sábado, 20 de julho de 2024

São Paulo tem 1ª eleição sem candidato do PT e Boulos lança seu nome como soldado de Lula contra Bolsonaro

 Convenção neste sábado lança chapa de psolista com Marta buscando derrotar Nunes


Quando, dois dias antes da convenção que oficializará sua candidatura a prefeito de São Paulo, neste sábado (20), Guilherme Boulos (PSOL) reuniu jornalistas para antecipar algumas de suas propostas, o filiado ao PSOL não poderia ter deixado mais explícito seu entrosamento com o PT do presidente Lula.


A fala de abertura na entrevista coletiva coube ao presidente municipal do PT, Laércio Ribeiro. Após uma pergunta sobre a participação de Lula na campanha, Boulos trocou palavras com Ribeiro e assumiu a palavra para falar que o petista estará “de maneira forte e intensa em todos os momentos”.


Boulos não é o candidato do PT, mas é quase como se fosse —e é essa a mensagem que Lula busca emplacar ao se engajar de maneira inédita na eleição paulistana, na primeira disputa pelo comando da capital desde a redemocratização, em 1985, que não tem o PT na cabeça de uma das chapas.


A constatação feita acima é de reportagem da Folha de São Paulo


A convenção para lançar Boulos e Marta Suplicy, anunciada como um evento para mais de 10 mil pessoas no Expo Center Norte, centro de convenções na zona norte da capital, sela um projeto de Lula para marcar posição na maior cidade do país, que teve início antes mesmo de seu retorno ao Planalto.


O presidente estará no palanque com ao menos oito ministros para reforçar o discurso de que está com suas tropas na rua para o que caracteriza como “uma verdadeira guerra”. A batalha não é só contra a reeleição de Ricardo Nunes (MDB), mas contra o arquirrival Jair Bolsonaro (PL), apoiador do prefeito.


O fato de que seu soldado na arena paulistana é alguém de fora do PT é resultado de uma articulação iniciada pelo próprio Lula em 2022. Para convencer Boulos a desistir de concorrer ao governo estadual e abraçar Fernando Haddad (PT), o hoje presidente prometeu apoiá-lo na disputa municipal dali a dois anos.


Boulos, que acabaria se elegendo deputado federal por sua atuação no MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), tinha chegado ao segundo turno da eleição para prefeito em 2020, amealhando uma vitória política, apesar da derrota objetiva para Bruno Covas (PSDB), que morreria no ano seguinte.


Depois de debelar rebeliões no PT em virtude da inédita perda de protagonismo na cidade em quase 40 anos, Lula entrou em cena de novo para escolher quem seria o indicado do PT para a vice, conforme previa o acordo com o PSOL. Desfalcado de nomes competitivos, o partido era um deserto de opções.


O presidente adotou o pragmatismo e pôs em marcha talvez a mais surpreendente manobra política desta eleição até o momento. Primeiro ele convenceu seu entorno a repatriar Marta ao PT —hipótese antecipada pela Folha em novembro—, passando uma borracha nas rusgas da ex-prefeita com a legenda que ela deixara em 2015. Depois era preciso tirá-la do núcleo duro do maior adversário.


Marta topou a guinada e, em janeiro, deixou o cargo de secretária da gestão Nunes, na pasta de Relações Internacionais, para voltar ao partido do qual se tornara crítica e que a tratava como persona non grata, sobretudo pelo voto favorável da então senadora pelo MDB ao impeachment de Dilma Rousseff (PT).


Boulos, igualmente, teve que fazer concessões para se adaptar ao figurino de um candidato mais próximo do sistema. Começou um trabalho para suavizar a imagem e o tom, num alinhamento com o estilo conciliador de Lula que levanta queixas no PSOL, por ora restritas aos bastidores.


O deputado acomodou Marta na vice —que já foi chamada de “golpista” na esquerda pelo voto contra Dilma— e hoje conta na equipe que formula seu programa de governo com um ex-comandante da Rota (batalhão de elite da PM conhecido pelo histórico de letalidade e truculência). Boulos diz que ainda é o mesmo, mas quer aparentar mais amadurecido, calibrando a verve combativa que o popularizou entre os pares e lhe rendeu, dos inimigos, as pechas de invasor e radical.


A transformação tem um dedo do marqueteiro Lula Guimarães, responsável pela campanha vitoriosa de João Doria (então no PSDB) no primeiro turno de 2016, quando Haddad batalhava a reeleição.


