quinta-feira, 25 de julho de 2024

Dino sinaliza posicionamento em debate sobre responsabilização das plataformas pela divulgação de fake news

 

É a primeira vez que o magistrado se manifesta sobre o assunto desde que assumiu o cargo no Supremo

Flávio Dino (Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF)

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quinta-feira (25) que a legislação vigente já permite que plataformas de redes sociais sejam responsabilizadas pela disseminação de fake news sobre vacinas. É a primeira vez que o magistrado se manifesta sobre o assunto desde que assumiu o cargo no Supremo.

Em artigo publicado no site jurídico Migalhas, Dino argumenta que as plataformas que divulgam desinformação sobre supostos efeitos colaterais e riscos das vacinas podem ser responsabilizadas com base no Código de Defesa do Consumidor.

No entendimento de Dino, a propagação dessas fake news ainda pode ser considerada como danos morais à coletividade, uma vez que teria contribuído para a redução da cobertura vacinal no Brasil.

Atualmente, uma ação na Corte debate se provedores de internet e plataformas de redes sociais podem ser responsabilizados pelo conteúdo publicado por usuários. No artigo, Dino  sinaliza qual deve ser a sua posição sobre o tema, que deve ser julgado no Supremo.

No texto, o ministro se concentra especificamente nas fake news relacionadas às vacinas, abordando os desafios jurídicos ligados ao direito à saúde no Brasil, sem expandir a discussão para a responsabilização das plataformas em casos de desinformação sobre outros temas.

Fonte: Brasil 247

Recessão do governo Milei fez Argentina perder 177 mil empregos do setor privado em cinco meses

 

No setor público, 25 mil já foram demitidos; meta do governo de extrema direita é chegar a 75 mil demissões

Javier Milei (Foto: REUTERS/Remo Casilli)

Brasil de Fato Entre novembro de 2023 e abril de 2024 o setor privado argentino demitiu cerca de 177 mil funcionários, segundo relatório do Centro de Estudos de Política Econômica (Cepa). O levantamento indica como causas a recessão econômica aprofundada no governo ultraliberal de Javier Milei e a consequente queda do consumo. 

Os números não incluem a situação do mercado informal, que corresponde a quase metade da força de trabalho argentina e que deve aumentar. Milei disse que 25 mil servidores públicos já perderam o emprego.

"Vamos acabar demitindo 75 mil pessoas, já demitimos 25 mil", disse Milei a empresários. 

As dezenas de milhares de demissões de Milei ocorrem em todas as áreas do setor público. Parte delas acontecem pela dissolução de órgãos como o Ministério da Mulher, o Instituto contra a Discriminação e a Xenofobia e a Subsecretaria contra a Violência de Gênero.

A recessão econômica argentina é grave. No primeiro trimestre de 2024, o país registrou contração de 5,1% no PIB e taxa de desemprego de 7,7%, um salto em relação aos 5,7% registrados no último trimestre de 2023. 

O setor da construção foi atingido em cheio, com mais da metade das demissões, após Milei suspender as obras públicas como parte de sua política de redução do déficit fiscal do Estado. A industria perdeu 43% dos postos de trabalho. 

Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato

Declaração do G20 sobre tributação é documento histórico, diz Haddad ao defender taxação de bilionários

 

O ministro reafirmou que a busca por formas de tributar super-ricos é uma prioridade para o Brasil

Fernando Haddad (Foto: Washington Costa/MF)

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A declaração sobre tributação a ser aprovada pelas lideranças financeiras do G20 é um documento histórico, disse nesta quinta-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmando que a busca por formas de tributar super-ricos é uma prioridade para o Brasil.

Falando na abertura de reunião das lideranças financeiras do
G20 sobre cooperação tributária internacional, Haddad afirmouque o documento será um ponto de partida para o diálogo global sobre justiça tributária.

