sexta-feira, 26 de julho de 2024

Informante da Abin paralela durante governo Bolsonaro já foi preso como militante contra a ditadura e fichado pelo SNI

Em uma ficha intitulada ‘colaborador’, que está no arquivo obtido pela PF, constam informações pessoais coletadas pela Abin; no documento, ele informou que recebia R$ 6 mil


Apontado como informante da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro, Carlos Alberto Viana Montarroyos tem um passado bem diferente.

Ele já foi filiado ao Partido Operário Revolucionário Trotskista e integrante do movimento das Ligas Camponesas, organizações associadas ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). Seu histórico de militância contra o regime militar o tornou alvo do Sistema Nacional de Informações (SNI), o órgão de espionagem da época (Veja mais abaixo).


Com o tempo, Montarroyos deixou seus vínculos com movimentos de esquerda para trás e se tornou dirigente regional do PSC no Rio de Janeiro. Ele acabou deixando o posto após desavenças com o então presidente do partido, Pastor Everaldo.


A investigação da Polícia Federal (PF) sobre a “Abin paralela”, montada no governo Bolsonaro para investigar opositores e proteger a família do ex-presidente de investigações em curso, revelou que Montarroyos foi recrutado para ser informante da agência. Na época, ele ocupava um cargo no gabinete do então vice-governador Cláudio Castro. Seu objetivo era repassar informações sobre o então governador Wilson Witzel, adversário político de Bolsonaro.


A PF descobriu o caso ao acessar um e-mail de Alexandre Ramagem. Entre os arquivos salvos, havia um documento intitulado “Análise Primeiro Contato.docx”, que relatava uma “entrevista” com Carlos Alberto. Segundo a Polícia Federal, ele foi recrutado “para obtenção de vantagens políticas em troca de um cargo público no governo federal”.


Os investigadores indicam que Montarroyos tinha a motivação de fornecer informações sobre o governador Witzel e sobre as investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro envolvendo Flávio Bolsonaro, em troca de um cargo na gestão federal. Esse acordo foi concretizado com sua nomeação no gabinete da Presidência da República no Rio de Janeiro. Ele foi nomeado em 17 de março de 2020 e exonerado a pedido em 24 de março.


Procurado pelo jornal, Montarroyos negou qualquer ligação com a Abin antes de desligar o telefone apressadamente. “Eu nunca fui recrutado pela Abin. Nunca teve isso não. Eu sou um homem de 85 anos, aposentado, não tenho nada a ver com isso não”, afirmou.


Questionado se o cargo obtido junto à presidência tinha relação com serviços prestados à Abin, ele também negou, mas não explicou suas funções.


Um arquivo do SNI de agosto de 1970 traz um depoimento de Montarroyos, acompanhado de sua ficha. Na época, ele tinha 28 anos e havia sido condenado a oito anos de reclusão. O órgão de repressão da ditadura descreveu que ele desenvolveu intensa atividade estudantil em Pernambuco antes de ingressar nas Ligas Camponesas. Posteriormente, Montarroyos foi anistiado.


Em 1963, aos 24 anos, foi para Goiás para fundar o Movimento Revolucionário Tiradentes, “grupo que deveria atuar paralelamente às Ligas Camponesas, visando o desencadeamento de um movimento revolucionário à mão armada”, segundo relatório do SNI. “Na época, este movimento criou em Goiás um núcleo de treinamento de guerrilha”, informa o documento.


De volta a Pernambuco, ele discordou do governo de Miguel Arraes, tentou criar um movimento independente de oposição, mas acabou preso por três meses, segundo o relatório. No ano seguinte, em 1964, viajou ao sul do país e seguiu para Montevidéu, onde passou a colaborar com os exilados brasileiros e onde se filiou ao partido Trotskista.


“No Partido Trotskista, ascende à Direção Nacional, participando de reuniões de alto escalão, tornando-se um quadro dirigente com perspectivas de assumir posições no movimento Trotskista Internacional”, diz relatório. Ele se desvinculou do grupo em 1968 e, segundo o órgão, depois que “desiludido definitivamente” é atraído pelo PCB para trabalhos de tradução. “Tarefa que aceitou por questão de sobrevivência, quando é detido pelas autoridades do estado”, informa documento.


