quinta-feira, 18 de julho de 2024

Autoridades dos EUA não têm registro de que Bolsonaro apresentou comprovante de vacinação ao entrar no país, diz PF

 

A corporação também afirma que os registros não indicam se os investigados alegaram ter sido vacinados

Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)

A Polícia Federal (PF) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não conseguiu obter informações das autoridades dos Estados Unidos sobre o possível uso de comprovantes de vacinação falsos contra a Covid-19 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 16 pessoas.

De acordo com os investigadores, o grupo inseriu informações falsas no sistema do Ministério da Saúde para beneficiar Bolsonaro, parentes e auxiliares dele.

Antes de decidir sobre os próximos passos do caso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou que a PF aprofundasse a investigação e obtivesse mais informações sobre o suposto uso de dados falsos nos EUA. Para isso, a corporação enviou um pedido de Cooperação Jurídica Internacional em Matéria Penal à Autoridade Central dos Estados Unidos, buscando esclarecer a legalidade da entrada, permanência e saída dos investigados no país, principalmente em relação ao uso de certificados de vacinação contra a Covid-19.

Em resposta, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos forneceu registros de entrada e saída do país entre 1º de janeiro de 2021 e 31 de março de 2023, obtidos pelo U.S. Customs and Border Protection (CBP). Os dados referem-se a Jair Bolsonaro, ao ex-ajudante de ordens Mauro Cesar Barbosa Cid e sua esposa Gabriela Santiago Ribeiro Cid, e aos assessores Max Guilherme Machado de Moura, Sergio Rocha Cordeiro e Marcelo Costa Câmara.

"Importante ressaltar que o Departamento de Justiça americano relatou que o u.s. Customs and Border Protection (CBP) não possui registros se os investigados supramencionados apresentaram comprovantes de vacinação contra a COVID-19", diz o relatório da PF enviado ao STF.

A PF também afirma que os registros não indicam se os investigados alegaram ter sido vacinados ou se disseram estar isentos de apresentar comprovantes de vacinação. 

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

Ao lado de Ramagem, Bolsonaro põe em dúvida vitória de Lula e faz ataques ao presidente

 

Bolsonaro, que está inelegível até 2030, deu a entender que não conquistou um segundo mandato por suposta interferência externa no processo eleitoral

STF suspende nomeação de Alexandre Ramagem para direção-geral da PF (Foto: Carolina Antunes/PR)

Fábio Matos, infomoney - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) atraiu todas as atenções durante um evento de campanha do deputado federal Alexandre Ramagem, pré-candidato do PL à prefeitura do Rio de Janeiro (RJ), nesta quinta-feira (18).

Os dois aliados estiveram juntos no primeiro ato público desde que veio à tona a gravação de uma reunião entre Bolsonaro, Ramagem, o general Augusto Heleno (então ministro do Gabinete de Segurança Institucional, o GSI) e duas advogadas do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em 2020.

De acordo com a Polícia Federal (PF), o encontro teria servido para que fosse discutida uma espécie de blindagem de Flávio, que era alvo de investigações sobre a prática de “rachadinha” em seu gabinete parlamentar, quando ainda era deputado estadual pelo Rio de Janeiro.

A gravação da reunião teria sido feita por Ramagem, de acordo com a PF. As investigações apuram a suposta utilização da Agência Brasileira de Inteligência (Abin, então comandada por Ramagem) para monitorar e espionar políticos, parlamentares, agentes públicos, jornalistas e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O caso ficou conhecido como “Abin paralela”.

“O que aconteceu no final de 2022, um dia, nós recuperando a liberdade de expressão, vocês tomarão conhecimento”, afirmou Bolsonaro ao público de apoiadores que acompanhava o evento.

“Nós podemos ver, ou até já vimos, um time de futebol ser campeão sem torcida. Mas um presidente da República eleito sem povo é a primeira vez na história do Brasil”, disse.

Bolsonaro, que está inelegível até 2030 após condenação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), deu a entender que não conquistou um segundo mandato por suposta interferência externa no processo eleitoral.

“Eu repito: quem fez o meu divórcio [da Presidência da República] em 2022 não foi a população brasileira”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro relembrou o fato de não ter passado a faixa presidencial a Lula, que tomou posse em 1º de janeiro de 2023. Poucos dias antes do encerramento de seu mandato no Planalto, o ex-presidente deixou o Brasil e partiu para uma espécie de “exílio voluntário” nos Estados Unidos.

