quinta-feira, 18 de julho de 2024

“A arapongagem estadunidense é uma afronta à soberania nacional”, diz Gleisi

 

Presidente do PT afirma que as sobre a “arapongagem dos EUA no Brasil” vão “lançar novas luzes sobre os crimes da Lava Jato”

Gleisi Hoffmann (Foto: Reprodução)

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, criticou os Estados Unidos após a revelação de que o país monitorou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante mais de 50 anos. A informação foi obtida pelo jornalista Fernando Morais, biógrafo de Lula, que afirmou que os norte-americanos produziram 819 documentos sobre o presidente, e divulgada pela Folha de S. Paulo.

Segundo Gleisi, as revelações são “gravíssimas”. “Gravíssimas revelações do jornalista Fernando Morais sobre a arapongagem dos EUA no Brasil. Espionavam Lula desde 1966, quando ele se filiou ao sindicato, no PT, na presidência e até na prisão. E não foram só as famigeradas CIA e NSA”, afirmou. Ela diz também que o país monitorava o Brasil em diferentes áreas, incluindo a defesa, as relações internacionais e o petróleo”.

A presidente do PT diz que o monitoramento de Lula representa uma afronta à soberania nacional brasileira e deverá permitir uma nova visão sobre os crimes cometidos pela operação Lava Jato. “A denúncia do jornalista certamente vai lançar novas luzes sobre os crimes da Lava Jato contra Lula e o Brasil. Além de ser uma inaceitável violência contra um cidadão brasileiro, a arapongagem estadunidense é uma afronta à soberania nacional”, disse.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues se filia ao PT

 

Senador assinou a ficha de filiação ao lado do presidente Lula, no Palácio da Alvorada

Lula e Randolfe Rodrigues (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, se filiou ao Partido dos Trabalhadores (PT) nesta quinta-feira (18). Ele assinou a ficha de filiação ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela manhã, no Palácio da Alvorada. Também estiveram presentes a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o ministro de Relações  Institucionais, Alexandre Padilha (PT), e a primeira-dama, Janja Lula da Silva.

O senador anunciou que deixaria a Rede Sustentabilidade, seu antigo partido, em maio de 2023. A mudança ocorreu por divergências com a principal líder da legenda, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Randolfe já foi filiado ao PT e foi deputado estadual pelo partido entre 1999 e 2005. Também foi filiado ao Psol, sigla pela qual foi eleito senador pela primeira vez , em 2010.

Com a filiação de Randolfe Rodrigues, o governo passa a ter todos os seus líderes no Congresso no mesmo partido. Além do senador pelo Amapá, também são filiados ao partido o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA). Randolfe é o articulador responsável por atuar em questões orçamentárias e votações de vetos do presidente Lula.  

Fonte: Brasil 247

Leilão de petróleo tem recorde de 10 inscritos e estimativa de arrecadar R$ 15 bi

 

PPSA espera leiloar 37,5 milhões de barris de petróleo, ante 33 milhões da estimativa anterior

Petróleo do pré-sal (Foto: Reuters)

Reuters - A Pré-Sal Petróleo (PPSA), responsável por representar a União nos contratos de partilha de produção do pré-sal, habilitou um recorde de 10 empresas para disputar o 4º leilão de petróleo da União, em 31 de julho, e elevou a estimativa de arrecadação com o certame para 15 bilhões de reais.

A previsão de arrecadação para a licitação, que será realizada na sede da B3 em São Paulo, foi elevada em 2 bilhões de reais, devido a um aumento estimado do volume que deverá ser comercializado na concorrência.

A PPSA espera agora leiloar 37,5 milhões de barris de petróleo, ante 33 milhões anteriormente, que são os montantes referentes à produção estimada da União para 2025, nos campos de Búzios e Mero, segundo e terceiro maiores produtores de petróleo do Brasil, ambos no pré-sal da Bacia de Santos.

Serão três lotes de Mero (dois com 12 milhões de barris e um com 11 milhões) e um lote de Búzios (2,5 milhões de barris).

A lista das habilitadas para o certame é composta por Petrobras, Refinaria de Mataripe, CNOOC Petroleum Brasil, ExxonMobil Exploração Brasil, Equinor Brasil Energia, Galp Energia Brasil, PetroChina International (Brazil) Trading, PRIO Comercializadora, Shell Trading Brasil e TotalEnergies EP Brasil.

Segundo a diretora técnica da PPSA e presidente interina da estatal, Tabita Loureiro, este será o leilão com maior número de competidores habilitados.

"Só o número inédito de empresas habilitadas já demonstra um interesse maior do mercado e esperamos competição nos lotes", afirmou, em comunicado.