Em uma ficha intitulada “colaborador”, que está dentro do arquivo obtido pela PF, constam informações pessoais coletadas pela Abin. No documento, Montarroyos informou que recebia cerca de R$ 6 mil. No governo federal, o cargo para o qual foi nomeado tinha salário na época de R$ 5.685,55. À Abin, ele também disse prestava serviços no escritório do PSC sem registro e que recebia uma remuneração de R$ 3 mil, entregues a ele mensalmente em um envelope pelas mãos de uma secretária do Pastor Everaldo.


O dirigente partidário negou para o jornal a informação e disse que Montarroyos não prestou serviços à sigla depois que se desfiliou.


— Todos os funcionários que trabalhavam para o partido sempre receberam dinheiro com carteira assinada, ou quando é prestação de serviço tem lá os recibos de todo mundo que presta serviço. Ele não prestava serviço nesse período de 2020, nem formal nem informal — disse.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.

Haddad comemora consenso no G20 e diz esperar avanço em taxação de bilionários em futuro próximo

 

A emissão de uma declaração tributária de consenso por lideranças financeiras do G20 é uma vitória para o Brasil, disse o ministro da Fazenda

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em reunião do G20 no Rio de Janeiro 24/07/2024 REUTERS/Tita Barros (Foto: REUTERS/Tita Barros)

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A emissão de um comunicado conjunto e uma declaração tributária de consenso por lideranças financeiras do G20 é uma vitória para o Brasil, que preside o grupo neste ano, disse nesta sexta-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Haddad afirmou que a implementação da proposta brasileira de uma taxação global mínima sobre super-ricos não é tarefa simples, “é uma mudança de conceito como nunca se viu”, mas disse ter esperança de que o objetivo seja alcançado em um futuro próximo.

As declarações foram dadas em entrevista à imprensa após o encerramento das reuniões desta semana de lideranças financeiras do G20.

Fonte: Brasil 247

"Aqui se faz e aqui se paga", diz Gleisi Hoffmann sobre condenação de Luciano Hang por injúria

 

"Decisão exemplar do TJ do Rio Grande do Sul", afirmou a deputada federal

Gleisi Hoffmann e Luciano Hang (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | LUIS MACEDO/CÂMARA DOS DEPUTADOS)

A deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, celebrou nesta sexta-feira (26) a decisão da 1ª Câmara Especial Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que condenou o empresário Luciano Hang por injúria e difamação contra o arquiteto Humberto Tadeu Hickel. Em uma publicação na rede social X, Hoffmann destacou a importância da determinação judicial e enfatizou que crimes não ficarão impunes.

"Decisão exemplar do TJ do Rio Grande do Sul condenando o bolsonarista Luciano Hang por injúria e difamação contra um arquiteto de Canela. Para não ficar preso, terá de prestar serviços comunitários por um ano e oito meses, além de indenizar a vítima. Se eles pensam que vão escapar de seus crimes contra as pessoas e contra o país, estão muito enganados. Aqui se faz e aqui se paga", escreveu a deputada.

Segundo o jornal O Globo, a sentença estabeleceu penas de 1 ano e 4 meses de prisão em regime aberto. Luciano Hang foi condenado após chamar Hickel de "esquerdopata" e sugerir que ele "vá para Cuba" em resposta à campanha liderada pelo arquiteto contra a instalação de uma "estátua da liberdade" em frente a uma nova filial da Havan na cidade de Canela (RS).

Fonte: Brasil 247

A Venezuela enfrenta um teste neste domingo

 


Segundo todos os relatos, Maduro prevalecerá no domingo, em grande parte por causa do caráter abominável da oposição

(Foto: Reuters)

Publicado originalmente pelo Globetrotter em 25 de julho de 2024

No dia 28 de julho, o povo da Venezuela irá às urnas para realizar a sexta eleição presidencial desde a Constituição Bolivariana de 1999. As duas eleições anteriores (2013 e 2018) foram vencidas por Nicolás Maduro Moros, o presidente em exercício. Maduro está concorrendo a um terceiro mandato que começará em 2025 e terá duração de seis anos. Ele lidera uma vasta aliança de partidos de esquerda e democráticos que se uniram para defender a revolução bolivariana, que já dura quase 25 anos.

