sexta-feira, 19 de julho de 2024
Lula critica ausência de Tarcísio em evento em SP: 'temos que governar juntos'
Após pane cibernética, passageiros em aeroportos pelo mundo exibem cartões de embarque escritos à mão: “obrigado, Microsoft”
Além de voos, o incidente também prejudicou serviços bancários e de comunicação
Após um apagão cibernético prejudicar voos em vários lugares do mundo nesta sexta-feira (19), passageiros em aeroportos publicaram nas redes sociais fotos de cartões de embarque escritos à mão.
“A interrupção da Microsoft/CrowdStrike derrubou a maioria dos aeroportos da Índia. Recebi meu primeiro cartão de embarque escrito à mão hoje ”, escreveu Akshay Kothari, que tinha um voo entre as cidades indianas de Hyderabad e Calcutá.
O problema estaria relacionado a sistemas que utilizam Windows na empresa CrowdStrike, uma fornecedora de serviços de segurança digital. O incidente também prejudicou serviços bancários e de comunicação.
Um estudante de medicina da Malásia que tinha um voo pela FireFly publicou no X: “Cartão de embarque manuscrito. Obrigado, Microsoft”.
Em outro aeroporto, um passageiro da Ryanair, empresa low cost de aviação, escreveu:
“Embora tenhamos medo de que os robôs tomem conta de nós, o que conseguimos foi um cartão de embarque parecido com a passagem de ônibus dos anos 90”, disse o turco Tufan Poyraz.
Passageiro da Ryanair, empresa low cost de aviação, exibe cartão de embarque manual após apagão cibernético — Foto: Reprodução/Redes sociais
Os relatos são principalmente da companhia aérea IndiGo, da Índia, e da FireFly, da Malásia.
A IndiGo repostou um dos cartões manuais e escreveu no X: “Obrigado pela sua paciência durante a interrupção. Esperamos que a vibração retrô tenha tornado sua jornada um pouco mais memorável”.
A companhia também afirmou que lamenta o impacto nas viagens causado pela interrupção mundial do sistema. “Nossa equipe está trabalhando incansavelmente para resolver o problema e restaurar o serviço normal o mais rápido possível”.
Em um comunicado, a FireFly também pediu desculpas pelo incoveniente, agradeceu a paciência e disse que sua equipe está trabalhando para resolver o problema o quanto antes.
Veja outros relatos:
‘Tela azul’: entenda a interrupção cibernética
A empresa estadunidense CrowdStrike informou que sua ferramenta, chamada Falcon, que serve para detectar possíveis invasões hackers, teve um problema na atualização (update) de software.
Especialistas suspeitam que esse erro no update foi responsável pelo apagão que ocorreu em todo o mundo.
Um dos clientes impactados pela falha foi a Microsoft, que teve todos os seus serviços interrompidos. Usuários em todo o mundo relataram nas redes sociais que, ao ligar o computador, o sistema Windows travou, exibindo “tela azul”.
Isso se deu porque a Microsoft tem um software de computação em nuvem (ou “cloud”, em inglês) chamado Azure, que usa a ferramenta Falcon.
Computação em nuvem é um serviço de armazenamento usado por empresas de vários setores para hospedar grandes informações, como dados de clientes, por exemplo. Além da Microsoft com a Azure, outras gigantes da tecnologia, como Google e Amazon, oferecem soluções em cloud a outras companhias.
A dona do Windows afirmou por volta das 8h10 (horário de Brasília) que a falha já havia sido resolvida, mas que problemas residuais ainda poderiam ocorrer. Os aplicativos Teams, PowerBI e Fabric, por exemplo, apresentavam instabilidade até a última atualização desta reportagem.
Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.
Eleições em São Paulo: Nunes tem 26,9%, seguido por Boulos com 24,7%, em situação de empate técnico, diz Paraná Pesquisas
Datena figura com 11,6%, seguido por Pablo Marçal com 10,9% e Tabata Amaral com 6,4%.
O atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), lidera as intenções de voto para o primeiro turno das eleições municipais, com 26,9%, conforme pesquisa do instituto Paraná Pesquisas divulgada nesta sexta-feira (19). O pré-candidato Guilherme Boulos (PSOL) aparece logo atrás, com 24,7%. A margem de erro é de 2,6 pontos, o que configura um empate técnico.
