segunda-feira, 22 de julho de 2024

Segundo menor estado brasileiro, Amapá de Alcolumbre e Randolfe é o campeão de emendas parlamentares

 Reduto de líder do governo e de favorito a presidir o Senado foi o mais beneficiado proporcionalmente


Segundo menor estado do país, o Amapá dos senadores Randolfe Rodrigues (PT), líder do governo, e Davi Alcolumbre (União Brasil), favorito a voltar a presidir a Casa em 2025, lidera proporcionalmente o ranking de emendas parlamentares liberadas até o início deste mês.


O governo federal pagou ao estado R$ 393 milhões em emendas indicadas por deputados federais e senadores, o que dá R$ 535 por habitante.


O valor supera, por exemplo, o estado de Alagoas, do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), com liberação de R$ 324 por habitante, e Santa Catarina, governada pelo oposicionista Jorginho Mello (PL), que está em penúltimo no ranking, com R$ 71 por habitante.


Devido à fragilidade das bases governistas das últimas gestões, o Congresso Nacional multiplicou o valor da fatia orçamentária que comanda, o que levou as emendas a atingirem o valor de mais de R$ 50 bilhões neste ano.


Cada um dos 513 deputados e dos 81 senadores decide o destino dessa verba, de forma individual ou coletiva, com as emendas de bancada e de comissões.


Em geral, o recurso é aplicado em pequenas obras nos redutos eleitorais dos parlamentares, como pavimentação de ruas, construção de praças e centros esportivos e aquisição de tratores e ambulâncias.


Devido à fragilidade das bases governistas das últimas gestões, o Congresso Nacional multiplicou o valor da fatia orçamentária que comanda, o que levou as emendas a atingirem o valor de mais de R$ 50 bilhões neste ano.


Cada um dos 513 deputados e dos 81 senadores decide o destino dessa verba, de forma individual ou coletiva, com as emendas de bancada e de comissões.


Em geral, o recurso é aplicado em pequenas obras nos redutos eleitorais dos parlamentares, como pavimentação de ruas, construção de praças e centros esportivos e aquisição de tratores e ambulâncias.


Randolfe é líder do governo no Congresso, participou ativamente da campanha de Lula e, nesta quinta-feira (18), assinou sua volta aos quadros do PT com direito a foto ao lado do presidente da República, da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e do ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT).


Alcolumbre não quis se manifestar sobre o volume de recursos destinados ao Amapá. Já Randolfe disse apenas, por meio de sua assessoria, que foi para isso que o estado o elegeu.


A maior emenda paga de Alcolumbre neste primeiro semestre foi de R$ 7 milhões, destinada ao Fundo Municipal de Saúde de Laranjal do Jari, cidade de 35 mil habitantes no sul do estado.


O prefeito Márcio Serrão é aliado e do mesmo partido de Alcolumbre. Tanto nas redes sociais do prefeito como nas de Alcolumbre há uma profusão de citações a recursos e obras feitas na cidade sob o patrocínio do senador.


Em abril, por exemplo, Alcolumbre anunciou em suas redes sociais a entrega de uma UBS (Unidade Básica de Saúde) na cidade.


A maior emenda paga de Randolfe neste primeiro semestre é no valor de R$ 6,8 milhões, destinada ao governo do estado no formato Pix, que é o modelo de baixa transparência e rápida liquidez.


Nesse formato, o dinheiro cai direto no cofre de prefeitos ou governadores sem necessidade de definição prévia de projetos a serem aplicados, como ocorre com as emendas normais.


O governo sofreu uma pressão do Congresso para concentrar o pagamento das emendas até o início de julho, como forma de escapar da trava que dificulta a liberação desse tipo de verba nos três meses anteriores às eleições municipais.


Com isso, pagou mais de R$ 22 bilhões até essa data, recurso destinado majoritariamente aos cofres de prefeituras, ultrapassando os cerca de R$ 17 bilhões (em valores já corrigidos) distribuídos antes das eleições de 2022, na gestão de Jair Bolsonaro (PL).


Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de São Paulo

MEC quer criar padrões mínimos para as comissões que checam a raça de cotistas nas universidades

 Estarão em pauta pontos como as maneiras pelas quais um estudante que foi reprovado pode pedir segunda avaliação e a quantidade mínima de avaliadores


O Ministério da Educação (MEC) vai reunir as universidades federais no começo de agosto para discutir padrões mínimos de funcionamento do mecanismo que, para coibir fraudes, verifica a raça dos estudantes aprovados nas cotas.

Atualmente, as comissões de heteroidentificação — como são chamadas essas bancas — funcionam de maneiras diversas, definidas pelas próprias instituições. A ideia é construir um documento com orientações a partir das experiências que já existem.


— O MEC considera esse mecanismo muito importante para a eficácia das cotas — afirma Cléber Vieira, secretário substituto da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão. — Queremos construir uma orientação que possa harmonizar parâmetros mínimos entre as instituições para a operacionalização das comissões.


Estarão em pauta as maneiras pelas quais um estudante que foi reprovado pode pedir uma segunda avaliação e a quantidade mínima de pessoas que podem compor uma banca de heteroidentificação.


— Vamos debater se esse número é de cinco ou sete pessoas analisando. Hoje, algumas têm menos, outras têm número par. Mas achamos que podemos chegar a um parâmetro dentro do que for consensuado — avalia.


Um ponto que deve levantar alguma divergência entre as instituições é o formato da análise. Atualmente, uma parte das universidades entende, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que ela precisa ser feita necessariamente de forma presencial. Outras instituições, como a Universidade Federal de Jataí (UFJ), alegam que a maior parte dos candidatos vêm de outras cidades e por isso preferem o formato da videochamada. Já um terceiro grupo pede que a pessoa grave um vídeo de si mesmo com luz natural para a análise da banca — prática adotada, por exemplo, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).


Outros temas que deverão ser definidos são por qual tipo de formação os membros das comissões precisam passar para que estejam capacitados para a tarefa; quem participa (algumas universidades utilizam apenas professores e técnicos, outras também incluem estudantes); e como profissionalizar essa função, na medida em que atualmente ela é feita fora do horário de trabalho dos servidores como uma atuação voluntária.


— Essa é uma reivindicação das universidades há algum tempo, para que haja um conjunto de procedimentos, principalmente protocolares, que oriente de maneira mais ou menos comum todas as comissões. Mas o principal benefício que pode haver é um documento normativo que parta do MEC dizendo que o procedimento deve ser realizado para essa decisão não ficar a cargo do reitor de cada universidade — diz Adilson Pereira dos Santos, professor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e um dos principais pesquisadores do tema do país.


Reação

As cotas raciais foram criadas em 2013 e até 2017 não havia nenhuma forma de controle de quem acessava essa política. Apenas com uma autodeclaração, uma pessoa branca poderia ficar com a vaga destinada para uma pessoa parda ou preta. Ao longo dos anos, coletivos de estudantes negros passaram a denunciar centenas de casos de pessoas até loiras com olhos claros aprovadas como cotistas e pelo menos 150 universitários já foram expulsos das federais por esse tipo de fraude.


A partir de 2018, começaram a surgir as comissões de heteroidentificação como uma reação às fraudes. Nesse mesmo ano, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que é legítima, para fins de controle do preenchimento das vagas com reserva de raça, a utilização, além da autodeclaração, de processos de heteroidentificação, “desde que respeitada a dignidade da pessoa humana e garantidos o contraditório e a ampla defesa”, para análise das características físicas do candidato.


O ano de 2023 foi o primeiro em que todas as universidades federais tiveram esse mecanismo. Articuladas, as instituições têm discutido em congressos as melhores estratégias para isso, mas cada uma define a melhor forma de fazer a seleção. Comum a todas é a análise da aparência dos candidatos (os aspectos fenotípicos) como critério para aprovação ou não. São verificados, além da cor da pele, aspectos como formato do nariz e do lábio e a textura do cabelo. Já documentos ou a ascendência dos candidatos ficam de fora.