Maduro teve que liderar tanto a Venezuela quanto o processo revolucionário bolivariano desde a morte de Hugo Chávez, a figura lendária que rompeu o domínio da oligarquia sobre a política venezuelana. Ele tem feito isso desde o colapso dos preços do petróleo em 2015, bem como com o aumento do sufocamento pelos Estados Unidos para destruir a agenda bolivariana. Sem dúvida, Maduro tem um dos trabalhos mais difíceis do planeta, tendo que suceder o carismático Chávez e conduzir o navio nas águas turbulentas criadas pelos Estados Unidos. Segundo todos os relatos, Maduro prevalecerá no domingo, em grande parte por causa do caráter abominável da oposição.

O Terrível Candidato da Extrema Direita

Maduro enfrenta Edmundo González Urrutia, o candidato da extrema direita. González é retratado como uma figura de avô, embora ele seja apenas 13 anos mais velho que Maduro (nascido em 1962, enquanto González nasceu em 1949). Essa imagem de González como um abuelo (avô) mascara seu projeto político mais feroz e seu histórico. González lidera a Plataforma Unitária, que foi criada em 2021 por Juan Guaidó. Vale lembrar que Guaidó foi o político retirado do anonimato pelos Estados Unidos para se tornar um presidente pretenso em 2019 (seguindo um roteiro que havia tido sucesso para os Estados Unidos na Ucrânia quando o governo dos Estados Unidos colocou Arseniy Petrovych Yatsenyuk no cargo de primeiro-ministro na Ucrânia).

A Plataforma Unitária, ou PU em sua sigla em espanhol, reúne os políticos da extrema direita que foram financiados e treinados pelos Estados Unidos (como María Corina Machado e Leopoldo Eduardo López Mendoza). Em particular, membros do PU dizem que não podem vencer uma eleição na Venezuela; apesar das privações causadas pelas sanções impostas pelos EUA, o domínio do Chavismo sobre as massas é indelével. É por isso que pessoas como Corina Machado e López contam com os Estados Unidos para trazer seu arsenal contra a Venezuela, uma posição traiçoeira que os impede de participar do processo eleitoral.

É por isso que a PU selecionou González para ser seu candidato, mas durante a campanha, não houve um verdadeiro projeto alternativo ao Chavismo apresentado por González ou seus substitutos. De fato, sua única afirmação é que não são Maduro e que seriam capazes de melhorar a economia cedendo às exigências dos EUA. González ocultou em grande parte seu próprio passado, que foi enterrado por trás de alegações de que ele era apenas um diplomata. Aqueles que se lembram de seu mandato como oficial da embaixada em El Salvador têm coisas diferentes a dizer sobre essa figura de avô. Em julho de 1981, González foi enviado para a embaixada venezuelana em El Salvador, onde trabalhou diretamente sob o embaixador Leopoldo Castillo. Durante seu tempo lá, a diplomata colombiana María Catalina Restrepo Pinzón de Londoño relata que ele trabalhou com os esquadrões da morte contra guerrilheiros de esquerda. Um desses líderes guerrilheiros, Nadia Díaz, lembra em sua autobiografia (Nunca estive sola) que quando estava na prisão havia homens venezuelanos entre seus torturadores. Díaz não diz que González a torturou diretamente, mas certamente ele estava entre aqueles que participaram da campanha. Esse é o caráter da figura de “avô” que é o candidato da extrema direita contra Maduro.