No cenário que inclui mais candidatos, José Luiz Datena (PSDB) figura com 11,6%, seguido por Pablo Marçal (PRTB) com 10,9% e Tabata Amaral (PSB) com 6,4%. Outros nomes mencionados são Marina Helena (Novo) com 3,6% e Kim Kataguiri (União Brasil) com 2,4%.
A pesquisa também registrou intenções de voto para João Pimenta (PCO) com 0,9%, Altino (PSTU) com 0,3%, Ricardo Senese (UP) com 0,3% e Fernando Fantauzzi (DC) com 0,2%.
Realizada entre os dias 14 e 17 de julho, a pesquisa ouviu 1.500 eleitores paulistanos. A margem de erro é de 2,6 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.
Fonte: Agenda do Poder com informações da CNN Brasil
Com base em decisão de Toffoli, 13ª Vara de Curitiba tranca ação da Lava Jato contra Marcelo Odebrecht
Decisão do STF pode favorecer quem provar que foi coagido para firmar acordos de delação premiada
Com base em uma decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), a 13ª Vara Federal de Curitiba trancou, nesta sexta-feira (19), uma ação penal da operação Lava Jato contra o executivo Marcelo Odebrecht.
Em 2016, o então juiz Sergio Moro havia condenado Marcelo Odebrecht a 19 anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Além dele, foram condenados ex-diretores da Petrobras, como Paulo Roberto Costa e Renato Duque; o ex-gerente Pedro Barusco; ex-executivos da empreiteira, incluindo Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, Cesar Ramos Rocha, Marcio Faria da Silva e Rogerio Santos Araujo; e o doleiro Alberto Youssef.
Toffoli, em decisão proferida em maio de 2024, anulou todos os atos praticados pela Lava Jato contra Odebrecht e ordenou o trancamento de todos os procedimentos penais instaurados contra ele, mantendo apenas o acordo de colaboração premiada.
Segundo Toffoli, os procuradores da Lava Jato e Sergio Moro atuaram em conjunto, ignorando o devido processo legal e os direitos de defesa, em busca de objetivos pessoais e políticos.
Com base nesta decisão, o juiz Guilherme Roman Borges intimou o Ministério Público Federal (MPF) e a defesa de Odebrecht a se manifestarem. O MPF pediu para aguardar o julgamento do agravo regimental, no qual a Procuradoria-Geral da República solicita a revisão da decisão de Toffoli.
Contudo, a defesa, representada pelo escritório Sanz Advogados, argumentou que a decisão deveria ser cumprida imediatamente, pois não havia efeito suspensivo no agravo regimental. O juiz aceitou os argumentos da defesa e determinou o cumprimento imediato da decisão de Toffoli.
Toffoli vê “verdadeiro conluio” para inviabilizar defesa
Toffoli destacou que Moro e os procuradores agiram em “verdadeiro conluio” para inviabilizar a defesa de Odebrecht, chegando a ameaçar parentes e exigir a renúncia ao direito de defesa para obter liberdade. Os diálogos entre Moro e os procuradores, apreendidos na “operação spoofing”, mostraram a parcialidade do ex-juiz, revelando um padrão de conduta condenável durante os anos de Lava Jato.
A decisão de Toffoli pode se estender a outros delatores e delatados da empreiteira, desde que provem que foram coagidos a firmar acordos de colaboração premiada ou prejudicados por violações de direitos. Essa decisão pode representar um golpe significativo na Lava Jato, conforme avaliado por advogados ouvidos pela revista eletrônica Consultor Jurídico.
Fonte: Agenda do Poder com informações do Consultor Jurídico
PF não ficou convencida com respostas de Ramagem em interrogatório
Investigadores desconfiam da informação de que reunião foi gravada com consentimento de Bolsonaro
As respostas fornecidas pelo deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), durante um interrogatório na última quarta-feira, não convenceram a Polícia Federal.
pós sete horas de questionamentos, abrangendo 130 perguntas, os investigadores concluíram que as declarações de Ramagem divergem das provas e evidências coletadas no inquérito sobre a “Abin Paralela”, informa Bela Megale, em O Globo.
Uma das afirmações mais controversas de Ramagem foi a de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria solicitado que ele gravasse uma reunião com advogadas. A reunião discutia estratégias para proteger o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das rachadinhas.
