segunda-feira, 22 de julho de 2024

Sobe para 37 número mortos em novo ataque de Israel a palestinos

 

Autoridades palestinas disseram que não foi dado tempo à população para sair antes do início dos ataques israelenses

Acampamento na área de Al-Mawasi em Khan Younis, Gaza, após ataque israelense (Foto: Mohammed Salem / Reuters)

Bombardeios de tanques e ataques aéreos israelenses mataram pelo menos 37 palestinos perto de Khan Younis, disseram médicos de Gaza nesta segunda-feira (22), depois que Israel emitiu novas ordens de retirada para alguns bairros, informou a Reuters.

Os palestinos foram mortos por disparos de tanques na cidade de Bani Suhaila e em outras localidades a leste da cidade de Khan Younis, no sul do enclave, e a área também foi bombardeada por ar, disseram eles.

O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que entre os mortos havia várias mulheres e crianças e que dezenas de outras pessoas ficaram feridas pelo fogo israelense. O ministério de Gaza não faz distinção entre militantes e civis em seus registros de mortes.

Cerca de 400.000 pessoas vivem nas áreas visadas e dezenas de famílias começaram a deixar suas casas, disseram autoridades palestinas, acrescentando que não lhes foi dado tempo para sair antes do início dos ataques israelenses.

Algumas famílias fugiram em carroças de burro, outras a pé, carregando colchões e outros pertences.

No Hospital Nasser, algumas pessoas ficaram do lado de fora do necrotério para se despedir de parentes mortos antes dos enterros.

"Estamos cansados, estamos cansados em Gaza, todos os dias nossos filhos são martirizados, todos os dias, a todo momento. Esse é o sangue de nossos filhos, ainda não secou", declarou Ahmed Sammour, que perdeu vários parentes nos bombardeios israelenses no leste de Khan Younis.

"Ninguém nos disse para sair. Eles derrubaram quatro andares sobre os civis... e os corpos que conseguiram alcançar, eles levaram para a geladeira (necrotério)", acrescentou Sammour.

Não houve comentário israelense imediato sobre os ataques a leste de Khan Younis.

ORDENS DE RETIRADA - Mais cedo, uma declaração militar israelense informou que as novas ordens de retirada foram dadas devido a novos ataques de militantes palestinos, incluindo foguetes lançados das áreas visadas no leste de Khan Younis. As ordens não incluíam instituições de saúde, disseram os palestinos.

Os militares disseram que estavam ajustando os limites de uma zona humanitária em Al-Mawasi - a oeste de Khan Younis - para manter a população civil longe das áreas de combate com militantes palestinos liderados pelo Hamas.

Os palestinos, as Nações Unidas e as agências internacionais de ajuda humanitária disseram que não há mais nenhum lugar seguro em Gaza. No início de julho, dezenas de palestinos foram mortos em ataques israelenses separados na área de Al-Mawasi, designada para fins humanitários.

Israel afirmou que esses ataques tinham como alvo militantes armados, incluindo alguns dos principais comandantes militares do Hamas. Autoridades palestinas chamaram essas alegações de falsas e disseram que elas foram usadas para justificar os ataques.

Mais tarde na segunda-feira, as autoridades de saúde do Hospital Nasser, em Khan Younis, pediram aos moradores que doassem sangue devido ao grande número de vítimas que estavam sendo levadas às pressas para o centro médico.

"Uma família, incluindo crianças, foi toda despedaçada enquanto dormia", disse um homem que chegou ao hospital em uma ambulância com os corpos.

Israel prometeu erradicar o Hamas depois que os militantes mataram 1.200 pessoas e fizeram mais de 250 reféns em um ataque transfronteiriço em 7 de outubro de 2023, de acordo com os registros israelenses.

O número de mortos entre os palestinos desde então chegou a pelo menos 39.006 na segunda-feira, disseram as autoridades de saúde de Gaza.

fonte: Brasil 247

"Legado de Biden é incomparável", diz Kamala Harris

 

Vice-presidente e provável candidata democrata à Casa Branca fez nesta segunda sua primeira aparição pública desde a desistência de Biden



Reuters - A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, fez sua primeira aparição pública na segunda-feira desde que entrou na corrida presidencial, após o presidente Joe Biden, de 81 anos, abandonar abruptamente sua candidatura à reeleição e endossá-la como sua sucessora.

"O legado de Joe Biden nos últimos três anos é incomparável na história moderna", disse Harris, antes de fazer um discurso em um evento na Casa Branca para homenagear atletas universitários.

