terça-feira, 23 de julho de 2024

“Bancada da Selfie”: deputados aumentam em 75% gastos com anúncios de autopromoção no Facebook em um ano

 Dados da Câmara dos Deputados indicam pagamentos para impulsionamento na rede social que somam R$ 1 milhão entre janeiro e junho de 2024, contra R$ 573 mil em 2023


Deputados federais aumentaram em 75% os gastos com anúncios no Facebook do 1º semestre de 2023 para o mesmo período de 2024. O valor saltou de R$ 573 mil para mais de R$ 1 milhão dos recursos públicos pagos à rede social.


Dados oficiais da Câmara dos Deputados analisados pelo portal g1 indicam que cem dos 513 parlamentares investiram alguma quantia para “divulgação de atividade parlamentar” na rede social.


Ao todo, bancadas de 15 partidos pagaram R$ 1.004.924,96 ao longo deste ano para o “Facebook Serviços Online do Brasil ltda”, nome empresarial da plataforma no Brasil. Em 2023, foram R$ 573.573,70 de janeiro a junho.


Há tendência de crescimento nos gastos com Facebook desde 2016, primeiro ano em que a rede social aparece como um dos fornecedores da Câmara dos Deputados. À época, os parlamentares investiram R$ 11.303,04 na rede. Veja a linha do tempo com os gastos por bancada de partido na arte acima.

Os números de 2024 mantêm a tendência de alta de um ano para o outro. Deputados federais bateram recorde em valores pagos ao Facebook em 2023, com R$ 1.781.666,97, o que representou aumento de 211% em relação aos gastos em 2022, quando a Câmara gastou R$ 572.633,04 com a plataforma.


Parte dos materiais divulgados na rede social envolvem discursos feitos no plenário ou falas em comissões de temas específicas, uma espécie de “Bancada da Selfie”. A busca por protagonismo nas redes mudou rotina e ampliou conflitos no Congresso, conforme analisado por especialistas.


Deputados que mais gastaram

Bruno Ganem (Podemos-SP) e Marcelo Queiroz (PP-RJ) são os deputados federais que mais gastaram com Facebook nos seis primeiros meses de 2024.


Em 2023, ambos também lideraram os investimentos na rede social, com Queiroz (R$ 273.270,10) à frente de Ganem (R$ 252.690,70).


Desde a posse em janeiro de 2023, Bruno Ganem investiu R$ 407.690,70 para engajar com seus 1 milhão de seguidores. Já Marcelo Queiroz injetou R$ 384.175,77 para o engajamento com seus 35 mil seguidores na plataforma.


À reportagem, a assessoria de imprensa de Queiroz afirmou que está dentro da lei a utilização da cota parlamentar para custear serviços digitais, como o impulsionamento nas redes sociais e que, “em contrapartida, o gabinete do deputado Marcelo Queiroz não tem gastos com outros itens, como por exemplo, locação de veículo e de escritório em seu colégio eleitoral, no Rio de Janeiro”.


A reportagem entrou em contato com o gabinete de Ganem por telefone e enviou solicitação de posicionamento por e-mail, mas não recebeu resposta até esta publicação.


Mudança na comunicação do político com o eleitor

Vera Chaia, cientista política e professora da PUC (Pontifícia Universidade Católica) São Paulo, afirma que houve mudança na forma de comunicação dos políticos para prestar conta com os seus eleitores. Cita como exemplo que manifestações públicas, como condolências e parabenizações, são feitas pelas redes sociais.


No entanto, Chaia diz que é comum ver no plenário “os parlamentares nem prestando atenção no que está sendo dito, mas filmando aquilo que eles pensam”.


“Eu acho que isso daí é uma dispersão da atividade política. Não existe mais debate político, não existe mais o confronto político. Toda a manifestação agora se dá pelas redes sociais e ou pelo Facebook, ou Instagram, ou Twitter ou WhatsApp e isso, na minha avaliação, empobrece totalmente o debate e a democracia”, analisa.


