segunda-feira, 22 de julho de 2024

Kamala já conta com apoio de 58% dos delegados necessários para indicação

 

Vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris. Foto: Brendan McDermid/Reuters

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, já tem mais de 1.100 delegados democratas a apoiando para disputar as eleições contra o ex-presidente Donald Trump. 

Segundo um levantamento da Associated Press, Kamala já conta com o apoio de cerca de 58% do total necessário para garantir a indicação do Partido Democrata. Para obter a nomeação automática, são necessários 1.976 delegados, de um total de 3.936.

Os dados são baseados em entrevistas com delegados individuais, além de declarações públicas deles e de partidos estaduais, após o presidente Joe Biden desistir de disputar a reeleição no domingo (21).

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante pronunciamento. Foto: Reuters

Os números apresentados não incluem superdelegados, políticos eleitos e outros líderes partidários que só podem votar se nenhum candidato alcançar a maioria na primeira rodada de votação para escolher o indicado.

Agora, a campanha de Kamala Harris busca garantir sua nomeação presidencial até a noite de quarta-feira (24), alcançando os 1.976 delegados necessários na Convenção Democrata, de acordo com a agência de notícias Reuters.

A vice-presidente, favorita para liderar a chapa democrata, recebeu seu apoio mais significativo na tarde desta segunda-feira (22), quando a presidente emérita Nancy Pelosi endossou publicamente sua candidatura, juntando-se a uma longa lista de políticos do partido que apoiam a política.

Entre os principais nomes que anunciaram apoio a Kamala estão os governadores Gretchen Whitmer (Michigan), JB Pritzker (Illinois) e Gavin Newsom (Califórnia).

Estados dos delegados que declararam apoio a Kamala Harris:

  • Flórida: 210 delegados
  • Pensilvânia: 159 delegados
  • Carolina do Norte: 113 delegados
  • Maryland: 95 delegados
  • Tennessee: 63 delegados
  • Carolina do Sul: 55 delegados
  • Louisiana: 47 delegados
  • Nova York: 28 delegados
  • Kentucky: 27 delegados
  • Minnesota: 27 delegados
  • New Hampshire: 25 delegados
  • Wisconsin: 23 delegados
  • Massachusetts: 20 delegados
  • Ohio: 15 delegados
  • Colorado: 12 delegados
  • Outros estados (com menos de 10 delegados cada): 86 delegados
Fonte: DCM

Governo transformará prédio da ditadura onde Dilma foi julgada em memorial


Dilma Rousseff na antiga sede da Auditoria Militar em São Paulo. Foto: Arquivo Nacional da Comissão da Verdade

 O Ministério dos Direitos Humanos vai transformar a antiga sede da Auditoria Militar em São Paulo, onde presos políticos da ditadura militar eram julgados e torturados, em um memorial. O local será chamado de Memorial da Luta pela Justiça. A informação é da coluna de Guilherme Amado no Metrópoles.

O pedido para transformar o edifício será formalizado por Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos, na próxima sexta (26). O memorial será usado para exibir exposições, acervos e debates sobre a violação de direitos humanos no país.

O edifício também terá um espaço para homenagear presos políticos e outras vítimas da ditadura militar. Foi neste prédio, que fica na capital paulista, que a ex-presidente Dilma Rousseff foi julgada durante o período.

Além de Silvio Almeida, participarão do evento para oficializar o pedido Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais; a presidente da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo), Patricia Vanzolini; e o diretor do Núcleo Memória, Maurício Politi.

Fonte: DCM

Diretora do Serviço Secreto dos EUA admite erro em ataque a Trump: “Falhamos”


Diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, Kimberly Cheatle. Foto: Kamil Krzaczynski/AFP/Getty Images via CNN Newsource

 A diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, Kimberly Cheatle, admitiu nesta segunda-feira (22) que a tentativa de assassinato contra Donald Trump durante um comício no condado de Butler, na Pensilvânia, foi “a falha operacional mais significativa do Serviço Secreto em décadas”.

“Nós falhamos. Como diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, assumo total responsabilidade por qualquer falha de segurança”, disse Cheatle, que enfrenta pedidos republicanos para ser removida do cargo.

A declaração ocorreu durante uma audiência do Comitê de Supervisão da Câmara dos Deputados sobre a tentativa de assassinato do ex-presidente dos EUA. 

