sexta-feira, 19 de julho de 2024

Inquérito das joias provoca racha na defesa de Bolsonaro

 Os advogados do ex-mandatário, Fabio Wajngarten e Frederick Wassef, entraram em atrito no caso da venda ilegal de joias


A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está em um racha no inquérito que investiga a venda de joias recebidas da Arábia Saudita.


O atrito ocorre entre Fabio Wajngarten e Frederick Wassef. O primeiro deles foi chefe da Secom (Secretaria de Comunicação) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e é um dos advogados constituídos para defender o ex-presidente no inquérito que apura esquema de venda de joias que Bolsonaro recebeu de presente da Arábia Saudita. Wassef, por sua vez, é defensor da família Bolsonaro em outros processos há anos, mas não tem procuração para representar o ex-presidente formalmente no caso das joias sauditas.


Nos bastidores, desentendimentos envolvem acusações de traição. Wajngarten é acusado de vazar informações das investigações para a imprensa, usar o caso das joias para se promover e aproveitar seu registro na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para se proteger atrás de suas prerrogativas de advogado. Em uma conversa no WhatsApp, tornada pública pelo ministro Alexandre de Moraes, Wassef disse que Wajngarten estaria “atirando nas costas” de Bolsonaro.


Demais advogados de Bolsonaro procuram se afastar de conflitos. Reportagem do portal UOL apurou que as discussões entre Wajngarten e Wassef têm causado desconforto no restante da equipe de defesa do ex-presidente no caso das joias — o grupo é comandado pelo advogado Paulo Amador da Cunha Bueno. A equipe nega relação com Wassef e busca não se envolver nos atritos para preservar as estratégias para defender Bolsonaro.


Ex-presidente é próximo de Wassef e o consultou para tentar ficar com joias. Mensagens interceptadas pela PF mostram que, no dia 7 de março de 2023, Bolsonaro enviou trechos de um acórdão do TCU (Tribunal de Contas da União) a Wassef e questionou, em áudio enviado pelo WhatsApp, se havia possibilidade de incorporação das joias recebidas por ele da Arábia Saudita. Na ocasião, o tenente-coronel Mauro Cid havia dito que Bolsonaro recebeu pessoalmente um segundo kit de joias de uma comitiva do ex-ministro Bento Albuquerque.


“Você [Wassef] que é advogado aí, dá uma olhada nisso aí. Nós sublinhamos aí um? Pintamos de amarelo alguma coisa. Pelo que tudo indica, nós temos o direito de ficar com o material. Dá uma olhada aí”, disse Jair Bolsonaro, em áudio a Frederick Wassef.


Conversa com Bolsonaro também teve debate sobre nota de defesa. As horas seguintes à consulta do ex-presidente a Wassef tiveram ao menos sete ligações entre os dois, além do envio de várias versões de uma nota de defesa para decidir o texto definitivo. Oficialmente, Wassef só representa Bolsonaro em uma ação no STJ. Essa ação foi movida pela OAB em favor de Zanone Manuel de Oliveira Júnior, ex-advogado de Adélio Bispo, autor da facada em Bolsonaro.

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Imagem: Reprodução/Polícia Federal


A Wajngarten, Wassef se queixou por nota de defesa não ter nome dele. Enquanto Wassef falava com o ex-presidente, ele também trocou mensagens com o ex-chefe da Secom. Nessas conversas, os dois discordaram sobre a forma de defender o ex-presidente. “Se o [Mauro] Cid já falou, para quê a nota?”, perguntou Wajngarten. Na sequência, ele enviou uma versão do texto sem a assinatura de Wassef, que se queixou do fato de seu nome não estar na nota — Wassef também cobrou Wajngarten pelo texto não ter saído na imprensa.

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Imagem: Reprodução/Polícia Federal
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Imagem: Reprodução/Polícia Federal


Wajngarten disse que Wassef e assessor de Bolsonaro “contaminavam tudo”. O comentário foi feito pelo ex-Secom em conversa com Mauro Cid. Na conversa, eles estavam organizando as viagens para recuperar os itens do kit de joias em ouro branco que o ex-presidente ganhou, mas tinham sido vendidos em 2022. Wajngarten criticou Wassef e Marcelo Câmara, que era assessor pessoal de Bolsonaro.

