segunda-feira, 22 de julho de 2024

Sem a presença de Bolsonaro, PL oficializa candidatura de Ramagem à Prefeitura do Rio

 Participaram do evento Carlos Bolsonaro e aliados políticos, como o deputado General Pazuello


O PL oficializou na manhã desta segunda-feira (22) a candidatura do deputado federal Alexandre Ramagem à Prefeitura do Rio de Janeiro. O nome do vice na chapa ainda não foi definido.


“Hoje nós oficializamos, é a convenção, o momento burocrático, que nos coloca como candidato do PL à Prefeitura do Rio de Janeiro. Haverá o registro para oficializarmos com as nossas propostas para o melhor para o Rio de Janeiro”, afirmou Ramagem.


O ex-presidente Jair Bolsonaro, que participou de eventos em apoio a Ramagem na semana passada no Rio, não compareceu à convenção devido a compromissos de viagem. Contudo, seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), e aliados políticos, como o deputado federal General Pazuello (PL-RJ) e o secretário estadual de Transportes Washington Reis, marcaram presença.


As convenções fazem parte do calendário oficial da Justiça Eleitoral e são essenciais para que partidos e federações lancem seus candidatos. O prazo para a realização dessas convenções termina em 5 de agosto. Esse procedimento é necessário para que um candidato tenha seu registro validado pela Justiça Eleitoral, tornando-o apto a concorrer nas eleições.


Alexandre Ramagem Rodrigues, de 52 anos, é formado em Direito e ingressou na Polícia Federal (PF) como delegado em 2005. Durante sua carreira na PF, coordenou a segurança de eventos como a Olimpíada do Rio em 2016. Em 2018, chefiou a equipe de segurança de Bolsonaro durante a campanha eleitoral, após o atentado a faca em Juiz de Fora (MG).


Entre 2019 e 2022, Ramagem foi diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), cargo que deixou para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados, sendo eleito com 59.170 votos.


Depoimento na Polícia Federal

Na última quarta-feira (17), Ramagem depôs por quase sete horas à Polícia Federal no âmbito da investigação sobre o possível uso ilegal de sistemas da Abin para espionar autoridades e adversários políticos. Segundo as investigações, o grupo utilizou sistemas de GPS para rastrear celulares sem autorização judicial.


fonte: Agenda do Poder com informações do g1

Dilma critica dependência do dólar e defende papel do Estado na economia

 

Presidente do Banco do Brics também alertou contra o protecionismo no comércio internacional e pediu mais políticas de industrialização para o Brasil

Dilma Rousseff (Foto: Reprodução/X/@dilmabr)

A ex-presidente do Brasil e atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também conhecido como Banco do Brics, Dilma Rousseff, fez uma série de declarações críticas ao crescente protecionismo no comércio internacional e à política de financiamento internacional, que impõe restrições aos países em desenvolvimento.

Ela também criticou o uso dominante do dólar no comércio internacional. “Há uma dicotomia, que é o fato de o dólar ser uma moeda doméstica, nacional, e cumprir um papel de reserva internacional”, afirmou Dilma Ela discursou durante a abertura do “States of the Future”, evento paralelo do G20. As declarações foram citadas pelo Valor Econômico.

“Essas contradições aumentaram o descasamento de redução de riscos praticadas pelos Estados Unidos e pela Europa, produzindo um protecionismo nunca antes visto [para as nações desenvolvidas]”.

Rousseff ressaltou que o aumento da dívida externa está restringindo o espaço fiscal dos países e dificultando o acesso a financiamentos: “Não só é crescente o volume da dívida externa, o que reduz o espaço fiscal dos países, como vem se tornando ainda mais difícil, ou impossível para alguns países, conseguir financiamento acessível devido às restrições ou à falta de liquidez no mercado internacional”.

Dilma defendeu a necessidade de uma mudança na estrutura econômica do Brasil e do Sul Global: “O Brasil não pode se manter como ‘mero exportador de commodities e mero consumidor dos benefícios da 4ª Revolução Industrial’”. Ela também criticou o “pensamento único” que opõe Estado e mercado, argumentando que as economias desenvolvidas têm adotado políticas para promover sua industrialização:

“O denominado pensamento único, que construiu uma falsa oposição entre Estado e mercado e impôs ao Sul Global o preconceito contra a atuação do Estado, vem sendo questionado pela própria atuação das economias desenvolvidas, que têm adotado políticas para fazer desenvolver sua própria industrialização”.