Professor decano da ESPM especializado em marketing político, Emmanuel Publio Dias pontua que os gastos com Facebook são da mesma origem de verbas para viagens e os deputados estão “achando que vale mais a pena investir no Facebook do que gastar dinheiro em gasolina, hotel e passagens”.


O aumento especialmente em 2019, para ele, se dá pelo “efeito Bolsonaro” nas eleições presidenciais de um ano antes. “O Bolsonaro fez um efeito demonstração das redes sociais”, diz.


“Um candidato que não era conhecido, de um partido praticamente inexistente, e sem verba conseguiu crescer e se eleger. Então, esse efeito de demonstração seguramente mostrou para os parlamentares e para os políticos que valia a pena ter uma presença forte nas redes sociais. Acredito que o Facebook era a rede que já estava mais disseminada entre todos os brasileiros e, portanto, também entre os parlamentares”, avalia.


Publio Dias vê um problema estrutural na lógica de comunicação usada pelos políticos no Brasil. Segundo ele, o marketing é feito de dois em dois anos, somente na época das eleições – sejam as estaduais e nacionais, sejam as municipais, como em 2024.


“O fato de que a gente vê os assessores sendo gravados, fazendo selfies, etc, isso vem da pobreza e da miserabilidade da política brasileira aliada um alto grau de uma percepção errada do que é a imagem e do que efetivamente o eleitor gostaria de ver. Isso atende muito mais a vaidade dos políticos do que o interesse dos eleitores”, afirma.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Lula volta a cobrar pedido de desculpas de Milei e diz que relação “civilizada” vai depender do comportamento do governo da Argentina

 Lula destacou a força e importância da relação histórica entre os dois países e do Brasil com a Venezuela


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que não cabe a ele “ficar preocupado com o discurso do presidente da Argentina”, Javier Milei, mas que é preciso ter respeito do governante pelo Brasil. Lula afirmou que quer uma relação “civilizada” com o país, mas que isso “obviamente” dependerá do comportamento do governo da Argentina e voltou a cobrar um pedido de desculpas pelos ataques feitos durante a campanha de 2023.


— Então, eu não fico escolhendo quem é o presidente da Argentina. Não cabe a mim escolher o presidente da Argentina, não cabe a mim ficar preocupado com o discurso do presidente da Argentina. Ele seja o que ele quiser. Eu só quero que ele tenha respeito pelo Brasil, da mesma forma que o Brasil tem respeito pela Argentina. Eu só quero que um presidente da República não se esqueça nunca que os interesses do povo são sempre maiores do que os interesses do presidente.


Em entrevista à agências internacionais (Reuters, Bloomberg, Associated Press, EFE, AFP e Xinhua), Lula destacou a força e importância da relação histórica entre os dois países e do Brasil com a Venezuela, mas ressaltou que “não é uma relação pessoal”, “questão de amizade”.


O presidente afirmou que espera uma relação “civilizada e crescente” com o governo argentino, mas que isso dependeria do “comportamento” de Milei.


— Não é uma relação pessoal. Não é uma questão de amigo, amizade. Não existe isso entre dois chefes de Estado. Então, é isso que eu espero da Argentina, uma relação civilizada, uma relação crescente. E obviamente que vai depender muito do comportamento do governo da Argentina com relação ao Brasil. Eu estou muito tranquilo. Estou muito tranquilo porque foi o que o povo argentino conseguiu produzir nas últimas eleições. Como eu fui produzido aqui no Brasil. Vai depender do que a gente faça daqui para frente. Eu continuo tratando o seguinte. Eu continuo tratando todos os países da forma mais soberana possível, sabendo que cada um tem um papel importante e sabendo que todos eles têm importância para o Brasil e que o Brasil tem importância para todos eles.


Lula destacou ainda que nunca conversou com Milei e cobrou um pedido de desculpas do presidente argentino. Durante a campanha eleitoral no ano passado, Milei chamou Lula de “comunista” e “corrupto”.