Diferentes modelos


  • Presencial: A UFRJ definiu que os encontros são obrigatoriamente presenciais. As bancas que avaliam têm três pessoas (com diversidade de gênero e raça) e quem for reprovado pode ir para uma segunda avaliação com outras cinco pessoas. Estudantes, professores e técnicos participam.
  • Videochamada: Em Jataí (GO), o atendimento na UFJ é feito por videochamadas. As bancas têm cinco participantes, e os casos de recursos são analisados por outras três pessoas que não participaram da primeira análise. Estudantes da instituição não podem fazer parte da banca.
  • Envio de gravação: A federal de Santa Catarina pede um vídeo do candidato para uma banca de cinco pessoas (com diversidade de gênero e raça) tomar a decisão. Caso haja dúvida, é marcada uma videochamada. Se um estudante é reprovado, ele tem duas instâncias para recorrer.

Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.

Brasil vê janela para apoio do G20 a taxação de bilionários mesmo com eleições nos EUA

 

Avaliação do Brasil é que é prudente centrar esforços na ideia da taxação com autonomia para os países

Divulgação/Prefeitura do Rio (Foto: Divulgação/Prefeitura do Rio)

Reuters - O Brasil vê espaço para a tributação sobre super-ricos ganhar apoio nesta semana nas reuniões de líderes financeiros das maiores economias do mundo, disseram duas fontes do governo, ainda que a proximidade das eleições nos Estados Unidos possa jogar sombra sobre o futuro da proposta.

A ideia é focar os debates em um acordo que dê autonomia aos países para gastar os recursos levantados com a tributação dos bilionários, recuando de discussões anteriores que abordavam também a importância da canalização do dinheiro para o atendimento de necessidades específicas, buscando ampliar o fluxo de recursos a regiões mais pobres.

Após acordo fechado entre negociadores do G20 para produzir declarações de consenso que evitem o tema da geopolítica, representantes da trilha financeira se reúnem no Rio de Janeiro, com o Brasil -- que preside o grupo este ano -- confiando na viabilidade de um documento conjunto sobre cooperação tributária internacional.

“É tema central na trilha de finanças este ano, independentemente da eleição norte-americana”, disse uma das fontes, que falou à Reuters em condição de anonimato.

O fortalecimento da candidatura do republicano Donald Trump ao comando da maior economia do mundo tem feito negociadores mencionarem nos bastidores que a ideia de taxar bilionários, proposta pelo Brasil como pilar adicional na cooperação tributária internacional, pode perder completamente a tração se ele vencer as eleições de novembro.
Trump é um notório defensor de cortes intensos de tributos.

Uma das fontes pontuou que isso aumenta a importância de o tema ser tratado com ênfase na reunião dos ministros de Finanças desta semana, já que o próximo encontro do grupo, em outubro, o último antes da cúpula de líderes do G20 em novembro, deverá ser eclipsado pelas eleições presidenciais nos Estados Unidos, que acontecem em 5 de novembro.

"A gente chega em julho consciente de que precisa fechar negócio. Outubro vai estar totalmente poluído pela eleição norte-americana", disse.

Entre os apoiadores da proposta brasileira para a implantação de um padrão global de tributação sobre bilionários, estão França, Espanha, Colômbia, Bélgica, União Africana e África do Sul, que assumirá a presidência do G20 no ano que vem.

Agora, o Brasil buscará ressaltar os benefícios da proposta para tornar o sistema tributário mais progressivo, em linha com uma de suas grandes bandeiras no G20 de reduzir a desigualdade no mundo.

O movimento será acompanhado de um pé no freio ante a postura adotada pelo Brasil em Washington em abril, quando, às margens da reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, o país buscou conectar a proposta de taxação de bilionários à necessidade de financiamento para transição climática e redução da pobreza.

Uma redistribuição dos recursos para os países que mais precisam, que beneficiaria o Sul Global, do qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido um vocal representante, foi rechaçada pela secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen.

Agora, a avaliação do Brasil é que é prudente centrar esforços na ideia da taxação com autonomia para os países, deixando de lado o debate de eventual redistribuição coordenada dos recursos entre nações. Desse modo, seria possível angariar mais apoios públicos e avançar numa linguagem empregada pelo G7, em reunião no mês passado, que nos bastidores já foi considerada muito positiva pelo Brasil.

