Inscrições poderão ser realizadas a partir da próxima sexta-feira (26)
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) lançará nesta segunda-feira (22) o seu primeiro concurso público em 12 anos. Estão previstas, inicialmente, 150 vagas com remuneração a partir de R$ 20.900,00.
As inscrições poderão ser realizadas a partir da próxima sexta-feira (26). O edital trará como novidade a previsão de 30% das vagas reservadas para pessoas negras, e outras 15%, para pessoas com deficiência.
De acordo com o presidente da instituição, Aloizio Mercadante, o BNDES buscou fazer um processo inclusivo para acolher grupos de pessoas historicamente excluídas.
As provas do concurso serão aplicadas em todas as capitais brasileiras em 13 de outubro.
Aqueles que optarem por participar do processo concorrerão ao cargo de analista. As áreas de atuação disponíveis serão relacionadas a direito, economia, engenharia, comunicação social, ciências contábeis, arquitetura e urbanismo, análise de sistemas, administração, ciência de dados, psicologia e arquivologia.
Os aprovados deverão trabalhar no escritório do banco no Rio de Janeiro, mas poderão ser encaminhados para Brasília, São Paulo, Recife ou outra cidade em que a estatal passe a atuar a depender das demandas. A disponibilidade para viagens a serviço, nacionais ou internacionais, será uma exigência do edital.
Além das 150 vagas ofertadas inicialmente, o BNDES pretende formar um cadastro de reserva com outros 750 nomes.
Aqueles que passarem nos testes e forem convocados terão uma jornada de trabalho de 35 horas semanais. Além do salário, terão acesso a benefícios como assistência à saúde, auxílio educacional para filhos e plano de previdência complementar.
Fonte: Agenda do Poder com informações da coluna da repórter Mônica Bergamo na Folha de São Paulo
Aumento é sinal de que a mudança foi recebida com entusiasmo pela base de doadores
Desde o anúncio de Joe Biden de desistir da corrida eleitoral dos EUA, a ActBlue — principal plataforma democrata de arrecadação de fundos — recebeu mais de US$ 27,5 milhões (cerca de R$ 152 milhões) de doadores online. O valor é muito acima do normal: no dia anterior, por exemplo, foram recebidos cerca de US$ 2,7 milhões em doações (R$ 15 milhões), um décimo do valor deste domingo. O aumento é um sinal de que a mudança foi recebida com entusiasmo pela base de doadores dos democratas.
Neste domingo, a corrida eleitoral americana sofreu uma grande reviravolta a pouco mais de um mês da Convenção Nacional Democrata , com a saída do presidente da disputa. Em seu lugar, Biden indicou o apoio à vice-presidente Kamala Harris, 59 anos.
“Minha primeira decisão como candidato do partido em 2020 foi escolher Kamala Harris como minha vice-presidente. E foi a melhor decisão que tomei. Hoje quero oferecer todo o meu apoio e endosso para que Kamala seja a indicada do nosso partido este ano. Democratas — é hora de nos unirmos e derrotar Trump. Vamos fazer isso”, escreveu no X, minutos depois de anunciar sua desistência.
Nos últimos dois anos, Biden e Kamala arrecadaram juntos centenas de milhões de dólares para sua campanha de reeleição. Esse dinheiro foi dividido entre a campanha de Biden, o Comitê Nacional Democrata, quase todos os partidos democratas estaduais e vários comitês de arrecadação conjunta que redistribuem fundos entre todas essas entidades. Em 30 de junho, todos esses grupos tinham cerca de US$ 240 milhões em caixa. A maior parte desse dinheiro não seria afetada por uma mudança de candidato.
Mas o dinheiro mais importante está nas contas do comitê de campanha Biden-Harris: US$ 91 milhões até 30 de maio. Esse dinheiro foi arrecadado pela chapa Biden-Harris e pertence à chapa Biden-Harris. As únicas pessoas a quem esse dinheiro acompanha são Biden e Kamala. Portanto, se Kamala for oficialmente nomeada (com um novo vice), sua nova chapa teria quase nenhuma interrupção financeira. Ela teria acesso imediato ao montante em caixa, uma consideração importante, dado como o ex-presidente Donald Trump e os republicanos rapidamente alcançaram os democratas na arrecadação de fundos (US$ 116 milhões até maio, segundo a Reuters).
