Opositor é o principal rival do presidente Nicolás Maduro nas eleições de domingo
Fonte: Brasil 247 com agências
Fonte: Brasil 247 com agências
Kimberly Cheatle admitiu “falha mais significativa em décadas” do Serviço Secreto em depoimento perante o Comitê de Supervisão da Câmara dos Representantes na segunda (22)
A diretora do Serviço Secreto dos EUA, Kimberly Cheatle, renunciou ao cargo nesta terça-feira (23). Ela estava pressionada desde o atentado contra Donald Trump, candidato republicano à presidência, em 13 de julho.
Cheatle havia admitido ao Congresso estadunidense que ela e a agência falharam na segurança do comício de Trump na Pensilvânia, quando ele sofreu uma tentativa de assassinato e foi acertado na orelha por um tiro de fuzil AR-15. Ela prestou depoimento perante o Comitê de Supervisão da Câmara dos Representantes na segunda (22).
O atentado contra Trump causou uma pressão sobre Cheatle e a agência federal de segurança e desencadeou um clamor pela sua renúncia. A então diretora havia dito logo após o ataque que não iria renunciar.
A então diretora do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle, falou ao Comitê de Supervisão da Câmara dos Representantes em audiência da primeira rodada da investigação do Congresso estadunidense sobre a tentativa de assassinato de Trump.
“Nós falhamos. Como diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, assumo total responsabilidade por qualquer falha de segurança. A tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump em 13 de julho é a falha operacional mais significativa do Serviço Secreto em décadas”, afirmou Cheatle.
Na quarta-feira (24), o diretor do FBI Christopher Wray comparecerá perante o Comitê Judiciário da Câmara e o presidente da Câmara, Mike Johnson, também deve abrir uma força-tarefa bipartidária para servir como um ponto de conexão para as investigações da casa.
“O nível de segurança fornecido ao ex-presidente aumentou bem antes da campanha e tem aumentado constantemente conforme as ameaças evoluem. Nossa missão não é política. É literalmente uma questão de vida ou morte”, disse.
O Comitê Judiciário da Câmara disse, na semana passada, que tem evidências de que o Serviço Secreto não tinha os recursos adequados para o comício de Trump, devido à escassez de pessoal criada por um evento de campanha rival em Pittsburgh com Jill Biden e uma cúpula da OTAN realizada dias antes em Washington.
James Comer, representante do Comitê Republicano de Supervisão da Câmara, pediu a renúncia de Kimberly Cheatle durante a audiência:
“É minha firme convicção, Diretora Cheatle, que você deve renunciar. O Serviço Secreto tem milhares de funcionários e um orçamento significativo, mas agora se tornou o rosto da incompetência”.
Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.
Dados da Câmara dos Deputados indicam pagamentos para impulsionamento na rede social que somam R$ 1 milhão entre janeiro e junho de 2024, contra R$ 573 mil em 2023
Deputados federais aumentaram em 75% os gastos com anúncios no Facebook do 1º semestre de 2023 para o mesmo período de 2024. O valor saltou de R$ 573 mil para mais de R$ 1 milhão dos recursos públicos pagos à rede social.
Dados oficiais da Câmara dos Deputados analisados pelo portal g1 indicam que cem dos 513 parlamentares investiram alguma quantia para “divulgação de atividade parlamentar” na rede social.
Ao todo, bancadas de 15 partidos pagaram R$ 1.004.924,96 ao longo deste ano para o “Facebook Serviços Online do Brasil ltda”, nome empresarial da plataforma no Brasil. Em 2023, foram R$ 573.573,70 de janeiro a junho.
Há tendência de crescimento nos gastos com Facebook desde 2016, primeiro ano em que a rede social aparece como um dos fornecedores da Câmara dos Deputados. À época, os parlamentares investiram R$ 11.303,04 na rede. Veja a linha do tempo com os gastos por bancada de partido na arte acima.
Os números de 2024 mantêm a tendência de alta de um ano para o outro. Deputados federais bateram recorde em valores pagos ao Facebook em 2023, com R$ 1.781.666,97, o que representou aumento de 211% em relação aos gastos em 2022, quando a Câmara gastou R$ 572.633,04 com a plataforma.
Parte dos materiais divulgados na rede social envolvem discursos feitos no plenário ou falas em comissões de temas específicas, uma espécie de “Bancada da Selfie”. A busca por protagonismo nas redes mudou rotina e ampliou conflitos no Congresso, conforme analisado por especialistas.
Bruno Ganem (Podemos-SP) e Marcelo Queiroz (PP-RJ) são os deputados federais que mais gastaram com Facebook nos seis primeiros meses de 2024.
