segunda-feira, 22 de julho de 2024

Preso após ser acusado de mandar matar Marielle, Chiquinho Brazão pede tempo para pagar R$ 4,5 mil em ação

 

O parlamentar foi à Justiça e pediu o despejo de uma loja de móveis que ocupa um imóvel no Rio. Ele não teria dinheiro para pagar o valor da ação

Chiquinho e Domingos Brazão e Marielle Franco (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | Reprodução/Marielle, o documentário | Mídia NINJA)

O deputado federal Chiquinho Brazão pediu à Justiça do Rio de Janeiro mais tempo para pagar as custas de um processo cível no valor de R$ 4,5 mil. O parlamentar foi preso em março do ano passado após ser acusado de mandar matar a ex-vereadora Marielle Franco (PSOL), morta por integrantes do crime organizado em março de 2018, num lugar sem câmeras na região central do município. O congressista foi à Justiça no começo do ano e pediu o despejo de uma loja de móveis que ocupa um imóvel seu em Cascadura, Zona Norte da cidade do Rio. Ele não teria dinheiro para pagar o valor da ação. 

De acordo com informações publicadas nesta segunda-feira (22) no Portal Uol, a defesa sinalizou que a ida de Chiquinho para a cadeia aumentou os custos do processo contra o deputado. "O autor encontra-se atualmente em prisão preventiva, em razão de ser suspeito de investigação conduzida pela Polícia Federal", alega a defesa.

Investigadores da Polícia Federal apuram se as críticas de Marielle Franco (PSOL) a milícias responsáveis por ganhar dinheiro com a cobrança de "alugueis" em imóveis ocupados ilegalmente. As denúncias da então parlamentar teriam contrariado os interesses de Chiquinho Brazão e do seu irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas da União Domingos Brazão. Os dois estão presos.

Dois milicianos - Ronnie Lessa e Élcio Queiroz - foram presos pela participação no crime. O primeiro é réu confesso e deu os tiros que mataram a então vereadora, em 2018. O segundo dirigia o carro de onde partiram os disparos. Outras pessoas foram presas. Uma delas foi Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do estado do Rio. Os irmãos Brazão e o delegado negaram participação no crime.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Embraer formaliza vendas de cargueiro militar C-390 para Áustria e Holanda, com entregas a partir de 2027

 

'É um dos dias mais importantes da história da Embraer. A gente assina o maior contrato de exportação do C-390', disse o presidente da área na Embraer

(Foto: FAB)

Reuters - A Embraer assinou nesta segunda-feira contrato para oficializar a venda de nove cargueiros militares C-390 Millennium para a Holanda e a Áustria, ampliando sua carteira de pedidos no segmento de defesa.

Os dois países europeus já haviam selecionado a aeronave para substituir frotas antigas de Hércules C-130, da Lockheed Martin, mas um acordo final com ambas as nações ainda estava pendente.

A encomenda firme anunciada na feira de aviação de Farnborough, na Inglaterra, inclui cinco aeronaves para a Holanda e quatro para a Áustria, com entregas previstas para começar em 2027 e serem concluídas em 2030, segundo a Embraer.

"É um dos dias mais importantes da história da Embraer Defesa & Segurança. A gente assina o maior contrato de exportação do C-390", disse à Reuters o presidente da área na Embraer, Bosco da Costa Junior.

Expandir sua presença no exterior com mais vendas de C-390 tem sido um objetivo fundamental da divisão de defesa da Embraer, incluindo a venda do avião de transporte militar para membros da Otan, como a Holanda.

Além dos dois países europeus e do Brasil, países como Portugal, Hungria, República Tcheca e Coreia do Sul também escolheram o modelo para suas frotas.

Áustria e Holanda "tinham selecionado o C-390...e agora de fato se torna um compromisso de compra, com valores associados, entregas associadas e os aviões sendo adicionados à nossa linha de produção", disse Costa Junior.

A Embraer não divulgou o valor dos contratos.

A fabricante brasileira está atualmente trabalhando para aumentar a produção do avião tático. A linha de produção do C-390 foi planejada para 18 aeronaves, mas este ano estão sendo entregues quatro aviões e no ano que vem mais seis, segundo Costa Junior.