O Peso das Sanções

Um estudo publicado no Washington Post revelou que o governo dos Estados Unidos está atualmente aplicando sanções ilegais e unilaterais contra um terço dos países do mundo, com 60% das nações mais pobres sob sanção. Essas sanções dos EUA, aplicadas pela primeira vez em 2005 para derrubar o governo de Hugo Chávez, definem a economia venezuelana. Em um momento, o estado venezuelano dependia das receitas do petróleo para 90% de suas próprias finanças. Em meados de 2014, o boom do petróleo terminou com o colapso dos preços do petróleo, que foi ampliado pelo aumento das sanções dos EUA e ameaças de ataque armado contra a Venezuela. O impacto das sanções secundárias contra instituições financeiras e empresas de navegação drenou as receitas da Venezuela e empurrou o estado para medidas de emergência para manter os requisitos básicos do projeto bolivariano.

Durante várias visitas entre 2014 e 2024, fiquei impressionado tanto pelo impacto cruel das sanções quanto pela mobilização política do governo Maduro para explicar a situação ao povo. As privações causaram enorme sofrimento, o que levou à diminuição da ingestão nutricional e à migração em massa. Eu estava em Caracas em fevereiro de 2021, quando a Relatora Especial da ONU, Alena Douhan, deu uma coletiva de imprensa sobre o impacto das sanções. Suas descobertas em uma coletiva de imprensa foram claramente declaradas: “A falta de máquinas necessárias, peças de reposição, eletricidade, água, combustível, gás, alimentos e medicamentos, crescente insuficiência de trabalhadores qualificados muitos dos quais deixaram o país em busca de melhores oportunidades econômicas, em particular pessoal médico, engenheiros, professores, professores universitários, juízes e policiais, tem um enorme impacto sobre todas as categorias de direitos humanos, incluindo o direito à vida, à alimentação, à saúde e ao desenvolvimento.” A situação desde 2021 melhorou, em grande parte devido ao Acordo de Barbados de outubro de 2023, assinado entre o governo venezuelano e a oposição, e pela entrada de outros países (como China, Irã, Rússia e Turquia) no comércio com a Venezuela. Mas o caminho à frente é difícil e longo.

As sanções definem esta eleição. Se as eleições forem vistas como justas, então o Acordo de Barbados pode levar ao afrouxamento das sanções pelos EUA. Os Estados Unidos gostariam que mais petróleo venezuelano chegasse ao mercado, não para ajudar o povo venezuelano, mas para fornecer energia à Europa, dadas as sanções à Rússia. Mas há muitas contradições em jogo aqui. Os EUA certamente negarão a legitimidade das eleições se Maduro vencer e permitirão que as sanções impeçam o petróleo venezuelano de fornecer alívio aos europeus. Durante as eleições presidenciais de 2020, as sanções desempenharam o papel principal. Elas continuam sendo a principal questão na votação.

Os comícios da campanha de Maduro têm sido efusivos. Os chavistas o aplaudem, suas camisetas vermelhas brilhando de suor sob os céus quentes da Venezuela. “Nós prevaleceremos”, diz o ex-motorista de ônibus, cujos discursos humorísticos são desafiadores. Não há evasão aqui. Maduro é claro: a Venezuela está sendo posta à prova. O povo venezuelano continuará o processo bolivariano ou fará um retorno ao terrível passado da oligarquia?

Fonte: Brasil 247 

Chuva e esquema de segurança não abalam a alegria na abertura das Olimpíadas

 

França implementou uma operação de segurança em tempos de paz sem precedentes para garantir o evento

Olimpíadas em Paris (Foto: Reuters)

(Reuters) - Multidões enfrentaram filas nas verificações de segurança e fortes chuvas enquanto se alinhavam às margens do rio Sena em Paris na sexta-feira para assistir a uma extravagante cerimônia de abertura das Olimpíadas, que começou com uma explosão de fumaça nas cores da bandeira tricolor.

A febre olímpica demorou a crescer em Paris, onde os moradores locais reclamaram dos fechamentos de ruas no coração da cidade e os comerciantes locais lamentaram a falta de movimento à medida que a capital francesa se transformava em uma fortaleza ao ar livre.

Uma frota de barcaças está transportando mais de 6.000 atletas ao longo do rio Sena em um show de quase quatro horas, com Lady Gaga cantando e dançarinos prontos para se apresentar nos telhados da cidade.

"Mal posso esperar para ver como o show será incrível," disse Fejiro Ogbanufe, 37, com uma bandeira da Nigéria sobre os ombros, que viajou de Genebra com suas três filhas.