“Não estive em comunidade aqui reunido com traficantes. Eu não recebi, e jamais receberia, a dama do tráfico em meu gabinete em Brasília”, acusou Bolsonaro. “Alguns achavam que eu deveria passar a faixa para aquele cara. Eu não passo a faixa para ladrão”, completou.

A PF investiga a suposta utilização do aparato estatal, por meio da Abin, para monitorar e espionar políticos, parlamentares, agentes públicos, jornalistas e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante o governo Bolsonaro

Em defesa de Ramagem - Durante seu discurso, Jair Bolsonaro saiu em defesa de Alexandre Ramagem, em uma tentativa de demonstrar publicamente que continua apoiando o aliado.

Desde que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou o sigilo da gravação da reunião, surgiram rumores de que Ramagem teria perdido a confiança do ex-presidente e poderia ser substituído.

O nome do general e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL-RJ), atualmente deputado federal, vinha sendo especulado como provável substituto de Ramagem.

Flávio Bolsonaro, filho mais velho de Bolsonaro, é muito próximo do ex-chefe da Abin e apontado como o principal defensor e articulador de sua candidatura à prefeitura do Rio.

Segundo Bolsonaro, Ramagem é “alvo de perseguição”. “Pagam um preço alto por se ombrearem comigo. Vocês sabem como somos perseguidos. Ramagem já começa a pagar um preço alto pela sua ousadia de querer pensar e sonhar em administrar uma cidade”, afirmou o ex-presidente.

Ao discursar, Alexandre Ramagem não falou sobre as investigações de que é alvo – o ex-chefe da Abin prestou depoimento à PF, na quarta-feira (17), por quase 7 horas.

Em seu discurso, o pré-candidato do PL à prefeitura do Rio pediu aos eleitores que votassem também em candidatos a vereador “de direita”. “E um prefeito também”, completou.

“Vamos transformar a Guarda Municipal em Polícia Municipal armada”, prometeu Ramagem, arrancando aplausos e gritos de apoio do público.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Doador de Biden redige carta 'Eu desisto' para ajudá-lo a abandonar candidatura

 

Autor elaborou um discurso composto por 11 marcadores que devem soar "vitoriosos" enquanto Biden se dirige aos seus eleitores para deixar a disputa

Presidente dos EUA, Joe Biden 14/10/2023 REUTERS/Ken Cedeno (Foto: REUTERS/Ken Cedeno)

Sputnik - Um dos principais doadores do Partido Democrata preparou um discurso de despedida para o presidente dos EUA, Joe Biden, para que ele possa deixar a corrida presidencial com dignidade em meio a apelos crescentes de correligionários para que ele abra caminho para um candidato mais promissor contra Donald Trump.

O doador, cujo nome ainda não foi divulgado, mas que é conhecido por ser da costa oeste dos Estados Unidos, elaborou um discurso composto por 11 marcadores que devem soar "vitoriosos" enquanto Biden se dirige aos seus eleitores para deixar a corrida presidencial, disse o Daily Beast na quarta-feira (17).

As principais mensagens do discurso de Biden seriam advertências sobre a necessidade de salvar a democracia norte-americana, que é alegadamente ameaçada por Trump, bem como um apelo à união dos norte-americanos, segundo a matéria.

No discurso, Biden também prometeria acabar com a guerra em Gaza e apoiar o novo candidato do Partido Democrata, afirma a apuração.

Embora a carta não tenha chegado à mesa de Biden, a mídia afirmou que já está circulando entre os democratas em meio a um declínio acentuado nas doações para a campanha do atual ocupante da Casa Branca.

Na quarta-feira, o principal congressista democrata da Câmara dos EUA, Adam Schiff, pediu a Biden que desistisse da eleição presidencial por temer que ele não pudesse vencer após as consequências de seu péssimo desempenho no primeiro debate presidencial.

A ABC também informou na quarta-feira que um dos apoiadores mais ferrenhos de Biden, o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, em uma reunião individual com o presidente, o instou a abandonar a disputa.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

Obama diz a aliados que Biden precisa reconsiderar candidatura

 

Além disso, democratas influentes como Nancy Pelosi e Adam Schiff pressionam pela desistência de Biden da corrida presidencial nos EUA

O presidente dos EUA, Joe Biden, é ladeado pela vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Barack Obama ao chegar para fazer comentários sobre o Affordable Care Act e o Medicaid, na Sala Leste da Casa Branca em Washington, EUA, 5 de abril de 2022 (Foto: REUTERS/ Leah Millis)

O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama disse a aliados nos últimos dias que o caminho do presidente Joe Biden para a vitória na eleição americana deste ano diminuiu muito e que ele acha que Biden precisa considerar seriamente a viabilidade de sua candidatura, informou o jornal The Washington Post nesta quinta-feira (18), citando várias pessoas informadas sobre o pensamento de Obama.