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Imagem: Reprodução/Polícia Federal


À PF, Wassef atribuiu a Wajngarten operação para recomprar relógio Rolex. Em seu depoimento, ele afirmou que partiu de Wajngarten o pedido para recomprar o item de luxo e que, inclusive, ele teria prometido devolver o dinheiro da recompra para Wassef.


Wassef fez insinuação sobre patrimônio de Wajngarten ao depôr para a PF. Ele foi ouvido no dia 31 de agosto de 2023 e disse que o ex-titular da Secom teve “recente crescimento patrimonial”. Por isso, Wanjgarten teria condições de reembolsá-lo pela recompra do relógio.

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Imagem: Reprodução/Polícia Federal

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Imagem: Reprodução/Polícia Federal


Para a PF, Wajngarten atuou na operação para trazer de volta ao Brasil o kit “ouro rosé”. Já Wassef ficou responsável pela recompra do Rolex nos EUA. Ao final do inquérito, os dois advogados foram indiciados por associação criminosa e lavagem de dinheiro. Agora, cabe à PGR (Procuradoria-Geral da República) analisar as provas do inquérito e decidir se denuncia eles ou não.


À reportagem, Wanjgarten minimizou as divergências. “O dr. Frederick Wassef possui longo histórico de prestação de serviços advocatícios para a família Bolsonaro e permanece como advogado em vários casos. A antiguidade do relacionamento dele, sendo apoiador de primeira hora do Presidente, não pode ser desprezada”, disse o ex-chefe da Secom.


Fonte: Agenda do Poder com informações do UOL.

Ex-advogada de Flávio rebate falas de Ramagem e diz que ele deveria revelar publicamente de que “crime” suspeitava ao gravar reunião

 Juliana Bierrenbach afirma que não foi ao encontro com objetivo de propor algo ilícito sobre defesa de Flávio, conforme alegou o ex-chefe da Abin

Juliana Bierrenbach, ex-advogada de Flávio Bolsonaro, afirma que não foi até Brasília para a reunião com Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem e Augusto Heleno, em agosto de 2020, para apresentar nenhuma proposta ilícita relativa à defesa do senador no caso das “rachadinhas”, informa o colunista Lauro Jardim, do jornal O GLOBO.


A versão refutada por ela foi apresentada por Ramagem à PF, em depoimento prestado ontem. Aos investigadores, o ex-chefe da Abin disse que registrou o encontro em áudio para proteger o então presidente de eventuais ilegalidades sugeridas pela defesa de Flávio. Àquela altura, o “Zero Um” era representado, além de Juliana, por Luciana Pires, também presente na reunião, e por Frederick Wassef, ausente na ocasião.


Diz Juliana, em resposta a Ramagem:


— Eu não tinha nada para fazer naquela reunião a não ser apresentar a minha investigação a respeito da Receita Federal (…) Estou bastante curiosa pra descobrir quais são as propostas ilícitas que o Ramagem esperava ouvir na reunião. Ele deveria dizer publicamente de quem viriam, e quais seriam.


Ao falar publicamente sobre o episódio pela primeira vez, num vídeo publicado na segunda-feira, Ramagem afirmou teria feito a gravação com o aval do Bolsonaro, diante da preocupação de uma pessoa supostamente ligada a Wilson Witzel, desafeto do chefe, apresentar ao grupo uma “proposta nada republicana” para livrar Flávio das investigações. Juliana se defende:


— Jamais tive qualquer contato nem com Wilson Witzel, nem com nenhum dos governadores do Rio.


A preocupação de Ramagem, de fato, não era relativa à Juliana, mas à Luciana Pires. A criminalista fazia a defesa de Flávio no TJ do Rio e vinha rivalizando com Wassef, responsável por representar o senador em Brasília. Teria partido de Wassef o “alerta” que levou Ramagem a ligar o gravador.


Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo

Ramagem é questionado sobre motivação da gravação, mas não responde

 

Silêncio foi a estratégia de Alexandre Ramagem ao ser questionado pelo jornalista Guilherme Amado sobre motivações da gravação

Alexandre Ramagem (Foto: Agencia Brasil-EBC)

Silêncio foi a estratégia de Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) alvo da Polícia Federal (PF),  ao ser questionado pelo jornalista Guilherme Amado, em sua coluna no Metrópoles, sobre sua versão de que gravou escondido uma reunião no Planalto em 2020 para evitar um crime contra Jair Bolsonaro. Para não ser taxado como um traidor, ele alega que não confiava em uma das advogadas presentes na reunião e por isso teria usado a ferramenta. O argumento é considerado frágil pela cúpula bolsonarista.

“A coluna perguntou a Ramagem que outras providências o então chefe da Abin tomou ao receber o alerta de um possível crime no gabinete presidencial; se Ramagem notificou a PF, a Procuradoria-Geral da República, o Gabinete de Segurança Institucional e a própria Abin sobre o episódio; se Ramagem teve receio de uma nova proposta ilegal depois da reunião; e no que consistiria o alegado crime. Ramagem não respondeu”, informa o jornalista. 

Saiba mais - O ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) atribuiu a dois ex-assessores a responsabilidade pelo funcionamento da chamada “Abin paralela”, que teria monitorado ilegalmente ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), políticos, jornalistas, opositores e críticos durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Segundo a coluna do jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo, às declarações foram feitas à Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (17), no âmbito do inquérito que apura o suposto esquema de monitoramento ilegal feito por agentes da Abin.

“Ao tentar se esquivar de responsabilidade pela estrutura clandestina, Ramagem indicou os nomes do policial federal Marcelo Araújo Bormevet e do sargento do Exército Giancarlo Gomes Rodrigues - ambos presos desde quinta-feira, 13, na Operação Última Milha”, destaca um trecho da reportagem. Durante o depoimento, Ramagem foi submetido a mais de 100 perguntas.

Um dos tópicos abordados foi o áudio divulgado na segunda-feira (15), no qual o atual deputado federal e pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro orienta a defesa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-mandatário, sobre a melhor forma de questionar a conduta dos auditores fiscais que elaboraram o relatório de inteligência que colocou Flávio na mira das investigações de um suposto esquema de “rachadinha” em seu gabinete na época em que ocupava uma cadeira de deputado estadual pelo Rio de Janeiro.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

O que é CrowdStrike, possível responsável pela pane virtual global

 

Pane em sistemas de computadores, supostamente ligada à Microsoft, causou transtornos em diversas indústrias

(Foto: REUTERS/Mike Blake)

A interrupção global dos sistemas de tecnologia registrada em todo o mundo parece resultar de um problema com a empresa de segurança cibernética CrowdStrike, disseram especialistas do setor à CNN Brasil. O Microsoft Windows está entre seus clientes.

O CrowdStrike é uma empresa de cibersegurança que se especializa em fornecer soluções de proteção contra ameaças digitais e ataques cibernéticos. Fundada em 2011, a empresa é conhecida por seu software de proteção de endpoints baseado em nuvem, que ajuda organizações a detectar e responder a ameaças de forma proativa.

Saiba mais - Na sexta-feira, uma pane em sistemas de computadores, supostamente ligada à Microsoft, causou transtornos em diversas indústrias. Voos nos Estados Unidos foram cancelados, transmissões de televisão no Reino Unido foram interrompidas e as telecomunicações na Austrália foram afetadas. A Microsoft informou por meio da plataforma X que estava trabalhando para "minimizar o impacto de maneira acelerada". Usuários do Microsoft em todo o mundo, incluindo bancos e companhias aéreas, relataram interrupções generalizadas na sexta-feira, algumas horas após a empresa de tecnologia declarar que estava corrigindo gradativamente um problema que afetava o acesso aos aplicativos e serviços do Microsoft 365. A causa, a natureza exata e a escala da interrupção permaneciam incertas, de acordo com informações do serviços News Wires.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

“Não vamos ganhar as eleições com o gabinete do amor, precisamos ter campanhas eleitorais de combate”, diz Pomar

 

Historiador comenta desafios do governo nas próximas eleições municipais

Valter Pomar e Lula (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Ricardo Stuckert/PR)

Em entrevista ao programa Contramola da TV 247, o historiador e analista político Valter Pomar destacou a necessidade de uma abordagem mais agressiva nas campanhas eleitorais e na comunicação do governo para enfrentar a atual conjuntura política. Segundo Pomar, a manutenção da popularidade do governo e do presidente está aquém do necessário para garantir estabilidade e avanços significativos.

