quinta-feira, 18 de julho de 2024

Expectativa sobre novo corte de despesas no Orçamento deste ano deve acabar nesta quinta, 18, na reunião da JEO com Lula

 Valor do bloqueio ainda é incerto


A Junta de Execução Orçamentária (JEO) deverá bater o martelo, hoje, em reunião no Palácio do Planalto, sobre o tamanho do contingenciamento necessário para cumprir a meta fiscal deste ano. Em março, o governo anunciou um bloqueio de R$ 2,9 bilhões no Orçamento deste ano. A expectativa, agora, é de que o valor do novo bloqueio de despesas precisará ser bem maior para o mercado se convencer de que a equipe econômica está realmente comprometida na busca do equilíbrio fiscal.


A meta fiscal deste ano permite um rombo de até 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), algo perto de R$ 29 bilhões. Para 2025, o governo previa um superavit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida pública) de 0,5% do PIB, mas reduziu o esforço fiscal para um deficit de até 0,25%. Zerar o deficit primário das contas públicas neste ano, como está definido na meta fiscal, será uma missão impossível para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de acordo com especialistas ouvidos pelo Correio.


Na agenda do ministro de hoje, há duas reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sendo uma na parte da manhã, às 9h30, e outra à tarde, às 15h30. O chefe do Executivo deverá bater o martelo com Haddad sobre o tamanho do corte que será anunciado pela equipe econômica, na semana que vem. 


Segundo os analistas, para manter o resultado primário na margem de tolerância da meta fiscal, seria preciso cortar, pelo menos, o dobro do que os R$ 10 bilhões que estão sendo ventilados como possível corte pela Esplanada dos Ministérios. Esse valor é muito baixo se comparado com as estimativas do mercado para o rombo fiscal deste ano. A Instituição Fiscal Independente (IFI), por exemplo, prevê um saldo negativo de 0,7% do PIB, ou R$ 75 bilhões.


O especialista em contas públicas Manoel Pires, coordenador do Centro de Política Fiscal e Orçamento Público do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), calcula que, para o resultado primário ficar dentro do limite de R$ 29 bilhões de rombo fiscal, o corte orçamentário precisaria ficar entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões.


Logo, para o governo contingenciar R$ 10 bilhões neste ano, ele precisará adotar medidas contábeis e combater fraudes em benefícios sociais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Bolsa Família. Haddad já adiantou que elevará a previsão crescimento do PIB deste ano, atualmente em 2,5%. Resta saber para quanto irá essa estimativa, pois, no cenário otimista da IFI, com o PIB avançando 3,3%, o governo ainda fechará 2024 no vermelho.


“O governo vai tentar uma revisão para cima do PIB e esse aumento de receita projetado, assim como antecipação de algumas medidas de revisão de gastos, poderia fazer com que o contingenciamento fosse menor”, afirmou Pires. Ele lembrou que, caso o governo fosse obrigado a incluir na meta fiscal despesas como precatórios e o socorro da União ao Rio Grande do Sul, o deficit deste ano seria ainda maior — e o corte precisaria ficar entre R$ 45 bilhões a R$ 50 bilhões. De acordo com Manoel Pires, que também administra o Observatório de Política Fiscal do FGV Ibre, não há a menor chance de o governo conseguir zerar o deficit primário neste ano.


A especialista em contas públicas Vilma Pinto, diretora da IFI, reforçou que um corte de R$ 10 bilhões no Orçamento será insuficiente para alcançar o deficit zero. “Mas se isso vai ser suficiente ou não, vai depender muito das premissas do governo. Se olharmos as premissas da IFI, o nosso cenário hoje é um deficit de 0,7% do PIB, no setor público consolidado”, destacou.


Cenário otimista


“Pelo que temos observado, desde a avaliação do primeiro bimestre, o governo tem adotado essa postura de fazer pequenos pequenos bloqueios no Orçamento para ir atualizando esse contingenciamento ao longo do tempo”, observou a diretora da IFI. “Logo, é difícil avaliar”, acrescentou.


Vilma Pinto lembrou ainda que o cenário do governo para a atividade econômica já estava mais otimista do que o da IFI. No cenário base, a instituição elevou a estimativa de alta do PIB deste ano de 1,9% para 2,2%. “Todos esses fatores influenciam no quanto que vai ser contingenciado ou não no Orçamento deste ano”, alegou.


A JEO é composta por três ministros da área econômica e um do Planalto. Além de Haddad e do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, integram o colegiado as ministras do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. 