Diante das alegações de que a agência negou recursos para proteger o republicano, Cheatle destacou que a segurança de Trump foi reforçada antes do ataque em 13 de julho. 

“O nível de segurança fornecido ao ex-presidente aumentou bem antes da campanha e tem aumentado constantemente à medida que as ameaças evoluem”, afirmou. “Nossa missão não é política. É literalmente uma questão de vida ou morte”, acrescentou Cheatle.

Reveja o atentado:

Fonte: DCM

VÍDEO – Otaviano Costa revela cirurgia no coração para tratar aneurisma: “Poderia ser fatal”

 

Otaviano Costa, ator e apresentador. Foto: reprodução

O apresentador e ator Otaviano Costa revelou nas redes sociais, nesta segunda-feira (22), que passou por uma cirurgia no coração para tratar um aneurisma. O procedimento foi realizado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde foi internado no dia 8 de julho e submetido à cirurgia no dia 10. A operação durou sete horas.

“Qualquer esforço poderia ser fatal”, declarou Otaviano em um vídeo no Instagram, no qual aparece sentado na cama do hospital. Ele explicou que há cerca de 30 dias sua vida virou de cabeça para baixo. Sem sintomas aparentes, ele sentia apenas uma dorzinha que o incomodava. Decidiu consultar-se com o cardiologista Antônio Masseto em 6 de junho.

No vídeo, Otaviano contou como descobriu a gravidade de sua condição: “Num simples ecocardiograma, o médico detectou um aneurisma da aorta ascendente torácica em um nível muito perigoso. Eu estava sem sintomas detectáveis externamente, mas a qualquer momento poderia ocorrer o rompimento da minha aorta”.

“Obrigado, Deus! Minha gratidão, de peito aberto, literalmente! Se estou aqui, é graças ao Senhor! E obrigado também Nossa Senhora Aparecida, minha santa protetora, que nunca falha quando mais preciso”, escreveu na legenda da publicação.

Fonte: DCM

Júlia Zanatta perde processo contra Felipe Neto sobre tiara de flores; entenda


Deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC). Foto: Câmara dos Deputados

 A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) perdeu um processo por danos morais movido contra Felipe Neto após o youtuber questionar o motivo de a parlamentar não ter usado uma tiara de flores durante sessão no Parlamento Europeu.

Na ação, a bolsonarista solicitava que a publicação do influenciador fosse excluída das redes sociais.

“A tiara de flores na cabeça é tida por muita gente como um símbolo de apologia ao nazismo. Essa moça [Júlia Zanatta] usa quase o tempo inteiro, mas garante que não é essa a sua motivação. Porém, olha só que curioso, ela tirou quando foi falar no Parlamento Europeu”, escreveu o influenciador digital no X (antigo Twitter) em junho deste ano.

A bolsonarista afirmou que adotou o acessório após ter recebido críticas por publicar uma foto com o adereço e um fuzil em um clube de tiro de Blumenau (SC). “A tiara de flores além de exaltar a feminilidade da mulher, representa a cultura alemã e é um ornamento do traje típico da Oktoberfest”, alegou.

Youtuber Felipe Neto. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Após tomar conhecimento da publicação de Felipe Neto, a deputada avisou que iria processá-lo. “Esse post veio do gabinete da ousadia? A gente sabe que ele é um mau-caráter, mas dessa vez ele se superou”, disse.

Nesta segunda-feira (22), o youtuber informou que o juiz de Santa Catarina entendeu que não “houve associação direta ao nazismo” na publicação.

“Por isso eu digo: é necessário entender a diferença entre ataque de ódio e crítica protegida pela liberdade de expressão. Na minha crítica, em momento algum chamo a deputada de nazista, apenas levanto questionamentos e digo o que as pessoas costumam interpretar, levantando a dúvida: ‘por que ela tirou a tiara quando foi falar no parlamento europeu?’”, afirmou Felipe.

Fonte: DCM

Governo prevê rombo de R$ 28,8 bilhões e chega ao limite da meta fiscal

 Para evitar ultrapassar limite, houve o bloqueio de R$ 11,2 bi e o contingenciamento de R$ 3,8 bil no Orçamento


O governo federal projetou um déficit de R$ 28,8 bilhões nas contas públicas para 2024, conforme anunciado nesta segunda-feira (22). Esse valor atinge o limite da meta fiscal estabelecida no arcabouço fiscal, que permite um rombo máximo de R$ 28,8 bilhões.


