terça-feira, 16 de julho de 2024

Ramagem manteve gravação de reunião com Bolsonaro mesmo após trocar de celular

 Material sensível não foi apagado pelo ex-chefe da Abin depois da mudança de aparelho


O colunista Leonardo Sakamoto, do portal UOL afirma em sua coluna que Alexandre Ramagem não apagou o “grampo” da reunião com Bolsonaro em que debateram as “rachadinhas” no gabinete de Flávio mesmo após trocar de celular.


A investigação da Polícia Federal indica que o então diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e hoje deputado federal e pré-candidato à Prefeitura do Rio, Alexandre Ramagem, manteve a gravação em que ele, Jair Bolsonaro, o general Augusto Heleno e duas advogadas discutem como ajudar o senador Flávio Bolsonaro, investigado por suposto desvio de recursos públicos, mesmo após trocar de celular.


A reunião ocorreu em agosto de 2020, no Palácio do Planalto, com o ex-presidente e o então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), mas o arquivo de áudio foi encontrado pela Polícia Federal em um celular iPhone 15 Pro Max em posse de Ramagem. Segundo o site da Apple, esse aparelho e modelo (A3106) só chegou às lojas no final de setembro de 2023.


O hoje deputado federal e pré-candidato à Prefeitura do Rio pelo PL afirmou, nesta segunda (15), que a gravação ocorreu porque imaginava-se que uma outra pessoa participaria da reunião para fazer uma proposta indecorosa a Bolsonaro. Ou seja, seria uma gravação de segurança.


“Essa gravação não foi clandestina. Havia o aval e o conhecimento do presidente. A gravação aconteceu porque veio uma informação de uma pessoa que viria na reunião, que teria contato com o governador do Rio à época [Wilson Witzel], que poderia vir com uma proposta nada republicana. A gravação seria para registrar um crime contra o presidente da República, só que isso não aconteceu. A gravação foi descartada”, disse nesta segunda (15), após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, levantar o sigilo sobre o áudio.


Porém, a gravação não foi descartada. Pelo contrário, foi mantida e repassada para um novo aparelho que estava em sua posse. E ela não poderia ter sido feita no celular em que foi encontrada pela PF porque, como dito acima, o iPhone 15 Pro Max nem existia na época.


A Apple permite a migração total do conteúdo de celulares antigos para novos a fim de facilitar a troca de aparelhos, incluindo arquivos de áudio. Isso, contudo, não explica o porquê uma pessoa que chefiou a agência de inteligência do governo ter mantido em um novo celular material sensível de uma reunião com o presidente da República que ele mesmo diz que foi descartado.


Ramagem foi diretor-geral da Abin entre julho de 2019 e abril de 2022, quando ele deixou o cargo para concorrer a deputado federal. O celular em que estava a gravação só foi lançado um ano e cinco meses após ele se desligar da agência.


Ele diz que Bolsonaro sabia que estava sendo gravado, o que é contestado por pessoas próximas do presidente que afirmam que Jair ficou contrariado ao descobrir que a conversa tinha sido registrada.


No áudio, uma de suas declarações sugere que ele não sabia que as suas palavras estavam ficando para posteridade quando disse “a gente nunca sabe se alguém tá gravando alguma coisa”. O então ministro Augusto Heleno também demonstrou preocupação com um possível vazamento da conversa.


Fonte: Agenda do Poder com informações do UOL

Moraes determina que PGR se manifeste sobre norma do Conselho Federal de Medicina que restringia aborto legal

 Ministro do STF suspendeu resolução que dificultava procedimento em casos de estupro


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu um prazo de cinco dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar manifestação em um processo que discute uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que dificulta o aborto legal em casos de estupro.


Em maio, Moraes atendeu a um pedido do PSOL e suspendeu a resolução, que proibia a utilização de uma técnica clínica (assistolia fetal) para a interrupção de gestações acima de 22 semanas decorrentes de estupro. A técnica utiliza medicações para interromper os batimentos cardíacos do feto, antes de sua retirada do útero, e é considerada essencial para o cuidado adequado ao aborto.


A decisão de Moraes começou a ser analisada no plenário virtual do STF, mas o julgamento foi interrompido por um pedido de destaque do ministro Nunes Marques, o que leva o caso para o plenário físico. Ainda não há data para a análise ser reiniciada.


No mês passado, o ministro determinou que hospitais municipais de São Paulo informassem se estavam cumprindo a decisão. A Secretaria Municipal de Saúde da cidade afirmou ao STF que “vem orientando constantemente suas equipes a manter o programa funcionando adequadamente”.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.

Produção industrial brasileira cresce 1,7% no primeiro trimestre de 2024, superando média global

 Brasil subiu 15 posições no ranking global de produção industrial, da 60ª para a 45ª colocação


A indústria brasileira registrou um crescimento significativo de 1,7% no primeiro trimestre de 2024 em comparação ao mesmo período do ano anterior, conforme divulgado nesta terça-feira (16) pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI). Segundo a CartaCapital, este desempenho superou a média global, que avançou 1,4% no mesmo intervalo.


Além do expressivo crescimento anual, a produção industrial brasileira também aumentou 1% em relação ao último trimestre de 2023, enquanto a média global teve um incremento de apenas 0,1%. Esse avanço permitiu que o Brasil subisse 15 posições no ranking global do IEDI, passando da 60ª para a 45ª colocação.


O salto no ranking reflete uma recuperação robusta do setor industrial nacional, que vem superando desafios econômicos e estruturais nos últimos anos.


O presidente Lula celebrou o resultado nas redes sociais, destacando o progresso sob seu governo.


Fonte: Agenda do Poder com informações de Brasil 247

Advogadas de Flávio Bolsonaro romperam sociedade após reunião com Bolsonaro e Ramagem

 Apesar do rompimento, ambas mantêm relações com Flávio e Ramagem


As advogadas Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, que participaram da polêmica reunião no Palácio do Planalto onde se discutiu a blindagem de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das rachadinhas, romperam a sociedade após o encontro.


A reunião, realizada em 2020, contou com a presença do então presidente Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem (PL-RJ), então diretor da Abin, e o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Na época, Luciana e Juliana ainda eram sócias e atuavam juntas na defesa de Flávio.


Em 2022, dois anos após a reunião, as advogadas decidiram romper a sociedade. “Questões pessoais que prefiro não expor”, justificou Luciana à coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles. Apesar do rompimento, ambas mantêm relações com Flávio e Ramagem. Luciana se considera amiga pessoal do ex-chefe da Abin, que foi eleito deputado federal e é pré-candidato a prefeito do Rio este ano.


Juliana, por sua vez, é irmã de Bruno Bonetti, atual presidente do PL municipal do Rio de Janeiro e primeiro suplente de Romário (PL-RJ) no Senado Federal. Bruno tem desempenhado um papel ativo na organização da campanha de Ramagem


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles

“Minha intenção, dessa vez, é ir até o fim. Desde que ninguém me encha o saco”, diz Datena, pré-candidato a prefeito de São Paulo

 Em três outras eleições, Datena ensaiou entrar na disputa, mas acabou desistindo


Perguntado insistentemente se desta vez manterá sua pré-candidatura a prefeito de São Paulo, o apresentador de TV José luiz Datena (PSDB) evitou dar uma resposta taxativa. Disse, enfim, que pretende ir até o fim, desde que ninguém “encha o saco”.


Em três outras eleições, Datena ensaiou entrar na disputa, mas acabou desistindo. Ele participou nesta terça-feira (16) de uma sabatina de Folha de S.Paulo/UOL.


“A população confia na minha palavra. Questão política é outra coisa. Eu que não confio em político. E quando político me sacaneia, como sacanearam no meio do caminho em todas as outras oportunidades, eu larguei esses caras no meio do caminho”, disse.


“Se alguém me sacanear de hoje até o dia da eleição, vai ficar no meio do caminho também”, ressaltou o apresentador.