Porém, mesmo com o apoio de Biden, há ainda a possibilidade de Kamala ser desafiada em uma convenção aberta, caso não consiga os votos necessários para garantir a indicação do partido na primeira rodada de votações. Nesse caso, delegados partidários poderão escolher quem acharem mais apto: entre os mais cotados, estão os governadores como Gavin Newsom, da Califórnia, Gretchen Whitmer, do Michigan, e do IIIinois, J.B. Pritzker. Até o momento, Kamala parece ter a melhor resposta nas pesquisas eleitorais. De acordo com dados do instituto de pesquisa Morning Consult, 30% dos eleitores democratas a apoiam como a substituta de Biden. Newsom é o próximo na preferência, com 20% de apoio.
Ou seja, se o novo candidato não for Kamala, quase todos os US$ 91 milhões na conta de campanha teriam que ser reembolsados aos doadores, um desfecho bastante remoto. (Uma ressalva: o dinheiro designado para a eleição primária, em oposição à eleição geral, poderia ser usado por qualquer um até a Convenção Nacional Democrata no próximo mês.)
Mas há um porém, que foi informado por precedentes recentes. Se alguém que não Kamala liderar a chapa, a campanha Biden-Harris poderia certamente transferir esses montante para um super PAC federal (“Comitê de Ação Política”, que pode arrecadar e gastar quantias ilimitadas de dinheiro para apoiar ou se opor a candidatos políticos), que poderia gastá-lo em publicidade para a nova chapa democrata. Isso não seria o ideal, porque o dinheiro de um grupo externo não pode ser controlado diretamente pela campanha, e os super PACs têm que pagar taxas mais altas pelo tempo de publicidade. Mas o dinheiro não seria totalmente desperdiçado.
Percentual dos que consideram a gestão do petista positiva passou de 33% para 36%
As pesquisas encomendadas pelo PL para medir nomes do partido em diferentes cidades nas eleições municipais também passaram a testar a popularidade de Lula e o peso que ele pode ter sobre os candidatos.
Os resultados, porém, não trouxeram boas notícias para a sigla de Jair Bolsonaro, informa a colunista Bela Megale, do jornal O GLOBO. Os números têm mostrado que a popularidade do petista parou de cair em comparação com levantamentos anteriores.
O levantamento destacou que o percentual dos que consideram a gestão do petista positiva passou de 33% para 36% em relação a maio, enquanto as percepções negativas caíram de 33% para 30% no período. Já o grupo que classifica o governo como “regular” foi de 31% para 30%.
O PL vinha fazendo pesquisas mensais, desde janeiro, para medir o desempenho de nomes do bolsonarismo, como Michelle Bolsonaro e o governador Tarcísio de Freias, em uma eventual disputa com Lula pela presidência. Esses levantamentos foram suspensos no segundo semestre, porque as pesquisas têm se concentrado nas eleições municiais. O peso de Lula, porém, vem sendo medido em parte nessas pesquisas locais.
Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo
Pesquisa feita com fiéis paulistanos mostra rejeição a pautas defendidas pelo grupo político do ex-presidente, apesar de haver convergências
Pesquisa Datafolha com evangélicos paulistanos mostra que pautas caras ao bolsonarismo não são necessariamente compartilhadas pelos fiéis. Em alguns pontos, há discordâncias significativas, como nos casos do armamento da população, do “homeschooling” e da defesa da prisão para mulheres que decidem interromper a gravidez.
No caso do aborto, a maioria dos evangélicos da cidade condena a prática. Perguntados se acham que a interrupção da gravidez deveria deixar de ser crime, 68% se dizem contra, percentual quase três vezes maior que os 23% que se consideram a favor; 4% são indiferentes, e 5% não sabem responder.
A visão muda, contudo, quando a pergunta envolve a prisão das mulheres que abortam, algo que entrou em evidência nos últimos meses por causa de um projeto de lei na Câmara dos Deputados que, na prática, buscava penalizar ainda mais a prática e dificultar acesso ao aborot legal. Neste ponto, 53% se colocam contra a prisão, que no Legislativo foi defendida por vários bolsonaristas, e 29% dizem ser a favor. Os indiferentes são 7%, e os que não sabem somam 11%.