Além disso, autoridades da Casa Branca acreditam que a ex-presidente da Câmara dos Deputados Nancy Pelosi apoiou o apelo do deputado Adam Schiff para que Biden se afaste da corrida presidencial dos EUA, e ela disse que Biden não consegue vencer a eleição de 5 de novembro, afirmou uma importante fonte da Casa Branca com conhecimento direto do assunto.

Schiff disse em um comunicado nesta quarta-feira que ele tem "sérias preocupações" sobre se Biden pode derrotar o republicano Donald Trump, o primeiro democrata a se manifestar após a tentativa de assassinato no sábado contra o ex-presidente. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Reuters 

Partido Republicano agora é de Trump; críticos temem que sua busca pelo poder não seja controlada

 

O temor é de que Trump possa aplicar políticas de extrema-direita sem oposição interna no partido

Donald Trump 17/07/2024 REUTERS/Callaghan O'hare (Foto: Callaghan O'Hare)

Reuters – Cinco dias depois de escapar por pouco de um assassinato, Donald Trump aceitará sua indicação como candidato presidencial nesta quinta-feira diante de uma multidão de apoiadores, o ato final de sua transformação do Partido Republicano no partido de Trump.

Seu encontro com a morte alimentou o crescente fervor quase religioso entre os integrantes do partido, elevando-o de líder político a um homem que eles acreditam ser protegido por Deus.

"Trump, Trump, Trump", gritaram os participantes da Convenção Nacional Republicana em Milwaukee quando ele aparecia todas as noites nesta semana, com um curativo na orelha direita, para ouvir orador após orador entoar reverências a seu respeito e mencionar a mão de Deus em sua sobrevivência do atentado.

Os republicanos estão se unindo em torno dele esta semana. Com a maior parte das dissidências superadas e seu controle sobre o partido nunca antes tão forte, Trump estará em uma posição muito mais sólida do que em seu mandato de 2017-2021 para dar continuidade à sua agenda se vencer a eleição de 5 de novembro.

Sem as divisões internas que às vezes o atrapalharam em seu primeiro mandato, Trump estaria mais livre para adotar políticas duras que incluem deportações em massa como parte de uma repressão à migração ilegal, políticas comerciais agressivas e demissão de funcionários do governo considerados pouco leais.

Mesmo que Trump retome a Casa Branca, os republicanos assumam o controle de ambas as Casas do Congresso e os conservadores continuem mantendo uma super maioria na Suprema Corte, ainda haverá controles institucionais para um segundo mandato de Trump.

Ele poderia ser mantido sob controle pelo Congresso, pelos tribunais e por um público que elege um novo Congresso a cada dois anos e um presidente a cada quatro anos, segundo especialistas em direito constitucional.

No entanto, muitos apoiadores de Trump querem ver um presidente poderoso.

"É preciso um líder forte no topo", disse Bill Dowd, de 79 anos, dono de uma madeireira, convidado da delegação do Colorado em Milwaukee.

"Sou um grande fã de Ronald Reagan. Ronald Reagan também uniu o partido", disse Dowd.

Dowd reconheceu que alguns de seus amigos republicanos temem que Trump possa tentar abusar de seu poder. Ele disse que, embora não compartilhe desse receio, acredita que a dissidência não deveria ser sufocada em nenhum partido.

Para os críticos e oponentes políticos de Trump, este é um momento sombrio e perturbador: eles veem o Partido Republicano moderno como um culto à personalidade, uma base a partir da qual Trump poderia adotar políticas extremas e criar a primeira Presidência verdadeiramente imperial dos Estados Unidos, ameaçando o futuro de suas normas democráticas.

"Donald Trump... prometeu ser um 'ditador' 'no primeiro dia' e agora seus juízes da Suprema Corte dizem que ele pode governar sem nenhum controle sobre seu poder", disse Ammar Moussa, porta-voz da campanha do atual presidente norte-americano, Joe Biden, rival democrata de Trump.