Harris se moveu rapidamente para garantir a nomeação presidencial democrata, após Biden anunciar no domingo que estava desistindo, cedendo à pressão de outros democratas.

Praticamente todos os democratas proeminentes que eram vistos como possíveis desafiantes de Harris se alinharam atrás dela, incluindo a governadora de Michigan, Gretchen Whitmer, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, e o governador de Kentucky, Andy Beshear.

Funcionários de campanha e aliados já fizeram centenas de ligações em seu nome, pedindo aos delegados da convenção do Partido Democrata do próximo mês que se unam para nomeá-la como presidente na eleição de 5 de novembro contra o republicano Donald Trump.

A saída de Biden foi o último choque em uma corrida pela Casa Branca que incluiu a quase tentativa de assassinato do ex-presidente Trump por um atirador durante uma parada de campanha e a nomeação do colega linha-dura de Trump, o senador dos EUA J.D. Vance, como seu companheiro de chapa.

"Minha intenção é ganhar e conquistar essa nomeação", disse Harris em um comunicado no domingo. "Farei tudo o que estiver ao meu alcance para unir o Partido Democrata — e unir nossa nação — para derrotar Donald Trump."

Harris, que é negra e asiático-americana, criaria uma dinâmica totalmente nova com Trump, de 78 anos, oferecendo um contraste geracional e cultural vívido.

A campanha de Trump vem se preparando para sua possível ascensão há semanas, disseram fontes à Reuters. Na segunda-feira, enviou uma crítica detalhada de seu histórico sobre imigração e outras questões, acusando-a de ser mais liberal que Biden.

A campanha de Trump acusou Harris de favorecer a abolição da agência de Imigração e Alfândega dos EUA e de descriminalizar as travessias de fronteira, apoiar o chamado Green New Deal, apoiar os mandatos de veículos elétricos da administração e encorajar os esforços para "desfinanciar a polícia".

Algumas dessas eram posições que Harris adotou como candidata presidencial malsucedida na eleição de 2020, quando ela estava concorrendo com uma agenda mais liberal do que Biden, mas não foram posições que a administração assumiu, particularmente em relação à segurança das fronteiras e questões de aplicação da lei.

Biden, a pessoa mais velha a ocupar o Salão Oval, disse que permaneceria na presidência até o final de seu mandato, em 20 de janeiro de 2025, enquanto endossava Harris para concorrer em seu lugar.

A fraca performance de Biden no debate de 27 de junho contra Trump levou os colegas democratas do presidente a instá-lo a encerrar sua candidatura, mas os principais republicanos exigiram que ele renunciasse ao cargo, argumentando que, se ele não está apto para fazer campanha, não está apto para governar.

Harris passou o domingo ao telefone, vestindo um moletom da Universidade de Howard e comendo pizza com anchovas enquanto conversava com o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, um potencial companheiro de chapa vice-presidencial, o líder democrata da Câmara, Hakeem Jeffries, e o presidente do Caucus Negro do Congresso, o deputado Steven Horsford, segundo fontes.

A retirada de Biden deixa menos de quatro meses para fazer campanha.

Trump, cujas falsas alegações de que sua derrota para Biden em 2020 foi resultado de fraude inspiraram o ataque ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021, questionou na segunda-feira o direito dos democratas de trocar de candidatos.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

'Propostas de Kamala Harris e Joe Biden são idênticas', diz Kennedy Jr.

 

Candidato presidencial independente também afirmou que Harris não é popular dentro do Partido Democrata

Robert F. Kennedy Jr. (Foto: Brian Snyder/Reuters)

(Sputnik) - O candidato presidencial independente dos Estados Unidos Robert F. Kennedy Jr. afirmou que não vê diferença entre as políticas defendidas pela vice-presidente, Kamala Harris, e pelo presidente, Joe Biden.

No último domingo (21), Biden anunciou que se retiraria da corrida presidencial e endossou Harris como a candidata do Partido Democrata à presidência dos EUA.

"A atual iteração das políticas do presidente Biden é Kamala Harris, que nunca expressou qualquer diferenciação, qualquer distinção entre ela e o presidente Biden", disse Kennedy Jr. durante uma coletiva de imprensa no domingo.

Kennedy Jr. também afirmou que Harris não é popular dentro do Partido Democrata, mas que o partido provavelmente a apresentará como candidata presidencial, pois é "a maneira mais fácil de manter o dinheiro".