Elise Boukorrass, 17, disse que estava "super animada, isso acontece uma vez na vida" após passar pelas verificações policiais.

"As verificações de segurança foram um pouco longas, mas vale a pena."

A França implementou uma operação de segurança em tempos de paz sem precedentes para garantir o evento. Cerca de 45.000 policiais e milhares de soldados foram mobilizados, o espaço aéreo ao redor da Grande Paris foi fechado e atiradores de elite posicionados nos telhados.

MAIS: Lugares para onde o governo dos EUA adverte para não viajar agora"Há mais policiais do que pessoas, não me sinto em perigo," disse Jean Landerretche, um estudante de bioquímica de 19 anos de Paris.

"Não vejo a hora de ver como eles conseguiram tirar a cerimônia do estádio, acho que vai ser uma grande festa," disse Julie Tourtet, 27, que está trabalhando como voluntária nos Jogos. "Esse é realmente o espírito olímpico: unir as pessoas, é emocionante, vamos sentir uma grande onda de emoção."

Mas nem todos compartilharam da empolgação.

Yi, uma chinesa que mora em Paris, deixou a margem do rio porque havia muitas pessoas para uma visão clara.

“Há tantas pessoas, não conseguimos ver nada no rio," ela disse. "Moramos muito perto da área, então ganhamos quatro ingressos gratuitos, mas estamos indo para casa, preferimos assistir na nossa TV do que em uma tela aqui."

"Estamos aqui hoje e está apenas ok," disse Aimee Wang, 26 anos, da China, sobre a atmosfera em Paris.

Ela e um amigo planejam assistir a alguns eventos esportivos, mas não estavam tão animados com a cerimônia de abertura.

"Está muito caro hoje. Provavelmente vamos assistir na casa de um amigo," disse seu amigo Henry Pan, também de 26 anos.

Outros não precisaram de ingressos para assistir ao show ao vivo.

Alexandre Pichot, 48, não sabia que quando se mudou para uma casa flutuante no Sena teria assentos na primeira fila para a cerimônia de abertura. "É realmente ótimo. Temos boa comida, bom vinho francês, bons amigos," ele disse. "É perfeito."

Fonte: Brasil 247 com Reuters

"O capitalismo não oferece horizontes. Agora é socialismo ou barbárie", diz Alysson Mascaro

 

Professor e filósofo evoca Rosa Luxemburgo e afirma ainda que a cena de Benjamin Netanyahu ovacionado pelo Império demonstra o colapso do sistema

(Foto: Divulgação | Reuters)

Em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o professor e filósofo Alysson Mascaro fez uma análise contundente sobre o estado atual do capitalismo global, destacando a emblemática cena do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que está perpetrando o genocídio do povo palestino, sendo ovacionado pelo Senado estadunidense. "A cena de Netanyahu ovacionado pelo senado estadunidense foi ao mesmo tempo horrível e simbólica. Não foi um acaso", afirmou Mascaro.

Para o filósofo, esse episódio ilustra de forma clara o impasse atual do capitalismo. "O Império não tergiversa e hoje se assenta sobre a violência. Todo capitalismo é uma violência porque a acumulação se faz por meio da exploração do trabalho. Todos os ciclos do capitalismo foram ancorados na violência, seja na escravidão, no colonialismo ou no imperialismo", destacou.

Mascaro também relembrou a evolução histórica do capitalismo, enfatizando a hegemonia estadunidense pós-Segunda Guerra Mundial. "Depois da Segunda Guerra, o capitalismo passou a ter o comando estadunidense. Os Estados Unidos oferecem cada vez mais o porrete ao mundo – e não as cenouras. Não há mais promessa de desenvolvimento, só resta a ameaça."

O filósofo critica a ausência de perspectivas positivas dentro do sistema capitalista atual. "O capitalismo tem um maquinário muito desenvolvido de servidão. Hoje, no mundo capitalista, a grande maioria da sociedade está em sofrimento psíquico", observou, referindo-se à prevalência de doenças mentais e ao estresse generalizado na sociedade contemporânea.