“Tem um crescimento de produção previsto até 2030, atingindo 12 aviões até 2030”, disse o executivo. “O que a gente tem hoje como desafio é a 'supply chain' nos acompanhar nisso. Fizemos há uns dois, três meses um 'C-390 Day' em Gavião Peixoto (SP) com os principais fornecedores para garantir que esse crescimento aconteça.”

A carteira de pedidos do segmento de defesa da Embraer era de 2,1 bilhões no final do segundo trimestre, quando a empresa entregou uma aeronave C-390.

“O backlog com essa venda que estamos anunciando se torna muito concentrado na Otan, mas nós fizemos a venda no final do ano passado para a Coreia do Sul. A região da Ásia, a região do Oriente Médio, a região europeia por óbvio se tornam áreas onde o C-390 tem tido uma grande projeção”, disse Costa Junior. "A gente está muito otimista com futuras aquisições por outros países."

Índia, Arábia Saudita e Estados Unidos são vistos como mercados estratégicos para a unidade de defesa da Embraer, sendo a Suécia também um cliente potencial.

fonte: Brasil 247 com Reuters

Ex-presidente da Câmara dos EUA, Pelosi anuncia apoio a Kamala Harris para presidente dos EUA

 

"Tenho plena confiança de que ela nos levará à vitória em novembro", disse a influente deputada

Nancy Pelosi (Foto: Reuters)

A deputada Nancy Pelosi, ex-presidente da Câmara dos Deputados dos EUA e voz influente no Partido Democrata, anunciou seu apoio a vice-presidente, Kamala Harris, nesta segunda-feira (22) como candidata democrata à Presidência em 2024.

"Meu apoio entusiasmado a Kamala Harris para presidente é oficial, pessoal e político", disse Pelosi em um comunicado. A declaração foi citada pela agência Reuters. 

"Politicamente, não se engane: Kamala Harris, como mulher na política, é brilhantemente astuta -- e tenho plena confiança de que ela nos levará à vitória em novembro". 

O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou na tarde do último domingo (21) que estava desistindo de concorrer à reeleição, em meio a fortes questionamentos sobre suas condições de vencer a disputa contra o republicano Donald Trump e cumprir um eventual segundo mandato. Ele também anunciou seu endosso para que Kamala Harris o substitua como candidata. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Reuters

Governo trava R$ 15 bi de ministérios para levar resultado fiscal de 2024 ao limite da banda de tolerância

 

Estimativa anterior apontava para um déficit de 14,5 bilhões de reais sem a necessidade de travar despesas

Simone Tebet e Fernando Haddad (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Os ministérios do Planejamento e da Fazenda confirmaram nesta segunda-feira (21) a necessidade de uma contenção de 15 bilhões de reais em verbas de ministérios para levar a projeção de déficit primário do governo central em 2024 a 28,8 bilhões de reais, exatamente o limite inferior da margem de tolerância da meta de déficit zero, informou a agência Reuters. 

O relatório bimestral de receitas e despesas mostra que será necessário bloquear 11,2 bilhões de reais em verbas para colocar os gastos federais dentro do limite permitido pelo arcabouço fiscal, de alta real de 2,5% no ano. Com isso, o governo fecharia 2024 com déficit de 32,6 bilhões de reais, equivalente a 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

Como o arcabouço fiscal dá uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB para mais ou para menos em relação à meta, o que corresponde a 28,8 bilhões de reais, o governo ainda precisará fazer um contingenciamento de 3,8 bilhões de reais.

Mesmo com os cortes, a nova estimativa é pior do que a última projeção oficial do governo, feita em maio, que apontava para um déficit de 14,5 bilhões de reais sem a necessidade de travar despesas.

Na prática, as duas medidas anunciadas nesta segunda implicam cortes nos recursos disponíveis para gastos pelos ministérios. A oficialização das pastas afetadas será publicada até o final deste mês.