A eleição presidencial dos EUA está marcada para 5 de novembro.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

Lula elogia Biden e defende parceria estratégica com os Estados Unidos

 

"Seja um candidato democrata, seja o Biden, seja o Trump, a nossa relação vai ser uma relação civilizada de dois países importantes", disse Lula

Lula e Joe Biden (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Reuters/Mike Segar)

Reuters - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que a decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de desistir da candidatura à reeleição foi pessoal porque somente ele sabia das suas reais condições, mas garantiu que as relações entre Brasil e Estados Unidos continuarão a ser "civilizadas" independentemente do vencedor da disputa presidencial.

"À medida que o presidente Biden resolveu tomar posição, o meu papel é torcer para que eles escolham um candidato ou uma candidata que disputa as eleições e que vença aquele que for o melhor, aquele que o povo americano for votar", disse Lula em entrevista a agências internacionais de notícias no Palácio da Alvorada.

"Porque o meu papel não é escolher presidente dos Estados Unidos, o meu papel é conviver com quem é o presidente dos Estados Unidos. Então seja um candidato democrata, seja o Biden, seja o Trump, a nossa relação vai ser uma relação civilizada de dois países importantes que têm uma relação diplomática de séculos e que a gente quer manter. E que temos parcerias estratégicas importantes com os Estados Unidos, nós queremos manter".

Biden anunciou na tarde de domingo que estava desistindo de concorrer à reeleição, em meio a fortes questionamentos sobre suas condições de vencer a disputa e cumprir um segundo mandato.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Lula é o presidente mais bem avaliado da América do Sul, aponta pesquisa

 

Presidente Lula continua a fortalecer sua liderança na região

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) agora lidera o ranking de aprovação de presidentes da América do Sul, de acordo com a CB Consultoria e Opinião Pública. Com uma avaliação positiva de 53,6%, Lula ultrapassou o presidente argentino Javier Milei, cuja popularidade caiu, colocando-o na segunda posição. A pesquisa, realizada com 1.471 brasileiros maiores de 18 anos entre os dias 16 e 20 de julho, mostrou um crescimento de 2,3 pontos percentuais na imagem positiva de Lula em comparação com o mês anterior.

A pesquisa também destacou um crescimento significativo na aprovação do presidente da Bolívia, Luis Arce, que teve um aumento de 6 pontos percentuais em sua imagem positiva, após enfrentar uma tentativa de golpe militar no mês passado. Em contraste, o presidente colombiano Gustavo Petro registrou a maior queda em popularidade, perdendo 6,6 pontos percentuais, devido a denúncias de corrupção em seu governo.

Os presidentes Dina Boluarte, do Peru, e Gabriel Boric, do Chile, também registraram baixas avaliações, com imagens positivas de apenas 32,5% e 32,3%, respectivamente. 

Fonte: Brasil 247 com informações do Jota

Boletim Focus: projeções para a inflação, PIB e câmbio em 2024 voltam a subir

 

A estimativa do IPCA para este ano avançou de 4,0% para 4,05%, após ter interrompido a sequência de nove semanas de alta na semana passada


Dinheiro

Por Roberto de Lira, da Infomoney - As projeções dos analistas para a inflação, para a evolução do PIB e para a taxa de câmbio em 2024 voltaram a subir nesta semana, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (22) pelo Relatório Focus do Banco Central.

A estimativa do IPCA para este ano avançou de 4,0% para 4,05%, após ter interrompido a sequência de nove semanas de alta na semana passada. No entanto, a previsão para a inflação de 2025 se manteve nos mesmos 3,90%. A projeção para 2026 está mantida em 3,60% há sete semanas. Para 2027, a projeção continua em 3,50% há 55 semanas.

As expectativas para a variação dos preços administrados dentro do IPCA subiram nesta semana, de 4,11% para 4,59%. As projeções para 2025 permaneceram em 3,90%. Para 2026, a estimativa se manteve 3,50%, mesmo patamar observado há 23 semanas, e a de 2026 permanece em 3,50% há 42 semanas.

Para o IGP-M, as projeções subiram em 2024, avançando de 3,42% para 3,49% enquanto a estimativa para 2025 avançou de 3,90% para 3,95%. Para 2026, a projeção de inflação subiu de 3,84% para 3,92%. A de 2027 permaneceu em 3,70%.