Rosa Luxemburgo, uma figura emblemática do socialismo, foi citada por Mascaro para sublinhar a urgência de uma alternativa ao capitalismo. "Rosa Luxemburgo cunhou a frase 'Socialismo ou barbárie' porque ela se batia contra os reformistas. Os países que hoje se aguentam são aqueles que fizeram revoluções, como Rússia e China", afirmou.

Em sua análise, Mascaro ainda alertou sobre as consequências da queda do Império estadunidense, especialmente para a América Latina. "A queda do Império será muito perigosa para seu quintal, ou seja, a América Latina."

A entrevista de Alysson Mascaro lança luz sobre a crise profunda do capitalismo e a necessidade de uma transformação radical. Suas palavras ecoam o sentimento de Rosa Luxemburgo, apontando para uma encruzilhada histórica onde a humanidade deve escolher entre o socialismo e a barbárie.

Entenda quem foi Rosa Luxemburgo

Rosa Luxemburgo foi uma teórica marxista, filósofa, economista e revolucionária socialista polonesa-alemã, nascida em 5 de março de 1871 em Zamość, Polônia, e assassinada em 15 de janeiro de 1919 em Berlim, Alemanha. Figura central no movimento socialista europeu, ela foi fundamental na fundação da Liga Espartaquista, que se tornou o Partido Comunista da Alemanha (KPD).

Luxemburgo criticava o revisionismo no marxismo e defendia a revolução socialista. Estudou em Zurique, onde obteve doutorado em Direito e Economia Política, e se envolveu na política socialista. Era crítica tanto do revisionismo de Eduard Bernstein quanto do autoritarismo de Lenin, defendendo a democracia e a liberdade dentro do movimento socialista. Suas obras incluem "Reforma ou Revolução", "A Acumulação do Capital" e "Greve de Massas, Partido e Sindicatos".

Participou da Revolução Alemã de 1918-1919 e liderou a Revolta Espartaquista, sendo capturada e assassinada por forças paramilitares de direita. Luxemburgo é lembrada por sua coragem, intelecto e dedicação à causa socialista, influenciando o pensamento socialista até hoje.

A frase "Socialismo ou Barbárie"

Rosa Luxemburgo cunhou a frase "Socialismo ou Barbárie" para expressar sua crença de que a humanidade enfrentava uma escolha crucial entre duas possíveis trajetórias: a emancipação e justiça social através do socialismo ou o caos e destruição associados à barbárie capitalista.

Luxemburgo acreditava que o capitalismo, com suas crises cíclicas e exploração, levaria inevitavelmente a uma degradação social e econômica profunda, resultando em guerras, opressão e colapso da civilização. Para ela, a única alternativa viável para evitar esse destino sombrio seria a transformação da sociedade em uma baseada nos princípios socialistas de igualdade, justiça e controle democrático dos meios de produção.

Essa frase resumia sua visão de que a luta socialista não era apenas uma questão de melhorar as condições de vida, mas uma necessidade urgente para a sobrevivência da humanidade diante das ameaças geradas pelo sistema capitalista. Em resumo, "Socialismo ou Barbárie" encapsula a urgência e a seriedade de sua crítica ao capitalismo e sua defesa da revolução socialista como um imperativo histórico. Assista, abaixo, a entrevista de Alysson Mascaro:


Fonte: Brasil 247

“Já está montado o circo na Venezuela”, diz Rui Costa Pimenta

 

Presidente do PCO afirma que Nicolás Maduro deve vencer as eleições, num resultado que será contestado pela oposição

(Foto: REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria)

Em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, abordou a situação política na Venezuela às vésperas das eleições presidenciais. Segundo Pimenta, "já está montado o circo na Venezuela", referindo-se às ações que considera serem preparações para uma denúncia de fraude nas eleições, que, segundo ele, serão vencidas pelo atual presidente Nicolás Maduro.

Rui Costa Pimenta criticou as pesquisas eleitorais que indicam uma alta intenção de voto para o candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, afirmando que "tem pesquisa de mentira dizendo que o candidato de oposição tem 60% de intenção de voto". Para ele, a tarefa da esquerda é clara: "A tarefa da esquerda é apoiar o Maduro contra o imperialismo".