Para evitar ultrapassar esse limite e enfrentar possíveis sanções, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou o bloqueio de R$ 11,2 bilhões e o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões no Orçamento, conforme anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na semana anterior.


O secretário de Orçamento federal substituto, Clayton Luiz Montes, afirmou que o governo continua buscando alcançar um déficit zero, ou seja, um equilíbrio entre receitas e despesas. Montes explicou que a interpretação da legislação exige o contingenciamento apenas do valor que excede o limite mínimo permitido.


Durante a coletiva de imprensa, Ceron de Oliveira, secretário do Tesouro, enfatizou o compromisso do governo com as regras fiscais vigentes e assegurou que, se necessários, novos bloqueios serão implementados para manter o controle das despesas.


Aumento de gastos com BPC e Previdência


No relatório de avaliação de receitas e despesas primárias divulgado nesta segunda-feira, os ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento revisaram a estimativa de gastos com a Previdência e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A previsão agora é de um aumento de R$ 6,4 bilhões para o BPC e R$ 4,9 bilhões para a Previdência.


Além disso, houve uma revisão para baixo na projeção de receitas para o ano, com uma redução de R$ 6,4 bilhões. A principal queda deve ocorrer na arrecadação do regime de previdência do setor público, que deve recuar R$ 5,2 bilhões.


Bloqueio e contingenciamento

Bloqueio e contingenciamento são mecanismos previstos no novo marco fiscal para ajustar as contas públicas. O bloqueio de valores do Orçamento é realizado quando há aumento das despesas, visando manter a meta de gastos dentro do limite de crescimento de 2,5% ao ano, descontada a inflação.


Já o contingenciamento é utilizado para cumprir a meta fiscal, ajustando as despesas quando as receitas crescem abaixo do esperado. Nesse caso, é necessário congelar alguns gastos para evitar ultrapassar o limite estabelecido.


Com essas medidas, o governo busca manter a responsabilidade fiscal e garantir que as contas públicas não excedam os limites permitidos, visando um controle mais rígido sobre o orçamento e a sustentabilidade financeira do país.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1

Campanha de Kamala Harris arrecada US$ 81 milhões nas primeiras 24h mesmo antes da confirmação dos Democratas

 Valor é superior aos quase US$ 53 milhões de Trump após sua condenação criminal em maio e os cerca de US$ 72 milhões que o presidente Biden conseguiu no primeiro trimestre


Apenas nas primeiras 24 horas após sua candidatura à nomeação democrata a campanha presidencial da vice-presidente Kamala Harris anunciou ter arrecadado US$ 81 milhões, após a desistência do presidente Joe Biden na disputa pela reeleição. Para enfrentar o republicano Donald Trump em novembro, Kamala precisa ser confirmada pelo Partido Democrata, o que parece cada vez mais próximo de acontecer.

— A histórica demonstração de apoio à vice-presidente Kamala representa exatamente o tipo de energia e entusiasmo popular que vence eleições — disse o porta-voz da campanha, Kevin Munoz.


O valor é superior aos quase US$ 53 milhões de Trump após sua condenação criminal em maio e os cerca de US$ 72 milhões que o presidente Biden conseguiu no primeiro trimestre de sua campanha de reeleição em 2023, segundo o New York Times.


Nesta segunda-feira, Kamala elogiou o legado do presidente durante um evento na Casa Branca, sua primeira aparição pública desde que o democrata de 81 anos encerrou sua candidatura à reeleição e a endossou.


A decisão veio uma semana depois de um atentado ser visto como um fator favorável à candidatura do rival Trump, em meio à pressão crescente no Partido Democrata para que abandonasse a campanha após seu desempenho desastroso em um debate com o republicano. Além disso, uma série de gafes que deixaram dúvidas sobre a capacidade física e mental do presidente americano, de 81 anos, de dirigir o país por mais quatro anos.


Biden deixou claro que quer passar o cargo para Kamala. “Minha primeira decisão como candidato do partido em 2020 foi escolher Kamala Harris como minha vice-presidente. E foi a melhor decisão que tomei. Hoje quero oferecer todo o meu apoio e endosso para que Kamala seja a indicada do nosso partido este ano. Democratas — é hora de nos unirmos e derrotar Trump. Vamos fazer isso”, escreveu Biden no X, minutos depois de anunciar sua desistência.