Para o produto interno bruto (PIB), a mediana das projeções de 2024 passou de 2,11% para 2,15%. A previsão para 2025 caiu de 1,97% para 1,93%, enquanto a estimativa para 2026 continua nos mesmos 2,0% há 50 semanas. A projeção também está em 2,0% para 2027, há 52 semanas.

A projeção para a taxa básica de juros (Selic) se manteve em 10,50% em 2024, enquanto a estimativa para 2025 continuou em 9,50%. Para 2026, está mantida nos mesmos 9,0%, enquanto a taxa esperada para 2027 também permaneceu em 9,0%.

A mediana das projeções para o dólar avançou de R$ 5,22 para R$ 5,30 em 2024, enquanto a de 2025 avançou de R$ 5,20 para R$ 5,23, o mesmo acontecendo com as projeção de 2026, que passou de R$ 5,20 para R$ 5,23. A estimativa para 2027 se manteve em R$ 5,21.

A projeção para o resultado primário em 2024 se manteve em -0,70% do PIB pela quarta semana seguida. A estimativa para 2025, no entanto, piorou, passando de -0,66% do PIB para -0,67% do PIB. Para 2026, a estimativa teve melhora e passou de -0,60% do PIB para um déficit de -0,55% do PIB. Já para 2027, déficit estimado passou de -0,50% do PIB para 0,41% do PIB.

Para a dívida líquida do setor público, a projeção para 2024 foi mantida em 63,70% do PIB. Para 2025, continuou em 66,0% do PIB, enquanto para 2026 ficou nos mesmos 68,38% do PIB. A dívida prevista para 2027,no entanto, subiu de 69,90% do PIB para 70,20% do PIB.

As projeções para a balança comercial brasileira 2024 ficaram estáveis em US$ 82,0 bilhões pela segunda semana seguida. O saldo positivo estimado para 2025, por sua vez, subiu de US$ 76,30 bilhões para US% 78,0 bilhões nesta semana. Para 2026, a projeção avançou de US$ 77,82 bilhões para US$ 80,0 bilhões, enquanto em 2027 avançou de US$ 80,0 bilhões para US$ 80,11 bilhões.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

PF espera concluir em agosto relatório com indiciamento de Bolsonaro e militares

 

Investigação sugere que cada investigação envolvendo o ex-mandatário faz parte de uma trama maior, culminando em uma tentativa de golpe de Estado

Braga Netto e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A Polícia Federal (PF) está finalizando o relatório de uma investigação que apura a possível articulação de Jair Bolsonaro (PL) e membros do alto escalão das Forças Armadas para promover um golpe de Estado com o objetivo de anular a eleição do presidente Lula (PT), prender opositores e garantir a permanência do ex-mandatário no poder. Segundo a revista Veja, a expectativa é que o relatório da investigação seja concluído em agosto. 

O relatório, de acordo com a reportagem, incluirá provas obtidas da investigação sobre a atuação das milícias digitais bolsonaristas e deverá indiciar Bolsonaro, os generais Walter Braga Netto (ex-candidato a vice-presidente) e Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), além de Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), dentre outros ex-integrantes da gestão Bolsonaro. 

A PF está procurando individualizar as condutas criminosas de militares e auxiliares do ex-mandatário, como o ex-assessor para Assuntos Internacionais Filipe Martins. Este último tenta provar que não deixou o país às vésperas do fim do governo Bolsonaro, ao contrário do que alega a polícia. Nesta linha, "a PF pediu o compartilhamento de provas do inquérito que apura como empresários, parlamentares e integrantes do ‘gabinete do ódio’ atacavam a reputação de adversários, de integrantes do Poder Judiciário e de ferramentas como a urna eletrônica para construir um ambiente favorável à virada de mesa nas eleições”.

A investigação sugere que cada investigação envolvendo o ex-mandatário faz parte de uma trama maior, culminando em uma tentativa de golpe de Estado. A estratégia envolveria as chamadas milícias digitais, que tinham o objetivo de aumentar dúvidas e ódio no eleitorado através da disseminação de fake news e ataques pessoais; a realização de reuniões no Palácio da Alvorada para discutir estratégias jurídicas para anular as eleições e impedir a posse de Lula, além da : Venda de joias presenteadas ao Estado brasileiro e fraudes de cartões de vacinação para preparar uma possível fuga do país.

Além disso, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) também está sob investigação pela suspeita de que teria colaborado com o “gabinete do ódio” e as milícias digitais para criar um ambiente propício à contestação das eleições. Em decisão recente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou haver indícios suficientes de uma “estrutura espúria infiltrada na Abin” visando “a obtenção de toda a ordem de vantagens para o núcleo político” ligado a Jair Bolsonaro. 