De acordo com uma fonte da Esplanada, o número do novo corte orçamentário que será divulgado, no dia 22, com o relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas, será “o que precisa ser” e a decisão “vai ser técnica e não política”.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Correio Brasiliense

Ramagem sai calado da PF depois de depor por quase 7h sobre ‘Abin Paralela” e reunião para blindar rachadinha de Flávio (vídeo)

 Depoimento faz parte da investigação do possível uso ilegal de sistemas da Abin para espionar autoridades e desafetos políticos no governo Bolsonaro



O delegado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) e pré-candidato à Prefeitura do Rio pelo PL, depôs por quase 7 horas na sede da Polícia Federal, no Centro do Rio, nesta quarta-feira (17). Ele chegou exatamente às 15h20 e deixou o local por volta das 22h.


O depoimento faz parte da operação Última Milha, deflagrada em 11 de julho, que investiga, desde 2023, o possível uso ilegal de sistemas da Abin para espionar autoridades e desafetos políticos no governo Jair Bolsonaro.


De acordo com as investigações, o grupo usou sistemas de GPS para rastrear celulares sem autorização judicial.


Ramagem, então diretor da Abin neste período da gestão Bolsonaro, é apontado como o responsável por gravar uma reunião que teve o ex-presidente entre os participantes e se discutia o uso de órgãos públicos para interromper investigações contra o senador Flávio Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro.


A TV Globo apurou que um dos assuntos relativos ao caso, e que deve ter sido perguntado nesta quarta, é o possível encontro extraoficial entre Ramagem e o atual diretor da agência, o delegado federal Luiz Fernando Corrêa. Segundo informações, o encontro “secreto” teria acontecido dentro da Abin, em junho do ano passado.


Na segunda-feira (15), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou o sigilo de uma gravação feita por Ramagem de uma reunião que contou com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro, do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e com as advogadas de Flávio Bolsonaro.


Na ocasião, de acordo com as investigações, o grupo discutiu formas de usar órgãos oficiais para reverter investigação contra o senador do PL.


A reunião ocorreu no dia 25 de agosto de 2020. Na época, Flávio era investigado por suspeita de rachadinha em seu gabinete durante o mandato de deputado estadual.


Os servidores da Receita Federal levantaram movimentações do senador a partir de levantamentos do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), mostrando incompatibilidade com a renda dele.


Na reunião gravada, os participantes buscaram maneiras de descredibilizar essas investigações usando órgãos do governo, de acordo com a Polícia Federal. Os participantes da reunião negam que tenham cometido qualquer irregularidade.

Em determinado momento da reunião gravada, a advogada Luciana Pires fala em buscar dados sobre pessoas envolvidas em apurações sobre Flávio Bolsonaro. Após a revelação do áudio, os participantes da reunião ou seus advogados se manifestaram.


Em outubro de 2020, o Ministério Público do Rio denunciou à Justiça o senador Flávio Bolsonaro, o ex-assessor dele Fabrício Queiroz e mais 15 investigados pelos crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita no esquema da “rachadinha”, na época em que Flávio Bolsonaro era deputado na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).


Flávio Bolsonaro foi acusado de chefiar uma organização criminosa que recolhia parte do salário de seus ex-funcionários para seu benefício – prática conhecida como “rachadinha”. O senador nega que tenha cometido os crimes.


Segundo o MP, foram identificados pelo menos 13 assessores que repassaram parte dos salários ao ex-assessor de Flávio, Fabrício Queiroz. De acordo com documento do órgão, ele recebeu 483 depósitos na conta bancária, mais de R$ 2 milhões.


Em novembro de 2021, o STJ anulou as decisões do juiz de primeira instância que quebrou os sigilos bancário e fiscal de Flávio Bolsonaro e outros 102 alvos.


No mesmo mês, o STF anulou quatro dos cinco Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) do Coaf, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras, que embasaram a investigação da “rachadinha”.


Com estas decisões, permaneceu válido apenas o primeiro RIF, que deu início à investigação da “rachadinha” ao detectar movimentações financeiras consideradas suspeitas de Fabricio Queiroz, assessor do gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj.


Depois da anulação das principais provas da investigação pelo STJ e pelo STF, o MP pediu ao Órgão Especial do TJ do Rio que a denúncia contra Flávio Bolsonaro fosse arquivada, ou seja, extinta sem análise do mérito.


Mas, em maio de 2022, os desembargadores do Órgão Especial rejeitaram a denúncia por ausência de justa causa, em vez de arquivá-la. Em setembro de 2023, a 5ª Turma do STJ manteve a decisão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio que rejeitou, em vez de arquivar sem resolução de mérito, a denúncia contra o atual senador.



Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Acidente da Tam: maior tragédia da aviação brasileira completa 17 anos

 

Queda do avião na chegada a Congonhas matou 199 pessoas

Há exatos 17 anos, às 18h48, o Brasil registrou a maior tragédia da aviação brasileira: o acidente com o Airbus A-320 da TAM em São Paulo, no aeroporto de Congonhas, localizado na zona sul da capital. 199 pessoas morreram, das quais 12 em solo. Naquele dia fatídico, a pista estava molhada e, por conta de uma reforma, estava sem as ranhuras que facilitam a frenagem da aeronave, o chamado "grooving" na linguagem da aviação.  No procedimento de pouso, o Airbus atravessou a pista e chocou-se contra um prédio de cargas na avenida Washington Luiz, da própria companhia aérea. 

O relatório final apontou diversos fatores que contribuíram para o acidente, mas até hoje, depois de 17 anos, ninguém foi considerado culpado pela Justiça. Atualmente, no local da queda existe um memorial em homenagem às vítimas e, ao centro, um pé de amora que sobreviveu ao acidente.

O Airbus A-320 da TAM vinha do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre e, de acordo com o Cenipa - Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos -, a companhia aérea havia colocado dois comandantes no mesmo voo, ao invés de um comandante e um co-piloto. Além disso, constatou demora da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) que era recém-criada, em implementar regras mais rígidas para operação de aeronaves em Congonhas. Quanto à fabricante, a Airbus, a aeronave não alertou os pilotos sobre um erro na posição dos manetes.

Atualmente, a única discussão na Justiça que perdura até hoje diz respeito à atualização dos valores a serem pagos pelo seguro obrigatório do transporte aéreo.  O jornalista Roberto Corrêa Gomes perdeu seu irmão, Mário Gomes. Segundo ele, a dor dos que perderam amigos e familiares no acidente que praticamente foi transmitido ao vivo perdura. Todos esses anos, ele e familiares de outras vítimas se reúnem em São Paulo e em Porto Alegre. "Estamos 17 anos mais velhos e muitos jovens, alguns jovens que eram crianças, pois tinham quatro, cinco anos de idade, perderam seus pais e eles estarão lá para homenageá-los. Alguns não vão mais, porque não estão mais entre nós, e os que estão aqui, continuaremos enquanto formos vivos, todos os anos, fazendo essa pequena homenagem, seja no largo da vida, em Porto Alegre, seja na praça 17 de julho, em São Paulo", disse ele à TV Brasil

Avião da LATAM Airlines, anteriormente TAM Linhas Aéreas, decola do Aeroporto de Congonhas e sobrevoa o Memorial 17 de Julho.
Avião da LATAM Airlines, anteriormente TAM Linhas Aéreas, decola do Aeroporto de Congonhas e sobrevoa o Memorial 17 de Julho. - Rovena Rosa/Agência Brasil

Edição: Aline Leal

Fonte: Agência Brasil

Caixa começa a pagar nesta quinta-feira o Bolsa Família de julho

 

Pagamento no Rio Grande do Sul independe do NIS

A Caixa Econômica Federal começa a pagar a parcela de julho do novo Bolsa Família. Recebem nesta quinta-feira (18) os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 1.

Os beneficiários do Rio Grande do Sul também recebem o pagamento nesta quinta-feira, independentemente do NIS. O pagamento unificado beneficiará cerca de 620 mil beneficiários do estado. Moradores de municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública em outros estados também receberão o Bolsa Família na segunda-feira (22), independentemente do NIS.

O valor mínimo corresponde a R$ 600. Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 às mães de bebês de até 6 meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 às famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos de idade e outro, de R$ 150, às famílias com crianças de até 6 anos de idade.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Além do benefício integral, cerca de 2,6 milhões de famílias estão na regra de proteção em julho. Em vigor desde julho do ano passado, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até 2 anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo.

A partir deste ano, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família (PBF). O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).

Brasília (DF) 19/11/2024 - Arte calendário Bolsa Família Julho 2024
Arte Agência Brasil
Arte Agência Brasil

Auxílio Gás

Neste mês não haverá o pagamento do Auxílio Gás, que beneficia famílias cadastradas no CadÚnico. Como o benefício só é pago a cada dois meses, o pagamento voltará em agosto.

Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 17 de julho de 2024

PL quer usar áudio para aumentar associação entre Bolsonaro e Ramagem na campanha eleitoral

 

O ex-mandatário pretende usar agendas públicas para falar sobre reuniões dele com o pré-candidato. A gravação, no entanto, pode comprometer a sigla no Rio

Bolsonaro e Ramagem confraternizam na posse do então novo diretor da Abin (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Representantes do PL tentarão usar o áudio sobre uma reunião entre o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Jair Bolsonaro (PL), com o objetivo de aumentar o número de eleitores que associarão o pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro ao ex-mandatário. Integrantes do Partido Liberal no estado do RJ afirmaram que Bolsonaro pretende falar sobre o assunto durante as agendas públicas. A informação foi publicada no jornal Folha de S.Paulo

O prefeito Eduardo Paes (PSD) lidera a corrida na capital, com 53% dos votos, mostrou a pesquisa Datafolha este mês. O deputado federal Tarcísio Motta (PSOL-RJ) e Ramagem conseguiram 9% e 7% respectivamente.

Enquanto isso, o PL organiza dois eventos com Ramagem e Bolsonaro na capital fluminense: um na Tijuca (zona norte), na quinta-feira (18) e outro em Campo Grande (zona oeste), na sexta (19). Até sábado (20), o ex-mandatário tem agendas públicas na Baixada Fluminense (Duque de Caxias e Itaguaí), em Niterói, e em Angra dos Reis, município da costa verde do estado.

Políticos do campo progressista, de esquerda, vão explorar o conteúdo do áudio, que apontou uma conversa entre Ramagem e Bolsonaro. Investigadores da Polícia Federal apuram se os dois pretendiam usar a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para blindar o atual senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) nas investigações da "rachadinha" (desvios de salários de assessores).

Pré-candidato a prefeito do Rio de Janeiro, Ramagem foi diretor-geral da Abin durante o governo bolsonarista. Policiais federais querem saber de que forma a Abin seria usada para evitar punição contra Flávio. A PF apura se a ideia dos membros da agência seria abastecer a defesa do parlamentar de informações que pudessem ajudar advogados a elaborar melhor as estratégias na Justiça, para não colocar em risco a carreira do senador.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Folha de S. Paulo

Ricardo Salles consulta Tarcísio e Bolsonaro sobre possível retorno ao Novo

 

Anteriormente, Salles tentou se lançar como candidato à prefeitura de São Paulo pelo partido, mas foi vetado por Valdemar

Ricardo Salles (Foto: Alessandro Dantas/PT no Senado)

O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) consultou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a possibilidade de se filiar novamente ao partido Novo para concorrer a uma vaga no Senado em 2026. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo nesta quarta-feira (17).

De acordo com apurações da jornalista Bela Megale, tanto Freitas quanto Bolsonaro veem essa mudança de partido como uma estratégia viável para Salles nas próximas eleições, dado que não há garantias de que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ofereceria a ele a oportunidade de concorrer ao Senado. Anteriormente, o parlamentar tentou se lançar como candidato à prefeitura de São Paulo pelo partido, mas teve sua candidatura vetada por Valdemar.

O ex-ministro do Meio Ambiente tem indicado que provavelmente aceitará o convite para retornar ao Novo. Salles já havia declarado publicamente que seu objetivo é garantir que tanto ele quanto Eduardo Bolsonaro sejam eleitos para o Congresso por São Paulo.

Valdemar Costa Neto, em entrevista à Folha de S. Paulo na terça-feira (16), afirmou que a decisão de liberar Salles para outra sigla "depende de Bolsonaro".

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Janja corrige Lula por chamar pessoas com deficiência de “portadores"

 

O presidente participava de um plano que reúne cerca de 100 ações e conta com R$ 6,5 bilhões de investimentos em iniciativas para pessoas com deficiência

Lula (gravata vermelha), Janja (saia roxa), Silvio de Almeida (lado direito de Lula) e outras lideranças (Foto: Claudio Kbene / PR)

A primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, fez uma correção de um trecho do pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta quarta-feira (17), em Brasília (DF), onde o chefe de Estado se referiu às pessoas com deficiências como "portadores". Ele participava de um plano que reúne cerca de 100 ações e conta com R$ 6,5 bilhões de investimentos em iniciativas para pessoas com deficiência.

Em seu discurso, o mandatário apresentava um livro tátil sobre Amazônia, recebido nesta semana do fotógrafo Sebastião Salgado, e afirmou que iria doar o exemplar para alguma entidade a ser escolhida pelo ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida.