“A gente, com essa política feijão com arroz, temos conseguido manter o patamar de popularidade do governo e do presidente, mais ou menos no mesmo nível desde março de 2023, isso é insuficiente, a gente precisa dar um salto em termos de popularidade, em termos de apoio e termos de engajamento. As pesquisas indicam que a gente está um pouco abaixo da onde a gente estava em março de 2023, e quando eu olho a situação internacional, eu chego à mesma conclusão, essa política que eu estou chamando de feijão com arroz, ela não dá conta de proteger o país desse ambiente que a gente está vivendo, as duas coisas indicam para nós que a gente precisa ter uma política mais arrojada.”

Para Pomar, a comunicação é um ponto crucial que precisa ser abordado com maior intensidade pelo governo. Ele observa que a visibilidade do presidente Lula e suas declarações firmes em certos momentos tiveram efeitos positivos, mas que é necessário um esforço mais amplo e consistente.

“O que é uma política mais arrojada? Em primeiríssimo lugar, não por ordem de importância, mas por ordem da capacidade de fazer, tem a área da comunicação. A gente comentava, o que que aconteceu de positivo para justificar essa melhoria? Teve algum fato objetivo? Não, teve um fato subjetivo: o Lula apareceu mais, falou mais, e disse coisas duras contra a taxa de juros, contra o presidente do Banco Central, contra os inimigos do povo. Isso politiza as pessoas, isso tem efeito. Só que o Lula é uma voz, a gente precisa ter um trombone imenso, que depende de ter meio de comunicação, uma política de comunicação à altura, e nós não temos, já estamos indo para o final do segundo ano de governo, é um desastre isso.”

Sobre as campanhas eleitorais municipais, Pomar enfatizou que a extrema direita está disposta a politizar fortemente suas campanhas, e que o governo precisa adotar uma postura combativa para contrapor essa estratégia e mostrar os riscos que o país enfrenta.

“Segundo ponto: a gente precisa ter uma campanha eleitoral dos municípios que seja muito politizada, a extrema direita vai fazer isso. Essa ideia de que a gente vai ganhar as eleições com o gabinete do amor não emplaca, sinceramente, a gente precisa ter campanhas eleitorais de combate, que mostrem para as pessoas o risco que o país está correndo. Não dá para só fazer discurso positivo. Precisa ter campanhas eleitorais com muito engajamento político e com muita politização. Precisa que o governo tome partido em questões essenciais.” 

Assista:

Fonte: Brasil 247

"Situação jurídica de Bolsonaro é cada vez mais delicada", diz Pedro Serrano

 

Jurista comenta implicações jurídicas de áudio revelando tentativa de intervenção em investigações contra Flávio Bolsonaro



Em entrevista ao programa Boa Noite 247, o jurista Pedro Serrano comentou sobre os áudios divulgados recentemente que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro. A gravação de agosto de 2020 revela a disposição de Bolsonaro em interceder junto aos chefes da Receita Federal e do Serpro para tentar anular as investigações de "rachadinha" contra seu filho, Flávio Bolsonaro. A reunião, gravada pelo ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, contou com a presença de Bolsonaro, Ramagem, o então ministro-chefe do GSI, general Augusto Heleno, e as advogadas de Flávio, Luciana Pires e Juliana Bierrenbach.

Pedro Serrano destacou a gravidade dos áudios: "É um indício muito forte de participação do presidente nesse engendramento todo, houve crimes nesses ilícitos do ex-presidente. É um indício forte, óbvio que vai ter que ver o conteúdo geral, como é que coincide com as provas do processo".

O jurista criticou a divulgação dos áudios no atual momento, afirmando que isso pode prejudicar as investigações: "A única coisa que eu tenho a criticar é a divulgação, não acho que era o momento de divulgar, estão divulgando muito, isso é ruim para as investigações. Achei muito grave e inadequado ter divulgado agora, mas o conteúdo é muito pesado".

Sobre as implicações jurídicas para Bolsonaro, Serrano foi direto: "Do ponto de vista jurídico, estritamente técnico, Bolsonaro está numa situação muito difícil". 