Fonte: Brasil 247 com informações da revista Veja

Após Biden desistir de reeleição, Eurasia reduz chance de vitória de Trump nos EUA


Consultoria vê 65% de probabilidade de candidato republicano vencer − 10 pontos a menos do que com Joe Biden na disputa

Biden e Trump (Foto: Reuters)

Marcos Mortari, Infomoney A saída do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, da disputa pelas eleições de novembro deste ano aumenta as chances de vitória do Partido Democrata na corrida à Casa Branca, mas não tira o favoritismo do ex-presidente Donald Trump. É o que avalia Christopher Garman, diretor-executivo para as Américas da consultoria de risco político internacional Eurasia Group.

Em entrevista concedida ao InfoMoney algumas horas após Biden comunicar sua desistência da disputa pela rede social X (o antigo Twitter), Garman disse que o cenário era muito desfavorável para a manutenção da candidatura à reeleição do presidente. Mas ponderou que a troca de titularidade da chapa não é movimento simples em eleições.

“Biden estava em um ambiente muito difícil, em que sua performance no debate levantou de forma muito violenta a questão da sua capacidade cognitiva. Ele estava em um equilíbrio em que qualquer derrapagem, mesmo que pequena, era magnificada tremendamente, com um partido em pânico e doadores da campanha começando a segurar suas doações”, destacou.

“Criou-se um ambiente de cobertura de mídia, abandono do Partido Democrata, que estava deixando Biden cada vez mais vulnerável nas pesquisas. Manter uma campanha nessas condições ficou difícil. Com a troca da candidatura, tem-se uma base democrata mais energizada”, completou.

A Eurasia Group trabalhava com uma probabilidade de vitória de Donald Trump em 75% desde o debate organizado um mês atrás pela emissora de TV americana CNN e a tentativa de assassinato a tiro na semana passada. Agora, com a desistência de Biden, a chance de êxito do candidato do Partido Republicano caiu para 65%.

“Estamos em uma disputa estruturalmente apertada. Não podemos esquecer isso”, pondera Garman. “A vantagem de Trump nos estados chaves do meio-oeste só é entre 2 e 4 pontos percentuais. Se os democratas ganham Pensilvânia, Wisconsin e Michigan, eles levam. Antes do debate, estava praticamente empatado. Depois do debate e do atentado, a vantagem de Trump subiu para 2 a 4 pontos. Ainda é uma margem razoavelmente pequena.”

Para Maurício Moura, professor da Universidade George Washington, notícia muda pauta da campanha eleitoral e melhora cenário para democratas também nas eleições legislativas

Apoio de Biden, acesso a recursos e risco de “racha” favorecem Kamala Harris - Logo após comunicar sua saída da disputa, Biden manifestou apoio à sua vice, Kamala Harris, como representante do Partido Democrata na corrida à Casa Branca. A escolha ainda depende da posição de lideranças da legenda e pode ser confirmada apenas na convenção nacional marcada para agosto.

Para Garman há elementos que favorecem a indicação de Harris para a posição. O endosso de Biden, diz, tem peso político relevante não apenas entre lideranças do partido, mas também sobre os delegados que escolherão sobre o nome que representará a legenda na disputa de novembro.

Soma-se a isso o fato de que, pela legislação americana, Harris é a única que poderia acessar os recursos de campanha doados à chapa original pelo partido − qualquer outra chapa encabeçada por outro candidato teria que começar a busca por financiamento do zero a menos de quatro meses do pleito.

O especialista também lembra que uma das principais preocupações de lideranças democratas seria um racha no partido às vésperas da disputa − o que poderia prejudicar as chances de vitória não apenas na corrida à Casa Branca, como também nas disputas pela Câmara dos Representantes, Senado e governos estaduais. Este seria um incentivo para que a definição do nome ocorresse antes da própria convenção.

“Acho altamente provável que ela seja a escolhida. Ela tem os benefícios do apoio de Joe Biden, acesso a todas as doações que já foram feitas na campanha. E também tem uma pressão do Partido Democrata para não ter uma convenção disputada. Tudo isso conspira a favor dela”, avalia Garman.

Apesar de ver um aumento na chance de vitória do Partido Democrata na disputa pela Casa Branca com a desistência de Biden, o especialista entende que a legenda ainda não se recuperou da “sangria” recente. “Os democratas estão em uma posição pior hoje do que estavam dois ou três meses atrás, antes do debate”, diz.