"Trump é um mentiroso, mas acreditamos nele quando diz que governará como um ditador", disse Moussa.

O porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, disse que as afirmações dos democratas de que Trump ameaça a democracia norte-americana e que pode se tornar um autocrata se for reeleito são "propagação do medo" e um "esforço flagrante para enganar o povo americano".

UM TRUMP SEM RESTRIÇÕES

Em Milwaukee, quase todos os 30 delegados, convidados e republicanos eleitos entrevistados pela Reuters para esta reportagem reconheceram que seu partido havia se tornado o partido de Trump, mas rejeitaram qualquer sugestão de que tivesse se tornado um tipo de culto.

"Acredito que o presidente Trump é uma figura transformadora, um homem do destino que Deus providencialmente salvou da morte no sábado", disse o delegado da Louisiana Ed Tarpley. "Ele recebeu uma missão especial em nosso país. A mão providencial de Deus elevou Donald Trump a um status diferente."

Os entrevistados disseram que queriam um presidente Trump que não fosse limitado pela burocracia ou pelo Congresso para executar sua agenda. Eles eram a favor de um uso mais amplo de decretos -- decisões tomadas por um presidente que não precisam da aprovação do Congresso.

Eles não querem que nada impeça seus planos de deportar milhões de pessoas que estão no país ilegalmente e de reduzir o tamanho da burocracia federal. Em seu primeiro mandato, Trump reclamava com frequência dos burocratas do "Estado profundo" que, segundo ele, estavam tentando frustrá-lo.

"O presidente... deve ter permissão para implementar suas políticas livre de uma burocracia resistente a elas e de autoridades não eleitas que não concordam com elas", disse Tarpley.

No entanto, há limites constitucionais para o que Trump pode fazer por meio do poder de seu cargo, e quaisquer políticas ainda podem enfrentar ações judiciais.

"Acho que os temores dos críticos são exagerados, no sentido de que eles estão mais preocupados com a substância de suas prováveis políticas do que com a possibilidade de que elas sejam adotadas por meio de decretos unilaterais", disse Stewart Baker, ex-conselheiro geral da Agência de Segurança Nacional dos EUA.

Se Trump for longe demais, dizem seus oponentes, eles ainda poderão contar com os tribunais federais para impedi-lo.

"Estamos cientes do fato de que temos uma Suprema Corte muito conservadora. Mas o que descobrimos é que até mesmo juízes nomeados por Trump decidiram contra suas políticas e as consideraram ilegais", disse Kica Matos, presidente do Centro Nacional de Direito da Imigração.

Metade dos republicanos que responderam a uma pesquisa da Reuters/Ipsos nesta semana disse concordar com a afirmação de que "o país está em crise e precisa de um presidente forte que possa governar sem muita interferência dos tribunais e do Congresso".

Esse número foi substancialmente maior do que os 35% dos democratas e 33% dos independentes que concordaram com o sentimento.

Apenas um participante da convenção entrevistado pela Reuters, um republicano sênior de um Estado do sul, disse estar preocupado com um segundo governo Trump. Ele disse que temia que Trump se tornasse um autocrata, buscasse vingança contra seus inimigos políticos e enchesse os órgãos do governo de pessoas que só dissessem sim a ele.

Trump foi amplamente criticado por ter dito durante a campanha que, caso vencesse, seria um "ditador" -- mesmo que apenas por um dia, um comentário que ele disse mais tarde ser uma piada.

Os democratas o criticaram duramente por prometer perdoar seus apoiadores presos pela insurreição mortal de 6 de janeiro de 2021 no Capitólio dos EUA, que foi desencadeada por sua recusa em aceitar sua derrota nas eleições de 2020.

Trump, que foi condenado num caso de suborno a uma ex-estrela pornô e enfrenta acusações relacionadas a seus esforços para reverter a vitória de Biden, ameaçou usar o Departamento de Justiça para perseguir oponentes, incluindo Biden. Trump se declarou inocente das acusações.

O ex-candidato presidencial republicano Asa Hutchinson disse que estava preocupado com a falta de restrições a Trump em um segundo mandato.