Fonte: Brasil 247 com informações do Valor Econômico

Banco Central faz ajustes para aperfeiçoar segurança do Pix

 

Limite de transação será de R$ 200 em celular não cadastrado

O Banco Central (BC) divulgou, nesta segunda-feira (22), em Brasília, ajustes para aperfeiçoar os mecanismos de segurança do Pix. As mudanças visando combater fraudes e golpes entrarão em vigor em 1º de novembro. A resolução BCB n° 403 foi publicada no site da instituição.

Pela nova regra geral de segurança, nos casos em que o dispositivo de acesso eletrônico ao Pix - como smartphone ou computador - não estiver cadastrado no banco, as transações não poderão ser maiores que R$ 200.  Quando houver a mudança para um celular desconhecido, o limite diário de transações instantâneas via Pix não poderá ultrapassar R$ 1.000.

Para transações fora destes limites, o novo dispositivo de acesso ao Pix (celular ou computador) deverá ser previamente cadastrado pelo cliente bancário para realizar as transferências de dinheiro via Pix, como nos casos em que o usuário mudar de aparelho.

Em nota, o Banco Central explicou que essa exigência de cadastro se aplica apenas a aparelhos que nunca tenham sido usados para iniciar uma transação Pix, para não causar inconvenientes aos clientes que já usam um dispositivo eletrônico específico.

O objetivo é minimizar a probabilidade de fraudadores usarem dispositivos diferentes daqueles já utilizados pelo cliente para gerenciar chaves e iniciar as transações deste modelo de pagamento instantâneo, quando houver o roubo ou conhecimento de login e senha do cliente.

Pagamento mais seguro

O Banco Central ainda determinou medidas que as instituições financeiras devem - a partir de novembro – aplicar para garantir segurança nas transferências eletrônicas de recursos nas contas bancárias:

• adotar solução de gerenciamento de risco de fraude que contemple informações de segurança armazenadas no Banco Central e que seja capaz de identificar transações Pix atípicas ou não compatíveis com o perfil do cliente;

•disponibilizar - em canal eletrônico de acesso amplo aos clientes - informações sobre os cuidados que os clientes devem ter para evitar fraudes;

• pelo menos uma vez a cada seis meses, os bancos devem verificar se seus clientes possuem marcações de fraude na base de dados do Banco Central.

“Espera-se que os participantes tratem de forma diferenciada esses clientes, seja por meio do encerramento do relacionamento ou do uso do limite diferenciado de tempo para autorizar transações iniciadas por eles e do bloqueio cautelar para as transações recebidas”, acrescentou o BC em nota.

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: Agência Brasil

Ministros defendem universalização do acesso à água e saneamento

 

Novo PAC prevê US$ 330 milhões na gestão de resíduos sólidos

Por Mariana Tokarnia, repórter da Agência Brasil - Ministros brasileiros chamam atenção para a importância da universalização do acesso à água potável e ao saneamento básico e fazem um apelo para haja um engajamento não apenas nacional, dos setores público e privado, como da comunidade internacional. “Temos consciência de que essa batalha, permitam-me usar essa expressão, será longa e exigirá muito de todos nós, mas ela não pode mais ser postergada”, afirmou nesta segunda-feira(22) o ministro das Cidades, Jader Filho, na reunião ministerial de Desenvolvimento do G20, no Rio de Janeiro.

Presidida pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a reunião conta ainda com a presença de Jader Filho e da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

Dados de 2022, apresentados pelo ministro das Cidades no discurso de abertura do painel, mostram que aproximadamente 30 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada e 90 milhões não têm acesso a serviços de coleta de esgoto. A meta, prevista em lei, é universalizar o acesso à água potável e garantir que pelo menos 90% da população tenha acesso a saneamento básico até 2033.

Para reverter esse déficit, estudo realizado pelo Ministério das Cidades em 2023, estima a necessidade de investimento de aproximadamente US$ 100 bilhões, sendo US$ 54 bilhões para os serviços de abastecimento de água e US$ 46 bilhões para esgotamento sanitário.