Boulos incorporou o papel de algoz do bolsonarismo, associando a eventual vitória de Nunes na cidade a um triunfo do ex-presidente, que aceitou apoiar um político sem ligação orgânica com o bolsonarismo para tentar fincar o pé na administração paulistana e emplacou como vice um dos seus.


O cenário está dado para se desenrolar o que representantes dos dois lados chamam de terceiro turno das eleições de 2022. Com Lula e Bolsonaro insuflando o repeteco da polarização, políticos de esquerda reconhecem ser um risco tratar o resultado de 2024 como prenúncio da disputa nacional de 2026, mas mantêm a aposta de que a rejeição ao ex-presidente como padrinho, no patamar de 65%, falará mais alto.


Para além da disputa local, a bênção de Lula a Boulos mexe com o futuro da esquerda no país, em meio às discussões sobre a trôpega renovação de quadros e os herdeiros políticos do presidente.


Boulos, que chegou a liderar as pesquisas de intenção de voto no início da fase pré-eleitoral, viu Nunes se aproximar e hoje está empatado tecnicamente com ele na primeira posição.

No levantamento mais recente do Datafolha, neste mês, o aspirante à reeleição marcou 24%, e o deputado, 23%. A margem de erro de três pontos para mais ou menos.


A coligação encabeçada por PSOL e PT, batizada como “Amor por São Paulo”, engloba oito partidos, todos do chamado campo progressista —a exceção é o PMB (Partido da Mulher Brasileira), que refuta rótulos à esquerda ou à direita. Na noite desta quinta-feira (18), a aliança ganhou a entrada do PCB (Partido Comunista Brasileiro).


Fonte: Agenda do Poder

PT contesta programa sobre gestão privada na educação básica no Paraná

 

Segundo a sigla, os pilares da educação brasileira são firmados pela União e não incluem “a terceirização da gestão do ensino público à iniciativa privada”

(Foto: Lula Marques)

Conjur O Partido dos Trabalhadores questionou no Supremo Tribunal Federal o Programa Parceiro da Escola, do Paraná, que autoriza o governo estadual a celebrar contratos com entidades privadas para prestação de serviços de gestão educacional na rede estadual de ensino. A matéria é objeto de uma ação direta de inconstitucionalidade distribuída ao ministro Nunes Marques.

Criado pela Lei estadual 22.006/2024, o programa prevê que a entidade contratada fará a gestão administrativa e financeira das escolas. A norma mantém com a Secretaria Estadual de Educação a autonomia sobre o projeto pedagógico. No entanto, segundo o PT, os pilares fundamentais da educação brasileira são firmados pela União e não incluem “a terceirização da gestão do ensino público à iniciativa privada”.

O partido alegou ainda que a lei separa indevidamente os aspectos administrativos e financeiros do projeto pedagógico e cria um sistema híbrido que transfere ao ente privado o poder de decisão sobre questões cruciais da gestão escolar. Com informações da assessoria de imprensa do STF.

Fonte: Brasil 247 com informações do Conjur

Polícia do Paraná desiste de investigar filho de Olavo de Carvalho

 

Mulheres acusam Tales de Carvalho de estupro, tortura e violência psicológica

Agentes da Polícia Civil do Paraná (Foto: Divulgação/PCPR)

A Polícia Civil do Paraná anunciou que não investigará mais as graves denúncias feitas por Calinka Padilha de Moura, ex-esposa de Tales de Carvalho, filho do escritor Olavo de Carvalho. Calinka havia acusado Tales de estupro, tortura e violência psicológica, mas a decisão da polícia, informada à coluna de Guilherme Amado no Metrópoles na sexta-feira (19), foi de encerrar o caso.

Em 1º de julho, a Polícia Civil havia afirmado que abriria uma investigação para apurar as acusações trazidas à tona por Calinka. Contudo, em uma reviravolta, a corporação informou que apenas revisou uma investigação anterior, conduzida em 2021, quando Calinka registrou um boletim de ocorrência em Curitiba. “A investigação inicial [em 2021] foi conduzida de maneira completa e proativa. Mesmo sem o comparecimento da vítima, todos os esforços foram documentados, incluindo contatos com a mãe e o advogado da vítima. A análise do procedimento foi concluída e demonstrou que todas as etapas foram seguidas conforme os protocolos estabelecidos”, disse a corporação em comunicado.

Calinka é uma das seis mulheres que relataram episódios de violência física, sexual ou psicológica atribuídos a Tales de Carvalho, conhecido por suas posições extremistas de direita.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

PT de Lula, em busca de crescer de novo, e PL de Bolsonaro, que mira presença no Senado em 2026, se enfrentam em apenas 9 capitais

 PT decidiu priorizar alianças em vez de candidatos próprios


Com a chegada das convenções partidárias neste sábado, 20, o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, se preparam para formalizar seus candidatos nas eleições municipais de outubro. O PT planeja lançar candidatos em 14 capitais, enquanto o PL deve lançar em 15. As duas siglas, no entanto, devem ter confrontos diretos em apenas nove das 26 capitais estaduais.


Diferentemente de outras eleições, o PT decidiu priorizar alianças em vez de lançar candidaturas neste pleito. Historicamente, o partido adota a estratégia de lançar o maior número possível de candidaturas para marcar posição. Porém, para conter o avanço do bolsonarismo nas prefeituras e visando construir alianças para as eleições de 2026, a sigla abriu mão de lançar candidatos em cidades importantes, incluindo São Paulo, onde apoia o pré-candidato do PSOL, Guilherme Boulos.


Já o PL entra na disputa com a meta ambiciosa de eleger 1,5 mil prefeitos. Na última eleição, em 2020, a sigla elegeu 348. O partido aposta no lançamento de candidaturas no maior número possível de cidades, com foco nas eleições de 2026. O cálculo político é que, mesmo se o candidato do PL não for eleito, ele ganhará visibilidade e poderá garantir uma vaga na Câmara ou no Senado no próximo ciclo eleitoral.


A disputa deste ano é vista tanto por petistas quanto por bolsonaristas como um prelúdio para as eleições de 2026, quando os grupos buscarão fortalecer sua representação no Congresso e disputar a Presidência da República. Embora as eleições municipais geralmente não sejam influenciadas por questões nacionais, analistas preveem que a campanha terá um tom nacional, com a narrativa do “nós contra eles” predominando.


“Nas prefeituras com confronto direto entre o PT e o PL, a polarização se intensifica, refletindo o resultado das eleições de 2022″, conta a doutora em Ciências Políticas Deysi Cioccari. “Em cidades menores, a competição é mais local, focada em questões como infraestrutura, saúde e serviços básicos. Já em cidades com mais de 100 mil habitantes, a influência das questões nacionais é muito mais pronunciada”.


As cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife exemplificam a estratégia do PT. Nessas capitais, o partido optou por não lançar candidatos próprios, apoiando em vez disso postulantes de outros partidos com maiores chances de vencer representantes do bolsonarismo. Na capital fluminense e na pernambucana, o PT apoia os atuais prefeitos, Eduardo Paes (PSD) e João Campos (PSB), mesmo sem garantir a vice nas respectivas chapas. Na capital paulista, por outro lado, a legenda conseguiu emplacar Marta Suplicy (PT) na vice de Boulos. Na semana passada, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT) elencou as três capitais como os principais confrontos diretos entre os projetos de Lula e Bolsonaro.


Outro exemplo é Curitiba, onde o PT, inicialmente com três pré-candidatos, decidiu apoiar o deputado Luciano Ducci (PSB-PR). “Queremos consolidar um campo político progressista pensando também na eleição presidencial de 2026. Se queremos o apoio dos outros partidos, nós também temos de dar apoio”, disse a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), em uma entrevista à Coluna do Estadão.


Coordenador do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) do PT, o senador Humberto Costa (PE) afirmou que o partido busca obter um resultado melhor do que o de 2022, quando elegeu 183 prefeitos. Em 2016, o PT conquistou 254 prefeituras, e em 2012, 638. Reverter essa tendência é um dos objetivos deste ano. “Não estabelecemos uma meta numérica. Definir uma meta específica pode ser politicamente desfavorável”, explicou.

Segundo o parlamentar, o PT vai focar nas cidades com mais de 100 mil eleitores. “Há 215 cidades com esse perfil, representando 48% do eleitorado do País, e teremos 126 candidatos nessas cidades”, disse. Ele acrescentou que a sigla fará um “investimento diferenciado nos vereadores”, buscando aumentar a bancada da Câmara em 2026.