Em 2023, ambos também lideraram os investimentos na rede social, com Queiroz (R$ 273.270,10) à frente de Ganem (R$ 252.690,70).
Desde a posse em janeiro de 2023, Bruno Ganem investiu R$ 407.690,70 para engajar com seus 1 milhão de seguidores. Já Marcelo Queiroz injetou R$ 384.175,77 para o engajamento com seus 35 mil seguidores na plataforma.
À reportagem, a assessoria de imprensa de Queiroz afirmou que está dentro da lei a utilização da cota parlamentar para custear serviços digitais, como o impulsionamento nas redes sociais e que, “em contrapartida, o gabinete do deputado Marcelo Queiroz não tem gastos com outros itens, como por exemplo, locação de veículo e de escritório em seu colégio eleitoral, no Rio de Janeiro”.
A reportagem entrou em contato com o gabinete de Ganem por telefone e enviou solicitação de posicionamento por e-mail, mas não recebeu resposta até esta publicação.
Vera Chaia, cientista política e professora da PUC (Pontifícia Universidade Católica) São Paulo, afirma que houve mudança na forma de comunicação dos políticos para prestar conta com os seus eleitores. Cita como exemplo que manifestações públicas, como condolências e parabenizações, são feitas pelas redes sociais.
No entanto, Chaia diz que é comum ver no plenário “os parlamentares nem prestando atenção no que está sendo dito, mas filmando aquilo que eles pensam”.
“Eu acho que isso daí é uma dispersão da atividade política. Não existe mais debate político, não existe mais o confronto político. Toda a manifestação agora se dá pelas redes sociais e ou pelo Facebook, ou Instagram, ou Twitter ou WhatsApp e isso, na minha avaliação, empobrece totalmente o debate e a democracia”, analisa.
Professor decano da ESPM especializado em marketing político, Emmanuel Publio Dias pontua que os gastos com Facebook são da mesma origem de verbas para viagens e os deputados estão “achando que vale mais a pena investir no Facebook do que gastar dinheiro em gasolina, hotel e passagens”.
O aumento especialmente em 2019, para ele, se dá pelo “efeito Bolsonaro” nas eleições presidenciais de um ano antes. “O Bolsonaro fez um efeito demonstração das redes sociais”, diz.
“Um candidato que não era conhecido, de um partido praticamente inexistente, e sem verba conseguiu crescer e se eleger. Então, esse efeito de demonstração seguramente mostrou para os parlamentares e para os políticos que valia a pena ter uma presença forte nas redes sociais. Acredito que o Facebook era a rede que já estava mais disseminada entre todos os brasileiros e, portanto, também entre os parlamentares”, avalia.
Publio Dias vê um problema estrutural na lógica de comunicação usada pelos políticos no Brasil. Segundo ele, o marketing é feito de dois em dois anos, somente na época das eleições – sejam as estaduais e nacionais, sejam as municipais, como em 2024.
“O fato de que a gente vê os assessores sendo gravados, fazendo selfies, etc, isso vem da pobreza e da miserabilidade da política brasileira aliada um alto grau de uma percepção errada do que é a imagem e do que efetivamente o eleitor gostaria de ver. Isso atende muito mais a vaidade dos políticos do que o interesse dos eleitores”, afirma.
Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.
Lula destacou a força e importância da relação histórica entre os dois países e do Brasil com a Venezuela
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que não cabe a ele “ficar preocupado com o discurso do presidente da Argentina”, Javier Milei, mas que é preciso ter respeito do governante pelo Brasil. Lula afirmou que quer uma relação “civilizada” com o país, mas que isso “obviamente” dependerá do comportamento do governo da Argentina e voltou a cobrar um pedido de desculpas pelos ataques feitos durante a campanha de 2023.
— Então, eu não fico escolhendo quem é o presidente da Argentina. Não cabe a mim escolher o presidente da Argentina, não cabe a mim ficar preocupado com o discurso do presidente da Argentina. Ele seja o que ele quiser. Eu só quero que ele tenha respeito pelo Brasil, da mesma forma que o Brasil tem respeito pela Argentina. Eu só quero que um presidente da República não se esqueça nunca que os interesses do povo são sempre maiores do que os interesses do presidente.
Em entrevista à agências internacionais (Reuters, Bloomberg, Associated Press, EFE, AFP e Xinhua), Lula destacou a força e importância da relação histórica entre os dois países e do Brasil com a Venezuela, mas ressaltou que “não é uma relação pessoal”, “questão de amizade”.
O presidente afirmou que espera uma relação “civilizada e crescente” com o governo argentino, mas que isso dependeria do “comportamento” de Milei.
— Não é uma relação pessoal. Não é uma questão de amigo, amizade. Não existe isso entre dois chefes de Estado. Então, é isso que eu espero da Argentina, uma relação civilizada, uma relação crescente. E obviamente que vai depender muito do comportamento do governo da Argentina com relação ao Brasil. Eu estou muito tranquilo. Estou muito tranquilo porque foi o que o povo argentino conseguiu produzir nas últimas eleições. Como eu fui produzido aqui no Brasil. Vai depender do que a gente faça daqui para frente. Eu continuo tratando o seguinte. Eu continuo tratando todos os países da forma mais soberana possível, sabendo que cada um tem um papel importante e sabendo que todos eles têm importância para o Brasil e que o Brasil tem importância para todos eles.
Lula destacou ainda que nunca conversou com Milei e cobrou um pedido de desculpas do presidente argentino. Durante a campanha eleitoral no ano passado, Milei chamou Lula de “comunista” e “corrupto”.
— Eu não falei com ele. Não, ele passou por mim na reunião do G7 e me cumprimentou. Eu estava até de costas. Eu estava conversando com o meu pessoal. Eu vejo que eu não tenho nenhum problema. Não tenho nenhum problema. Agora, é o seguinte, eu já falei isso, ele tem que pedir desculpas ao Brasil, senão a relação é complicada. Você pode falar a bobagem que você quiser falar desde que você respeite o direito dos outros. É assim que eu faço política internacional.
Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.
Consolidada em reunião entre os grupos na China, a Declaração de Pequim trata sobre “o fim da divisão e o reforço da unidade palestina”
Musa Abu Marzouk, membro do gabinete político do Hamas, anunciou nesta terça-feira (23) que movimento palestino assinou um acordo de “unidade nacional” com outros grupos militantes locais, incluindo o antes rival Fatah, após uma reunião na China.
“Estamos empenhados e apelamos à unidade nacional”, afirmou Marzouk, após a assinatura do acordo, em Pequim, comprometendo-se a acabar com a divisão e reforçar a unidade, visando a criação de um governo de “reconciliação”.
Segundo a agência de notícias oficial Xinhua, os grupos militantes palestinos estão reunidos na capital chinesa desde domingo (21) para discutir o futuro da Faixa de Gaza após a guerra.
O Hamas não deu mais pormenores sobre o acordo, anunciado após um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, sugerindo uma mediação por parte da China.
“Os dois grupos palestinos rivais, juntamente com outras 12 facções políticas, reuniram-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, concluindo as conversações que tiveram início no domingo”, diz uma nota divulgada pela televisão estatal CCTV.
Os dois grupos assinaram a Declaração de Pequim que trata sobre “o fim da divisão e o reforço da unidade palestina”, segundo a emissora.
Embora Hamas e Fatah tenham dito, em várias ocasiões, que trabalhariam em conjunto, mas sem sucesso, a assinatura da declaração coincide com o fato de o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, ter dito que um cessar-fogo entre Israel e o Hamas parece estar à vista.
O Hamas e a Autoridade Palestina tiveram várias rodas de negociações sobre a união dos grupos, desde que o Hamas expulsou as forças do Fatah de Gaza, em uma violenta tomada do território em 2007 — antes de declarar o Hamas como inimigo, Israel financiou o grupo para derrubar a Autoridade Palestina.
Os esforços de unidade foram destruídos não somente pela rivalidade entre os grupos, mas também pela recusa do Ocidente em aceitar qualquer governo que inclua o Hamas, a menos que este reconheça expressamente Israel — que ironicamente é seu antigo financiador.
Com o genocídio pormovido por Israel em Gaza desde o ataque do Hamas a seu território em 7 de outubro passado, os grupos que lutam pela libertação da Palestina e contra a ocupação de Israel na região decidiram, finalmente, se unir.
Pequim tem reivindicado um papel maior para a China na resolução de questões internacionais. No ano passado, a diplomacia chinesa mediou também as negociações que culminaram em um acordo entre Arábia Saudita e Irã para o restabelecer relações diplomáticas.
De acordo com o presidente Xi Jinping, a China deve “participar ativamente na reforma e construção do sistema de governança global” e promover “iniciativas de segurança global”.
A China também adiantou um plano para a paz na Ucrânia, que os países ocidentais desvalorizaram, pois consideram que Pequim coloca “agressor e vítima” — no caso, Rússia e Ucrânia — no mesmo nível.
Em particular, a China defende a noção de “comunidade com um futuro compartilhado”, que visa contrariar a arquitetura de segurança erguida pelo Ocidente depois da Segunda Guerra Mundial. Pequim acusa a doutrina ocidental de estimular o confronto entre blocos e minar a estabilidade em diferentes partes do mundo.
Fonte: Agenda do Poder com informações da Agência Brasil.