Ele ainda defendeu que seja construída uma convenção “ambiciosa” nas Nações Unidas que permita avançar no plano de criar um imposto mínimo global coordenado sobre os bilionários.

Fonte: Brasil 247

Olimpíadas de Paris: internautas comemoram e "anula agora" fica entre os assuntos mais comentados nas redes (vídeo)

 

A seleção brasileira feminina de futebol teve um gol anulado antes vitória sobre a Nigéria. Confira as próximas partidas

Nigéria e Brasil (Foto: Reprodução (CaséTV))

Internautas publicaram mensagens em comemoração à vitória da seleção brasileira feminina de futebol contra a Nigéria nesta quinta-feira (25) nas Olimpíadas de Paris.

No X, antigo Twitter, a expressão "anula agora", em tom provocativo, chegou à seção Assuntos do Momento. Usuários da rede social lembraram o gol de Marta e que foi anulado antes das jogadores abrirem o placar, ainda no primeiro tempo.

O primeiro tempo começou com as nigerianas mais incisivas. Aos 15 minutos, a goleira Lorena faz duas grandes defesas em sequência. Primeiro, em finalização à queima-roupa de Ihezuo na pequena área. Na continuação, Ucheibe arriscou de fora da área e a arqueira brasileira fez nova intervenção, colocando para escanteio. Na cobrança, Demehin cabeceou por cima do gol.

Na reta final da primeira etapa, o Brasil conseguiu se encontrar na partida e foi letal. Aos 35, Marta chegou a balançar as redes mas o gol foi anulado por impedimento de Gabi Portilho, que havia cruzado rasteiro para a finalização da camisa 10. No entanto, no minuto seguinte, não houve dúvida: a rainha encontrou passe incrível para a infiltração de Gabi Nunes pela direita. A atacante dominou e fuzilou com a perna direita, acertando o ângulo esquerdo da goleira Nnadozie e marcando um golaço. Brasil 1 a 0.

No segundo tempo, o Brasil desperdiçou uma série de chances de ampliar o placar e garantir uma vitória tranquila. Aos 16, uma tentativa de cruzamento de Marta pela esquerda encobriu a goleira adversária e acertou a trave. Pouco depois, após bola levantada pela direita, Ludmila cabeceou com ângulo fechado e Nnadozie desviou para fora.

A seleção rondou a área nigeriana por várias vezes, porém sem conseguir criar efetivamente. A segurança defensiva permitiu que o triunfo fosse confirmado sem maiores sustos. O Brasil se prepara agora para encarar o Japão, no domingo (28), ao meio-dia, no Parque dos Príncipes, em Paris com Agência Brasil).

Próximos jogos do Brasil - fase de grupos

28 de julho (domingo)
12h - Brasil x Japão - Estádio Parc des Princes (Paris)

31 de julho (quarta)
12h - Brasil x Espanha - Estádio de Bordeaux


Fonte: Brasil 247

Conab estima recorde na produção de carne bovina do Brasil e aumento na exportação

 

Com a maior oferta, as exportações devem registrar um crescimento de 13,4%

Carne em unidade de produção da JBS no Brasil (Foto: Reuters)

SÃO PAULO (Reuters) - A produção de carne bovina do Brasil deve somar 10,19 milhões de toneladas neste ano, aumento de 7,1% quando comparado com 2023, com maior oferta de animais no "auge" do ciclo pecuário em 2024, afirmou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em relatório nesta quinta-feira.

Se confirmado, o volume será um novo recorde na série histórica, ultrapassando a produção obtida em 2006, destacou a estatal.

"A alta é explicada pelo auge no processo do ciclo pecuário devendo ser atingido em 2024, com o pico do descarte das fêmeas", afirmou.

Com a maior oferta, as exportações devem registrar um crescimento de 13,4%, podendo chegar a 3,44 milhões de toneladas.