Em seu comunicado conjunto, o grupo das sete maiores economias -- Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos -- afirmou que continuaria a atuar construtivamente com a presidência brasileira do G20 para avançar na cooperação internacional. "Vamos trabalhar para aumentar nossos esforços direcionados à progressiva e justa taxação de indivíduos.”

A proposta brasileira, elaborada pelo economista francês Gabriel Zucman, da instituição independente EU Tax Observatory, sugere uma cobrança anual de 2% sobre fortunas que excedam 1 bilhão de dólares, o que poderia gerar receitas de até 250 bilhões de dólares anualmente, atingindo cerca de 3.000 super-ricos.

CONSENSO - O Brasil também trabalha para alinhavar um comunicado conjunto ao término do encontro da trilha de finanças, após ter falhado na tarefa em fevereiro, quando discordâncias sobre a forma de menção a conflitos geopolíticos impediram que um documento de consenso fosse pactuado -- o que também não ocorreu nas últimas duas presidências do G20, capitaneadas por Índia (2023) e Indonésia (2022).

Na semana passada, o embaixador Maurício Lyrio, negociador do Brasil no G20, afirmou que sob um acordo costurado com todos os países do grupo, para cada comunicado conjunto emitido daqui em diante, a presidência brasileira também vai divulgar um documento separado que mencionará os temas geopolíticos.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

BNDES lançará concurso após 12 anos com salários a partir de R$ 20 mil

 Inscrições poderão ser realizadas a partir da próxima sexta-feira (26)


O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) lançará nesta segunda-feira (22) o seu primeiro concurso público em 12 anos. Estão previstas, inicialmente, 150 vagas com remuneração a partir de R$ 20.900,00.


As inscrições poderão ser realizadas a partir da próxima sexta-feira (26). O edital trará como novidade a previsão de 30% das vagas reservadas para pessoas negras, e outras 15%, para pessoas com deficiência.


De acordo com o presidente da instituição, Aloizio Mercadante, o BNDES buscou fazer um processo inclusivo para acolher grupos de pessoas historicamente excluídas.


As provas do concurso serão aplicadas em todas as capitais brasileiras em 13 de outubro.


Aqueles que optarem por participar do processo concorrerão ao cargo de analista. As áreas de atuação disponíveis serão relacionadas a direito, economia, engenharia, comunicação social, ciências contábeis, arquitetura e urbanismo, análise de sistemas, administração, ciência de dados, psicologia e arquivologia.


Os aprovados deverão trabalhar no escritório do banco no Rio de Janeiro, mas poderão ser encaminhados para Brasília, São Paulo, Recife ou outra cidade em que a estatal passe a atuar a depender das demandas. A disponibilidade para viagens a serviço, nacionais ou internacionais, será uma exigência do edital.


Além das 150 vagas ofertadas inicialmente, o BNDES pretende formar um cadastro de reserva com outros 750 nomes.


Aqueles que passarem nos testes e forem convocados terão uma jornada de trabalho de 35 horas semanais. Além do salário, terão acesso a benefícios como assistência à saúde, auxílio educacional para filhos e plano de previdência complementar.


Fonte: Agenda do Poder com informações da coluna da repórter Mônica Bergamo na Folha de São Paulo

Arrecadação de fundos dos democratas recebe mais de R$ 150 milhões desde o anúncio da desistência de Biden

 Aumento é sinal de que a mudança foi recebida com entusiasmo pela base de doadores


Desde o anúncio de Joe Biden de desistir da corrida eleitoral dos EUA, a ActBlue — principal plataforma democrata de arrecadação de fundos — recebeu mais de US$ 27,5 milhões (cerca de R$ 152 milhões) de doadores online. O valor é muito acima do normal: no dia anterior, por exemplo, foram recebidos cerca de US$ 2,7 milhões em doações (R$ 15 milhões), um décimo do valor deste domingo. O aumento é um sinal de que a mudança foi recebida com entusiasmo pela base de doadores dos democratas.