"O Departamento de Justiça é provavelmente o exemplo perfeito disso. Claramente, um presidente Trump teria uma mão próxima na direção das atividades do Departamento de Justiça", disse Hutchinson, ex-governador do Arkansas, à Reuters.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Em depoimento à PF, Ramagem entrega ex-assessores como responsáveis pela Abin Paralela do governo Bolsonaro

 

Ex-chefe da Abin atribuiu a responsabilidade pela estrutura clandestina a dois ex-servidores da agência: Marcelo Bormevet e também Giancarlo Gomes

Alexandre Ramagem, diretor-geral da Abin no governo Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação I Abin I Agência Brasil )

O ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) atribuiu a dois ex-assessores a responsabilidade pelo funcionamento da chamada “Abin paralela”, que teria monitorado ilegalmente ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), políticos, jornalistas, opositores e críticos durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Segundo a coluna do jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo, às declarações foram feitas à Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (17), no âmbito do inquérito que apura o suposto esquema de monitoramento ilegal feito por agentes da Abin.

“Ao tentar se esquivar de responsabilidade pela estrutura clandestina, Ramagem indicou os nomes do policial federal Marcelo Araújo Bormevet e do sargento do Exército Giancarlo Gomes Rodrigues - ambos presos desde quinta-feira, 13, na Operação Última Milha”, destaca um trecho da reportagem. Durante o depoimento, Ramagem foi submetido a mais de 100 perguntas.

Um dos tópicos abordados foi o áudio divulgado na segunda-feira (15), no qual o atual deputado federal e pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro orienta a defesa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-mandatário, sobre a melhor forma de questionar a conduta dos auditores fiscais que elaboraram o relatório de inteligência que colocou Flávio na mira das investigações de um suposto esquema de “rachadinha” em seu gabinete na época em que ocupava uma cadeira de deputado estadual pelo Rio de Janeiro.

A declaração de Ramagem, porém, contradiz a representação de 187 páginas da Polícia Federal que fundamentou a abertura da quarta fase da Operação Última Milha. No documento, os investigadores afirmam que Ramagem teria ordenado o monitoramento dos três auditores fiscais responsáveis pelo Relatório de Inteligência Financeira (RIF).

A ação clandestina foi descrita pela PF como “urgente”, “seguindo o modus operandi da organização criminosa para descobrir 'podres e relações políticas' dos auditores”. O levantamento ilegal deveria ser registrado em um documento do Word, o que, segundo os investigadores, revela o caráter extraoficial da ação.

Os diálogos que envolvem o agente da PF Marcelo Araújo Bormevet e o militar Giancarlo Gomes Rodrigues – ambos integrantes do Centro de Inteligência Nacional (CIN) da Abin e auxiliares de Ramagem – foram encontrados pela PF. Eles discutem as pesquisas envolvendo os auditores da Receita. Segundo a PF, as diligências ocorreram em novembro de 2020 e os resultados foram repassados a Ramagem em dezembro daquele ano.

O caso foi investigado em uma sindicância, na qual a PF afirmou que Ramagem “parece ter faltado com a verdade em seu depoimento como testemunha, pois não considerou a diligência de achar podres e relações políticas como a confecção de dossiês dos servidores da Receita”.

Na sindicância, Ramagem foi questionado se tinha conhecimento da produção de um documento por Bormevet para atender a uma possível solicitação das advogadas de Flávio Bolsonaro. “Não há possibilidade do servidor Marcelo Bormevet ter elaborado qualquer documento para o senador Flávio Bolsonaro ou para as advogadas. Inclusive, suas atribuições estão relacionadas à coordenação de pesquisas para nomeações e em apoio à produção de conhecimentos para os setores da Abin, quando demandado”, disse na ocasião.

Bormevet, por sua vez, alegou que “nem o diretor-geral da Abin, nem qualquer outra pessoa demandou isso ao depoente, e que o depoente tampouco executou qualquer pesquisa nesse sentido, nem elaborou qualquer documento ou relatório para auxiliar a defesa do senador Flávio Bolsonaro ou de qualquer outro parlamentar ou agente público”.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Fausto Macedo do jornal O Estado de S. Paulo

Abin Paralela: Ramagem nega saber de rede ilegal de espionagem no governo Bolsonaro

 

Ex-chefe da Abin sob Bolsonaro depôs à PF e acusou Marcelo Araújo Bormevet e também Giancarlo Gomes Rodrigues de comandar o esquema de espionagem

Alexandre Ramagem (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

O deputado federal e ex-diretor da Abin sob Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem, acusou durante depoimento à Polícia Federal (PF) sobre o caso da Abin Paralela o delegado Marcelo Araújo Bormevet e o militar Giancarlo Gomes Rodrigues de comandar o esquema de espionagem ilegal. As informações são da jornalista Andréia Sadi, do portal G1.