Até então, o maior número de empresas habilitadas havia sido registrado no 3º leilão de petróleo da União, realizado em novembro de 2021, quando seis empresas enviaram a documentação e três apresentaram lances.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Record demite repórter que entrevistou Lula e vazou informação ao mercado pela agência da qual é sócia

 

Jornalista Renata Varandas vazou trechos que chegaram ao mercado antes da entrevista ser exibida pela emissora

(Foto: Reprodução)

A jornalista Renata Varandas foi desligada da Record TV na manhã desta quinta-feira (18), diz o site F5. Varandas, que era responsável pela cobertura política da emissora em Brasília (DF), foi demitida após trechos de uma entrevista que ela realizou com o presidente Lula (PT) terem sido vazados para o mercado financeiro antes de irem ao ar no Jornal da Record.

O conteúdo vazado foi divulgado pela corretora BGC e atribuído à Capital Advice, uma agência de análise política da qual Renata Varandas é sócia. A empresa informou aos investidores que Lula mencionou a necessidade de ser convencido sobre os cortes de gastos e que a meta fiscal não precisava necessariamente ser cumprida, apesar de seu compromisso com o arcabouço fiscal.

As declarações do presidente resultaram em incertezas no mercado financeiro e provocaram um aumento no valor do dólar na terça-feira (16). Por volta das 12h20, o dólar começou a acelerar e, às 13h40, atingiu a máxima de R$ 5,462 — uma valorização de 0,33% em relação ao fechamento anterior. No entanto, após a Record divulgar a entrevista completa às 13h48, a moeda americana reverteu a alta e fechou em baixa de 0,31%, sendo cotada a R$ 5,428. A Bolsa de Valores também sentiu os impactos das declarações de Lula, operando no campo negativo.

A Record afastou Renata Varandas na quarta-feira (17), manifestando incômodo com o vazamento por dois principais motivos: a quebra de confiança na jornalista, que estava em um momento de destaque na emissora e o impacto negativo na relação da Record com o governo Lula. A equipe do Ministério da Fazenda, liderada por Fernando Haddad, foi especialmente afetada pelo incidente.

Ainda conforme a reportagem, executivos da Record que apreciavam o trabalho de Renata Varandas tentaram reverter a decisão, mas não obtiveram sucesso. A emissora confirmou a demissão, afirmando que "a partir desta quinta-feira (18/07/2024), não faz mais parte da equipe de jornalismo da emissora"". Renata Varandas não se pronunciou sobre o caso.

Fonte: Brasil 247 com informações do site F5

Tebet descarta interrupção de programas sociais e obras do PAC para cortar gastos

 

A ministra do Planejamento também descartou a possibilidade de acabar com o Benefício de Prestação Continuada (BPC)

Simone Tebet (Foto: Lula Marques/Ag. Brasil)

A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), descartou a possibilidade de interromper programas sociais e obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já iniciadas para cortar gastos do governo federal, informa o G1. "Não tem nenhuma, nenhuma sinalização, nenhuma, de que o PAC especialmente na área da educação e da saúde, vai ter corte", declarou no programa "Bom dia, Ministra".

Tebet afirmou que o contingenciamento poderá ser feito em obras que ainda não iniciariam, e que esses cortes serão temporários. "Ainda que a gente tenha que fazer cortes temporários, contingenciamento ou bloqueios em obras de infraestrutura a gente faz naquelas que não iniciaram ou que não iniciariam agora para que a gente possa depois de dois meses --porque a cada dois meses a gente faz essa revisão”, afirmou.

Sobre os programas sociais, a ministra falou sobre a necessidade de fazer um pente-fino para identificar possíveis irregularidades e fraudes. "Quando falamos do Bolsa Família, estávamos passando por pandemia em que liberamos o cadastro. Da pandemia pra cá, Brasil cresceu e estamos com empregos recordes. Isso significa que muita gente que precisava do Bolsa não precisa mais, fizemos filtro e conseguimos economizar R$ 12 bi", explicou.

Simone Tebet também descartou a possibilidade de acabar com o Benefício de Prestação Continuada (BPC). "Uma parte foi para políticas públicas, outra pro déficit fiscal, mas também para puxar a fila do Bolsa. Estamos analisando suspeitas no INSS, não vai acabar o BPC, agora o que não pode é uma única pessoa ter duas carteiras, dois CPFs, dois RGs. Então conseguimos fazer revisão de gastos com inteligência e justiça social. Agora, precisamos fazer cortes", disse a ministra.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

TRF-1 enterra ação sobre fraude no BNDES e critica denúncia 'impossível de entender'

 

Acusação era de que fraudes no BNDES teriam permitido a liberação excessiva de verbas para a empresa JBS

Edifício sede do BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, no Centro do Rio. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Por Danilo Vital, Conjur Após analisar 800 páginas de uma denúncia prolixa, a 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região negou provimento ao recurso do Ministério Público Federal e rejeitou o seguimento da ação penal contra políticos e servidores acusados de fraudar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em R$ 1,8 bilhão.