O áudio divulgado é parte da investigação da Polícia Federal sobre a "Abin paralela" no governo Bolsonaro e foi liberado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Nele, Bolsonaro mencionou conversar com Gustavo Canuto, então presidente do Dataprev, e com o secretário da Receita, José Barroso Tostes Neto, sobre a apuração dos dados fiscais de Flávio. A Receita mobilizou uma equipe para investigar a alegação, mas concluiu pela improcedência das teses. Além disso, o ex-presidente mencionou uma suposta proposta do então governador do Rio, Wilson Witzel, de uma vaga no STF em troca de resolver o caso de Flávio.

A divulgação dos áudios coloca em evidência as tentativas de interferência de Bolsonaro em processos investigativos, agravando sua situação jurídica e política. 
Assista:

Fonte: Brasil 247

"Se Bolsonaro não for preso dentro de 60 dias, ele não será mais", diz Fernando Horta

 

Historiador Fernando Horta avalia que o STF dificilmente colocará na cadeia um aliado de Donald Trump

Fernando Horta e Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação | Reuters/Carla Carniel)

O historiador Fernando Horta, em entrevista ao Programa Brasil Agora, da TV 247, fez uma análise da situação política do ex-presidente Jair Bolsonaro e as possíveis repercussões das eleições norte-americanas no Brasil. Horta destacou que, em sua visão, há um prazo crítico para a prisão de Bolsonaro. "Se Bolsonaro não for preso dentro de 60 dias, ele não será mais", afirmou. Ele explicou que "o STF dificilmente prenderá um aliado de Donald Trump, caso o republicano se eleja".

Comentando sobre os círculos próximos a Bolsonaro, Horta afirmou: "Os círculos internos de Jair Bolsonaro esperam não apenas o perdão judicial, como a devolução dos direitos políticos do ex-presidente". Ele ainda acrescentou que "Bolsonaro já vinha se recusando a passar o bastão – e agora vai se recusar ainda mais".

Horta também mencionou o impacto do escândalo envolvendo a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). "O escândalo da Abin paralela mostrou que ele só pode confiar no núcleo da família", disse.

Sobre a política internacional, Horta destacou possíveis mudanças com um novo governo Trump. "Trump vai moderar o discurso se todos os seus processos forem retirados", opinou. Ele acredita que "um novo governo Trump seria menos tóxico do que o de Biden" e que "eles provavelmente elegerão um novo inimigo, que será a China".

Na América Latina, Horta acredita que um novo governo Trump "tentará reabilitar toda a extrema-direita na América Latina". Ele também previu que "com Trump no poder, Bolsonaro poderá ser candidato em 2026 – e com boas chances". 
Assista: 

Fonte: Brasil 247

"Tudo indica que Lula foi um prisioneiro do Império durante a Lava Jato", diz Fernando Morais

 

Escritor teve acesso a milhares de documentos produzidos pelo governo estadunidense sobre o presidente Lula

Lula e Fernando Morais (Foto: Ricardo Stuckert)

O escritor Fernando Morais, biógrafo do presidente Lula, revelou em entrevista ao programa Boa Noite 247 como teve acesso a milhares de documentos produzidos pelo governo estadunidense sobre o líder brasileiro. Morais utilizou a Lei de Acesso à Informação norte-americana (Freedom of Information Act – FOIA) para obter 613 relatórios que detalham o monitoramento dos Estados Unidos sobre Lula ao longo das últimas décadas.

"É uma alegria desenterrar esse material", celebrou Morais. "Fruto de muita paciência. O trabalho do Julian Assange me seduziu e fui pesquisar o que a lei americana me permitia fazer para obter informações secretas sobre alguém. Consegui obter 16 procurações do presidente Lula quando ele ainda estava na prisão para buscar informações nos Estados Unidos. Consegui um pesquisador interessado nessa área nos Estados Unidos", revelou.

Morais destacou que desde o início já havia uma preocupação dos Estados Unidos com a expressão do Brasil e com a questão do petróleo. "Eles também mostram preocupação com a relação do presidente Lula com a Rússia e países do Oriente Médio. Ainda não é possível saber se é informação diplomática ou de agentes, mas tudo indica que o presidente Lula foi um prisioneiro do Império durante a Lava Jato. Mas os indícios apontam nessa direção", afirmou Morais.