Segundo ela, Ramagem também negou saber de rede clandestina de espionagem, que buscava, além de atingir opositores de Bolsonaro, blindar seus aliados políticos de investigações de corrupção.

ENTENDA - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, retirou o sigilo do áudio no qual Bolsonaro, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno e Ramagem conversam sobre o uso ilegal da Abin para espionagem.

Segundo as investigações, a conversa foi "possivelmente" gravada pelo ex-diretor da Abin e ocorreu em agosto de 2020. O áudio foi citado no relatório da investigação chamada de Abin Paralela. Além do áudio, o STF disponibilizou a degravação da conversa feita no processo da Polícia Federal (PF).

A gravação tem 1 hora e oito minutos e estava sob segredo de Justiça. Segundo a PF, a conversa está relacionada ao uso ilegal da Abin para obter informações sobre inquérito no qual o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi investigado por "rachadinha" quando ele ocupou o cargo de deputado estadual. Em 2021, a apuração foi anulada pela Justiça. 

Fonte: Brasil 247 com informações da jornalista Andréia Sadi, do portal G1

Bolsonaro sai em defesa de Ramagem após áudio da Abin Paralela

 

Ex-mandatário e ex-chefe da Abin participaram de um ato de pré-campanha no Rio

Cláudio Castro, Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem (Foto: Reprodução/X)

Jair Bolsonaro (PL) saiu em defesa do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), pré-candidato a prefeito do Rio, após a divulgação do áudio da Abin Paralela do último governo, em que são discutidas formas de blindar um dos filhos do ex-mandatário de investigações de corrupção. 

Segundo Bolsonaro, Ramagem, que chefiou a Abin durante seu governo, "paga um preço alto pela ousadia" de querer governar uma cidade como o Rio. "O Ramagem, delegado da Polícia Federal, que eu conheci na transição em 2018, já começa a pagar um preço alto pela sua ousadia de querer, pensar, sonhar em administrar uma cidade com respeito, com honradez e com orgulho", discursou Bolsonaro a apoiadores durante um ato de pré-campanha no Rio, conforme citado pela agência Estadão Conteúdo.

Ele também reclamou do que chamou de "perseguição" contra seus aliados políticos. "Quando se fala em 2026, temos que passar por 2024. Todos aqueles que estão ao meu lado sofrem perseguição. Pagam um preço alto por ombrearse comigo. Vocês sabem como somos perseguidos. Até baleia colocam na minha frente", disse. 

ENTENDA - O ministro Alexandre de Moraes, do STF, retirou o sigilo do áudio no qual Bolsonaro, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno e Ramagem conversam sobre o uso ilegal da Abin para espionagem.

Segundo as investigações, a conversa foi "possivelmente" gravada pelo ex-diretor da Abin e ocorreu em agosto de 2020. O áudio foi citado no relatório da investigação chamada de Abin Paralela. Além do áudio, o STF disponibilizou a degravação da conversa feita no processo da Polícia Federal (PF).

A gravação tem 1 hora e oito minutos e estava sob segredo de Justiça. Segundo a PF, a conversa está relacionada ao uso ilegal da Abin para obter informações sobre inquérito no qual o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi investigado por "rachadinha" quando ele ocupou o cargo de deputado estadual.  Em 2021, a apuração foi anulada pela Justiça. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Brasil

Pente-fino nos programas sociais deve começar pelo BPC

 

Governo estima que o combate a fraudes e irregularidades nos programa sociais pode gerar R$80 bilhões

Foto: Agência Brasil

O pente-fino que o governo federal vai fazer nos programa sociais para cortar gastos deve começar pelo Benefício de Prestação Continuada, informa a jornalista Ana Flor, do G1. O programa garante um salário mínimo por mês ao idoso ou à pessoa com deficiência de qualquer idade que atendam a critérios de renda familiar. O pagamento do benefício custa cerca de 1% do PIB ao ano.