Os investimentos nacionais, conforme ressaltou o ministro, têm avançado, mas ainda estão aquém do necessário. O novo PAC vai investir, até 2026, US$ 330 milhões na gestão de resíduos sólidos, além de US$ 4,92 bilhões em esgotamento sanitário, US$ 2,73 bilhões em drenagem e contenção de encostas e US$ 2,27 bilhões em abastecimento de água.

O ministro Jader Filho fez então um apelo para que outros países se engajem também para garantir esse direito às populações, não apenas do Brasil, mas de outras nações que passam pela mesma situação. “Para assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento a todos, é imprescindível que os países tenham em vista a necessidade da mobilização ativa de recursos financeiros internacionais. Nesse contexto, faço um apelo para que os países empreendam esforços para o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos mecanismos que viabilizem esses recursos”, disse.  

Desigualdade social 

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, também ressaltou a necessidade de atuação conjunta para enfrentar esse problema. “A importância deste painel se revela nos números, que, por falta de outra expressão, eu diria que são assustadores e chocantes. Segundo a ONU [Organização das Nações Unidas], no total, no planeta, são 2 bilhões e 200 milhões de pessoas que não têm acesso à água tratada e 3 bilhões e 500 milhões que não têm acesso ao serviço de saneamento básico”.

Tebet lembrou que além de ser uma meta nacional, está entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, pactuados entre 193 países, incluindo o Brasil. Até 2030, esses países devem garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos.

“A falta do acesso à água, saneamento e higiene é uma das dimensões mais visíveis da desigualdade social. É um dos elementos centrais para o desenvolvimento sustentável. Por isso, o atingimento desta meta, pactuada para 2030, exige priorização política e mobilização conjunta dos setores, não só dos órgãos públicos, mas do setor privado e da sociedade civil em nível nacional e internacional”, defendeu Tebet.

Em seu discurso, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, chamou a atenção para o Brasil ter uma das maiores reservas de água potável do planeta e da importância do país no contexto nacional e internacional. Para ele, são necessários ainda esforços educativos para que esses recursos sejam aproveitados e haja uma conscientização em relação à preservação. “Além de políticas públicas eficazes e investimentos robustos em infraestrutura, é necessário implementar programas de educação e conscientização sobre a importância do uso responsável e da preservação dos recursos hídricos”, defendeu.

Chamada à Ação 

Nesta manhã também foram divulgados os documentos já pactuados para a Reunião Ministerial de Desenvolvimento do G20, entre eles o Chamado à Ação do G20 sobre o Fortalecimento dos Serviços de Água Potável, Saneamento e Higiene.

Entre as ações previstas no documento, está o pedido para que os membros do G20 aumentem a cooperação técnica internacional para os serviços de água, saneamento e higiene, cuja sigla em inglês é wash.

“A cooperação técnica internacional desempenha um papel catalisador e sustentador na promoção da capacitação nos países em desenvolvimento, sustentabilidade e resiliência das comunidades, equidade e inclusão em relação ao uso e gestão dos recursos hídricos, impactos da mudança climática e outros desafios ambientais, de saúde e nutrição, especialmente para crianças, como doenças transmitidas pela água e transmitidas por vetores decorrentes de abordagens inapropriadas ou inadequadas de wash e circunstâncias de escassez de água”, diz o texto.

Essa reunião é uma das que ocorrerá ao longo desta semana no Rio de Janeiro. Até sexta-feira (26), haverá uma série de encontros de alto nível entre autoridades da área econômica dos países que formam o bloco, além de eventos com ministros de áreas sociais. Um dos pontos altos será o pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.


Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Polícia Civil investiga casal por ato racista em roda de samba no Rio

 

Casal filmado imitando macaco em evento é procurado pela Delegacia de Crimes Raciais; ato causou grande repercussão nas redes sociais

(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) está investigando um casal de pessoas brancas que foi filmado imitando macacos durante uma roda de samba em Santa Teresa, na região central do Rio de Janeiro, na noite da última sexta-feira (19). O caso é tratado como racismo.A jornalista Jackeline Oliveira, autora do vídeo que circulou nas redes sociais, esteve na delegacia para prestar depoimento. "Eles estavam extremamente à vontade em cometer esse ato racista", afirmou Jackeline ao G1.