O caso foi enterrado em julgamento na tarde de terça-feira (16/7). Por unanimidade, o colegiado manteve a rejeição da denúncia, feita pelo juízo da 12ª Vara Federal de Brasília.

A acusação é de que fraudes no BNDES teriam permitido a liberação excessiva de verbas para a empresa JBS, por meio da atuação de uma quadrilha que envolveria o empresário Joesley Batista, o então deputado federal Antonio Palocci e outros.

A denúncia contra 12 pessoas foi recebida apenas em relação o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, seu filho, o empresário Leonardo Vilardo Mantega, e o ex-presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e resultou na absolvição dos três, ainda pendente de recurso.

A rejeição da denúncia contra os demais foi alvo de recurso em sentido estrito, que foi negado por unanimidade de votos. Em seu voto, o relator, desembargador Néviton Guedes, apontou que não há indícios mínimos de crime e fez críticas à forma como o caso foi tratado.

Impossível de entender - O Ministério Público Federal ofereceu denúncia com 400 páginas e, posteriormente, fez um aditamento com outras 400 laudas. Segundo o relator, o órgão falhou no dever de informar e bem delimitar o objetivo da acusação.

Ele apontou que a peça dificulta saber com precisão a data dos fatos. A acusação inicialmente trata de período entre 2007 e 2009, mas posteriormente projeta fatos até 2010, o que gerou dúvidas no julgador e em sua equipe.

“Em 400 páginas é impossível a pessoa ter clareza do que se está acusando, do que o outro está se defendendo e do que o juiz está considerando”, disse o desembargador.

“A denúncia foi transformada em verdadeira alegação final. Quando se está precisando de alegações finais e isso acontece na denúncia, é um sintoma muito claro de que ela não tem condições de ser recebida”, continuou.

Segundo Néviton Guedes, a denúncia é uma peça que fala por si só e é rapidamente acolhida. Se ela precisa de defesa, ela tem algum problema. “E uma denúncia de 400 páginas, convenhamos, dificulta muito a capacidade de compreensão.”

“Não quero menosprezar o trabalho quase sobre-humano que deve ter sido feito pelos procuradores que ofereceram a denúncia, mas é preciso guardar atenção ao nosso trabalho. Tanto o órgão acusador como o juízo devem garantir a quem se defende a condição mínima de saber do que se está sendo acusado, com simplicidade”, apontou o relator.

“Alguém tem que ter o direito de, em poucas palavras, dizer: estou sendo acusado de, no dia tal, ter feito tal coisa, de tal maneira e com tal instrumento. E não ser submetido à leitura de uma peça de dezenas, centenas — nesse caso quase 500 — páginas”, complementou.

A votação foi unânime. A desembargadora Maria do Carmo Cardoso complementou que a denúncia oferecida tem repetição imensa de trechos e documentos em língua estrangeira sem tradução. “Uma coisa bastante difícil”. Também acompanhou o desembargador Clodomir Sebastião Reis.

O caso - Em março do ano passado, a 12ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal rechaçou as acusações do Ministério Público Federal sobre supostas irregularidades em financiamentos concedidos pelo BNDES a empresas do grupo J&F.

À época, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, seu filho, o empresário Leonardo Vilardo Mantega, e o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho foram absolvidos.

Mantega era acusado de gestão fraudulenta, assim como Coutinho, que também foi denunciado por prevaricação financeira. Já Leonardo era acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Com base nos relatos das testemunhas, especialmente servidores e ex-servidores do BNDES, o juiz Marcus Vinícius Reis Bastos não constatou “qualquer ato ou iniciativa” de Guido e Coutinho que revelasse “malversação dos recursos da instituição” ou “desprezo pelos processos internos então adotados para a concessão de financiamentos”.

“O Tribunal Regional Federal da 1ª Região reafirma o despropósito da tentativa do Ministério Público Federal de transformar em réus técnicos do BNDES experientes, profissionais corretíssimos, que sempre exerceram as suas atividades com absoluta integridade. A prova dos autos é contundente a demonstrar o rigor dos procedimentos internos do banco, a qualidade do trabalho dos servidores e, acima de tudo, a regularidade das operações financeiras questionadas.
Essa regularidade foi confirmada pelo Tribunal de Contas da União, que ainda afirmou não ter havido qualquer dano ou prejuízo à instituição. A decisão coloca um ponto final nessa injusta acusação que, mesmo sem ter conseguido levar à instauração de um processo, provocou muito sofrimento nos envolvidos”, afirmou a advogada Camila Vargas do Amaral, sócia do escritório Rahal, Carnelós e Vargas do Amaral Advogados, que representou os réus da área técnica do banco.

