ela hoje, em entrevista à Agência Brasil.

Sua primeira aposta é sobre os 400 metros com barreiras masculino, com Alison dos Santos, mais conhecido como Piu. “Ele tem muitas chances de medalha de ouro, mas vai ser uma prova disputadíssima, mas acho que medalha ele vai ter”, comentou.

Sua outra expectativa positiva é sobre Caio Bonfim, da marcha atlética 20 km. “Ele foi medalhista no Mundial do ano passado e vem super bem, fez todo o treinamento direitinho”.

Uma terceira medalha, disse ela, pode ser conquistada no revezamento misto da marcha atlética, com Caio Bonfim e Viviane Lyra. “A Viviane Lyra competiu bem no ano passado, no Mundial e, o Caio, nem se fala. Ele está super bem. Então, juntando os dois numa prova, pode sair medalha também”, comentou.

Além da boa expectativa sobre o desempenho dos atletas brasileiros, Murer disse esperar muitos recordes sendo batidos nas provas de atletismo em Paris. “Vejo que virão muitos recordes, não só olímpicos, mas eu acho que vai sair recorde mundial. Nas competições disputadas esse ano, já teve muitos recordes mundiais sendo batidos como nos 400 metros com barreiras feminino. A Sydney McLaughlin-Levrone, americana, bateu recorde nos trials americanos. E ela vem muito forte, mas também tem uma holandesa, a Femke Bol, que também correu sua melhor marca esse ano. E o Armand Duplantis, do salto com vara masculino, já bateu recorde do mundo esse ano, saltando 6,24 metros, e eu tenho certeza que ele vai pro recorde esse ano também na Olimpíada”, comentou.

Em entrevista à Agência Brasil, Murer ainda recordou a sensação de estar em uma Olimpíada. “É sempre emocionante. Estar numa Olimpíada ou assistir dá aquela saudade, aquela vontade de estar na vila de novo, de sentir aquele frio na barriga e toda a expectativa da competição. Mas agora eu estou aqui só na torcida”, falou. “A Olimpíada é muito especial, é o sonho do atleta. Foi meu sonho quando eu entrei no esporte. E eu fui para três Olimpíadas. Então agora é curtir cada momento e torcer por nossos atletas”.

Edição: Sabrina Craide

Fonte: Agência Brasil

Basquete masculino na Olimpíada tem Brasil de volta e show de craques

 

Seleção estreia às 12h15 de sábado contra os anfitriões franceses

Neste sábado (27) será dada a partida em um dos torneios mais badalados entre as muitas atrações no cardápio esportivo dos Jogos Olímpicos de Paris. A programação do basquete masculino tem quatro jogos hoje, começando com o duelo entre Austrália e Espanha, às 6h (horário de Brasília). O cronograma também reserva a estreia do Brasil, às 12h15, diante da seleção da casa, a França. A primeira fase, composta por 12 equipes divididas em três chaves com quatro seleções cada, será toda disputada na cidade de Lille. Já os mata-matas (jogos eliminatórios) serão em Paris. Em 2024, o torneio chega com diversas atrações, principalmente para os fãs brasileiros.

Um bom termômetro do naipe dos atletas que estarão no torneio é que três foram porta-bandeira de seus países na cerimônia de abertura dos Jogos: LeBron James (Estados Unidos), Giannis Antetokounmpo (Grécia) e Dennis Schröder (Alemanha). Outra forma de se perceber o talento à disposição é que 12 dos últimos 15 prêmios de MVP (sigla em inglês para Jogador Mais Valioso) da NBA, a liga norte-americana de basquete, a mais forte do mundo, foram conquistados por jogadores que estarão presentes em Lille: LeBron venceu três destes; Antetokounmpo outros dois. Nikola Jokic, da Sérvia, com mais três e os americanos Stephen Curry (dois), Kevin Durant e Joel Embiid (ambos com um) são os outros vencedores neste recorte.

As duas últimas campeãs do mundo, Alemanha e Espanha, estão presentes. O Canadá, medalhista de bronze no último Mundial e repleto de atletas da NBA no plantel, também. Assim como a Austrália, bronze em Tóquio. 

Paris 2024 Olympics - Basketball Training - Pierre Mauroy Stadium, Villeneuve-d'Ascq, France - July 24, 2024. LeBron James of the U.S. during training. REUTERS/Brian Snyder
 LeBron James, hoje aos 39 anos, volta a uma Olimpíada depois de 12 anos. Ele integra a seleção norte-americana que tem ainda Stephen Curry , Kevin Durant, Anthony Edwards, Jayson Tatum e Devin Booker.- Reuters/Brian Snyder/Direitos Reservados

Mas não há como negar que todos os olhos estarão na seleção dos Estados Unidos, que volta a levar às quadras o que tem de melhor. São quatro ouros nas últimas quatro Olimpíadas, mas as duas últimas campanhas encontraram percalços, com elencos desfalcados. Desta vez, a federação do país fez um trabalho para convencer os atletas de mais renome a defenderem a seleção norte-americana. LeBron James, hoje aos 39 anos, volta a uma Olimpíada depois de 12 anos. Stephen Curry, aos 36 anos, jogará a competição pela primeira vez na carreira. O veterano Kevin Durant chega para tentar o quarto ouro consecutivo de sua carreira. O resto do elenco é composto por jogadores estabelecidos como estrelas mais jovens na NBA, como Anthony Edwards, Jayson Tatum e Devin Booker.