Uma das marcas da presidência de Jair Bolsonaro (PL), a defesa do armamento da população também desponta como algo que registra dissonância junto aos evangélicos: 66% são contra os cidadãos terem armas para se defender, ante 28% que são a favor, 4% de indiferentes e 2% que não sabem.
O Datafolha também se debruçou sobre o “homeschooling” — a possibilidade de crianças estudarem em casa, em vez de irem às escolas. Até então pouco presente no debate nacional, a causa foi abraçada pelo bolsonarismo como uma forma de evitar o que apoiadores do ex-presidente classificam como uma “doutrinação” por parte de professores.
Geralmente mais pobres e, portanto, conscientes do papel da escola também como local em que as crianças podem passar o dia enquanto os pais trabalham, além de receberem refeições, os evangélicos são em ampla maioria contra essa política: 77%. Apenas 19%, cerca de um a cada cinco, dizem-se favoráveis.
Também chama atenção na pesquisa, apesar de o termo “educação sexual” ser complexo e abranger diferentes visões, que a maioria dos evangélicos se coloque favorável ao tema nas escolas, bem diferente do que prega o bolsonarismo. São 74% que concordam, contra 25% que discordam.
Acolhida a homossexuais
Assim como no caso do aborto, pessoas homossexuais despertam visões diferentes entre evangélicos. Se por um lado eles rejeitam a formação de casais por pessoas do mesmo sexo, por outro acreditam que as igrejas devem acolher homossexuais e transsexuais.
Mais da metade, 57%, é contra esse tipo de casamento, e 26% são a favor; o percentual de indiferentes é de 13%, e o de que não sabem responder, 5%.
No caso do acolhimento pelas igrejas, a maioria é esmagadora: 86% concordam que os espaços religiosos devem acolher, ante apenas 12% que discordam, deixando meros 3% para os que não sabem ou não concordam nem discordam.
O Datafolha entrevistou 613 paulistanos entre os dias 24 e 28 de junho.
Ex-presidente já deixou claro que está de olho em mudanças na composição da Corte Eleitoral
Condenado e declarado inelegível duas vezes pelo Tribunal Superior Eleitoral por abuso de poder, o ex-presidente Jair Bolsonaro tem demonstrado que está de olho nas sucessivas trocas na composição da Corte Eleitoral – conforme expôs em discurso na Conferência de Ação Política Conservadora, quando fez referência às mudanças do TSE.
“Temos eleições neste ano, votem com a razão e não com o coração ou emoção. Porque a composição do TSE vai mudar, já mudou, se tivermos uma grande bancada em 2026 pode ter certeza que a gente faz pelo Parlamento, não pela canetada, uma história melhor para todos nós”, discursou Bolsonaro no último dia 6, em Balneário Camboriú (SC).
Entretanto, uma das trocas previstas no TSE para setembro não é uma boa notícia para o ex-presidente, informa a colunista Malu Gaspar, do jornal O GLOBO: o fim do mandato do ministro Raul Araújo, conhecido por suas decisões favoráveis a Bolsonaro.
Araújo votou para absolver o ex-ocupante do Palácio do Planalto tanto no caso da reunião dos embaixadores, marcada por ataques ao sistema eleitoral, quanto na ação sobre o desvirtuamento das comemorações do Bicentenário da Independência como palanque eleitoral.
Naqueles dois julgamentos, Bolsonaro acabou condenado — por 5 a 2 — por crimes como abuso de poder político e econômico, sendo declarado inelegível até 2030.
Também foi Araújo quem proibiu, em 2022, a manifestação política de artistas no Lollapalooza no ano passado, medida duramente reprovada por integrantes do TSE, que a interpretaram como censura. O PL acionou o TSE após a cantora Pabllo Vittar levantar uma bandeira com a imagem de Lula durante sua apresentação no festival.