Kamala, por sua vez, disse estar “honrada” por receber o suporte do mandatário. Ela afirmou que pretende “merecer e conquistar” a indicação do Partido Democrata.


Após o anúncio de Biden, a ActBlue — principal plataforma democrata de arrecadação de fundos — recebeu mais de US$ 27,5 milhões (cerca de R$ 152 milhões) de doadores on-line. O valor foi muito acima do normal: no dia anterior, por exemplo, foram recebidos cerca de US$ 2,7 milhões em doações (R$ 15 milhões), um décimo do valor deste domingo.


Mas, apesar das doações milionárias e amplo endosso de democratas, Kamala ainda não é a candidata oficial do partido, que só será sacramentado na convenção da legenda, marcada para em agosto, em Chicago, no estado de Illinois. A vice-presidente é apontada como favorita, mas os delegados que representam filiados nos estados podem escolher outra pessoa.


Há ainda a possibilidade de a ex-senadora pela Califórnia ser desafiada por correligionários uma convenção aberta, caso não consiga os votos necessários para garantir a indicação do partido na primeira rodada de votações. E não faltam nomes, embora nenhum com potencial eleitoral suficientemente claro para derrotar Trump. Entre os mais cotados, estão governadores democratas como Gavin Newsom, da Califórnia; Gretchen Whitmer, de Michigan; J.B. Pritzker, de IIIinois.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.

Lula e Tony Blair conversam sobre retorno dos trabalhistas no Reino Unido

 

Lula e Blair já haviam se reunido em setembro do ano passado, no Palácio do Planalto

Lula e Tony Blair (Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta segunda-feira (22), no Palácio do Planalto, o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair. Durante a conversa de aproximadamente 45 minutos, eles discutiram a volta do Partido Trabalhista, partido de Blair, ao poder, após 14 anos de governos conservadores, e a importância dessa transição no cenário atual.

Lula também mencionou a reunião de governos democráticos contra o extremismo, que será organizada paralelamente à Assembleia Geral da ONU em setembro. Eles comentaram sobre as mudanças na geopolítica mundial.

O presidente destacou seu otimismo com o crescimento econômico do Brasil, que tem superado expectativas com a criação de mais de 2,5 milhões de empregos formais em 17 meses e um crescimento de 11,7% na renda, além de anunciar investimentos significativos na indústria automobilística, que planeja investir cerca de 120 bilhões de reais nos próximos anos.

Eles também falaram sobre os trabalhos do G20 e as agendas promovidas pelo Brasil, como a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e a taxação de super-ricos, a presidência brasileira dos BRICS e a organização da COP30 em Belém, no próximo ano. Lula e Blair já haviam se reunido em setembro do ano passado, no Palácio do Planalto, focando na ocasião em questões políticas globais e na luta contra as mudanças climáticas.

Fonte: Brasil 247

Zarattini pede a Renan Calheiros um ofício reunião sobre a 'Abin Paralela' e repudia 'arapongagem de Bolsonaro'

 

Apurações do esquema de espionagem ilegal envolvendo o político da extrema direita avançam tanto no Judiciário como no Legislativo

Carlos Zarattini (Foto: Agência Câmara)

O deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) informou nesta segunda-feira (22) que pediu ao senador Renan Calheiros (MDB-AL) um ofício de reunião, para ter mais detalhes das investigações da Polícia Federal sobre o esquema de espionagem ilegal feita pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro (PL).

"Não podemos aceitar que a arapongagem de Bolsonaro e da sua trupe fique impune. Solicitei hoje ao senador@renancalheiros, presidente da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI), que convoque de ofício reunião com o objetivo de debater as revelações recentes da mídia e o relatório da Polícia Federal sobre a chamada 'Abin Paralela', uma suposta organização criminosa que, entre 2019 e 2021, teria utilizado ilegalmente sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar autoridades dos Três Poderes e jornalistas", escreveu Zarattini na rede social X.

"A Comissão precisa se reunir para deliberar sobre a convocação de autoridades policiais envolvidas na investigação, além dos investigados, a fim de esclarecer os fatos", acrescentou o parlamentar.