Fonte: Brasil 247 com informações do Conjur

Tebet diz que Lula determinou compromisso de governo não gastar mais do que arrecada

 

Ministra do Planejamento ainda afirmou que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 será votada no Congresso entre agosto e setembro

Simone Tebet (Foto: Washington Costa/MPO)

Reuters - A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta quinta-feira que o governo possui o compromisso, determinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de não gastar mais do que arrecada, acrescentando que tal premissa vai se refletir no orçamento do próximo ano.

Falando durante entrevista ao programa "Bom dia, Ministra", no CanalGov, Tebet ainda afirmou que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 será votada no Congresso entre agosto e setembro.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Brasil apresenta objetivos de desenvolvimento sustentável na ONU

 

Das 169 metas, apenas 14 foram plenamente cumpridas

Márcio Macêdo (sentado na ponta, de gravata vermelha) ao lado de Wellington Dias (Foto: Roberta Aline / MDS)

Por Bruno Bocchini, repórter da Agência Brasil - Depois de seis anos, o Brasil voltou a apresentar na Organização das Nações Unidas (ONU) um balanço de seus objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS). Chamado de Relatório Nacional Voluntário, o documento mostra a evolução do Brasil em cada um dos 17 ODS das Nações Unidas, do período de 2016 a 2022.

A apresentação do relatório brasileiro foi feita nesta quarta-feira (17) pelo ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo. A sessão ocorreu no Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável, na sede da ONU, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Segundo ele, o Brasil decidiu voltar a apresentar o relatório para demonstrar a retomada do compromisso do país com o desenvolvimento sustentável e a Agenda 2030. “Apresentar o diagnóstico sobre a implementação das metas, dos objetivos do desenvolvimento sustentável no país, comunicar mundialmente a atuação do Brasil com relação à agenda 2030, e restabelecer sua imagem internacional como protagonista da agenda do desenvolvimento”, disse o ministro.

O documento apresentado pelo Brasil considera o período de 2016 a 2022 e mostra que, das 169 metas dos ODS, apenas 14 (8,2%) foram plenamente cumpridas; enquanto 35 (20,7%) apresentaram uma evolução positiva; 26 metas (15,4%) não mostraram nenhum progresso, e 23 (13,6%) sofreram retrocessos. Já 71 metas (42%) não puderam ser adequadamente avaliadas devido à falta de dados disponíveis ou a irregularidades nas séries de dados coletados.

“Não é um mapa agradável, infelizmente eu vou ter que mostrá-lo aqui, o que aconteceu no país nesses últimos seis anos, sobretudo nos últimos quatro anos de desmonte de todas as políticas públicas de proteção à pessoa humana e ao cidadão”, disse Macêdo.

“Esse, infelizmente, foi onde o Brasil foi levado nesses últimos seis anos, com políticas públicas fragilizadas e desmanteladas pelo governo anterior. O retorno do Brasil ao Mapa da Fome, a população brasileira vulnerável nos temas da saúde e da pobreza extrema, e a fragilização da democracia”, acrescentou.

Retomada

O relatório destacou também as ações que a atual gestão do governo federal tem feito desde 2023 para avançar na Agenda 2030 e nas metas dos ODS. Entre os destaques estão a recriação da Comissão Nacional dos ODS, a retomada de programas de combate à fome, à pobreza e à desigualdade; de enfrentamento das emergências climáticas e preservação dos biomas; de transição energética justa e sustentabilidade da Amazônia; além da defesa da democracia, igualdade racial e trabalho decente, e participação da sociedade brasileira nas decisões das políticas públicas.

“Quando nós chegamos ao governo, nesse terceiro mandato do presidente Lula, o presidente encontrou 33 milhões de brasileiros famintos e mais um terço da população com algum tipo de insegurança alimentar. Com a retomada do novo Bolsa Família, com as Cozinhas Solidárias, com a economia popular, com os programas sociais, já retiramos, nesses um ano e meio, 24,5 milhões de brasileiros que estavam na fome e na miséria absolutas”, destacou Macêdo.

O ministro ressaltou ainda o lançamento de programas como o Plano Brasil Sem Fome, o Programa de Aquisição de Alimentos, o Programa de Aquisição de Alimentos para Merenda Escolar, o Plano Safra da Agricultura Familiar e do Agronegócio e o lançamento da Política Nacional de Agroecologia.