Segundo o ministro Rui Costa (PT), da Casa Civil, os dados do BPC surpreenderam  o governo pelo crescimento no número de pedidos de acesso ao pagamento. Ele afirma que são cerca de 170 mil novas solicitações por mês, o que está gerando estranheza na área técnica do governo. No Bolsa Família, a revisão dos gastos ocorre desde o ano passado.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne nesta quinta-feira (18)  com membros do núcleo do governo, representantes da Polícia Federal e do INSS para falar sobre fraudes em benefícios. A economia de gastos com fraudes e irregularidades é considerada essencial para ajudar o governo a cumprir a meta fiscal deste ano, e pode chegar a R$80 bilhões. "Os benefícios precisam ser pagos para quem realmente precisa, porque estamos falando do dinheiro dos contribuintes brasileiros", disse Costa ao G1.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Polícia Federal vê espaço para que PGR denuncie Bolsonaro até agosto

 

PGR tem sinalizado que as denúncias não devem ser apresentadas antes das eleições municipais, mas a PF mantém expectativa em relação a dois inquéritos

Bolsonaro (Foto: Adriano Machado/Reuters)

A cúpula da Procuradoria-Geral da República (PGR) tem sinalizado que as denúncias contra Jair Bolsonaro (PF) não devem ser apresentadas antes das eleições municipais de outubro, mas, segundo a coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo, a expectativa na Polícia Federal (PF) é de que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresente as denúncias contra o ex-mandatário em dois casos até agosto: a falsificação de certificados de vacina e o caso do roubo das joias que pertenciam à Presidência da República. 

De acordo com reportagem, a expectativa da PF é de que a PGR apresente seu veredicto sobre os dois inquéritos de maneira simultânea. Após essa decisão, a PGR deverá se debruçar sobre o caso da tentativa de golpe, cujo relatório final ainda não foi concluído. Nos últimos meses, investigadores têm se reunido com integrantes da PGR para esclarecer os inquéritos e detalhar as provas coletadas nas investigações policiais. 

O caso da falsificação do cartão de vacinas, no qual a PGR pediu novas diligências à polícia após Bolsonaro ser indiciado, tem sido um dos principais temas dessas conversas. Os investigadores acreditam que conseguiram esclarecer dúvidas e lacunas existentes e o relatório complementar desta investigação será enviado em breve ao procurador-geral.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

"Uma violação inaceitável contra o povo brasileiro e a soberania do nosso país", diz Odair Cunha sobre arapongagem dos EUA

 

Líder do PT na Câmara criticou o esquema do governo dos EUA que monitorou o presidente Lula por mais de 50 anos e produziu 3,3 mil páginas de registros

Deputado Odair Cunha (Foto: Gabriel Paiva)

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Odair Cunha (PT-MG), fez duras críticas às recentes revelações de espionagem dos Estados Unidos contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Brasil. Em uma publicação no X, antigo Twitter, Cunha destacou a gravidade das denúncias que indicam que Lula foi vigiado por diversos órgãos do governo estadunidense desde 1966.

“As denúncias de que Lula e o Brasil foram espionados durante décadas pelos EUA são extremamente graves. O presidente Lula foi vigiado por diversos órgãos do governo estadunidense desde 1966, numa espionagem que envolveu não só a sua vida como também às relações internacionais do Brasil, nossa produção de petróleo e defesa nacional, até onde sabemos. Uma violação inaceitável contra o povo brasileiro e a soberania do nosso país. E também reforça o que sempre dissemos: patriota de verdade é quem se preocupa com os interesses da própria nação, e não quem bate continência e se submete, com orgulho, a outros países”, afirmou o deputado.


Entenda o caso

O jornalista e escritor Fernando Morais, biógrafo do presidente Lula (PT), divulgou que diferentes órgãos do governo dos Estados Unidos monitoraram o líder brasileiro ao longo de mais de cinco décadas, resultando na produção de 819 documentos, totalizando 3.300 páginas de registros. As informações, obtidas através de pedidos protocolados em 2019, segundo a Folha de S. Paulo, abrangem o período de 1966 a 2019. A maior parte dos documentos foi produzida pela CIA, que mantém 613 registros, somando 2.000 páginas.

Os documentos detalham, entre outros aspectos, a relação de Lula com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), com autoridades do Oriente Médio e da China, além de planos militares brasileiros e a produção da Petrobras. Os registros cobrem desde a ascensão de Lula no movimento sindical durante a ditadura militar até pouco após sua prisão injusta em 2018.

Até agora, foram identificados 613 documentos da CIA, 111 do Departamento de Estado, 49 da Agência de Inteligência da Defesa, 27 do Departamento de Defesa, 8 do Exército Sul dos EUA e 1 do Comando Cibernético do Exército. Ainda se aguardam respostas do FBI, NSA e da Rede de Combate a Crimes Financeiros (FinCEN). O prazo para resposta é de 20 dias úteis, prorrogáveis por mais 20, para informar se os dados serão fornecidos.