No acumulado do primeiro semestre, os embarques do maior exportador mundial de carne bovina já chegaram a 1,7 milhão de toneladas, incremento de 25,77% ao registrado no mesmo período de 2023, tendo a China como a maior compradora.

A Conab comentou ainda que, "mesmo com a alta nas vendas internacionais, o mercado doméstico não deve ser afetado".

A companhia também prevê um aumento de 4,2% para o mercado doméstico, a 6,82 milhões de toneladas.

(Por Roberto Samora)

"É preciso agir contra essa turma golpista", diz Lindbergh sobre vídeo em que prefeito do PL sugere "guilhotinar" Moraes

 

A declaração foi transmitida ao vivo nas redes sociais do prefeito

Jair Bolsonaro (PL) e Fabiano Feltrin (PL) (Foto: Reprodução)

Durante a visita do ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL) a Farroupilha (RS) nesta quinta-feira (25), o prefeito da cidade, Fabiano Feltrin (PL), sugeriu "guilhotinar" o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A fala, transmitida ao vivo nas redes sociais do prefeito, foi duramente criticada pelos internautas. Em publicação na plataforma X, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) classificou o comentário como “criminoso”.

“O Bolsonarismo, se tivesse dado um golpe, ia prender e até matar Alexandre de Moraes. Pelo visto ainda querem. É preciso agir contra essa turma golpista!”, escreveu em postagem.

Na ocasião, Feltrin mencionou uma "homenagem" ao ministro. Um interlocutor comentou que "não conseguiu mostrar a estátua em homenagem a Alexandre de Moraes". Em resposta, o prefeito afirmou: "Aqui não tem isso. A homenagem para ele eu vou mostrar qual é que é, é só botar ele aqui na guilhotina". O vídeo não ficou gravado nas redes sociais de Feltrin.

Em maio deste ano, o prefeito de Farroupilha esteve envolvido em outra polêmica, desta vez com o ministro Paulo Pimenta. Na ocasião, o Rio Grande do Sul enfrentava uma crise climática, e Feltrin gravou uma ligação com Pimenta, na qual se queixava de um suposto apoio financeiro insuficiente do governo federal.

"Eu fiz questão de ligar para ele, de forma gentil, para saber se tinha alguma questão pendente, como estou fazendo com todos os prefeitos. Ele, de uma forma absolutamente inadequada, não só me gravou, como fez um vídeo para tentar lacrar na internet em época de crise, no meio de toda essa dramaticidade", rebateu Pimenta na época.


Fonte: Brasil 247

Brasil se desculpa por ter perseguido japoneses depois da Segunda Guerra Mundial

 Há registro de maus-tratos, tortura e discriminação racial, violências “alimentadas pela ideologia racista de combate ao ‘perigo amarelo’”

A Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania fará nesta quinta-feira (25) um pedido de desculpas aos imigrantes japoneses, reconhecendo a perseguição sofrida por essa comunidade após a Segunda Guerra Mundial, durante os governos de Getulio Vargas (1937-1945) e Eurico Dutra (1946-1951).


A sessão de análise do pedido de anistia política coletiva está marcada para as 14h, e já há consenso entre os conselheiros em favor do voto da relatora, Vanda Davi Fernandes de Oliveira.


O requerimento foi protocolado em 2015 pelo cineasta Mário Jun Okuhara, junto à Associação Okinawa Kenjin do Brasil. Os autores do pedido destacam o confisco de bens e a expulsão de famílias japonesas do Brasil, citando como exemplo a prisão de 172 imigrantes no instituto correcional Ilha Anchieta, no Litoral Norte de São Paulo, entre 1946 e 1948.


Segundo os denunciantes, o grupo sofreu maus-tratos, tortura e discriminação racial, violências “alimentadas pela ideologia racista de combate ao ‘perigo amarelo’”.