Um levantamento feito pela Eurasia Group em parceria com a Ipsos Public Affairs, com base em mais de 400 eleições mundo afora, mostra que candidatos à eleição têm mais chances de êxito do que indicados à sucessão. Com a saída de Biden, apesar das circunstâncias, os democratas perdem os benefícios indicados pelas estatísticas.

No caso da possível entrada de Kamala Harris como titular da chapa, jogam contra a candidatura o perfil da política e certa rejeição entre eleitores relevantes para os democratas nos estados decisivos. A participação dela em questões migratórias durante a gestão atual − um dos pontos de maior crítica a Biden − também traz vulnerabilidade.

Um dos fatores que mais contribuiu para Biden desistir da disputa pela reeleição foi a forte pressão sofrida de parlamentares democratas, preocupados com os impactos sobre os pleitos locais da disputa pela Casa Branca e do debate centrado na capacidade cognitiva do atual presidente − o que poderia levar a um menor comparecimento às urnas de grupos de eleitores independentes que costumam votar no partido.

Para Garman, a mudança do candidato presidencial pode afetar marginalmente esses pleitos. “Se você tem um partido energizado ao redor de uma candidatura e sem uma campanha exclusivamente focando na capacidade cognitiva do seu candidato, de fato, isso pode melhorar as perspectivas dessas candidaturas.”

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

De olho na sucessão da Câmara, Elmar Nascimento deve liderar maior bloco da Casa a partir de agosto

 

Deputado baiano tem o apoio do grupo formado por 161 parlamentares e oito partidos à sua candidatura à presidência da Câmara

Arthur Lira e Elmar Nascimento (Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados)

O deputado Elmar Nascimento (União-BA), aliado próximo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está prestes a assumir a liderança do maior bloco da Casa, conhecido como "blocão do Lira", a partir de agosto. A informação foi confirmada por parlamentares do bloco e por aliados de Elmar ao G1.

O bloco, composto por oito partidos – União Brasil, Progressistas, a federação PSDB-Cidadania, PDT, Avante, Solidariedade e PRD – reúne 161 deputados. Aliados de Elmar vêem a liderança como um sinal de seu crescente protagonismo na disputa pela sucessão de Lira na presidência da Câmara.

Elmar tem conseguido ampliar seu apoio além de seu partido, União Brasil, recebendo sinalizações positivas do PDT e do PSB. A aliança com o PSB foi fortalecida após o União Brasil declarar apoio a candidatos do partido nas eleições municipais de São Luiz (MA) e Recife (PE).

A liderança do bloco é rotativa a cada dois meses, mas há especulações de que Elmar possa permanecer no cargo até fevereiro, quando ocorrerá a eleição para a Mesa Diretora. No entanto, essa permanência ainda não está definida.

Apesar de seu crescimento, Elmar enfrenta resistências dentro de sua bancada na Bahia e dentro do próprio União Brasil, que tem sido apelidado de "Desunião Brasil" devido às divergências internas. Alguns governistas também mostram resistência, já que o União Brasil é visto como independente e não necessariamente alinhado ao governo.

Além de Elmar, outros candidatos surgem na disputa, incluindo Marcos Pereira (SP), do Republicanos, e Antônio Brito (BA), do PSD, atual líder do segundo maior bloco da Casa, que reúne 147 deputados.

Fonte: Brasil 247 com ifnormações do G1

Partidos assinam compromisso em defesa da democracia nas eleições municipais

 

Manifesto idealizado pelo movimento Direitos Já! Fórum pela Democracia foi endossado pelo PT, PDT, PSB, PSDB, Cidadania, PCdoB, PV, PSOL e Rede

(Foto: Rubens Gallerani Filho/Audiovisual/PR)

Presidentes de nove partidos assinaram um manifesto comprometendo-se a apoiar candidaturas nas eleições municipais deste ano que estejam comprometidas com a manutenção dos valores democráticos. O documento, segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, foi idealizado pelo movimento Direitos Já! Fórum pela Democracia,  e recebeu os endossos do PT, PDT, PSB, PSDB, Cidadania, PCdoB, PV, PSOL e Rede.

No manifesto, os partidos declararam seu compromisso em "considerar a oportunidade de união" de candidaturas "sempre que necessário" para derrotar aquelas que "apoiem ideias ou iniciativas que ameacem a democracia no Brasil". 