Segundo os cálculos oficiais, a receita líquida do governo, que exclui transferência a Estados e municípios, deve ficar 13,2 bilhões de reais abaixo do patamar estimado em maio, a 2,168 trilhões de reais.

Em relação às despesas totais, a previsão do governo é de uma alta de 20,7 bilhões de reais em relação à estimativa de maio, atingindo 2,230 trilhões de reais.

Fonte: Brasil 247

“A relação do Brasil será com quem for eleito”, diz Lula sobre desistência de Biden à reeleição nos Estados Unidos

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou nesta segunda-feira (22) sobre a decisão do presidente americano, Joe Biden, de desistir da reeleição

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adotou um tom conciliador ao comentar a desistência do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de tentar a reeleição à Casa Branca. Lula usou as redes sociais nesta segunda-feira (22) para comentar a decisão do democrata. 


“Eu fiquei muito feliz quando o presidente Biden foi eleito e mais ainda pelos posicionamentos dele em defesa dos trabalhadores. Estabelecemos juntos uma parceria estratégica em defesa do trabalho decente no mundo. Eu gosto e respeito muito ele. Somente ele poderia decidir se iria ou não ser candidato”, enfatizou Lula.


O presidente deixou claro que o Brasil manterá uma boa relação com quem for eleito nas eleições presidenciais nos Estados Unidos. “Agora, eles vão escolher uma candidata ou um candidato e que o melhor vença a eleição. A relação do Brasil será com quem for eleito. Temos uma parceria estratégica com os Estados Unidos e queremos mantê-la”, afirmou Lula.



Após anunciar a desistência, Biden demonstrou apoio a sua vice, Kamala Harris, no pleito presidencial deste ano contra o candidato republicano Donald Trump.


Fonte: Agenda do Poder

Caso Henry Borel: Dr. Jairinho contrata advogado de homem que tentou matar Bolsonaro

 Ex-vereador e Monique Medeiros deverão ser levados a julgamento ainda este ano


O ex-vereador do Rio de Janeiro e ex-médico Jairo Souza Santos, mais conhecido como Dr. Jairinho, dispensou sua equipe de advogados e contratou uma nova defesa. Esta é a segunda vez que sua família realiza a troca dos defensores.


Os advogados substituídos, Cláudio Dalledone e Janira Rocha, foram trocados por Zanone Manuel de Oliveira Júnior e Fabiano Lopes. Dr. Jairinho permanece detido em Bangu 8, aguardando julgamento. Ele e sua ex-namorada, Monique Medeiros, enfrentam acusações de homicídio pelo assassinato do menino Henry Borel, de 4 anos, ocorrido em 2021.


A mudança na defesa foi divulgada pela coluna True Crime do jornal O Globo, indicando que o ajuste ocorreu há cerca de uma semana devido a desentendimentos entre a família do ex-vereador e os antigos defensores.


Os novos advogados possuem extensa experiência na área criminal. Zanone Júnior é conhecido por ter defendido Adélio Bispo de Oliveira, responsável pelo atentado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018. Além disso, ele também representou Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, condenado a 27 anos de prisão pelo feminicídio da modelo Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno.


Motivo da troca de advogados

Desde a prisão de Dr. Jairinho, seu pai, o coronel Jairo Souza Santos, tem sido o responsável pela contratação dos advogados e pelo acompanhamento da defesa. Segundo ele, a troca ocorreu porque Cláudio Dalledone foi condenado a 11 anos de prisão por associação criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.


Por outro lado, Dalledone afirma que a real razão para a mudança é a falta de recursos financeiros da família de Jairinho para continuar bancando a defesa, cujo custo estimado é de R$ 1 milhão. Além disso, ele sugere que a família teria solicitado que o escritório intimidasse promotores e até juízes.


Independentemente das divergências, é certo que Dr. Jairinho e Monique Medeiros serão levados a julgamento ainda este ano, acusados de homicídio qualificado com emprego de crueldade.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles e O Globo

Sem a presença de Bolsonaro, PL oficializa candidatura de Ramagem à Prefeitura do Rio

 Participaram do evento Carlos Bolsonaro e aliados políticos, como o deputado General Pazuello


O PL oficializou na manhã desta segunda-feira (22) a candidatura do deputado federal Alexandre Ramagem à Prefeitura do Rio de Janeiro. O nome do vice na chapa ainda não foi definido.