Os presos eram suspeitos de integrar a Shindo-Renmei, uma seita ultranacionalista que se recusava a acreditar na derrota do Japão na guerra e que executava compatriotas que discordavam. Fernando Morais, autor do livro “Corações Sujos”, que aborda o grupo e foi adaptado para o cinema, estima que até 150 mil imigrantes possam ter sido filiados à seita. Ele destaca que, durante a guerra, o Brasil fechou centenas de escolas japonesas e proibiu os imigrantes de possuírem rádios, o que dificultou a comunicação e propagou desinformação entre a comunidade.


Em 2021, a comissão negou o pedido de desculpas, alegando falta de comprovação de motivação política nas violências relatadas. No entanto, a nova composição do colegiado passou a aceitar requerimentos de anistia coletiva e convidou os autores a apresentarem um recurso.


O dossiê apresentado inclui depoimentos de testemunhas ouvidas em 2013 na Comissão Estadual da Verdade e relatos colhidos por Okuhara em seu documentário “Yami no Ichinichi – O crime que abalou a Colônia Japonesa no Brasil”. Cerca de 100 pessoas se dirigiram a Brasília para o julgamento.

Ritsutada Takara, presidente da Okinawa Kenjin, afirmou que muitos dos presentes tiveram pais e mães que sofreram violações de direitos humanos. A presidente da comissão, Eneá de Stutz e Almeida, esclareceu que a anistia não incluirá reparação econômica nem será direcionada ao Estado japonês, mas sim às pessoas perseguidas pelo simples fato de serem japonesas ou descendentes.


Fernando Morais ressaltou que as injustiças do pós-guerra também afetaram as comunidades alemã e italiana no Brasil. Stutz e Almeida espera que a decisão de hoje incentive a apresentação de pedidos de desculpas por outros grupos perseguidos no país.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Mesmo com ataques de Maduro, Amorim confirma que irá à Venezuela: objetivo é ajudar para uma eleição “correta e limpa”

 Assessor internacional de Lula diz que Brasil deseja que “quem ganhar possa tomar posse tranquilamente”


Celso Amorim, assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência, confirmou que viajará à Venezuela no próximo domingo (28) como representante do governo brasileiro nas eleições presidenciais daquele país, governado por Nicolás Maduro.


Em declaração à jornalista Andréia Sadi, do g1, Amorim afirmou: “Em princípio, não desmarquei. Tudo é conversável, as coisas evoluem, mas estou programado para ir. E foi dito explicitamente que eu seria bem-vindo”. Segundo ele, o objetivo da visita é “contribuir para uma eleição correta e limpa. Que quem ganhar possa tomar posse tranquilamente”.


Nos últimos dias, a relação entre Brasil e Venezuela tem enfrentado tensões, especialmente após o presidente Lula expressar surpresa com a declaração de Maduro sobre um possível “banho de sangue” em caso de derrota eleitoral. Em resposta, Maduro sugeriu que os preocupados deveriam “tomar um chá de camomila”.


O presidente venezuelano também afirmou que o Brasil não realiza eleições auditadas, o que levou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a decidir, nesta quarta-feira (24), que não enviaria mais observadores para o pleito venezuelano. A Corte eleitoral brasileira reforçou que os boletins emitidos pelas urnas eletrônicas no Brasil são “totalmente auditáveis”.


Amorim, em sua entrevista, revelou que sua ida à Venezuela foi uma decisão direta do presidente Lula. “Cada hora acontece algo. Ontem conversei com Lula e chegamos à conclusão de que era bom ir. Hoje não falei com ele ainda: as coisas evoluem, vamos conversar. Mas estou programado para ir”, afirmou.


Sobre as críticas de Maduro ao Brasil, Amorim minimizou, dizendo que “não foram ofensivas conosco, foram alusões”. Ele ressaltou a importância de não agravar a situação.


A respeito da decisão do TSE de não enviar observadores, Amorim explicou que isso ocorreu devido a um ataque direto ao órgão, descrevendo-o como uma “crítica específica”.


