quinta-feira, 25 de julho de 2024

Déa Lúcia sai em defesa de Marcelo Cosme, da GloboNews, após agressão homofóbica de Emílio Surita

 

"Eu tô indignada ao ver meu amigo Marcelo Cosme, um jornalista exemplar, marido exemplar, sendo alvo de ataques homofóbicos", disse

(Foto: Reprodução)

Emílio Surita gerou revolta nas redes sociais após fazer uma piada homofóbica sobre a maneira como o âncora da GloboNews Marcelo Cosme, gesticula e quem saiu em defesa do jornalista foi Déa Lúcia, mãe do falecido ator Paulo Gustavo.

"Bem GloboNews. Como chama aquele cara que faz o programa à noite? Marcelo… Estamos aqui com um programa maravilhoso. Ele é muito solto", disse surita.

Déa rebateu: "Eu tô indignada ao ver meu amigo Marcelo Cosme, um jornalista exemplar, marido exemplar, sendo alvo de ataques homofóbicos na televisão. A homofobia é inaceitável e não tem lugar na nossa sociedade”.

“Quero deixar claro que estou do lado do meu amigo nesse momento difícil. É difícil pensar que em pleno seculo XXI ainda existem pessoas que propagam ódio e discriminação. Todos nós merecemos respeito e igualdade, independente da orientação sexual".

No Brasil, a homofobia foi equiparada ao crime de racismo pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em junho de 2019. A decisão, tomada por meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 26, estabeleceu que atos de discriminação e preconceito contra pessoas LGBTQIA+ devem ser punidos de acordo com a Lei nº 7.716/1989, que trata dos crimes de racismo. A medida foi considerada necessária devido à omissão do Congresso Nacional em legislar especificamente sobre o tema. Com isso, a homofobia e a transfobia passaram a ser enquadradas como crimes no Brasil, sujeitando os infratores a penas que variam de um a três anos de prisão, além de multa.

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Fonte: Brasil 247

Haddad diz que governo deve fechar texto de reforma tributária sobre a renda no 2º semestre

 

O ministro da Fazenda disse que a reforma deve melhorar a distribuição de renda e deixar o sistema mais justo

Fernando Haddad (Foto: Washington Costa/MF)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou em entrevista à GloboNews na última quarta-feira (24) que o governo deve fechar o projeto de lei que reformula a tributação sobre a renda dos brasileiros no próximo semestre, informa o G1. A reforma poderá mexer no Imposto de Renda de pessoas físicas, no Imposto de Renda das empresas, na tributação de lucros e dividendos e de fundos de investimentos.

Haddad disse que a área econômica está trabalhando em alguns cenários para entregar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que escolherá qual será enviado ao Congresso. "Alguns cenários de como vemos a oportunidade de fazer uma reforma para melhorar a distribuição de renda. E se possível promover, ou o aumento das faixas de isenção, ou a diminuição da alíquota do imposto. São possibilidades na mesa agora no segundo semestre", explicou o ministro.

No momento, a reforma tributária dos impostos sobre consumo está tramitando, com suas regras principais já promulgadas. Segundo o ministro, a escolha por abordar a tributação sobre o consumo antes dos impostos sobre a renda se deu por se tratar de um tema mais “espinhoso”.

"Desde o começo dissemos que vamos resolver o problema sobre o consumo primeiro pra resolver o problema da renda depois. Por duas razões. Primeiro, o tema sobre o consumo é muito mais complexo do ponto de vista técnico. "Em segundo lugar, porque o debate sobre a renda acontece com lei ordinária, não com emenda constitucional. Contudo, como tema político, é muito mais espinhoso. Porque no Brasil o imposto sobre a renda penaliza os mais pobres e favorece os mais ricos pela baixa progressividade do imposto", afirmou Haddad.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Emílio Surita gera revolta ao fazer piada homofóbica com jornalista da GloboNews (vídeo)

 

A fala instantaneamente viralizou e a emissora foi obrigada a pedir desculpas, temendo novos processos e problemas com a concessão

Emílio Surita (Foto: Reprodução/Youtube)

Emílio Surita gerou revolta nas redes sociais após fazer uma piada homofóbica sobre a maneira como o âncora da GloboNews Marcelo Cosme, gesticula.

"Bem GloboNews. Como chama aquele cara que faz o programa à noite? Marcelo… Estamos aqui com um programa maravilhoso. Ele é muito solto", disse. 