Fonte: Brasil 247

Diversos setores ameaçam fazer greve durante Jogos Olímpicos de Paris

 

Enquanto isso, as autoridades francesas buscam ampliar a segurança envolvendo a cerimônia de abertura

Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris 2024 (Foto: Reuters/Benoit Tessier)

RFI - A poucos dias do início dos Jogos Olímpicos, que começam nesta sexta-feira (26) em Paris, pelo menos dois setores já anunciaram que poderão entrar em greve durante o período das competições, que vai até o dia 11 de agosto. Cerca de 15 milhões de visitantes estão sendo esperados na capital francesa e em sua região, Île de France, durante as Olimpíadas e Paralimpíadas, de 28 de agosto a 8 de setembro.

Os funcionários dos aeroportos parisienses e muitos dos artistas que vão participar da cerimônia de abertura no rio Sena não descartam uma paralisação. 

A Força Operária (FO), um sindicato minoritário da empresa que gerencia os aeroportos de Paris, anunciou que poderia entrar em greve de 24 horas na sexta-feira (26). Os trabalhadores exigem mais "concessões salariais" e um aumento de € 300 para € 1000 no bônus que será pago aos funcionários no período dos Jogos.

Segundo um comunicado divulgado pela imprensa, o sindicato considera que o acordo assinado em 16 de julho com a direção levou apenas a "progressos parciais e modestos" e "gerou um sentimento de descontentamento" entre os assalariado.

No dia 26 de julho, de 18h30 à meia noite,  as autoridades francesas decretaram uma “interdição temporária” do tráfego aéreo em um raio de 150 km em torno da capital - a área inclui os aeroportos de Roissy-Charles-de-Gaulle, Beauvais e Orly.

A medida integra o conjunto de ações destinadas à segurança envolvendo a cerimônia de abertura. As companhias aéreas foram informadas dessa proibição em 2023 e adaptaram sua agenda de voos.

Artistas também ameaçam paralisação - O sindicato que defende os artistas, ligado à CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores), uma das maiores organizações sindicais da França, também anunciou no início da noite de domingo (21) que poderia entrar em greve no dia da cerimônia de abertura da Olimpíada.

A decisão foi tomada após uma reunião com o comitê organizador da competição que, segundo a instituição sindical, "não rendeu frutos”.  

O sindicato denuncia "desigualdades gritantes de tratamento" entre os artistas recrutados para as cerimônias. Os dançarinos, músicos e atores ameaçam fazer greve no dia da cerimônia e nos ensaios para os Jogos Paralímpicos.

A CGT diz que vem "alertando" "Paname 24, o produtor executivo das cerimônias, sobre práticas contratuais que não estão em conformidade com o acordo coletivo" de empresas artísticas e culturais.  

Um membro do sindicato explicou à AFP na quarta-feira (17) que as condições dos contratos de cerca de 250 e 300 dançarinos, dos 3.000 que participarão dos shows, são "vergonhosas". A organização desmente a acusação.

"Após a verificação, pudemos constatar que nosso prestador de serviços, Paname 24, cumpriu rigorosamente a lei, respeitando os acordos coletivos que devem ser aplicados à profissão de dançarino", disse à AFP uma porta-voz dos organizadores dos Jogos Olímpicos.

No dia 26 de julho, a partir das 19h30, cerca de 3.000 dançarinos, músicos e atores vão protagonizar um espetáculo inédito às margens do Sena, em um trajeto de seis quilômetros que terminará na Torre Eiffel.

Saúde, transporte, segurança e turismo - Sindicatos da polícia civil, militar e o corpo de bombeiros conseguiram negociar bônus antes do início das competições, segundo o jornal Libération. Os ferroviários da SNCF, a companhia metropolitana de trens, também obteve benefícios excepcionais para garantir o bom funcionamento do transporte no período.

Após cinco dias de greve em fevereiro, os funcionários da Torre Eiffel foram atendidos em algumas reivindicações, como melhor direito de controle sobre a gestão financeira do monumento.

Greve em pronto-socorro - A CGT, o maior sindicato dos profissionais da saúde que atuam no pronto-socorro do hospital Georges Pompidou, no 15° distrito da capital, também anunciou uma greve no dia 11 julho, que poderia ser prolongada.

Os funcionários denunciam as condições de trabalho, que pioram no verão com a falta de profissionais, e exigem um bônus de € 2.000 durante o período da Olimpíada.

Outros setores saíram no prejuízo. Este é o caso do setor de hotelaria, segurança privada e trabalhadores clandestinos, que não fizeram progressos significativos, apesar dos movimentos grevistas.

Fonte: Brasil 247 com RFI