“Quero falar que na educação também, nós retomamos programas como a expansão das universidades e criamos o Pé de Meia, um programa que visa manter os jovens do ensino fundamental e médio na escola”, disse.

Segundo o documento apresentado, a agenda de enfrentamento à mudança do clima passou, desde 2023, a traba­lhar em colaboração com as políticas de desenvolvimento econômico, social e am­biental. O texto destaca que o Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima foi reformulado e o Plano Clima está sendo elaborado de forma participativa.

“Nós fizemos o plano de ação para a prevenção e controle do desmatamento na Amazônia Legal, reduzindo em quase 50% o desmatamento no nosso país, já no primeiro momento. E a nossa meta é o desmatamento zero. E estamos acabando de lançar o Plano Clima Participativo, que vai ser feito com a participação da sociedade para enfrentar as mudanças climáticas”, disse o ministro.

O ministro encerrou a apresentação destacando a iniciativa brasileira de criar o ODS 18, que trata da Igualdade Étnico-Racial. A proposta foi apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Assembleia Geral da ONU em 2023.

“O ODS 18 é voluntário e foi assumido pelo nosso país. Está em processo de implementação e já foi criada uma câmara técnica no universo da Comissão Nacional de ODS e feita a elaboração das metas e indicadores que vão ser debatidos, discutidos e validados pela sociedade brasileira organizada, os movimentos sociais”.

Fonte: Brasil 247

"Esse Ramagem vai ser preso ainda", diz Lindbergh Farias

 

Deputado afirma que o ex-diretor da Abin comandou diversos crimes no cargo

Lindbergh Farias (mais destaque), Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem e a Abin (Foto: Geraldo Magela)

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) utilizou suas redes sociais para fazer duras críticas a Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Em uma postagem no X, Lindbergh acusou Ramagem de ter montado uma estrutura paralela dentro da Abin para proteger a família Bolsonaro e espionar seus inimigos políticos.

"Ramagem montou uma estrutura paralela para proteger a família Bolsonaro e espionar seus inimigos. Ele não tinha como se sair bem no depoimento. Foram mais de seis horas de depoimento. No caso das rachadinhas do Flávio Bolsonaro, ficou claro que o ex-presidente Jair Bolsonaro usou a estrutura do estado para perseguir até auditores fiscais. Esse Ramagem vai ser preso ainda. É muito grave o que vai surgir ainda. Chega a ser curioso ele sair desse depoimento para fazer campanha. Quem esteve por trás dessa Abin sempre foi o Carlos Bolsonaro. E todos eles vão ter que pagar", declarou Lindbergh.

Contexto das Investigações

Alexandre Ramagem prestou depoimento nesta quarta-feira (17) na sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro, no âmbito das investigações sobre a Abin paralela. A Polícia Federal está investigando o uso da estrutura da Abin para investigar desafetos políticos, magistrados e jornalistas durante o período em que Ramagem foi diretor, na gestão de Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2022.

O depoimento de Ramagem ocorreu dois dias após o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubar o sigilo de uma gravação feita pelo delegado em uma reunião ocorrida em agosto de 2020. A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes na segunda-feira (15). O encontro gravado contou com a participação do então presidente Jair Bolsonaro e do então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.

Também participaram da reunião advogados do senador e filho do ex-presidente, Flávio Bolsonaro, que estava sendo investigado por suspeita de "rachadinha" em seu gabinete durante o período em que foi deputado estadual no Rio de Janeiro. As gravações revelam conversas para que órgãos oficiais fossem usados com o intuito de influenciar o encerramento da investigação contra o senador.

O áudio foi encontrado pela Polícia Federal em um computador apreendido em endereços ligados a Ramagem. O conteúdo sugere que a gravação do encontro ocorreu sem o conhecimento dos demais participantes. Em um trecho, Bolsonaro afirma que "a gente nunca sabe se alguém está gravando alguma coisa". Mesmo assim, após a queda do sigilo, Ramagem afirmou que o ex-presidente sabia da gravação.

A Polícia Federal também está investigando detalhes de um encontro entre Ramagem e o delegado Luiz Fernando Corrêa, que assumiu a direção da Abin em junho do ano passado. Outro foco das investigações é determinar a relação de Ramagem com cinco homens presos na semana anterior, suspeitos de participação no chamado “gabinete do ódio”, em desdobramento da operação Última Milha.

A Polícia Federal está considerando a possibilidade de negociar três delações premiadas, que poderiam trazer mais detalhes e implicar outros envolvidos nas atividades ilícitas.