Os entrevistadores então insistiram se desta vez era para valer. Ele disse: “Eu posso morrer amanhã. Agora, minha intenção, dessa vez, é ir até o fim. Desde que ninguém me encha o saco”.


Datena explicou que renegociou seu contrato com a Band, cujo valor não foi revelado, prevendo uma renovação por um valor 70% menor do atual, caso perca as eleições.


Na entrevista, Datena fez ataques generalizados à classe política e disse que Lula (PT) fez governos melhores do que Jair Bolsonaro (PL). “Ele [Lula] fez realmente dois bons governos, mas foi ajudado pelo cenário político externo”. Sobre Bolsonaro, o apresentador negou que tenha lhe dado apoio em 2022.


O apresentador afirmou ainda que os ataques de 8 de Janeiro foram uma tentativa de golpe “clara, absurda e desproporcional”, mas criticou a equipe de Lula por não ter previsto a invasão das sedes dos três Poderes, em Brasília.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles

CNJ aplicou sanções a 135 magistrados desde 2008, sendo 60% com aposentadoria compulsória

 Nenhum dos magistrados foi demitido, a punição mais rigorosa, durante os últimos 17 anos


Desde 2008, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) impôs sanções a um total de 135 magistrados brasileiros. A medida mais severa, aposentadoria compulsória, foi aplicada a aproximadamente 60% dos casos, segundo dados obtidos pela organização sem fins lucrativos Fiquem Sabendo, especializada em transparência pública, por meio da Lei de Acesso à Informação. As informações são de Lauro Jardim, em O Globo.


Nenhum dos magistrados foi demitido, a punição mais rigorosa, durante os últimos 17 anos. A segunda sanção mais comum foi a censura, reservada a casos considerados mais graves do que aqueles meramente advertidos, o que ocorreu com oito magistrados no período analisado.


Outra medida disciplinar frequente foi a disponibilidade, afastando os profissionais de suas funções com remuneração proporcional ao tempo de serviço até que se decida seu destino final. A remoção compulsória, transferindo magistrados para outras localidades por prejudicarem o serviço judiciário local, foi aplicada apenas em quatro ocasiões.


O ano de 2023 registrou o maior número de sanções, totalizando 23 casos, o que representa 17% do total. Em seguida, 2010 e 2013 também se destacaram com 22 (16,3%) e 14 (10,4%) sanções, respectivamente, conforme os dados levantados.


Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo

Bolsonaro já não fala mais em traição de Ramagem, que segue com pré-candidatura a prefeito

 Os dois gravaram um vídeo para as redes sociais, que será divulgado esta semana

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem demonstrado a percepção de que não foi traído pelo deputado federal Alexandre Ramagem, apesar da gravação encontrada pela Polícia Federal no computador do ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A informação é de Bele Megale, em O Globo.


Bolsonaro se reuniu pessoalmente com Ramagem poucos dias após a revelação do áudio. Eles gravaram um vídeo para as redes sociais, que será divulgado esta semana, conforme informou a âncora da Globo News, Daniela Lima.


Nos próximos dias, Bolsonaro também planeja uma agenda intensa com o deputado no Rio de Janeiro, reforçando Ramagem como seu candidato à prefeitura da cidade.


Aos seus aliados, Bolsonaro passou a apresentar uma nova versão sobre a gravação da reunião entre ele, Ramagem e os advogados de Flávio Bolsonaro, onde discutiam estratégias para proteger o senador no caso das rachadinhas. O áudio foi tornado público na última segunda-feira (15).


Antes, Bolsonaro afirmava que não havia autorizado a gravação, mas agora sinaliza que pode ter esquecido de ter dado permissão para o autogrampo feito por Ramagem. Em suas redes sociais, Ramagem afirmou que a gravação foi feita com a autorização do então presidente. No entanto, ainda persiste desconfiança entre os apoiadores de Bolsonaro sobre essa versão.


O encontro entre Bolsonaro e Ramagem trouxe alívio à campanha do deputado à Prefeitura do Rio. Quando a notícia do áudio surgiu, o ex-presidente ficou furioso e surpreso com a gravação, gerando um clima de incerteza. Contudo, Bolsonaro deixou claro que a confiança entre ele e seu aliado político não foi abalada.


Fonte: agenda do Poder com informações do jornal O Globo

Lula afirma que vai retomar debate sobre regulação de big techs: “muito lucro com a disseminação do ódio”

 Lula destacou que a democracia civilizada e a convivência democrática estão em risco e que uma solução coletiva é necessária


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que as grandes empresas de tecnologia, conhecidas como big techs, estão lucrando com a “disseminação do ódio”. Em entrevista à TV Record, Lula afirmou que pretende retomar o debate sobre a regulação das redes sociais.


“Eu sou a favor de que a gente tenha uma regulação urgente, porque essas empresas não pagam imposto no Brasil. Essas empresas ganham bilhões de publicidade, têm muito lucro com a disseminação do ódio nesse país e no mundo inteiro”, disse o presidente.


O tema já está em discussão no Congresso Nacional há anos, enfrentando forte resistência das empresas junto aos parlamentares, apesar do apoio do governo à medida.


Lula também mencionou uma reunião agendada com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para discutir a retomada do projeto que está na Câmara dos Deputados, a apresentação de uma nova proposta ou a sugestão de uma nova pelos parlamentares.


“O dado concreto é que a gente não pode perder de vista a necessidade de fazer uma regulação. Para que as coisas voltem a uma certa normalidade”, afirmou.


Lula destacou que a democracia civilizada e a convivência democrática estão em risco e que uma solução coletiva é necessária. Ele defendeu que fóruns internacionais, como as Nações Unidas ou o G7, discutam o tema.


Proposta em discussão na Câmara dos Deputados


Na Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), criou um grupo de trabalho para formular uma nova proposta do projeto de lei das Fake News. A medida foi oficializada em 5 de junho, quase dois meses após o próprio Lira anunciá-la. No entanto, até o fim de junho, o grupo ainda não havia se reunido.


O PL 2630, conhecido como PL das Fake News, foi aprovado no Senado em 2020 e vinha tramitando na Câmara desde então. A iniciativa de retomar as discussões sobre o projeto ocorreu após um embate entre o ministro do STF, Alexandre de Moraes, e o empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), em abril.


O grupo de trabalho criado por Lira é composto por 20 integrantes e terá 90 dias para concluir seus trabalhos, com possibilidade de prorrogação pelo mesmo período. O relator do projeto na Câmara, deputado Orlando Silva (PC do B-SP), fará parte do grupo, assim como outros parlamentares de diversos partidos.


Lira afirmou em abril que o projeto estava fadado a não ir a canto algum, devido às disputas políticas e ideológicas em torno do PL 2630. Com a criação do novo grupo, espera-se uma nova oportunidade para tratar do assunto.


Fonte: agenda do Poder com informações da Folha de S.Paulo

Moraes proíbe Ramagem de contato com Bolsonaro e impacta eleição

 

Moraes proibiu o candidato Alexandre Ramagem, ex-chefe da Abin, de ter contato com Bolsonaro e Valdemar Costa Neto

Alexandre de Moraes, Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem (Foto: STF | Valter Campanato/Agência Brasil)

Por Ricardo Cappelli (Metrópoles) - O ministro Alexandre de Moraes proibiu o deputado Alexandre Ramagem de ter contato com Bolsonaro e Valdemar da Costa Neto, presidente nacional do PL. A decisão do magistrado do STF ocorre no âmbito do inquérito que investiga a existência de uma Abin paralela no governo passado.

A notificação foi oficializada pelo gabinete de Moraes nesta terça-feira (16/7) e altera significativamente o cenário eleitoral na disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Na próxima quinta-feira (18/7), estava agendado um ato de Bolsonaro com Ramagem na capital fluminense.

Leia a íntegra no Metrópoles