A fala instantaneamente viralizou e a emissora foi obrigada a pedir desculpas, temendo novos processos e problemas com a concessão. 

No Brasil, a homofobia foi equiparada ao crime de racismo pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em junho de 2019. A decisão, tomada por meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 26, estabeleceu que atos de discriminação e preconceito contra pessoas LGBTQIA+ devem ser punidos de acordo com a Lei nº 7.716/1989, que trata dos crimes de racismo. A medida foi considerada necessária devido à omissão do Congresso Nacional em legislar especificamente sobre o tema. Com isso, a homofobia e a transfobia passaram a ser enquadradas como crimes no Brasil, sujeitando os infratores a penas que variam de um a três anos de prisão, além de multa.


Fonte: Brasil 247

"Quem não paga imposto tem que voltar a pagar, senão a gente não reequilibra as contas", diz Haddad

 

Segundo o ministro da fazenda, o país tem um “déficit absurdo” há cerca de dez anos e o governo tem procurado corrigir o problema.

Fernando Haddad (Foto: Diogo Zacarias/MF)

Reuters - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez na noite de quarta-feira uma defesa da reforma tributária, em fase de regulamentação no Congresso, e afirmou que quem não paga imposto no Brasil precisa voltar a pagar para que o governo possa reequilibrar as contas públicas.

Em entrevista à GloboNews, Haddad afirmou que o país tem um “déficit absurdo” há cerca de dez anos e que o governo tem procurado corrigir o problema.

“Quem não paga imposto tem que voltar a pagar, senão a gente não reequilibra as contas”, disse o ministro, que na entrevista voltou a citar o impacto da desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia sobre a arrecadação.

Com foco nas contas de 2024, na última segunda-feira os ministérios do Planejamento e da Fazenda confirmaram a necessidade de contenção de 15 bilhões de reais em verbas de ministérios para levar a projeção de déficit primário do governo central em 2024 a 28,8 bilhões de reais - exatamente o limite inferior da margem de tolerância da meta de déficit zero.

Um dos fatores que levou ao congelamento foi o aumento da projeção de gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) -- programa do governo que garante renda a portadores de deficiência e idosos.

Questionado sobre como será feita a contenção de 15 bilhões de reais sem que ela afete os programas sociais, Haddad lembrou que em 2023 o governo federal economizou no Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) com a identificação de fraudes.

“Houve um descontrole de vários cadastros no governo federal", afirmou, defendendo o restabelecimento de filtros que possam identificar pagamentos indevidos.

“Ano passado foi feito trabalho neste sentido no MDS que economizou alguma coisa em torno de 9 bilhões de reais, simplesmente fazendo valer a lei e aquilo que o legislador entendeu que é o correto fazer”, reforçou, sem detalhar eventuais congelamentos a serem feitos em outras áreas da máquina pública.

Durante a entrevista, Haddad também foi questionado em duas oportunidades sobre a sustentabilidade do arcabouço fiscal no médio prazo -- especificamente a partir de 2026 ou 2027 -- considerando o crescimento dos gastos com previdência, saúde e educação.

O ministro reconheceu que existe hoje um “debate legítimo” sobre o assunto, mas limitou-se a afirmar que o governo entregará um orçamento fiscal para 2025 “bastante consistente”.

REFORMA TRIBUTÁRIA - Na entrevista, Haddad também defendeu o andamento do projeto de regulamentação da reforma tributária, atualmente em tramitação no Senado.

Questionado sobre a possibilidade de a matéria levar mais tempo que o previsto na Casa, Haddad afirmou que é “natural” que o Senado queira opinar.

“Não vejo preocupação que o Senado ocupe o segundo semestre com este debate. Mas confio muito nas lideranças... que fizeram ano passado excelente trabalho de costura, para não atrasar a sanção da regulamentação que tem tudo para acontecer este ano”, disse.

Haddad lembrou que a mudança da tributação sobre o consumo -- atacada pela reforma tributária -- é a mais complexa no Brasil, mas indicou que o governo pretende, em um segundo momento, tratar da tributação da renda.

“O debate sobre a renda acontece com lei ordinária, e não com emenda constitucional. Contudo, sob o ponto de vista político, é um assunto mais espinhoso”, afirmou. “Pretendemos entregar para o presidente da República cenários de como nós vemos a oportunidade de fazer a reforma sobre a renda, para melhorar a distribuição de renda”, acrescentou.

TRIBUTAÇÃO DE SUPER-RICOS - Haddad também voltou a defender durante a entrevista à GloboNews a tributação global de super-ricos -- um tema caro ao Brasil nesta semana, com o encontro de autoridades da área financeira do G20 no Rio de Janeiro.

O ministro afirmou que a taxação busca atingir 3.400 famílias do mundo que detêm 15 trilhões de dólares de patrimônio, mas que utilizam atualmente artifícios para pagar menos impostos. Segundo Haddad, a proposta vem ganhando o apoio de outros países.

Duas autoridades do G20 disseram à Reuters, porém, que os líderes financeiros do G20 estão preparando uma declaração conjunta para esta quinta-feira em apoio à tributação progressiva, que não chegará a endossar a proposta do Brasil de um "imposto global dos bilionários".

França, Espanha, Colômbia, Bélgica e União Africana apoiaram a ideia de tributação dos super-ricos, juntamente com a África do Sul, que assumirá a presidência do G20 no próximo ano. No entanto, a ideia sofreu resistência de grandes nomes, inclusive da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen.

Uma das ideias é a de que os recursos da tributação possam contribuir para a erradicação da fome em todo o mundo.

“O Brasil tem recursos suficientes para, durante este mandato do presidente Lula, tirar o país do mapa da fome”, disse Haddad. “Em relação ao mundo, o desafio é maior. Temos países com renda muito baixa.”

Fonte: Brasil 247

Ex-secretário da Receita Federal depõe à PF sobre áudio de Ramagem e Bolsonaro no caso da “Abin Paralela”

 Auditor vai falar sobre menção a seu nome feita durante reunião entre ex-chefe da agência e ex-presidente em 2020


O ex-secretário da Receita Federal, José Tostes, irá prestar depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira no inquérito que apura o monitoramento ilegal realizado por servidores da Agência Brasileira de Investigação (Abin). O auditor será questionado sobre a menção ao seu nome feita durante uma reunião entre o então chefe da pasta Alexandre Ramagem e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em agosto de 2020.


Na ocasião, Bolsonaro teria sugerido que advogadas do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) falassem com Tostes e com o então chefe do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), estatal de processamento de dados do governo, sobre o caso das “rachadinhas” envolvendo o filho 01 na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).


— É o caso de conversar com o chefe da Receita — disse.


A fala se deu após as duas citarem supostas irregularidades cometidas por auditores da Receita na elaboração de um relatório de inteligência fiscal que originou o inquérito. A conversa teve o áudio gravado por Ramagem. O arquivo foi identificado pela PF após a apreensão de seu celular e computador, em janeiro desse ano.


Os investigadores pretendem perguntar a Tostes se ele foi procurado após esse encontro. Durante a gravação, Ramagem afirmou que “seria necessário a instauração de procedimento administrativo” contra os auditores, “visando anular a investigação, bem como retirar alguns auditores de seus respectivos cargos”.


O áudio foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), há duas semanas e deverá passar por uma perícia por profissionais do Instituto Nacional de Criminalística (INC) para ser transcrita a íntegra da reunião, de 1h e 8 minutos de duração, inclusive quando há sobreposição de vozes. 


Na reunião, as advogadas também citaram estratégias defensivas que pretendiam adotar. Nas redes sociais, o senador negou envolvimento com a chamada “Abin paralela” e disse ser vítima de “criminosos que acessaram ilegalmente” os seus dados sigilosos na Receita Federal.


O inquérito da PF visa apurar a espionagem irregular de autoridades da cúpula do Legislativo e do Judiciário, além de desafetos políticos e jornalistas, no esquema que ficou conhecido como “Abin paralela”.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.

Stephen Curry declara apoio a Kamala Harris para presidência dos EUA durante Jogos de Paris-2024

 

Astro do basquete reafirmou aliança com vice-presidente em coletiva na capital francesa

(Foto: Reuters)

A possível candidatura de Kamala Harris à presidência dos Estados Unidos recebeu um apoio significativo nesta quinta-feira (25). Em coletiva de imprensa em Paris, o astro do basquete Stephen Curry, que integra a seleção norte-americana, declarou seu apoio à vice-presidente durante uma coletiva de imprensa organizada pelo Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos, em Paris, reforçando a aliança formada nas eleições de 2020.

"O presidente Biden deu seu aval, e a vice-presidente Harris está tentando trazer sua energia para a campanha. Se ela estiver na disputa, queremos que ganhe essa eleição. Seria um grande negócio, para dizer o mínimo," afirmou Curry, ao lado de seu companheiro de seleção, Kevin Durant.

Kamala Harris, que é natural de São Francisco e torcedora dos Warriors, tem mantido uma relação próxima com Curry e sua família desde a campanha de 2020. Há duas semanas, Harris visitou o treino da seleção norte-americana de basquete em Las Vegas, onde foi recebida por Curry e pelo treinador Steve Kerr. Em 2020, Curry e sua família pediram votos para a chapa Biden-Harris, e após a vitória, o jogador presenteou Harris com uma camisa autografada. 

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Professora, neurologista: quem é a médica presa por sequestrar bebê recém-nascida em Minas

 

Apesar dos riscos que enfrentou, a bebê foi encontrada em em Itumbiara (GO) com vida e encaminhada imediatamente à emergência

(Foto: Reprodução)

Nesta semana, um caso que mais parecia um capítulo de novela chocou o país: a médica neurologista Claudia Soares Alves, 42 anos, é indicada como a sequestradora de uma bebê recém-nascida com apenas 3 horas de vida no Hospital das Clínicas de Uberlândia (MG), a cerca de 540 quilômetros de Belo Horizonte.

Apesar dos riscos que enfrentou, a bebê foi encontrada em  em Itumbiara (GO) com vida e encaminhada imediatamente à emergência. Médicos informaram que o estado de saúde do bebe é ótimo. 

Reportagem da CNN buscou as referências da sequestradora. Cláudia Soares Alves é médica e teve o primeiro registro no Conselho Federal de Medicina (CFM) homologado em novembro de 2004. De acordo com o órgão, ela tem especialidades em neurologia e clínica médica. Portanto, diferentemente do que teria informado, ela não é pediatra.

Desde 2019. Cláudia é professora nos cursos de enfermagem e medicina na Universidade Estadual de Goiás, no campus Itumbiara. A informação é confirmada no site da instituição.

Claudia tem um perfil com mais de 10 mil seguidores e está ativo desde 2019. A médica posta conteúdos frequentes a respeito de questões relacionadas à neurologia, como enxaqueca, acidente vascular cerebral (AVC), distúrbios do movimento, esclerose múltipla e Alzheimer.


Fonte: Brasil 247 com informações da CNN

Polícia Militar de Tarcisio registrou aumento de 92% em mortes no primeiro semestre de 2024

 

Número de óbitos em ações policiais cresceu significativamente, com destaque para a Operação Escudo na Baixada Santista

PM de São Paulo e Tarcísio de Freitas (Foto: Polícia Civil de SP/Twitter | ABR)

No primeiro semestre de 2024, o número de mortes provocadas por policiais militares (PMs) no estado de São Paulo cresceu 71% em comparação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública do Ministério Público de São Paulo (MPSP). Entre janeiro e junho de 2023, foram registradas 201 mortes causadas por PMs, em serviço e fora dele. Já nos primeiros seis meses deste ano, o número subiu para 344, revela reportagem do Metrópoles.

Considerando apenas as mortes causadas por PMs em serviço, o aumento foi de 92%, passando de 154 óbitos no primeiro semestre de 2023 para 296 no mesmo período de 2024. Na capital paulista, foram contabilizadas 92 mortes por policiais nos primeiros seis meses deste ano, 70 das quais por PMs em serviço. No ano anterior, o total foi de 73, com 49 ocorrendo durante o serviço.

A região da Baixada Santista, palco da 3ª Fase da Operação Escudo, que mudou de nome para Verão,  registrou o maior aumento no número de mortes causadas por policiais militares. Em Santos, o número saltou de sete, nos primeiros seis meses de 2023, para 33 no mesmo período de 2024.

A Operação Verão, iniciada após a morte de um soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar em Santos, mobilizou batalhões de elite da PM para incursões em comunidades locais durante cerca de dois meses. 

A operação foi alvo de críticas severas e levou a Ouvidoria das Polícias e entidades de direitos humanos a apresentarem relatórios ao MPSP, denunciando práticas de tortura e execuções em comunidades pobres da Baixada Santista. Tarcísio reagiu às críticas com indiferença, afirmando em 8 de março que não se importava com a possibilidade de ser denunciado à Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) devido às ações policiais. "Sinceramente, nós temos muita tranquilidade em relação ao que está sendo feito. E aí, o pessoal pode ir na ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parta, e eu não estou nem aí", declarou.

Fonte: Brasil 247 com Metrópoles

Prévia da inflação, IPCA-15 desacelera para 0,30% em julho

 

Dos grupos de produtos e serviços pesquisados, alimentação e bebidas tiveram queda. Maior impacto veio do grupo de transportes

Supermercado. Foto: Divulgação

Por Roberto de Lira, Infomoney - O IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, voltou a desacelerar em julho, com alta de 0,30% ante junho, após ter subido 0,44% em maio e 0,39% no mês passado, informou nesta quinta-feira (25) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 12 meses, a variação do IPCA-15 em julho foi de 4,45%, acima dos 3,19% observados no mesmo período do ano passado e também maior que os 4,06% até junho. Em julho de 2023, a variação mensal do IPCA-15 tinha sido de -0,07%.

Os dados de julho vieram acima do consenso LSEG de analistas, que previam inflação mensal de 0,23% e taxa anualizada de 4,38%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em julho. Apenas o grupo de Alimentação e bebidas (-0,44%) e o de Vestuário (-0,08%) apresentaram variação negativa.

A maior variação (1,12%) e o maior impacto (0,23 ponto percentual) vieram do grupo Transportes. Na sequência, vieram os grupos Habitação (0,49% e 0,07 p.p) e Saúde e cuidados pessoais (0,33% e 0,05 p.p).

Dentro de Transportes, as passagens aéreas subiram 19,21% e contribuíram com 0,12 p.p. no índice de julho. Em relação aos combustíveis, que subiram 1,39%, gasolina (1,43%), etanol (1,78%) e óleo diesel (0,09%) tiveram alta, enquanto gás veicular (-0,25%) registrou queda de preços.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

“Esquerdopata” e “Cuba”: o motivo da condenação de Luciano Hang pela Justiça do RS

 

O empresário bolsonarista Luciano Hang. Foto: reprodução

O empresário bolsonarista Luciano Hang, proprietário da rede de lojas Havan, foi condenado por difamação e injúria contra o arquiteto Humberto Tadeu Hickel, a quem chamou de “esquerdopata” e sugeriu que “vá para Cuba”.

A decisão foi proferida na terça-feira (23) pela 1ª Câmara Especial Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), presidida pelo Desembargador Luciano Andre Losekann e tendo como relator o Desembargador Marcelo Machado Bertoluci.

As declarações de Hang foram publicadas em um vídeo nas redes sociais após Hickel liderar uma campanha contra a instalação de uma estátua da liberdade perto de uma nova filial da Havan em Canela, na serra gaúcha. A estátua é uma peça tradicional nas lojas da rede.

“Depois do vídeo recebi centenas de xingamentos de pessoas que inundaram minhas redes sociais para me ofender, e inclusive ameaças, o que me deixou muito nervoso. Tive que ficar de cama porque faço acompanhamento com cardiologista e afetou minha saúde. Além disso, tive que mudar meus hábitos e deixar de andar com meus netos pelas ruas de Canela, como costumava fazer, o que me entristeceu muito”, reclamou o arquiteto.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e o empresário Luciano Hang. Foto: Reprodução

Vale destacar que o simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado a uma pena de 1 ano e 4 meses em regime aberto, além de 4 meses de detenção, que serão convertidos em penas restritivas de direitos.

As penas incluem prestação de serviços à comunidade, com um compromisso diário de uma hora, e o pagamento de uma multa de 35 salários mínimos, que será destinada ao apelante. Além disso, o empresário recebeu uma penalidade financeira de 20 dias-multa, cada um no valor de 10 salários mínimos.

Hang, no entanto, afirmou que irá recorrer da decisão: “O Brasil é um país extremamente perigoso para um empreendedor. Na busca de gerar empregos e desenvolvimento, pode ser processado criminalmente por pessoas que se utilizam de ideologias ultrapassadas para impedir a construção de empreendimentos. É o que está acontecendo neste caso. Um absurdo”, disse em nota.

Fonte: DCM

Quem é María Corina Machado, opositora por trás da campanha da direita na Venezuela

María Corina Machado encabeça campanha de Edmundo González Urrutia; candidato nega que vá passar presidência para ela caso ganhe – Juan BARRETO / AFP

 O principal candidato de oposição para as eleições da Venezuela é Edmundo González Urrutia. O ex-diplomata vai para a disputa presidencial de 28 de julho como o nome forte da direita do país para tentar evitar a reeleição do atual presidente, Nicolás Maduro. Mas entre os dois, há uma terceira figura que está por trás da campanha de Urrutia contra o governo: a ex-deputada ultraliberal María Corina Machado.

Mais do que uma madrinha política de Urrutia, ela protagoniza a campanha desse setor da direita, já que escolheu o ex-diplomata – até então desconhecido no mundo político venezuelano – para substituir sua própria candidatura presidencial.

Durante os atos da campanha, é comum que apoiadores da direita declarem seu voto em María Corina, não em Edmundo, formando uma espécie de consenso de que uma vitória de Urrutia significaria um futuro governo de Machado. No entanto, a ex-deputada não poderá nem concorrer e muito menos assumir a Presidência, já que está inabilitada de ocupar cargos públicos por 15 anos pela Justiça venezuelana.

O processo contra ela começou em 2015 e a pena de 15 anos foi divulgada pela Controladoria-Geral da República em junho de 2023. Segundo o órgão, ela cometeu “inconsistência e ocultação” de ativos na declaração de bens que apresentou no período em que foi deputada na Assembleia Nacional (2011-2014). A opositora, no entanto, nega qualquer irregularidade e alega sofrer perseguição.

Apesar de protagonizar a campanha opositora das eleições de 2024, a história política de María Corina Machado não começou nos últimos meses. A ex-deputada atua politicamente no país há décadas e já se envolveu em golpes de Estado, pedidos de sanções e apoios à intervenção armada estrangeira.

Família rica e ONG financiada pelos EUA

A histórica opositora ao chavismo é filha de Enrique Machado Zuloaga, um dos maiores empresários venezuelanos, falecido em janeiro de 2023. Dono da siderúrgica Sivensa, Zuloaga chegou a construir um império ligado ao ramo de metais pesados e energia que, após sua morte, continua sob o comando da família. O atual presidente da empresa é Oscar Augusto Machado, primo de María Corina.

No início dos anos 1990, as empresas da família Machado se tornaram as primeiras exportadoras privadas não-petroleiras da Venezuela, mas entraram em choque com o governo do ex-presidente Hugo Chávez. Em 2009, o mandatário decretou a expropriação de duas filiais da Sivensa. No ano seguinte, em 2010, após uma greve de trabalhadores de outra subsidiária da Sivensa, a Sidetur, o ex-presidente também nacionalizou a empresa.

O ex-presidente Hugo Chávez – Foto: Reprodução

Naquele período, Machado já atuava politicamente no país dirigindo uma organização fundada por ela mesma chamada Súmate, que se classifica como uma ONG para “monitorar eleições na Venezuela”. No entanto, a entidade teve participação ativa nas mobilizações que culminaram no golpe de Estado contra Chávez em 2002 e na campanha para a convocação de um referendo revogatório para encerrar o mandato do ex-presidente em 2004. Após a vitória chavista na votação com quase 60% dos votos, os diretores da Súmate foram acusados de conspiração pela Justiça venezuelana por receberem doações do National Endowment for Democracy (NED), instituição estatal dos EUA criada nos anos 1980 para atuar na política externa estadunidense.

Golpe contra Chávez e visita a Bush

Além do apoio da Súmate ao golpe que derrubou Chávez por 48 horas em 2002, María Corina apoiou pessoalmente o governo golpista que se apoderou do país momentaneamente naquele ano. Na ocasião, o então diretor da principal entidade empresarial do país, Pedro Carmona Estanga, se autoproclamou presidente da Venezuela e assinou um decreto que fechava o Congresso, anulava a Constituição, dissolvia a Suprema Corte e suspendia garantias legais. María Corina estava entre as mais de 300 pessoas que fizeram parte do breve governo golpista e assinaram o chamado “Decreto Carmona”.

Após o golpe e a derrota no referendo revogatório em 2004, Machado ampliou sua ação e buscou apoio internacional para a Súmate. Em 2005, visitou a Casa Branca e se reuniu com o então presidente dos EUA, George W. Bush. O encontro gerou repúdio por parte de Caracas, que alegou que, naquele momento, nem o embaixador venezuelano em Washington conseguia uma reunião com Bush.

Deputada cassada e ‘guarimbas’

Em 2010, Machado foi eleita como deputada pelo Estado de Miranda, mas não chegou a terminar o mandato. Ela foi cassada em 2014, após aceitar um cargo de embaixadora do Panamá na OEA (Organização dos Estados Americanos), violando o artigo 149 da Constituição venezuelana que impede funcionários públicos de aceitar cargos de governos estrangeiros sem a autorização do Congresso. Segundo María Corina, o posto oferecido pelo governo panamenho serviria para “denunciar a violência cometida” pelo presidente Nicolás Maduro.

Enquanto ocupou o cargo na OEA, Machado pediu mais sanções contra a Venezuela para pressionar o governo. As violências às quais Maria Corina se referia eram as ações policiais contra diversos protestos opositores, que ficaram conhecidos no país como “guarimbas”. O estopim das marchas foram as declarações dadas em 2013 pelo então candidato opositor à Presidência, Henrique Capriles, dizendo que não reconheceria a vitória de Maduro e que convocaria a população a protestar contra os resultados eleitorais.

No entanto, ao longo dos meses, os protestos foram ganhando amplitude e ficaram marcados pelo alto nível de violência empregado pelos manifestantes que incendiavam prédios públicos, atacavam sedes de partidos de esquerda e agrediam trabalhadores que se recusavam a aderir às marchas. Neste momento, Capriles tentou afastar sua imagem dos distúrbios e enfrentamentos quase diários entre a polícia e os manifestantes. A decisão abriu brecha para que outros líderes opositores assumissem a liderança dos protestos. Entre eles, estava María Corina Machado.

As “guarimbas” voltaram a ocorrer três anos mais tarde, em 2017. Os protestos daquele ano, no entanto, duraram mais tempo e se mostraram ainda mais violentos que os de 2014. Segundo a versão do governo, ao menos seis pessoas foram mortas e 23 foram atacadas durante os atos por serem simpatizantes ou apoiadores do chavismo.

O caso mais emblemático da violência das “guarimbas” ocorreu em maio de 2017, quando Orlando Figuera, um jovem de 22 anos, foi linchado, esfaqueado e teve seu corpo incendiado após ser acusado de ser chavista durante uma marcha na zona leste de Caracas. Segundo a mãe do rapaz, que o encontrou no hospital ainda com vida, os participantes da marcha perguntaram a Figuera se ele era chavista e o jovem respondeu que sim. “O apunhalaram, lincharam, colocaram gasolina e queimaram. O queimaram vivo porque ele era negro e porque era chavista”, disse a mãe em uma entrevista ao jornal português Público.

Visita ao Brasil e medida cautelar

Em meio às primeiras “guarimbas” e logo após ser cassada, Maria Corina visitou o Brasil em abril de 2014. A convite do então senador Ricardo Ferraço, Machado foi recebida na Comissão de Relações Exteriores do Senado, onde foi elogiada pela bancada da então oposição à ex-presidenta Dilma Rousseff e questionada pelos senadores da base governista. Protestos de movimentos populares contra a presença da opositora também foram registrados em Brasília. A passagem pelo país também incluiu uma reunião com o então governador de São Paulo e atual vice-presidente, Geraldo Alckmin, e a participação no programa Roda Viva da TV Cultura.

Em junho daquele ano, após retornar à Venezuela, María Corina foi formalmente indiciada pelo Ministério Público por sua participação nos episódios violentos ocorridos durante os protestos opositores. Além disso, ela foi acusada de participar de um plano para outro golpe de Estado, desta vez, para derrubar Maduro. A denúncia foi acolhida pelo MP após o vazamento de supostos e-mails trocados entre Machado e outros opositores que tratavam de um plano golpista “com apoio de Washington”.

Durante as investigações, o MP pediu à Justiça uma medida cautelar para impedir que a opositora deixasse o país durante o processo.

Juan Guaidó e bloqueio dos EUA

Em 2019, a oposição deu mais um passo no caminho insurrecional para tentar chegar ao poder ao apoiar a autoproclamação do ex-deputado Juan Guaidó como “presidente interino” do país. O plano estava inserido na chamada estratégia de “pressão máxima” elaborada por Donald Trump durante seu período na Casa Branca. Aliado a Guaidó e ao “governo interino”, as sanções impostas pelos EUA contra a indústria petroleira tinham a intenção de criar o caos econômico e político e, assim, forçar uma saída de Maduro do poder.