As declarações de Lindbergh Farias aumentam a pressão sobre Alexandre Ramagem e a família Bolsonaro, que já enfrentam uma série de investigações e acusações. O andamento das investigações e as possíveis delações premiadas podem revelar mais informações sobre o suposto uso da Abin para fins pessoais e políticos, potencialmente levando a consequências legais para os envolvidos. 
Confira:


Fonte: Brasil 247

Maduro alerta para perigo de guerra civil na Venezuela

 

De acordo com o presidente e candidato à reeleição, o perigo tem origem nas forças de extrema direita

Maduro em campanha (Foto: Presidência venezuelana )

Prensa Latina - O candidato à Presidência da Venezuela pelo Grande Polo Patriótico, Nicolás Maduro, alertou sobre uma possível guerra civil se a direita fascista conseguir enganar a população nas eleições de 28 de julho.

Durante um ato na noite de quarta-feira (17) no município de Iribarren, Barquisimeto, estado de Lara (noroeste), o mandatário, que busca sua segunda reeleição e terceiro mandato, manifestou que a extrema direita está imbuída no ódio, no desejo de vingança, racismo e desprezo ao povo.

Sublinhou que se os políticos da extrema direita enganarem a população na Venezuela “poderia vir um banho de sangue e uma guerra civil” porque este povo não vai deixar que tirem seu país, que entreguem a Guiana Esequiba e privatizem os direitos sociais.

O chefe de Estado afirmou que “somos uma força e um Poder Popular em cada rua e comunidade, mas também somos um poder militar e policial, e a união cívico-militar não vai deixar tirar esta pátria”.

Em seu discurso diante de milhares de seguidores, Maduro advertiu que o que acontecer no dia 28 de julho determinará se haverá paz e estabilidade nos próximos anos ou se “a Venezuela entrará em um espiral de violência, de desestabilização e uma guerra civil”.

Retrocedemos e somos uma colônia ou continuamos sendo uma pátria livre e soberana, capitalismo selvagem ou continuamos construindo nosso modelo humanista e libertador, cristão e bolivariano, advertiu.

Maduro pediu um voto pela paz, pela tranquilidade, pelo direito ao futuro e à independência.

“Saíam para votar porque somos os únicos que garantimos a paz e a própria existência da República Bolivariana; paz ou guerra, tranquilidade ou violência, então, vamos votar e triunfar”, exortou.

Maduro afirmou que sua candidatura agrupa todas as forças revolucionárias e chavistas, é a garantia da paz, e comentou que “estamos construindo uma vitória entre todos, este não é o problema de um homem, mas de um país”.

Como parte do processo em andamento do cronograma eleitoral, o Painel de Especialistas das Nações Unidas e a Missão Técnica de Observação Eleitoral do Centro Carter continuaram seus encontros com os candidatos da oposição a caminho da eleição número 31 desde a chegada de Chávez em 1999.

Estes últimos se reuniram na quarta-feira com o candidato pelo partido Soluções, Claudio Fermín, que agradeceu na rede social X a presença no país do grupo de observadores internacionais e reiterou o “compromisso com a participação, o voto, o respeito à soberania e à vontade popular”.

Fonte: Brasil 247 com Prensa Latina

Eólica offshore pode ser "nova energia hidrelétrica" do Brasil, diz estudo do Banco Mundial

 

Estudo foi entregue ao Ministério de Minas e Energia

Energia eólica offshore (Foto: Reuters)

SÃO PAULO (Reuters) - A energia eólica offshore pode representar uma opção de "proteção energética" para o Brasil diante de secas cada vez mais recorrentes que prejudicam a geração hídrica, ainda a principal fonte da matriz elétrica nacional, segundo um estudo sobre o tema realizado pelo Banco Mundial e entregue ao Ministério de Minas e Energia.

A análise da instituição destaca o potencial da eólica offshore como "a nova energia hidrelétrica do Brasil", isto é, uma fonte que poderia atenuar a variabilidade da geração hidrelétrica ao longo do ano, e que, se adotada em larga escala, poderia constituir parte intrínseca da base de geração limpa do país.

O estudo apontou que, comparando a produção real de energia hidrelétrica com a produção simulada de energia eólica offshore durante um período de sete anos, a produção eólica offshore seria maior nos meses em que os níveis hídricos estivessem mais baixos.

"Segundo a análise, a variabilidade anual da energia eólica offshore seria significativamente inferior à da energia hidrelétrica em grande parte do país. Logo, se implementada em grande escala, a energia eólica offshore pode oferecer uma 'proteção energética' para anos com secas inusitadas, como foi observado, por exemplo, na última década", diz o relatório.