Para o analista político e fundador da Dharma Political, Creomar de Souza, a estratégia do PT vem sendo desenvolvida desde 2016. Segundo ele, o partido tem se esforçado para conter danos desde os escândalos da Lava Jato em 2013 e o impeachment de Dilma Rousseff em 2016. “Esses eventos tornaram o PT o principal alvo de críticas. Atualmente, a estratégia do partido parece focar em um reposicionamento para as eleições municipais, antecipando o desafio das eleições de 2026″.


PL busca ampliar presença no Senado


Enquanto o objetivo do PT nesta eleição é recuperar seu crescimento de forma significativa e sólida, o do PL é avançar com seu projeto de fortalecer sua presença no Senado. O partido visa obter a maioria para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) e buscar emendas à Constituição, como possíveis mudanças na duração dos mandatos dos ministros do STF ou uma anistia para os presos do 8 de Janeiro. Para alcançar esses objetivos, o PL aposta em candidatos bolsonaristas que, mesmo se perderem na disputa municipal deste ano, poderão eventualmente vencer a eleição para o Senado daqui a dois anos.


O pré-candidato a prefeito do Rio pelo PL, deputado Alexandre Ramagem, é um exemplo dessa estratégia. Embora esteja consideravelmente atrás do prefeito Eduardo Paes nas pesquisas de intenção de voto, Ramagem é a aposta do presidente nacional da sigla, Valdemar da Costa Neto, para que o partido conquiste mais uma vaga no Senado pelo Rio. Atualmente, o PL já conta com o senador Flávio Bolsonaro. Além disso, Costa Neto está considerando lançar Michelle Bolsonaro Carlos Bolsonaro para o Senado em 2026.


“Valdemar Costa Neto quer usar essas eleições para demonstrar a força do bolsonarismo”, avalia o CEO da Dharma Political. O PL, com destaque para Michelle Bolsonaro e o ex-presidente Bolsonaro, tem feito um esforço contínuo para aumentar o número de filiações e manter uma lógica de embate eleitoral contra o governo. Esse esforço tem sido focado em cidades onde Bolsonaro teve grande sucesso, principalmente no Centro-Sul, em cidades médias e pequenas”.


“Para muitos partidos, as eleições municipais são fundamentais para alavancar candidaturas e projetos políticos. O município é o ponto de partida da política, onde o prefeito e o vereador têm um impacto direto na vida dos cidadãos. Assim, quanto melhor posicionado um partido está nas eleições municipais, maior será sua capacidade de construir sua agenda para as eleições de dois anos depois, que incluem as eleições para o Congresso e Presidência da República”, conta Souza.


Até o fim das convenções partidárias, no dia 5 de agosto, o PT deve formalizar candidaturas nas seguintes capitais:


  1. Belo Horizonte (MG)
  2. Vitória (ES)
  3. Teresina (PI)
  4. Fortaleza (CE)
  5. Natal (RN)
  6. João Pessoa (PB)
  7. Maceió (AL)
  8. Aracaju (SE)
  9. Porto Alegre (RS)
  10. Florianópolis (SC)
  11. Campo Grande (MS)
  12. Cuiabá (MT)
  13. Goiânia (GO)
  14. Porto Velho (RO)

Já o PL deve confirmar candidatos nas seguintes capitais:


  1. Rio de Janeiro (RJ)
  2. Belo Horizonte (MG)
  3. Vitória (ES)
  4. Fortaleza (CE)
  5. João Pessoa (PB)
  6. Recife (PE)
  7. Maceió (AL)
  8. Aracaju (SE)
  9. Porto Alegre (RS)
  10. Cuiabá (MT)
  11. Goiânia (GO)
  12. Manaus (AM)
  13. Rio Branco (AC)
  14. Boa Vista (RR)
  15. Palmas (TO)

Fonte: Agenda do Poder com informações de reportagem do jornal Estado de São Paulo, Estadão

Auxílio Reconstrução já chegou a 350 mil famílias do RS, diz Pimenta

 

Benefício garante R$ 5,1 mil para cada família atingida pela enchente


O número de famílias gaúchas beneficiadas com o Auxílio Reconstrução no valor de R$ 5,1 mil chegou a 350 mil. A informação é do ministro Extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul , Paulo Pimenta. 

