quinta-feira, 25 de julho de 2024
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(Por Roberto Samora)
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A declaração foi transmitida ao vivo nas redes sociais do prefeito
Brasil se desculpa por ter perseguido japoneses depois da Segunda Guerra Mundial
Há registro de maus-tratos, tortura e discriminação racial, violências “alimentadas pela ideologia racista de combate ao ‘perigo amarelo’”
A Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania fará nesta quinta-feira (25) um pedido de desculpas aos imigrantes japoneses, reconhecendo a perseguição sofrida por essa comunidade após a Segunda Guerra Mundial, durante os governos de Getulio Vargas (1937-1945) e Eurico Dutra (1946-1951).
A sessão de análise do pedido de anistia política coletiva está marcada para as 14h, e já há consenso entre os conselheiros em favor do voto da relatora, Vanda Davi Fernandes de Oliveira.
O requerimento foi protocolado em 2015 pelo cineasta Mário Jun Okuhara, junto à Associação Okinawa Kenjin do Brasil. Os autores do pedido destacam o confisco de bens e a expulsão de famílias japonesas do Brasil, citando como exemplo a prisão de 172 imigrantes no instituto correcional Ilha Anchieta, no Litoral Norte de São Paulo, entre 1946 e 1948.
Segundo os denunciantes, o grupo sofreu maus-tratos, tortura e discriminação racial, violências “alimentadas pela ideologia racista de combate ao ‘perigo amarelo’”.
Os presos eram suspeitos de integrar a Shindo-Renmei, uma seita ultranacionalista que se recusava a acreditar na derrota do Japão na guerra e que executava compatriotas que discordavam. Fernando Morais, autor do livro “Corações Sujos”, que aborda o grupo e foi adaptado para o cinema, estima que até 150 mil imigrantes possam ter sido filiados à seita. Ele destaca que, durante a guerra, o Brasil fechou centenas de escolas japonesas e proibiu os imigrantes de possuírem rádios, o que dificultou a comunicação e propagou desinformação entre a comunidade.
Em 2021, a comissão negou o pedido de desculpas, alegando falta de comprovação de motivação política nas violências relatadas. No entanto, a nova composição do colegiado passou a aceitar requerimentos de anistia coletiva e convidou os autores a apresentarem um recurso.
O dossiê apresentado inclui depoimentos de testemunhas ouvidas em 2013 na Comissão Estadual da Verdade e relatos colhidos por Okuhara em seu documentário “Yami no Ichinichi – O crime que abalou a Colônia Japonesa no Brasil”. Cerca de 100 pessoas se dirigiram a Brasília para o julgamento.
Ritsutada Takara, presidente da Okinawa Kenjin, afirmou que muitos dos presentes tiveram pais e mães que sofreram violações de direitos humanos. A presidente da comissão, Eneá de Stutz e Almeida, esclareceu que a anistia não incluirá reparação econômica nem será direcionada ao Estado japonês, mas sim às pessoas perseguidas pelo simples fato de serem japonesas ou descendentes.
Fernando Morais ressaltou que as injustiças do pós-guerra também afetaram as comunidades alemã e italiana no Brasil. Stutz e Almeida espera que a decisão de hoje incentive a apresentação de pedidos de desculpas por outros grupos perseguidos no país.
Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo
Mesmo com ataques de Maduro, Amorim confirma que irá à Venezuela: objetivo é ajudar para uma eleição “correta e limpa”
Assessor internacional de Lula diz que Brasil deseja que “quem ganhar possa tomar posse tranquilamente”
Celso Amorim, assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência, confirmou que viajará à Venezuela no próximo domingo (28) como representante do governo brasileiro nas eleições presidenciais daquele país, governado por Nicolás Maduro.
Em declaração à jornalista Andréia Sadi, do g1, Amorim afirmou: “Em princípio, não desmarquei. Tudo é conversável, as coisas evoluem, mas estou programado para ir. E foi dito explicitamente que eu seria bem-vindo”. Segundo ele, o objetivo da visita é “contribuir para uma eleição correta e limpa. Que quem ganhar possa tomar posse tranquilamente”.
Nos últimos dias, a relação entre Brasil e Venezuela tem enfrentado tensões, especialmente após o presidente Lula expressar surpresa com a declaração de Maduro sobre um possível “banho de sangue” em caso de derrota eleitoral. Em resposta, Maduro sugeriu que os preocupados deveriam “tomar um chá de camomila”.
O presidente venezuelano também afirmou que o Brasil não realiza eleições auditadas, o que levou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a decidir, nesta quarta-feira (24), que não enviaria mais observadores para o pleito venezuelano. A Corte eleitoral brasileira reforçou que os boletins emitidos pelas urnas eletrônicas no Brasil são “totalmente auditáveis”.
Amorim, em sua entrevista, revelou que sua ida à Venezuela foi uma decisão direta do presidente Lula. “Cada hora acontece algo. Ontem conversei com Lula e chegamos à conclusão de que era bom ir. Hoje não falei com ele ainda: as coisas evoluem, vamos conversar. Mas estou programado para ir”, afirmou.
Sobre as críticas de Maduro ao Brasil, Amorim minimizou, dizendo que “não foram ofensivas conosco, foram alusões”. Ele ressaltou a importância de não agravar a situação.
A respeito da decisão do TSE de não enviar observadores, Amorim explicou que isso ocorreu devido a um ataque direto ao órgão, descrevendo-o como uma “crítica específica”.
Fonte: Agenda do Poder com informações de Brasil 247
Justiça impede Funai de distribuir lona a indígenas de ocupação no PR
Juiz diz que entrega de material contraria o propósito de desocupação
A Justiça Federal no Paraná determinou que a Fundação Nacional do Índio (Funai) se abstenha de entregar lonas, madeiramento, ferramentas e outros materiais que possam ser usados para construção de abrigos/moradias às comunidades indígenas que ocuparam imóveis rurais das cidades de Guaíra e Terra Roxa, no oeste paranaense. Consultada, a fundação informou à Agência Brasil que recorrerá da decisão.
A sentença foi proferida nesta terça-feira (23), pelo juiz federal João Paulo Nery dos Passos Martins, da 2ª Vara Federal de Umuarama - o mesmo que, na última sexta-feira (19), autorizou a reintegração de posse de áreas rurais que grupos avá guarani ocuparam a fim de cobrar a conclusão do processo demarcatório do território já delimitado pela Funai e em disputa, na Justiça, desde 2018.
Na decisão, o juiz federal afirma que a entrega dos materiais de construção pela Funai contraria “o propósito de desocupação do imóvel” manifesto nas “ordens judiciais vigentes”, que determinam “expressamente a desocupação dos imóveis pelos indígenas”.
“Em que pese a missão institucional da Funai de prestar assistência às comunidades indígenas e se garantir o mínimo existencial, cumpre observar que a fundação, que inclusive integra o polo passivo, e os demais órgãos públicos que atuam no litígio têm o dever de colaborar com a execução das decisões judiciais e, em especial, estimular o cumprimento voluntário como forma de prevenir a desocupação forçada e os possíveis conflitos daí decorrentes”, sustenta o magistrado.
A manifestação judicial ocorreu após a coordenação regional da Funai solicitar o apoio da Polícia Federal (PF) para entregar kits de suprimentos aos avá guarani que participam do que os indígenas classificam como um processo de retomada de seus territórios originários, que visa permitir a expansão de suas aldeias e a preservação das principais características de seu modo de vida tradicional.
“Vale destacar que o recente movimento de ocupação instaurado a partir de dezembro de 2023 e retomado com mais intensidade nos últimos dias trata-se essencialmente de ampliação de áreas, pois as comunidades da etnia indígena avá guarani já estavam instaladas em outras áreas na região, há tempos”, acrescentou o juiz federal, mencionando que, no pedido de apoio que fez à PF, a Funai informava que pretendia distribuir aos indígenas alimentos, água, itens de higiene, além de sete rolos de 100 metros de lonas.
Mobilização
As ocupações ou retomadas de áreas do oeste paranaense reivindicadas como territórios tradicionais se inserem em um contexto mais amplo de mobilizações indígenas que acabaram acirrando a disputa com proprietários rurais em diferentes unidades da federação. E que culminou em ataques armados contra os indígenas no Paraná, no Mato Grosso do Sul e no Rio Grande do Sul.
Conforme o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) já tinha informado anteriormente, no início de julho, 22 famílias avá guarani que ocupam parte do território já delimitado para dar lugar à futura Terra Indígena Guasu Guavirá se espalharam, ampliando a ocupação. De acordo com a pasta, isso aconteceu “porque a comunidade em que vivem já não comporta mais habitantes.”
“As famílias foram, então, alvo de ataques de ruralistas”, relatou o MPI, destacando que nem mesmo a presença de agentes da Força Nacional de Segurança Pública na região intimidou os agressores. “Entre os feridos, um indígena foi baleado. Além da violência física sofrida pelos avá guarani, doações e entrega de alimentos foram impedidas de serem realizadas no local por ruralistas”.
Em razão da violência, o governo federal organizou um grupo com representantes de várias pastas e órgãos públicos, incluindo MPI e Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, para tentar mediar os conflitos em Mato Grosso do Sul e no Paraná. Uma comitiva esteve em Guaíra, na terça-feira (16). Além de visitar duas áreas ocupadas por avás guarani, os integrantes do grupo federal se reuniram com ruralistas de Terra Roxa e com representantes da coordenação regional da Funai e da Polícia Militar do Paraná.
Além disso, a pedido do MPI e da Defensoria Pública da União (DPU), o Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou o emprego de agentes da Força Nacional em ações estatais para preservar a ordem e a integridade em aldeias do Cone Sul do Mato Grosso do Sul e nas regiões fronteiriças do estado.
Marco temporal
Em nota, o Ministério dos Povos Indígenas atribuiu o aumento da “instabilidade” à aprovação da Lei 14.701/23, que, na prática, estabelece o chamado marco temporal – tese segundo a qual os povos indígenas só têm direito aos territórios originários que já ocupavam ou reivindicavam até 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal.
O Congresso Nacional aprovou a lei em setembro do ano passado, poucos dias após o Supremo Tribunal Federal (STF) apontar a inconstitucionalidade da tese por entender que o direito constitucional dos povos originários aos territórios tradicionais independem da existência de um marco temporal.
A decisão dos ministros da Corte motivou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a vetar parte da Lei 14.701. Em dezembro, contudo, o Congresso Nacional derrubou o veto de Lula, mantendo o marco temporal. A queda de braço entre Executivo e Legislativo foi judicializada por setores favoráveis e contrários à lei. Em abril, o ministro Gilmar Mendes, do STF, determinou a instauração de um processo de conciliação, suspendendo o julgamento de qualquer ação que trate do tema. A previsão é que a comissão criada para tentar estabelecer um acordo entre as partes comece a funcionar no próximo dia 5 de agosto.
“O Ministério dos Povos Indígenas enfatiza que a instabilidade gerada pela lei do marco temporal, além de outras tentativas de se avançar com a pauta [anti-indígena], tem como consequência não só a incerteza jurídica sobre as definições territoriais que afetam os povos indígenas, mas abre ocasião para atos de violência que têm os indígenas como as principais vítimas”, sustenta o MPI.
Também em nota, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) também mencionou a “insegurança jurídica”, atribuindo-a à inação do poder Público. De acordo com a entidade que reúne 69 sindicatos rurais sul-mato-grossenses, há, atualmente, 146 áreas “invadidas” em todo o estado.
“São ocorrências que evidenciam a insegurança jurídica vivenciada há décadas em nosso estado, resultante da falta de uma resposta definitiva por parte do Poder público, que garanta a pacificação no campo.” A entidade também manifestou preocupação com a escalada da violência e com a segurança de “número expressivo de produtores rurais que, mesmo tendo adquirido seus imóveis de forma legítima e com posse pacífica exercida há mais de meio século, têm seus títulos questionados e suas áreas invadidas”.
Edição: Aline Leal
Fonte: Agência Brasil
Kamala volta a atacar Trump e a associá-lo ao atraso: “queremos proibir armas, e eles querem proibir livros”
Candidata democrata diz que seu rival republicano tem projeto de retornar EUA a um “passado sombrio”
Em um discurso proferido ao sindicato de professores dos EUA nesta quinta-feira (25), a vice-presidente Kamala Harris atacou Donald Trump, acusando-o de representar um retrocesso para o país. Segundo Harris, Trump e seus aliados extremistas buscam retornar os EUA a um “passado sombrio”, enfatizando aspectos como o Projeto 2025, a violência armada, e a educação.
O Projeto 2025, atribuído à campanha republicana, é visto por Harris como um plano para reviver políticas econômicas fracassadas e promover uma agenda conservadora. “O Projeto 2025 é um plano para retornar o país a um passado sombrio”, afirmou Harris, destacando a ameaça que vê nas propostas republicanas.
Ela também criticou as tentativas dos republicanos de remover conteúdos da grade escolar, afirmando que eles querem retirar livros, enquanto ela defende o direito das crianças de aprender a história dos EUA. Kamala contrastou as propostas políticas, dizendo que os democratas estão focados no futuro, enquanto os republicanos estão presos ao passado.
“Queremos proibir armas pesadas, e eles querem proibir livros. Você consegue imaginar isso?”, disse Kamala
O aumento na proibição de livros nos EUA, impulsionado por grupos conservadores e novas leis, tem sido monitorado pela PEN America desde 2021, revelando casos de remoção de livros em diversos estados.
O discurso em Houston foi a quarta aparição pública de Kamala Harris em quatro dias, em diferentes estados. O sindicato dos professores foi a primeira organização do setor a apoiar sua candidatura após a renúncia de Joe Biden à reeleição. Harris expressou gratidão pelo apoio recebido e continuou a promover a liberdade em diversas áreas, incluindo direitos reprodutivos e segurança escolar.
Além disso, Harris elogiou o discurso de Biden sobre sua desistência da corrida presidencial, afirmando que ele exemplifica “verdadeira liderança”.
Fonte: Agenda do Poder com informações do g1
Chefe do FBI coloca em dúvida se ferimento na orelha de Trump foi causado por tiro ou estilhaço
Desde de que sofreu o susposto atentado, Trump tem aparecido publicamente com um curativo na orelha
Centrais sindicais marcam protesto para pressionar Campos Neto a cortar taxa de juros