Neste domingo, a corrida eleitoral americana sofreu uma grande reviravolta a pouco mais de um mês da Convenção Nacional Democrata , com a saída do presidente da disputa. Em seu lugar, Biden indicou o apoio à vice-presidente Kamala Harris, 59 anos.


“Minha primeira decisão como candidato do partido em 2020 foi escolher Kamala Harris como minha vice-presidente. E foi a melhor decisão que tomei. Hoje quero oferecer todo o meu apoio e endosso para que Kamala seja a indicada do nosso partido este ano. Democratas — é hora de nos unirmos e derrotar Trump. Vamos fazer isso”, escreveu no X, minutos depois de anunciar sua desistência.


Nos últimos dois anos, Biden e Kamala arrecadaram juntos centenas de milhões de dólares para sua campanha de reeleição. Esse dinheiro foi dividido entre a campanha de Biden, o Comitê Nacional Democrata, quase todos os partidos democratas estaduais e vários comitês de arrecadação conjunta que redistribuem fundos entre todas essas entidades. Em 30 de junho, todos esses grupos tinham cerca de US$ 240 milhões em caixa. A maior parte desse dinheiro não seria afetada por uma mudança de candidato.


Mas o dinheiro mais importante está nas contas do comitê de campanha Biden-Harris: US$ 91 milhões até 30 de maio. Esse dinheiro foi arrecadado pela chapa Biden-Harris e pertence à chapa Biden-Harris. As únicas pessoas a quem esse dinheiro acompanha são Biden e Kamala. Portanto, se Kamala for oficialmente nomeada (com um novo vice), sua nova chapa teria quase nenhuma interrupção financeira. Ela teria acesso imediato ao montante em caixa, uma consideração importante, dado como o ex-presidente Donald Trump e os republicanos rapidamente alcançaram os democratas na arrecadação de fundos (US$ 116 milhões até maio, segundo a Reuters).


Porém, mesmo com o apoio de Biden, há ainda a possibilidade de Kamala ser desafiada em uma convenção aberta, caso não consiga os votos necessários para garantir a indicação do partido na primeira rodada de votações. Nesse caso, delegados partidários poderão escolher quem acharem mais apto: entre os mais cotados, estão os governadores como Gavin Newsom, da Califórnia, Gretchen Whitmer, do Michigan, e do IIIinois, J.B. Pritzker. Até o momento, Kamala parece ter a melhor resposta nas pesquisas eleitorais. De acordo com dados do instituto de pesquisa Morning Consult, 30% dos eleitores democratas a apoiam como a substituta de Biden. Newsom é o próximo na preferência, com 20% de apoio.


Ou seja, se o novo candidato não for Kamala, quase todos os US$ 91 milhões na conta de campanha teriam que ser reembolsados aos doadores, um desfecho bastante remoto. (Uma ressalva: o dinheiro designado para a eleição primária, em oposição à eleição geral, poderia ser usado por qualquer um até a Convenção Nacional Democrata no próximo mês.)


Mas há um porém, que foi informado por precedentes recentes. Se alguém que não Kamala liderar a chapa, a campanha Biden-Harris poderia certamente transferir esses montante para um super PAC federal (“Comitê de Ação Política”, que pode arrecadar e gastar quantias ilimitadas de dinheiro para apoiar ou se opor a candidatos políticos), que poderia gastá-lo em publicidade para a nova chapa democrata. Isso não seria o ideal, porque o dinheiro de um grupo externo não pode ser controlado diretamente pela campanha, e os super PACs têm que pagar taxas mais altas pelo tempo de publicidade. Mas o dinheiro não seria totalmente desperdiçado.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Popularidade de Lula nas últimas pesquisas preocupa partido de Bolsonaro

 Percentual dos que consideram a gestão do petista positiva passou de 33% para 36%


As pesquisas encomendadas pelo PL para medir nomes do partido em diferentes cidades nas eleições municipais também passaram a testar a popularidade de Lula e o peso que ele pode ter sobre os candidatos.


Os resultados, porém, não trouxeram boas notícias para a sigla de Jair Bolsonaro, informa a colunista Bela Megale, do jornal O GLOBO. Os números têm mostrado que a popularidade do petista parou de cair em comparação com levantamentos anteriores.