A Decradi trabalha para identificar os dois envolvidos, sendo uma mulher argentina, que veio ao Rio de Janeiro para participar do Fórum Latino-americano de Educação Musical, e um homem carioca. Segundo a delegada Rita Salim, titular da Decradi, será enviado um ofício ao consulado argentino para obter informações sobre a mulher, incluindo seu local de hospedagem.

Após a divulgação do vídeo, ambos os suspeitos excluíram suas contas nas redes sociais.

Repercussão e Reações

Wanderso Luna, representante da roda de samba PedeTeresa, onde ocorreu o incidente, acompanhou Jackeline à delegacia e pediu punição para o casal. "Ali é um evento democrático, feito por pessoas pretas e ainda assim estamos vulneráveis a essa situação", disse Luna, destacando a necessidade de combater atos racistas.

A vereadora Mônica Cunha (PSOL-RJ), presidente da Comissão de Combate ao Racismo da Câmara dos Vereadores do Rio, ressaltou que mais de 40 casos semelhantes estão sendo acompanhados na capital fluminense. "As pessoas precisam entender que racismo é crime", enfatizou a vereadora.

O Fórum Latino-americano de Educação Musical, em suas redes sociais, confirmou que um dos envolvidos participou do evento, mas não é associado ao Fladem Brasil. O fórum repudiou o ato e informou que solicitou à seção brasileira que abra um processo investigativo conforme as leis do país.

A delegada Rita Salim afirmou que a investigação continuará para determinar se os gestos realizados pelo casal configuram discriminação racial. "Vamos identificar o casal e intimá-los. Temos que investigar se de alguma forma os gestos utilizados durante a dança configuraram ato discriminatório de cunho racial", disse.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Lula diz que governo fará bloqueio orçamentário "sempre que precisar"

 

O presidente afirmou que a contenção de 15 bilhões de reais no Orçamento de 2024 anunciada na quinta-feira não foi a primeira a ser feita pelo governo

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante entrevista a correspondentes internacionais, no Palácio da Alvorada, Brasília - DF. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Reuters - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que o governo fará congelamento de despesas orçamentárias sempre que necessário e afirmou que traz a questão da responsabilidade fiscal nas "entranhas".

"Sempre que precisar bloquear nós vamos bloquear", disse Lula em entrevista a jornalistas de agências internacionais no Palácio da Alvorada.

O presidente afirmou que a contenção de 15 bilhões de reais no Orçamento de 2024 anunciada na quinta-feira não foi a primeira a ser feita pelo governo e frisou que, se gastar mais do que arrecada, o país "vai quebrar". Ao mesmo tempo, ponderou que a gestão orçamentária à frente vai depender do comportamento das receitas.

"O mesmo dinheiro que você precisa cortar agora, você pode não precisar cortar daqui a dois meses, depende da arrecadação", disse.

Lula também voltou a fazer fortes críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, cujo mandato termina no final de dezembro, e disse que fará a indicação de seu substituto a hora que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falar com ele sobre o assunto.

"Eu espero que a gente encontre uma pessoa que seja, do ponto de vista técnico, muito competente; seja, do ponto de vista político, muito honesto e muito sério; e que seja uma pessoa que efetivamente ganhe autonomia pela sua respeitabilidade, pelo seu comportamento", afirmou.

Lula disse sempre ter sido contra a autonomia do BC, mas afirmou duvidar que Campos Neto tenha mais autonomia do que Henrique Meirelles, que presidiu o BC ao longo dos seus primeiros dois mandatos (2003-2010), quando a lei da autonomia da autarquia ainda não havia sido aprovada.

"Como pode um rapaz que se diz autônomo, presidente do Banco Central, estar incomodado com o fato do povo mais humilde estar ganhando aumento de salário?", questionou Lula, em referência a Campos Neto.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Sobe para 37 número mortos em novo ataque de Israel a palestinos

 

Autoridades palestinas disseram que não foi dado tempo à população para sair antes do início dos ataques israelenses

Acampamento na área de Al-Mawasi em Khan Younis, Gaza, após ataque israelense (Foto: Mohammed Salem / Reuters)

Bombardeios de tanques e ataques aéreos israelenses mataram pelo menos 37 palestinos perto de Khan Younis, disseram médicos de Gaza nesta segunda-feira (22), depois que Israel emitiu novas ordens de retirada para alguns bairros, informou a Reuters.

Os palestinos foram mortos por disparos de tanques na cidade de Bani Suhaila e em outras localidades a leste da cidade de Khan Younis, no sul do enclave, e a área também foi bombardeada por ar, disseram eles.