Raul integra a “ala conservadora” do TSE, bloco formado atualmente pelos ministros André Mendonça, Kassio Nunes Marques e Isabel Gallotti. O quarteto não funciona como um grupo monolítico que sempre vota alinhado, mas todos possuem pontes ou alinhamentos ideológicos com o bolsonarismo.
Nunes Marques e Mendonça são os dois únicos ministros do STF indicados por Bolsonaro – e serão respectivamente presidente e vice-presidente do TSE nas eleições presidenciais de 2026, seguindo o esquema de rodízio do tribunal.
Já Gallotti tentou se cacifar para ser indicada ao Supremo durante o governo Bolsonaro, mas acabou preterida, apesar do lobby do marido, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Walton Alencar.
Com a saída de Raul Araújo, o ministro Antonio Carlos Ferreira – oriundo do Superior Tribunal de Justiça (STJ) — será efetivado como titular, o que vai impactar mais uma vez a correlação de forças do TSE. Ex-diretor jurídico da Caixa, ele foi indicado ao STJ em 2011 pela então presidente Dilma Rousseff.
Três ex-ministros do TSE ouvidos reservadamente pela equipe da reportagem definem Ferreira como um magistrado “discreto”, “técnico”, “equilibrado” e “independente”.
Se, de um lado, Raul Araújo livrou Bolsonaro de condenações nas duas ações que levaram à sua inelegibilidade, e de outro, o então relator, Benedito Gonçalves, votou pela punição em ambas as ocasiões, Ferreira é visto como uma espécie de meio termo entre os dois, mas mais próximo de Benedito no campo progressista.
A aposta de ex-ministros do TSE é a de que Ferreira pode ser uma espécie de “swing vote”, ou seja, um integrante que oscile no plenário entre o grupo conservador e a ala mais progressista da Corte, capitaneada agora pela presidente do TSE, Cármen Lúcia, e da qual também fazem parte os ministros Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares.
“Acho que ele é mais técnico e não vai entrar em disputa de grupos”, avalia um ex-ministro.
“Ele é um democrata, um juiz sensato”, resume uma fonte que acompanha a dinâmica da Corte Eleitoral.
De toda forma, com a saída de Raul Araújo, os aliados de Bolsonaro deixam de contar com um voto considerado certo pela sua absolvição.
Além disso,com a saída do ministro, as ações que investigam a fracassada campanha de Bolsonaro à reeleição serão herdadas por Gallotti, que assumirá a corregedoria.
Dentro do TSE, a avaliação é a de que, com Raul, esses processos — que tratam de pontos como o uso político da Polícia Rodoviária Federal na campanha de 2022 e um ecossistema bolsonarista de desinformação nas redes sociais — foram colocados em banho-maria, sem avanços significativos na coleta de provas.
A torcida no TSE é a de que, com Gallotti, as coisas finalmente voltem a andar por lá.
Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo
Dados do TSE mostram que as eleições municipais de 2024 terão 1,8 milhão de jovens nessa faixa aptos a votar; em 2020, era 1 milhão
Público-alvo de campanhas de alistamento, os jovens estão mais inseridos na política para as eleições municipais de 2024 do que estavam em 2020. Mesmo com o voto facultativo, o número de cidadãos com idade entre 16 e 17 anos, aptos a votar em outubro deste ano, aumentou em 80%, em comparação com o pleito municipal anterior.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o eleitorado para 2024 mostram que 1,8 milhão de pessoas na faixa etária entre 16 e 17 anos têm título de eleitor e podem ir às urnas nos mais mais de 5,5 mil municípios com eleições para vereadores e prefeitos. Em 2020, era 1 milhão.
A quantidade de eleitores com 16 anos aumentou de 239.961, em 2020, para 724.324, em 2024. Aqueles com 17 anos subiram de 790.602, em 2020, para 1.111.757, em 2024.
O número de jovens com título de eleitor aptos a votar nas eleições municipais caiu exponencialmente em 2020. Em 2012, eram 2,9 milhões com títulos, mesmo com voto facultativo; em 2016, 2,3 milhões; em 2020, caiu para 1.030 milhão; e, em 2024, a curva voltou a ascender para 1,8 milhões.
Essa reversão foi iniciada em 2022, nas eleições gerais, quando o percentual de jovens eleitores aumentou em 52,3% na comparação com a última eleição geral.
O TSE lançou campanhas para reverter os números e ampliar a participação dos jovens, que caiu devido a diversos fatores como a pandemia de Covid-19, que levou ao fechamento de cartórios eleitorais em todo o país.
Mulheres nas urnas
Ainda de acordo com os dados do TSE, a maioria do eleitorado que vai às urnas em outubro de 2024 para as eleições municipais é do sexo feminino. Ao todo, 52%, ou 81,8 milhões dos brasileiros aptos a votar são mulheres. Outros 48% (74 milhões) são homens. Além disso, 41.537 com nome social estão aptos a votar.
Comparado com as eleições municipais de 2020, o número de eleitores e eleitoras subiu 5,40% para o pleito de 2024. Ao todo, 155.912.680 estão aptos a votar. O número de eleitores por gênero se manteve estável.
Entre os eleitores, 27,04% têm o ensino médio completo. Outros 22,48% têm o ensino fundamental incompleto e 3,57% são analfabetos.
A maior parte dos eleitores está na faixa etára de 45 a 59 anos. Em seguida, estão os eleitores com idade entre 35 e 44 anos. Ao todo, 89,88% optou por não informar cor ou raça.
As eleições municipais de 2024 para a escolha de vereadores e prefeitos ocorrerão em 6 de outubro em cerca de 5,5 mil municípios. O Distrito Federal e o arquipélago de Fernando de Noronha não terão eleições.
Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles.
Líderes dizem que cenário econômico aponta necessidade de a Casa se debruçar sobre o tema
Integrantes da cúpula da Câmara dos Deputados avaliam que é preciso que a Casa inicie o debate acerca de uma nova reforma da Previdência em 2025. Segundo três líderes ouvidos pela reportagem, o cenário econômico aponta para a necessidade de a Câmara se debruçar sobre o tema.
Ainda não há uma proposta específica em análise nem conversas mais aprofundadas sobre o foco da discussão, mas a avaliação é de que o debate se tornou inevitável. O tema também tem sido citado por senadores.
Como a Folha mostrou, a Previdência Social terá um aumento de ao menos R$ 100 bilhões em suas despesas nos próximos quatro anos devido à política de valorização do salário mínimo instituída pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A proposta, aprovada pelo Congresso, define uma fórmula permanente de correção anual do salário mínimo, ao prever reajuste pela inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) em 12 meses até novembro do ano anterior, mais a taxa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.
A contenção do crescimento das despesas da Previdência é apontada como necessária para garantir a sobrevivência do novo arcabouço fiscal no médio e longo prazos. A ministra Simone Tebet (Planejamento) já defendeu a desvinculação dos benefícios previdenciários da correção do salário mínimo, gerando críticas entre integrantes do PT. Há também uma resistência do próprio Lula sobre mudanças nessa direção.
Líderes da Câmara avaliam que, apesar disso, é preciso iniciar o debate. Especialistas também dão como certa a necessidade de uma nova reforma nas regras das aposentadorias e pensões.
Segundo parlamentares, não há mais tempo hábil para iniciar os debates neste ano, diante das eleições municipais, das negociações em torno da eleição da Mesa Diretora da Casa e das votações da regulamentação da reforma tributária. Dessa forma, a tarefa fica para o sucessor de Arthur Lira (PP-AL) no comando da Casa.
Há uma avaliação ainda, de que é preciso ver qual a correlação de forças sairá das urnas nas eleições municipais para entender se é possível um tema como esses prosperar no Legislativo no próximo ano. Lira já sinalizou a interlocutores em conversas reservadas que acha importante esse tema voltar ao radar das discussões dos deputados.
Para um cacique partidário ouvido pela reportagem, em todo início de mandato o presidente da Câmara deve “mostrar serviço” e, por isso, esse tema deverá ser discutido. No entanto, nenhum pré-candidato sinalizou publicamente que defenderá o andamento dessa pauta.
Um membro do centrão diz que esse é um assunto que tem sido tema de conversas laterais, mas que há um entendimento entre parlamentares de que a reforma aprovada em 2019 não deu conta de solucionar a situação das contas da Previdência.
Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de São Paulo