"Você tem um livro que pessoa que estiver acompanhando o portador pode ir lendo o que ele está tateando com a mão", disse Lula durante a 5ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O presidente, que foi corrigido por Janja: "não é portador, é pessoa com deficiência".

A secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Anna Paula Feminella, enfatizou a relevância da participação popular na construção de políticas públicas e apontou que a Conferência Nacional reuniu, em quatro dias, mais de 1,6 mil pessoas e quase 800 delegados eleitos de todos os estados e do Distrito Federal.

"Este encontro serve para reforçar aquilo que eu venho insistindo muito: a política de direitos humanos não é um simples ornamento ou uma questão moral em um país como o nosso. É uma condição essencial para todo e qualquer projeto de país. Qualquer planejamento de país, a força do nosso país, depende também de incluir como planejamento o bem-estar, a dignidade, o cuidado e o respeito ao povo brasileiro. E isso significa direitos humanos", declarou Silvio Almeida.

Para o ministro, o motivo principal da realização da Conferência é reafirmar o compromisso do Estado brasileiro com os direitos humanos e com a cidadania das pessoas com deficiência. “Esta conferência é o marco fundamental, não apenas para as pessoas com deficiência, mas para o Brasil, num esforço de reencontrar o seu caminho em direção à esperança”, afirmou.

A secretária também comentou sobre o tema. "Muitos vieram de barco, de balsa, de ônibus, de avião. Vieram todos os delegados, 59 delegados do Rio Grande do Sul vieram de Canoas com o avião da FAB [Força Aérea Brasileira]. Foi o único jeito que a gente teve para viabilizar a participação de todos os delegados aqui", contou.

Fonte: Brasil 247

Marcelo Malucelli, do TRF-4, assina acordo para escapar de punição no CNJ no caso Tacla Duran

No caso apurado pelo CNJ, o desembargador revogou uma decisão do juiz Eduardo Appio que autorizava Tacla Duran a acessar provas no âmbito da Lava Jato

Advogado Rodrigo Tacla Duran e desembargador do TRF-4 Marcelo Malucelli (Foto: Reprodução)

Conjur O desembargador Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto ao Conselho Nacional de Justiça no âmbito do procedimento que apura indícios de que o magistrado descumpriu ordens do Supremo Tribunal Federal ao proferir decisão contra o advogado Tacla Duran.

Os termos do TAC ainda não foram divulgados. O objetivo de Malucelli, no entanto, é conseguir com o acordo evitar que o CNJ abra um procedimento administrativo disciplinar (PAD) no caso em que deu decisão contra Tacla Duran em uma correição parcial que teve a tramitação suspensa pelo STF. Há quatro reclamações no Conselho envolvendo a conduta de Malucelli.

Em junho, o CNJ iniciou o julgamento envolvendo o caso. Na ocasião, o corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, votou pela abertura de processo administrativo disciplinar contra o desembargador.

A análise foi suspensa em 25 de junho, após Malucelli pedir para negociar o TAC. Uma audiência para as tratativas do acordo ocorreu em 11 de junho, na sede do CNJ.

O conselho define no Provimento 162/2024 que o TAC pode ser firmado caso as infrações praticadas sejam consideradas leves e passíveis da aplicação da pena de advertência, censura ou disponibilidade por 90 dias.

O acordo pode ser celebrado nos casos em que a medida é considerada suficiente para a prevenção de novas infrações.

Em família - No caso apurado pelo CNJ, o desembargador revogou uma decisão do juiz Eduardo Appio, à época titular da 13ª Vara de Curitiba, que autorizava Tacla Duran a acessar provas e designava audiência para colher o interrogatório do advogado.

“Há indícios de que o desembargador Marcelo Malucelli descumpriu determinação do Supremo Tribunal Federal ao proferir decisão na Correição Parcial 5011889-08.2023.4.04.0000, não obstante tenha utilizado a própria decisão da corte constitucional para embasar a sua decisão na referida correição parcial”, disse Salomão ao votar em junho pela abertura do PAD.

Motivos pessoais - Tacla Duran acusa o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), hoje senador, e o ex-coordenador da “lava jato” de Curitiba, deputado cassado Deltan Dallagnol (Novo) de extorsão. Segundo Salomão, a decisão contra Tacla Duran pode ter sido tomada por Malucelli por motivos pessoais. O desembargador é pai do advogado João Eduardo Malucelli, sócio de Moro e de Rosângela Moro em um escritório de advocacia.