Fonte: Agenda do Poder com informações de Brasil 247

Justiça impede Funai de distribuir lona a indígenas de ocupação no PR

Juiz diz que entrega de material contraria o propósito de desocupação

A Justiça Federal no Paraná determinou que a Fundação Nacional do Índio (Funai) se abstenha de entregar lonas, madeiramento, ferramentas e outros materiais que possam ser usados para construção de abrigos/moradias às comunidades indígenas que ocuparam imóveis rurais das cidades de Guaíra e Terra Roxa, no oeste paranaense. Consultada, a fundação informou à Agência Brasil que recorrerá da decisão.

A sentença foi proferida nesta terça-feira (23), pelo juiz federal João Paulo Nery dos Passos Martins, da 2ª Vara Federal de Umuarama - o mesmo que, na última sexta-feira (19), autorizou a reintegração de posse de áreas rurais que grupos avá guarani ocuparam a fim de cobrar a conclusão do processo demarcatório do território já delimitado pela Funai e em disputa, na Justiça, desde 2018.

Na decisão, o juiz federal afirma que a entrega dos materiais de construção pela Funai contraria “o propósito de desocupação do imóvel” manifesto nas “ordens judiciais vigentes”, que determinam “expressamente a desocupação dos imóveis pelos indígenas”.

“Em que pese a missão institucional da Funai de prestar assistência às comunidades indígenas e se garantir o mínimo existencial, cumpre observar que a fundação, que inclusive integra o polo passivo, e os demais órgãos públicos que atuam no litígio têm o dever de colaborar com a execução das decisões judiciais e, em especial, estimular o cumprimento voluntário como forma de prevenir a desocupação forçada e os possíveis conflitos daí decorrentes”, sustenta o magistrado.

A manifestação judicial ocorreu após a coordenação regional da Funai solicitar o apoio da Polícia Federal (PF) para entregar kits de suprimentos aos avá guarani que participam do que os indígenas classificam como um processo de retomada de seus territórios originários, que visa permitir a expansão de suas aldeias e a preservação das principais características de seu modo de vida tradicional.

“Vale destacar que o recente movimento de ocupação instaurado a partir de dezembro de 2023 e retomado com mais intensidade nos últimos dias trata-se essencialmente de ampliação de áreas, pois as comunidades da etnia indígena avá guarani já estavam instaladas em outras áreas na região, há tempos”, acrescentou o juiz federal, mencionando que, no pedido de apoio que fez à PF, a Funai informava que pretendia distribuir aos indígenas alimentos, água, itens de higiene, além de sete rolos de 100 metros de lonas.

Mobilização

As ocupações ou retomadas de áreas do oeste paranaense reivindicadas como territórios tradicionais se inserem em um contexto mais amplo de mobilizações indígenas que acabaram acirrando a disputa com proprietários rurais em diferentes unidades da federação. E que culminou em ataques armados contra os indígenas no Paraná, no Mato Grosso do Sul e no Rio Grande do Sul.

Conforme o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) já tinha informado anteriormente, no início de julho, 22 famílias avá guarani que ocupam parte do território já delimitado para dar lugar à futura Terra Indígena Guasu Guavirá se espalharam, ampliando a ocupação. De acordo com a pasta, isso aconteceu “porque a comunidade em que vivem já não comporta mais habitantes.”

“As famílias foram, então, alvo de ataques de ruralistas”, relatou o MPI, destacando que nem mesmo a presença de agentes da Força Nacional de Segurança Pública na região intimidou os agressores. “Entre os feridos, um indígena foi baleado. Além da violência física sofrida pelos avá guarani, doações e entrega de alimentos foram impedidas de serem realizadas no local por ruralistas”.