Junto a tantos pesos-pesados, aparece o Brasil. Depois de ficar de fora de Tóquio e disputar os Jogos do Rio como país-sede, a seleção voltou a conquistar na quadra uma vaga olímpica depois de doze anos. O gostinho da vitória na final do Pré-Olímpico contra a anfitriã Letônia, há pouco menos de três semanas, permanece na boca dos jogadores brasileiros, que chegam à França sem pressão por resultados. O ala-armador Vitor Benite, um dos três atletas (junto com Marcelinho Huertas e Raulzinho) que têm participação olímpica no currículo, oferece uma perspectiva diferente da simples presença do Brasil entre as 12 seleções.

"O torcedor brasileiro está muito acostumado a ganhar, mas pouco acostumado a curtir o esporte. No basquete, estar nas Olimpíadas por si só já é algo muito grande para o país. Basta olhar para a Europa: a Itália, a Croácia e a Eslovênia do Luka Doncic [astro do Dallas Mavericks, da NBA] ficaram de fora. É lógico que temos muita ambição de ir bem, uma medalha seria um sonho mas ter chegado lá mostra que o que vem sendo feito está funcionando. Quem apoia e quer ajudar no crescimento do basquete do Brasil tem que utilizar isso, independente do que acontecer daqui para frente", diz o atleta de 34 anos.

Vitor Benite - seleção brasileira de basquete - masculina - Brasil
O ala-armador Vitor Benite (foto) é um dos dos três atletas da seleção - junto com Marcelinho Huertas e Raulzinho - com experiência de Olimpíadas anteriores - Reprodução Instagram/Vitor Benite

Seleção brasileira chega com energia renovada

Se apenas três atletas brasileiros têm experiência em Olimpíadas, nove vão estrear. E pegaram um grande desafio logo na primeira vez. O Brasil está no grupo B. A França, dona da casa que tem a jovem estrela Victor Wembanyama no elenco, é a adversária na estreia. Depois, a Alemanha. Por último, o Japão. Os dois mais bem colocados de cada chave avançam às quartas, assim como os dois melhores terceiros colocados no geral. 

"Como vai ser a primeira para muitos aqui, todo mundo está ansioso. Até por termos no nosso grupo o atual campeão do mundo e a seleção da casa, toda aquela atenção com o Wembanyama. Mas jogar essas competições super importantes é realizar sonhos para mim e me faz crescer como jogador", revela o armador Georginho.

No Pré-Olímpico da Letônia, o técnico do Brasil, o croata Aleksandar Petrovic, que comandou a seleção de 2017 a 2021 e retornou em abril deste ano, encontrou algumas respostas sobre como montar a equipe. Ele está otimista.

"Esta seleção tem uma defesa ferrenha. Foi ela que nos salvou no Pré-Olímpico. Agora estamos encontrando um ritmo mais fluido no ataque. Penso que vamos praticar um ótimo basquete na Olimpíada. Temos no mínimo duas ou três opções de como jogar contra a França. Chegamos preparados e temos chances de ir às quartas", acredita o treinador.

Uma das respostas encontradas em Riga foi Bruno Caboclo. O atleta de 28 anos, que tem 2,06m de altura e 2,31m de envergadura, se encontrou como pivô de uma formação mais baixa e flexível. Ele foi eleito o melhor jogador do torneio.

"Acho que posso dizer que estou na minha melhor fase. Uma versão diferente. Mais protagonista. Isso aconteceu porque antes exploravam mais o meu lado defensivo mas começaram a ver também o meu potencial ofensivo e usar mais isso. Estou vindo de três anos muito bons e pretendo continuar neste ritmo", expõe Caboclo.

Gui Santos, Petrovic, Didi, seleção brasleira de basquete masculino - Paris 2024 - Brasil
O técnico Petrovic conversa com o jogador Gui Santos (esquerda) e Didi durante treino da seleção brasileira em Paris Wander Roberto/COB/Direitos Reservados

No caminho até a vaga, também chamou a atenção como Petrovic rodou o elenco. Jogadores que começaram com poucos minutos ou vindo do banco tiveram mais chances nos últimos jogos e vice-versa. A sensação no grupo é de que todos podem ser úteis.

"Na seleção não é só um jogador que vai dar show sempre. Se um estiver mal, outro vai compensar. Essa é a nossa identidade, todos estão aqui por todos. No Pré-Olímpico, eu estava sendo titular mas na final não comecei. Mas acabou sendo um dos jogos em que eu mais tive minutos. Independente de quem começa ou termina a partida, o importante é lá em cima no placar estar o Brasil sempre na frente", pontua o ala Gui Santos.

* Igor Santos é comentarista de basquete no programa Stadium, da TV Brasil

Edição: Cláudia Soares Rodrigues

Fonte: Agência Brasil