O Banco Mundial ressaltou, porém, que as eólicas offshore só seriam capazes de compensar a variabilidade da produção hídrica se atingirem escala suficiente, com uma aposta mais agressiva do país na fonte do que o atualmente vislumbrado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

O cenário-base do estudo considera as projeções atuais da EPE, que apontam uma adoção "modesta" da energia eólica offshore, com 4 gigawatts (GW) operacionais em 2035 e 16 GW até 2050. Isso significaria investimentos de cerca de 40 bilhões de dólares até 2050 para construção dos parques no mar, com um uso de apenas 1,2% do leito marinho disponível, principalmente no Nordeste.

O Brasil apresenta um enorme potencial para exploração de energia eólica offshore e já tem quase 100 projetos, que somam cerca de 230 GW de potência, com pedido de licenciamento ambiental junto ao Ibama, mas todos ainda em estágios iniciais de desenvolvimento.

A tecnologia atrai a atenção de grandes empresas, desde petroleiras até geradoras de energia elétrica, que apontam como o principal impeditivo para tirar os empreendimentos do papel a falta de um marco regulatório para o segmento. Há uma proposta em tramitação no Congresso, mas a inclusão de uma série de emendas "jabutis" no texto acabou dificultando sua aprovação.

Além disso, os custos para construção dos parques e aquisição dessa energia ainda são bem mais elevados se comparados com o de outras fontes renováveis, como as eólicas em terra e a solar.

Segundo o relatório do Banco Mundial, considerando metas de alto volume e condições apropriadas, o custo da energia eólica offshore poderia cair de 344 reais por megawatt-hora (MWh) calculado para os primeiros projetos -- cerca de 50% acima dos preços das energias solar e eólica onshore -- para uma faixa de 279 a 215 reais/MWh até 2050, valores já competitivos frente às outras fontes.

O estudo traça ainda um cenário "intermediário" e um "ambicioso" para a fonte no Brasil, considerando mais capacidade instalada entrando em operação até 2050.

Esses níveis mais altos de penetração da eólica offshore exigiriam, por exemplo, obras de modernização do sistema de transmissão, investimentos maiores em infraestrutura portuária e reforços da cadeia de suprimentos para fornecimento de turbinas, apontou o relatório.

Do ponto de vista ambiental e social, o Banco Mundial avaliou que, no cenário-base, os impactos seriam relativamente baixos, dado o uso limitado do leito marinho disponível. Já nos cenários de maior penetração da fonte, os impactos seriam maiores, principalmente se o desenvolvimento se estender para o Sul, onde o potencial da eólica offshore encontra-se, quase em sua totalidade, numa área marinha ecológica ou biologicamente significativa (EBSA).

Fonte: Brasil 247

Acordo Mercosul-União Europeia é 'inadiável', diz presidente da Itália

 

"O acordo Mercosul-União Europeia é muito importante, inadiável e historicamente de grande valor", disse o presidente da Itália, Sergio Mattarella

Lula e Sergio Matarella (Foto: Ricardo Stuckert)

ANSA - O presidente da Itália, Sergio Mattarella, que está em visita oficial ao Brasil, afirmou que o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia é "inevitável" e pode contribuir para a paz no mundo.   

O tratado chegou a ser concluído em 2019, mas nunca foi ratificado por nenhum dos dois blocos, e novas exigências ambientais de Bruxelas reabriram as tratativas no ano passado.   

"O acordo Mercosul-UE é muito importante, inadiável e historicamente de grande valor", disse Mattarella em entrevista à CNN Brasil. "É importante porque constrói uma rede de colaboração positiva que ajuda a paz no mundo", acrescentou o chefe de Estado, que discutiu o tema em seu encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília, na segunda-feira (15).   

Segundo o líder italiano, a integração entre continentes contribui para "crescer economicamente com bem-estar, estabilidade e segurança para o futuro".   

Durante a entrevista, Mattarella também apontou sinergias entre as presidências do Brasil no G20 e da Itália no G7, como a luta contra a crise climática, o combate à fome e à desigualdade e a atenção com o fenômeno da inteligência artificial.   

"Essa consonância de temas incentiva os outros países que participam dos dois fóruns a se ocupar das mesmas questões, que são fundamentais para o futuro", salientou. 

fonte: Brasil 247 com ANSA

'Abin paralela': PF não cogita prisão preventiva de Bolsonaro, mas vê condenação inevitável

 

Por outro lado, PF pode pedir a prisão preventiva se novas provas mostrarem a necessidade de levar Bolsonaro à cadeia

Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)

Apesar do avanço nas investigações na última semana, a Polícia Federal não vê elementos para a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo caso “Abin paralela” antes de ir a julgamento, informa a jornalista Basília Rodrigues, da CNN. Nesse sentido, uma prisão preventiva, que ocorre durante as investigações, não é cogitada neste momento, o que pode mudar caso provas da necessidade de levar Bolsonaro à cadeia sejam encontradas.