“Hoje nós oficializamos, é a convenção, o momento burocrático, que nos coloca como candidato do PL à Prefeitura do Rio de Janeiro. Haverá o registro para oficializarmos com as nossas propostas para o melhor para o Rio de Janeiro”, afirmou Ramagem.


O ex-presidente Jair Bolsonaro, que participou de eventos em apoio a Ramagem na semana passada no Rio, não compareceu à convenção devido a compromissos de viagem. Contudo, seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), e aliados políticos, como o deputado federal General Pazuello (PL-RJ) e o secretário estadual de Transportes Washington Reis, marcaram presença.


As convenções fazem parte do calendário oficial da Justiça Eleitoral e são essenciais para que partidos e federações lancem seus candidatos. O prazo para a realização dessas convenções termina em 5 de agosto. Esse procedimento é necessário para que um candidato tenha seu registro validado pela Justiça Eleitoral, tornando-o apto a concorrer nas eleições.


Alexandre Ramagem Rodrigues, de 52 anos, é formado em Direito e ingressou na Polícia Federal (PF) como delegado em 2005. Durante sua carreira na PF, coordenou a segurança de eventos como a Olimpíada do Rio em 2016. Em 2018, chefiou a equipe de segurança de Bolsonaro durante a campanha eleitoral, após o atentado a faca em Juiz de Fora (MG).


Entre 2019 e 2022, Ramagem foi diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), cargo que deixou para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados, sendo eleito com 59.170 votos.


Depoimento na Polícia Federal

Na última quarta-feira (17), Ramagem depôs por quase sete horas à Polícia Federal no âmbito da investigação sobre o possível uso ilegal de sistemas da Abin para espionar autoridades e adversários políticos. Segundo as investigações, o grupo utilizou sistemas de GPS para rastrear celulares sem autorização judicial.


fonte: Agenda do Poder com informações do g1

Dilma critica dependência do dólar e defende papel do Estado na economia

 

Presidente do Banco do Brics também alertou contra o protecionismo no comércio internacional e pediu mais políticas de industrialização para o Brasil

Dilma Rousseff (Foto: Reprodução/X/@dilmabr)

A ex-presidente do Brasil e atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também conhecido como Banco do Brics, Dilma Rousseff, fez uma série de declarações críticas ao crescente protecionismo no comércio internacional e à política de financiamento internacional, que impõe restrições aos países em desenvolvimento.

Ela também criticou o uso dominante do dólar no comércio internacional. “Há uma dicotomia, que é o fato de o dólar ser uma moeda doméstica, nacional, e cumprir um papel de reserva internacional”, afirmou Dilma Ela discursou durante a abertura do “States of the Future”, evento paralelo do G20. As declarações foram citadas pelo Valor Econômico.

“Essas contradições aumentaram o descasamento de redução de riscos praticadas pelos Estados Unidos e pela Europa, produzindo um protecionismo nunca antes visto [para as nações desenvolvidas]”.

Rousseff ressaltou que o aumento da dívida externa está restringindo o espaço fiscal dos países e dificultando o acesso a financiamentos: “Não só é crescente o volume da dívida externa, o que reduz o espaço fiscal dos países, como vem se tornando ainda mais difícil, ou impossível para alguns países, conseguir financiamento acessível devido às restrições ou à falta de liquidez no mercado internacional”.

Dilma defendeu a necessidade de uma mudança na estrutura econômica do Brasil e do Sul Global: “O Brasil não pode se manter como ‘mero exportador de commodities e mero consumidor dos benefícios da 4ª Revolução Industrial’”. Ela também criticou o “pensamento único” que opõe Estado e mercado, argumentando que as economias desenvolvidas têm adotado políticas para promover sua industrialização:

“O denominado pensamento único, que construiu uma falsa oposição entre Estado e mercado e impôs ao Sul Global o preconceito contra a atuação do Estado, vem sendo questionado pela própria atuação das economias desenvolvidas, que têm adotado políticas para fazer desenvolver sua própria industrialização”.

Fonte: Brasil 247 com informações do Valor Econômico

Banco Central faz ajustes para aperfeiçoar segurança do Pix

 

Limite de transação será de R$ 200 em celular não cadastrado

O Banco Central (BC) divulgou, nesta segunda-feira (22), em Brasília, ajustes para aperfeiçoar os mecanismos de segurança do Pix. As mudanças visando combater fraudes e golpes entrarão em vigor em 1º de novembro. A resolução BCB n° 403 foi publicada no site da instituição.

Pela nova regra geral de segurança, nos casos em que o dispositivo de acesso eletrônico ao Pix - como smartphone ou computador - não estiver cadastrado no banco, as transações não poderão ser maiores que R$ 200.  Quando houver a mudança para um celular desconhecido, o limite diário de transações instantâneas via Pix não poderá ultrapassar R$ 1.000.

Para transações fora destes limites, o novo dispositivo de acesso ao Pix (celular ou computador) deverá ser previamente cadastrado pelo cliente bancário para realizar as transferências de dinheiro via Pix, como nos casos em que o usuário mudar de aparelho.

Em nota, o Banco Central explicou que essa exigência de cadastro se aplica apenas a aparelhos que nunca tenham sido usados para iniciar uma transação Pix, para não causar inconvenientes aos clientes que já usam um dispositivo eletrônico específico.

O objetivo é minimizar a probabilidade de fraudadores usarem dispositivos diferentes daqueles já utilizados pelo cliente para gerenciar chaves e iniciar as transações deste modelo de pagamento instantâneo, quando houver o roubo ou conhecimento de login e senha do cliente.

Pagamento mais seguro

O Banco Central ainda determinou medidas que as instituições financeiras devem - a partir de novembro – aplicar para garantir segurança nas transferências eletrônicas de recursos nas contas bancárias:

• adotar solução de gerenciamento de risco de fraude que contemple informações de segurança armazenadas no Banco Central e que seja capaz de identificar transações Pix atípicas ou não compatíveis com o perfil do cliente;

•disponibilizar - em canal eletrônico de acesso amplo aos clientes - informações sobre os cuidados que os clientes devem ter para evitar fraudes;

• pelo menos uma vez a cada seis meses, os bancos devem verificar se seus clientes possuem marcações de fraude na base de dados do Banco Central.

“Espera-se que os participantes tratem de forma diferenciada esses clientes, seja por meio do encerramento do relacionamento ou do uso do limite diferenciado de tempo para autorizar transações iniciadas por eles e do bloqueio cautelar para as transações recebidas”, acrescentou o BC em nota.

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: Agência Brasil

Ministros defendem universalização do acesso à água e saneamento

 

Novo PAC prevê US$ 330 milhões na gestão de resíduos sólidos

Por Mariana Tokarnia, repórter da Agência Brasil - Ministros brasileiros chamam atenção para a importância da universalização do acesso à água potável e ao saneamento básico e fazem um apelo para haja um engajamento não apenas nacional, dos setores público e privado, como da comunidade internacional. “Temos consciência de que essa batalha, permitam-me usar essa expressão, será longa e exigirá muito de todos nós, mas ela não pode mais ser postergada”, afirmou nesta segunda-feira(22) o ministro das Cidades, Jader Filho, na reunião ministerial de Desenvolvimento do G20, no Rio de Janeiro.

Presidida pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a reunião conta ainda com a presença de Jader Filho e da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

Dados de 2022, apresentados pelo ministro das Cidades no discurso de abertura do painel, mostram que aproximadamente 30 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada e 90 milhões não têm acesso a serviços de coleta de esgoto. A meta, prevista em lei, é universalizar o acesso à água potável e garantir que pelo menos 90% da população tenha acesso a saneamento básico até 2033.

Para reverter esse déficit, estudo realizado pelo Ministério das Cidades em 2023, estima a necessidade de investimento de aproximadamente US$ 100 bilhões, sendo US$ 54 bilhões para os serviços de abastecimento de água e US$ 46 bilhões para esgotamento sanitário.