Em razão da violência, o governo federal organizou um grupo com representantes de várias pastas e órgãos públicos, incluindo MPI e Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, para tentar mediar os conflitos em Mato Grosso do Sul e no Paraná. Uma comitiva esteve em Guaíra, na terça-feira (16). Além de visitar duas áreas ocupadas por avás guarani, os integrantes do grupo federal se reuniram com ruralistas de Terra Roxa e com representantes da coordenação regional da Funai e da Polícia Militar do Paraná.

Além disso, a pedido do MPI e da Defensoria Pública da União (DPU), o Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou o emprego de agentes da Força Nacional em ações estatais para preservar a ordem e a integridade em aldeias do Cone Sul do Mato Grosso do Sul e nas regiões fronteiriças do estado.

Marco temporal

Em nota, o Ministério dos Povos Indígenas atribuiu o aumento da “instabilidade” à aprovação da Lei 14.701/23, que, na prática, estabelece o chamado marco temporal – tese segundo a qual os povos indígenas só têm direito aos territórios originários que já ocupavam ou reivindicavam até 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal.

O Congresso Nacional aprovou a lei em setembro do ano passado, poucos dias após o Supremo Tribunal Federal (STF) apontar a inconstitucionalidade da tese por entender que o direito constitucional dos povos originários aos territórios tradicionais independem da existência de um marco temporal.

A decisão dos ministros da Corte motivou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a vetar parte da Lei 14.701. Em dezembro, contudo, o Congresso Nacional derrubou  o veto de Lula, mantendo o marco temporal. A queda de braço entre Executivo e Legislativo foi judicializada por setores favoráveis e contrários à lei. Em abril, o ministro Gilmar Mendes, do STF, determinou a instauração de um processo de conciliação, suspendendo o julgamento de qualquer ação que trate do tema. A previsão é que a comissão criada para tentar estabelecer um acordo entre as partes comece a funcionar no próximo dia 5 de agosto.

“O Ministério dos Povos Indígenas enfatiza que a instabilidade gerada pela lei do marco temporal, além de outras tentativas de se avançar com a pauta [anti-indígena], tem como consequência não só a incerteza jurídica sobre as definições territoriais que afetam os povos indígenas, mas abre ocasião para atos de violência que têm os indígenas como as principais vítimas”, sustenta o MPI.

Também em nota, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) também mencionou a “insegurança jurídica”, atribuindo-a à inação do poder Público. De acordo com a entidade que reúne 69 sindicatos rurais sul-mato-grossenses, há, atualmente, 146 áreas “invadidas” em todo o estado.

“São ocorrências que evidenciam a insegurança jurídica vivenciada há décadas em nosso estado, resultante da falta de uma resposta definitiva por parte do Poder público, que garanta a pacificação no campo.” A entidade também manifestou preocupação com a escalada da violência e com a segurança de “número expressivo de produtores rurais que, mesmo tendo adquirido seus imóveis de forma legítima e com posse pacífica exercida há mais de meio século, têm seus títulos questionados e suas áreas invadidas”.

Edição: Aline Leal

Fonte: Agência Brasil

Kamala volta a atacar Trump e a associá-lo ao atraso: “queremos proibir armas, e eles querem proibir livros”

 Candidata democrata diz que seu rival republicano tem projeto de retornar EUA a um “passado sombrio”

Em um discurso proferido ao sindicato de professores dos EUA nesta quinta-feira (25), a vice-presidente Kamala Harris atacou Donald Trump, acusando-o de representar um retrocesso para o país. Segundo Harris, Trump e seus aliados extremistas buscam retornar os EUA a um “passado sombrio”, enfatizando aspectos como o Projeto 2025, a violência armada, e a educação.


O Projeto 2025, atribuído à campanha republicana, é visto por Harris como um plano para reviver políticas econômicas fracassadas e promover uma agenda conservadora. “O Projeto 2025 é um plano para retornar o país a um passado sombrio”, afirmou Harris, destacando a ameaça que vê nas propostas republicanas.