Segundo o jornalista, são mais de 3 mil páginas que revelam uma grande preocupação com o tema do petróleo. "Tenho quase absoluta certeza de que o presidente Lula foi espionado quando presidente e continua sendo espionado. Acredito que o presidente pode estar sendo monitorado ainda hoje", disse Morais.

Governo Lula 3

Para o biógrafo, a política externa do atual governo é um exemplo para as futuras gerações. "A coragem do Lula de ter a sua posição sobre a guerra na Ucrânia e sobre o massacre israelense em Gaza já seria suficiente para justificar o meu voto. O inimigo do Brasil hoje é o capital financeiro. A família Marinho e as Organizações Globo são inimigos do Brasil e assim devem ser tratados. Um bom modo para o ex-juiz ladrão [Sergio Moro] terminar sua carreira é a Papuda", disparou.

Os documentos obtidos por Morais devem enriquecer a segunda parte da biografia de Lula, ainda sem data de lançamento. O primeiro volume da biografia de Lula já foi traduzido para o chinês, inglês e espanhol, destacando o impacto global da trajetória do líder brasileiro. Morais também disse acreditar que o Sul Global ganhou a Guerra Fria e que os Estados Unidos querem a riqueza do Brasil. "Querem lítio, minérios. Querem nosso petróleo", afirmou. Para ele, a liderança de Lula é crucial na luta contra o imperialismo e na defesa dos interesses nacionais. 
Assista:

Fonte: Brasil 247

Confiança dos microempreendedores com a economia melhora, aponta estudo do Sebrae e FGV

 

Indicador medido pelas instituições, IC-MEI variou positivamente 3,5 pontos, impulsionado, principalmente, pelo resultado da Indústria de Transformação

(Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

Estudo feito pelo Sebrae e Fundação Getulio Vargas (GFV) apontou que, no último mês de junho, houve uma melhora na confiança dos Microempreendedores Individuais (MEI) em comparação com o mês anterior. O IC-MEI variou, positivamente, 3,5 pontos, impulsionado, principalmente, pelo resultado da Indústria de Transformação, que cresceu 5,6 pontos, e do setor de Serviços, com crescimento de 4,3 pontos.

O Índice é elaborado a partir cruzamento entre a avaliação da situação atual e a tendência dos negócios e demanda prevista. Segundo o atual levantamento, entre os microempreendedores individuais houve uma alta de 5,3 pontos no Índice de Expectativa (variação de 124,2 pontos para 129,5), puxada, em especial, também pela elevação da expectativa dos MEI da Industria (9,5 pontos), em comparação com o mês de maio. Enquanto isso, o indicador da situação atual avançou 1,7 ponto (de 69,6 para 71,3), na média geral.

Para Décio Lima, presidente do Sebrae, a variação positiva no índice de confiança dos MEI confirma o acerto das políticas implementadas pelo governo federal, com destaque para aquelas voltadas ao segmento da Indústria. “O microempreendedor é aquele que enfrenta todas as dificuldades de um mercado econômico que foi feito para os grandes, para a acumulação das riquezas. São aqueles que enfrentam as adversidades. Desta forma, este índice de confiança é extraordinário, pois esses negócios precisam de visibilidade e, com isso, conquistar longevidade e sobrevivência das empresas. Com isso, passamos a ter a segurança necessária no ambiente de negócios proporcionada pelo presidente Lula e o vice Geraldo Alckmin. O país está no rumo certo com os índices econômicos refletindo melhora na vida dos brasileiros”, comenta.

O Sebrae é parceiro do governo federal no Programa Brasil Mais Produtivo, que somente no primeiro semestre alcançou mais de 26 mil empresas do setor da Indústria. “Aproximadamente 22 mil empresas foram orientadas pelos Agentes Locais de Inovação (ALI) em relação à produtividade, enquanto 4 mil receberam capacitações sobre transformação digital”, comenta Décio. “A retomada da indústria brasileira passa, necessariamente, pela valorização e resgate das pequenas empresas, uma vez que elas representam 95% do setor”, acrescenta.

Fonte: Brasil 247

Companhias aéreas brasileiras orientam passageiros após falha global em sistemas de reservas; saiba o que fazer

 

Azul alerta para possíveis atrasos, enquanto Gol e Latam monitoram situação sem impactos significativos até o momento; ministro descartou falhas

(Foto: Giuliana Miranda)

Companhias aéreas brasileiras emitiram orientações aos passageiros após uma falha cibernética global afetar serviços e negócios em diversos países. Embora os aeroportos brasileiros não tenham sido diretamente impactados, a Azul informou que alguns voos podem sofrer atrasos pontuais devido à intermitência no serviço global dos sistemas de gestão de reservas, destaca o jornal O Globo.

A Azul recomenda que os passageiros com voos marcados para hoje cheguem ao aeroporto mais cedo e se dirijam ao balcão de atendimento, caso ainda não tenham feito o check-in. A empresa lamentou os possíveis transtornos causados aos clientes.

Por outro lado, a Gol comunicou que seus sistemas e operações não sofreram impacto até o momento.

A Latam também relatou que sua operação não registrou impactos devido à falha nos sistemas relacionados à Microsoft em nível mundial. A companhia aconselha os passageiros a verificarem o status do voo como medida de precaução no site oficial. A Latam lamentou eventuais inconvenientes e destacou que esses são alheios à sua responsabilidade.

Apesar da ausência de impactos diretos nos aeroportos brasileiros, há preocupações de que atrasos em voos no exterior possam repercutir no Brasil devido às conexões e chegadas e partidas internacionais.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, confirmou que os aeroportos brasileiros não foram afetados pela falha que prejudicou bancos, serviços e companhias aéreas no exterior. Em uma rede social, ele declarou: "Recebemos a notícia de que companhias aéreas ao redor do mundo estão sendo afetadas em suas operações devido a um pagamento cibernético. Até o presente momento, não houve impacto significativo nas operações dos aeroportos brasileiros. Vamos continuar monitorando ao lado da @oficial_Anac para que o nosso transporte aéreo não tenha prejuízos".

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

'O problema foi identificado, isolado e corrigido', diz CEO da Crowdstrike

 

A empresa de cibersegurança foi a origem do apagão cibernético observado ao redor do mundo nesta sexta-feira

(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Reuters - A empresa de cibersegurança Crowdstrike (CRWD.O) está trabalhando ativamente com os clientes afetados por um defeito encontrado em uma única atualização de conteúdo para hosts do Windows da Microsoft (MSFT.O), disse o CEO da empresa na sexta-feira, em meio a uma grande interrupção global de tecnologia em andamento.

"Isso não é um incidente de segurança ou um ataque cibernético. O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implementada", disse George Kurtz em uma postagem na plataforma de mídia social X, acrescentando que hosts Mac e Linux não foram afetados pelo problema.

Empresas de vários setores, incluindo companhias aéreas, bancos e mídia, tiveram suas operações impactadas após a interrupção global de tecnologia, com grandes companhias aéreas dos EUA, como Delta (DAL.N) e United (UAL.O), emitindo paradas no solo.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Apagão cibernético em redes da Microsoft afeta bancos no Brasil

 

Queixas envolvem ao menos quatro bancos diferentes: Banco Pan, Bradesco, Neon e Next

Logotipo da Microsoft nos escritórios em Issy-les-Moulineaux, perto de Paris, França (Foto: Reuters/Gonzalo Fuentes)

O apagão cibernético que afetou bancos, comunicações e voos em diversos países também atingiu instituições bancárias e fintechs no Brasil. Segundo o G1, o site Downdetector, especializado em detectar problemas em plataformas online, registrou várias queixas envolvendo ao menos quatro bancos diferentes: Banco Pan, Bradesco, Neon e Next.

Diversos consumidores também se manifestaram nas plataformas digitais, informando que os apps estavam com problemas e mencionando dificuldades para acessar e efetuar pagamentos. No perfil do Bradesco no X (antigo Twitter), um comunicado orientava os usuários para que tentassem abrir o aplicativo em outro momento.

Além do Brasil, outros países também foram afetados pelo apagão cibernético. Na Austrália, o Commonwealth Bank, principal instituição financeira do país, informou que vários clientes tiveram dificuldades para realizar transferências devido à falha nos serviços.

Da mesma forma ocorreu com a Capitec, empresa sediada na África do Sul, que comunicou que transações efetuadas com cartão, nos caixas eletrônicos e em aplicativos sofreram interrupções de grande impacto e tiveram que ser restabelecidas.

Diversas mesas de negociação de petróleo e gás em Londres e Cingapura também enfrentaram dificuldades para fechar acordos devido aos problemas.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Estudo revela semelhanças entre ação do coronavírus e da esquizofrenia no cérebro

 

Pesquisa brasileira observou que microrganismo também influencia processos de envelhecimento cerebral

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Brasil de Fato - Estudiosos brasileiros da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), do Instituto D’Or de Ensino e Pesquisa e do Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais (CNPEM), que investigaram a ação do coronavírus no cérebro humano, observaram que a covid-19 tem consequências semelhantes à de distúrbios como a esquizofrenia e Alzheimer. 

Assim como nos casos dessas condições, a ação do coronavírus parece acelerar o envelhecimento cerebral e ampliar o risco de desenvolvimento de problemas como diabetes, ataques cardíacos e derrames cerebrais. 

As semelhanças surpreenderam pelas diferenças da origem de cada uma das infecções. A Covid-19 é uma doença viral, já a esquizofrenia tem bases neurológicas e hereditárias.  

Embora semelhantes na manifestação de sintomas psiquiátricos, os processos são impulsionados por mecanismos diferentes. A covid-19 tem impacto específico na neurotransmissão da serotonina e a esquizofrenia afeta o ciclo das vesículas sinápticas. 

Para chegar às conclusões, os cientistas compararam padrões de proteínas nos cérebros de pessoas que morreram em decorrência da covid-19, com pessoas diagnosticadas com esquizofrenia. As informações foram coletadas em estudos prévios e bancos de dados científicos. 

Com as descobertas promissoras, a pesquisa abre as portas para investigações mais detalhadas a respeito das consequências dessas condições. Esse processo pode levar a novas formas de tratamento e ao avanço do conhecimento sobre os temas.   

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 21 milhões de pessoas em todo o mundo têm esquizofrenia, considerada um transtorno mental grave. Já a chamada covid longa atinge entre 10 e 20% da população que foi infectada pelo coronavírus.

Edição: Nathallia Fonseca

Fonte: Brasil 247 com informações do Brasil de Fato

Pesquisa CBS mostra Trump com 52% das intenções de voto e Biden com 47%

 

Para 56% dos eleitores, Biden deveria desistir da candidatura

(Foto: Reuters)

Uma nova pesquisa da CBS News/YouGov revelou que o ex-presidente republicano Donald Trump lidera a corrida presidencial com 52% das intenções de voto entre os prováveis eleitores, informa a CartaCapital. Este levantamento foi realizado logo após o suposto atentado contra Trump em um comício na Pensilvânia.

O atual presidente, o democrata Joe Biden, possui 47% das intenções de voto, segundo a pesquisa divulgada na noite desta quinta-feira (18). Este é o maior diferencial registrado entre os dois candidatos, de acordo com o histórico das pesquisas da CBS News/YouGov. 

Biden ou Kamala Harris

Com a crescente pressão sobre Biden, a pesquisa também explorou a reação dos eleitores caso a vice-presidente Kamala Harris substituísse Biden na chapa democrata. Neste cenário hipotético, Harris obteve 48% das intenções de voto, contra 51% de Trump.

Além disso, 56% dos eleitores acreditam que Biden deveria desistir da candidatura, enquanto 44% ainda apoiam sua reeleição. Entre os eleitores democratas, 56% continuam a favor da candidatura de Biden, mas 44% consideram que ele deveria abrir espaço para outro candidato.

Metodologia 

Os dados da pesquisa refletem apenas as opiniões daqueles eleitores que pretendem comparecer às urnas, uma vez que o voto não é obrigatório nos Estados Unidos.

Para obter esses resultados, a CBS News/YouGov conduziu a pesquisa através de um formulário on-line entre os dias 16 e 18 de julho, com uma amostra representativa nacional de eleitores registrados. A margem de erro geral da pesquisa é de 2,7 pontos percentuais.

Fonte: Brasil 247 com informações da Carta Capital