Os investimentos nacionais, conforme ressaltou o ministro, têm avançado, mas ainda estão aquém do necessário. O novo PAC vai investir, até 2026, US$ 330 milhões na gestão de resíduos sólidos, além de US$ 4,92 bilhões em esgotamento sanitário, US$ 2,73 bilhões em drenagem e contenção de encostas e US$ 2,27 bilhões em abastecimento de água.

O ministro Jader Filho fez então um apelo para que outros países se engajem também para garantir esse direito às populações, não apenas do Brasil, mas de outras nações que passam pela mesma situação. “Para assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento a todos, é imprescindível que os países tenham em vista a necessidade da mobilização ativa de recursos financeiros internacionais. Nesse contexto, faço um apelo para que os países empreendam esforços para o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos mecanismos que viabilizem esses recursos”, disse.  

Desigualdade social 

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, também ressaltou a necessidade de atuação conjunta para enfrentar esse problema. “A importância deste painel se revela nos números, que, por falta de outra expressão, eu diria que são assustadores e chocantes. Segundo a ONU [Organização das Nações Unidas], no total, no planeta, são 2 bilhões e 200 milhões de pessoas que não têm acesso à água tratada e 3 bilhões e 500 milhões que não têm acesso ao serviço de saneamento básico”.

Tebet lembrou que além de ser uma meta nacional, está entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, pactuados entre 193 países, incluindo o Brasil. Até 2030, esses países devem garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos.

“A falta do acesso à água, saneamento e higiene é uma das dimensões mais visíveis da desigualdade social. É um dos elementos centrais para o desenvolvimento sustentável. Por isso, o atingimento desta meta, pactuada para 2030, exige priorização política e mobilização conjunta dos setores, não só dos órgãos públicos, mas do setor privado e da sociedade civil em nível nacional e internacional”, defendeu Tebet.

Em seu discurso, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, chamou a atenção para o Brasil ter uma das maiores reservas de água potável do planeta e da importância do país no contexto nacional e internacional. Para ele, são necessários ainda esforços educativos para que esses recursos sejam aproveitados e haja uma conscientização em relação à preservação. “Além de políticas públicas eficazes e investimentos robustos em infraestrutura, é necessário implementar programas de educação e conscientização sobre a importância do uso responsável e da preservação dos recursos hídricos”, defendeu.

Chamada à Ação 

Nesta manhã também foram divulgados os documentos já pactuados para a Reunião Ministerial de Desenvolvimento do G20, entre eles o Chamado à Ação do G20 sobre o Fortalecimento dos Serviços de Água Potável, Saneamento e Higiene.

Entre as ações previstas no documento, está o pedido para que os membros do G20 aumentem a cooperação técnica internacional para os serviços de água, saneamento e higiene, cuja sigla em inglês é wash.

“A cooperação técnica internacional desempenha um papel catalisador e sustentador na promoção da capacitação nos países em desenvolvimento, sustentabilidade e resiliência das comunidades, equidade e inclusão em relação ao uso e gestão dos recursos hídricos, impactos da mudança climática e outros desafios ambientais, de saúde e nutrição, especialmente para crianças, como doenças transmitidas pela água e transmitidas por vetores decorrentes de abordagens inapropriadas ou inadequadas de wash e circunstâncias de escassez de água”, diz o texto.

Essa reunião é uma das que ocorrerá ao longo desta semana no Rio de Janeiro. Até sexta-feira (26), haverá uma série de encontros de alto nível entre autoridades da área econômica dos países que formam o bloco, além de eventos com ministros de áreas sociais. Um dos pontos altos será o pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.


Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Polícia Civil investiga casal por ato racista em roda de samba no Rio

 

Casal filmado imitando macaco em evento é procurado pela Delegacia de Crimes Raciais; ato causou grande repercussão nas redes sociais

(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) está investigando um casal de pessoas brancas que foi filmado imitando macacos durante uma roda de samba em Santa Teresa, na região central do Rio de Janeiro, na noite da última sexta-feira (19). O caso é tratado como racismo.A jornalista Jackeline Oliveira, autora do vídeo que circulou nas redes sociais, esteve na delegacia para prestar depoimento. "Eles estavam extremamente à vontade em cometer esse ato racista", afirmou Jackeline ao G1.