Para os investigadores, a PF não busca uma “bala de prata”, provas ou evidências que resolvam o caso de uma vez. A avaliação é de que há diversas provas, que juntas formam um conjunto probatório, de qualidade e capaz de mostrar o uso indevido da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para perseguir os desafetos do então presidente. Pela lei brasileira, a prisão preventiva pode ser decretada com garantia da ordem pública, em casos em que a pessoa estiver atrapalhando as investigações ou repetindo o crime.  

Os agentes da PF acreditam que Bolsonaro deve ser condenado via Poder Judiciário, tornando a prisão inevitável após toda a etapa da investigação. A própria polícia poderia cumprir a prisão antes da condenação, caso seja autorizada pela Justiça. No entanto, isso não deve ocorrer antes das eleições municipais para não gerar mobilizações sociais com consequências políticas.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Bilionário que financiou campanha de Bolsonaro agora apoia PSB de Tabata Amaral

 

Salo Davi Seibel, conhecido por financiar as campanhas de Jair Bolsonaro, Ricardo Salles e Tarcísio de Freitas, doou R$25 mil para o PSB

Tabata Amaral (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O empresário bilionário Salo Davi Seibel, que anteriormente financiou campanhas de Jair Bolsonaro e Ricardo Salles, mudou seu foco de contribuições políticas e agora é doador do PSB, partido da deputada Tabata Amaral. De acordo com informações do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, em 17 de junho, Seibel doou R$ 25 mil ao PSB, conforme consta na prestação de contas da sigla apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em 2022, Seibel doou R$ 50 mil para a campanha de reeleição de Bolsonaro. No mesmo ano, ele também destinou R$ 50 mil para a campanha de Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao governo de São Paulo e R$ 15 mil para o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS).

Ainda de acordo com a reportagem, Seibel, um dos controladores do grupo Ligna, passa a integrar a lista de doadores do PSB ao lado de nomes como o apresentador Luciano Huck e o fundador da Natura, Guilherme Leal. Ainda figuram a lista nomes como Armínio Fraga, da Gávea Investimentos; Luís Stuhlberger, da Verde Asset; e o ex-presidente do Banco Central e do BNDES, Persio Arida.

A reportagem acrescenta, ainda, que as doações ao PSB em 2024 coincidem com a pré-candidatura da deputada Tabata Amaral à Prefeitura de São Paulo. De janeiro a julho, a sigla já arrecadou R$ 595 mil em doações, de acordo com dados do TSE.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Ministério Público multa Michel Teló por desmatar área de preservação para plantio de soja

 

Fazenda pertencente à família do cantor sertanejo está localizada em Campo Grande, no Mato Grosso Sul

(Foto: Divulgação)

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou inquérito civil para apurar um desmatamento em área de preservação permanente (APP) em uma fazenda que pertence ao cantor sertanejo Michel Teló, em Campo Grande. Segundo o jornal Correio do Estado, o desmatamento foi identificado por imagens de satélite em duas áreas da Fazenda Esperança, totalizando 1.596 hectares, que integram a área de proteção ambiental municipal da bacia do córrego Ceroula. O desmate tinha como objetivo o cultivo de soja. 

“Após a constatação do desmatamento, os proprietários da propriedade rural foram multados em R$ 4 mil pelo desmatamento em área de proteção permanente”, destaca a reportagem. Também foi feita uma notificação para a regularização da área desmatada.

Recentemente, Teló divulgou um vídeo no Youtube mostrando o local e comentou os projetos para investir em agricultura, com foco no plantio de soja. César Augusto Teló, responsável pelo local, informou ao Ministério Público que apresentou o Projeto de Recuperação de Área Degradada e Alterada (PRADA), Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a solicitação das taxas para o licenciamento corretivo, além da  volumetria da reposição florestal, logo após ter  recebido a notificação para regularização das intervenções. O Prada teria sido feitoapós a autuação ser lavrada e contemplava a APP do imóvel, além de puro locais que deveriam ser recuperados. 

César Teló também destacou que as áreas que deveriam ser recuperadas correspondem a 0,1% da propriedade e que a área destinada à reserva legal está preservada em sua totalidade. Ele pediu o arquivamento da apuração. Em resposta, o Ministério Público disse que um  inquérito civil em que haja dano ambiental não pode ser arquivado sem seja feita a formalização de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), mesmo com o protocolo do Prada. 

Com isso, o promotor Luiz Antônio Freitas de Almeida, da 34ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, pediu a apuração da reparação da área de preservação permanente da fazenda e cobrou do Imasul a conclusão dos autos.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Correio do Estado