— Eu não falei com ele. Não, ele passou por mim na reunião do G7 e me cumprimentou. Eu estava até de costas. Eu estava conversando com o meu pessoal. Eu vejo que eu não tenho nenhum problema. Não tenho nenhum problema. Agora, é o seguinte, eu já falei isso, ele tem que pedir desculpas ao Brasil, senão a relação é complicada. Você pode falar a bobagem que você quiser falar desde que você respeite o direito dos outros. É assim que eu faço política internacional.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.

Hamas, Fatah e outros grupos que lutam pela libertação da Palestina assinam acordo de “unidade nacional”

 Consolidada em reunião entre os grupos na China, a Declaração de Pequim trata sobre “o fim da divisão e o reforço da unidade palestina”


Musa Abu Marzouk, membro do gabinete político do Hamas, anunciou nesta terça-feira (23) que movimento palestino assinou um acordo de “unidade nacional” com outros grupos militantes locais, incluindo o antes rival Fatah, após uma reunião na China.


“Estamos empenhados e apelamos à unidade nacional”, afirmou Marzouk, após a assinatura do acordo, em Pequim, comprometendo-se a acabar com a divisão e reforçar a unidade, visando a criação de um governo de “reconciliação”.


Segundo a agência de notícias oficial Xinhua, os grupos militantes palestinos estão reunidos na capital chinesa desde domingo (21) para discutir o futuro da Faixa de Gaza após a guerra.


O Hamas não deu mais pormenores sobre o acordo, anunciado após um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, sugerindo uma mediação por parte da China.


“Os dois grupos palestinos rivais, juntamente com outras 12 facções políticas, reuniram-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, concluindo as conversações que tiveram início no domingo”, diz uma nota divulgada pela televisão estatal CCTV.


Os dois grupos assinaram a Declaração de Pequim que trata sobre “o fim da divisão e o reforço da unidade palestina”, segundo a emissora.


Histórico

Embora Hamas e Fatah tenham dito, em várias ocasiões, que trabalhariam em conjunto, mas sem sucesso, a assinatura da declaração coincide com o fato de o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, ter dito que um cessar-fogo entre Israel e o Hamas parece estar à vista.


O Hamas e a Autoridade Palestina tiveram várias rodas de negociações sobre a união dos grupos, desde que o Hamas expulsou as forças do Fatah de Gaza, em uma violenta tomada do território em 2007 — antes de declarar o Hamas como inimigo, Israel financiou o grupo para derrubar a Autoridade Palestina.


Os esforços de unidade foram destruídos não somente pela rivalidade entre os grupos, mas também pela recusa do Ocidente em aceitar qualquer governo que inclua o Hamas, a menos que este reconheça expressamente Israel — que ironicamente é seu antigo financiador.


Com o genocídio pormovido por Israel em Gaza desde o ataque do Hamas a seu território em 7 de outubro passado, os grupos que lutam pela libertação da Palestina e contra a ocupação de Israel na região decidiram, finalmente, se unir.


“Comunidade com um futuro compartilhado”

Pequim tem reivindicado um papel maior para a China na resolução de questões internacionais. No ano passado, a diplomacia chinesa mediou também as negociações que culminaram em um acordo entre Arábia Saudita e Irã para o restabelecer  relações diplomáticas.


De acordo com o presidente Xi Jinping, a China deve “participar ativamente na reforma e construção do sistema de governança global” e promover “iniciativas de segurança global”.


A China também adiantou um plano para a paz na Ucrânia, que os países ocidentais desvalorizaram, pois consideram que Pequim coloca “agressor e vítima” — no caso, Rússia e Ucrânia — no mesmo nível.


Em particular, a China defende a noção de “comunidade com um futuro compartilhado”, que visa contrariar a arquitetura de segurança erguida pelo Ocidente depois da Segunda Guerra Mundial. Pequim acusa a doutrina ocidental de estimular o confronto entre blocos e minar a estabilidade em diferentes partes do mundo.


Fonte: Agenda do Poder com informações da Agência Brasil.

Chacina do Guarujá: capitão e cabo da PM se tornam réus por homicídio em operação no litoral de SP

 Operações do governo Tarcísio na Baixada Santista foram as mais letais da história da polícia militar de SP, perdendo apenas para o Massacre do Carandiru


Dois policiais militares das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) se tornaram réus por homicídio durante a Operação Escudo, que ocorreu em julho do ano passado, na Baixada Santista, no litoral de São Paulo.


O juiz Thomaz Correa Farqui, da 3ª Vara Criminal do Foro de Guarujá, aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e suspendeu a dupla das funções públicas. A decisão determinou o prazo de dez dias para que os agentes respondam à acusação, por escrito.


Farqui levou em conta indícios de que Marcos Correa de Moraes Verardino e outro policial praticaram homicídio qualificado, usando os cargos e armamentos públicos para fugir do “dever funcional” e “agir como perigosos criminosos”. “Executaram (segundo uma análise perfunctória e provisória) pessoa imobilizado, sem qualquer capacidade de reação”, considerou.


Segundo o juiz, a suspensão das funções é necessária para garantir o andamento do processo e evitar novos crimes. Isso porque, de acordo com a denúncia, os policiais teriam agido para manipular provas, apagando imagens das câmeras existentes no cenário criminoso e modificando o local do crime.


“Isto demonstra que, a continuarem no exercício de suas funções, poderão os réus não só investir contra outras vítimas, mas também agir para atrapalhar a produção probatório (o que, repito, segundo narrativa ministerial, já fizeram logo após o crime)”, destacou o juiz.


Esta é a terceira denúncia envolvendo ações policiais na Operação Escudo. Em dezembro de 2023, os policiais Eduardo de Freitas Araújo e Augusto Vinícius Santos de Oliveira se tornaram réus e, em abril, os policiais militares Rafael Perestrelo Trogillo e Rubem Pinto também.


Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que não comenta decisões judiciais.


Operação Escudo

A Operação Escudo, que ficou conhecida como Chacina do Guarujá, foi deflagrada na região após a morte do PM da Rota Patrick Bastos Reis, em julho de 2023. Na ocasião, o agente foi baleado durante patrulhamento em Guarujá (SP).


Nos 40 dias de ação, segundo divulgado pela SSP-SP, 958 pessoas foram presas e 28 suspeitos morreram em supostos confrontos com policiais. Desde o início da ação, instituições e autoridades que defendem os direitos humanos pediam o fim da operação.


Operação Verão

Em 2024, com novas mortes de PMs na região, o governo voltou a realizar operações na Baixada – desta vez, batizadas de Verão. Na que vigiu entre 3 de fevereiro e 1º de abril, 56 pessoas foram mortas em ações policiais. Foi a maior chacina da polícia de São Paulo desde o Massacre do Carandiru, ocorrido em 1992.


Com as operações na Baixada, as mortes cometidas por policiais subiram 86% no primeiro trimestre de 2024, segundo ano do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo.


À época, entidades de direitos humanos denunciaram na Organização das Nações Unidas (ONU) o governador Tarcísio e o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite. Tarcísio rebateu:


“Sinceramente, nós temos muita tranquilidade com o que está sendo feito. E aí o pessoal pode ir na ONU, pode ir na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não tô nem aí”, disse o governador.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Bolsonaro confirma presença em convenção do MDB que vai oficializar chapa de Nunes e Mello em São Paulo

 Atual prefeito da capital paulista concorrerá à reeleição em 2024 tendo como vice o ex-comandante da Rota, seguidor fiel do ex-presidente; evento ocorre no próximo sábado (03/08)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou presença na convenção partidária do MDB que oficializa a chapa do atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e do coronel da reserva da Polícia Militar Ricardo Mello Araújo (PL), nas eleições municipais de 2024. O evento está marcado para o próximo sábado, 3 de agosto, a partir das 10h, no estacionamento principal da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).


Mello Araújo é uma indicação pessoal de Bolsonaro. Ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e diretor da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado (Ceagesp), o militar costuma reproduzir o discurso de seu líder nas redes sociais, como, por exemplo, ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), suspeitas sobre o sistema eletrônico de votação brasileiro e negacionismo científico relacionado à pandemia de Covid-19.


Apesar de o cenário não indicar qualquer surpresa, a campanha de Nunes pretende fazer do evento uma demonstração de força política, reunindo nomes importantes de todos os 12 partidos que apoiam a reeleição do prefeito. O presidente do diretório municipal do MDB, Enrico Misasi, declara ainda que há “simbolismo” no local que abriga o encontro: foi na Alesp que Mário Covas (PSDB) lançou a sua candidatura vitoriosa ao governo, em 1994.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.

Olimpíada de 2016 gerou R$ 100 bilhões para o Rio de Janeiro, segundo FGV

 “Os projetos públicos e privados geraram efeitos econômicos que ultrapassaram seus objetivos iniciais”, afirma estudo


Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado nesta terça-feira (23), revelou que os Jogos Olímpicos de 2016 geraram quase R$ 100 bilhões para a cidade do Rio de Janeiro. Este levantamento antecede a abertura da edição de 2024, em Paris, na próxima sexta-feira (26).


A FGV analisou o impacto econômico de o Rio ter sediado o evento ao longo dos últimos oito anos, considerando diferentes indicadores:


Valor Bruto da Produção (VBP): R$ 99 bilhões;


Produto Interno Bruto (PIB): R$ 51,2 bilhões;


Impostos: R$ 5,3 bilhões;


Empregos: 465,4 mil.


O VBP é um índice mais abrangente que o PIB, contabilizando o faturamento ao longo de toda a cadeia produtiva. Por exemplo, na produção de um pão, são considerados os ganhos desde a venda do trigo.


O estudo concluiu que “os projetos públicos e privados geraram efeitos econômicos que ultrapassaram seus objetivos iniciais”, impactando regiões, setores e agentes que não eram os alvos primários das políticas e investimentos previstos.


“Em termos de desenvolvimento, destaca-se o setor de serviços, com ênfase no turismo e na infraestrutura pública, como transporte e mobilidade, além do impacto social”, afirmou o economista Joelson Sampaio.


“O impacto não se restringiu ao município do Rio de Janeiro, atingindo também outros municípios e o estado como um todo. Observamos efeitos sobre impostos, renda, emprego e outros agregados econômicos”, destacou o pesquisador Daniel da Mata.


Orçamento estourado


O dossiê de candidatura do Rio de Janeiro para sediar a Rio 2016 previa um gasto total de R$ 28 bilhões, valor significativamente menor que os R$ 39 bilhões efetivamente utilizados até 2021. Segundo a prefeitura, o aumento no orçamento deveu-se à ampliação do número de projetos de legado, que passou de 17 para 27. Entre os projetos adicionais estão a Linha 4 do metrô, os piscinões da Praça da Bandeira e a ampliação do Elevado do Joá.



Fonte: Agenda do Poder com informações do g1

Chefe da campanha chavista responde a Lula: “Claro que vamos respeitar os resultados”

 

"O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora", declarou o presidente Lula anteriormente

Nicolas Maduro (gravata vermelha) e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo - Agência Brasil)

Jorge Rodríguez, presidente do Legislativo venezuelano e chefe da campanha governista, respondeu ao pedido do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, para que o presidente Nicolás Maduro respeite os resultados das eleições.

“Como não vamos respeitar os resultados se vamos ganhar, irmão? Claro que vamos respeitar. Não somente vamos respeitar, como vamos comemorar nas ruas com o povo da Venezuela”, disse Rodríguez em coletiva. A declaração foi citada pela CNN. 

Ele ainda reforçou que o presidente venezuelano irá respeitar e “comemorar os resultados junto com seu povo”.

A declaração veio após Lula dizer, nesta segunda-feira, que ficou assustado com a retórica usada por Maduro, e pedir respeito ao processo democrático e ao resultado das eleições presidenciais no país, marcadas para o próximo domingo.

"Eu fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que se ele perder as eleições vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora", afirmou Lula em entrevista a agências de notícias internacionais no Palácio da Alvorada.

A fala de Maduro foi feita em um comício na semana passada. O presidente venezuelano afirmou a seus eleitores que a Venezuela poderia cair em um "banho de sangue, em uma guerra civil fratricida", se ele não fosse reeleito.

Fonte: Brasil 247

Em primeiro discurso, Kamala chama Trump de “abusador de mulheres” e “criminoso”

 

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, com expressão assustada, perto de bandeira norte-americanaA vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris – Reprodução

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, lançou fortes críticas a Donald Trump nesta segunda-feira (22), descrevendo-o como um “abusador de mulheres”. Em seu primeiro discurso à equipe de campanha após a desistência de Joe Biden, a democrata destacou as diferenças entre ela e o adversário republicano, defendendo o trabalho do atual presidente.

“Eu lidei com criminosos de todos os tipos. Predadores que abusaram de mulheres, homens fraudulentos que estragaram o trabalho de consumidores. Eu conheço Donald Trump, eu conheço o tipo dele”, afirmou a principal candidata do partido democrata para a Casa Branca.

Kamala direcionou seu discurso para retratar o republicano como um homem que não respeita a lei e quer levar os Estados Unidos “de volta ao passado”. Ex-procuradora, ela mencionou os 34 processos que o empresário enfrenta e se apresentou como uma mulher que construiu sua carreira enfrentando homens criminosos, em uma clara alusão ao ex-presidente.

Direitos das Mulheres e Classe Média

Kamala Harris também abordou diretamente o eleitorado feminino, defendendo o direito ao aborto e alertando que Donald Trump, se tivesse a oportunidade, assinaria uma proibição ao aborto em todo o país. “O governo não deve dizer o que uma mulher deve fazer com o seu corpo”, declarou.

Outro ponto crucial do discurso foi a situação da classe média. A vice-presidente criticou a política econômica do rival, afirmando que ela prejudica aqueles que não são ricos: “Os Estados Unidos já viveram com esta política no passado, elas não levaram prosperidade, levaram à desigualdade e à injustiça econômica”.

Ela se posicionou como uma defensora dos direitos, liberdade e oportunidades, prometendo um futuro de esperança para a América, em contraste com o que descreveu como um cenário de “caos, medo e ódio” sob Trump.

Apoio a Joe Biden e Unidade do Partido

Antes de destacar suas próprias posições, Kamala defendeu o mandato de Joe Biden e enfatizou a importância de continuar seu trabalho. Ela mostrou um sorriso confiante e foi enérgica ao falar de suas aspirações para os Estados Unidos, enfatizando a necessidade de união tanto dentro do partido quanto em todo o país.

No último domingo (21), o atual chefe do governo anunciou sua desistência de concorrer à Casa Branca, expressando seu apoio à parceira para enfrentar Donald Trump. O presidente enfrentava pressão para renunciar à candidatura desde 27 de junho.

Para se tornar oficialmente a candidata democrata, Kamala precisa passar pela convenção do partido, onde já conta com o apoio de vários líderes. Além disso, eles ainda precisam definir um nome para o cargo de vice na chapa.

Desempenho Eleitoral e Pressões

O mau desempenho de Biden nas pesquisas eleitorais, que mostravam uma diferença crescente entre ele e Trump, aumentou a pressão para sua desistência. O atentado que quase tirou a vida do ex-mandatário e a convenção do partido republicano aumentaram a visibilidade dele na mídia, exacerbando a situação do atual chefe do governo, que ainda enfrenta os desafios da Covid-19.

Fonte: DCM