A Polícia Federal considera improvável que alguém gravasse voluntariamente uma conversa onde potenciais crimes foram cometidos, aumentando a desconfiança em relação às declarações de Ramagem.
Atualmente, os investigadores estão analisando o computador de Ramagem, onde o áudio da reunião estava armazenado. Eles buscam por novas gravações que possam esclarecer se a alegação de que o pedido de gravação partiu de Bolsonaro é verdadeira. A expectativa é que esses áudios adicionais possam fornecer uma compreensão mais clara dos acontecimentos e da veracidade das declarações de Ramagem.
Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo
Em ato pró-Ramagem, Bolsonaro volta a ligar eleições deste ano com disputa presidencial em 2026: “Onde está o PT tem desgraça”
Em Campo Grande, ex-presidente também ataca Paes por ter apoio de Lula
As críticas ao governo Lula e a vinculação das eleições deste ano com a de 2026 dominaram os discursos dos bolsonaristas no ato desta sexta-feira, 19, em Campo Grande, na Zona Oeste, com Jair Bolsonaro (PL).O ex-presidente fez a fala mais incisiva desde que chegou ao Rio, para uma turnê por cinco cidades para socorrer pré-candidatos bolsonaristas a prefeito que estão atrás nas disputas.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), também foi criticado, especialmente pelo apoio de Lula à sua reeleição. Bolsonaro chamou Lula de mentiroso e disse que sua derrota em 2022 foi apenas um divórcio com a população “que não era para ter acontecido. Ele comparou o Nordeste com o Sudeste para dizer que os problemas da região seriam culpa do PT. “Onde está o PT tem desgraça, roubo e destruição da família”, afirmou. E acusou Paes de “viver aos beijos e abraços com Lula’. “Vai ter o PT do seu lado”, afirmou.
Ele conclamou os eleitores a votarem na direita em 2024. “2024 é 2026”, afirmou e pediu ao público que lute tirar votos da esquerda. “O que se constrói na política é nos município, elegendo prefeitos e vereadores que pensem como a gente”, afirmou.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também voltou a ligar as eleições de 2024 e 2026. “O resgate do Brasil passa por 2024”, afirmou, para defender que a direita tem de ocupar espaços nas prefeituras e câmaras.
Flávio citou o pré-candidato do PL à Prefeitura do Rio, Alexandre Ramagem, como mais uma vítima por apoiar Bolsonaro, em função das denúncias de que usou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para supostamente favorecer Flávio nas investigações de rachadinha em seu gabinete na Alerj.
“Quem apoia Bolsonaro toma porrada. Temos de escolher prefeito e vereador alinhados conosco” disse o senador.
Ramagem também ligou a eleição municipal com o pleito de 2026. Ele afirmou ser leal a Bolsonaro. “A direita está cada vez mais forte e unida sob a liderança do nosso eterno presidente”, disse ele, que voltou a focar nas pautas da segurança pública e de costumes. “O atual prefeito nunca fez nada pela segurança’, afirmou. Ele encerrou seu discurso dizendo que, “se a direita for forte, agora será forte em 26, e vamos eleger Bolsonaro”.
O ex-presidente chegou ao Rio na quinta-feira (19). Ele participou de atos na Tijuca e Duque de Caxias. Nesta sexta-feira (19), depois de Campo Grande, ele vai a Itaguaí e Angra dos Reis. No sábado, 20, estará em Niterói.
Fonte: Agenda do Poder
Apagão cibernético afetou voos da Azul e aplicativo do Bradesco
Problema já foi corrigido, diz empresa de segurança cibernética
O apagão cibernético global causado nesta sexta-feira (19) pela empresa de segurança cibernética CrowdStrike afetou algumas empresas brasileiras, em especial do setor aereoportuário e bancário. Há queixas de usuários de aplicativos de bancos fora do ar e de atrasos de voos, em geral por dificuldades no sistema de check-in.
A companhia aérea Azul informou que, devido à intermitência no serviço global do sistema de gestão de reservas, alguns voos podem sofrer atrasos pontuais. “A recomendação é que os clientes que possuem voo hoje, e ainda não realizaram o check-in, cheguem ao aeroporto mais cedo e dirijam-se ao balcão de atendimento da companhia.”