Pimenta também fez críticas à visão do presidente Lula sobre a situação na Venezuela, declarando que "a visão do presidente Lula é baseada numa ficção: a de que haveria uma margem de acordo entre o chavismo e o imperialismo". Segundo ele, "o imperialismo jamais aceitará o chavismo" e concluiu que "quem não quer acordo é o imperialismo. O capitalismo é a barbárie". Assista:

 

Fonte: Brasil 247

Perfis nas redes sociais detonam Nikolas Ferreira, denunciado pela PGR

 

Na rede social X, antigo Twitter, as críticas ao deputado chegaram à seção Assuntos do Momento

Dep. Nikolas Ferreira (PL - MG) (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Perfis nas redes sociais massacraram o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) nesta sexta-feira (26) após o bolsonarista ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar o parlamentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de injúria contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na rede social X, antigo Twitter, as críticas ao deputado chegaram à seção Assuntos do Momento. 'Nikolas denunciado foi o melhor das Olimpíadas pra mim', escreveu um perfil 

"Grande dia", publicou o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ). Outro perfil lembrou que o deputado Nikolas Ferreira pode perder o mandato se for condenado pelo STF. 

 

 


Fonte: Brasil 247

Hashtag #CerimoniaDeAbertura bomba nas redes sociais: 'repórter francesa se encanta com a torcida brasileira em Paris' (vídeo)

 

A delegação brasileira terá 277 atletas de 39 modalidades

Repórter francesa e torcedores em Paris (Foto: Reprodução)

Internautas publicaram mensagens em comemoração à abertura dos Jogos Olímpicos de Paris nesta sexta-feira (26). Na rede social X, antigo Twitter, a hashtag #CerimoniaDeAbertura chegou à seção Assuntos do Momento. Um dos perfis na rede social destacou a alegria de uma jornalista francesa, que apreciou a comemoração de torcedores brasileiros. "Repórter francesa ficou encantada com a torcida brasileira em Paris".

O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) fechou no dia 11 a delegação brasileira que irá representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a partir do próximo dia 26 de julho. No total, são 277 atletas de 39 modalidades. Dos convocados, 247 atletas fazem parte do programa Bolsa Atleta, concedido pelo Ministério do Esporte, o que representa 89,17% dos esportistas brasileiros.

A lista inclui nomes como Rebeca Andrade, da ginástica; Rayssa Leal, do skate; a judoca Rafaela Silva; Abner Teixeira, do boxe; Ana Marcela Cunha, da natação em águas abertas; Marta, do futebol; e Beatriz Haddad, do tênis. Todos eles estão entre os esportistas que recebem o benefício do Governo Federal. Outro destaque da delegação é a quantidade de mulheres na lista: serão 153. Elas representam 55% do total dos convocados.

O Time Brasil estará em ação em 39 modalidades: águas abertas, atletismo, badminton, basquete (masculino), boxe, canoagem slalom, canoagem velocidade, ciclismo BMX Racing, ciclismo BMX Freestyle, ciclismo estrada, ciclismo mountain bike, esgrima, futebol (feminino), ginástica artística, ginástica rítmica, ginástica trampolim, handebol (feminino), hipismo adestramento, hipismo CCE, hipismo saltos, judô, levantamento de pesos, natação, pentatlo moderno, remo, rúgbi (feminino), saltos ornamentais, skate, surfe, taekwondo, tênis, tênis de mesa, tiro com arco, tiro esportivo, triatlo, vela, vôlei, vôlei de praia e wrestling.

Campeão olímpico e dono de dois bronzes, o cavaleiro Rodrigo Pessoa disputará a sua oitava edição dos Jogos Olímpicos de verão e se tornará o maior recordista brasileiro, superando Robert Scheidt (vela) e Formiga (futebol), com sete. Se considerarmos qualquer edição de Jogos, Pessoa igualará Jaqueline Mourão, que tem três participações em edições de verão e cinco de inverno.

 

 

 

 


Fonte: Brasil 247