“O Auxílio Reconstrução foi criado pelo governo federal para apoiar as famílias que tiveram suas casas atingidas pela enchente. Com esse recurso, elas podem comprar móveis, eletrodomésticos, para recomeçar. É o apoio do recomeço”, disse Pimenta nesta sexta-feira (19), no programa A Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC)

A meta do governo federal é atender 375 mil famílias gaúchas, representando R$ 1,9 bilhão de recursos destinados ao benefício, que garante o valor de R$ 5,1 mil, em parcela única, para ajudar na recuperação de bens perdidos nas enchentes. Não há critério definido para a utilização do recurso. O valor pode ser usado da maneira que as vítimas acharem melhor.

Pimenta também anunciou o aumento do limite da subvenção econômica em mais R$ 1 bilhão para o programa Pronampe Solidário, de apoio às micro e pequenas empresas do estado. “Somados a outros recursos já autorizados, chegarão a R$ 5 bilhões de apoio às pequenas empresas do programa pronamp solidario”, disse Pimenta, destacando que o governo assume 40% do valor financiado.  

Também estão sendo disponibilizados outros tipos de apoio , como linha de crédito de R$ 3 bilhões para pequenos e médios agricultores e uma linha do BNDES de R$ 15 bilhões para capital de giro, compra de máquinas e equipamentos e para a reconstrução de danos civis. 

"Isso demonstra nosso compromisso com o Rio Grande do Sul, com a manutenção dos empregos e com o apoio à atividade econômica no estado", destacou Pimenta. 

Segundo o ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou como prioridade a agilidade na distribuição de recursos para o estado. “O presidente determinou que a gente possa flexibilizar o que for possível, para dar agilidade, para que o recurso chegue com rapidez até as famílias, as empresas, os agricultores. É preciso que o recurso chegue no tempo necessario”.  

Edição: Sabrina Craide

Fonte: Agência Brasil

Eleições municipais: convenções partidárias começam neste sábado

 

Prazo para escolha de candidatos vai até 5 de agosto

A partir deste sábado (20), os partidos e federações estão autorizados a realizar as convenções internas para a escolha dos candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereadores que disputarão as eleições municipais de outubro. O prazo está previsto na Lei das Eleições (Lei 9.504/1997).

Pela norma, os partidos deverão escolher os políticos que vão disputar o pleito até 5 de agosto, data final estipulada para realização das convenções. Dessa forma, não há candidatura avulsa. Para sair candidato, o político deve estar regulamente filiado ao partido e ser escolhido pela legenda para disputar o pleito.

O primeiro turno das eleições será no dia 6 de outubro. O segundo turno da disputa poderá ser realizado em 27 de outubro nos municípios com mais de 200 mil eleitores, nos quais nenhum dos candidatos à prefeitura atingiu no primeiro turno mais da metade dos votos válidos, excluídos os brancos e nulos.

Convenção

As convenções funcionam como uma eleição interna dos partidos. A legislação eleitoral dá aos partidos autonomia para definir a estrutura de organização das convenções, que podem ser feitas presencialmente ou de forma híbrida (presencial e virtual).

A eleição interna é feita por meio de votação dos filiados nas chapas que se inscrevem para os cargos que estarão em disputa. O número que os candidatos usarão na urna eletrônica também deve ser definido na eleição interna.

Para participar das eleições, o interessado em concorrer deve estar em pleno exercício dos direitos políticos, ser filiado ao partido, ter naturalidade brasileira, ser alfabetizado e ter domicílio eleitoral no município em que pretende concorrer há pelo menos seis meses. O cidadão também precisa ter idade mínima de 21 anos para concorrer ao cargo de prefeito e de 18 anos para o de vereador.

Registro de candidaturas

Após a escolha dos candidatos, as legendas têm até 15 de agosto para registrar os nomes dos candidatos na Justiça Eleitoral de cada município. O registro de candidatura é feito por meio de um sistema eletrônico chamado CANDex e será analisado pelo juiz da zona eleitoral da cidade na qual o candidato pretende concorrer.

Se o juiz constatar a falta de algum documento, poderá pedir que o partido resolva a pendência no prazo de três dias. Caberá ao magistrado decidir se defere ou indefere a candidatura. Se o registro for negado, o candidato poderá recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de seu estado e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Durante o período de análise, as candidaturas poderão ser contestadas pelos adversários, partidos políticos e o Ministério Público Eleitoral (MPE). Eles poderão denunciar alguma irregularidade no cumprimento dos requisitos legais para o registro.

Os partidos também deverão registrar os candidatos aos cargos de vereador conforme a cota de gênero, que prevê mínimo de 30% de candidaturas femininas.

Propaganda 

A propaganda eleitoral nas ruas e na internet começa no dia 16 de agosto, um dia após o fim do prazo para registro das candidaturas.

A partir desta data, os candidatos poderão fazer carretas, comícios e panfletagem entre as 8h e as 22h. Anúncios pagos na imprensa escrita e na internet também estarão liberados.

O horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão no primeiro turno será iniciado no dia 30 de agosto e vai até 3 de outubro. 

Fundo eleitoral

Para financiar as candidaturas que serão lançadas, os partidos vão receber R$ 4,9 bilhões do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).

O partido que vai receber a maior fatia do total do fundo será o PL. A legenda poderá dividir R$ 886,8 milhões entre seus candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador. Em segundo lugar está o PT, que receberá R$ 619,8 milhões.

Em seguida, aparecem o União (R$ 536,5 milhões); o PSD (R$ 420,9 milhões); o PP (417,2 milhões); o MDB (R$ 404,6 milhões) e o Republicanos (R$ 343,9 milhões).

O Fundo Eleitoral é repassado aos partidos em anos de eleição. O repasse foi criado pelo Congresso Nacional em 2017 após a decisão do Supremo, que, em 2015, proibiu o financiamento das campanhas por empresas privadas.

Além do Fundo Eleitoral, os partidos contam com o Fundo Partidário, que é distribuído anualmente para manutenção das atividades administrativas.

Edição: Nádia Franco

Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 19 de julho de 2024

Lula: "quando a gente financia a exportação a gente financia emprego, salário e conhecimento tecnológico"

 

Presidente participou nesta sexta de anúncio de financiamento do BNDES às exportações da Embraer

Lula durante evento da Embraer (Foto: Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exaltou o financiamento das exportações nacionais por meio das linhas de crédito disponibilizadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Não é sempre que o BNDES financia a exportação brasileira, que o BNDES tem coragem de emprestar R$ 4,5 bilhões para financiar avião para uma empresa americana. Isso é decisão política, não é decisão econômica e técnica, e a decisão política é tomada pelo governo”, disse Lula durante o anúncio do financiamento à exportação de 32 jatos comerciais E175 da Embraer para a American Airlines, nesta sexta-feira (19).

“Quando a gente financia a exportação brasileira a gente está financiando emprego, salário, acúmulo de conhecimento tecnológico e a gente está exportando inteligência, conhecimento, coisa de muito valor agregado com gente muito especializada. Tenham orgulho, porque no nosso governo o BNDES é um banco de fomento para o desenvolvimento deste país e dentro das duas possibilidades vai fazer o que for necessário para a gente fazer nossas empresas brasileiras crescerem - mesmo que não for brasileira, mas se estiver produzindo no Brasil a gente vai ajudar. Esse é o papel do banco”, destacou Lula mais à frente.

Ainda segundo ele, “durante o período passado [governo Jair Bolsonaro], o BNDES foi um banco que só serviu para devolver dinheiro para os cofres do Tesouro Nacional fazer as loucuras que fizeram. Passaram quatro anos dizendo que iam encontrar uma caixa-preta no BNDES e encontraram o banco mais equilibrado desse país. O BNDES é tão duro que só consegue pegar dinheiro emprestado no BNDES quem não precisa de dinheiro, porque a exigência é muito grande, leva 150 ou 200 dias para liberar o empréstimo. Por isso a inadimplência é zero”.

Fonte: Brasil 247

Biden critica "visão sombria" de Trump e promete continuar campanha

 

Presidente dos EUA também prometeu derrotar o rival republicano Trump nas urnas

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden 16/07/2024 (Foto: REUTERS/Tom Brenner)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou o rival republicano Donald Trump por ter uma "visão sombria" para os Estados Unidos e disse que estava ansioso para voltar à campanha na próxima semana e vencer nas urnas em novembro.

"A visão sombria de Donald Trump para o futuro não é o que somos como americanos. Juntos, como um partido e como um país, podemos e vamos derrotá-lo nas urnas. Estou ansioso para voltar à campanha na próxima semana para continuar expondo a ameaça da agenda do Projeto 2025 de Donald Trump", disse Biden em uma declaração após a Convenção Nacional Republicana. 

Um comitê do Partido Democrata se reunirá nesta sexta-feira (19) para discutir um processo de votação virtual para antecipar a indicação oficial de Biden, de 81 anos, antes da convenção presencial do partido, que começa em 19 de agosto em Chicago.

Não está claro como o processo de indicação se desdobraria se Biden abandonasse sua candidatura à reeleição em meio a dúvidas sobre sua agudeza mental. Biden está isolado desde que testou positivo para Covid nesta semana. 

Trump, de 78 anos, aceitou a indicação do Partido Republicano esta semana em Milwaukee, discursando para uma plateia entusiasmada na quinta-feira. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Reuters

TV 247 lança novo documentário sobre a "Abin paralela", o gabinete do ódio e o evento de Juiz de Fora; saiba como apoiar


Trabalho será realizado pelo jornalista Joaquim de Carvalho, um dos finalistas do prêmio iBest 2024

Novo documentário da TV 247 (Foto: Divulgação)

Na última quarta-feira, o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência, prestou um depoimento de quase sete horas à Polícia Federal, em que culpou seus assessores pelas atividades ilegais de espionagem de ministros do Supremo Tribunal Federal, políticos e jornalistas, assim como pela produção de dossiês que alimentavam o chamado "gabinete do ódio" bolsonarista.

Um desses assessores, chamado Marcelo Bormevet, foi preso no último dia 11 de julho, quando a Polícia Federal deflagrou a 4ª fase da Operação Última Milha, cumprindo mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, nas cidades de Brasília/DF, Curitiba/PR, Juiz de Fora/MG, Salvador/BA e São Paulo/SP. O objetivo da operação era desmantelar uma quadrilha que utilizou a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar adversários do ex-presidente Jair Bolsonaro e para produzir dossiês utilizados no gabinete do ódio chefiado por Carlos Bolsonaro, um dos filhos do ex-presidente.

Preso na operação, Bormevet desempenhou um papel central no chamado "evento de Juiz de Fora", que ocorreu no dia 6 de setembro de 2018 e mudou o destino do Brasil. Aquela data entrou para a história do Brasil como a data em que Adélio Bispo de Oliveira teria esfaqueado Jair Bolsonaro, permitindo ao candidato de extrema-direita não participar de debates eleitorais que poderiam demonstrar sua incapacidade para o cargo. Ao mesmo tempo, tal evento criou o "mito" do político que estava disposto a se sacrificar pelo Brasil, o que pavimentou seu caminho ao poder.

Foi Bormevet quem montou a estrutura de segurança paralela do então candidato, muito embora não tivesse atribuição para isso. Uma estrutura de segurança que, obviamente, falhou, uma vez que teria sido violada por um indivíduo com problemas mentais, que teria sido capaz de furar o cerco de seguranças e desferir um ataque contra o então candidato A despeito de sua "falha", Bormevet se tornou homem de confiança da família Bolsonaro. A tal ponto conseguiu indicar o hoje deputado Alexandre Ramagem para ser diretor da Abin no governo Bolsonaro. E Ramagem, por sua vez, o indicou como chefe do Centro de Inteligência Nacional do órgão.


Agora na mira da Polícia Federal, Ramagem culpa Bormevet, mas esta história precisa ser contada para que o Brasil conheça toda a verdade sobre o que ocorreu na "Abin paralela", denunciada pelo ex-ministro Gustavo Bebianno, no "gabinete do ódio" e também no "evento de Juiz de Fora", ocorrido em 6 de setembro de 2018.

Para realizar esta missão, não há ninguém mais capacitado do que o jornalista Joaquim de Carvalho, editor especial da TV 247, que já produziu documentários, com milhões de visualizações, sobre o caso Adélio e a máquina de fake news do bolsonarismo. Neste novo trabalho, Joaquim de Carvalho, que é também finalista do prêmio iBest, voltará a Juiz de Fora e mergulhará a fundo em todas as investigações conduzidas pela Polícia Federal sobre estes episódios ainda nebulosos da história do Brasil. Você pode apoiar a realização deste trabalho no link catarse.me/espionagem ou enviando um pix para pix@brasil247.com.br. Neste caso, pedimos também que envie um email para o endereço contato@brasil247.com.br para que seu nome seja incluído entre os patrocinadores do projeto. Muito obrigado!

Fonte: Brasil 247