O levantamento destacou que o percentual dos que consideram a gestão do petista positiva passou de 33% para 36% em relação a maio, enquanto as percepções negativas caíram de 33% para 30% no período. Já o grupo que classifica o governo como “regular” foi de 31% para 30%.


O PL vinha fazendo pesquisas mensais, desde janeiro, para medir o desempenho de nomes do bolsonarismo, como Michelle Bolsonaro e o governador Tarcísio de Freias, em uma eventual disputa com Lula pela presidência. Esses levantamentos foram suspensos no segundo semestre, porque as pesquisas têm se concentrado nas eleições municiais. O peso de Lula, porém, vem sendo medido em parte nessas pesquisas locais.


Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo

Datafolha aponta que evangélicos de São Paulo se contrapõem ao bolsonarismo e condenam armas, “homeschooling” e prisão por aborto

 Pesquisa feita com fiéis paulistanos mostra rejeição a pautas defendidas pelo grupo político do ex-presidente, apesar de haver convergências


Pesquisa Datafolha com evangélicos paulistanos mostra que pautas caras ao bolsonarismo não são necessariamente compartilhadas pelos fiéis. Em alguns pontos, há discordâncias significativas, como nos casos do armamento da população, do “homeschooling” e da defesa da prisão para mulheres que decidem interromper a gravidez.


No caso do aborto, a maioria dos evangélicos da cidade condena a prática. Perguntados se acham que a interrupção da gravidez deveria deixar de ser crime, 68% se dizem contra, percentual quase três vezes maior que os 23% que se consideram a favor; 4% são indiferentes, e 5% não sabem responder.


A visão muda, contudo, quando a pergunta envolve a prisão das mulheres que abortam, algo que entrou em evidência nos últimos meses por causa de um projeto de lei na Câmara dos Deputados que, na prática, buscava penalizar ainda mais a prática e dificultar acesso ao aborot legal. Neste ponto, 53% se colocam contra a prisão, que no Legislativo foi defendida por vários bolsonaristas, e 29% dizem ser a favor. Os indiferentes são 7%, e os que não sabem somam 11%.


Uma das marcas da presidência de Jair Bolsonaro (PL), a defesa do armamento da população também desponta como algo que registra dissonância junto aos evangélicos: 66% são contra os cidadãos terem armas para se defender, ante 28% que são a favor, 4% de indiferentes e 2% que não sabem.


O Datafolha também se debruçou sobre o “homeschooling” — a possibilidade de crianças estudarem em casa, em vez de irem às escolas. Até então pouco presente no debate nacional, a causa foi abraçada pelo bolsonarismo como uma forma de evitar o que apoiadores do ex-presidente classificam como uma “doutrinação” por parte de professores.


Geralmente mais pobres e, portanto, conscientes do papel da escola também como local em que as crianças podem passar o dia enquanto os pais trabalham, além de receberem refeições, os evangélicos são em ampla maioria contra essa política: 77%. Apenas 19%, cerca de um a cada cinco, dizem-se favoráveis.


Também chama atenção na pesquisa, apesar de o termo “educação sexual” ser complexo e abranger diferentes visões, que a maioria dos evangélicos se coloque favorável ao tema nas escolas, bem diferente do que prega o bolsonarismo. São 74% que concordam, contra 25% que discordam.


Acolhida a homossexuais

Assim como no caso do aborto, pessoas homossexuais despertam visões diferentes entre evangélicos. Se por um lado eles rejeitam a formação de casais por pessoas do mesmo sexo, por outro acreditam que as igrejas devem acolher homossexuais e transsexuais.


Mais da metade, 57%, é contra esse tipo de casamento, e 26% são a favor; o percentual de indiferentes é de 13%, e o de que não sabem responder, 5%.


No caso do acolhimento pelas igrejas, a maioria é esmagadora: 86% concordam que os espaços religiosos devem acolher, ante apenas 12% que discordam, deixando meros 3% para os que não sabem ou não concordam nem discordam.


O Datafolha entrevistou 613 paulistanos entre os dias 24 e 28 de junho.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.