quarta-feira, 24 de julho de 2024

PMs presos pelo 8/1 continuam a receber bons salários, aposentadorias premiadas e ainda ganham Pix de bolsonaristas

 Os 7 integrantes da cúpula da PMDF, réus por omissão nos atos golpistas, estão em liberdade provisória

Os sete integrantes da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) réus no Supremo Tribunal Federal (STF) pela suspeita de omissão e de cometerem ao menos outros cinco crimes têm seguido a vida fora da prisão com bons salários, ajuda de “patriotas”, reformas em casa e aposentadorias acima de meio milhão de reais. Eles foram presos preventivamente, em agosto de 2023, em ação da Polícia Federal, mas tiveram a liberdade provisória autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.


Os dois últimos a saírem da cadeia foram o major Flávio Silvestre de Alencar e o tenente Rafael Pereira Martins, em 29 de maio. Mas todos recebem, ao menos desde janeiro de 2024, suas remunerações mensais. Eles estão em liberdade provisória, mediante o cumprimento de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira, enquanto respondem à Ação Penal nº 2.417, no Supremo.


A Corte os tornou réus, em 20 de fevereiro, quando a Primeira Turma aceitou, por unanimidade, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os sete policiais que integravam a cúpula da PMDF: os coronéis Fábio Augusto Vieira, Klepter Rosa Gonçalves, Jorge Eduardo Naime Barreto, Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra e Marcelo Casimiro, o major Flávio Silvestre de Alencar e o tenente Rafael Pereira Martins.


Na ação, os oficiais da PMDF respondem pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência, grave ameaça com emprego de substância inflamável contra patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima, deterioração de patrimônio tombado, violação de dever contratual de garante e por ingerência da norma.


Enquanto o processo está em fase de instrução no Supremo, os réus seguem nos holofotes. Em abril, os dois coronéis que comandavam a PMDF em 8 de janeiro se aposentaram após ser presos e receberam, juntos, R$ 1,3 milhão líquido.


Klepter recebeu R$ 824,7 mil, e Fábio, R$ 534,9 mil. Esses são os valores líquidos, ou seja, o que efetivamente foi pago após os descontos obrigatórios.


É comum coronéis receberem montantes que giram em torno de R$ 500 mil quando se aposentam, porque eles recebem licença-prêmio e licença especial – benefícios referentes a afastamentos previstos em lei que não foram usufruídos ao longo da carreira.


No caso de Klepter, dos R$ 824,7 mil, R$ 421,7 mil são referentes às licenças e R$ 288,9 mil às férias indenizadas. Fábio também recebeu R$ 421,7 mil de licenças não usufruídas.


Remunerações

No Portal da Transparência do GDF, também é possível checar quanto os réus receberam de janeiro a maio deste ano, último mês com dados inseridos no sistema. Alguns tiveram as remunerações suspensas por causa da prisão, mas os pagamentos foram retomados.


Salários dos réus de janeiro a maio de 2024 (Portal da Transparência):

  • Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da PMDF. Em maio, pelo contracheque disponibilizado no Portal da Transparência, ele recebeu salário bruto de R$ 27.030,91. O salário líquido, com descontos, ficou em R$ 19.476,78;

  • Klepter Rosa Gonçalves, também ex-comandante. Salário líquido, já com descontos, no valor de R$ 20.439,59;

  • Jorge Eduardo Naime, ex-comandante de operações. Salário líquido no valor de R$ 20.988,80;

  • Paulo José Ferreira, chefe interino do Departamento de Operações (DOP) no 8 de Janeiro. Recebeu, de janeiro a abril, salário líquido mensal de R$ 20.356,50;

  • Marcelo Casimiro, então titular do 1º Comando de Policiamento Regional (CPR). De janeiro a abril, recebeu salário líquido de R$ 19.534,84. Em maio, com o pedido de aposentadoria, recebeu o valor líquido de R$ 588.795,85;

  • Rafael Pereira Martins, chefe de um dos destacamentos do Batalhão de Polícia de Choque da PMDF na data. Recebeu, de janeiro a abril, salário líquido de R$ 12.171,81;

  • Flávio Silvestre de Alencar, major que chegou a ser preso duas vezes pela Polícia Federal (PF) no âmbito das investigações sobre supostas omissões. Ele recebeu, de janeiro a abril, salário líquido de R$ 22.536,59.

Reforma e Pix de “patriotas”

Além dos valores recebidos por suas aposentadorias, chamou a atenção a ajuda recebida pelo coronel Jorge Eduardo Naime por meio de depósitos de “patriotas”. Matéria do portal Metrópoles mostrou que, sensibilizados pelos pedidos de Pix da esposa do militar nas redes sociais, Mariana Fiuza Taveira Adorno Naime, simpatizantes contribuíram com a família.


Nas publicações, Mariana afirmou ter “dívidas urgentes que precisam ser pagas” e que necessitava da ajuda “enquanto o salário esteve bloqueado e enquanto o provedor de sua família esteve preso”.


No entanto, a reportagem mostrou que a família Naime reside em uma casa de alto padrão, em condomínio fechado, em Vicente Pires-DF. O local passa por reforma com melhorias, principalmente perto da área da piscina.


Jorge Eduardo Naime era chefe do Departamento de Operações (DOP) da PMDF, mas não estava no cargo em 8 de janeiro de 2023, quando os prédios da Praça dos Três Poderes foram invadidos. Naime, de licença-recompensa na época, é acusado pela PGR de omissão nos atos antidemocráticos. Ele foi o primeiro militar da alta cúpula da PMDF preso em investigações do 8/1.


A transformação do coronel em um símbolo da direita aconteceu após uma série de mobilizações de parlamentares e outras figuras políticas, que passaram a “adotar” o policial evangélico. O militar enviou pelo celular mensagens nas quais chamava homens do Exército de “melancias” e foi detido por ordem de Alexandre de Moraes. “Melancias” é um termo usado para dizer que a pessoa é “vermelha por dentro”, isto é, comunista.


Os pedidos de contribuição financeira nas redes começaram quando Naime teve a remuneração suspensa por determinação do STF, no fim de agosto de 2023. À época, Mariana chegou a classificar o corte salarial como “tortura psicológica”. No mês seguinte, ela abriu conta no X, antigo Twitter.


À reportagem, Mariana Naime afirmou ter compromisso com a verdade e disse que “recebeu doações e apoio enquanto o salário esteve bloqueado e enquanto o provedor de sua família esteve preso”. “Quando da ida à reserva, ele [o marido] recebeu valores/acerto da polícia e tem utilizado em casa. Essa associação que se faz é tendenciosa”, pontuou a esposa do militar.


Descumprimento de cautelar

Em abril, o ministro do STF Alexandre de Moraes intimou o coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da PMDF, para prestar esclarecimento sobre possível descumprimento de medidas cautelares.


Com o benefício da liberdade provisória, o oficial tem de obedecer a uma série de determinações, como evitar o uso das redes sociais e utilizar tornozeleira eletrônica. Ele também está proibido de se ausentar do Distrito Federal. Fábio Augusto ainda foi obrigado a entregar os passaportes e a se apresentar, todas as segundas-feiras, na Vara de Execução Penal (VEP).


A reportagem acionou a Polícia Militar do Distrito Federal para saber como está a situação desses integrantes dentro da corporação. Por meio de nota, a PMDF informou que “aguarda o trânsito em julgado do processo no STF para tomar futuras providências administrativas”.


Os advogados dos réus também foram procurados. Eles aguardam o andamento e as juntada de provas no processo e, por isso, optaram por não se pronunciar.


Os defensores de Klepter Rosa ressaltaram que houve “uma longa instrução processual, que foi finalizada com a oitiva dos réus e o depoimento das testemunhas, que durou longos 7 dias. Atualmente, estamos aguardando os próximos andamentos do processo”.


Com relação ao salário, a defesa ressalta que, “desde meados do mês de outubro do ano passado, ele foi parcialmente liberado, e esse valor tem viabilizado a manutenção do nosso cliente e da sua família. Como acreditamos que o julgamento se dará de forma técnica e, sobretudo, de acordo com o que está nos autos, acreditamos que ao final a Justiça será feita, e a parte do salário que está retida será devolvida ao nosso cliente”


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles.

Avaliação positiva do governo Paes cresce dez pontos, segundo pesquisa Quaest, mas segurança segue como ponto fraco

 Grupo com visão mais favorável sobre o trabalho do atual prefeito chega a 45%


A nova pesquisa Quaest sobre o cenário eleitoral do Rio, divulgada nesta quarta-feira, revela que o atual prefeito e pré-candidato à reeleição, Eduardo Paes (PSD), conseguiu ampliar em dez pontos percentuais a avaliação positiva de seu governo na capital ao longo do último mês. O levantamento indica, porém, que a mudança não se converteu em novas intenções de voto para Paes no período, embora ele continue a liderar a disputa pelo cargo — o prefeito tem entre 49% e 52% dos votos a depender da lista de concorrentes, em patamar próximo aos 51% contabilizados em junho.


O índice de eleitores que consideram a gestão de Paes positiva subiu de 35%, na pesquisa anterior, em meados de junho, para 45%. Já os que avaliam o governo Paes como negativo recuaram de 24% para 18% em um mês, enquanto a faixa que vê seu mandato como regular passou de 38% para 35%.


Contratada pela Rádio Tupi, a pesquisa entrevistou presencialmente 1.104 eleitores do Rio entre 19 e 22 de julho. A margem de erro é de três pontos para mais ou menos, em um nível de confiança de 95%. O levantamento está registrado junto à Justiça Eleitoral sob o número RJ-03444/2024.


Das mulheres aos eleitores de Paes e Lula

Houve crescimento da percepção positiva do governo entre mulheres e homens, em todas as religiões, faixas etárias e de renda, ainda segundo a pesquisa Quaest. Nesses recortes, a variação foi mais expressiva no segmento feminino. A fatia que melhor avalia o prefeito saltou nove pontos percentuais para além da margem de erro, que é de quatro pontos para o grupo. Agora, chegam a 46% as eleitoras que veem o governo Paes como positivo, ante 33% em junho. Entre os homens, o índice passou de 37% para 44% no período (alta de três pontos, se desconsiderada a margem de erro).


Entre os eleitores católicos da cidade, a atuação da prefeitura é bem avaliada por 50%. Há um mês, 42% viam a gestão de Paes positivamente. A margem de erro nesse grupo religioso é de cinco pontos.


Paes mantém desempenho inferior ao dos demais segmentos entre os eleitores evangélicos, que é mais próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), padrinho de Alexandre Ramagem (PL) na corrida pela prefeitura do Rio. Mesmo nesse estrato da população, no entanto, o aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu melhorar a avaliação de seu governo. A atual gestão é vista como positiva para 35% (eram 28% em junho), enquanto a percepção negativa recuou de 29% para 25% no período. A margem de erro para esse recorte religioso é de seis pontos percentuais para mais ou menos.


A avaliação positiva de Paes também subiu principalmente entre quem votou no pré-candidato do PSD nas eleições de 2020 (de 51% para 63%) e entre o eleitorado que votou em 2022 em Lula (49% para 61%). A Quaest mostra que o atual prefeito também marca 61% das intenções de votos entre os lulistas. Ele aparece à frente de Tarcísio Motta (PSOL), nome do campo da esquerda na corrida. O psolista marca 13% da preferência do grupo que votou em Lula na última disputa presidencial.


Na capital, Lula teve 47% dos votos válidos no segundo turno de 2022, contra 53% de Bolsonaro. Entre os eleitores do ex-presidente, 33% veem o governo Paes como positivo (eram 26% em junho) e 27% como negativo (eram 32%). Outros 39% o consideram regular.


Nesse eleitorado, o prefeito aparece à frente de Ramagem em intenções de voto, mas é seguido de perto pelo ex-diretor da Abin (39% a 29%).


Segurança na lanterna

A segurança, área que pela Constituição tem maior participação do governo estadual e deve ser explorada pelo rival bolsonarista, segue como aquela em que Paes é mais mal avaliado entre os temas pesquisados pela Quaest. São 73% os que veem piora, o mesmo índice da pesquisa anterior. A campanha de Alexandre Ramagem, que é delegado da Polícia Federal, pretende explorar a pauta na campanha.


A percepção também é negativa em relação ao trânsito (62% apontam piora), saúde (59%), a educação (48%).

Avaliação por área, segundo a Quaest — Foto: Reprodução / Quaest
Avaliação por área, segundo a Quaest — Foto: Reprodução / Quaest

A gestão Paes, porém, também viu crescer a percepção positiva da população sobre parte das áreas avaliadas, na comparação com junho. Os destaques são o transporte público (passaram de 49% para 56% os que citam melhora), limpeza (49% para 55%) e saúde (26% para 35%).


O afastamento segue como setor em que seu governo é mais bem avaliado. São 61% os que veem melhora. A área é seguida por cultura, esporte e lazer, em que 58% apontam avanços, e transporte público.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.

Ingresso de R$ 450 do Carnaval 2025 vai dar para assistir as três noites de desfiles de qualquer setor das arquibancadas da Sapucaí

 Passaporte só não vale para o setor 9, destinado aos turistas


A Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) criou uma nova categoria de ingressos para o carnaval do ano que vem: é o passaporte promocional com valor único de R$ 450, que dará direito a acompanhar as três noites de desfiles do Grupo Especial e de qualquer setor de arquibancadas especiais da Sapucaí, menos o 9, destinado aos turistas. As vendas começam no dia 27 de agosto e só será possível comprar uma unidade por pessoa.


Organizados em duas noites desde 1984, os desfiles do Grupo Especial passarão a ser realizados em três noites, pela primeira vez, a partir de 2025, com quatro escolas por noite. Outra novidade será o aumento dos desfiles em até dez minutos: cada agremiação terá entre 70 e 80 minutos para cruzar a Marquês de Sapucaí. O “Passaporte Rio Carnaval” garantirá a entrada do folião no Sambódromo no domingo (2/3), na segunda (3/3) e na terça-feira (4/3).


O preço do passaporte representará para o folião uma economia de até 35%, em comparação com aquele que comprou ingressos de arquibancadas para os dois dias de desfiles desse ano. A título de comparação, no último carnaval, o ingresso inteiro de arquibancada mais barato custou R$ 290 e o mais caro R$ 350, para cada dia. Ou seja, o folião que assistiu os dois dias de desfile pagou entre R$ 580 e R$ 700.


— Desenvolvemos essa categoria nova de ingressos pensando no nosso público mais fiel, que quer frequentar todos os dias de desfiles competitivos do Rio Carnaval. Com o passaporte, mesmo com um dia a mais, esse folião vai pagar até 35% a menos do que no ano anterior. Outro ponto positivo é que iniciaremos as vendas cerca de três meses mais cedo do que no último Carnaval —, destacou o presidente da Liesa, Gabriel David.


No momento da compra, o público poderá escolher, desde que haja disponibilidade, entre todos os setores de arquibancadas especiais que são comercializados diretamente – 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10 e 11. O setor 1 não tem venda e é normalmente destinado pelas escolas aos integrantes de suas comunidades. O 9 é específico para turistas e o 12 e 13 são os setores populares.


Do mesmo modo que aconteceu no carnaval passado, os ingressos serão vendidos através da plataforma da Ticketmaster Brasil. Será possível comprar apenas um “Passaporte Rio Carnaval” por CPF, que será nominal e intransferível. O pagamento poderá ser realizado meio de PIX ou cartão de crédito.


A redução do preço das arquibancadas tornando os ingressos mais acessíveis para o público foi uma das promessas do presidente da Liga, ao anunciar os desfiles em três dias. Falta ainda definir os preços avulsos para quem pretende comprar entradas apenas para datas específicas, assim como para o Desfile das Campeãs. Isso deverá ocorrer nos próximos dias.


Desfile das Campeãs mais caros para turistas

Até o momento, apenas os preços dos ingressos para o setor 9 da Sapucaí, conhecido como o setor turístico, haviam sido anunciados. O valor dessas arquibancadas será de R$ 600. As frisas, com seis lugares, serão vendidas a R$ 6,1 mil.


Os valores valem para cada dia de desfile, incluindo o sábado das campeãs, que até o último desfile ofereceu o setor turístico a R$ 350, a arquibancada, e R$ 3.800, para frisas com seis lugares. Para os desfiles da Série Ouro, antigo Grupo de Acesso, os ingressos das arquibancadas serão comercializados a R$ 70, e as frisas terão preço de R$ 1,2 mil.


Ordem de desfiles

Um sorteio no fim de maio definiu qual será a ordem de apresentação das escolas de samba em 2025, com quatro por noite.


Domingo (2 de março):

  1. Unidos de Padre Miguel
  2. Imperatriz Leopoldinense
  3. Viradouro
  4. Mangueira

Segunda-feira (3 de março):

  1. Unidos da Tijuca
  2. Beija-Flor
  3. Salgueiro
  4. Vila Isabel

Terça-feira (4 de março):

  1. Mocidade
  2. Paraíso do Tuiuti
  3. Grande Rio
  4. Portela

Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Pesquisa Quaest: Paes lidera no Rio com 49% das intenções de voto; Ramagem tem 13% e Tarcísio 7%

 Liderança de Paes é mais acentuada entre mulheres, segmento no qual aparece 41 pontos à frente do bolsonarista


A segunda pesquisa Quaest sobre a eleição de 2024 do Rio, divulgada nesta quarta-feira, mostra ampla vantagem do atual prefeito Eduardo Paes (PSD). O candidato à reeleição e aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem hoje 49% das intenções de voto, no cenário com todos os pré-candidatos testados pelo instituto. Aparecem em seguida os deputados federais Alexandre Ramagem (PL), nome de Jair Bolsonaro (PL), que tem 13%, e Tarcísio Motta (PSOL), que soma 7%. Já em um cenário com menos candidatos, que repete o do levantamento anterior, Paes permanece na liderança, com 52%.


Na amostra com maior número de nomes, Cyro Garcia (PSTU) e Rodrigo Amorim (União) somam 3% cada. Já Juliete Pantoja (UP) e Marcelo Queiroz (PP) têm 2%, enquanto Carol Sponza (Novo) e Dani Balbi (PCdoB) obtêm 1% cada. Intenções de votos em branco, nulo e eleitores que não pretendem comparecer às urnas chagam a 15%. Os que se dizem indecisos são 4%.


Nos recortes por segmentos da população, a vantagem de Paes é maior entre os eleitores com ensino fundamental, faixa em que está 53 pontos percentuais acima de Ramagem. A liderança se torna mais apertada nos grupos com ensino médio e ensino superior completo ou incompleto. Neste último grupo, a dianteira do atual prefeito para o pré-candidato de Bolsonaro cai para 28 pontos percentuais.


Apesar de Paes liderar com folga em todos os segmentos religiosos, a diferença é menor entre evangélicos, segmento no qual o aspirante à reeleição tem 41% das intenções de voto, ante 21% de Ramagem. Entre católicos, a vantagem é superior à média geral: o prefeito soma 56%, contra 13% do candidato de Bolsonaro.


O levantamento mostra também que a liderança de Paes é mais acentuada entre as mulheres, segmento no qual aparece 41 pontos percentuais à frente de Ramagem. Já entre os homens, a distância entre eles cai para 31 pontos.


Eleitorado de Paes e Lula

A pesquisa Quaest também comparou o cenário deste primeiro turno com os votos para prefeito em 2020 e presidente em 2022. O levantamento aponta que Ramagem teria o voto de 38% dos eleitores de Marcelo Crivella na eleição municipal passada, enquanto Paes acumula 17% daqueles que votaram no seu oponente há quatro anos. O atual chefe do Executivo municipal também acumula 67% das intenções de voto dos eleitores que já votaram nele no pleito passado, enquanto 5% nesse grupo planejam optar por Ramagem.


Já em relação ao pleito presidencial, Paes aparece na liderança até mesmo entre quem votou em Bolsonaro há dois anos, com 39%. Nesse eleitorado, Ramagem soma 29%. Já entre os eleitores de Lula, o atual prefeito aparece com 61%, e o candidato do ex-presidente tem 2%.


Apesar do baixo percentual de indecisos no cenário estimulado, o número é alto na pesquisa espontânea, quando o entrevistado faz sua escolha sem ter o “cardápio” de nomes à disposição. Neste cenário, 70% se dizem indecisos para a eleição do Rio, enquanto Paes desponta com 22%. Ramagem tem 5%, e os demais pré-candidatos têm juntos 1%.


A Quaest entrevistou presencialmente 1.104 eleitores cariocas entre os dias 19 e 22 de julho. A margem de erro da pesquisa, contratada pela Rádio Tupi, é de três pontos percentuais para mais ou para menos.


Ramagem avança entre evangélicos e eleitores de Crivella

Já em um segundo cenário com menos candidatos, o mesmo apresentado no levantamento anterior, de junho, Paes oscilou positivamente de 51% para 52%. Também apresentaram variações positivas Ramagem (de 11% para 14%) e Tarcísio (de 8% para 10%). No caminho inverso, Amorim foi de 4% para 3%, e Queiroz manteve 2%.


O aliado de Bolsonaro cresceu no segmento evangélico, que é mais próximo do ex-presidente. Nesse grupo, suas intenções de voto passaram 14% para 24% na comparação com a pesquisa de junho para o mesmo cenário.


A Quaest também testou três cenários de segundo turno. Entre Paes e Ramagem, o prefeito vai a 62%, enquanto o deputado federal fica com menos da metade: 25%. Brancos, nulos e pessoas que não pretendem votar somam 11%, e indecisos, 2%.

Entre Paes e Tarcísio, o candidato à reeleição apoiado por Lula tem 57% e o psolista soma 24%. Brancos, nulos e pessoas que não pretendem votar somam 17%, e indecisos, 2%.


Já numa disputa entre Ramagem e Tarcísio, ambos aparecem empatados com 32% das intenções de voto. Brancos, nulos e pessoas que não pretendem votar somam 35%, e indecisos, 1%.

Contratada pela Rádio Tupi, a pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral com o número de protocolo RJ-03444/2024. O nível de confiança é de 95%.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.