Fernando Guimarães, coordenador-geral do Direitos Já! Fórum pela Democracia, afirmou que os partidos envolvidos se destacam por assumirem publicamente o compromisso "mais elementar para a qualidade da nossa democracia, a curadoria dos candidatos que serão ofertados à sociedade" e "afastando, assim, a possibilidade de candidatos de extrema-direita confundirem os eleitores ao se apresentarem nas urnas legitimados por partidos do campo democrático”.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Painel da Folha de S. Paulo

Em homenagem a Enzo Fernández, torcedores do River Plate cantam música racista contra franceses (vídeo)

 

Meio-campo argentino foi chamado ao gramado do Monumental de Nuñez, quando os torcedores começaram a entoar o cântico racista

Enzo Fernandez durante homenagem do River Plate (Foto: Divulgação / River Plate)

O River Plate fez uma homenagem no último domingo (21) ao meio-campo argentino Enzo Fernández, ex-jogador do clube, pela conquista da Copa América. O jogador foi chamado ao campo do estádio Monumental de Nuñez no intervalo da partida contra o Lanús, quando os torcedores começaram a entoar o mesmo cântico racista cantado pelos jogadores argentinos na celebração do título, informa o Metrópoles.

“Eles jogam pela França, mas são de Angola. Que bom que eles vão correr, se relacionam com transexuais. A mãe deles é nigeriana, o pai deles cambojano, mas no passaporte: francês”, diz a letra da música.

Enzo Fernández se tornou o principal alvo da polêmica, já que transmitiu o momento em que os jogadores argentinos cantaram a música em uma live no Instagram. O Chelsea, seu clube, e a Fifa, anunciaram que iriam abrir uma investigação sobre o caso, enquanto seus companheiros de equipe franceses, como Wesley Fofana e Nkuku, o deixaram de seguir nas redes sociais.

O caso de racismo dos jogadores argentinos também teve desdobramentos extra-campo. O presidente ultradireitista da Argentina, Javier Milei, demitiu Julio Garro do cargo de subsecretário de Esportes depois que ele afirmou que o capitão da seleção argentina de futebol, Lionel Messi, deveria pedir desculpas pelo episódio racista.


Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Partido Republicano diz que eleição de Kamala Harris seria "um desastre" para os EUA

 

Segundo o comitê nacional do Partido Republicano, Kamala Harris não tem credibilidade

Kamala Harris e Joe Biden (Foto: Divulgação / Casa Branca)

Sputnik - Se eleita, a chegada de Kamala Harris significaria "um desastre" para os EUA, diz o Comitê Nacional do Partido Republicano em um comunicado.

"Cada um dos fracassos que vimos de Joe Biden — a retirada do Afeganistão, a crise fronteiriça, a inflação esmagadora e os Estados Unidos enfraquecidos no exterior — foram perpetrados em conjunto com Kamala Harris", diz o comunicado.

Além disso, o Comitê Republicano afirmou que Harris, atual vice-presidente dos EUA, ocultou o verdadeiro estado de saúde de Biden, o que "destrói sua credibilidade".

"Enquanto os democratas desmoronam, o presidente Trump está unindo o povo americano com sua agenda vencedora", conclui o comunicado.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

Lula e Itamaraty adotam cautela e evitam comentar desistência de Biden

 

Orientação é tratar o tema como uma questão da política interna estadunidense

Celso Amorim, Lula e Biden (Foto: ABR | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

Autoridades do governo brasileiro, incluindo membros próximos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do Itamaraty, decidiram adotar uma postura de observação e cautela após o anúncio da renúncia de Joe Biden à candidatura à reeleição como presidente dos Estados Unidos. A informação chegou ao presidente pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e pelo assessor especial internacional, Celso Amorim, que notificaram o presidente Lula sobre a desistência de Biden.

De acordo com reportagem do Valor, não está prevista nenhuma manifestação pública de Lula ou do Itamaraty sobre o assunto, tratando-se de uma questão de política interna americana. Segundo relatos, Biden ainda fará um pronunciamento oficial aos Estados Unidos nos próximos dias, e apesar de apoiar sua vice, Kamala Harris, para sucedê-lo, a decisão final caberá ao Partido Democrata.

Uma fonte do Itamaraty expressou preocupação com o cenário político global, especialmente devido ao fortalecimento de movimentos de extrema direita, exemplificado pela candidatura de Donald Trump nos Estados Unidos e figuras similares em outras partes do mundo, como o presidente argentino Javier Milei. A preocupação se estende aos possíveis retrocessos em políticas de imigração e nas relações com países da América Latina em caso de uma vitória de Trump.

Essa perspectiva é particularmente sensível para o Brasil, que tem compromissos significativos em agendas de sustentabilidade e transição energética, como o compromisso de Biden de doar US$ 500 milhões ao Fundo Amazônia, com US$ 97 milhões já adiantados. A próxima cúpula mundial do clima, COP 30, será realizada em Belém, no Pará, em 2025, destacando a importância dessas políticas para o Brasil e o cenário político mundial.

Fonte: Brasil 247

Maduro destaca caráter participativo e protagonista da democracia venezuelana

 

Maduro indicou que o Grande Polo Patriótico tem um plano para uma profunda transformação popular na Venezuela, com paz, desenvolvimento e participação.

Maduro em campanha (Foto: Presidência venezuelana )

O candidato do Grande Polo Patriótico às eleições presidenciais de 28 de julho, Nicolás Maduro, realizou neste domingo (21), um encontro com dezenas de milhares de habitantes de Porlamar, estado de Nova Esparta, diante dos quais declarou que o povo busca uma democracia verdadeiramente popular, participativa e mais direta, com quatro consultas nacionais por ano para aprovação dos projetos das comunas.

Durante esta jornada, o presidente venezuelano continuou sua peregrinação de campanha eleitoral, que anteriormente o levou a realizar encontros multitudinários com o povo dos estados Apure e Barinas, informa a Telesur. 

Em Nova Esparta, ele rejeitou os planos da direita extremista de gerar instabilidade e ansiedade para obscurecer o processo eleitoral. Advertiu que seu governo não permitirá atos de violência nem ataques contra o sistema eletroenergético nacional.

"Se causarem apagões antes, durante ou depois das eleições, vão se arrepender por 200 anos", e será "o último erro que cometerão para prejudicar o povo. Já basta", enfatizou o chefe de Estado.

Ele valorizou que o país está em trânsito para uma democracia popular, participativa e mais direta, com quatro consultas nacionais por ano para aprovação dos projetos das comunas.

Isso se chama democracia direta do século XXI, revolução socialista bolivariana e humanista, destacou. Expressou que somente o Grande Polo Patriótico dispõe de um plano para empreender uma profunda transformação popular da Venezuela em direção a um horizonte de paz, crescimento econômico, prosperidade e maior participação.

Além disso, transmitiu seu apoio às mulheres venezuelanas e condenou os discursos misóginos e racistas da extrema direita.

Ratificou sua vontade de construir nos próximos seis anos pelo menos três milhões de novas e dignas moradias para as grandes maiorias, não para elites. Precisou que já está sendo trabalhada a construção de 400.000 delas para serem entregues durante 2025.

Ele aludiu à intenção privatizadora da oligarquia venezuelana em setores vitais, como o petróleo, que querem entregar aos americanos, disse.

Maduro ressaltou a importância de se manter organizado para concretizar uma vitória inesquecível em 28 de julho, data em que se decide o futuro da Venezuela para os próximos 50 anos. "Esse dia teremos um encontro com a história aqueles que amamos a pátria de Bolívar e Chávez”. 

Fonte: Brasil 247

Partido democrata muda registro de campanha para "Harris para presidente"

 

O comitê de campanha realizou a mudança neste domingo, após a desistência de Joe Biden

Kamala Harris e Joe Biden (Foto: Divulgação / Casa Branca)

Os registros da campanha Biden-Harris foram formalmente atualizados na Comissão Eleitoral Federal dos Estados Unidos (FEC) para refletir a mudança de nome do comitê para "Harris para Presidente", após o presidente Joe Biden anunciar sua retirada da disputa presidencial. O comitê de campanha realizou a mudança no domingo (21) e enviou a documentação necessária à FEC, segundo a CNN.

A vice-presidente Kamala Harris foi nomeada como candidata à presidência para as eleições de 2024 pela chapa democrata. Segundo declaração de Trevor Potter, fundador e presidente do Campaign Legal Center, o acesso aos fundos da campanha, que totalizam US$ 95,9 milhões, depende de Harris ser a indicada presidencial ou vice-presidencial. Caso Harris não seja escolhida para a chapa democrata, os fundos não poderão ser diretamente transferidos a outro candidato, mas poderão ser usados por um comitê de ação política (PAC) de forma indireta.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN