Percentual dos que consideram a gestão do petista positiva passou de 33% para 36%
As pesquisas encomendadas pelo PL para medir nomes do partido em diferentes cidades nas eleições municipais também passaram a testar a popularidade de Lula e o peso que ele pode ter sobre os candidatos.
Os resultados, porém, não trouxeram boas notícias para a sigla de Jair Bolsonaro, informa a colunista Bela Megale, do jornal O GLOBO. Os números têm mostrado que a popularidade do petista parou de cair em comparação com levantamentos anteriores.
O levantamento destacou que o percentual dos que consideram a gestão do petista positiva passou de 33% para 36% em relação a maio, enquanto as percepções negativas caíram de 33% para 30% no período. Já o grupo que classifica o governo como “regular” foi de 31% para 30%.
O PL vinha fazendo pesquisas mensais, desde janeiro, para medir o desempenho de nomes do bolsonarismo, como Michelle Bolsonaro e o governador Tarcísio de Freias, em uma eventual disputa com Lula pela presidência. Esses levantamentos foram suspensos no segundo semestre, porque as pesquisas têm se concentrado nas eleições municiais. O peso de Lula, porém, vem sendo medido em parte nessas pesquisas locais.
Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo
Pesquisa feita com fiéis paulistanos mostra rejeição a pautas defendidas pelo grupo político do ex-presidente, apesar de haver convergências
Pesquisa Datafolha com evangélicos paulistanos mostra que pautas caras ao bolsonarismo não são necessariamente compartilhadas pelos fiéis. Em alguns pontos, há discordâncias significativas, como nos casos do armamento da população, do “homeschooling” e da defesa da prisão para mulheres que decidem interromper a gravidez.
No caso do aborto, a maioria dos evangélicos da cidade condena a prática. Perguntados se acham que a interrupção da gravidez deveria deixar de ser crime, 68% se dizem contra, percentual quase três vezes maior que os 23% que se consideram a favor; 4% são indiferentes, e 5% não sabem responder.
A visão muda, contudo, quando a pergunta envolve a prisão das mulheres que abortam, algo que entrou em evidência nos últimos meses por causa de um projeto de lei na Câmara dos Deputados que, na prática, buscava penalizar ainda mais a prática e dificultar acesso ao aborot legal. Neste ponto, 53% se colocam contra a prisão, que no Legislativo foi defendida por vários bolsonaristas, e 29% dizem ser a favor. Os indiferentes são 7%, e os que não sabem somam 11%.
Uma das marcas da presidência de Jair Bolsonaro (PL), a defesa do armamento da população também desponta como algo que registra dissonância junto aos evangélicos: 66% são contra os cidadãos terem armas para se defender, ante 28% que são a favor, 4% de indiferentes e 2% que não sabem.
O Datafolha também se debruçou sobre o “homeschooling” — a possibilidade de crianças estudarem em casa, em vez de irem às escolas. Até então pouco presente no debate nacional, a causa foi abraçada pelo bolsonarismo como uma forma de evitar o que apoiadores do ex-presidente classificam como uma “doutrinação” por parte de professores.
Geralmente mais pobres e, portanto, conscientes do papel da escola também como local em que as crianças podem passar o dia enquanto os pais trabalham, além de receberem refeições, os evangélicos são em ampla maioria contra essa política: 77%. Apenas 19%, cerca de um a cada cinco, dizem-se favoráveis.
Também chama atenção na pesquisa, apesar de o termo “educação sexual” ser complexo e abranger diferentes visões, que a maioria dos evangélicos se coloque favorável ao tema nas escolas, bem diferente do que prega o bolsonarismo. São 74% que concordam, contra 25% que discordam.
Acolhida a homossexuais
Assim como no caso do aborto, pessoas homossexuais despertam visões diferentes entre evangélicos. Se por um lado eles rejeitam a formação de casais por pessoas do mesmo sexo, por outro acreditam que as igrejas devem acolher homossexuais e transsexuais.
Mais da metade, 57%, é contra esse tipo de casamento, e 26% são a favor; o percentual de indiferentes é de 13%, e o de que não sabem responder, 5%.
No caso do acolhimento pelas igrejas, a maioria é esmagadora: 86% concordam que os espaços religiosos devem acolher, ante apenas 12% que discordam, deixando meros 3% para os que não sabem ou não concordam nem discordam.
O Datafolha entrevistou 613 paulistanos entre os dias 24 e 28 de junho.
Ex-presidente já deixou claro que está de olho em mudanças na composição da Corte Eleitoral
Condenado e declarado inelegível duas vezes pelo Tribunal Superior Eleitoral por abuso de poder, o ex-presidente Jair Bolsonaro tem demonstrado que está de olho nas sucessivas trocas na composição da Corte Eleitoral – conforme expôs em discurso na Conferência de Ação Política Conservadora, quando fez referência às mudanças do TSE.
“Temos eleições neste ano, votem com a razão e não com o coração ou emoção. Porque a composição do TSE vai mudar, já mudou, se tivermos uma grande bancada em 2026 pode ter certeza que a gente faz pelo Parlamento, não pela canetada, uma história melhor para todos nós”, discursou Bolsonaro no último dia 6, em Balneário Camboriú (SC).
Entretanto, uma das trocas previstas no TSE para setembro não é uma boa notícia para o ex-presidente, informa a colunista Malu Gaspar, do jornal O GLOBO: o fim do mandato do ministro Raul Araújo, conhecido por suas decisões favoráveis a Bolsonaro.
Araújo votou para absolver o ex-ocupante do Palácio do Planalto tanto no caso da reunião dos embaixadores, marcada por ataques ao sistema eleitoral, quanto na ação sobre o desvirtuamento das comemorações do Bicentenário da Independência como palanque eleitoral.
Naqueles dois julgamentos, Bolsonaro acabou condenado — por 5 a 2 — por crimes como abuso de poder político e econômico, sendo declarado inelegível até 2030.
Também foi Araújo quem proibiu, em 2022, a manifestação política de artistas no Lollapalooza no ano passado, medida duramente reprovada por integrantes do TSE, que a interpretaram como censura. O PL acionou o TSE após a cantora Pabllo Vittar levantar uma bandeira com a imagem de Lula durante sua apresentação no festival.
Raul integra a “ala conservadora” do TSE, bloco formado atualmente pelos ministros André Mendonça, Kassio Nunes Marques e Isabel Gallotti. O quarteto não funciona como um grupo monolítico que sempre vota alinhado, mas todos possuem pontes ou alinhamentos ideológicos com o bolsonarismo.
Nunes Marques e Mendonça são os dois únicos ministros do STF indicados por Bolsonaro – e serão respectivamente presidente e vice-presidente do TSE nas eleições presidenciais de 2026, seguindo o esquema de rodízio do tribunal.
Já Gallotti tentou se cacifar para ser indicada ao Supremo durante o governo Bolsonaro, mas acabou preterida, apesar do lobby do marido, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Walton Alencar.
Com a saída de Raul Araújo, o ministro Antonio Carlos Ferreira – oriundo do Superior Tribunal de Justiça (STJ) — será efetivado como titular, o que vai impactar mais uma vez a correlação de forças do TSE. Ex-diretor jurídico da Caixa, ele foi indicado ao STJ em 2011 pela então presidente Dilma Rousseff.
Três ex-ministros do TSE ouvidos reservadamente pela equipe da reportagem definem Ferreira como um magistrado “discreto”, “técnico”, “equilibrado” e “independente”.
Se, de um lado, Raul Araújo livrou Bolsonaro de condenações nas duas ações que levaram à sua inelegibilidade, e de outro, o então relator, Benedito Gonçalves, votou pela punição em ambas as ocasiões, Ferreira é visto como uma espécie de meio termo entre os dois, mas mais próximo de Benedito no campo progressista.
A aposta de ex-ministros do TSE é a de que Ferreira pode ser uma espécie de “swing vote”, ou seja, um integrante que oscile no plenário entre o grupo conservador e a ala mais progressista da Corte, capitaneada agora pela presidente do TSE, Cármen Lúcia, e da qual também fazem parte os ministros Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares.
“Acho que ele é mais técnico e não vai entrar em disputa de grupos”, avalia um ex-ministro.
“Ele é um democrata, um juiz sensato”, resume uma fonte que acompanha a dinâmica da Corte Eleitoral.
De toda forma, com a saída de Raul Araújo, os aliados de Bolsonaro deixam de contar com um voto considerado certo pela sua absolvição.
Além disso,com a saída do ministro, as ações que investigam a fracassada campanha de Bolsonaro à reeleição serão herdadas por Gallotti, que assumirá a corregedoria.
Dentro do TSE, a avaliação é a de que, com Raul, esses processos — que tratam de pontos como o uso político da Polícia Rodoviária Federal na campanha de 2022 e um ecossistema bolsonarista de desinformação nas redes sociais — foram colocados em banho-maria, sem avanços significativos na coleta de provas.
A torcida no TSE é a de que, com Gallotti, as coisas finalmente voltem a andar por lá.
Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo
Dados do TSE mostram que as eleições municipais de 2024 terão 1,8 milhão de jovens nessa faixa aptos a votar; em 2020, era 1 milhão
Público-alvo de campanhas de alistamento, os jovens estão mais inseridos na política para as eleições municipais de 2024 do que estavam em 2020. Mesmo com o voto facultativo, o número de cidadãos com idade entre 16 e 17 anos, aptos a votar em outubro deste ano, aumentou em 80%, em comparação com o pleito municipal anterior.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o eleitorado para 2024 mostram que 1,8 milhão de pessoas na faixa etária entre 16 e 17 anos têm título de eleitor e podem ir às urnas nos mais mais de 5,5 mil municípios com eleições para vereadores e prefeitos. Em 2020, era 1 milhão.
A quantidade de eleitores com 16 anos aumentou de 239.961, em 2020, para 724.324, em 2024. Aqueles com 17 anos subiram de 790.602, em 2020, para 1.111.757, em 2024.
O número de jovens com título de eleitor aptos a votar nas eleições municipais caiu exponencialmente em 2020. Em 2012, eram 2,9 milhões com títulos, mesmo com voto facultativo; em 2016, 2,3 milhões; em 2020, caiu para 1.030 milhão; e, em 2024, a curva voltou a ascender para 1,8 milhões.
Essa reversão foi iniciada em 2022, nas eleições gerais, quando o percentual de jovens eleitores aumentou em 52,3% na comparação com a última eleição geral.
O TSE lançou campanhas para reverter os números e ampliar a participação dos jovens, que caiu devido a diversos fatores como a pandemia de Covid-19, que levou ao fechamento de cartórios eleitorais em todo o país.
Mulheres nas urnas
Ainda de acordo com os dados do TSE, a maioria do eleitorado que vai às urnas em outubro de 2024 para as eleições municipais é do sexo feminino. Ao todo, 52%, ou 81,8 milhões dos brasileiros aptos a votar são mulheres. Outros 48% (74 milhões) são homens. Além disso, 41.537 com nome social estão aptos a votar.
Comparado com as eleições municipais de 2020, o número de eleitores e eleitoras subiu 5,40% para o pleito de 2024. Ao todo, 155.912.680 estão aptos a votar. O número de eleitores por gênero se manteve estável.
Entre os eleitores, 27,04% têm o ensino médio completo. Outros 22,48% têm o ensino fundamental incompleto e 3,57% são analfabetos.
A maior parte dos eleitores está na faixa etára de 45 a 59 anos. Em seguida, estão os eleitores com idade entre 35 e 44 anos. Ao todo, 89,88% optou por não informar cor ou raça.
As eleições municipais de 2024 para a escolha de vereadores e prefeitos ocorrerão em 6 de outubro em cerca de 5,5 mil municípios. O Distrito Federal e o arquipélago de Fernando de Noronha não terão eleições.
Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles.
Líderes dizem que cenário econômico aponta necessidade de a Casa se debruçar sobre o tema
Integrantes da cúpula da Câmara dos Deputados avaliam que é preciso que a Casa inicie o debate acerca de uma nova reforma da Previdência em 2025. Segundo três líderes ouvidos pela reportagem, o cenário econômico aponta para a necessidade de a Câmara se debruçar sobre o tema.
Ainda não há uma proposta específica em análise nem conversas mais aprofundadas sobre o foco da discussão, mas a avaliação é de que o debate se tornou inevitável. O tema também tem sido citado por senadores.
Como a Folha mostrou, a Previdência Social terá um aumento de ao menos R$ 100 bilhões em suas despesas nos próximos quatro anos devido à política de valorização do salário mínimo instituída pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A proposta, aprovada pelo Congresso, define uma fórmula permanente de correção anual do salário mínimo, ao prever reajuste pela inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) em 12 meses até novembro do ano anterior, mais a taxa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.
A contenção do crescimento das despesas da Previdência é apontada como necessária para garantir a sobrevivência do novo arcabouço fiscal no médio e longo prazos. A ministra Simone Tebet (Planejamento) já defendeu a desvinculação dos benefícios previdenciários da correção do salário mínimo, gerando críticas entre integrantes do PT. Há também uma resistência do próprio Lula sobre mudanças nessa direção.
Líderes da Câmara avaliam que, apesar disso, é preciso iniciar o debate. Especialistas também dão como certa a necessidade de uma nova reforma nas regras das aposentadorias e pensões.
Segundo parlamentares, não há mais tempo hábil para iniciar os debates neste ano, diante das eleições municipais, das negociações em torno da eleição da Mesa Diretora da Casa e das votações da regulamentação da reforma tributária. Dessa forma, a tarefa fica para o sucessor de Arthur Lira (PP-AL) no comando da Casa.
Há uma avaliação ainda, de que é preciso ver qual a correlação de forças sairá das urnas nas eleições municipais para entender se é possível um tema como esses prosperar no Legislativo no próximo ano. Lira já sinalizou a interlocutores em conversas reservadas que acha importante esse tema voltar ao radar das discussões dos deputados.
Para um cacique partidário ouvido pela reportagem, em todo início de mandato o presidente da Câmara deve “mostrar serviço” e, por isso, esse tema deverá ser discutido. No entanto, nenhum pré-candidato sinalizou publicamente que defenderá o andamento dessa pauta.
Um membro do centrão diz que esse é um assunto que tem sido tema de conversas laterais, mas que há um entendimento entre parlamentares de que a reforma aprovada em 2019 não deu conta de solucionar a situação das contas da Previdência.
Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de São Paulo
Alex Soros, diretor da Open Society, declarou apoio à vice-presidente democrata
Alex Soros e Kamala Harris (Foto: Reprodução X)
Em uma declaração nas redes sociais, Alex Soros, filho do bilionário e filantropo George Soros, usou sua conta no X (antigo Twitter) para manifestar seu apoio à candidatura de Kamala Harris para as eleições presidenciais de 2024. "É hora de todos nós nos unirmos em torno de Kamala Harris e derrotarmos Donald Trump. Ela é a melhor e mais qualificada candidata que temos. Viva o Sonho Americano", escreveu Alex Soros.
A Open Society Foundations, fundada pelo investidor George Soros, é uma organização global ligada ao Partido Democrata, que se diz dedicada a promover a democracia, os direitos humanos e as reformas sociais. A entidade também afirma que sua missão é fomentar processos democráticos e eleições livres e justas, mas a entidade é também frequentemente acusada de apoiar golpes de estado e mudanças de regime em países não alinhados com os interesses imperialistas.
Veja o pronunciamento de lideranças políticas da Rússia, Israel, Reino Unido, Alemanha, Canadá e Espanha sobre a desistência de Biden do pleito eleitoral
Peskov, Biden (Foto: Reuters)
(Reuters) - A seguir, algumas reações de líderes e autoridades estrangeiras à decisão do presidente dos EUA, Joe Biden, no domingo, de encerrar sua campanha para tentar a reeleição em novembro:
PRIMEIRO-MINISTRO CANADENSE JUSTIN TRUDEAU - "Conheço o presidente Biden há anos. Ele é um grande homem, e tudo o que ele faz é guiado por seu amor pelo país. Como presidente, ele é um parceiro para os canadenses e um verdadeiro amigo. Ao presidente Biden e à primeira-dama: obrigado."
CHANCELER ALEMÃO OLAF SCHOLZ, NO X - "Joe Biden realizou muitas conquistas: para seu país, para a Europa, para o mundo".
"Graças a ele, a cooperação transatlântica é estreita, a OTAN é forte e os EUA são um parceiro bom e confiável para nós. Sua decisão de não concorrer novamente merece reconhecimento."
PRIMEIRO-MINISTRO BRITÂNICO KEIR STARMER: "Respeito a decisão do presidente Biden e espero que trabalhemos juntos durante o restante de sua presidência", disse Starmer em um comunicado.
"Sei que, como fez ao longo de sua notável carreira, o presidente Biden terá tomado sua decisão com base no que acredita ser o melhor interesse do povo americano."
MINISTRO DA DEFESA ISRAELENSE YOAV GALLANT:"Obrigado, presidente Joe Biden, por seu apoio inabalável a Israel ao longo dos anos. Seu apoio inabalável, especialmente durante a guerra, tem sido inestimável. Somos gratos por sua liderança e amizade."
PRIMEIRO-MINISTRO ESPANHOL PEDRO SANCHEZ NO X: "Toda minha admiração e reconhecimento pela decisão corajosa e digna do presidente @JoeBiden. Graças à sua determinação e liderança, os EUA superaram a crise econômica após a pandemia e o grave ataque ao Capitólio e têm sido exemplares em seu apoio à Ucrânia diante da agressão russa de Putin. Um grande gesto de um grande presidente que sempre lutou pela democracia e pela liberdade."
PORTA-VOZ DO KREMLIN, DMITRY PESKOV, FALANDO À AGÊNCIA DE NOTÍCIAS SHOT:"As eleições ainda estão a quatro meses de distância, e esse é um longo período de tempo no qual muita coisa pode mudar. Precisamos ser pacientes e monitorar cuidadosamente o que acontece. A prioridade para nós é a operação militar especial", disse Peskov, referindo-se à guerra na Ucrânia.
Ex-presidente e ex-secretária de Estado manifestaram apoio à vice-presidente
Hillary Clinton (Foto: Reuters/Joshua Roberts)
O ex-presidente Bill Clinton e sua esposa, a ex-secretária de Estado e candidata democrata de 2016, Hillary Clinton, anunciaram publicamente seu apoio à vice-presidente Kamala Harris como candidata do partido à presidência, substituindo o presidente Joe Biden.
"Estamos honrados em nos juntar ao presidente no endosso à vice-presidente Harris e faremos tudo o que pudermos para apoiá-la", declararam os Clintons em um comunicado postado na rede social X. "Agora é a hora de apoiar Kamala Harris e lutar com todas as nossas forças para elegê-la."
Ex-presidente defendeu processo aberto de escolha de uma nova candidatura do Partido Democrata
Barack Obama (Foto: PHIL NOBLE / REUTERS)
Em um comunicado nas redes sociais, o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, elogiou o presidente Joe Biden após o anúncio de sua desistência de concorrer à reeleição. A declaração de Obama destacou a profunda admiração e respeito pelo líder americano, ressaltando seu impacto significativo no país e seu compromisso inabalável com o serviço público.
Obama começou relembrando o início de sua própria jornada presidencial, quando escolheu Biden como vice-presidente devido à sua notável carreira no serviço público. “Dezesseis anos atrás, quando comecei a busca por um vice-presidente, eu já conhecia a notável carreira de Joe no serviço público. Mas o que passei a admirar ainda mais foi seu caráter – sua profunda empatia, resiliência conquistada com muito esforço, sua decência fundamental e a crença de que todos têm importância,” disse Obama.
O ex-presidente destacou várias realizações de Biden durante seu mandato, incluindo o fim da pandemia, a criação de milhões de empregos, a redução dos custos dos medicamentos prescritos, a aprovação de importantes legislações de segurança de armas e o maior investimento histórico para combater as mudanças climáticas. Obama também enfatizou a restauração da posição dos Estados Unidos no cenário global, a revitalização da OTAN e a mobilização contra a agressão russa na Ucrânia.
“Desde que assumiu o cargo, o presidente Biden demonstrou repetidamente seu caráter. Ele ajudou a acabar com a pandemia, criou milhões de empregos, reduziu o custo dos medicamentos prescritos, aprovou a primeira grande legislação de segurança de armas em 30 anos, fez o maior investimento da história para combater as mudanças climáticas e lutou para garantir os direitos dos trabalhadores de se organizarem por salários e benefícios justos,” afirmou Obama.
O elogio de Obama também se estendeu à capacidade de Biden de unir a nação e afastá-la do caos e divisão que marcaram a administração anterior de Donald Trump. “Através de suas políticas e seu exemplo, Joe nos lembrou de quem somos em nosso melhor – um país comprometido com valores tradicionais como confiança e honestidade, bondade e trabalho duro; um país que acredita na democracia, no estado de direito e na responsabilidade,” destacou.
Em relação à decisão de Biden de não buscar a reeleição, Obama reconheceu a dificuldade dessa escolha e louvou a coragem de seu amigo. “Para ele, olhar para o cenário político e decidir passar o bastão para um novo candidato é certamente uma das decisões mais difíceis de sua vida. Mas sei que ele não tomaria essa decisão a menos que acreditasse que é o melhor para os Estados Unidos. Isso é um testemunho do amor de Joe Biden por seu país – e um exemplo histórico de um verdadeiro servidor público colocando mais uma vez os interesses do povo americano acima dos seus próprios,” declarou Obama.
Navegando por águas desconhecidas
Por fim, Obama expressou confiança no futuro do Partido Democrata e no processo de escolha de um novo candidato para a próxima eleição. Ele reafirmou a visão de Biden de uma América próspera e unida e agradeceu a Joe e Jill Biden por sua liderança corajosa.
“Estaremos navegando por águas desconhecidas nos próximos dias. Mas tenho uma confiança extraordinária de que os líderes do nosso partido serão capazes de criar um processo do qual emergirá um candidato excepcional. Acredito que a visão de Joe Biden de uma América generosa, próspera e unida, que proporciona oportunidade para todos, estará em plena exibição na Convenção Democrática em agosto,” concluiu Obama.