A Decradi trabalha para identificar os dois envolvidos, sendo uma mulher argentina, que veio ao Rio de Janeiro para participar do Fórum Latino-americano de Educação Musical, e um homem carioca. Segundo a delegada Rita Salim, titular da Decradi, será enviado um ofício ao consulado argentino para obter informações sobre a mulher, incluindo seu local de hospedagem.

Após a divulgação do vídeo, ambos os suspeitos excluíram suas contas nas redes sociais.

Repercussão e Reações

Wanderso Luna, representante da roda de samba PedeTeresa, onde ocorreu o incidente, acompanhou Jackeline à delegacia e pediu punição para o casal. "Ali é um evento democrático, feito por pessoas pretas e ainda assim estamos vulneráveis a essa situação", disse Luna, destacando a necessidade de combater atos racistas.

A vereadora Mônica Cunha (PSOL-RJ), presidente da Comissão de Combate ao Racismo da Câmara dos Vereadores do Rio, ressaltou que mais de 40 casos semelhantes estão sendo acompanhados na capital fluminense. "As pessoas precisam entender que racismo é crime", enfatizou a vereadora.

O Fórum Latino-americano de Educação Musical, em suas redes sociais, confirmou que um dos envolvidos participou do evento, mas não é associado ao Fladem Brasil. O fórum repudiou o ato e informou que solicitou à seção brasileira que abra um processo investigativo conforme as leis do país.

A delegada Rita Salim afirmou que a investigação continuará para determinar se os gestos realizados pelo casal configuram discriminação racial. "Vamos identificar o casal e intimá-los. Temos que investigar se de alguma forma os gestos utilizados durante a dança configuraram ato discriminatório de cunho racial", disse.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Lula diz que governo fará bloqueio orçamentário "sempre que precisar"

 

O presidente afirmou que a contenção de 15 bilhões de reais no Orçamento de 2024 anunciada na quinta-feira não foi a primeira a ser feita pelo governo

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante entrevista a correspondentes internacionais, no Palácio da Alvorada, Brasília - DF. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Reuters - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que o governo fará congelamento de despesas orçamentárias sempre que necessário e afirmou que traz a questão da responsabilidade fiscal nas "entranhas".

"Sempre que precisar bloquear nós vamos bloquear", disse Lula em entrevista a jornalistas de agências internacionais no Palácio da Alvorada.

O presidente afirmou que a contenção de 15 bilhões de reais no Orçamento de 2024 anunciada na quinta-feira não foi a primeira a ser feita pelo governo e frisou que, se gastar mais do que arrecada, o país "vai quebrar". Ao mesmo tempo, ponderou que a gestão orçamentária à frente vai depender do comportamento das receitas.

"O mesmo dinheiro que você precisa cortar agora, você pode não precisar cortar daqui a dois meses, depende da arrecadação", disse.

Lula também voltou a fazer fortes críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, cujo mandato termina no final de dezembro, e disse que fará a indicação de seu substituto a hora que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falar com ele sobre o assunto.

"Eu espero que a gente encontre uma pessoa que seja, do ponto de vista técnico, muito competente; seja, do ponto de vista político, muito honesto e muito sério; e que seja uma pessoa que efetivamente ganhe autonomia pela sua respeitabilidade, pelo seu comportamento", afirmou.

Lula disse sempre ter sido contra a autonomia do BC, mas afirmou duvidar que Campos Neto tenha mais autonomia do que Henrique Meirelles, que presidiu o BC ao longo dos seus primeiros dois mandatos (2003-2010), quando a lei da autonomia da autarquia ainda não havia sido aprovada.

"Como pode um rapaz que se diz autônomo, presidente do Banco Central, estar incomodado com o fato do povo mais humilde estar ganhando aumento de salário?", questionou Lula, em referência a Campos Neto.

Fonte: Brasil 247 com Reuters