“Todo esse cenário de descumprimento de decisões do STF e de suspeitas de sobreposição da função jurisdicional por interesses pessoais apresenta indícios de falta funcional com repercussão disciplinar por parte do desembargador”, prosseguiu Salomão em junho.

“Frise-se que ao juiz é vedado decidir com base em critérios exclusivamente de ordem pessoal, realizando interpretação e aplicando a norma jurídica com base na sua formação puramente ideológica ou moral, em crenças pessoais ou opção política, cabendo a instauração de Processo Administrativo Disciplinar caso presentes indícios de violações desses deveres”, concluiu o ministro.

Entenda o caso - Em 13 de março de 2023, Ricardo Lewandowski, hoje ministro aposentado do STF, suspendeu duas ações penais contra Tacla Duran, além de todos os incidentes processuais relacionados aos casos. Os processos são baseados em provas de delatores da construtora Odebrecht.

O ministro mencionou que os documentos dos sistemas MyWebDay e Drousys, do chamado “Setor de Operações Estruturadas” da Odebrecht, podem ter sido adulterados.

Em seguida, Tacla Duran pediu a revogação da sua ordem de prisão preventiva — que foi decretada em 2016 pelo ex-juiz Sergio Moro. O pedido foi aceito, e Eduardo Appio cassou a medida em 4 de abril.

O Ministério Público Federal apresentou correição parcial contra a decisão de Appio. Em abril, o desembargador Marcelo Malucelli, relator dos processos da “lava jato” no TRF-4, revogou trechos da decisão de Appio.

O magistrado apontou que, como Lewandowski determinou a suspensão das ações penais contra o advogado, “evidentemente é indevida a prática de quaisquer atos nas referidas demandas e incidentes a elas relacionados”.

À época, a ConJur ouviu especialistas sobre o caso. Eles afirmaram que, se Malucelli cassou a revogação da prisão preventiva de Tacla Duran porque ela foi proferida após a suspensão das ações pelo STF, o TRF-4 também é incompetente para decidir favoravelmente ao advogado.

O desembargador Marcelo Malucelli, do TRF-4, é pai do advogado João Eduardo Malucelli, sócio do ex-juiz Sergio Moro em um escritório de advocacia e namorado da filha mais velha dele.

Fonte: Brasil 247 com informações do Conjur

Alertado por Janja, Lula lê discurso “pra não falar nenhuma palavra que possa me criar problema”

 Presidente participou de evento com pessoas com deficiência e quis evitar gafes


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou nesta quarta-feira (17) que, aconselhado pela primeira-dama Janja, decidiu ler seu discurso em um evento com pessoas com deficiência para evitar possíveis gafes. Lula afirmou que foi alertado sobre a importância de escolher cuidadosamente cada palavra devido à sensibilidade dos presentes.


— Quando eu vim falar aqui, a Janja me alertou uma coisa: “amor, tome cuidado com cada palavra que você vai falar porque essa gente tem a sensibilidade aguçada” — contou o presidente.

Ele admitiu a necessidade de aprender mais sobre o assunto com os especialistas presentes.


— Então, eu decidi ler pra não falar nenhuma palavra que possa me criar problema. Também se eu falar alguma palavra, vocês sabem que nesse assunto vocês são especialistas, vocês sabem que eu sou um analfabeto e preciso aprender muito com vocês pra gente aprender a cuidar de vocês com carinho e respeito necessário — afirmou Lula.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Silvio Santos é internado com H1N1 em São Paulo e não tem previsão de alta

 Apresentador, de 93 anos, está há cerca de dois anos afastado das telas


Silvio Santos foi internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, na noite dessa terça-feira (16), após ser diagnosticado com H1N1, doença viral que afeta o sistema respiratório. A assessoria de imprensa do SBT informou por telefone que o apresentador, de 93 anos, está bem. O hospital, no entanto, não divulgou informações sobre seu estado de saúde.


Fontes próximas ao apresentador, que preferiram não ser identificadas, confirmaram que Silvio Santos segue internado na tarde desta quarta-feira (17), sem previsão de alta. Devido à sua idade avançada, a equipe médica solicitou uma série de exames e aguarda uma melhora em seu estado de saúde para que ele possa retornar para casa.


Silvio Santos está afastado das telas do SBT há cerca de dois anos, com seu programa sendo atualmente apresentado por sua filha, Patrícia Abravanel. Amigos próximos, como o humorista Carlos Alberto de Nóbrega, do programa “A Praça É Nossa”, expressaram dúvidas sobre a possibilidade de Silvio voltar a aparecer em frente às câmeras.


Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S.Paulo