No Aeroporto Internacional de Brasília, administrado pela Inframerica, o impacto foi muito pouco, restrito a voos da Azul. Até as 11 horas de hoje, cinco voos da empresa decolaram com atraso. Outros três ainda se encontravam atrasados. Todos da Azul. Diante da falha no sistema, o check-in passou a ser feito de forma manual, enquanto o sistema esteve fora do ar. “Outras companhias não reportaram impacto”, informou a Inframerica.
No Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, ocorreram alguns problemas devido à intermitência no sistema de check-in. Com as empresas passando a fazer o procedimento manualmente, não houve maiores impactos, segundo a Infraero, administradora do aeroporto.
A Força Aérea Brasileira não foi afetada pelo apagão cibernético. “O sistema de controle do espaço aéreo brasileiro, incluindo todos os equipamentos e softwares utilizados pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo, permaneceu operando normalmente durante o período. Não houve impacto nos serviços de navegação aérea providos, mantendo-se o elevado nível de segurança das operações”, informou a FAB.
Aeroportos em todo o mundo, incluindo Tóquio, Amsterdã, Berlim e vários terminais espanhóis, relataram problemas em seus sistemas e atrasos. A American Airlines, a Delta Airlines, a United Airlines e a Allegiant Air suspenderam seus voos alegando problemas de comunicação.
"Uma falha de software de terceiros está afetando os sistemas de computadores em todo o mundo, inclusive na United. Enquanto trabalhamos para restaurar esses sistemas, estamos mantendo todas as aeronaves em seus aeroportos de partida", disse a United em um comunicado. "Os voos que já estão no ar continuam em seus destinos."
A Ryanair, maior companhia aérea da Europa em número de passageiros, também alertou sobre problemas em seus sistemas de reserva.
No Reino Unido, os sistemas de reservas usados pelos médicos estavam fora do ar, segundo vários relatórios de autoridades médicas no X, enquanto a Sky News, uma das principais emissoras de notícias do país, estava fora do ar, pedindo desculpas por não poder transmitir ao vivo.
Bancos
Clientes do Bradesco foram surpreendidos com uma falha no aplicativo do banco que, durante a manhã, apresentava uma mensagem dizendo que “em virtude de um apagão cibernético global, alguns canais digitais do Bradesco apresentam indisponibilidade”. O banco sugeriu, a seus clientes, que não desinstalem o aplicativo para não perderem a chave de segurança.
Em nota à imprensa, o Bradesco informou que equipes estão atuando para regularização o mais breve possível, e que seus terminais de autoatendimento funcionam normalmente.
Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a maioria das instituições financeiras brasileiras já normalizou seus serviços ainda pela manhã. “As demais estão em avançado estado de normalização e trabalhando para garantir o funcionamento de seus serviços rapidamente”, acrescentou ao informar que “alguns sistemas das instituições financeiras brasileiras chegaram a ser temporariamente afetados em diferentes escalas pela atualização do antivírus CrowdStrike, mas nada que comprometesse a prestação de serviços de forma relevante”.
O Banco Central informou que seus sistemas estão operando normalmente.
CrowdStrike
A CrowdStrike é uma empresa norte-americana de segurança cibernética. Ela divulgou uma nota na qual assume a responsabilidade pelo apagão cibernético que afetou diversas empresas e serviços em diversos países.
De acordo com o CEO da CrowdStrike, George Kurtz, o problema já foi “identificado, isolado e uma correção foi implantada”.
O incidente decorre de uma atualização de conteúdo para computadores com o sistema operacional Windows, da Microsoft, relacionados ao sensor Falcon. Em consequência, o computador trava e aparece a chamada “tela azul da morte”, que indica que há problemas com o computador.
“A CrowdStrike está trabalhando ativamente com clientes afetados por um defeito encontrado em uma única atualização de conteúdo para hosts Windows. Os hosts Mac e Linux não são afetados."
"Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético. O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implantada.”, informou por meio das redes sociais o CEO da CrowdStrike.
George Kurtz sugeriu a seus clientes que acessem o portal de suporte da empresa para obter as atualizações mais recentes. “Recomendamos, ainda, que as organizações garantam a comunicação com os representantes da CrowdStrike por meio de canais oficiais. Nossa equipe está totalmente mobilizada para garantir a segurança e estabilidade dos clientes CrowdStrike”, acrescentou.
Edição: Maria Claudia
Fonte: Agência Brasil