Fora dos holofotes, María Corina apoiou Guaidó durante todo o período do “interinato”, apesar de nunca ter ocupado nenhum cargo dos que foram criados pelo governo paralelo. Foi também durante esse período que a opositora passou a falar mais abertamente em uma “intervenção militar estrangeira” na Venezuela para derrubar o governo chavista.

“Se a ameaça não for real, o regime não vai ceder”, disse Machado à BBC em 2019. No ano seguinte, em 2020, em uma entrevista à agência alemã Deutsche Welle, a ex-deputada chegou a pedir uma “intervenção militar cirúrgica, que retire Maduro do poder”.

Apesar da derrota eleitoral de Trump em 2020, do fim do “governo interino” de Guaidó em 2022 e mesmo durante a campanha eleitoral na Venezuela, María Corina segue apoiando a política de sanções dos EUA contra a Venezuela, que hoje formam um conjunto de mais de 900 medidas tomadas contra instituições, empresas estatais e funcionários públicos.

Ultraliberal e amiga da extrema direita

As posturas de María Corina, ao longo dos últimos anos, estiveram marcadas pela oposição ao chavismo e às políticas econômicas dos governos Chávez e Maduro. No entanto, foi só no último ano que suas ideias políticas, econômicas e sociais ganharam mais destaque na imprensa nacional e internacional.

Uma das principais propostas de Machado é privatizar a maioria dos bens e empresas públicas da Venezuela, inclusive a petroleira PDVSA. A empresa é a principal responsável pela arrecadação de divisas do Estado e, apesar da crise e das sanções, continua sendo o pólo mais dinâmico da economia venezuelana. A opositora, entretanto, ainda não apresentou um plano sobre como executaria a venda da estatal.

A proposta está baseada em ideias ultraliberais que Machado defende há anos e que estão no estatuto do partido que ela fundou em 2012, o Vente Venezuela: o Estado mínimo, a predominância da propriedade privada e o protagonismo do setor empresarial.

No âmbito social, apesar de se manter neutra em questões como a legalização do aborto e o matrimônio igualitário, Machado adota um discurso conservador que reverbera entre opositores mais radicais ao chavismo, além de estar em sintonia com algumas forças políticas de extrema direita de outros países, como o partido Vox, da Espanha, e com figuras ligadas ao “bolsonarismo” no Brasil.

Prova disso é que a ex-deputada venezuelana é uma das signatárias da Carta de Madri, manifesto criado em 2020 com o apoio de diversas correntes e personagens da ultradireita, como Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Javier Milei, presidente da Argentina, e Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália.

Comissão do Senado

María Corina Machado foi convidada pelo ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil) para participar de uma audiência da Comissão de Segurança Pública do Senado brasileiro em setembro de 2023. Ela compareceu por videoconferência e recebeu elogios dos únicos cinco senadores presentes, todos ligados ao campo político “bolsonarista”: Hamilton Mourão (Republicanos), Esperidião Amin (PP), Jorge Seif (PL), Eduardo Girão (Novo) e Sergio Moro (União Brasil).

Ela apresentou algumas propostas de campanha, criticou o governo de Nicolás Maduro e disse que estaria disposta a recebê-los em Caracas para eventuais visitas oficiais.

Fora das eleições de 2024

Mesmo com a inabilitação, Machado participou das primárias da oposição vencendo e aumentando a tensão em torno da sua participação no pleito de 2024.

O governo e parte da oposição assinaram em outubro de 2023 um acordo em Barbados para delimitar as regras iniciais para as eleições. Entre os termos definidos, estava a revisão dos inabilitados pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ). Em dezembro de 2023, a ultraliberal entrou com um pedido no TSJ para revisar sua inabilitação. A decisão da Corte foi divulgada em janeiro, confirmando a impossibilidade de concorrer.

Fora da disputa, ela tentou emplacar uma professora universitária chamada Corina Yoris para a disputa, mas não recebeu apoio de outros partidos da oposição. Machado então começou um embate pessoal com o governador de Zulia, Manuel Rosales, que também estava inscrito como candidato. A disputa se deu em torno de quem seria o candidato que formaria um consenso na Plataforma Unitária. A ultraliberal conseguiu chegar a um acordo com Rosales para apoiar Edmundo González Urrutia.

Fonte: DCM