O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que entre os mortos havia várias mulheres e crianças e que dezenas de outras pessoas ficaram feridas pelo fogo israelense. O ministério de Gaza não faz distinção entre militantes e civis em seus registros de mortes.

Cerca de 400.000 pessoas vivem nas áreas visadas e dezenas de famílias começaram a deixar suas casas, disseram autoridades palestinas, acrescentando que não lhes foi dado tempo para sair antes do início dos ataques israelenses.

Algumas famílias fugiram em carroças de burro, outras a pé, carregando colchões e outros pertences.

No Hospital Nasser, algumas pessoas ficaram do lado de fora do necrotério para se despedir de parentes mortos antes dos enterros.

"Estamos cansados, estamos cansados em Gaza, todos os dias nossos filhos são martirizados, todos os dias, a todo momento. Esse é o sangue de nossos filhos, ainda não secou", declarou Ahmed Sammour, que perdeu vários parentes nos bombardeios israelenses no leste de Khan Younis.

"Ninguém nos disse para sair. Eles derrubaram quatro andares sobre os civis... e os corpos que conseguiram alcançar, eles levaram para a geladeira (necrotério)", acrescentou Sammour.

Não houve comentário israelense imediato sobre os ataques a leste de Khan Younis.

ORDENS DE RETIRADA - Mais cedo, uma declaração militar israelense informou que as novas ordens de retirada foram dadas devido a novos ataques de militantes palestinos, incluindo foguetes lançados das áreas visadas no leste de Khan Younis. As ordens não incluíam instituições de saúde, disseram os palestinos.

Os militares disseram que estavam ajustando os limites de uma zona humanitária em Al-Mawasi - a oeste de Khan Younis - para manter a população civil longe das áreas de combate com militantes palestinos liderados pelo Hamas.

Os palestinos, as Nações Unidas e as agências internacionais de ajuda humanitária disseram que não há mais nenhum lugar seguro em Gaza. No início de julho, dezenas de palestinos foram mortos em ataques israelenses separados na área de Al-Mawasi, designada para fins humanitários.

Israel afirmou que esses ataques tinham como alvo militantes armados, incluindo alguns dos principais comandantes militares do Hamas. Autoridades palestinas chamaram essas alegações de falsas e disseram que elas foram usadas para justificar os ataques.

Mais tarde na segunda-feira, as autoridades de saúde do Hospital Nasser, em Khan Younis, pediram aos moradores que doassem sangue devido ao grande número de vítimas que estavam sendo levadas às pressas para o centro médico.

"Uma família, incluindo crianças, foi toda despedaçada enquanto dormia", disse um homem que chegou ao hospital em uma ambulância com os corpos.

Israel prometeu erradicar o Hamas depois que os militantes mataram 1.200 pessoas e fizeram mais de 250 reféns em um ataque transfronteiriço em 7 de outubro de 2023, de acordo com os registros israelenses.

O número de mortos entre os palestinos desde então chegou a pelo menos 39.006 na segunda-feira, disseram as autoridades de saúde de Gaza.

fonte: Brasil 247

"Legado de Biden é incomparável", diz Kamala Harris

 

Vice-presidente e provável candidata democrata à Casa Branca fez nesta segunda sua primeira aparição pública desde a desistência de Biden



Reuters - A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, fez sua primeira aparição pública na segunda-feira desde que entrou na corrida presidencial, após o presidente Joe Biden, de 81 anos, abandonar abruptamente sua candidatura à reeleição e endossá-la como sua sucessora.

"O legado de Joe Biden nos últimos três anos é incomparável na história moderna", disse Harris, antes de fazer um discurso em um evento na Casa Branca para homenagear atletas universitários.

Harris se moveu rapidamente para garantir a nomeação presidencial democrata, após Biden anunciar no domingo que estava desistindo, cedendo à pressão de outros democratas.

Praticamente todos os democratas proeminentes que eram vistos como possíveis desafiantes de Harris se alinharam atrás dela, incluindo a governadora de Michigan, Gretchen Whitmer, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, e o governador de Kentucky, Andy Beshear.

Funcionários de campanha e aliados já fizeram centenas de ligações em seu nome, pedindo aos delegados da convenção do Partido Democrata do próximo mês que se unam para nomeá-la como presidente na eleição de 5 de novembro contra o republicano Donald Trump.

A saída de Biden foi o último choque em uma corrida pela Casa Branca que incluiu a quase tentativa de assassinato do ex-presidente Trump por um atirador durante uma parada de campanha e a nomeação do colega linha-dura de Trump, o senador dos EUA J.D. Vance, como seu companheiro de chapa.

"Minha intenção é ganhar e conquistar essa nomeação", disse Harris em um comunicado no domingo. "Farei tudo o que estiver ao meu alcance para unir o Partido Democrata — e unir nossa nação — para derrotar Donald Trump."

Harris, que é negra e asiático-americana, criaria uma dinâmica totalmente nova com Trump, de 78 anos, oferecendo um contraste geracional e cultural vívido.

A campanha de Trump vem se preparando para sua possível ascensão há semanas, disseram fontes à Reuters. Na segunda-feira, enviou uma crítica detalhada de seu histórico sobre imigração e outras questões, acusando-a de ser mais liberal que Biden.

A campanha de Trump acusou Harris de favorecer a abolição da agência de Imigração e Alfândega dos EUA e de descriminalizar as travessias de fronteira, apoiar o chamado Green New Deal, apoiar os mandatos de veículos elétricos da administração e encorajar os esforços para "desfinanciar a polícia".

Algumas dessas eram posições que Harris adotou como candidata presidencial malsucedida na eleição de 2020, quando ela estava concorrendo com uma agenda mais liberal do que Biden, mas não foram posições que a administração assumiu, particularmente em relação à segurança das fronteiras e questões de aplicação da lei.

Biden, a pessoa mais velha a ocupar o Salão Oval, disse que permaneceria na presidência até o final de seu mandato, em 20 de janeiro de 2025, enquanto endossava Harris para concorrer em seu lugar.

A fraca performance de Biden no debate de 27 de junho contra Trump levou os colegas democratas do presidente a instá-lo a encerrar sua candidatura, mas os principais republicanos exigiram que ele renunciasse ao cargo, argumentando que, se ele não está apto para fazer campanha, não está apto para governar.

Harris passou o domingo ao telefone, vestindo um moletom da Universidade de Howard e comendo pizza com anchovas enquanto conversava com o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, um potencial companheiro de chapa vice-presidencial, o líder democrata da Câmara, Hakeem Jeffries, e o presidente do Caucus Negro do Congresso, o deputado Steven Horsford, segundo fontes.

A retirada de Biden deixa menos de quatro meses para fazer campanha.

Trump, cujas falsas alegações de que sua derrota para Biden em 2020 foi resultado de fraude inspiraram o ataque ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021, questionou na segunda-feira o direito dos democratas de trocar de candidatos.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

'Propostas de Kamala Harris e Joe Biden são idênticas', diz Kennedy Jr.

 

Candidato presidencial independente também afirmou que Harris não é popular dentro do Partido Democrata

Robert F. Kennedy Jr. (Foto: Brian Snyder/Reuters)

(Sputnik) - O candidato presidencial independente dos Estados Unidos Robert F. Kennedy Jr. afirmou que não vê diferença entre as políticas defendidas pela vice-presidente, Kamala Harris, e pelo presidente, Joe Biden.

No último domingo (21), Biden anunciou que se retiraria da corrida presidencial e endossou Harris como a candidata do Partido Democrata à presidência dos EUA.

"A atual iteração das políticas do presidente Biden é Kamala Harris, que nunca expressou qualquer diferenciação, qualquer distinção entre ela e o presidente Biden", disse Kennedy Jr. durante uma coletiva de imprensa no domingo.

Kennedy Jr. também afirmou que Harris não é popular dentro do Partido Democrata, mas que o partido provavelmente a apresentará como candidata presidencial, pois é "a maneira mais fácil de manter o dinheiro".

A eleição presidencial dos EUA está marcada para 5 de novembro.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

Lula elogia Biden e defende parceria estratégica com os Estados Unidos

 

"Seja um candidato democrata, seja o Biden, seja o Trump, a nossa relação vai ser uma relação civilizada de dois países importantes", disse Lula

Lula e Joe Biden (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Reuters/Mike Segar)

Reuters - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que a decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de desistir da candidatura à reeleição foi pessoal porque somente ele sabia das suas reais condições, mas garantiu que as relações entre Brasil e Estados Unidos continuarão a ser "civilizadas" independentemente do vencedor da disputa presidencial.

"À medida que o presidente Biden resolveu tomar posição, o meu papel é torcer para que eles escolham um candidato ou uma candidata que disputa as eleições e que vença aquele que for o melhor, aquele que o povo americano for votar", disse Lula em entrevista a agências internacionais de notícias no Palácio da Alvorada.

"Porque o meu papel não é escolher presidente dos Estados Unidos, o meu papel é conviver com quem é o presidente dos Estados Unidos. Então seja um candidato democrata, seja o Biden, seja o Trump, a nossa relação vai ser uma relação civilizada de dois países importantes que têm uma relação diplomática de séculos e que a gente quer manter. E que temos parcerias estratégicas importantes com os Estados Unidos, nós queremos manter".

Biden anunciou na tarde de domingo que estava desistindo de concorrer à reeleição, em meio a fortes questionamentos sobre suas condições de vencer a disputa e cumprir um segundo mandato.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Lula é o presidente mais bem avaliado da América do Sul, aponta pesquisa

 

Presidente Lula continua a fortalecer sua liderança na região

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) agora lidera o ranking de aprovação de presidentes da América do Sul, de acordo com a CB Consultoria e Opinião Pública. Com uma avaliação positiva de 53,6%, Lula ultrapassou o presidente argentino Javier Milei, cuja popularidade caiu, colocando-o na segunda posição. A pesquisa, realizada com 1.471 brasileiros maiores de 18 anos entre os dias 16 e 20 de julho, mostrou um crescimento de 2,3 pontos percentuais na imagem positiva de Lula em comparação com o mês anterior.

A pesquisa também destacou um crescimento significativo na aprovação do presidente da Bolívia, Luis Arce, que teve um aumento de 6 pontos percentuais em sua imagem positiva, após enfrentar uma tentativa de golpe militar no mês passado. Em contraste, o presidente colombiano Gustavo Petro registrou a maior queda em popularidade, perdendo 6,6 pontos percentuais, devido a denúncias de corrupção em seu governo.

Os presidentes Dina Boluarte, do Peru, e Gabriel Boric, do Chile, também registraram baixas avaliações, com imagens positivas de apenas 32,5% e 32,3%, respectivamente. 

Fonte: Brasil 247 com informações do Jota

Boletim Focus: projeções para a inflação, PIB e câmbio em 2024 voltam a subir

 

A estimativa do IPCA para este ano avançou de 4,0% para 4,05%, após ter interrompido a sequência de nove semanas de alta na semana passada


Dinheiro

Por Roberto de Lira, da Infomoney - As projeções dos analistas para a inflação, para a evolução do PIB e para a taxa de câmbio em 2024 voltaram a subir nesta semana, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (22) pelo Relatório Focus do Banco Central.

A estimativa do IPCA para este ano avançou de 4,0% para 4,05%, após ter interrompido a sequência de nove semanas de alta na semana passada. No entanto, a previsão para a inflação de 2025 se manteve nos mesmos 3,90%. A projeção para 2026 está mantida em 3,60% há sete semanas. Para 2027, a projeção continua em 3,50% há 55 semanas.

As expectativas para a variação dos preços administrados dentro do IPCA subiram nesta semana, de 4,11% para 4,59%. As projeções para 2025 permaneceram em 3,90%. Para 2026, a estimativa se manteve 3,50%, mesmo patamar observado há 23 semanas, e a de 2026 permanece em 3,50% há 42 semanas.

Para o IGP-M, as projeções subiram em 2024, avançando de 3,42% para 3,49% enquanto a estimativa para 2025 avançou de 3,90% para 3,95%. Para 2026, a projeção de inflação subiu de 3,84% para 3,92%. A de 2027 permaneceu em 3,70%.

Para o produto interno bruto (PIB), a mediana das projeções de 2024 passou de 2,11% para 2,15%. A previsão para 2025 caiu de 1,97% para 1,93%, enquanto a estimativa para 2026 continua nos mesmos 2,0% há 50 semanas. A projeção também está em 2,0% para 2027, há 52 semanas.

A projeção para a taxa básica de juros (Selic) se manteve em 10,50% em 2024, enquanto a estimativa para 2025 continuou em 9,50%. Para 2026, está mantida nos mesmos 9,0%, enquanto a taxa esperada para 2027 também permaneceu em 9,0%.

A mediana das projeções para o dólar avançou de R$ 5,22 para R$ 5,30 em 2024, enquanto a de 2025 avançou de R$ 5,20 para R$ 5,23, o mesmo acontecendo com as projeção de 2026, que passou de R$ 5,20 para R$ 5,23. A estimativa para 2027 se manteve em R$ 5,21.

A projeção para o resultado primário em 2024 se manteve em -0,70% do PIB pela quarta semana seguida. A estimativa para 2025, no entanto, piorou, passando de -0,66% do PIB para -0,67% do PIB. Para 2026, a estimativa teve melhora e passou de -0,60% do PIB para um déficit de -0,55% do PIB. Já para 2027, déficit estimado passou de -0,50% do PIB para 0,41% do PIB.

Para a dívida líquida do setor público, a projeção para 2024 foi mantida em 63,70% do PIB. Para 2025, continuou em 66,0% do PIB, enquanto para 2026 ficou nos mesmos 68,38% do PIB. A dívida prevista para 2027,no entanto, subiu de 69,90% do PIB para 70,20% do PIB.

As projeções para a balança comercial brasileira 2024 ficaram estáveis em US$ 82,0 bilhões pela segunda semana seguida. O saldo positivo estimado para 2025, por sua vez, subiu de US$ 76,30 bilhões para US% 78,0 bilhões nesta semana. Para 2026, a projeção avançou de US$ 77,82 bilhões para US$ 80,0 bilhões, enquanto em 2027 avançou de US$ 80,0 bilhões para US$ 80,11 bilhões.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

PF espera concluir em agosto relatório com indiciamento de Bolsonaro e militares

 

Investigação sugere que cada investigação envolvendo o ex-mandatário faz parte de uma trama maior, culminando em uma tentativa de golpe de Estado

Braga Netto e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A Polícia Federal (PF) está finalizando o relatório de uma investigação que apura a possível articulação de Jair Bolsonaro (PL) e membros do alto escalão das Forças Armadas para promover um golpe de Estado com o objetivo de anular a eleição do presidente Lula (PT), prender opositores e garantir a permanência do ex-mandatário no poder. Segundo a revista Veja, a expectativa é que o relatório da investigação seja concluído em agosto. 

O relatório, de acordo com a reportagem, incluirá provas obtidas da investigação sobre a atuação das milícias digitais bolsonaristas e deverá indiciar Bolsonaro, os generais Walter Braga Netto (ex-candidato a vice-presidente) e Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), além de Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), dentre outros ex-integrantes da gestão Bolsonaro. 

A PF está procurando individualizar as condutas criminosas de militares e auxiliares do ex-mandatário, como o ex-assessor para Assuntos Internacionais Filipe Martins. Este último tenta provar que não deixou o país às vésperas do fim do governo Bolsonaro, ao contrário do que alega a polícia. Nesta linha, "a PF pediu o compartilhamento de provas do inquérito que apura como empresários, parlamentares e integrantes do ‘gabinete do ódio’ atacavam a reputação de adversários, de integrantes do Poder Judiciário e de ferramentas como a urna eletrônica para construir um ambiente favorável à virada de mesa nas eleições”.

A investigação sugere que cada investigação envolvendo o ex-mandatário faz parte de uma trama maior, culminando em uma tentativa de golpe de Estado. A estratégia envolveria as chamadas milícias digitais, que tinham o objetivo de aumentar dúvidas e ódio no eleitorado através da disseminação de fake news e ataques pessoais; a realização de reuniões no Palácio da Alvorada para discutir estratégias jurídicas para anular as eleições e impedir a posse de Lula, além da : Venda de joias presenteadas ao Estado brasileiro e fraudes de cartões de vacinação para preparar uma possível fuga do país.

Além disso, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) também está sob investigação pela suspeita de que teria colaborado com o “gabinete do ódio” e as milícias digitais para criar um ambiente propício à contestação das eleições. Em decisão recente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou haver indícios suficientes de uma “estrutura espúria infiltrada na Abin” visando “a obtenção de toda a ordem de vantagens para o núcleo político” ligado a Jair Bolsonaro. 

Fonte: Brasil 247 com informações da revista Veja