Ela também criticou as tentativas dos republicanos de remover conteúdos da grade escolar, afirmando que eles querem retirar livros, enquanto ela defende o direito das crianças de aprender a história dos EUA. Kamala contrastou as propostas políticas, dizendo que os democratas estão focados no futuro, enquanto os republicanos estão presos ao passado.


 “Queremos proibir armas pesadas, e eles querem proibir livros. Você consegue imaginar isso?”, disse Kamala


O aumento na proibição de livros nos EUA, impulsionado por grupos conservadores e novas leis, tem sido monitorado pela PEN America desde 2021, revelando casos de remoção de livros em diversos estados.


O discurso em Houston foi a quarta aparição pública de Kamala Harris em quatro dias, em diferentes estados. O sindicato dos professores foi a primeira organização do setor a apoiar sua candidatura após a renúncia de Joe Biden à reeleição. Harris expressou gratidão pelo apoio recebido e continuou a promover a liberdade em diversas áreas, incluindo direitos reprodutivos e segurança escolar.


Além disso, Harris elogiou o discurso de Biden sobre sua desistência da corrida presidencial, afirmando que ele exemplifica “verdadeira liderança”.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1

Chefe do FBI coloca em dúvida se ferimento na orelha de Trump foi causado por tiro ou estilhaço

 

Desde de que sofreu o susposto atentado, Trump tem aparecido publicamente com um curativo na orelha

Donald Trump 17/07/2024 REUTERS/Callaghan O'hare (Foto: Callaghan O'Hare)

O diretor do FBI, Christopher Wray, levantou questionamentos sobre a origem do ferimento na orelha do ex-presidente dos Estados Unidos e candidato republicano à presidência, Donald Trump, causado durante um comício realizado em 13 de julho. Desde o episódio, ele tem aparecido publicamente com um curativo na orelha.

Em audiência realizada na quarta-feira (24), na Comissão de Justiça da Câmara dos EUA, Wray disse que “há algumas dúvidas sobre ter sido uma bala ou estilhaços que atingiram a orelha dele. Eu não sei se uma bala, além de ter o atingido na orelha, poderia ter caído em outro lugar”. A declaração foi divulgada pelo jornal americano The Guardian.

Após a suposta tentativa de assassinato, Trump afirmou na plataforma Truth Social que foi atingido por uma bala, destacando que ouviu zumbidos e sons de tiros antes de notar o ferimento. No entanto, o republicano proibiu os médicos que o atenderam de falar com a imprensa.

Fonte: Brasil 247

Centrais sindicais marcam protesto para pressionar Campos Neto a cortar taxa de juros

 

Próxima decisão do Copom sobre a taxa Selic será anunciada na na quarta-feira (31) da semana que vem

Protesto contra Roberto Campos Neto em São Paulo (Foto: Paulo Pinto/ABr)

Uma série de centrais sindicais convocou, nesta quinta-feira (25), atos em todo o país para a próxima terça-feira (30), em protesto contra a política monetária contracionista do Banco Central, presidido por Roberto Campos Neto. O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciará sua decisão sobre a taxa Selic na quarta-feira (31) da próxima semana.

As centrais afirmam que a taxa de juros atual, de 10,5% ao ano, prejudica o crescimento econômico do país e o padrão de vida da classe trabalhadora. "As centrais sindicais realizam manifestação nacional contra os juros altos, no próximo dia 30 de julho, em frente ao Banco Central na av. Paulista, em São Paulo, e também nos demais estados onde há sede do BC. O movimento sindical considera inaceitável a taxa abusiva praticada pelo Banco Central, que boicota e emperra o crescimento do país e prejudica, principalmente, a classe trabalhadora", dizem as entidades em nota. 

Na última reunião do Copom, em junho, o órgão manteve, por unanimidade, os juros básicos da economia em 10,5% ao ano. A manutenção ocorreu após o Copom reduzir a Selic por sete vezes seguidas. 

Fonte: Brasil 247