Haddad faz reunião com Lula para discutir pente-fino em benefícios do INSS

 

“Foi sobre os investimentos necessários para checagem de cadastros e as providências necessárias para implementar o plano", disse o ministro após a reunião

Lula e Fernando Haddad (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta quinta-feira (18), para discutir os investimentos necessários para a revisão de cadastros de benefícios do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). A iniciativa tem como objetivo economizar entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões, aliviando o Orçamento do próximo ano.

“Foi sobre os investimentos necessários para checagem de cadastros e as providências necessárias para implementar o plano que o presidente autorizou na semana retrasada, de conformação dos programas ao Orçamento e às leis, porque na verdade o que nós estamos fazendo é conformando as leis”, disse Haddad após a reunião, de acordo com o jornal O Globo.

Os recursos obtidos com a revisão dos benefícios visam alcançar a meta fiscal de resultado zero em 2025 e serão incluídos no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que deve ser enviado ao Congresso até 31 de agosto.

Haddad também mencionou que os limites de gastos dos ministérios para o Orçamento de 2025 já foram definidos pelo Ministério do Planejamento e que o governo está ajustando esses limites às regras do novo arcabouço fiscal.

“O fechamento do orçamento de 2025 já está com os limites distribuídos pelo Planejamento. O que nós estamos fazendo é colocar os limites orçamentários nos termos do arcabouço fiscal. Mas a divisão entre ministérios é uma negociação que cabe mais ao Planejamento fazer. A Fazenda estabelece o limite e o Planejamento recebe os pedidos e os distribui. Mas eu participo dos planejamentos com os ministros também para colaborar nessa confecção da peça”, disse.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo




Rotas de integração sul-americana começam a ser inauguradas em 2025, diz Tebet

 

A primeira delas ligará a Região Norte à Colômbia, Peru e Equador

Por Pedro Peduzzi, repórter da Agência Brasil - A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que a primeira das cinco rotas de integração entre Brasil e países vizinhos deverá operar já em 2025, e que, até 2026, outras duas serão concluídas. A Rota 2, primeira a ser inaugurada, ligará toda a Região Norte e parte do Nordeste à tríplice fronteira com Colômbia, Peru e Equador.

“Com isso, vão se interligar ao maior investimento feito pela China na América do Sul, um dos maiores portos da América do Sul, que está sendo construído no Peru”, disse a ministra nesta quinta-feira (18), durante o programa Bom Dia, Ministra, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

A integração com esse porto, lembrou a ministra, facilitará o escoamento da produção brasileira para o mercado asiático como um todo e, em especial, com a China. “Falta pouca coisa. Apenas uma dragagem no rio. Já está inclusive dada a ordem de serviço. Aí, colocaremos na tríplice fronteira uma alfândega”, acrescentou ao lembrar que esta rota terá algo muito especial. Será a mais ecológica, porque é toda hidroviária. Levará desenvolvimento sem levar poluição ou derrubar árvores”.

A ministra lembrou que, só com o mercado sul-americano, os produtos brasileiros terão acesso a 200 milhões de pessoas. “É o mesmo número de habitantes que temos no Brasil. Portanto, teremos a possibilidade de vender produtos brasileiros para quase um novo Brasil, além de chegar mais rápido para a China e para o mercado asiático”, destacou.

As cinco rotas têm, segundo o governo federal, o duplo papel de incentivar e reforçar o comércio do Brasil com os países da América do Sul e reduzir o tempo e o custo do transporte de mercadorias entre o Brasil e seus vizinhos e a Ásia.

Rotas de integração: Rota da Ilha das Guianas, que inclui integralmente os estados de Amapá e Roraima e partes do território do Amazonas e do Pará, articulada com a Guiana, a Guiana Francesa, o Suriname e a Venezuela;

Rota Multimodal Manta-Manaus, contemplando inteiramente o estado Amazonas e partes dos territórios de Roraima, Pará e Amapá, interligada por via fluvial à Colômbia, Peru e Equador;

Rota do Quadrante Rondon, formado pelos estados do Acre eRondônia e por toda a porção oeste de Mato Grosso, conectada com Bolívia e Peru;

Rota de Capricórnio, desde os estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina, ligada, por múltiplas vias, a Paraguai, Argentina e Chile; e

Rota Porto Alegre-Coquimbo, abrangendo o Rio Grande do Sul, integrada à Argentina, Uruguai e Chile.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil