sexta-feira, 19 de julho de 2024

Trump prega unidade nacional na convenção republicana e diz ter Deus com ele em primeiro discurso depois do atentado

 Republicano fez longa descrição do ataque, se apresentou como salvador da democracia mas atacou democratas


Em seu primeiro discurso após o atentado sofrido no sábado (13), Donald Trump pregou a unidade nacional, disse ser o salvador da democracia, mas repetiu ataques a democratas e acusações sem provas de fraude eleitoral na fala de encerramento da convenção republicana na noite desta quinta-feira (18), em que aceitou oficialmente a nomeação do partido.


Em uma fala de 1 hora de 32 minutos permeada por referências religiosas, o empresário disse que Deus o salvou.


Trump começou contando em detalhes os momentos que passou durante a tentativa de assassinato, dizendo que não voltaria a repetir a história por ser muito dolorosa. “Havia muito sangue e, de certa forma, eu me senti muito seguro, porque soube que Deus estava do meu lado”, disse.


“Meus apoiadores sabiam que eu estava em perigo e eles não saíram correndo”, prosseguiu, dizendo que isso evitou uma disparada e outras mortes. “Não era para eu estar aqui esta noite”, disse, levando o público a entoar “sim, é para você estar”. “Eu só estou aqui pela graça de Deus.”


Em um tom de voz abaixo do que costuma usar em comícios, Trump conjurou um clima grave e obedeceu o roteiro no início do discurso, contrastando com seu candidato a vice, J.D. Vance, que falou na quarta (17) com piadas e um estilo informal.


Ao entrar no palco, com direito a uma produção digna de uma celebridade de reality show, Trump fez todo o público levantar e gritar seu nome. Mas, com o tempo, conforme ele fugia do discurso no teleprompter, um clima de cansaço foi se espalhando, com reações mais esparsas de apoiadores.


O ex-presidente comemorou o arquivamento da ação contra ele no caso dos documentos sigilosos, elogiando a juíza Aileen Cannon, indicada por ele. “Se os democratas querem unificar o país, eles devem desistir dessa caça às bruxas pela qual passo há oito anos.”


O republicano passou por algumas de suas propostas: retomar a perfuração e exploração de petróleo sem restrições, cortes de impostos, aumento de investimentos na economia, fechar a fronteira e construir o muro —e prometeu acabar com “a invasão de imigrantes” que “mata milhares de pessoas”.


Um espectador gritou “jogue eles para fora do avião” enquanto Trump falava das dificuldades de deportar imigrantes porque os países de origem supostamente não os aceitariam de volta.


Trump, que havia prometido um discurso diferente e disse que havia sido transformado pela experiência de sábado, mostrou ser o mesmo homem com o mesmo discurso. Atacou seu adversário, dizendo que “se você juntar os dez piores presidentes da história, eles não seriam piores que Biden —só vou usar esse nome uma vez. O estrago que ele causou é impensável”, e citou estatísticas de criminalidade da Venezuela e El Salvador, sem mencionar a fonte, para dizer que a violência foi reduzida nesses países porque os criminosos estariam sendo enviados aos EUA.


Em certo ponto, Trump despertou a plateia ao falar que, diferentemente do que ocorreu nos governos Bush, Obama e Biden, a Rússia não invadiu nenhum país durante sua gestão. Entretanto, com pouco mais de uma hora de discurso, várias pessoas próxima da reportagem bocejavam, mexiam no celular e tinham uma expressão de cansaço.


Ao encerrar o discurso, Trump disse “nós vamos tornar a América grande de novo” junto do público e recebeu no palco sua esposa, Melania, e o resto da família, assim como Vance e a mulher.


“O discurso foi tudo o que eu esperava. Participei da comissão que elaborou a plataforma, era o que queríamos ouvir, e se você não entendeu, você precisa fazer aulas de inglês”, disse o delegado David Jones, do Maine. Questionado se achou que Trump está diferente, após o atentado de sábado, ele afirmou que conhece o empresário há muito tempo e que com certeza há mudanças, mas que nenhuma delas diminui o seu desejo de “tornar a América grande de novo”.


Na mesma linha, J. Paul Knight, delegado do Texas, disse que em sua visão Trump conseguiu atingir um público mais amplo com o discurso, sem abrir mão dos pontos fundamentais para republicanos e conservadores, como economia, segurança, imigração, forças armadas, China e terrorismo.


“Ele disse algumas coisas negativas sobre Biden, que precisam ser ditas, mas acima de tudo ele enfatizou uma mensagem positiva”, afirmou. Ele avalia que Trump estava mais emotivo nesta quinta-feira, após o atentado. “As vezes ele é descrito como super agressivo, mas ele falou mais com o coração, sobre a vida como algo precioso de Deus”, disse.


A fala concluiu a convenção nacional republicana, megaevento de quatro dias marcado pelo culto à personalidade do ex-presidente e por um tom religioso que refletiu o domínio quase completo que ele agora exerce sobre o partido.


Traçando a trajetória avassaladora de Trump na agremiação, alguns dos palestrantes do evento relembraram a entrada oficial do ex-presidente na política, nove anos atrás, em junho de 2015, quando gravou um vídeo anunciando que disputaria as primárias do Partido Republicano enquanto descia a escada rolante dourada da Trump Tower em Nova York.


Se na época o establishment do partido e a imprensa americana trataram o bilionário primeiro como piada e depois como zebra, há pouco espaço para risadas hoje entre os críticos de Trump que não se arrependeram. Não estiveram presentes na convenção, por exemplo, o ex-vice-presidente Mike Pence, a ex-deputada Liz Cheney e o ex-senador e ex-presidenciável Mitt Romney —todos se recusaram a embarcar nos ataques de Trump contra o sistema eleitoral e hoje estão no ostracismo político.


Os discursos que antecederam o de Trump foram dando o tom da noite, passando pelo ex-lutador de wrestling (uma luta livre encenada) Hulk Hogan, o presidente e apresentador do UFC, Dana White, e o jornalista de direita Tucker Carlson. Vários mencionaram o atentado de sábado como um milagre divino. De todos os temas tratados, questões morais despertaram uma reação muito mais efusiva da plateia do que assuntos econômicos.


Dana White apresentou Trump investindo na mensagem do ex-presidente como um amigo caloroso que pediu desculpas a White por interromper sua viagem com a família para discursar na convenção republicana.


“Eu sei por que ele se candidatou de novo. Sabemos que ele não precisa disso, ele tem uma ótima vida e uma família linda. Trump está colocando sua vida em risco porque ele ama esse país”, disse Dana. “Os EUA precisam de um líder forte e o mundo precisa dos EUA fortes.”


“Até pessoas que não acreditam em Deus devem achar que tem algo acontecendo”, disse Tucker Carlson, citando o debate e o atentado de sábado. “Deus está entre nós”, afirmou, ovacionado pelo público.


Franklin Graham, filho do famoso pastor que aconselheu presidentes Billy Graham, conduziu uma oração de agradecimento a Deus por ter salvo a vida de Trump no sábado e transformou a convenção em um culto.


“Ele não é uma ameaça à democracia. Ele é uma ameaça àqueles que desprezam nossa República”, disse Eric Trump sobre o pai, listando, entre outros, pessoas que dependem de auxílio governamental. “Nós não confiamos mais nas nossas eleições, não confiamos mais no nosso Judiciário, e não acreditamos mais que o governo trabalha a nosso favor.”


“Nossas crianças terão valores e nossas crianças acreditarão em Deus”, disse Eric, em mais uma da série de falas religiosas da noite.


Diante de toda a expectativa criada em torno do discurso de Trump, porém, a empolgação do início deu lugar a uma atmosfera mais pesada, criada pelo próprio republicano em sua posição de vítima —e salvador— maior dos EUA.


Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de São Paulo

Apagão cibernético em larga escala afeta voos, redes de televisão, bolsas de valores e outros serviços por todo o mundo

 Problema técnico afeta aeroportos em diversos países; Brasil ainda não tem registros de falhas


Diversos países reportaram problemas técnicos que afetaram redes de televisão nacionais, aeroportos internacionais, operadoras ferroviárias, bolsas de valores e outros serviços nesta sexta-feira. A autoridade nacional de cibersegurança da Austrália anunciou que várias empresas foram afetadas por um “apagão técnico em larga escala”. Companhias nos Estados Unidos, Espanha, Reino Unido, Nova Zelândia, Índia, e Holanda também reportaram dificuldade. Ainda não há informações sobre problemas no Brasil.


Segundo a Associated Press, usuários da Microsoft ao redor do mundo estão sendo afetados pelo apagão. O escritório do coordenador nacional de cibersegurança da Austrália declarou em um comunicado que o “apagão em larga escala está relacionado a um problema técnico com uma plataforma de software de terceiros, utilizada pelas empresas afetadas”.


Grandes companhias aéreas dos EUA, incluindo Delta, United e American Airlines, suspenderam todos os voos na manhã de sexta-feira, segundo a Administração Federal de Aviação (FAA). “Todos os… voos, independentemente do destino” foram suspensos devido aos “problemas de comunicação”, disse a FAA em um aviso às companhias aéreas.


Na Alemanha, o aeroporto de Berlim Brandenburg teve voos suspensos na manhã desta sexta-feira devido a um “problema técnico”. À AFP, uma porta-voz disse que “há atrasos no check-in e as operações de voo tiveram que ser canceladas”. Ela acrescentou que não poderia dizer quando seriam retomadas.


Já no Reino Unido, a maior operadora ferroviária do país enfrenta problemas informáticos “generalizados” que podem causar cancelamentos de última hora.”Estamos enfrentando problemas informáticos em toda a nossa rede”, escreveram as quatro companhias ferroviárias do grupo Govia Thameslink Railway na rede social X.


Aeroportos na Espanha, Holanda, Índia, China e França também foram afetados pela falha informática global.


Fonte: Agenda do Poder com informaçoes de O Globo e agências internacionais

Com valor de R$ 2,3 bilhões, segundo FPM do mês de julho entra nas contas nesta sexta, 19


 A segunda parcela do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) deste mês ocorrerá nesta sexta-feira, 19 de julho, e o valor deve ser de R$ 2.347.493.553,04. O montante é parte da arrecadação federal com os Impostos de Renda e sobre Produtos Industrializados (IR e IPI), nos últimos 10 dias. A retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) reduz para R$ 1.877.994.842,43.

O levantamento dos Estudos Técnicos da Confederação Nacional de Municípios (CNM) sobre o valor do fundo, transferidos três vezes no mês, aponta um crescimento de 42,10%, em relação ao mesmo período de 2023, quando o valor destinado às prefeituras foi de R$ 1,6 bilhão. Ao deflacionar o valor, retirando o efeito da inflação e comparado ao mesmo período do ano anterior, o resultado positivo do fundo fica em 36,50%. Segundo a Confederação, isso se deve ao aumento da arrecadação da base de cálculo do FPM. 

Pelo cálculos da entidade, a arrecadação da base do FPM aumentou em R$ 3,09 bilhões, no segundo decêndio de julho, passando de R$ 7,34 bilhões para R$ 10,43 bilhões. "O fator preponderante para o crescimento de 42,10% do FPM foi o aumento da arrecadação do IPI (+R$ 1,4 bilhão), calculado a partir dos produtos industrializados, e do IRPJ (+R$ 1,2 bilhão), a partir do lucro das empresas. As duas receitas, somadas, explicam 84% do aumento de FPM no período", aponta o documento.

Entre janeiro e julho, foram repassados R$ 119,1 bilhões (+13,57%) aos Entes municipais, considerando inclusive o FPM do 1% adicional de julho. No mesmo período de 2023, o montante somou quase R$ 105 bilhões. Se retirar o efeito da inflação, o crescimento real foi de 9,03%. O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, chama a atenção para o fato do fundo não ser suficiente para atender todas as demandas dos povo brasileiro, mesmo com o resultado positivo do FPM e com o aumento de receita da União. Caso contrário, mais de 40% dos Municípios não estariam no vermelho. 

"Isso não basta, é preciso resolver o problema conjuntural, que está ligado também à ampliação das competências dos Municípios, que têm a menor fatia do bolo tributário, tendo de financiar os serviços prestados à população", diz Ziulkoski sobre o aumento de decendio. Ele também orienta os gestores municipais cuidado no uso dos recursos e máxima atenção às regras eleitorais e ao devido fechamento das contas para maior segurança no fechamento dos mandatos.

Veja o levantamento completo e a previsão de repasse aos Municípios!

Fonte: Agência CNM de Notícias


TSE: um quarto do eleitorado tem entre 45 e 59 anos; veja distribuição por faixa etária

 São 155.912.680 eleitores aptos a votar em 2024, um aumento de cerca de 5% em relação a 2020

Eleitorado feminino é superior ao masculinoEleitorado feminino é superior ao masculino (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Um quarto do eleitorado apto para votar tem entre 45 e 59 anos, de acordo com informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quinta-feira (18) para as eleições municipais de 2024.

Segundo o tribunal, são 155.912.680 eleitores que podem comparecer ao pleito, significando um aumento de 5,4% em relação às eleições de 2020.

A divisão por faixa etária fica da seguinte forma:

  • 16 anos: 724.324 eleitores (mulheres: 362.094; homens: 362.230)
  • 17 anos:  1.111.757 eleitores (mulheres: 559.248; homens: 552.509)
  • 18 a 20 anos: 6.844.139 eleitores (mulheres: 3.473.655; homens: 3.370.484)
  • 21 a 24 anos: 11.484.305 eleitores (mulheres: 5.824.780; homens: 5.659.525)
  • 25 a 34 anos: 30.912.700 eleitores (mulheres: 15.876.526; homens: 15.036.173)
  • 35 a 44 anos: 31.790.037 eleitores (mulheres: 16.518.238; homens: 15.271.799)
  • 45 a 59 anos: 38.883.736 eleitores (mulheres: 20.429.061; homens: 18.450.912)
  • 60 a 69 anos: 18.951.527 eleitores (mulheres: 10.205.873; homens: 8.736.954)
  • 70 a 79 anos: 10.382.004 eleitores (mulheres: 5.769.236; homens: 4.605.900)
  • Superior a 79 anos: 4.826.663 eleitores (mulheres: 2.787.400; homens: 2.029.827)

O eleitorado feminino é superior ao masculino.

São 52% de mulheres (81.806.914) e 48% de homens (74.076.997).

Fonte: CNN Brasil

quinta-feira, 18 de julho de 2024

PGR pede ao STF abertura de inquérito contra blogueiro bolsonarista Allan dos Santos

 

O órgão pede que a Polícia Federal investigue se o blogueiro está envolvido em uma atuação coordenada para difundir informações falsas

Paulo Gonet, procurador-geral da República (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou na quarta-feira (17) uma manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando a abertura de um inquérito contra o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos. No documento, o órgão pede que a Polícia Federal apure se o blogueiro está envolvido em uma “atuação coordenada com o fim de, deliberadamente, difundir informações falsas” nas redes sociais.

O caso faz referência a uma captura de tela falsa relacionada à jornalista Juliana Dal Piva, publicada em 21 de junho. Na postagem, Allan dos Santos atribuiu à repórter uma suposta conversa na qual ela confessa conhecer um plano do ministro Alexandre de Moraes, em colaboração com a PF, para prender o ex-mandatário Jair Bolsonaro. A PGR considerou a mensagem falsa.

Dal Piva relatou ao STF a manipulação da captura de tela. Com o parecer da PGR, o processo será analisado pelo relator, Alexandre de Moraes. 

Allan dos Santos já é alvo de dois inquéritos no STF por disseminação de informação falsa e possui um mandado de prisão preventiva, além de uma ordem de extradição. Atualmente, o blogueiro bolsonarista está foragido e reside nos Estados Unidos. 

Fonte: Brasil 247 com informações de Estadão

"A vida é difícil mesmo": o consolo de Gilmar Mendes após lágrimas de Bolsonaro na pandemia

 

Ministro do STF relatou um encontro no Palácio da Alvorada

Gilmar Mendes e Jair Bolsonaro (Foto: Nelson Jr./SCO/STF | REUTERS/Adriano Machado)

Durante um jantar-debate recente em Lisboa, o ministro Gilmar Mendes, do STF, compartilhou histórias dos bastidores do poder em Brasília, incluindo um encontro com Jair Bolsonaro durante a pandemia. No evento, Mendes relatou que, durante a pandemia, Bolsonaro o convidou para uma reunião na residência oficial, onde expressou suas discordâncias sobre as medidas de isolamento e mostrou vídeos de WhatsApp para justificar suas opiniões. As informações são da coluna do Estadão

Mendes destacou que, em um momento mais íntimo da reunião, Bolsonaro desabafou sobre as críticas que enfrentava e acabou chorando, revelando-se angustiado com os ataques e os desafios de sua posição. Gilmar tentou consolar o presidente, reconhecendo a dureza da vida.

“Ele ficou falando sobre como estava difícil, sobre como era atacado, da família, e, lá pelas tantas, se pôs a chorar”, detalhou Gilmar. “Aí eu disse, senhor presidente, a vida é difícil mesmo”.

Bolsonaro confirmou o encontro e admitiu ter se emocionado, relembrando as dificuldades que enfrentou até alcançar a presidência, incluindo a suposta facada. 

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do Estadão

Argentina e Irã trocam farpas no aniversário de 30 anos do atentado à AMIA em Buenos Aires

 

Um meio iraniano alinhado com o governo afirmou que o país persa "não esquecerá a política anti-iraniana de Buenos Aires"

Pessoas seguram imagens das vítimas do ataque a bomba de 1994 no centro comunitário da Associação Mútua Israelita Argentina (AMIA), marcando o 30º aniversário do ataque, em Buenos Aires, Argentina, 18 de julho de 2024 (Foto: REUTERS/Irina Dambrauskas)

RT O chefe de gabinete dos ministros da Argentina, Guillermo Francos, afirmou nesta quinta-feira (18) que ao governo de Javier Milei "não importa" as advertências do Irã feitas por ocasião do aniversário do atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) em 1994, que segundo o país latino-americano foi perpetrado por funcionários iranianos.

"O presidente não será intimidado, todos conhecem sua personalidade e quando se trata de defender posições ideológicas ou direitos essenciais, ele não tem nenhuma dúvida", afirmou Francos durante uma entrevista à Rádio Mitre, acrescentando que os comentários de Teerã "não vão abalar suas posições, que são muito firmes nesses temas".

As declarações de Francos se referem a um editorial publicado em 14 de julho no jornal Tehran Times, alinhado à postura governamental, onde afirmaram que o país persa "não esquecerá a política anti-iraniana de Buenos Aires" e fará com que a Argentina "lamente sua inimizade" com o Irã, bem como a um comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores iraniano, que qualificou de "infundadas" as acusações do país sul-americano sobre a participação da República Islâmica no atentado.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Nasser Kanaani, também instou as autoridades argentinas a "evitar declarações e ações contra o Irã", bem como a "não colocar em risco os interesses nacionais da Argentina e as relações bilaterais, em prol dos cenários anti-Irã promovidos pelo eixo do mal de Israel e dos EUA".

A esse respeito, Francos expressou que "chama um pouco a atenção a impunidade com que se fazem esse tipo de ameaças, mas isso não deve abalar a convicção dos argentinos de viver em liberdade e em paz", acrescentando que o país não se deixará "submeter aos que pretendem infundir medo e terror".

O funcionário lembrou que a investigação realizada pela Justiça argentina concluiu que o Irã e o movimento libanês Hezbollah perpetraram o ataque há 30 anos. Por sua vez, a publicação do Tehran Times destaca que o atentado foi classificado por alguns especialistas como "auto-atentado" dos judeus, enquanto outros sustentam que se tratou de "uma vingança do governo de Carlos Menem contra os sionistas argentinos".

"A Argentina não é ameaçada por ninguém" - "Não me importam as ameaças que possam ser feitas quando estamos defendendo a liberdade e os direitos humanos, não apenas dos argentinos, mas de um número muito importante de israelenses que sofreram todo tipo de abusos e atropelos", sublinhou.

Nesse sentido, a vice-presidente argentina, Victoria Villarruel, assegurou que seu país "não vai tolerar ameaças de nenhum Estado nem permitir que sua população esteja aterrorizada".

Por sua vez, a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, também comentou sobre o tema: "Ninguém nos ameaça, a Argentina não é ameaçada por ninguém". Além disso, afirmou que "está absolutamente provado que o atentado foi organizado desde a Embaixada do Irã na Argentina, e isso implica um crime de lesa humanidade", advertindo que buscarão os responsáveis "até o último dia de suas vidas".

Fonte: Brasil 247 com RT

Loja de brinquedos Lança “Orelha do Trump” para colecionadores

 

Desde seu lançamento na madrugada de segunda-feira, mais de cem unidades foram vendidas


A Corbe Toys, loja de brinquedos de São Paulo, conhecida por suas sátiras políticas, lançou nesta semana a “Orelha do Trump”. O produto é uma paródia do ataque sofrido pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante um comício na Pensilvânia no último sábado (13), quando sua orelha foi ferida.


Segundo o proprietário da loja, Luís Ricardo Aizcorbe, o brinquedo é uma “figura de ação” para colecionadores, vendido por R$ 65. Aizcorbe explicou que a criação do produto, lançada pouco mais de 24 horas após o ataque, visa ao humor para evitar problemas legais, com orientação de um advogado.


Desde seu lançamento na madrugada de segunda-feira, mais de cem unidades foram vendidas. A Corbe Toys, que opera online e não possui loja física, já produziu anteriormente bonecos como o “Faria Limer” e o “Fantasma do Comunismo”, ambos inspirados em figuras estereotipadas e discursos políticos. Durante as eleições de 2022, a empresa também lançou o “Patriota do Caminhão”, satirizando um protestante bolsonarista.


Os brinquedos da Corbe Toys estão disponíveis em lojas especializadas em produtos colecionáveis, como Legião Nerd e Ugra.


Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S.Paulo



Convenção de Boulos e Marta terá presença de sete ministros do governo Lula

 

“É quase a esplanada dos ministérios que vai estar nessa convenção”, brincou Boulos

Marta Suplicy, Lula e Guilherme Boulos (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Sete ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, além do próprio presidente, confirmaram presença na convenção que formalizará a candidatura da chapa de Guilherme Boulos e Marta Suplicy neste sábado (20), em São Paulo. A data marca o início do período permitido pela legislação eleitoral para a realização das convenções partidárias obrigatórias que definem as candidaturas.

“É quase a esplanada dos ministérios que vai estar nessa convenção”, afirmou Boulos em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (18). “A partir de agora acaba o treino e começa o jogo. Vai começar uma nova etapa”.

Participarão do evento os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Sonia Guajajara (Povos Indígenas), Marina Silva (Meio Ambiente),  Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência) e Luiz Marinho (Trabalho). 

A campanha de Boulos espera atrair cerca de 10 mil pessoas ao centro de convenções Expo Center Norte para a ocasião. Praticamente toda a bancada de deputados federais e estaduais também é esperada na convenção, segundo o presidente do diretório municipal do PT de São Paulo, Laércio Ribeiro.

Também devem comparecer os presidentes do PSOL, dos partidos da federação PT-PCdoB-PV e representantes de outras siglas que apoiam a candidatura.

De acordo com o calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as convenções partidárias ocorrem entre 20 de julho e 5 de agosto. As siglas têm até 15 de agosto para registrar as candidaturas na Justiça. A campanha eleitoral, por sua vez, começa oficialmente em 16 de agosto.

Fonte: Brasil 247

Ramagem disse que gravou encontro a pedido de Bolsonaro com receio de alguma proposta ilícita feita pelas advogadas

 Na gravação, o então chefe da Abin, Bolsonaro e as advogadas Luciana Pires e Juliana Bierrenbach discutem um plano para blindar o senador no caso das rachadinhas


No depoimento de quase sete horas prestado à Polícia Federal nesta quarta-feira, Alexandre Ramagem, ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) afirmou que gravou o áudio de sua reunião com Jair Bolsonaro e as advogadas de Flávio a pedido do próprio ex-presidente.


Segundo a colunista Bela Megale, do Globo, Ramagem disse aos investigadores que temia que pudesse haver alguma proposta ilícita por parte das advogadas. Na gravação, o então chefe da Abin, Bolsonaro e as advogadas Luciana Pires e Juliana Bierrenbach discutem um plano para blindar o senador no caso das rachadinhas.


Em um vídeo publicado na segunda-feira em suas redes sociais, Ramagem apresentou uma versão similar à que deu à PF. Na postagem, afirmou que fez a gravação com o aval de Bolsonaro e disse que o autogrampo foi realizado porque havia uma informação de que um emissário do governo do Rio de Janeiro participaria da reunião e faria uma proposta “pouco republicana” para Bolsonaro. O fato não se concretizou.


A PF ainda perguntou a Ramagem qual foi o encaminhamento legal feito por ele sobre afirmações e propostas ilícitas apresentadas e mencionadas na conversa. Entre essas propostas ilícitas está a própria investigação de auditores da Receita Federal envolvidos na confecção do relatório que embasou o inquérito das rachadinhas contra Flávio.


Outra ilegalidade apontada no áudio é que a advogada Luciana Pires afirma ter lido a denúncia do Ministério Público do Rio (MP-RJ) contra o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro no caso das rachadinhas cinco meses antes de a peça ter sido protocolada.


Em resposta à PF, Ramagem se limitou a dizer que as propostas deveriam ser apuradas pela Receita Federal. Durante o depoimento, Ramagem negou que tenha dado ordem para um suposto esquema de monitoramento ilegal e responsabilizou ex-servidores da pasta.


Quando soube da existência da gravação, na semana passada, Bolsonaro ficou furioso e disse não ter conhecimento do grampo. Depois, minimizou as críticas a Ramagem e passou a dizer a aliados que havia esquecido do fato, afirmando que a gravação teria tido seu aval.


Fonte: Agenda do Poder